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9 788574 991900
Atlas de Rochas Ornamentais
do Estado do Espírito Santo
BRASÍLIA
2013
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL – CPRM
Diretoria de Geologia e Recursos Minerais
Departamento de Recursos Minerais
Divisão de Minerais e Rochas Industriais
Autores
RUBEN SARDOU FILHO
GERSON MANOEL MUNIZ DE MATOS
VANILDO ALMEIDA MENDES
EDGAR ROMEO HERRERA DE FIGUEIREDO IZA
BRASÍLIA
2013
PROJETO GEOLOGIA E RECURSOS PUBLISHER
MINERAIS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO José Márcio Henriques Soares
COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL – DEPARTAMENTO DE EDIÇÃO DO PRODUTO
RECURSOS MINERAIS E DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Departamento de Relações
Francisco Valdir Silveira Institucionais e Divulgação
Reginaldo Alves dos Santos Ernesto von Sperling
COORDENAÇÃO TÉCNICA – DIVISÃO DE MINERAIS
Divisão de Marketing e Divulgação
E ROCHAS INDUSTRIAIS E DIVISÃO DE ECONOMIA
MINERAL E GEOLOGIA EXPLORATÓRIA José Márcio Henriques Soares
Ruben Sardou Filho Divisão de Geoprocessamento
Gerson Manoel Muniz de Matos João Henrique Gonçalves – SIG/GEOBANK
COORDENAÇÃO LOGÍSTICA OPERACIONAL Coordenação da Revisão Bibliográfica
Ruben Sardou Filho Roberta Pereira da Silva de Paula
Gerson Manoel Muniz de Matos
Organização, Preparo e
EQUIPE EXECUTORA Controle da Editoração Final
Geoprocessamento e Modelagem Alan Düssel Schiros
de Dados Espaciais Editoração para Publicação
Edgar Romeo Herrera de Figueiredo Iza Unika Editora
Amostragem DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA
Ruben Sardou Filho PUBLICAÇÃO (CIP)
Gerson Manoel Muniz de Matos
Vanildo Almeida Mendes
Sardou Filho, Ruben.
Edgar Romeo Herrera de Figueiredo Iza Atlas de rochas ornamentais do estado
Isao Shintaku do Espírito Santo / Ruben Sardou Filho ... [et al.]
Colaboração ... – Escala 1:400.000. – Brasília : CPRM, 2013. 1
Elvis Martins Oliveira atlas (1 DVD)
Ricardo Gallart
ISBN 978-85-7499-189-4
Valter Salino Vieira
Auxiliares Operacionais 1.Geologia econômica – Atlas – Brasil – Espírito
Bruno Lauritzen Silva de Oliveira Santo. 2.Rochas ornamentais – Atlas – Brasil –
Lupe da Motta Carvalho da Silveira Espírito Santo. I.Título.
Apresentação
V
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
PREFÁCIO
O setor de rochas ornamentais do Brasil ocupa uma posição de destaque internacional contribuindo
com a produção e exportação de rochas com características estéticas e tecnológicas extremamente
competitivas em nível mundial.
O estado do Espírito Santo é o principal polo produtor e exportador de rochas do país possuindo
centenas de unidades de beneficiamento de altíssima produtividade. Esta posição de destaque é
consequência de um conjunto de fatores, tais como, infraestrutura portuária e ferroviária, proximidade com
os grandes centros consumidores do país, incentivo fiscal, oferta de mão-de-obra, aglomeração espontânea
de empresas do setor, etc. Estas variáveis contribuíram sobremaneira para consolidar a posição do estado
como referência mundial na produção e comercialização de rochas ornamentais.
Apesar de sua posição de destaque no cenário nacional e internacional o estado do Espírito Santo
ainda não possuía um produto que resumisse sua importância e destacasse o amplo portfólio de produtos
produzidos atualmente.
Com o propósito de preencher essa lacuna o Serviço Geológico do Brasil/ Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais (SGB/CPRM) elaborou o presente Atlas, o qual integra e atualiza o conhecimento
a cerca dos principais materiais produzidos fornecendo informações sobre parâmetros tecnológicos,
características estéticas, frentes de lavra, municípios produtores, além de dados sobre produção,
exportação, infraestrutura, etc.
A concorrência e a disputa por novos nichos de mercado tem incentivado a busca de novos produtos
com características diferenciadas. Os resultados aqui apresentados têm como objetivo constituir uma
referência técnica e mercadológica para consumidores e produtores nacionais e internacionais assim
como contribuir para um maior desenvolvimento e ampliação de negócios não só embasados em critérios
estéticos, mas também em parâmetros técnológicos.
VII
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
AGRADECIMENTOS
IX
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
resumo
Este atlas apresenta informações sobre as variedades de rochas ornamentais produzidas no estado
do Espírito Santo e resulta do levantamento sistemático realizado junto às empresas mineradoras e
beneficiadoras de rochas ornamentais instaladas no território capixaba no período de 2011-2013. Para
tanto foram considerados materiais de minas ativas e inativas, tendo sido desenvolvido sob a égide do
Projeto Geologia e Recursos Minerais do Estado do Espírito Santo.
Trata-se de um estudo temático realizado com foco principal na identificação e catalogação das
variedades de produtos pétreos ornamentais existentes no estado, sendo levantadas paralelamente
suas características geológicas e tecnológicas, formas de ocorrências dos depósitos minerados,
aspectos fisiográficos, procedimentos operacionais de lavra como metodologias utilizadas para o
seu desenvolvimento, tecnologias de corte e beneficiamento de rochas, características dos produtos
comercializados e dados econômicos.
O atlas é composto por sete capítulos: o primeiro apresenta informações sobre clima, relevo,
hidrografia e vegetação, além de dados socioeconômicos do estado; o segundo faz uma abordagem
elucidativa sobre os conceitos emitidos sobre rochas ornamentais e de revestimento, de sua
nomenclatura usual no mercado e significado geológico; o terceiro capítulo faz uma associação entre os
tipos de rochas controladas por fatores geológicos, tectônicos ou outros fatores atuantes e os distintos
materiais ornamentais deles derivados; o quarto capítulo apresenta breve considerações sobre o
contexto geológico e tectônico-estrutural da área abrangida pelo estado; o capítulo cinco discorre sobre
as características geológicas dos sítios produtores e potenciais dos materiais compilados no atlas; o sexto
capítulo apresenta a metodologia de lavra e beneficiamento de materiais pétreos ornamentais; o capítulo
sete discute o cenário técnico-econômico brasileiro e mundial do setor de rochas ornamentais. Por fim
é apresentado o catálogo de rochas ornamentais consolidado do estado do Espírito Santo, integrado
por pranchas dos materiais cadastrados, contendo localização, elementos básicos de geologia, foto da
ocorrência ou frente de lavra, imagem da superfície polida da rocha, e os resultados dos ensaios de
caracterização tecnológica.
XI
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
ABSTRACT
This atlas presents informations about the variety of dimension stones produced in the Espírito
Santo State, and it is the result of the systematic survey conducted among the producing and processing
dimension stones companies within the territory of the State during the period 2011-2013, considering
materials from active and inactive mines, and developed under the aegis of the Geology and Mineral
Resource of the State of Espírito Santo project (Brazil).
It is a thematic study performed with the primary focus on the identification and cataloguing of
the variety of dimension stones products existing in the State, being raised alongside its geological and
technological characteristics, forms of occurrence of mined deposits, physiographic features, operational
procedures of mining as methodology used for the development, and technology for cutting stones,
characteristic of the commercialized products and economic data.
The atlas consists of seven chapters: the first chapter provides information about climate,
topography, hydrography, and vegetation, besides socioeconomic data of the state; the second one
makes an elucidative approach about the concepts issued on dimension and coating stones and its
usual nomenclature in the market along with its geological meaning; the third chapter is an association
between the type of rocks controlled by geological, tectonic, or other influencing factors, and the
different materials derived from them; the fourth one presents small considerations about the geological
and tectonic-structural context of the area covered by the state; chapter five discusses the geological
characteristics of the production locations and the potential of the materials compiled in the atlas; the
sixth chapter presents the guidelines of the mining and processing methodology of dimension stones;
chapter number seven discusses the technical-economic scenery of the dimension stone sector of Brazil
and the world. Finally, it is presented the consolidated catalog of dimension stones of the Espírito Santo
State, containing the localization, basic geological elements, photo of the occurrences or the mining
front, images of the polished surface of the stone, and the result of the technological characterization
tests.
XIII
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................17
2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES...............................................................................................................25
2.1 Caracterização Tecnológica de Rochas Ornamentais..................................................28
2.1.1 Petrografia Microscópica.............................................................................................. 28
2.1.2 Índices Físicos...................................................................................................................... 29
2.1.3 Desgaste Amsler.................................................................................................................. 29
2.1.4 Resistência Mecânica à Compressão Uniaxial...........................................................29
2.1.5 Resistência Mecânica à Compressão Uniaxial após Gelo e Degelo....................29
2.1.6 Resistência à Tração na Flexão......................................................................................29
2.1.7 Coeficiente de Dilatação Térmica Linear....................................................................29
2.1.8 Resistência ao Impacto de Corpo Duro.......................................................................29
4 CONTEXTO GEOLÓGICO...................................................................................................................35
4.1 Características dos Depósitos............................................................................................... 41
5 POTENCIALIDADES...........................................................................................................................43
5.1 Granitos......................................................................................................................................... 45
5.2 Exóticos ou Movimentados..................................................................................................... 47
5.3 Mármores...................................................................................................................................... 49
5.4 OUTRaS variedades...................................................................................................................... 50
15
CPRM- Serviço Geológico do Brasil
6 LAVRA E BENEFICIAMENTO.............................................................................................................51
6.1 Lavra................................................................................................................................................ 53
6.1.1 Métodos de Lavra............................................................................................................... 53
6.1.1.1 Lavra em Bancadas Altas......................................................................................... 53
6.1.1.2 Lavra em Bancadas Baixas.......................................................................................53
6.1.1.3 Lavra por Desabamento........................................................................................... 54
6.1.1.4 Lavra em Matacões..................................................................................................... 54
6.1.2 Tecnologias de Lavra no estado do Espírito Santo................................................54
6.2 Tecnologias de Beneficiamento Utilizadas no Espírito Santo....................................57
6.2.1 Serragem nos Teares......................................................................................................... 58
6.2.2 Serragem em Talha-Blocos.............................................................................................. 59
6.2.3 Acabamento de Superfícies............................................................................................. 59
7 ASPECTOS MERCADOLÓGICOS........................................................................................................63
7.1 Exportações e Importações Brasileiras..............................................................................66
7.2 O setor de rochas ornamentais no Estado do Espírito Santo....................................67
7.3 Produção de Rochas Ornamentais no Brasil e no Estado do Espírito Santo.........68
7.4 Exportações de Rochas Ornamentais no Estado do Espírito Santo..........................69
7.5 Perspectivas Atuais do Setor Brasileiro de Produtos Pétreos...................................69
7.6 Espírito Santo, um excelente lugar para se produzir rochas ornamentais..........70
7.7 Rota do mármore e do granito – Uma rota de bons negócios...................................70
7.8 Considerações Finais................................................................................................................. 71
SIGLAS.............................................................................................................................................. 347
16
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
Introdução
17
CPRM- Serviço Geológico do Brasil
material comercializado com denominações distin- Convém salientar, que o estado apresenta uma
tas, fazendo este número reduzir-se para 170, dos geodiversidade extremamente favorável a existên-
quais 120 foram efetivamente considerados para cia de jazimentos de rochas com fins ornamentais,
ilustração em pranchas. desde os tipos ditos comuns, quanto aos materiais
A terceira fase compreendeu a integração, rea- considerados nobres e de altíssima cotação no exi-
valiação, interpretação e consolidação dos dados gente mercado internacional de produtos pétreos.
técnicos e demais parâmetros de cunho geológico Este documento pretendeu alcançar a totalidade do
coletados nas etapas anteriores. A estrutura final universo de rochas produzidas, permitindo assim a
do atlas compreende 120 pranchas, distribuídas em visualização do real potencial das rochas ornamen-
120 folhas (frente e verso), contemplando os diver- tais do estado.
sos tipos de materiais catalogados. As imagens dos O presente trabalho poderá ser complementa-
materiais foram obtidas por meio de escaneamento do futuramente com a elaboração de novos estu-
das diversas amostras coletadas, visando obter-se dos, que propiciem a partir do conhecimento ge-
uma resolução de alto padrão. Também foi elabora- ológico atualizado a elaboração de um mapa de
da a versão definitiva do banco de dados do projeto, potencialidades para rochas ornamentais do esta-
o qual deverá ser disponibilizado em ambiente SIG. do do Espírito Santo. O mesmo terá por finalidade
O referido atlas constitui um documento emi- fornecer ao setor produtivo informações geológi-
nentemente ilustrativo e explicativo, objetivando cas confiáveis sobre a ambiência dos depósitos de
divulgar a nível nacional e internacional o potencial rochas ornamentais, os tipos passíveis de serem
mercadológico das rochas ornamentais detectadas detectados no território estadual e, sobretudo
no estado do Espírito Santo e propiciar a atração de orientar o direcionamento de capitais na pesquisa
novos investimentos neste setor. e lavra de novos jazimentos.
Considerações Complementares
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
Capítulo 1
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
parte das ilhas se concentrarem na parte central do ária o rebanho ultrapassa 1,8 milhão de cabeças de
estado. Ao todo, existem 73 ilhas localizadas na cos- gado e na avicultura, aproximadamente 9,2 milhões
ta do estado, sendo 50 localizadas na capital Vitória. de aves. Na mineração há reservas importantes de
granito para fins ornamentais, além da extração de
1.5 Demografia gás natural e petróleo. O parque industrial do estado
do Espírito Santo abriga indústrias químicas, metalúr-
Segundo o censo demográfico realizado pelo gicas, alimentícias, de papel e celulose.
IBGE, em 2010, o estado do Espírito Santo possuía O subsolo do estado é rico em minerais, in-
3.512.672 habitantes, sendo o décimo quarto es- cluindo petróleo. Há consideráveis reservas de cal-
tado mais populoso do Brasil, representando 1,8% cário, mármore, manganês, ilmenita, bauxita, zircô-
da população brasileira. Segundo o mesmo censo, nio, monazitas e terras raras, embora nem todas em
1.729.670 habitantes eram homens e 1 783.002 ha- exploração. No extrativismo mineral, destaca-se a
bitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo exploração, na área de Cachoeiro de Itapemirim, de
censo, 2.928.993 habitantes viviam na zona urbana reservas de mármores, calcário e dolomita.
e 583.679 na zona rural. Em dez anos, o estado do O sistema rodoviário se organiza a partir da
Espírito Santo registrou uma taxa de crescimento BR-101, que corta o Espírito Santo de norte a sul,
populacional de 13,59%. margeando o litoral. O estado possui 30,1 mil km de
Nos últimos anos, o crescimento da popula- estradas de rodagem.
ção urbana intensificou-se muito, ultrapassando o De desenvolvimento mais recente são a silvi-
total da população rural. Segundo a estimativa de cultura e a fruticultura, com aproveitamento para
2000, 67,78% dos habitantes viviam em cidades. conservas de frutas e a produção de celulose, desta-
Dois municípios capixabas mantêm o pomerano cando-se nessa última atividade alguns projetos de
como segunda língua oficial (além do português), reflorestamento, que poderão compensar em parte
são eles: Vila Pavão e Santa Maria de Jetibá. o desmatamento sofrido pelo estado.
A densidade demográfica no estado é de
76,23 hab/km2, sendo a sétima maior do Brasil e 1.7 Atividade Industrial
com uma densidade comparada à Malásia. A distri-
buição da população estadual é desigual, apresen- Nos centros urbanos da capital e de Cacho-
tando maior concentração na região serrana, no in- eiro de Itapemirim concentram-se praticamente to-
terior. Nessa área, a densidade demográfica atinge das as principais unidades da indústria de transfor-
a média de 50 hab/km² e a ultrapassa no extremo mação capixaba. Na grande Vitória localizam-se as
sudoeste. A Baixada Litorânea, faixa que acompa- indústrias siderúrgicas: Companhia Ferro e Aço de
nha o litoral, apresenta quase sempre densidades Vitória, usina de pelotização de minério de ferro da
inferiores à média estadual. Apenas nas proximida- Companhia Vale do Rio Doce; madeireira, têxtil, de
des de Vitória observa-se uma pequena área com louças, café solúvel, chocolate e frigorífica. No vale
mais de 50 hab/km². A parte norte da baixada litorâ- do rio Itapemirim, desenvolvem-se indústrias de ci-
nea é a menos povoada do estado. Seis municípios mento, de açúcar e álcool e de conservas de frutas.
(Vila Velha, Serra, Cariacica, Vitória, Cachoeiro de
Salienta-se que na região sul do estado, mas
Itapemirim e Linhares) cerca de 45% da população
precisamente no polo de Cachoeiro do Itapemirim
do Espírito Santo.
e Castelo acha-se instalado o maior parque para
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH- processamento industrial de rochas ornamentais
-M) do estado, considerado médio pelo Programa do país, sendo o estado responsável por grande
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), parte das exportações brasileiras de produtos pé-
é de 0,802, sendo o sétimo maior do Brasil e o ter- treos beneficiados.
ceiro maior da Região Sudeste. O município com o
maior IDH é Vitória, capital do estado, com um valor 1.8 Transportes
de 0,856, enquanto Água Doce do Norte, situado na
Mesorregião do Noroeste Espírito-Santense, tem o
menor valor (0,659). No estado do Espírito Santo existe apenas um
aeroporto administrado pela Infraero, o Aeroporto
1.6 Aspectos Socioeconômicos do Eurico de Aguiar Salles (Vitória), além dos aeropor-
Estado do Espírito Santo tos de Baixo Guandu/Aimorés, Cachoeiro de Itape-
mirim, Guarapari, Linhares e Tancredo de Almeida
Na economia do estado do Espírito Santo, têm Neves (São Mateus), que são de responsabilidade
destaque a agricultura, a pecuária e a mineração. Na das suas respectivas administrações municipais.
produção agrícola, destacam-se a cana-de-açúcar, a
laranja, o coco-da-bahía e o café. Na atividade pecu-
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Capítulo 2
Conceitos e Definições
De acordo com as especificações da ABNT - As- interessantes devido à deformação tectônica gera-
sociação Brasileira de Normas Técnicas, rochas orna- dora de sua foliação, sendo por isto mais utilizada
mentais constituem materiais naturais, extraídos a em peças e ambientes isolados ou em decoração de
partir de pedreiras sob a forma de blocos e/ou em detalhes.
placas, cortados de forma variada e beneficiados por A cor ou padrão cromático constitui o princi-
meio de esquadrejamento, polimento, lustro, apicoa- pal atributo para a quantificação comercial de uma
mento ou flameamento (Frascá, 2001). São aplicados rocha, seguido do seu aspecto textural e desenho
normalmente na arquitetura, notadamente na deco- de suas estruturas. De acordo com estas caracterís-
ração de ambientes, como peças isoladas, na confec- ticas os materiais pétreos são enquadrados como:
ção de mesas, balcões, pias e arte funerária. Outro comuns, clássicos e excepcionais. Os denominados
campo de aplicação de emprego bastante promissor comuns ou de batalha constituem tipos de largo em-
é na indústria da construção civil na condição de re- prego como material de revestimento na construção
vestimento interno e externo de fachadas laterais, civil. Neste tipo enquadram-se os materiais cinza a
pisos, soleiras colunas e pilares. cinza-esbranquiçados, os beges e os róseos. Os con-
Em termos genéticos as rochas podem ser siderados clássicos compreendem as rochas que não
classificadas em ígneas, sedimentares e metamór- sofrem influência do modismo e incluem os chama-
ficas. As rochas ígneas ou magmáticas resultam da dos mármores brancos, vermelhos, amarelos e ne-
cristalização do magma em diferentes profundida- gros, além dos denominados granitos brancos, mar-
des da crosta terrestre, quando estas rochas são rons, negros, verdes e vermelhos. No que diz respeito
consolidas na superfície são denominadas vulcâni- aos materiais excepcionais, os mesmos são utilizados
cas ou extrusivas. As rochas ditas sedimentares são em peças isoladas e no revestimento de peque-
originadas pela precipitação química ou deposição nas áreas, neste grupo enquadram-se os mármores
dentrítica dos produtos oriundos da desagregação, azuis, violetas e verdes, além dos chamados granitos
erosão e transporte de rochas preexistentes e acu- azuis, amarelos multicoloridos, metaconglomerados
muladas em bacias deposicionais. As denominadas multicoloridos e pegmatitos também multicores. Na
rochas metamórficas constituem litologias transfor- figura 2.1 tem-se a variedade cromática de alguns ti-
madas pela ação dos agentes de deformação, me- pos de rochas extraídas no estado do Espírito Santo.
tamorfismo regional e de contato de rochas
preexistentes (ígneas e sedimentares) situa-
das em diferentes níveis da crosta.
Em termos comerciais as rochas orna-
mentais são classificadas em granitos e már-
mores. Como granitos são genericamente
agrupadas as rochas silicáticas, tais como:
granitos, granodioritos, sienitos, gnaisses,
metaconglomerados, migmatitos, monzo-
nitos, xistos e etc. Os mármores englobam
lato sensu as rochas carbonáticas, tanto se-
dimentares, quanto metarmóficas. Têm-se
também outros tipos litológicos incluídos no
campo das rochas ornamentais, tais como:
quartzitos, metarenitos, serpentinitos e ar-
dósias, muito importantes setorialmente.
Do ponto de vista comercial as rochas
ornamentais podem ser agrupadas em ho-
mogêneas e movimentadas. As litologias di-
tas homogêneas ou isotrópicas constituem
litótipos destituídos de orientação prefe-
rencial de seus constituintes minerais e são
bastante empregadas, como material de
revestimento em obras da construção civil.
As rochas ditas movimentadas são anisotró-
picas, foliadas e mostram, em sua grande Figura 2.1 – Variedades de cores de alguns tipos de granitos e
maioria, aspecto multicolorido e desenhos mármores do estado do Espírito Santo.
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Capítulo 3
Os jazimentos de rochas ornamentais acham- dos materiais ditos movimentados, passíveis de se-
-se controlados por fatores de cunho geológico, tec- rem encontrados nos terrenos paleoproterozoicos e
tônico, e em certos casos fisiográficos, atuantes em neoproterozoicos do estado do Espírito Santo.
cada região. Portanto, para o perfeito conhecimen- Quando estes materiais são submetidos à
to e estudo de uma jazida devem-se levar em con- ação de forte intemperismo químico a alteração da
sideração, o contexto litoestratigráfico e tectônico- biotita, por vezes da granada e a descoloração dos
-estrutural da área a ser prospectada, assim como feldspatos imprime a rocha uma coloração amare-
a sua ambiência geológica. Estes fatores interferem lada, o que resulta na formação dos depósitos dos
diretamente na formação e modo de ocorrência das denominados granitos amarelos. Quanto aos grani-
rochas, na tipologia, aspecto cromático, estruturação tos amarelos homogêneos destituídos de foliação,
da rocha, formato e dimensões do corpo, bem como a sua origem resulta da ação do intemperismo quí-
no método de lavra a ser adotado, (Mendes, 2002). mico sobre granitos à biotita neoproterozóicos não
Para o setor de rochas ornamentais a deno- deformados relacionados ao ciclo Brasiliano.
minação “granito” abrange genericamente as litolo- As rochas ditas carbonáticas abrangem cal-
gias ricas em silicatos, englobando desde o granito cários, travertinos e dolomitos, sendo o mármore o
propriamente dito, quanto os, granodioritos, ga- seu correspondente metamórfico. A grande maio-
bros, sienitos, monzonitos, dioritos, charnockitos,
ria das rochas calcáreas tem origem biológica ou
gnaisses, migmatitos, xistos, quartzitos metacon-
biodetrítica formando-se em ambientes marinhos
glomerados, calcissilicáticas e milonitos.
pela deposição de conchas e esqueletos de outros
Do ponto de vista petrográfico as rochas cris- organismos. Quando os processos deposicionais da
talinas ditas magmáticas, quer sejam plutônicas ou precipitação direta de carbonatos ocorrem em am-
vulcânicas, quando possuem mais de 65% de sílica bientes continentais, determinam a formação de ro-
(SiO2) são consideradas como ácidas (leucocráti- chas não fossilíferas como os travertinos e margas.
cas), de cores claras, e neste campo posicionam-se Os calcários são essencialmente constituídos por
os granitos e granodioritos. Quando o teor de SiO2 calcita e dolomita e apresentam como impurezas
situa-se no intervalo entre 50 a 65% classificam-se argilominerais, quartzo, micas, anfibólios, matéria
como intermediárias (mesocráticas) de cores acin- orgânica e sulfetos. Devido às impurezas mostram
zentadas, exemplificadas pelos sienitos. As rochas uma ampla variedade de cores e como consequên-
cujo teor em sílica situa-se entre 40% a 50% são cia das condições geológicas locais visualizam-se di-
consideradas básicas ou máficas (melanocráticas), e ferentes texturas e desenhos.
no geral apresentam coloração escura. Os denomi-
nados granitos pretos situam-se neste campo, sen- No caso dos calcários cristalinos catalogados no
do caracterizados por gabros e dioritos. Quando o estado do Espírito Santo, as tipologias dos jazimentos
teor em sílica situa-se abaixo de 40% as rochas são associam-se em sua grande maioria ao tipo lenticular
classificadas como ultramáficas compreendendo o havendo, porém casos de depósitos relacionados à
campo dos eclogitos, peridotitos e serpentinitos, forma estratiforme, exemplificados pelos mármores
podendo gerar depósitos de rochas para fins orna- Branco Esmeralda e Azul Acqua Marina, localizados no
mentais de tonalidades escuras, notadamente nas município de Cachoeiro do Itapemirim - ES.
cores preta e verde-escura.
3.1 Tipos de depósitos e modo de
No que concerne às rochas cristalinas di-
tas metamórficas, tais como metaconglomerados, ocorrência
quartzitos, gnaisses e migmatitos, a forma de ocor-
rência pode variar desde bolsões a lentes, até gran- A extração de blocos canteirados de rochas
des unidades de amplitude regional, resultantes da ornamentais no estado do Espírito Santo é feita em
ação dos processos metamórficos atuantes em de- jazimentos a céu aberto, associados a maciços ro-
terminada região. chosos (stocks, batólitos, etc.) ou a grandes praças
No caso das grandes unidades geológicas aflo- de matacões (foto 3.1). Em muitos casos a lavra
rantes, como os terrenos gnáissico-migmatíticos, o se inicia nos matacões dispostos no terreno cons-
condicionamento para a formação dos jazimentos é tituindo uma praça, em seguida evolui, para a lavra
determinado essencialmente pela mineralogia que em maciço através de bancadas, onde é formada a
define a cor do litótipo e pela ação dos eventos tec- pedreira propriamente dita, cuja altura, disposição
tônicos que imprime o padrão estrutural da rocha. das bancadas e profundidade variam em função do
Tal tipologia controla a formação dos jazimentos condicionamento geológico de cada jazida.
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Capítulo 4
Contexto Geológico
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
Foto 4.2 - Aspecto da foliação milonítica em granada- Regionalmente a Suíte Carlos Chagas constitui
-biotita granito da Suíte Carlos Chagas. uma unidade muito extensa e relativamente homo-
gênea em termos composicionais (figura 4.4). Em
38
Figura 4.3 – Mapa geológico da porção central do estado do Espírito Santo, escala 1:400 000 (Vieira et al. 2013)
Figura 4.4 - Mapa geológico da porção noroeste do estado do Espírito Santo, escala 1:400 000 (Vieira et al. 2013).
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
zonas não deformadas uma proeminente foliação de tos porfiríticos, com os quais mantem contatos gra-
fluxo magmático é ressaltada pelos alinhamentos dos dacionais. Associada a estas intrusões tem-se a ex-
grandes cristais subédricos de feldspatos. Em aflora- ploração do charnockito verde, cujo diferencial em
mento constata-se a presença de restitos de grandes relação aos plutonitos da região de Alto Mutum é a
proporções de biotita gnaisses finos, cujas porções presença de granada.
mais homogêneas da mistura dos mesmos com os No geral, ocorrem como corpos intrusivos de
leucogranitos intrusivos, são explotadas como grani- dimensões variáveis, mas com formato aproxima-
tos movimentados ou exóticos. damente circular e mais raramente alongado. As
Os plutonitos da Suíte Ataléia compreendem ro- rochas de composição charnockíticas apresentam
chas mesocráticas, formadas por tonalitos a granodiorí- coloração verde oliva a cinza-esverdeada, com tex-
tos. Em termos litoquímicos apresentam caráter peralu- tura inequigranular a porfirítica e granulação gros-
minoso, sendo interpretados como produtos anatéticos sa. Estes maciços charnockíticos se destacam pela
originados de fusões parciais em níveis crustais profun- frequência, homogeneidade e dimensões, caracte-
dos. No geral mostram coloração cinza clara a cinza me- rizando-se pela exposição das rochas em grandes
diana, com granulação fina a média, com tipos porfirí- paredões nas vertentes e no topo das elevações.
ticos subordinados. Apresentam foliação milonítica nas Parte dos litotipos desta unidade apresentam
áreas deformadas e aspecto homogêneo e maciço no texturas magmáticas parcialmente recristalizadas
restante das áreas de exposição da unidade. formando mosaicos granoblásticos de excelente efei-
As rochas da Suíte Intrusiva Aimorés estão ba- to estético. Estas feições estruturais são resultado em
sicamente representadas por charnockitos esverde- parte dos próprios mecanismos de intrusão podendo
ados da unidade Charnockito Padre Paraíso, gabros, também resultar de uma tectônica tardia de caráter
enderbitos e noritos pretos a cinza-escuro, dos ma- transtensivo de antigas descontinuidades estrutu-
ciços Aracruz, Ibituba e Itapina, os quais mostram, rais, que provavelmente foram responsáveis pela
em campo, consanguineidade com granitos de cará- colocação dos plutonitos desta unidade. Compõe-se
ter calcioalcalino, porfiríticos, de coloração cinza a essencialmente de microclina pertítica, plagioclásio,
rosada. Dentre as maiores exposições de rochas da quartzo, contendo ainda biotita, hornblenda e grana-
Suíte Aimorés, salientam-se as grandes intrusões de da como minerais acessórios. Em certos locais apre-
Barra de São Francisco e Alto Mutum. Em Barra de sentam contatos transicionais, com os granitos por-
São Francisco os corpos plutônicos de charnockitos firíticos de cor cinza clara a bege, também inserido
ocorrem associados a sienogranitos e monzograni- nesta suíte. Os charnockitos são intergranulares, com
Foto 4.6 - Lavra de charnockito verde em maciço de grande proporção localizada no município de Barra de São Francisco-ES.
39
CPRM- Serviço Geológico do Brasil
Foto 4.7 - Detalhe da textura do granito porfirítico da Su- Foto 4.10 - Lavra em maciço rochoso sobre noritos da
íte Aimorés comercializado com o nome “Granito Giallo Suíte Aimorés no Distrito de São Rafael, município de
Latina” (Distrito de Cotaxé, município de Ecoporanga). Linhares.
40
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
va ‒ Unidade São Joaquim, que corresponde a uma objetivo de produzir ladrilhos, lajotas, tiras, espes-
sequência metacarbonática, com espessura entre sores e em certos casos para cortes de chapas.
500 e 1000 metros, constituída de mármore calcí- Convém frisar, que nos maciços rochosos da
tico a dolomítico rico em grafita, com intercalações Suíte Carlos Chagas, devido à ação do intemperismo
de anfibolitos, rochas metaultramáficas, calcissilicá- químico ocorre porções alteradas, que resultam nos
ticas e metachert quartzoso (Duarte, 2012). granitos comerciais da linha amarela, que frequente-
Estes calcários cristalinos ocorrem sob a for- mente se expõem de modo geral como mantos al-
ma de amplas lentes ao longo das faixas Itaoca ‒ terados que na maioria das vezes acompanham com
Campo de São Fidelis e Campo Verde ‒ Bom Jardim alguma simetria a superfície dos mesmos. A espessu-
‒ São Cristóvão, abrangendo os municípios de Cas- ra deste manto de intemperismo é variável podendo
telo e Cachoeiro do Itapemirim. Com base na sua atingir até 20 metros, o que torna factível a sua explo-
variação cromática, aspecto estrutural do litotipo e ração comercial. Acontece que a falta de homogenei-
consequentemente da sua composição mineralógi- dade da porção alterada, muitas vezes compromete
ca, os mármores desta região recebem diferentes a qualidade estética da rocha e consequentemente o
denominações comerciais. seu uso como material ornamental, acarretando as-
sim um aumento na formação de rejeitos.
4.1 Características dos Depósitos A formação destes granitos da denominada
linha amarela resulta principalmente da rede de
A explotação dos depósitos de rochas orna- microfissuras que afeta as rochas da região e cons-
mentais no estado do Espírito Santo é efetuada a titui o principal canal de migração e controle das
céu aberto e a grande maioria situa-se em flancos de soluções intempéricas ricas em Fe+2. Provavelmen-
maciços rochosos, apresentando diferentes declivi- te o processo é causado pela capilaridade, com a
dades e gerando grande impacto visual na paisagem precipitação posterior do Fe+3, ocasionado pela oxi-
regional. Tal impacto mostra maior magnitude nas genação do ambiente, com a evaporação da água
áreas de exploração dos leucogranitos pertencentes intersticial rica em ferro móvel. Convém frisar, que
aos plutonitos da Suíte Carlos Chagas, em função do os planos de foliação das rochas desempenham um
grande volume de produção das minas localizadas papel importante no controle destas águas meteó-
no âmbito desta unidade geológica, com grandes ricas (foto 4.11 e 4.12).
frentes de lavra e consequentemente elevada quan- É conveniente ressaltar que este incipiente
tidade de estéreis gerados, que atualmente consti- intemperismo, além de ampliar em muito o valor de
tui um sério problema de ordem ambiental. mercado da rocha, ocasiona uma diminuição na sua
Esses estéreis são gerados na abertura da resistência mecânica, mas sem comprometer o seu
pedreira durante o desenvolvimento das bancadas, uso como material de revestimento, mas a torna
devido ao descarte de blocos considerados fora mais macia ao corte, diminuindo assim o seu tempo
das especificações de mercado. A uniformidade de de serragem. Tal fato acarreta uma diminuição de
padrão estético é alterada por variações de ordem seus custos de serragem e polimento, notadamente
cromática devido a variações na composição mi- no que tange ao uso de energia, granalha de aço e
neralógica da rocha, variações na textura, além da abrasivos.
existência de veios, enclaves e de pequenas intru-
sões ígneas sob a forma de diques que comprome-
tem a qualidade do material.
O estéril gerado abrange ainda blocos com
defeitos, tais como presença de fraturas e trincas,
tanto as de origem tectônica, quanto as resultan-
tes das fases críticas das operações de lavra, assim
como no manejo de explosivos, tombamento de
painéis, manuseio dos blocos e principalmente de-
vido ao alivio das tensões internas das rochas. Esse
fato resulta da falta de maiores investimentos em
pesquisa geológica, onde o imediatismo leva a aber-
tura das pedreiras de forma empírica, sem levar em
conta o estudo e as direções do campo de tensões
atuante sobre o maciço rochoso a ser explotado.
Salienta-se que em várias pedreiras, após a
seleção dos blocos considerados de primeira quali-
dade, aqueles de segunda linha são disponibilizados Foto 4.11 - Limite inferior do manto intempérico acom-
a preços mais baixos para as serrarias locais, com o panhando declividade do maciço rochoso.
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
Capítulo 5
Potencialidades
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
damente circulares, localizadas na região serrana, Cinza Nobre e Prata Imperial, relacionada a porção
porção sudoeste capixaba. As rochas de coloração diferenciada do corpo intrusivo de composição ga-
cinza associam-se a magmas de composição monzo- bróide do Maciço Iconha, no município homônimo,
nítica, enquanto rochas de coloração bege ou creme produtor de material ornamental da linha preta.
acham-se relacionadas a granitóides de composição Em geral todas as variedades ornamentais de
granodiorítica a tonalítica. coloração cinza acima mencionadas, relacionadas
Atualmente os principais polos extrativos de ao estágio pós-orogênico, apresentam composição
granitos da linha cinza de diferentes tonalidades monzogranítica, cor cinza dominante, tendo a bio-
(cinza bege até marrom), são desenvolvidos, princi- tita como máfico principal. Estas características fa-
palmente nos maciços da região de Castelo, Venda zem dos maciços graníticos aflorantes na parte sul
Nova e Alegre, relacionados à Suíte Intrusiva Santa do estado, região que compreende os municípios
Angélica, pertencente ao estágio pós-orogênico do de Atílio Vivácqua, Muqui e Mimoso do Sul, alvos
Orógeno Araçuai. potenciais para a prospecção de granitos da linha
A partir de granitos explorados desses ma- cinza.
ciços são produzidas as variedades conhecidas co- Em termos de materiais ornamentais as ro-
mercialmente como Cinza Corumbá, Corumbazinho, chas da Suíte Ataléia são também fontes potenciais
Cinza Andorinha, Cinza Nobre, Cinza Castelo, Cinza para a produção de rochas das linhas cinza e bege,
Ocre e Cinza Prata. Os cinco primeiros tipos são mas atualmente são praticamente ignoradas pelas
oriundos do Maciço de Castelo (figura 5.2), consti- mineradoras, presumivelmente em função do seu
tuído por um granitóide cuja composição varia de menor apelo comercial em relação às variedades
biotita granito a monzogranito contendo allanita e comumente exploradas no estado.
titanita. No geral constituem corpos de cor cinza a Quanto aos granitos ditos pretos, seu grande
cinza claro, compostos essencialmente por quart- potencial no estado do Espírito Santo está nas intru-
zo, plagioclásio e microclina, tendo como minerais sões de granitóides tipo I, não deformados relacio-
acessórios a biotita na textura porfirítica e biotita nados ao estágio pós-orogênico, de composição ga-
e titanita nas variedades de granulação fina a mé- bróide a gabro-diorítica, localizados nos municípios
dia e textura equigranular. As texturas porfiríticas de Ecoporanga e Linhares relacionados principal-
acham-se relacionadas aos jazimentos de granitos mente a Suíte Intrusiva Aimorés. Os afloramentos
conhecidos como Cinza Corumbá e Corumbazinho, são, em geral, caracterizados por maciços fratura-
enquanto que os granitos denominados Cinza An- dos, subaflorantes, comumente associados a mata-
dorinha, Cinza Nobre e Cinza Castelo relacionam-se cões. Os gabros são maciços, de granulação média
às variedades de granulação fina a média. O granito a grossa e coloração cinza escura a preta. Porções
Cinza Andorinha é ainda extraído de vários maciços diferenciadas da intrusão do distrito de Cotaxé, mu-
menores encontrados nos municípios de Cachoeiro nicípio de Ecoporanga, deram origem a um diopsí-
do Itapemirim e Mimoso do Sul, onde variedades dio-biotita norito de cor preta, textura granoblástica
de características semelhantes são comercialmente a sub-ofítica reliquiar, contendo biotita, diopsídio,
conhecidos como Cinza Bressan, Cinza Santa Rosa, ortopiroxênio, quartzo e opacos, comercialmente
Cinza Montanha e Cinza Imperial. referido como Preto Cotaxé ou Granito Preto São
A variedade conhecida como Granito Cinza Benedito. A intrusão de Linhares, encaixada em
Ocre ou Ocre Itabira, de coloração cinza amarron- gnaisses do Complexo Nova Venécia, forma um cor-
zada, é extraída no Maciço Venda Nova, localizado po alinhado segundo a direção NNW, ao sul da vila
a oeste do município de Venda Nova do Imigrante, de São Rafael, onde ocorrem excelentes exposições
onde constitui um amplo corpo pouco fraturado e de gabros e noritos, que resultaram em jazimentos
com excelentes condições de explotação. A compo- do material conhecido como Granito Preto São Ra-
sição do granito é principalmente quartzo-monzoní- fael. Salienta-se que o relevo associado aos gabros,
tica, apresentando textura porfirítica, sendo consti- noritos e enderbitos mostra-se normalmente mais
tuído por microclina, plagioclásio, quartzo e biotita. arrasado e colinoso, capeado por solos francamente
Por sua vez a variedade conhecida como Granito argilosos de coloração avermelhada a escura.
Cinza Prata, é lavrada na porção nordeste do Maci- Outros importantes corpos intrusivos deram
ço Santa Angélica. Na sua fácies de borda ocorre um origem aos maciços de Santa Angélica, no município
granito de cor cinza claro, granulação média, leve- de Alegre, e ao maciço de Iconha, no município de
mente foliado, apresentando a biotita como princi- mesmo nome. No Maciço Santa Angélica, os gabros
pal máfico e titanita como principal acessório. são maciços, de granulação média e cor cinza escu-
Cabe aqui mencionar, ainda, a ocorrência do ra a preta, formando grandes massas associadas a
granito homogêneo, de coloração cinza claro, gra- dioritos, e ocupam a porção central da intrusão. São
nulação média e composição monzogranítica, pro- conhecidos comercialmente com o nome de Grani-
dutor das variedades ornamentais conhecidas como to Preto Santa Angélica, produzidos a partir de ma-
46
Figura 5.1 – Mapa geológico simplificado do estado do Espírito Santo e
respectivas ocorrências de rochas ornamentais cadastradas.
Figura 5.2 - Mapa geológico da porção sul do estado do Espírito Santo, escala 1:400 000 (Vieira et al. 2013).
Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
ciço e de matacões. No Maciço Iconha o gabro é de localidade de Alto Mutum Preto, no município de
cor preta a cinza escura, granulação média a grossa Pancas. Das intrusões do município de Barra de São
até porfiróide, sendo explorada basicamente a par- Francisco, provêm as variedades ornamentais de
tir de matacões e comercializados com o nome de linhagem verde, denominadas Verde Pavão, Verde
Granito Preto Absoluto. Butterfly e Verde Jade, o diferencial em relação aos
Também relacionados com a Suíte Aimorés plutonitos do polo de Alto Mutum Preto é a pre-
afloram corpos de plutonitos de composição norí- sença de granada (Gallart, 2012). Os charnockitos
tica a diorítica, mais precisamente por gabros a hi- dividem os corpos plutônicos com os sieno e mon-
perstênio. No geral constituem rochas de cor preta, zogranitos porfiríticos, com os quais mantem conta-
textura equigranular, granulação média e mostram- tos gradacionais. Próximo a localidade de Itaperuna,
se destituídas de foliação. Inseridos nestes pluto- município de Barra de São Francisco, o charnockito
nitos ocorrem os depósitos do material conhecido e os “granitos” são lavrados de um mesmo aflora-
como Preto Águia Branca. O diorito de Águia Bran- mento que produz os materiais comercializados
ca, localizado no município homônimo, constitui um como Verde Pavão e Bege Pavão.
jazimento periférico desenvolvendo-se a lavra sobre Os maciços charnockíticos de Alto Mutum Pre-
matacões residuais. to e Ibituba, localizados entre os municípios de Ita-
As rochas da Suíte Intrusiva Espírito Santo guaçu e Baixo Guandú, se destacam na paisagem por
também são fontes potenciais para produção de contrafortes rochosos elevados com frequentes ex-
granitos pretos lavrados a partir de afloramento do posições da rocha em grandes paredões nas verten-
corpo norítico de São Gabriel da Baunilha, comer- tes e no topo das elevações. Tal fisiografia faz destas
cializados com o nome de Preto São Gabriel, locali- ocorrências áreas alvos naturais para a exploração
zando-se no município de Colatina. Este norito en- de materiais ornamentais. Em Alto Mutum os char-
contra-se intrusivo em gnaisses do Complexo Nova nockitos são extraídos com os nomes comerciais de
Venécia desenvolvendo-se a lavra em maciços sub- Verde Labrador ou Ubatuba e Verde Bahia. A tabela
aflorantes. Os noritos que compreendem litotipos 5.1 mostra a relação dos municípios produtores de
dos maciços Aracruz e Fundão, localizados no muni- granitos e suas respectivas variedades cromáticas.
cípio do mesmo nome, formam relevo acidentado,
caracterizado por grandes elevações, constituindo 5.2 Exóticos ou Movimentados
grandes lajedos expostos nas encostas. São comer-
cializados com os nomes de Granito Preto Aracruz e No que concerne às rochas cristalinas ditas
Granito Preto Brasil, respectivamente. metamórficas, tais como gnaisses, migmatitos, meta-
Os granitos da linha verde produzidos no es- conglomerados e quartzitos, assim como as grandes
tado do Espírito Santo associam-se a charnockíticos unidades geológicas aflorantes, como os terrenos
porfiríticos e de granulação grossa, não deformados gnáissico-migmatíticos, o condicionamento para a
relacionados ao estágio pós-orogênico, também formação de materiais ornamentais é determinado
associados aos granitos tipo I incluidos na Suíte In- essencialmente pela mineralogia que define a cor do
trusiva Aimorés. As rochas desta suíte são metalu- litotipo e pela ação resultante dos eventos tectônicos
minosas e de caráter calcialcalino, principalmente que imprime o padrão estrutural da rocha.
compostas por charnockitos meso a melanocráti- Tal tipologia controla a formação destes ma-
cos, incluindo enderbitos, gabros e noritos, além de teriais passíveis de serem encontrados nos terrenos
biotita granitos porfiríticos cinza rosados. Parte des- neoproterozoicos e paleoproterzoicos do território
sas rochas apresentam texturas magmáticas par- capixaba. A forma de ocorrência destes materiais
cialmente recristalizadas, formando mosaicos gra- pode variar desde bolsões a lentes, até grandes uni-
noblásticos, além de foliação de fluxo magmático. dades de amplitude regional, resultantes da ação
Apesar de apresentar uma área de exposição dos processos tectono-metamórficos que atuaram
menor que da Suíte Carlos Chagas, a Suíte Aimorés na região, gerando variedades de “granitos” ditos
proporciona maior diversificação de produtos. As exóticos ou movimentados de cores variadas.
rochas ornamentais oriundas desta unidade geoló- Associadas aos terrenos neoproterozoicos
gica são os granitos das linhas verde, preta, bege e tem-se as rochas do Complexo Nova Venécia que
acastanhada, que afloram no noroeste do estado, são, especialmente os migmatitos diatexíticos, fon-
nos municípios de Barra de São Francisco, Ecopo- tes potenciais para os “granitos” ditos movimenta-
ranga e Vila Pavão, onde são lavrados a partir de dos ou exóticos de diversas cores. Rochas formadas
charnockitos, e em menor escala, em noritos e gra- pela mistura de leucogranitos da Suíte Carlos Chagas
nitos porfiróides indeformados. e paragnaisses do complexo Nova Venécia, ricos em
Dentre as maiores exposições de rochas char- biotita e granada, ocorrem como restitos lenticula-
nockíticas da Suíte Intrusiva Aimorés, salientam-se res em granitóides. Em tais materiais submetidos
as grandes intrusões de Barra de São Francisco e da à ação de forte intemperismo químico, a alteração
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
Tabela 5.1 – Variedades cromáticas dos granitos produzidos no estado do Espírito Santo e respectivos municípios.
da biotita, por vezes da granada, e a descoloração Outra possibilidade de serem detectadas ro-
do feldspato imprime a rocha uma coloração ama- chas de tonalidade azulada no interland do estado
relada, resultando na formação de depósitos dos é nos locais de intrusões relacionadas ao estágio
denominados “granitos” exóticos amarelos. A partir pós-orogênico, associadas a diques de riolito ou de
de restitos de grandes proporções de biotita gnais- riodacito, onde o quartzo cristalizado a altas tem-
ses finos, em porções mais homogêneas da mistura peraturas fornece a coloração azulada ao litotipo, a
dos mesmos, com os leucogranitos intrusivos, são exemplo do que ocorre em estados vizinhos como
explotadas no distrito de Paulista, município de Bar- na Bahia.
ra de São Francisco, variedades de “granitos” mo- Relacionando-se também às rochas do Com-
vimentados ou exóticos conhecidos como nome de plexo Nova Venécia ocorrem jazimentos de mate-
Yellow River. riais ornamentais movimentados nas cores cinza es-
Fácies gnáissicas ricas em cordieritas do com- curo a preto. Os gnaisses mesocráticos migmatíticos,
plexo Nova Venécia são fontes potenciais para uma médios a grossos são constituídos pela alternância
variedade ornamental conhecida como Granito Blue de bandas com biotita e granada a níveis quartzo-
Brasil. Os assim denominados “granitos azuis” aflo- -feldspáticos ricos em biotita. A uniformidade dos
rantes no território capixaba acham-se relacionados níveis filossilicáticos e quartzo-feldspáticos, aliada a
à sillimanita-cordierita-biotita gnaisses, associados a uma espessura moderada, define o padrão estéti-
terrenos gnáissicos de amplitude regional, mais pre- co da variedade ornamental aflorante ao norte da
cisamente nos locais onde as rochas possuem grau localidade de Duas Barras, no município de Iconha,
metamórfico na fácies granulito. A ocorrência mais onde o material explorado é conhecido como Preto
conhecida situa-se no extremo leste do município de Indiano.
Rio Bananal, onde se apresenta livre da presença de Os gnaisses do Grupo Italva ‒ Unidade Macu-
mobilizado quartzo-feldspático relativo à migmati- co são fontes potenciais para variedades ornamen-
zação. Trata-se de um maciço subaflorante, com es- tais movimentadas. A rocha característica desta uni-
pesso manto de solo, associado a um relevo colinoso dade é um hornblenda-biotita gnaisse de coloração
típico dos gnaisses desta unidade geológica.
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
cinza clara, granulação dominantemente fina, local- te, geraram um material mesclado que, a sudoeste
mente fina a média, e composição variando de gra- do município de Mimoso do Sul, define um padrão
nítica a granodiorítica. É comumente anisotrópico, estético comercial conhecido como Marrom Sucuri.
apresentando bandamento fino dado pela alternân- Estas variedades são exploradas a partir de porções
cia de níveis milimétricos e centimétricos, quartzo- levemente intemperizadas e arranjos bandados re-
-feldspáticos e filmes ricos em biotita e, localmente sultantes da interação granito-granito pegmatóide.
granada (Duarte et. al., 2012).
Ao norte da cidade de Vargem Alta os gnais- 5.3 Mármores
ses da Unidade Macuco possuem estrutura banda-
da e ocorrem como níveis sinuosos e dobrados iso- Uma megalente carbonática (figura 5.2), de-
clinalmente, dando origem a formas amendoadas, formada constituída por mármores pertencentes
destacadas pelas bandas félsicas, sendo explorados ao Grupo Italva - Unidade São Joaquim, constitui a
e comercializados com o nome de Astrus. principal fonte de mármores ornamentais do estado
Embora não apresentem no momento ocor- do Espírito Santo. Essa unidade litológica possui cer-
rências cadastradas de rochas ornamentais, em sua ca de 40 km de extensão e largura maior em torno
área de exposição, os terrenos paleoproterozoicos do de 4 km. Possui orientação NE-SW, se estendendo
estado do Espírito Santo podem, em futuro próximo, desde os arredores da cidade de Cachoeiro de Ita-
serem fontes de produção de rochas ditas movimen- pemirim até a cidade de Vargem Alta. Outras lentes
tadas, tanto nas tonalidades de cinza a cinza escura, potenciais para extração de mármore ornamental
quanto nas diversas tonalidades de verdes e pretos. são também localizadas nos municípios de Castelo e
A unidade conhecida como metagabro, apre- Cacheiro do Itapemirim, as quais possuem, respec-
senta granulação média e foliação incipiente. Aflora tivamente 3 e 4,5 km de extensão, dispostas segun-
próxima a cidade de Conceição do Castelo e pode do as orientações NE-SW e NNW.
apresentar jazimentos de rochas de tonalidade pre- Os mármores são rochas de coloração branca,
ta, levemente foliada, podendo constituir um tipo calcíticos e dolomíticos, de granulação fina a grossa,
inédito em termos de mercado. textura granoblástica, estrutura bandada centimé-
As rochas dos Complexos Juiz de Fora e Serra do trica à decimétrica devido a alternância de níveis
Valentim constituídas respectivamente por ortogranu- com impurezas minerais, evidenciados pelo intem-
litos de composição variada, além de charnockitos, no- perismo. A granulação, que varia de local para local
ritos, enderbitos e charnoenderbitos podem encerrar também contribui para evidenciar o aspecto banda-
jazimentos de litotipos movimentados nas cores preta do da rocha. As bandas geralmente irregulares apre-
e verde a semelhança do tipo Verde Candeias. sentam tons acastanhados, azulados, esverdeados,
avermelhados e acinzentados, sendo as impurezas
As litologias do Complexo Ipanema, repre- oriundas de materiais de composição calcissilicáti-
sentadas principalmente por biotita gnaisses, gnais- ca, metapelítica, ferruginosa e/ou grafitosa, do que
ses miloníticos e biotita granada gnaisses, além de se valem as empresas mineradoras para diversificar
quartzitos e lentes de metamáficas e metaultramáfi- os seus produtos. Com base no aspecto estrutural
cas, podem conter jazimentos de granitos ditos mo- do litotipo, na composição mineralógica, e conse-
vimentados nas cores cinza a cinza escuro, e podem quentemente, na variação cromática, os mármores
vir a constituir ocorrências de tipos ornamentais desta região recebem diferentes denominações co-
exóticos de excelente aspecto estético decorativo. merciais, a saber: Chocolate, Pinta Verde, Champag-
Os materiais exóticos são extraídos também ne, Branco, Calcita e Cintilante, entre outros.
de leucogranitos contendo enclaves de biotita gnais- O denominado Mármore Chocolate compre-
ses fino a médio da Unidade Macuco - Grupo Italva, ende um muscovita-flogopita mármore, com leve
parcialmente assimilados, compondo uma estrutura bandamento formado por faixas micáceas, local-
bandada irregular com níveis pegmatóides. O grani- mente dobrado e coloração marrom clara. Mostra-
to, neste caso, é extremamente heterogêneo, inequi- se moderadamente fraturado, sem destaque topo-
granular, com granulação média a muito grossa até gráfico e no geral apresenta boas condições de ex-
pegmatítico, com biotita e granada dispersas na tex- plotabilidade.
tura da rocha. Na região de Pontões, no município
de Afonso Claudio estes granitos ocorrem com uma O tipo conhecido no mercado como Pinta
coloração avermelhada devido à alteração da biotita, Verde corresponde a um tremolita mármore de gra-
por efeito intempérico, caracterizando um material nulação fina, textura granular, onde os anfibólios,
bastante valorizado, comercializado como granito caoticamente distribuídos, emprestam a rocha uma
Crema Bordeaux. Outra situação com potencial para coloração esverdeada.
a formação de materiais exóticos é a interação entre O chamado Mármore Branco compõe-se
granitos. Intrusões de leucogranitos pegmatóides em principalmente de dolomita e calcita. Mas a sua ca-
biotita granitos, com parcial assimilação da encaixan- racterística primordial são os cristais de calcita com
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
comprimento em média de 2 mm, conferindo uma turação do bandamento, exemplificado pelo Mármo-
certa homogeneidade a rocha. Apresenta varieda- re Acinzentado, listrado em tons escuros. A tabela
des cromáticas que vão desde o vermelho ao róseo 5.2 mostra a relação dos municípios produtores de
e do cinza ao marrom, sendo esta variável função da mármores e suas respectivas variedades cromáticas.
alteração dos minerais ferromagnesianos.
