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Nosso foco foi trazer conscientização sobre a realidade dos fatos, bem como algumas
informações e ferramentas que podem ser utilizadas por mulheres, grupos de apoio,
instituições e igrejas para combater a violência contra mulher. Dessa maneira, buscamos
promover não só reflexão sobre o tema, mas também uma possível instrumentalização de
como levar essas discussões à outras e outros.
Pensando nesses objetivos, fizemos essa cartilha, de modo voluntário, com as informações
mais atualizadas que tivemos acesso. Ela contém dados, definições, conceitos e atitudes
práticas e é 100% gratuita. Pode e deve ser compartilhada, digitalmente ou impressa,
com quantas pessoas você desejar. Você também pode utilizar esse conteúdo para iniciar
projetos, debates, treinamentos e conversas a respeito da violência contra mulher em
sua comunidade - cristã ou não cristã.
Por meio desse material, nós, mulheres organizadoras e colaboradoras do Projeto Redomas,
dizemos NÃO à violência contra mulher e convidamos você a fazer o mesmo, materializando
esse não em ações. Fale, compartilhe, ajude, se movimente e movimente sua comunidade.
Seguimos juntas!
Equipe do Projeto Redomas
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O que é violência de gênero?
Chamamos de violência de gênero qualquer ato que cause morte, sofrimento físico,
psicológico ou sexual às mulheres.
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) aponta os cinco principais tipos de violência:
Física
Qualquer ato que coloque em risco sua integridade ou saúde corporal, como: bater,
empurrar, puxar o cabelo, dar tapas, enforcar, puxar pelo braço, ameaçar com armas
de fogo ou corte, cortar, arranhar, etc.
Moral
Qualquer comportamento que configure xingamentos, calúnia, difamação ou injúria.
São exemplos de violência moral: Ser humilhada publicamente e/ou acusada de algo
que não cometeu.
Patrimonial
Esconder, reter, destruir ou estragar objetos pessoais, instrumentos de trabalho,
bens, documentos, dinheiro, etc. Se o(a) agressor(a) confisca ou controla seu salário,
utiliza seu cartão de crédito sem permissão, vende os bens da casa e fica com todo o
dinheiro, é violência patrimonial.
Sexual
Qualquer tipo de relação sexual não desejada é considerada violência sexual. Se
há ameaça, uso da força ou intimidação para manter, presenciar ou participar de um
ato sexual ou libidinoso (estupro ou assédio), é crime. Também é violência sexual
quando o agressor impede o uso de método contraceptivo (camisinha, pílula, etc),
quando a força ao matrimônio, gravidez, aborto ou prostituição utilizando de manipulação,
chantagem, suborno, etc.
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Psicológica
Qualquer comportamento que cause dano emocional e diminuição da autoestima,
perturbe ou prejudique seu desenvolvimento. Ofender, controlar, vigiar, chantagear,
perseguir, humilhar, explorar e ridicularizar são exemplos de violência psicológica.
Quando o agressor te impede de ir a certos lugares, visitar parentes e amigos(as),
utiliza as crianças como objeto para te manipular, tenta controlar seu jeito de se
vestir, pensar, se comportar ou se expressar.
Obstétrica:
Válido para gestação, parto, pós-parto ou aborto. Alguns dos atos que podem ser
considerados violência obstétrica são: realizar comentários constrangedores ou
que propaguem o preconceito de raça, classe social, escolaridade, religião, estado
civil, orientação sexual, e número de filhos; sofrer humilhações ou negligências no
atendimento; ter a cesárea agendada sem recomendação, baseada em conveniência
e interesse médico; aplicar soro com ocitocina sintética sem o consentimento da
mãe; realizar sucessivos exames de toque; praticar episiotomia (corte entre vagina
e ânus); agir com preconceito, estereotipar o indivíduo, discriminar, desumanizar
ou negar atendimento; questionar a causa do aborto (em caso de estupro, segundo
a Lei brasileira), realizar procedimentos invasivos sem explicação, consentimento
ou anestesia; ameaçar, culpar a mulher ou coagir com a finalidade de confissão e
denuncia à Polícia.
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Quem é a mulher que sofre violência?
Não é sua culpa.
As mulheres negras sofrem com o machismo e o racismo, por isso estão duplamente em
risco de violência. 68,8% das mulheres mortas por agressão no Brasil são negras
(Mapa da Violência 2015). Com idade entre 15 e 29 anos, elas têm 2,19 vezes mais
chances de serem assassinadas no Brasil do que as brancas na mesma faixa etária
(IVJV, 2017) e 65,9% das mulheres submetidas a algum tipo de violência obstétrica no
Brasil também são pretas ou pardas (Fundação Oswaldo Cruz, 2014).
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Por que as mulheres sofrem violência?
A nossa sociedade é machista. Nós nos distanciamos do plano de paz, igualdade e
justiça imaginado por Deus para nós. Nossos meninos crescem violentos, ensinados
que a violência não apenas é uma característica natural dos homens, como também traz
prazer a eles. Seus brinquedos são bonecos de luta, seus desenhos são de brigas e
armas, suas brincadeiras são de humilhação e a sua sensibilidade é reprimida.
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Questões bíblicas (pecado e reconciliação)
Violência contra mulher é pecado.
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem
submeter novamente a um jugo de escravidão.” Gálatas 5:1
Pecado é um estado de caos que atinge todas as relações. É o afastamento de Deus que
leva a ações pecaminosas de abuso e violência entre seres humanos. Mas Cristo, na cruz,
nos salvou e libertou de todo pecado! Não há mais condenação para aqueles que estão em
Cristo Jesus: Ele toma para si nossos fardos pesados e nos convida a carregar seu fardo leve.
Tamar (2 Samuel 13), Diná (Gênesis 34), Hagar (Gênesis 16), a concubina do Levita (Juízes
19), a mulher adúltera (João 8), a “pecadora” que ungiu os pés de Jesus (Lucas 7) são
alguns exemplos de mulheres bíblicas que sofreram com o pecado da violência contra a
mulher, seja por alguém específico, pela religião ou pela sociedade da época. Nem sempre
elas tiveram a justiça que lhes era devida, pois a bíblia fala através de vivências de seres
humanos em seus erros e acertos. Mas a missão que foi dada a nós por Cristo e seu exemplo
de amor demonstrado em todos os encontros que teve com mulheres não permitem que
fiquemos alheios às mulheres violentadas de nossa época.
Devemos assumir nosso pecado e reconhecer que a violência contra mulher existe
também dentro de nossas igrejas (e muitas vezes é cometida por homens que se dizem
cristãos). Precisamos deixar de lado a omissão, buscar a libertação e reconciliação. “Isto
é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados;
e pôs em nós a palavra da reconciliação.” - 2 Coríntios 5:19.
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O que fazer se eu sofrer violência?
Violência Doméstica
Casos de violência doméstica costumam ser constantes e vão se tornando mais graves
com o tempo. Algumas medidas podem ser tomadas para reduzir os danos e ajudar a mulher
a sair dessa situação o mais rápido possível:
• Se você perceber que o ataque é inevitável, evite entrar em locais de espaço reduzido
(banheiro, cozinha, etc) ou onde o agressor possa encontrar facas e outros tipos de
armas.
• Não ameace o agressor com armas.
• Para se proteger, corra para um canto, agache-se com rosto protegido e coloque
os braços em volta de cada lado da cabeça, entrelaçando os dedos.
• Não corra para perto de crianças na hora da agressão, elas podem ser agredidas
também. Não fuja sem elas, pois podem se tornar objeto de chantagem. Ensine as
crianças a pedirem ajuda, planeje um código que só vocês saibam para avisar que é
hora de buscar socorro ou abandonar a casa.
• Tente guardar por escrito, em um diário ou bloco de notas, as datas e horários de
todos os episódios de violência física, psicológica ou sexual que você esteja sofrendo.
Essas anotações podem servir como prova para levar à polícia.
• Guarde em local seguro, na casa de vizinhos ou familiares cópias de documentos
importantes: certidões de nascimento e casamento, identidade, carteira profissional,
listas de telefones, documentos escolares etc. Deixe também um pacote de roupas e
objetos de primeira necessidade seus e das crianças, para pegar caso tenham que
abandonar a casa.
• Mantenha sempre com você números de telefone de socorro. Se você tem celular,
fique com ele sempre ao alcance. Se não tem, localize o telefone público mais próximo.
• Verifique se há locais seguros perto de sua casa, onde você pode ficar até conseguir
ajuda: igreja, comércio, escola etc.
• Se você estiver ferida, procure um hospital ou um posto de atendimento e revele o que
aconteceu. Se você esconder que foi vítima de violência, ninguém vai poder ajudá-la.
• Se você tiver carro, mantenha cópias das chaves do carro em um local seguro e
acessível. Habitue-se a deixá-lo abastecido e na posição de saída, para evitar manobras.
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Ligue 180
Canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para as mulheres de todo o Brasil,
que funciona 24h por dia, 7 dias por semana. A ligação é gratuita tanto de telefone fixo
quanto do celular.
Em caso de estupro
O instinto nesses casos é o desejo de tomar banho e jogar fora as roupas que está usando,
mas se possível, não faça isso antes de ir ao hospital/delegacia.
Se houverem ferimentos graves, você deve ir ao hospital, lá você terá acesso a tratamentos
de prevenção à AIDS e à pílula do dia seguinte.
A polícia deve ser chamada, para que seja feito um boletim de ocorrência e exame de corpo
delito, dando início às investigações do crime.
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Igreja, porto-seguro
A importância das igrejas para criação da rede de apoio às mulheres
A igreja precisa estar preparada para acolher vítimas de violência, que provavelmente estão
sentadas em nossos bancos. Aqui estão algumas dicas práticas de atendimento para vítimas
de violência.
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Como transformar a igreja num lugar seguro?
A questão da violência contra mulher não pode ser uma preocupação apenas da assistência
social ou do grupo de mulheres. Vamos nos lembrar que quando uma parte do Corpo sofre,
o resto sofre junto. Toda comunidade, da liderança aos membros, deve estar envolvida
em tornar a igreja um espaço seguro.
O primeiro passo é olhar ao redor. Como é o bairro no qual sua igreja está? Como é a
sua cidade? Você sabe quais são os dados sobre violência contra mulher na sua região?
Depois de responder essas perguntas, você pode começar a se perguntar como sua
igreja pode se tornar um espaço seguro e relevante socialmente para o combate à
violência contra mulher.
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E o agressor?
Muitas vezes, a vítima e o agressor estão dentro da mesma comunidade. Após cuidar da
mulher que sofreu violência e protegê-la, temos que responsabilizar o agressor, mas
também procurar ajudá-lo a entender seus impulsos, pois ele também precisa da
Graça e do Amor de Cristo.
Algumas medidas que podem ajudar a formar homens mentalmente saudáveis e não violentos:
• Promover rodas de conversas entre homens, nas quais eles possam se sentir
confortáveis para falar sobre seus sentimentos, desejos e fraquezas;
• Criar um projeto de amparo para agressores e homens violentos (como terapia
em grupo), sendo eles cristãos ou não, que deve contar com profissionais capacitados
para atendê-los;
• Não reproduzir falas que reforcem estereótipos negativos de masculinidade -
como “homem de verdade é bruto/rude”, “homens têm mais desejos sexuais e precisam
ser atendidos”, etc;
• Ao falar a respeito de sexualidade para os meninos, ensinar sobre a necessidade
imprescindível do completo consentimento das partes envolvidas em qualquer ato
sexual ou libidinoso. Ensinar que as meninas também tem sexualidade e que seus
corpos devem ser respeitados;
• Incentivar que homens e mulheres estejam presentes em todos os departamentos
da comunidade, de liderança a limpeza, dividindo tarefas e valorizando-se como
iguais, irmãos.
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Anexo: Roteiro de Estudo Bíblico Indutivo para reunião em pequenos grupos
O texto que vamos estudar agora é um texto violento, mas mais do que isso, é uma violência
vivida por uma mulher e praticada por homens. Comece fazendo a leitura de 2 Samuel 13:1-22.
Depois de algum tempo, Amnom, filho de Davi, apaixonou-se por Tamar; ela era muito bonita e era irmã
de Absalão, outro filho de Davi.
Amnom ficou angustiado a ponto de adoecer por causa de sua meio-irmã Tamar, pois ela era virgem, e
parecia-lhe impossível aproximar-se dela.
Amnom tinha um amigo muito astuto chamado Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi.
Ele perguntou a Amnom: “Filho do rei, por que todo dia você está abatido? Quer me contar o que se passa?
“ Amnom lhe disse: “Estou apaixonado por Tamar, irmã de meu irmão Absalão”.
Então disse Jonadabe: “Vá para a cama e finja estar doente”. “Quando seu pai vier visitá-lo, diga-lhe:
Permite que minha irmã Tamar venha dar-me de comer. Gostaria que ela preparasse a comida aqui mesmo
e me servisse. Assim poderei vê-la. “
Amnom atendeu e deitou-se na cama, fingindo-se doente. Quando o rei foi visitá-lo, Amnom lhe disse:
“Eu gostaria que minha irmã Tamar viesse e preparasse dois bolos aqui mesmo e me servisse”.
Davi mandou dizer a Tamar no palácio: “Vá à casa de seu irmão Amnom e prepare algo para ele comer”.
Assim, Tamar foi à casa de seu irmão, que estava deitado. Ela amassou a farinha, preparou os bolos na
presença dele e os assou.
Depois pegou a assadeira e lhe serviu os bolos, mas ele não quis comer. Então Amnom deu ordem para
que todos saíssem; depois que todos saíram,
Amnom disse a Tamar: “Traga os bolos e sirva-me aqui no meu quarto”. Tamar levou os bolos que havia
preparado ao quarto de seu irmão.
Mas quando ela se aproximou para servi-lo, ele a agarrou e disse: “Deite-se comigo, minha irmã”.
Mas ela lhe disse: “Não, meu irmão! Não me faça essa violência. Não se faz uma coisa dessas em Israel!
Não cometa essa loucura.
O que seria de mim? Como eu poderia livrar-me da minha desonra? E o que seria de você? Você cairia
em desgraça em Israel. Fale com o rei; ele deixará que eu me case com você”.
Mas Amnom não quis ouvir e, sendo mais forte que ela, violentou-a.
Logo depois Amnom sentiu uma forte aversão por ela, mais forte que a paixão que sentira. E disse a ela:
“Levante-se e saia! “
Mas ela lhe disse: “Não, meu irmão, mandar-me embora seria pior do que o mal que você já me fez”. Ele,
porém, não quis ouvi-la,
e chamando seu servo, disse-lhe: “Ponha esta mulher para fora daqui e tranque a porta”.
Então o servo a pôs para fora e trancou a porta. Ela estava vestindo uma túnica longa, pois esse era o
tipo de roupa que as filhas virgens do rei usavam desde a puberdade.
Tamar pôs cinza na cabeça, rasgou a túnica longa que estava usando e se pôs a caminho, com as mãos
sobre a cabeça e chorando em alta voz.
Absalão, seu irmão, lhe perguntou: “Seu irmão, Amnom, lhe fez algum mal? Agora, acalme-se, minha
irmã; ele é seu irmão! Não se deixe dominar pela angústia”. E Tamar, muito triste, ficou na casa de seu
irmão Absalão.
Ao saber de tudo isso, o rei Davi ficou furioso.E Absalão não falou nada com Amnom, nem bem, nem
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Índice dos personagens:
Davi: pai de Amnon, Tamar e Absalão
Amnon: filho de Davi com Ainoã, meio irmão de Tamar e Absalão
Tamar e Absalão: filhos de Davi com Talmai, meio irmãos de Amnon
Jonadabe: primo e amigo de Amnon, filho de Siméia (irmão de Davi)
“Quando a violência sexual torna-se algo usual dentro de uma sociedade, podemos usar
o termo ‘cultura do estupro’ para nomear tal abuso. É um conceito usado para indicar o
quanto a violência contra a mulher é normalizada dentro da sociedade. A tolerância e a
normalização acabam incentivando ainda mais as atitudes violentas. Entre os exemplos
de comportamentos associados à cultura do estupro estão a culpabilização da vítima, a
sexualização da mulher como objeto e a banalização da violência contra a mulher.” Grazi
Massarotto (Lugar de Mulher)
3. No capítulo 11, vemos Davi cometer um erro muito parecido com o de Amnon: ele
objetifica o corpo de Bate-Seba e faz de tudo para satisfazer o seu desejo. A vontade
das mulheres não foi considerada importante em nenhum desses casos. Como a cultura
do estupro se manifesta nesse texto?
4. No versículo 13, Tamar diz a Amnon: “O que seria de mim? Como eu poderia livrar-me
da minha vergonha?”. Por que a vergonha seria para Tamar se era ela quem estava
sofrendo a violência? E hoje, como as sobreviventes de estupro são vistas? Quais
tipos de falas as pessoas costumam dirigir a essas mulheres?
“Mas Amnom não quis ouvir e, sendo mais forte que ela, violentou-a. Logo depois Amnom
sentiu uma forte aversão por ela, mais forte que a paixão que sentira. E disse a ela: ‘Levante-
-se e saia!’“ Versículos 14 e 15
5. Literalmente, Tamar é colocada numa armadilha forjada pelo seu meio irmão; nessa
situação ela era evidentemente mais fraca. Como mulheres, vivemos várias situações
de vulnerabilidade - físicas e não físicas. Faça uma lista das situações de perigo
que as mulheres vivem ao longo de suas vidas. Se quiser, faça uma pesquisa para
conhecer a realidade de mulheres de contextos diferentes do seu.
6. Como vimos, logo após do ato de violência, Amnon despreza Tamar e manda a
retirarem da sua presença. Por que você acha que ele fez isso? Que tipos de con-
sequências os atos de Amnon poderiam trazer para ele?
“Tamar pôs cinza na cabeça, rasgou a túnica longa que estava usando e se pôs a caminho,
com as mãos sobre a cabeça e chorando em alta voz.” Versículo 19
Lutar contra a cultura do estupro é lutar por todas as “Tamar”, mas também é reabilitar
Amnon, produzindo relações saudáveis e seguras, nas quais haja consentimento e desejo
de ambas as partes.
Para finalizar,
• ore:
• pelas mulheres que foram estupradas;
• pelo fim da cultura do estupro;
• por um mundo mais seguro para as mulheres;
• para que os homens adquiram respeito pelas mulheres e seus corpos;
• para que as relações entre homens e mulheres sejam reconciliadas;
• para que a igreja deixe de ser omissa diante da violência contra as mulheres.
Referências:
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/no-brasil-um-estupro-a-cada-11-minutos
http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/140327_notatecnica-
diest11.pdf
http://lugardemulher.com.br/o-silencio-que-ecoa-a-cultura-do-estupro-no-brasil/
https://projetoredomas.wordpress.com/2016/05/27/nos-vamos-falar-de-estupro-sim/
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Referências
FLM - Federação Luterana Mundial: http://www3.est.edu.br/biblioteca/ebooks/Igre-
jas%20dizem%20nao%20a%20violencia.pdf