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SistemasUrbanosDrenagem Neto PDF
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1. INTRODUÇÃO E GENERALIDADES
hídrico que, por sua vez, podem reduzir as vazões mínimas e, conseqüentemente,
produzir certo impacto sobre a qualidade das águas pluviais. Segundo Uehara (1985), as
precipitações totais podem aumentar em até 10% em relação à zona rural. Segundo a
mesma fonte, a umidade relativa do ar pode sofrer um acréscimo de até 8% e pode
chegar a haver um aumento de 1oC na temperatura do ar, enquanto o aumento da
nebulosidade pode atingir até 100%. Já os problemas relacionados aos recursos hídricos
são uma conseqüência direta do aumento da demanda de água, decorrente do aumento
da densidade populacional.
Logo se vê que estes problemas são inerentes ao aumento das densidades
populacional e de construções ou, em outras palavras, ao processo de urbanização em si,
formando um emaranhado complexo de causas e efeitos, relacionados de forma não bi-
unívoca. Portanto, tal complexidade não permite que possa haver soluções eficientes e
sustentáveis que não abranjam todos os processos e suas inter-relações, o que exige que
se atue sobre as causas.
Entretanto, os impactos decorrentes do processo de urbanização em uma bacia
não são apenas de origem hidrológica. Não menos importantes são os impactos não-
hidrológicos que, no caso específico do Brasil, possuem relevância bastante
significativa. Devido a suas características particulares, os impactos não-hidrológicos
mais importantes no que concerne à drenagem urbana no brasil são provenientes da
ocupação do solo e do comportamento político-administrativo.
Dentre os problemas relativos à ocupação do solo, sobressaem-se as
conseqüências da proliferação de loteamentos executados sem condições técnicas
adequadas, decorrente da venalidade e da ausência quase total de fiscalização
apropriada, idônea e confiável, o que dificulta (e muito) a aplicação de critérios técnicos
na liberação de áreas para loteamento. Como conseqüência direta da ausência absoluta
da observação de normas que impeçam a ocupação de cabeceiras íngremes e de várzeas
de inundação, são ocupados terrenos totalmente inadequados ao assentamento. Os
problemas sociais decorrentes, principalmente, da migração interna, faz com que
grandes contingentes populacionais se instalem em condições extremamente
desfavoráveis, desprovidos das mínimas condições de urbanidade, inviabilizando a
imposição das mais básicas normas de atenuação de inundações. Compostas em grande
parte por indivíduos analfabetos ou semi-alfabetizados, estas comunidades são
praticamente impermeáveis a qualquer tentativa de elucidação de problemas tipicamente
urbanos. O êxodo rural e o conseqüente crescimento desenfreado e caótico das
populações urbanas no Brasil têm contribuido negativa e significativamente aos
problemas relacionados às questões da drenagem urbana. A inexistência de controle
técnico da distribuição racional da população dificulta a construção de canalizações para
que se possa eliminar áreas de armazenamento. Dentro da realidade brasileira, a
hipertrofia acelerada e desordenada das grandes cidades faz com que dificilmente seja
possível impedir o loteamento e a ocupação de áreas vazias, já que não há interesse do
poder público em desapropriá-las e ocupá-las adequada e racionalmente, fazendo que
surjam áreas extensas e adensadas sem qualquer critério.
