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Resumo: Cap 4 - HERMANN, Jennifer.

Auge e Declínio do Modelo de Crescimento


com Endividamento: o II PND e a Crise da Dívida Externa. In: GIAMBIAGI, Fabio; et
all. Economia Brasileira Contemporânea. 2ª Ed., Rio de Janeiro: Campus, 2011.

O ano de 1974 marca o início de um período de distensão rumo a


redemocratização, com pressões e mudanças que influenciaram a política econômica.
No governo Geisel, a implementação do II Plano Nacional de Desenvolvimento (II
PND) completou o processo de forte crescimento econômico acompanhando de grandes
transformações na estrutura produtiva do país.
No governo Figueiredo puderam ser observadas três fases: 1979-80: manteve-se
o forte crescimento econômico, no entanto, com o aumento da inflação e deterioração
das contas pública e externa, com sinais de exaurimento do modelo de crescimento do II
PND; 1981-83: marcado por desequilíbrios no BP, aceleração inflacionária e forte
desequilíbrio fiscal, que dá início a um período de estagnação da economia brasileira;
em 1984 observa-se uma recuperação alavancada pelas exportações, refletindo
mudanças no cenário internacional e nas estratégias de ajuste externo.
Destaca-se que as dificuldades econômicas de 1974-84 foram influenciadas pelo
pelo I e II Choque do Petróleo (de 1973 e 1979) e pelo aumento do juros estadunidense
entre 1979-82. Esses foram eventos marcantes devido à dependência do Brasil em
relação ao petróleo e bens de capital, e do elevado endividamento externo, o que
demandou políticas de ajuste externo.
Apesar da política fiscal restritiva se observava o aumento da dívida pública. As
experiências de ajustes frustradas eram reflexo da negligência do crescimento exógeno
dos encargos da dívida externa pelos altos juros internacionais. A solução para o
impasse externo e para o crescimento da dívida pública só foi alcançada através
renegociação da dívida externa obtida em 1994, o que propiciou a estabilização do
câmbio e dos preços no Brasil.

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