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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
Autor:
Rafael, Manuel Dos Santos Bastilo
Supervisor: Co-supervisor:
Eng.º Alberto Bila Eng.º Shyam Shukla
I
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
Autor:
Rafael, Manuel Dos Santos Bastilo
Supervisor: Co-supervisor:
Eng.º Alberto Bila Eng.º Shyam Shukla
II
DEDICATÓRIA
III
AGRADECIMENTOS
Agradecer aos meus pais Bastilo Rafael e Hortência Eduardo Cumbe, pela
educação, suporte, incentivo e amor. Aos meus irmãos, Eduardo Dos Santos
Bastilo Rafael, que durante a realização de todo este trabalho, auxiliou na
superação de diversos obstáculos, e Evaristo Dos Santos Bastilo Rafael pelo
apoio prestado.
IV
RESUMO
V
LISTA DE SÍMBOLOS
VI
ÍNDICE
Conteúdo
DEDICATÓRIA .......................................................................................................... II
AGRADECIMENTOS ................................................................................................ IV
RESUMO ...................................................................................................................V
LISTA DE SÍMBOLOS ............................................................................................. VII
ÍNDICE..................................................................................................................... VII
ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................. VIII
INDICE DE TABELAS…………………………………………………………………..... IX
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... IX
2. OBJECTIVOS ........................................................................................................ 2
3. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 3
4. EMPRESA GRUPO MAËVA ................................................................................ 13
4.1.4 DIAGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA EMPRESA GRUPO MAÊVA............ 16
4.2 SOUTHERN REFINERIES LDA 2 - MAËVA PLAST MATOLA ........................... 16
4.3 REFINAÇÃO DE ÓLEOS NA MAËVA PLAST .................................................... 19
4.3.2 PRINCIPAIS ETAPAS DE REFINAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA E DE PALMA . 20
VII
ÍNDICE DE FIGURAS
VIII
ÍNDICE DE TABELAS
IX
1. INTRODUÇÃO
A maior parte dos óleos vegetais contêm larga quantidade de ácidos gordos
insaturados, sendo muito deles necessários para o organismo humano.
Contudo, por causa da elevada quantidade de componentes insaturados,
estes óleos estão susceptíveis a mudanças lipídicas e/ou outros
componentes, tais como esteróis, tocoferois, etc., diminuindo as suas
propriedades nutricionais porque elas contribuem para a perda da actividade
dos precursores biológicos, vitaminas A e E, a deterioração das suas
propriedades sensoriais (coloração, sabor, odor). assim como o aumento do
risco de saúde afectado pelo surgimento de radicais livres, os quais
destacam-se as propriedades cancerígenas. Estas mudanças ocorrem
durante o processo de recolha de matéria-prima, produção do óleo bruto ou
durante o transporte e armazenagem. Um dos principais indicadores da
qualidade e frescura de óleos vegetais é a composição de ácidos gordos,
porque os ácidos orgânicos de cadeia longa não são compostos muito
voláteis. Para fins analíticos eles são convertidos em seus derivados mais
voláteis (esteres dos ácidos gordos). O presente trabalho trata de análise
qualitativa dos óleos refinados de soja e palma produzidos na Southern
Refineries Lda.2 da Maêva Plast Matola e está dividido em quatro capítulos.
O primeiro apresenta de forma geral a revisão bibliográfica sobre os óleos
vegetais de palma e soja, o segundo apresenta a descrição do processo
produtivo, o terceiro apresenta a metodologia usada para a determinação de
parâmetros qualitativos e o controle qualitativo dos óleos de soja e palma, por
fim, o quarto apresenta as conclusões do trabalho e as recomendações
sugeridas à empresa assim como para futuros trabalhos na área de óleos
alimentares.
1
2. OBJECTIVOS
2
3. REVISÃO DA LITERATURA
Transporte de vitaminas;
3
Principal diferença entre óleos e gorduras
4
para o consumo humano e rações para animais. O uso de soja como fonte de
óleo, é relativamente recente, embora nos países orientais, a soja é utilizada
desde muito tempo como alimento para animais.
O óleo de soja crude se obtém geralmente por extracção com solventes a
partir da polpa, que contém cerca de 17 a 20% de óleo.
5
Os isómeros cis e trans são muito importantes na definição do ponto de fusão
dos óleos e gorduras. (MORETTO, e FETT, 1989)
Fosfatídeos ou fosfolípidos
Constituído de ácido fosfórico e um composto nitrogenado, contém na
molécula uma fracção hidrofílica e outra lipofíilica, razão pela qual são
óptimos agentes emulsionantes. (Williams, 1996).
Lecitina
Representa o glicerofosfolípido de óleo de soja, função emulsionante natural,
pode ser encontrada na gema de ovo, fígado e óleos vegetais antes da
refinação. Os fosfolípidos devem ser removidos por degomagem e durante a
refinação para assegurar a obtenção do de um produto de cor adequada e
estabilidade organoléptica, pois, provocam o escurecimento durante a
desodorização. (Williams, 1996).
Substâncias coloridas
Representam os carotenóides (α e β-carotenos), coloração amarelo
avermelhada, estas substâncias trazem como benefício a pro-vitamina A e
antioxidante, mas estão sujeito a destruição durante o processo de refinação:
clarificação e desodorização. (Williams, 1996).
Pigmentos clorofilícos
Tocoferois
São antioxidantes naturais, de cor amarelo clara a incolor, solúveis em óleo,
conhecidos também por vitamina E, eles não são eliminados durante o
processo de branqueamento mas sim no processo de desodorização,
6
podendo ser recuperados através da condensação dos vapores eliminados
nessa etapa. Possuem grande valor comercial, sendo reaplicado no produto
final ou nos derivados de óleos e gorduras como antioxidante natural.
(Williams, 1996).
Esteróis
São álcoois não saponificáveis, cristalinos, de alto ponto de fusão. São
inertes de pouca importância no processamento de óleos e gorduras. Na
gordura animal, o esterol mais conhecido é o colesterol. Nos óleos e gorduras
vegetais são os fitosterois, que ao contrário de colesterol estão associados a
redução de doenças cardiovasculares. (Williams, 1996).
7
resultando na redução do ponto de fumaça e aparecimento de cheiro e sabor
desagradável.
8
O processo de fabrico de extracção do óleo destas sementes é constituído
pelas operações que a seguir se descrevem de uma forma resumida:
Extracção Mecânica:
9
Destilação
Neutralização
Lavagem
10
Branqueamento
Desodorização
Polimento
O óleo sofre uma operação final de arrefecimento e filtração para lhe serem
retiradas quaisquer impurezas que ainda existam e é depois armazenado em
tanques apropriados a sua boa conservação, para posterior embalamento.
11
Fraccionamento ou remoção de gordura
12
4. EMPRESA GRUPO MAËVA
4.1 Seu Historial
13
O grupo Maëva produz e comercializa óleos vegetais e sabonetes 100%
naturais, à base de ingredientes vegetais.
I. Óleo de girassol (apenas comercializa)
II. Óleo de soja
III. Mistura 100% puro de óleo vegetal
IV. Azeite Virgem Extra (apenas comercializa)
V. Sabão com óleo 100% vegetal
VI. Óleos Vegetais Industriais:
a. Óleo crude de Copra
14
4.1.2 Missão da empresa
4.1.3 Plantações
15
4.1.4 Diagrama de funcionamento da empresa Grupo Maêva
Maêva Sede
16
Figura 3 – Imagem da Maêva Plast Lda.
Tanques de Armazenamento
17
4.2.1 Pontos de venda
18
4.3 REFINAÇÃO DE ÓLEOS NA MAËVA PLAST LDA.
A Maêva Plast foi criada em Junho do ano de 2008, numa primeira fase para
fabricar garrafas plásticas. No ano de 2011 diversificou a produção, tendo se
expandido para a refinação de óleos que actualmente é constituído por duas
linhas de produção (óleo de palma e de soja) e a produção do sabão, sendo
que esta ultima, se efectua somente em momentos de muita procura no país.
O óleo bruto de soja é proveniente da Argentina, USA, Brasil, China, etc. O
óleo bruto de palma é importado da Malásia, China, USA.
Possui diversos tanques de armazenamento do mesmo, para a refinação
posterior ou comercialização.
A capacidade de produção do óleo refinado é de 350 toneladas por dia, esta
produção é independente do tipo de óleo a ser refinado. A energia usada pela
Maêva Plast, para todo processo de refinação é o vapor de água super
aquecida, que é produzido através de dois tipos de caldeiras a destacar:
(tubular, de alta pressão) cujo combustível usado é o gás natural. Ambas as
caldeiras produzem caudais de vapor com alta pressão e temperatura
podendo alcançar 255°C e 280°C, respectivamente. A escolha destes tipos de
caldeiras é por apresentarem serie de vantagens a mencionar:
Os gases de escape produzidos são menos poluentes visto que ocorre
uma combustão completa do gás natural;
É possível alcançar maior eficiência (90%)
Económico, visto que usa água como fluido.
19
b) Ácidos gordos livres e seus sais, ácidos gordos oxidados, lactonas, acetais
e polímeros;
c) Substâncias coloridas como clorofila, xantofila, carotenóides, incluindo-se
neste caso o carotenos ou pro-vitamina A;
d) Substâncias voláteis como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas e
ésteres de baixo peso molecular;
e) Substâncias inorgânicas como os sais de cálcio e de outro metal, silicatos,
fosfatos, dentre outros minerais; e
f) Humidade.
4.3.2.1 Degomagem
20
se com agitação e põe-se cerca de 300 litros de água tratada fervente para
cada panela, o que corresponde a 0.75% do volume total, deixa-se a mistura
repousar durante 2 horas, em seguida drena-se as gomas por gravidade.
4.3.2.2 Neutralização
21
4.3.2.3 Lavagem
22
4.3.2.4 Processo de Branqueamento para o óleo de Soja e Palma
23
Para o óleo de soja o processo de branqueamento é quase similar ao do óleo
de palma a única diferença que existe é que o acido fosfórico não é
adicionado durante este processo mas sim no processo de neutralização. É
de salientar que a adição do ácido fosfórico ou cítrico em ambos óleos é para
efectuar a neutralização dos peróxidos, aldeidos, cetonas, etc., que se
formam devido a oxidação do óleo durante o aquecimento.
Um esquema simplificado dos processos de neutralização (para o óleo de
soja) e branqueamento para ambos óleos é apresentado a seguir:
24
4.3.2.5 Desodorização
25
pressão. Temperatura na qual os constituintes mais voláteis passam
para a fase de vapor.
Quarta fase: pré-arrefecimento do material evaporado de 243˚C a
119˚C
Quita fase: arrefecimento do óleo até 135°C e a saída do óleo
desodorizado e clarificado. Nesta fase, o óleo é misturado com o ácido
cítrico, que actua como agente sequestrante de metais como sódio,
ferro, cobre, retardando a auto-oxidação do óleo desodorizado durante
o tempo de conservação.
Sexta fase: arrefecimento máximo do material evaporado para ser
condensado e destilado (ácidos gordos livres) entre 40˚C à 60˚C.
. O emprego das bandejas oferece duas vantagens importantes: economia
de aço inoxidável e protecção contra oxidação, com a vantagem adicional de
que o ar oriundo de qualquer vazamento escapa sem atingir o óleo. O tempo
total de desodorização é de três horas e meia.
O óleo após sair do desodorizador passa em paralelo por dois filtros de
polimento, e depois é arrefecido num permutador de calor de casco e tubos
(P.C.C.T) que usa água como fluido frio seguido de mais dois permutadores
de placas sendo que o primeiro de óleo/óleo bruto e o último de óleo/água
fria. Por fim o óleo já resfriado (até cerca de 26oC) passa em paralelo por
mais dois filtros de polimento. Nos filtros, o óleo desodorizado se torna quase
isento de todas impurezas que afectam na qualidade final do óleo. Sendo
assim, é retirado uma amostra de óleo desodorizado e polido para o
laboratório, para efectuarem-se testes finais, tais como: Índice de acidez,
coloração, e o ponto de fusão. Se os testes laboratoriais confirmarem que o
óleo apresenta resultados aceitáveis de acordo com os padrões pré
estabelecidos pela fábrica e pela gestão de qualidade, se o óleo fôr
considerado consumível é enviado de imediato para tanques de
armazenamento para o posterior enchimento ou desengorduração.
Assim sendo, o processo de refinação do óleo de soja difere do óleo de
palma, no início e no final, visto que, primeiro ocorre o processo da
degomagem e a neutralização e o segundo não passa por esses dois
26
processos. O crude de palma é directamente bombeado para o tanque
iniciando dessa maneira o processo de secagem, seguido da mistura com
areia activada e o ácido fosfórico num misturador para o processo do
branqueamento e apôs processo da desodorização segue-se a retirada de
gordura, processo denominado por Fraccionamento ou winterização.
27
4.3.2.8 Fraccionamento ou retirada de gorduras do óleo de palma.
28
Figura 8 – fluxograma do processo de fraccionamento do óleo refinado de
palma
29
4.3.2.7 Enchimento
30
5. PARTE EXPERIMENTAL
31
Materiais e equipamentos usados:
Fórmulas e cálculos:
IAGL%
0,282* N *VNaOH
*100 (eq. 1)
wam ostra
A constante representa o factor de conversão de unidades, para a massa
molar do ácido oléico (M ácido oléico = 282 g/mol).
32
Para óleo refinado de palma
IAGL%
0,256* N *VNaOH
*100 (eq. 2)
wam ostra
A constante representa o factor de conversão de unidades, para a massa
molar do ácido palmítico, (M ácido palmítico = 256 g/mol).
Onde:
IAGL representa o índice de ácidos gordos livres
N é a concentração normal da solução alcalina de NaOH (igual a 0,1N);
V é o volume da solução alcalina gasto durante a titulação em (ml)
Wamostra é o peso da amostra em (gramas).
Amostras de óleo
Bruto Neutro Unidades
V1(NaOH) 2,6 19,3 ml de NaOH
V2(NaOH) 7 20 ml de NaOH
Peso das
amostras 10,026 10,025 g
IAGL 1,23 0,19 %
33
solução alcoólica tampão e o valor medido no fim da titulação da amostra do
óleo. Durante a realização da expêriencia de determinação IAGL, a mesma
solução base de NaOH contido na bureta é usada simultaneamente por
outros operadores do laboratório para outras amostras ou em outras análises,
sem afectar as propriedades da base usada, nem os resultados. Visto que a
bureta contendo a base nunca entra em contacto com a amostra ou a solução
titulada.
Os resultados obtidos na determinação do índice dos ácidos gordos livres
(IAGL) para OSB (óleo branqueado de soja) e OSD (óleo desodorizado de
soja), estão apresentados a seguir:
Tabela 3 – Dados e resultados experimentais para determinação
do IAGL durante a refinação do óleo de soja
34
Os resultados obtidos na determinação do índice dos ácidos gordos livres
(IAGL) para OPB (óleo de palma branqueado) e OPD (óleo de palma
desodorizado), estão apresentados a seguir:
35
Tabela 5 Dados e resultados obtidos na determinação de IAGL do óleo
de soja refinado antes e depois de um determinado tempo de
conservação
AMOSTRAS DE ÓLEO DE SOJA
REFINADO
Antes Depois
Unidades
9:40H Data: 30/05/13 Data: 24/07/13
Vinicial (NaOH) 23,7 0,3 ml
Vfinal (NaOH) 23,8 0,4 ml
Peso da amostra 20,050 20,016 g
IAGL 0,01 0,01 %
11:00H
Vinicial (NaOH) 24,4 0,8 ml
Vfinal (NaOH) 24,6 1,0 ml
Peso da amostra 20,002 20,010 g
IAGL 0,02 0,028 %
14:15H
Vinicial (NaOH) 5,3 2,1 ml
Vfinal (NaOH) 5,4 2,3 ml
Peso da amostra 20,018 20,035 g
IAGL 0,02 0,02 %
16:00H
Vinicial (NaOH) 7,2 3,4 ml
Vfinal (NaOH) 7,3 3,6 ml
Peso da amostra 20,022 20,063 g
IAGL 0,01 0,02 %
.