Via de regra, o comportamento político-administrativo no Brasil dispensa
quaisquer comentários. Nos ateremos apenas a suas conseqüências no que diz respeito à
drenagem urbana, deixando uma discussão mais profunda sobre o assunto aos que
estudam o código penal brasileiro. O crescimento de uma cidade exige que a capacidade
dos condutos seja ampliada, o que aumenta os custos e acirra a disputa por recursos
financeiros entre os diversos setores da administração pública, fazendo com que
prevaleça, quase sempre, a tendência viciosa de se atuar corretivamente em pontos
isolados da bacia, sendo que a escolha desses locais é freqüentemente desprovida de
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recursos disponíveis. O plano de drenagem deve ser articulado com as outras atividades
urbanas (abastecimento de água e de esgoto, transporte público, planos viários,
instalações elétricas, etc.) de forma a possibilitar o desenvolvimento da forma mais
harmonizada possível. Do plano deve também constar a elaboração de campanhas
educativas que visem a informar a população sobre a natureza e a origem do problema
das enchentes, sua magnitude e conseqüências. É de capital importância o
esclarecimento da comunidade sobre as formas de solução existentes e os motivos da
escolha das soluções propostas. A solicitação de recursos deve ser respaldada técnica e
politicamente, dando sempre preferência à adoção de medidas preventivas de maior
alcance social e menor custo.
O primeiro passo no processo de planejamento é determinar as características da
bacia urbana, para que o comportamento
Por seu caráter técnico, um plano diretor de drenagem urbana deve ser elaborado
por equipes técnicas competentes, que dominem os ferramentais tecnológicos
adequados a cada caso. É também essencial que conte com o apoio dos poderes
decisórios e da comunidade em geral, por se constituir em um documento político
importante. Entre as estratégias que podem ser utilizadas para conferir-lhe peso político,
pode-se atribuir força de lei ao planejamento, constituir fundos financeiros para garantir
a estabilidade do fluxo de recursos e obter apoio da sociedade por meio de campanhas
de comunicação social bem conduzidas.
Nunca se pode esquecer que o sub-sistema de drenagem não é isolado dos
diversos sub-sistemas que constituem a organização das atividades urbanas, fazendo
parte de uma rede complexa, devendo, portanto, ser articulado com os outros sub-
sistemas, possibilitando a melhoria do ambiente urbano de forma ampla e harmônica. A
ocupação das várzeas de inundação áreas de armazenamento e escoamento cuja
conformação foi delineada naturalmente pelo curso d'água em seu estado primitivo
somente deve ocorrer após a adoção de medidas compensatórias, que são, geralmente,
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onerosas. A solução mais racional é a preservação das várzeas, não apenas visando
problemas de inundação, como também no que diz respeito à preservação do
ecossistema e à criação de oportunidades de recreação.
Uma vez que as águas pluviais atinjam o solo, irá escoar, infiltrar ou ficar
armazenada na superfície, independente da existência, ou não, de um sistema de
drenagem adequado. Se armazenamento natural for eliminado pela implantação de uma
rede de drenagem sem a adoção de medidas compensatórias eficientes, o volume
eliminado acabará sendo conduzido para outro local. Em outras palavras, os canais, as
galerias, os desvios e as reversões deslocam a necessidade de espaço para outros locais,
ou seja, transportam o problema para jusante.
Deve-se levar em conta que a qualidade e a quantidade da água são variáveis
indissociáveis e que devem sempre ser consideradas em conjunto. As conseqüências das
inundações em áreas onde a água está deteriorada são muito mais graves, pois estes
locais podem se transformar em fontes propagadoras de moléstias e enfermidades. É
inviável a construção de reservatórios de amortecimento, nessas condições. Ademais, a
boa qualidade das águas pluviais pode proporcionar recursos utilizáveis para a recarga
de aqüíferos, irrigação, abastecimento industrial, combate a incêndios e recreação, entre
outros benefícios.
Estas observações são princípios essenciais à elaboração do plano diretor, e
constituem a base fundamental sobre a qual devem ser orientadas todas as fases do
processo.
4. HIDROLOGIA URBANA
Na grande maioria das vezes, não se dispõe de registros de vazão nas áreas nas quais se
pretende realizar obras de drenagem urbana. No entanto, pode-se sintetizar as vazões de
projeto por meio dos dados de precipitação. É nesse contexto que a classificação da
bacia em pequena ou média é fundamental. Embora se possa utilizar o método racional
em bacias pequenas, não é recomendável que o mesmo seja usado para o cálculo das
vazões em bacias de porte médio. Devido à necessidade de se considerar a variação
temporal da intensidade da chuva e o amortecimento na bacia de porte médio, são
usadas, normalmente, técnicas baseadas na teoria do hidrograma unitário, pois do
contrário as vazões de pico seriam superestimadas.
A escolha do método de cálculo pode ser auxiliada por meio da tabela 3, por apontar
alguns atributos das bacias pequenas e médias.
7
Para se decidir o grau de proteção conferido à população com a construção das obras de
drenagem, deve-se determinar a vazão de projeto. Deve-se, também, conhecer a
probabilidade P de o valor de uma determinada vazão ser igualado ou superado em um
ano qualquer. A vazão de projeto é imposta de tal forma que sua probabilidade P não
exceda um determinado valor pré-estabelecido. Uma vez que a sociedade, através de
seus representantes, é que deve decidir o risco aceitável pela comunidade e o quanto ela
está disposta a pagar pela proteção conferida pelas obras, a escolha do período de
retorno é um critério definido em esferas políticas.
Para que se possa escolher o valor desejado, é fundamental a distinção entre risco e
período de retorno. A probabilidade P da vazão de projeto ser igualada ou superada
durante a vida útil da obra (N anos) é o inverso do período de retorno T, ou seja: P=1/T.
Há portanto, a cada ano, uma probabilidade de que a obra não falhe igual a 1-1/T.
Portanto, a possibilidade de que ela não venha a falhar em toda sua vida útil é (1-1/T)N,
o que implica que o risco, ou probabilidade de que a obra falhe pelo menos uma vez
durante sua vida útil é R=1-(1-1/T)N.
" Tempo do pico (tp ). É o intervalo entre o centro de massa do hietograma e o tempo
em que ocorre o pico do hidrograma.
% Tempo de recessão (te ). É o tempo necessário para a vazão baixar até o ponto C,
quando cessa o escoamento superficial.
& Tempo de concentração (tc ). É o tempo necessário para que a água precipitada no
ponto mais distante da bacia participe na vazão do fundo do vale. Esse tempo
3 Sugerida pelo DAEE/CETESB (1980).
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" Escoamentos em canais naturais. As velocidades são maiores que no caso anterior,
pois prevalecem em bacias de maior porte, nas quais os canais são bem delineados,
implicando em um escoamento mais eficiente. Escoamentos que se encaixam nesta
categoria dependem menos da intensidade da chuva e da rugosidade do terreno, pois
o tempo que a água demora para escoar no canal é maior que na superfície.
' Fórmula de Kirpich. Para ser utilizada em bacias não maiores que 0,5 km2 e
declividades entre 3 e 10%.
L0,770
t c = 3,989 (1)
S0,385
onde L é o comprimento do talvegue e S é sua declividade. Esta fórmula foi obtida para
bacias com canais bem definidos e declividades altas. No entanto, o fato de ter sido
desenvolvida para bacias tão pequenas, parece indicar que reflete o escoamento do
primeiro tipo4.
L
t c = 22,73(11
, − C) 3 (2)
S
S0 , 3
t c = 447(nL)
0,6
(3)
I 0,4
* SCS Lag Formula. Desenvolvida para bacias rurais com áreas de drenagem
inferiores a 8 km2.
0,7
1000 L0,8
t c = 3,42 − 9 (4)
CN S0 ,5
∑ A . CNi i
CN = i =1
(5)
A
4 Tucci (1993) cita o fato de que o valor do tempo de concentração é subestimado para L ≥ 10 km.
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(
Fa = 1 + PRCT 0,02185CN 3 + 0,4298CN 2 − 335CN + 6789 x106 ) (6)
100 L
tc =
6
∑ V
(7)
Do ponto de vista conceitual, este método é o mais correto, pois permite que se leve em
conta as características específicas da bacia. O SCS propõe que se use a tabela 5 para o
cálculo das velocidades na parte superior da bacia onde há predominância de
escoamento em superfície.
Tipo de 0% ≤ S ≤ 4% ≤ S ≤ 8% ≤ S ≤ S ≥ 12%
escoamento 3% 7% 11%
' Em
superfície
- Florestas 0-0,5 0,5-0,8 0,8-1,0 1,0-
-Pastagens 0-0,8 0,8-1,1 1,1-1,3 1,3-
-Áreas 0-0,9 0,9-1,4 1,4-1,7 1,7-
cultivadas
-Pavimentos 0-2,6 2,6-4,0 4,0-5,2 5,2
( Em canais
-Mal definidos 0-0,6 0,6-1,2 1,2-2,1 ***
-Bem definidos Manning Manning Manning Manning
Tabela 5- Velocidades médias (m/s).
, Fórmula de Dooge. Foi determinada para bacias rurais com áreas de drenagem
variando de 140 a 930 km2, servindo para os três tipos de escoamento descritos, embora
seja mais apropriada para escoamentos em canais.
A 0 ,41
t c = 21,88 (8)
S0,17
" Sarjetas. São as faixas formadas pelo limite da via pública com os meio-fios,
formando uma calha que coleta as águas pluviais oriundas da rua.
- Sarjetões. São formados pela própria pavimentação nos cruzamentos das vias
públicas, formando calhas que servem para orientar o fluxo das águas que escoam
pelas sarjetas.
! Plantas. 1)- Planta da localização estadual da bacia; 2)- Planta da bacia em escala
1:5.000 ou 1:10.000; 3)- Planta altimétrica da bacia em escala 1:1.000 ou 1:2.000,
constando as cotas das esquinas e outros pontos importantes. Plantas da bacia em
escala de 1:1.000 até 1:5.000 normalmente atendem às necessidades de projeto de um
sistema de drenagem urbana, em sua fase preliminar. As curvas de nível devem ter
eqüidistância tal que permita a identificação dos divisores das diversas sub-bacias do
sistema. Admite-se um erro máximo de três centímetros na determinação das cotas
do terreno nos cruzamentos das ruas e nas rupturas de declividade entre os
cruzamentos. Deve-se fazer um levantamento topográfico de todas as esquinas,
mudanças de greides das vias públicas e mudanças de direção. Deve-se, também,
dispor de um cadastro das redes públicas de água, eletricidade, gás, esgotos e águas
pluviais existentes que possam interferir no projeto. No projeto definitivo são
necessárias plantas mais minuciosas das áreas onde o sistema será construido. As
plantas devem indicar com precisão os edifícios, as ferrovias, as rodovias, os canais,
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as redes de gás, água, esgotos, telefone, eletricidade, enfim quaisquer estruturas que
possam interferir com o traçado proposto das tubulações de águas pluviais.
" Dados sobre a urbanização. Dispor de dados sobre o tipo de ocupação das áreas, a
porcentagem de ocupação dos lotes e a ocupação do solo nas áreas não-urbanizadas
pertencentes à bacia, tanto na situação atual como nas previstas pelo plano diretor. É
necessário obter o perfil geológico, por meio de sondagens, ao longo do traçado
projetado para a tubulação, se houver suspeita da existência de rochas sub-superficiais,
para que se possa escolher o traçado definitivo com um mínimo de escavação em rocha.
A rede coletora deve ser lançada em planta baixa de escala 1:1.000 ou 1:2.000, de
acordo com as condições naturais de escoamento, segundo as seguintes normas:
' Traçado da rede. ! As áreas contribuintes de cada trecho das galerias, entre 2 poços
de visita consecutivos e os divisores das bacias devem ser assinalados de maneira
adequada e conveniente nas plantas. " Os trecho nos quais o escoamento ocorre
exclusivamente pelas sarjetas devem ser identificados por meio de setas. # Sempre
que for possível, as galerias devem ser situadas sob os passeios. $ É permitido que
em uma determinada via pública, o sistema coletor seja composto por uma rede única
ligada às bocas-de-lobo de ambos os passeios. % Deve-se estabelecer a solução
economicamente mais viável, sempre que possível.
