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Etiquetas na Dança de Salão

Etiqueta na dança de salão - I

Fazem sessenta anos desde que Victor Silvester publicou o seu livro sobre
danças de salão em 1947. Victor ganhou em 1922 o primeiro campeonato
profissional do mundo de danças de salão. São interessantes, mas
simultaneamente estranhas ao mundo de hoje as considerações que ele faz
sobre o formalismo e a etiqueta das danças de salão. Para alguns de nós umas
aulas sobre bem-estar e como se comportar socialmente não faziam nada mal:

É o privilégio do homem convidar a senhora para dançar. Deverá convidar


educadamente, utilizando expressões como “Gostaria de dançar?” ou
simplesmente “Vamos dançar?” A senhora deve aceitar com agrado a não ser
que haja uma razão forte para o não fazer. Poderá ter visto que ele se
comporta mal no salão ou que bebeu demais. Neste caso poderá dizer que
“não, obrigada”. Contudo, normalmente, aceitará, e se mais tarde descobrir que
o parceiro não é um bom dançarino, ela terá que suportá-lo animadamente e
fazer o possível para o seguir. Se uma senhora recusar uma dança porque
quer descansar por uns minutos, não deve aceitar dançar com outro parceiro
até que essa dança em particular chegue ao fim.

Etiqueta na dança de salão – II

Etiqueta no Salão

Além de cuidar da qualidade da sua dança, não se esqueça de regras


básicas que vão tornar o convívio com seu par e colegas de pista muito mais
prazeroso.

Nunca se esqueça de rodar o salão, e sempre no sentido anti-horário. Este


cuidado torna sua dança mais bonita e permite que todos se desloquem e
evoluam. Se você prefere namorar quando dança, tudo bem, mas utilize o
centro do salão onde se pode dançar lentamente e sem deslocamento.

Os casais à sua frente não rodam a pista? É, eles estão errados, mas não
queira abrir a pista a cotoveladas. Se você quer ser considerado um bom
dançarino, respeite os outros casais e use sua criatividade para sair do
"trânsito" dançando, e não lutando.

Salão lotado não é local para fazer malabarismos. Se quiser dar um show - e
não há nada de mal nisto - solicite uma apresentação no palco. Evite passos
onde os pés subam muito alto, onde o cavalheiro e dama se afastem muito, ou
exijam grande deslocamento. Mostre classe e criatividade na dança sem
"agredir" outros casais.

Pista não é lugar para conversar, beber ou fumar. Além de atrapalhar, pode
ser perigoso.

Para tirar uma dama, sempre aproxime-se dela. As damas não devem
responder a acenos distantes dos cavalheiros. E, após a dança, não se
esqueça de levá-la de volta à mesa e agradecer pela dança. E para quem
ainda tem dúvida, não há nada de errado em uma dama convidar um
cavalheiro para dançar.

Baile é baile, aula é aula. Baile é momento de prazer e diversão. Solte-se,


sinta a música, improvise e... erre. Faz parte! Damas, por favor, não reclamem
ou fiquem lembrando dos passos que ainda faltam ser feitos. Divirtam-se e
lembrem-se: a verdadeira dama é aquela que sabe errar e disfarçar o erro de
seu cavalheiro.

Etiqueta na dança de salão - III

O bom dançarino

Além da variedade de ritmos que dança, da quantidade de passos que


executa e da técnica que desenvolveu, o bom dançarino deve estar atento a
certos procedimentos básicos durante um Baile de Dança de Salão.

São regras que foram estabelecidas com o objetivo de facilitar a dança e a


evolução dos casais criando uma atmosfera agradável, prazerosa e de boa
convivência.

Dançar circundando o salão no sentido anti-horário viabiliza um melhor


aproveitamento do espaço. Desta forma, todos podem progredir independente
do seu nível de conhecimento. Para aqueles que apresentam dificuldades de
se deslocar, o centro do salão é a melhor opção.

Entre na pista com cuidado. Respeite quem já está dançando e procure não
esbarrar nem interromper a evolução de outros pares. O mesmo cuidado é
importante quando for necessário atravessar o salão, o que, aliás, deve ser tão
evitado quanto permanecer parado no área onde se dança.

Quando o salão está cheio, os dançarinos devem ocupar o mínimo de espaço


possível. Passos acrobáticos podem interferir na dança de outros casais. O
mesmo ocorre quando, em determinados ritmos, se dança de forma espalhada.

O principal motivo para se dançar num baile é o prazer. Tanto o cavalheiro


quanto a dama devem ser cordiais um com o outro. O cavalheiro deve ter um
cuidado especial com sua dama, sendo atencioso na forma de convidá-la para
dançar e no modo como inicia sua dança.

Antes de sair executando passos elaborados, ele deve procurar perceber se


sua parceira tem condições de lhe acompanhar e se o local e momento são
adequados. Atenção para não colocar a dama em situações de risco nem de
constrangimento.

Ao término da dança, deve procurar acompanhar sua parceira até onde ela
estava no início da mesma ou pelo menos para fora da área onde outras
pessoas estão dançando.
Se for necessário interromper a dança, procurar encontrar uma forma delicada
de fazê-lo, de preferência ao final de uma música.

Outros fatores importantes a serem levados em conta quando se vai a um


baile, são a forma de apresentação e o asseio.

Os sapatos e as roupas devem ser bem escolhidos, atentando principalmente


para o conforto e a mobilidade, sem é claro esquecer a elegância.

Cuidado com o excesso de suor, o mau hálito, o odor das axilas e outros
cheiros desagradáveis, como o produzido por alguns tipos de tinturas de
cabelo.

Nas danças de salão a proximidade dos corpos é um fator constante e seu


parceiro certamente notará esses detalhes.

Bolsas, sacolas, pochetes, chapéus e outros acessórios pendentes


atrapalham. Procure deixá-los na mesa, na chapelaria ou em outro local
adequado.

As drogas e a bebida em excesso são muito mal recebidas neste ambiente.


Esteja lúcido e sóbrio para se lembrar com detalhes de uma noite maravilhosa.

Para dançar bem, com equilíbrio, agilidade e fluência nos movimentos,


precisamos estar com nossas faculdades mentais bem apuradas.

É sempre bom lembrar que você é o maior responsável pelo seu Conceito.
CUIDE-SE E DIVIRTA-SE.

Etiqueta na dança de salão - IV

Postura adequada do casal na dança

1. O cavalheiro deve deixar a sua face direita voltada para a face direita da
dama;

Exceto em algumas variações em que o casal tem a sua lateral como


referência os dois devem olhar para frente;

2. O espaço individual de dança deve ser dividido pela mão esquerda do


cavalheiro e a mão direita da dama; estas devem estar dispostas exatamente
no centro do espaço que separa um corpo e outro, não devendo nem um nem
outro invadir o espaço de dança do parceiro. As mãos devem estar na altura
média dos ombros do casal e devem estar seguras de palmas.

3. Os cotovelos devem estar dispostos formando um ângulo de 45 graus em


relação ao corpo.

4. A mão direita do cavalheiro deve estar com os dedos abertos e repousar na


altura média das costas da dama, lembrando que esta deve ter resistência para
melhor conduzir a dama e dependendo do ritmo aumentará ou diminuirá a
distância entre o casal; a mão esquerda da dama deve repousar sobre o ombro
do cavalheiro;
5. Na maioria dos ritmos, o pé direito do cavalheiro deve estar entre os pés da
dama.

Algumas dicas:

- Adentrem a pista de dança sempre no sentido em que os outros dançarinos


estão dançando (geralmente isto acontece no sentido anti-horário);

- Respeitem quem já está na pista e ocupem um espaço disponível na mesma;

- Tentem, ao adentrar a pista de dança, se adaptar ao ritmo da música e a


partir daí, começar a dançar; a dama deve deixar que o cavalheiro inicie os
movimentos e acompanhá-lo;

- Não repousem o corpo sobre o parceiro;

- Não mexam excessivamente os ombros ;

- Durante a dança, não executem movimentos em que as pernas se abram


excessivamente;

- Não deixem os braços muito abaixados nem acima dos ombros;

- Alguns ritmos exigem uma ginga maior, no entanto os movimentos com um


requebrado mais acentuado, na maioria das vezes, devem ser executados pela
dama;
- Não dancem com as mãos, esquerda (o cavalheiro) e direita (a dama)
abertas, nem com os dedos entrelaçados;

- Não olhem para os pés enquanto estiverem dançando.

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