O mármore negociado com o nome de Már- 5.4 Outras Variedades
more Champagne, em termos petrográficos, cor-
responde a um muscovita-dolomita mármore, com Cabe ainda ressaltar, que diversos outros ti-
coloração cinza clara a esbranquiçada dada principal- pos de materiais foram informados em caráter in-
mente pela presença de minerais micáceos. O mes- formal por empresários, mineradores e técnicos
mo mostra-se dobrado, medianamente fraturado e da área, porém não fazem parte do escopo deste
apresenta excelentes condições de explotabilidade. Atlas, em face da impossibilidade de identificaram-
O denominado Mármore Calcita ou Calcita -se as especificações técnicas-tecnológicas e a sua
Mármore compreende lentes de mármores ricos ambiência geológica. Estes diversos tipos de rochas
em calcita cujo tamanho varia de 0,3 a 1 cm. Em podem ser oriundos de outros estados e podem ain-
função das impurezas contidas na sua rede cristali- da constituir materiais homônimos aos já coletados
na, apresenta coloração que varia do verde ao azul por ocasião dos trabalhos de campo. Em alguns ca-
e do cinza ao amarelo. O denominado Mármore sos são materiais exóticos produzidos em períodos
Cintilante constitui o calcário cristalino praticamen- curtos de tempo e com produção descontinuada.
te puro, rico em calcita branca, o qual empresta a Relacionamos a seguir estas variedades de mate-
rocha um excelente efeito estético-decorativo, além riais objetivando enriquecer o universo dos diversos
de lhe conferir uma boa perspectiva de mercado. tipos de materiais produzidos e/ou comercializados
Assim como outros tipos de rochas foliadas, no estado do Espírito Santo:
os padrões estéticos das chapas ornamentais nos Amarelo Colonial, Amarelo Dallas, Amarelo
mármores bandados são determinados conforme os Santo Agostinho, Amarelo São Francisco, Amêndoa
cortes em relação à sua estrutura orientada. Neste Capixaba, Amêndoa Colonial, Azul Sigma, Branco
sentido, cortes executados paralelos ao bandamen- Gaivota, Cashemere Marfim, Giallo Brasil, Giallo So-
to visam proporcionar chapas com um padrão de cor fia, Granito Dark, Juparaná Laranjeira, Juparaná Ro-
dominante ou monocromático, como por exemplo, sado Novo, Kashimir Rosé, Marrom Fantasia, Netu-
as variedades Champagne (marrom), Pinta verde no Bordeaux, Rosa Imperial, Santa Inês, Tarso, Verde
(branco com manchas ou pintas esverdeadas), Acqua Ecologia, Verde Monterrey, Verde Vitória, Vertigo
Marina e Azul Capixaba (azulado). Já os cortes trans- blue, Branco Martinica, Onix Brasil, Ouro Fino, Prata
versais visam privilegiar o desenho dado pela estru- BSF, Preto Bahia, Preto Rio Preto, Preto Santa Clara,
Preto São Domingos.
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Atlas de Rochas Ornamentais do Estado do Espírito Santo
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Capítulo 6
Lavra e Beneficiamento
6.1 Lavra
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
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Foto 6.6 – Lavra em múltiplas bancadas (Distrito de Todos Foto 6.9 – Detalhe da regularidade da linha de corte do
os Anjos, Vila Pavão). Observar na porção centro-esquer- plano horizontal (plano do levante) com fio diamantado.
da da foto prancha tombada para esquadrejamento. Em primeiro plano, martelete pneumático manual utiliza-
do nas perfurações.
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CPRM- Serviço Geológico do Brasil
ais propiciando assim um melhor acabamento dos As técnicas de corte de grandes matacões são
futuros blocos a serem extraídos reduzindo tempo as mesmas empregadas para o esquadrejamento
e custos financeiros. das pranchas. O procedimento usual para o corte de
grandes volumes primários de rocha nos afloramen-
tos é iniciado com cortes verticais seguindo-se de
cortes horizontais nas partes inferiores dos mesmos
(plano do levante). No caso do corte de pranchas ou
painéis verticais, a face oposta ao lado de onde se
dará sua queda geralmente é a última a ser cortada.
Para o tombamento das pranchas as técnicas
usuais se valem do macaco hidráulico ou de máquinas
robustas, tais como pás carregadeiras ou retro-escava-
deiras, com auxílio de cabos de aço (moitão), ou ainda
utilizando apenas os “braços” hidráulicos dessas má-
quinas diretamente nas pranchas (fotos 6.13 e 6.14).
Como forma de preservar as rochas de qualquer dano
físico resultante desta operação, elas são tombadas so-
bre “colchões” de detritos formados por solos e frag-
mentos e lascas de rochas para seu amortecimento.
Foto 6.10 – Esquadrejamento de prancha por meio de mar-
teletes pneumáticos manuais, município de Vila Pavão.
Foto 6.12 – Perfuratriz hidráulica sobre trilhos para furos Foto 6.14 – Técnicas utilizadas para tombamento de
verticais no esquadrejamento de pranchas, município de prancha por meio de macaco hidráulico, município de
Baixo Guandu. Ecoporanga.
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Foto 6.22 – Linha completa de produção de ladrilhos, onde se visualiza na posição frontal a máquina calibradora e a
esquerda a politriz de tiras, seguida do restante dos equipamentos.
O levigamento, o polimento e o lustro são dade das feições estéticas (movimentos) de uma ro-
efetuados por rebolos abrasivos, à base de carbure- cha, maior o número de medidas necessárias para
to de silício e diamante, em diferentes granulome- uma média representativa.
trias, sendo mais grossas para o levigamento e cada Convém frisar, que concentrações de mine-
vez mais fina para o polimento e lustro final. rais máficos (sobretudo biotita de granulação gros-
O resultado do polimento e lustro é definido sa) e sulfetos, geram problemas de polimento nas
pelo brilho, fechamento e espelhamento das cha- chapas e alterabilidade mais acentuada nos produ-
pas, podendo-se aferir o brilho, através da acuidade tos aplicados. Nódulos (mulas), pequenos diques e
visual ou com uso de aparelhos (glossmeter). O ín- veios (barbantes), sobretudo em rochas homogêne-
dice mínimo de brilho exigível pelos consumidores as, ocasionam problemas de padrão estético e per-
deve ser igual ou superior a 70 pontos medidos na das no esquadrejamento de chapas.
escala dos aparelhos. Quanto maior a heterogenei-
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Capítulo 7
Aspectos Mercadológicos
Os principais campos de aplicação das rochas 60% dos revestimentos referem-se a pisos, 16% a
ornamentais podem ser tanto na construção civil, fachadas externas, 14% a interiores e 10% a traba-
na condição de revestimentos internos e externos lhos especiais de acabamento (gráfico 7.2).
de paredes, pisos, pilares, colunas, soleiras, em pro-
jetos de arquitetura, na decoração de ambientes e Piso Fachadas Externas Interiores Acabamentos
como peças isoladas, quanto na confecção de escul- 7.2
60% 16% Piso
60%
Fachadas Externas Interiores
16%
14%
14%
Acabamentos
10%
10%
turas, tampos e pés de mesa, balcões e arte funerá-
ria em geral. