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Fonte: Fecomb

Capacitação Técnica
Gestão NR 20
Dezembro/2018

Coordenação: Key Lima


Instrutor: Eng Ricardo Silva

Fonte: FIOCRUZ
Proposta do curso: Fornecer noções elementares
sobre os riscos envolvidos nas atividades de
manuseio e armazenamento de líquidos
combustíveis e gases e líquidos inflamáveis e
garantir a aplicação da NR 20 e a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente no processo de trabalho.
1984 - Índia, Bhopal, explosão, 4.000 mortos

Motivações para Convenção 174 OIT – Acidentes Maiores, 1993


Gestão de Riscos
Atividades coordenadas para dirigir e
controlar uma organização no que se
refere a riscos

ABNT NBR ISO 31000, item 3.2


Risco
efeito da incerteza nos objetivos

Nota 1 de entrada: Um efeito é um desvio em relação ao


esperado. Pode ser positivo, negativo ou ambos, e pode abordar,
criar ou resultar em oportunidades e ameaças.

Nota 2 de entrada: Objetivos podem possuir diferentes aspectos


e categorias, e podem ser aplicados em diferentes níveis.

Nota 3 de entrada: Risco é normalmente expresso em termos de


fontes de risco (3.4), eventos (3.5) potenciais, suas consequências
(3.6) e suas probabilidades (3.7).

ABNT NBR ISO 31000, item 3.1


ABNT NBR ISO 31000, item 6, FIGURA 4
ENCICLOPEDIA DE SALUD Y SEGURIDAD EN
EL TRABAJO
OIT, Cap 61

A citação da grande importância da convenção 170 OIT


na prevenção de acidentes com Produtos Químicos
OIT, Cap 41

Estamos cercados por materiais combustíveis que, em certas


condições, podem queimar se a eles são aplicados uma fonte de
ignição capaz de iniciar uma reação em cadeia.
No âmbito deste processo, a "substância combustível" reage
com oxigênio do ar liberando energia (calor) e gerando
produtos de combustão, alguns dos quais podem ser tóxicos.
É necessário entender claramente os mecanismos de ignição e
combustão. Normalmente, a maioria dos incêndios ocorre
materiais sólidos (por exemplo, madeira ou seus derivados e
polímeros sintéticos), mas também, em menor grau,
em combustíveis líquidos e gasoso.
Devido à natureza dos produtos armazenados, toda instalação e
sistema de armazenamento configura-se como empreendimento
potencialmente ou parcialmente poluidor e gerador de acidentes,
com consequências vinculadas à contaminação de corpos d’água
subterrâneos e superficiais, do solo e do ar, além de apresentar
riscos de incêndio e explosões, decorrentes de vazamentos e outros
desvios afetando a população trabalhadora ou ainda a vizinha ao
empreendimento.
Todos os dias, em todos os
QUÍMICA momentos de nossas
vidas, ela está presente!
Produtos químicos
agem em favor da saúde,
aumentam a expectativa e
a qualidade de vida,
incrementam a produção e
ampliam as oportunidades
econômicas: as
substâncias químicas são
10% do comércio mundial,
Unilever em valores.
O gerenciamento de produtos químicos exige o prévio
conhecimento de seu fluxo, a preocupação de eliminar
ou reduzir riscos e a prevenção e o combate de impactos
adversos, em todos os estágios de seu ciclo de vida.

Adaptado de Key Elements of a National Programme for Chemicals Management and Safety - International Programme on Chemical Safety (IPCS)
– Chaves para um Programa Nacional de Gerenciamento de Segurança Química - Programa Internacional de Segurança Química - Genebra, 1998.
MATÉRIA PRIMA
EMPRESA PRODUTO
WATER

SOIL AND
AR SUBSOIL

MATÉRIA PRIMA
EMPRESA PRODUTO
Aplicação

Considerando as atividades laborais realizadas a Norma


regulamentadora (NR) 20 estabelece os requisitos
mínimos para a gestão da segurança e saúde no
trabalho contra os fatores de risco de acidentes
provenientes das atividades de extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis,
permitindo a operação com maior prevenção e controle de
falhas.
20.2 Abrangência

20.2.1 Esta NR se aplica às atividades de:


a) extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis, nas etapas de projeto, construção, montagem,
operação, manutenção, inspeção e desativação da instalação;
b) extração, produção, armazenamento, transferência e manuseio de líquidos
combustíveis, nas etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção, inspeção e desativação da instalação.

20.2.2 Esta NR não se aplica:


a) às plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade de
exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho, conforme
definido no Anexo II, da Norma Regulamentadora 30 (Portaria SIT n.º 183, de
11 de maio de 2010);
b) às edificações residenciais unifamiliares.
Perigo (Hazard )
Risco (Risk) : Probabilidade de
efeitos nocivos ou que algum
evento prejudicial venha a
ocorrer.

Risco = perigo x exposição


Legislação / Normas, subscritas pelo Brasil

GHS – Sistema Globalmente Harmonizado - ONU

International Air Transport Association (IATA) / Associação


Internacional de Transporte Aéreo;

Transporte marítimo – Normas do International Maritime


Dangerous Goods Code (IMDG Code) – Código de Transporte
Marítimo de Produtos Perigosos – International Maritime
Organization (IMO) – Organização Marítima Internacional –
Londres;

Limites de exposição estabelecidos pela American Conference


of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) – Conferência
Governamental Norte-Americana de Higienistas Industriais.
Legislação Trabalhista/Previdenciária

• Decreto 2.657/98, que promulgou a Convenção 170/90 e a


Recomendação 177/90, da OIT, aprovadas pelo Decreto
legislativo 67/95, do Senado.
• A Convenção 170/90 e a Recomendação 177/90 tratam de
segurança no uso de produtos químicos no ambiente de
trabalho.
• Normas Regulamentadoras 19, 20, 26...., do Ministério do
Trabalho e Emprego.
• Substâncias com limites de tolerância (LT) - Normas
Regulamentadoras 9 e 15 (em suas publicações atualizadas), do
Ministério do Trabalho e Emprego.
• PORTARIA INTERMINISTERIAL MTE/MS/MPS Nº 9, DE 07 DE
OUTUBRO DE 2014 - DOU 08/10/2014. Publica a Lista Nacional
de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH)
•Decreto 3048/99, Altera a Lei 8213/91 – Previdência Social.
• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - Norma
regulamentadora 7, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Responsabilidades
De acordo com a legislação brasileira, as responsabilidades
mínimas pelo produto químico estão assim distribuídas

Do fabricante
• Classificar o produto com base no conhecimento de sua composição e com
respeito às exigências legais;
• Fornecer informações sobre saúde, segurança, transporte e meio ambiente na
FISPQ, Rótulo de Segurança e Ficha de Emergência.
Do importador
• Assumir, no Brasil, deveres e obrigações do fabricante. Dessa forma, deve fornecer
as informações referentes ao produto químico, em português e nos idiomas dos
países de trânsito.
Do distribuidor
• Assegurar que os produtos químicos tenham as fontes de informação exigidas
(FISPQ, Rótulo de Segurança e Ficha de Emergência), garantindo o fluxo de
informação de risco por toda a cadeia de intervenientes e usuários;
• Emitir a Ficha de Emergência, na qualidade de expedidor ou embarcador do
produto.
Responsabilidades (cont.)

Do empregador
• Cuidar de que o produto químico tenha as informações
exigidas (FISPQ, Rótulo de Segurança e Ficha de Emergência), de
acordo com as normas legais. Na ausência dessas informações,
deve exigi-las do fornecedor do produto;
• Seguir as informações que constam da FISPQ, Rótulo de
Segurança e Ficha de Emergência, e estimular os usuários e
intervenientes a conhecer e seguir esses documentos;
• Realizar programas de treinamento para seus colaboradores
sobre manuseio seguro de produtos químicos.

Do usuário
• Seguir as informações contidas na FISPQ, Rótulo de Segurança
e Ficha de Emergência;
• Utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados e
adotar práticas seguras.
FISPQ
A FISPQ é um documento normalizado pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conforme norma, ABNT-
NBR 14725. Este documento, denominado “Ficha com dados de
Segurança” segundo Decreto nº 2.657 de 03/07/1998
(promulga a Convenção número 170 e 174 da Organização
Internacional do Trabalho - OIT), deve ser recebido pelos
empregadores que utilizem produtos químicos, tornando-se um
documento obrigatório para a comercialização destes produtos.

Para atender aos requisitos atuais da NR 26 – MTE a FISPQ deve


estar nas configurações do GHS.

Os trabalhadores devem receber capacitação para identificação de


perigos.

Para atender a NR 9 e NR 20 ref aos produtos químicos, análise de


riscos para NR 20 devem estar vinculados no PPRA.
DECRETO Nº 2.657, DE 3 DE JULHO DE 1998.
Promulga a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na
Utilização de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra,
em 25 de junho de 1990.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso
VIII, da Constituição Federal,
CONSIDERANDO que a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de
Produtos Químicos no Trabalho, foi assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990;
CONSIDERANDO que o ato multilateral em epígrafe foi oportunamente aprovado por meio do
Decreto Legislativo número 67, de 4 de maio de 1995;
CONSIDERANDO que a Convenção em tela entrou em vigor internacional em 4 de novembro
de 1993;
CONSIDERANDO que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação da
Emenda em 23 de dezembro de 1996, passando a mesma a vigorar, para o Brasil, em 22 de
dezembro de 1997,
DECRETA:
Art 1º A Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos
no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990, apensa por cópia ao Presente
Decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Art 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, em 3 de julho de 1998; 177º da Independência e 110º da República.


FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Estudo de Caso #1

FISPQ
O que temos hoje?
Date: 7 de abril, 17:01 de 2006
Count: 27.704.019 Substâncias orgânicas e inorgânicas
57x106 sequências
Data: 15/11/2009 Hora: 18:00:59
Cont.: 50.958.793 Substâncias orgânicas e inorgânicas
61.398.519 sequências
Data: 11/04/2012 Hora: 19:36:34
Cont.: 65.990.377 Substâncias orgânicas e inorgânicas
63.675.147 sequências

O CAS REGISTRY contém atualmente mais de 143 milhões de substâncias


químicas orgânicas e inorgânicas e mais de 67 milhões de seqüências

CAS REGISTRY....Abrange cerca de 105 milhões de reações desde 1840 até o


presente, incluindo compostos organometálicos, sínteses totais de produtos
naturais e reações de biotransformação.
Número CAS

Números de registros de substâncias


químicas: Número CAS (é o “CPF” das
substâncias químicas): o mais
importante e mais antigo sistema com
mais de 140 milhões de substâncias
registradas e entrada diária
Aceitáveis
Riscos

Probabilidade de que um efeito ou dano seja tolerado


por um organismo. Ou seja, que o benefício real trazido
pela SITUAÇÃO seja maior do que o risco
VER TAMBÉM O ANEXO I da NR-20
Estudo de Caso #2 Almox.: Embalagens de MEK,
Etanol, 2-propanol, MIBK,
armazenadas (lacradas pelo Acabamento: 3L de
fabricante), com volume entre Etanol. Consumo mensal
Produção: 3 tambores de 1L e 18L.... Estoque mensal aprox de 10 L
200L cada Com Tolueno. aporox.: 400L Pav. 3
Pav. Térreo Pav. 2
Reserva de GLP
Empilhadeiras Bomba de Incêndio TQ Bomba de Incêndio
10 cil. 20kg 200L diesel 60L diesel
Instalação de GLP
Refeitório
2 cil. de 45kg

Estudo de Caso #3

Container com:
7 Tambores 200L
20 Bombonas 50L
30 Latas de 18L
45 Latas de 1L

TQ 2000L óleo Diesel TQ de BPF


TQ reserva de gerador Caldeira
60L Diesel 20.000 L
Já sabe onde está seu
empreendimento?

Faça um inventário simples de seus


inflamáveis e combustíveis
Modelo simplificado de inventário de I/C

Quanti-
Local de Forma de
FISPQ (número dade Capaci- Volume / Classe
FABRICANTE Produto armazena- armazena-
/ localização) estocada dade Mês (I/C)
mento mento
(atual)

118 / pasta Almoxarifado Lata Original


BASF Tintas 3,6 L 100 L ND C
almoxarifado Geral do produto

120 / pasta Almoxarifado Lata Original


BASF Tintas 36 L 100 L ND I
almoxarifado Geral do produto

Tambor
104 / pasta Almoxarifado
BASF Tintas Original do 200 L 1000 L ND C
almoxarifado Geral
produto
Estudo de Caso #4

Considerando as informações do seu empreendimento, defina:

Qual a classe, enquadrado na norma você o determina?

Para os empreendimentos não classificados, quais as são


obrigações na NR 20?
Iniciar com a descrição da instalação e dos equipamentos..........

A partir disso, detalhar os processos e operações


De quais e de quantos PHs você vai necessitar??????
20.7 SEGURANÇA OPERACIONAL

20.8 MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO


AS INSTALAÇÕES

20.9 INSPEÇÃO EM SEGURANÇA


E SAÚDE NO AMBIENTE DE TRABALHO

20.10 ANÁLISE DE RISCOS


20.10 ANÁLISE DE RISCOS

Atenção!!!
Além dos itens da NR 20, consultar as recomendações
e anexos da ABNT NBR ISO 31010

N 2782:2005 Petrobras (CRITÉRIOS PARA


APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
DE RISCOS)
Estudo de Caso #5

VERIFICAÇÃO DA APLICABILIDADE
DE TÉCNICAS DE ANÁLISE DE
RISCOS NOS EMPREEMDIMENTOS
CLASSIFICADOS NOS CASOS #2 E #3
Modelo de Análise Preliminar de Riscos
20.11 CAPACITAÇÃO DOS TRABALHADORES
Estudo de Caso #6

Considere as atividades das equipes abaixo relacionadas


do seu empreendimento e defina uma matriz de capacitação

Equipes:

•Manutenção
•Operação de Frio
•Operação de Calor
•Almoxarifado
20.12 EMISSÕES FUGITUIVAS

20.13 CONTROLE DE FONTES


DE IGNIÇÃO

20.14 PLANO DE RESPOSTA A


EMERGÊNCIA DA INSTALAÇÃO

20.15 COMUNICAÇÃO DE
OCORRÊNCIAS
20.17 TANQUE DE LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS NO INTERIOR DE
EDIFÍCIOS

ATENÇÃO AOS REQUISITOS!!!!!

VEJA QUAL PRODUTO PODE TER TANQUE NO INTERIOR DE EDIFICAÇÕES E


QUAIS AS CONDICIONANTES PARA ISSO........

Consultar ABNT NBR 17505:2013 partes de 1 a 7

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