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Nome: Geandry Santana dos Reis RA: 1719.

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O Código de Ética Médica foi criado em 1988, mesmo ano da criação da


ainda vigente constituição federal. A versão que está em vigor nos dias de hoje
foi revisada, atualizada e publicada no ano de 2010. O documento possui um
conjunto de normas, sugestões e práticas que devem seguidas à risca pelos
médicos para a prática médica. Entretanto algumas recomendações ou diretos
são um tanto quanto vagos, por exemplo, no capítulo V no artigo 41 “Abreviar a
vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal”, é
algo extremamente questionável na prática médica, hoje se fala muito em
distanásia. De modo geral as normas convergem para uma medicina mais
humanitária e cidadã para os pacientes e também para o exercício da profissão.

Obviamente o código de ética médica tem um caráter muito mais


importante em termos legais, uma vez que, está implícito que, uma vez médico,
você está formado e “pronto” para atuar. Os estudantes por sua vez, embora
também tenham seus deveres, acabam sendo menos “prejudicados”
especialmente e simplesmente pelo fato de serem estudantes. Na prática os
estudantes estão sempre supervisionados e a responsabilidade de algo mais
grave recai sobre a figura da pessoa responsável pelo estudante no momento
do “ato falho” do aluno.

A intenção do código é trazer/proporcionar para estudantes e professores


uma conduta ou caminho a ser seguido, logicamente que o código também cria
uma carga de responsabilidade para o estudante, mas por outro lado, também
proporciona direitos que antes não eram tão claros.

O Código de Ética do Estudante de Medicina tem ao todo 45 artigos


organizados em seis diferentes grandes temas, os quais ressaltam atitudes
comportamentais, práticas e princípios morais e éticos. A elaboração desse texto
teve início há aproximadamente dois anos e foi concluído durante um fórum
específico que foi organizado pelo CFM e que contou com a participação de
representantes de várias instituições que mantém relação com os estudantes de
medicina.
A criação do código de ética do estudante de medicina contou não
somente com essas instituições, mas também com médicos, estudantes e
pessoas da sociedade como um todo.

Um dos ideais desse projeto é proporcionar logo cedo ao estudante a


concepção de um ideal ético/moral incentivando e proporcionando desde cedo
características inatas da profissão, como por exemplo, lidar com problemas nos
campos da moral e da ética. Outra proposta é desenvolver o senso de uma
consciência individual e coletiva, tirando a responsabilidade exclusiva dos
professores que a todo momento devem estar em cima dos alunos como
responsáveis.

Alguns temas são exclusivos para estudantes da medicina. A


preocupação com os casos de trotes violentos foi um dos pontos que mais sofreu
a influência pelo CFM, com o apoio dos Conselhos Regionais de Medicina. As
autoridades médicas compreendem como um direito o estudante participar da
recepção dos ingressantes, mas tudo deve ser promovido em um ambiente
saudável e não violento. Nesse sentido, o CEEM estabelece ainda ser um dever
do estudante “posicionar-se contra qualquer tipo de trote que pratique violência
física, psíquica, sexual ou dano moral e patrimonial”.

A proteção do direito à privacidade e confidencialidade também foi


abordada com destaque no documento. Segundo o novo Código, o estudante de
medicina deve manusear e manter sigilo sobre informações contidas em
prontuários, papeletas, exames e demais folhas de observações médicas. Da
mesma forma, cabe aos alunos ajudar na limitação ao acesso dessas
informações, contidas nos prontuários, a outras pessoas e profissionais que não
tenham a obrigação do sigilo médico.

Sobre a remuneração o código diz: “O estudante de medicina não pode


receber honorários ou salário pelo exercício de sua atividade acadêmica
institucional, com exceção de bolsas regulamentadas”.

Mesmo que as universidades já tenham uma certa tradição de realizar a


oração ao cadáver, o texto reforça esse respeito com o cadáver, incluindo
qualquer peça anatômica utilizados com a finalidade de aprendizado.

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