' Traçado preliminar das galerias. O traçado das galerias deve ser desenvolvido
simultaneamente com o projeto das vias públicas e parques, para evitar imposições
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( Coletores. Como já foi visto, a rede coletora pode se situar sob o meio-fio ou sob o
eixo da via pública, com recobrimento mínimo de 1,00 m e possibilitar a ligação das
tubulações de escoamento das bocas-de-lobo, ligações estas que devem ter um
recobrimento mínimo de 60 cm.
Diâmetro do Espaçamento
conduto (cm) (m)
30 120
50 - 90 150
100 ou mais 180
6 Se a diferença de nível entre os tubos efluente e afluente for superior a 70 cm, o poço de visita se denomina poço de quebra.
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calcular a capacidade de condução das ruas e sarjetas sob duas hipóteses: ' Água
escoando por toda a calha da rua. Admite-se que a declividade da via pública7 seja de
3% e que a altura da água na sarjeta seja de 15 cm. ( Água escoando somente pelas
sarjetas. Neste caso se admite que a declividade da via seja também de 3%, porém com
10 cm de altura da água na sarjeta. Para os dois casos, usa-se normalmente a fórmula de
Chézy com coeficiente de Manning:
S 2/3
V= Rh (9)
n
6.2. Bocas-de-Lobo
Há três tipos principais de bocas coletoras, como pode ser visto na figura 4.
A água, ao se acumular sobre a boca-de-lobo com entrada pela guia, gera uma lâmina
d'água mais fina que a altura da abertura no meio-fio, fazendo com que a abertura se
comporte como um vertedouro de seção retangular, cuja capacidade de engolimento é:
Q = 1,7 Ly 3/ 2 (10)
2y − h
Q = 3,101Lh3 / 2 (11)
2h
onde h é a altura do meio-fio em metros. A opção por uma ou outra fórmula para h < y
< 2h, fica a critério do projetista.
Q = 1,7 Py 3 / 2 (12)
Se a profundidade da lâmina for maior que 42 cm, a vazão deve ser calculada por:
Q = 2,91A y (13)
onde A é a área livre da grade em m2, ou seja: as áreas das grades devem ser excluidas.
Como no caso anterior, o projetista deve se encarregar do critério a ser adotado para 12
cm < y < 42 cm.
Figura 5- Bocas-de-lobo.
6.3. Galerias
# Nunca se deve diminuir as seções à jusante, pois qualquer detrito que venha a se
alojar na tubulação deve ser conduzido até a descarga final.
% Os ajustes nas conexões de condutos de seções diferentes deve ser feito pela geratriz
superior interna. Porém, isto não se aplica a junções de ramais secundários que
afluem em queda aos poços de visita.
Além de proporcionar acesso aos condutos para sua manutenção, os poços de visita
também funcionam como caixas de ligação aos ramais secundários. Portanto, sempre
deve haver um poço de visita onde houver mudanças de seção, de declividade ou de
direção nas tubulações e nas junções dos troncos aos ramais.
As tampas dos poços, assim como as molduras onde se encaixam, devem ser de ferro
fundido com peso variando entre 90 kg ( quando submetida a tráfego leve) e 270 kg (em
vias principais). As tampas não podem ser lisas para evitar que os veículos derrapem ao
trafegar sobre elas. É aconselhável que as tampas sejam aferrolhadas, se houver
possibilidade de saltarem por pressão de águas refluidas ou por explosão de gás de
esgoto.
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Tanto a obstrução ocasionada por detritos como a irregularidade do pavimento das vias
públicas próximo às sarjetas fazem com que a capacidade real de engolimento das
bocas-de-lobo seja inferior à calculada. Esta redução pode ser estimada por meio da
tabela 8.9
9 DAEE/CETESB (1980).
10 DAEE/CETESB (1980).
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7. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA