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Centro Universitário do Distrito Federal – UDF

Elementos de Maquinas II

ENGRENAGENS CÔNICAS

Caio Fernandes Paiva, 15388867;


Leonardo Rocha da Silva, 15352587;
Pedro Augusto, 15318541;
Rui Guilherme, 15706095;

Distrito Federal
2018
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca compreender as aplicações das engrenagens conicas


e seu dimensionamento, indo desde o contexto historico de suas primeiras
utilizações até seu dimensionamento por meio de equações e relações,
passando tambem pelas situações nas quais são utlizadas.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTORICA
As engrenagens têm uma história longa. A ancestral Carroça Chinesa
apontando para o Sol, supostamente usada para navegar pelo deserto de Gobi
nos tempos pré-Biblicos, continha engrenagens. As primeiras engrenagens eram
provavelmente em madeira e outros materiais fáceis de serem trabalhados, os
seus dentes sendo meramente pedaços de madeira inseridos em um disco ou
roda.
As primeiras descrições escritas sobre engrenagens foram feitas por
Aristóteles, no século 4 a.C. Ctesibius, inventor grego, usou no século 3 a.C. as
engrenagens cilíndricas de dentes retos e cônicas e Archimedes mencionou o
parafuso sem-fim e a coroa em seus escritos. Vitruvius, que inventou a roda
d‟água vertical, usou um par de engrenagens de ângulo reto para transmitir
potência do eixo de uma roda horizontal para uma roda de eixo vertical de um
moinho de pedra. Os cadernos de Leonardo da Vinci contêm esboços de
engrenagens cilíndricas de dentes retos, cônicas e parafuso sem-fim e coroa.

3. ANALISE DESCRITIVA
Em geral, as engrenagens cónicas são utilizadas nas situações em que os
eixos das rodas motora e movida são concorrentes. As engrenagens cónicas
podem ter dentes retos, helicoidais e espirais ou curvos, podendo ainda
apresentar eixos descentrados, tambem chamados de hipoides.
As engrenagens cónicas de dentado reto apresentam elementos cónicos com
a mesma direção da geratriz do cone primitivo. Este tipo de dentado é mais
simples e mais frequentemente utilizado de entre os diversos tipos de dentes.
As engrenagens cónicas de dentes retos são das mais ruidosas. Por seu
lado, as engrenagens cónicas de dentes inclinados ou helicoidais apresentam
um ângulo de inclinação da hélice e são utilizados principalmente para
transmissão de movimento entre eixos que fazem entre si um ângulo de 90º.
As engrenagens cónicas de dentes em espiral apresentam os dentes
curvos, são mais suaves e menos ruidosas e apresentam maior capacidade de
carga em virtude da maior área de contacto que proporcionam. Este tipo de dente
é mais difícil de produzir quando comparado com o dentado reto.
Finalmente, as hipoides são semelhantes às engrenagens cónicas de
dentes espirais e encontram como uma das principais aplicações as unidades
diferenciais de veículos pesados. Nas hipoides, os eixos das rodas estão
descentrados. Este tipo de engrenagem é das mais silenciosas e apresenta uma
excelente capacidade de carga devido à maior área de contacto entre os flancos
dos dentes. Contudo, as hipoides apresentam rendimentos mais baixos, geram
maior quantidade de calor e requerem, por isso, lubrificantes especiais, vulgo,
lubrificantes de elevada viscosidade.
Nas engrenagens cónicas as relações de transmissão são, em geral, mais baixas
do que nas engrenagens cilíndricas, podendo atingir, no máximo valores da
ordem de 6:1. Na maioria dos casos, as engrenagens cónicas funcionam em
transmissões cujos eixos de rotação fazem entre si um ângulo de 90º. Embora
não seja tão frequente, há também situações práticas em que os eixos das rodas
apresentam um ângulo inferior ou superior a 90º. Para que haja engrenamento
entre duas rodas cónicas, os seus eixos devem intersetar-se no mesmo vértice3
, independentemente do tipo de dente e do ângulo que os eixos formam. À
semelhança das engrenagens cilíndricas, as engrenagens cónicas podem ser
exteriores ou interiores
4. APLICAÇÕES
O diferencial dos automóveis é indubitavelmente o mais popular e conhecido
exemplo de aplicação de engrenagens cónicas. De um modo simples pode
definir-se diferencial como sendo uma associação de rodas dentadas que
possibilita que as rodas motoras dos automóveis rodem com velocidades
angulares distintas, independentemente da direção do movimento do automóvel
As engrenagens cônicas são usadas principalmente para a transmissão entre
eixos que se cruzam, principalmente perpendiculares. Os dentes podem
apresentar a forma reta ou helicoidal. O termo “cônico” indica, que a face da
engrenagem cônica tem a forma angulada. Normalmente, uma engrenagem
cônica tem os dentes ao longo da face do cone. Entre suas aplicações está o
uso da engrenagem cônica no diferencial do carro.

5. Exercicios
Para a resolução deste problema, os seguintes parametros são tabelados

Primeiramente, vamos descobrir a velocidade tangencial e o fator dinâmico da


engrenagem,
Dp= m(Z)
Dp1 = 4(20) Dp2= 4(60)

Dp1 = 80 mm Dp2= 240mm

V= π (80x10-3) 900/ 60 B= 0.25 (12 – 6)2/3


V= 3,77 m/s B= 0.825

A= 50 + 56 (1 – 0.825)
A = 59.77 Kv = 1.37

A partir disso, calculamos os fatores de ciclagem e o fator de confiabilidade

i = Z2 / Z1 YN1= 1.6831(Nc)-0.0323
i = 60/20 YN1 = 1.6831 (109)-0.0323
i=3 YN1 = 0.831
YN2= 1.6831 (Nc/ i)-0.0323 YZ = 0.50 – 0.25 log (1 – R)
YN2= 1.6831 (109/3)-0.0323 YZ = 0.50 – 0.25 log (1 – 0.999)
YN2 = 0.893 YZ = 1.25
Calculamos tambem o fator de distribuição de carga e o fator de tamanho

KM = KMB + 5.6 (10-6)F2 KS = 0.4867 + 0.008339m


KM = 1.1 + 5.6 (10-6)322 Ks = 0.4867 + 0.008339(4)
KM= 1.11 KS = 0.52

Calculando as Tensões limites de flexão, usando a seguinte tabela:

St = 0.30HB + 14.48

St = 0.30 (300) + 14.48


St = 104.48 Mpa
𝑆𝑡 𝑌𝑛 104.48 0.831
σall 𝑆𝑓 𝑌θYz = σall1 = = σall1 = 69.46Mpa
1 (1.25)1

𝑆𝑡 𝑌𝑛 104.48 0.893
σall 𝑆𝑓 𝑌θYz = σall2 = = σall1 = 74.64Mpa
1 (1.25)1

Agora, usando a seguinte equação, calcularemos as forças tangenciais limites


de acordo com o criterio AGMA
Sendo W t1 = 2810.85 N Wt2 = 2658 N

Finalmente Calculamos a potencia limite de cada engrenagem


𝑁
T= = Wt .(𝐷𝑝1) =
𝑁
2πf 2 2πf

(80𝑥10−3) 𝑁1
2810.53 = 900 N1 = 10.6 kW
2 2π( )
60

(80𝑥10−3) 𝑁2
2658 = 900 N2= 10kW
2 2π( )
60

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