36
Tabela 6 Dados e resultados obtidos na determinação de IAGL do óleo
de palma refinado antes e depois de um determinado tempo de
conservação
AMOSTRAS DA
OLEINA DE PALMA REFINADO
Antes Depois
Unidades
10:35H Data: 06/05/13 Data: 26/07/13
Vinicial (NaOH) 7.4 4.7 ml
Vfinal (NaOH) 7.8 5.8 ml
Peso da amostra 25.014 25.020 g
IAGL 0.04 0.04 %
11:30H
Vinicial (NaOH) 11,7 5,4 ml
Vfinal (NaOH) 12,0 5,8 ml
Peso da amostra 25,315 25,099 g
IAGL 0,03 0,04 %
14:45H
Vinicial (NaOH) 18,9 6,1 ml
Vfinal (NaOH) 19,3 6,5 ml
Peso da amostra 25,210 25,248 g
IAGL 0,04 0.04 %
16:00H
Vinicial (NaOH) 2,4 6,8 ml
Vfinal (NaOH) 2,7 7,1 ml
Peso da amostra 25,018 25,151 g
IAGL 0,03 0,03 %
37
5.2 Determinação da Coloração
38
A representa a coloração amarela do óleo
V representa a coloração vermelha do óleo
C é a unidade de coloração do óleo (adimensional)
Óleo Óleo
9:40 Branqueado Desodorizado
Célula 1" (5 /4)"
Vermelha 1,1 1,1 1,1 0,6 0,7 0,5
Amarela 57,0 57,0 57,0 4,1 4,2 4,0
Coloração 62,5 62,5 62,5 7,1 7,5 6,5
11:00
Vermelha 1,1 1,1 1,2 0,9 0,6 0,8
Amarela 51,0 51,0 56,5 4,3 4,1 4,2
39
Tabela 8 Dados e resultados de coloração do óleo branqueado e
desodorizado do de palma
Óleo Óleo
10:35 Branqueado Desodorizado
Célula 1" 1"
Vermelha 1,1 1,1 1,1 1,0 0,9 1,0
Amarela 6,2 6,3 6,2 4,0 3,9 4,0
Coloração 11,7 11,8 11,7 9 8,4 9
12:20
Vermelha 1,1 1,1 1,1 1,0 0,9 1,0
Amarela 6,3 6,3 6,3 4,0 3,9 4,0
Coloração 11,8 11,8 11,8 9 8,4 9
14:15
Vermelha 1,1 1,1 1,1 0,9 1,0 1,0
Amarela 6,0 6,0 6,0 4,0 4,1 4,0
Coloração 11,5 11,5 11,5 8,5 9,1 9,0
16:10
Vermelha 1,0 1,0 1,0 0,9 1,0 1,0
Amarela 5,2 5,4 5,2 4,0 4,1 4,0
Coloração 10,2 10,4 10,2 8,5 9,1 9,0
40
Tabela 9 - Dados e resultados de Tabela 10 - Dados e resultados de
coloração do óleo coloração do óleo de palma
refinado antes e após a refinado antes e após a
conservação conservação.
Coloração do óleo de soja Coloração das amostras do óleo
desodorizado de Palma desodorizado
41
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
42
O gráfico da figura 10 ilustra a variação da coloração do óleo de soja
durante o processo de refinação, o óleo branqueado oscila com tendência a
aumentar a sua coloração no intervalo das 9:40h as 16:00h, os factores
principais que estiveram por detrás desta variação foram: a adição irregular
de terra activada no misturador; a mistura com os óleos provenientes das
outras fases do processo de clarificação, e ou pode ter se tratado de uma
nova amostra.
Para o óleo desodorizado houve uma ligeira variação da coloração sendo que
o pico mais alto atingido foi de 7,1 no período das 11h. Esta pequena
variação foi influenciada pelo excesso de temperatura durante o processo de
desodorização mas que veio a ser regulado. Ou pode ter sido influenciado
pela introdução de uma nova amostra.
A figura 11 representa o gráfico de variação da coloração do óleo de palma
no intervalo das 10:35 às 16:00. Para o óleo branqueado o gráfico demonstra
uma boa tendência de redução da coloração, o que não aconteceu com o
óleo desodorizado visto que variava de forma indesejável, devido ao excesso
da temperatura ou pressões altas do vapor de aquecimento no
desodorizador.
43
Figura 13 – Gráfico da variação da coloração do óleo de palma após um
determinado tempo de conservação.
44
Figura 15 – Gráfico de IAGL dos OPB e OPD
Das figuras 12; 13; 14 e 15 pôde se dizer que apesar de estar dentro dos
padrões estabelecidos pela norma, verificou-se uma ligeira variação do índice
de acidez bem como a coloração para ambos óleos após um intervalo de 54 a
85 dias de conservação no escuro. Esta variação deveu-se principalmente ao
efeito da degradação hidrolítica pela presença da humidade nos óleos e da
permeabilidade da luz sobre as embalagens plásticas não pigmentadas.
45
Figura 17 – Gráfico de IAGL do óleo de palma antes e apôs um
determinado tempo de conservação
46
7. CONCLUSÃO
a) Quanto a coloração
Para célula de 1”, o óleo de palma desodorizado apresenta uma coloração
máxima de 8,5 unidades antes da conservação e 9 unidades depois de
conservação.
O óleo de soja desodorizado, para célula de 5(1/4)”, apresenta uma coloração
máxima de 7,1 unidades antes da conservação e 10,4 unidades depois de
conservação.
b) Quanto ao IAGL
De acordo com a análise de variação do índice da acidez, os resultados
foram positivos.
Para os óleos branqueados e desodorizados de palma apresentaram valores
máximos de 1,43% e 0,04% respectivamente.
Para os óleos branqueados e desodorizados de soja apresentaram valores
máximos de 0,14% e 0,02% respectivamente.
Quanto ao armazenamento, nenhuma amostra dos dois tipos de óleos mostra
uma variação de IAGL significativo, tendo quase mantido os valores iniciais.
47
8. RECOMENDAÇÕES
1. Controle de temperatura
À empresa Maêva Plast recomenda-se que se coloque nos rótulos das
embalagens contendo o óleo, a informação detalhada da temperatura de
conservação do óleo com as seguintes especificações: Para o óleo de Palma
18º C a 27º C; para óleo de soja conservar a temperaturas de 8º C a 27º C,
evitando-se desta forma a solidificação (baixas temperaturas) ou a ocorrência
de possíveis reacções de oxidação ou deterioração dos óleos (elevadas
temperaturas).
2. Controlo de luz
Como é de salientar, nos óleos vegetais ocorre uma maior passagem da luz
U.V, e a foto-oxidação é maior devido à movimentação interna, que ocorre
com os radicais livres produzidos pela luz emitida. Então, recomenda-se uma
embalagem mais espessa ou não transparente, pois, a energia luminosa que
o óleo vegetal absorve é directamente proporcional à capacidade de
transmissão da embalagem.
3. Tempo de armazenagem
Os tanques de armazenagem do óleo devem ser projectados para que o óleo
permaneça por no máximo três semanas para evitar que o óleo seja
misturado com o recém-refinado.
Os óleos recém-refinados não devem ser misturados com óleos que tenham
sido produzidos anteriormente, porque o produto mais velho poderá estar em
estado de degradação, o que afectaria a qualidade do óleo novo.
48
por ser muito eficiente no combate a oxidação dos óleos vegetais em relação
aos outros anti-oxidantes sintéticos.
5. Embalagens
Como é frequente actualmente, o uso de embalagens plásticas do tipo PET, e
sendo que estas por sua vez, apresentem alta permeabilidade ao oxigénio,
fraco isolamento e não oferecem protecção contra a incidência de luz,
principalmente a luz ultravioleta, parâmetros que afectam a oxidação do óleo,
recomenda-se que as mesmas sejam sempre colocadas dentro de caixas de
papel em locais secos e escuros.
49
9. BIBLIOGRAFIAS
50
ANEXOS
51
Norma de identidade, qualidade, embalagem, marcação e apresentação
do óleo de soja e palma1
ANEXO 1
ANEXO 2
Características de identidade
Parâmetros Refinado· (Tipo) Degomado ou Purificado· Bruto
(Tipo)
Analisados (Tipo)
1 2 1 2 3 Único
Aspecto à *1 *1 *1 *3 *4 Turvo
1
Citado no art. 87, da legislação Brasileira, 26/12/2006, MINISTERIO DE ESTADO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, e
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 1999, em Regulamento Técnico para
Fixação de Identidade e Qualidade de Óleos e Gorduras Vegetais, D.O.U., Brasil.
1
25º C
Propriedades *2 *2 - - - -
organilépticas
2
Óleo de palma
Os itens 10.4.4 até 10.8 também são validos para o óleo de palma
ANEXO 3
A3-3 Tabela de Características de identidade para o óleo de palma
Características de identidade
Ácidos Gordos Designação Massa Óleo de Palma
comum Molecular (%)
(g/mol)
Mirístico C 14:0 228,36 1
C14H28O2
Palmitico C 16:0 256,42 46
C16H32O2
Estereárico C 18:0 284,47 4
C18H36O2
Oleic C 18:1 282,45 37
C18H34O2
Linoléico C 18:2 280,44 10
C18H32O2
Linolênico C 18:3 278,42 0,3
C18H30O2
Araquídico C 20:0 312,52 0,4
C20H40O2
Anexo 4
A4-3Tabela de Características do óleo de palma bruto e refinado
3
4
5