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O conceito do trabalho insalubre está previsto no Artigo 189 da CLT, e é aquele que
obriga o trabalhador a ficar exposto em seu ambiente de trabalho a qualquer agente
nocivo a saúde.
O artigo 190 da CLT define que cabe ao Ministério do Trabalho definir quais são as
atividades e operações insalubres, e estas por sua vez, estão definidas na Norma
Regulamentadora e seus anexos (NR 15 – clique aqui). Importante deixar claro que
não basta uma atividade ser considerada nociva, ela deve – necessariamente – ter
esta classificação na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho (Súmula nº
448, I, TST):
Todo empregador deve atentar-se para uma questão muito mais séria do que o
pagamento do valor do adicional, que é a necessidade imperiosa da eliminação
efetiva dos fatores nocivos (insalubres) à saúde do empregado, até porque, resta
evidente que o trabalho nestas condições por períodos prolongados, pode causar
sérias doenças ocupacionais, ou até mesmo acidentes de trabalho, além, claro, da
diminuição e aproveitamento da capacidade de trabalho do colaborador.
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Os riscos ambientais normalmente vêm previstos nos Laudos Trabalhistas Obrigatórios:
Súmula nº 80 do TST
INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de
aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder
Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
2
Esta também é a diretriz da norma
regulamentadora (NR 15):
Como citado acima, muito mais importante que o não pagamento do valor do
adicional, com o fornecimento e fiscalização ativa do uso de equipamento de
proteção o empregador previne acidentes e doenças ocupacionais de seus
empregados, evitando-se, inclusive, a incidência de dolo por ação ou omissão
voluntária.
A matéria é regulada por Súmula do TST, mas que tem sua eficácia suspensa:
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40%, para insalubridade em grau máximo;
20%, para insalubridade em grau médio;
10%, para insalubridade em grau mínimo.
Súmula 47 – TST
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b) Exposição ao calor (NR 15 – anexo nº 3)
A norma prevê regime de trabalho intermitente com descanso de acordo com o tipo
de atividade, variando o tempo de trabalho (45 minutos) com descanso (15 minutos),
de acordo com a fórmula de cálculo de taxa de metabolismo prevista na própria
norma.
A norma técnica (NR 15 – anexo nº 9) não prevê tempo máximo de exposição ao frio,
mas a análise deve ser feita de forma sistemática com o disposto no artigo 253 da CLT,
ou seja, a cada 1 hora e 40 minutos de trabalho em ambiente frio, o empregado deve
ter intervalo de 20 minutos.
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Importante notar que em qualquer dos exemplos acima com relação a tempo
máximo de exposição, a eliminação do agente insalubre: “calor” ou “frio” está
condicionado à existência simultânea de dois elementos: uso correto de EPI´s
certificados e usufruto efetivo de intervalos durante a jornada de trabalho diária. No
caso específico do “ruído”, o uso de EPI´s e limitação do tempo máximo de exposição
diária. Não satisfeito um destes dois requisitos, é devido o adicional de insalubridade.
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