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“Somente no século XX, guerras dizimaram mais que todas as mortes

anteriores; os impostos e a inflação roubaram mais que todas as


riquezas que foram previamente produzidas; e as mentiras políticas, a
propaganda e, acima de tudo, a “educação” enganaram mais mentes
que todas as superstições anteriores; contudo, através de toda a
confusão e ofuscação, o fio da razão desenvolveu fibras de resistência
para serem enroladas na corda da execução do estado: o
Libertarianismo.”

Samuel Edward Konkin III

É comum ouvirmos dos estatistas a


acusação de que os libertários demonizam e
mistificam a relação com o estado, ou seja, que
direcionamos toda a culpa e a responsabilidade
das agressões (guerras, escravidão, miséria e
roubo) para essa instituição e que sendo assim,
somos ignorantes quanto a verdadeira origem da
violência – que na realidade parte dos indivíduos,
pela sua natureza individualista, egoísta e
violenta, sendo o estado um instrumento
imperfeito mas essencial para proteger a
sociedade da natureza egoísta e destrutiva do ser
humano.
Tal suposição serve para encobrir a
verdadeira origem da violência em grande escala
e ao mesmo tempo justificar os mecanismos de
controle e tirania.
Em verdade e ao contrário do que supõe os
estatistas: é o financiamento e a existência
compulsória dessa instituição (o estado) o
principal fator que dá origem e sustentação
ao crime e ao genocídio em grande escala
(sistemático), pois a compulsão (principal
característica do estado) é o que permite o
direcionamento de enormes quantidades de
recursos para os grupos e setores que patrocinam
e lucram com guerras, genocídios, revoluções,
perseguições, falsificação e roubo.

A justificativa para a institucionalização


da violência nas relações humanas:
Os estatistas ao argumentarem que a
natureza individualista, egoísta e violenta do ser
humano é a base para as atrocidades cometidas
ao longo da história, estão a procurar uma
justificativa para o estatismo e caem em completa
contradição ao assumir que tal instituição que
age pela força (i.e. não-contratual) poderá ser
ética ou eficiente para lidar com os conflitos e
disputas que naturalmente ocorrem na
sociedade, ignorando quaisquer outros meios
mais eficientes de resolução de conflitos.
Caem em COMPLETA contradição pois
acreditam que a violência em larga escala
(estado) será útil para combater a violência
descentralizada e em pequena escala (crimes
privados) e ainda ignoram que o primeiro é em
muitos casos a causa do segundo, pois ao
restringir a liberdade econômica e incentivar a
criação de mercados violentos e lucrativos, o
poder político acaba servindo como
instrumento que alimenta e institucionaliza
a violência em todos os setores da sociedade,
pois a restrição à liberdade econômica e a
perseguição da economia underground (e de
outras práticas contra-econômicas) nutre a
pobreza e criminaliza ações pacíficas/sem
vítimas, incentivando a criação de mercados
vermelhos que necessitam manter seus cartéis,
ou seja, lutar (sem proteção jurídica) contra
possíveis concorrentes violentos e
pagar/combater a máfia estatal (sustentando
o pior problema social de nossa era – a guerra às
drogas).

A falsa premissa que serve como


justificativa:
Devido a essa falsa premissa que grande
parte dos estatistas assume como verdadeira, a
institucionalização da violência pode ser
legitimada em grande escala e o pior: ela é
sustentada, criada, legalizada, estabelecida e
imposta através da legislação, de mecanismos de
lavagem cerebral e propagandas constantes
através da mídia e da escolarização compulsória.
E assim como um parasita, o estado se
mantém e cresce através da destruição da vítima.
Só que vai além, o estado ainda se impõe como a
solução dos problemas que ele próprio criou e
mais, exige adoração e respeito de suas
vítimas, mistificando (agora sim) a agressão e
introduzindo um sentimento crescente de que
não existe outra solução além dele próprio e de
toda a sua estrutura monopolista baseada em
violência e compulsão.

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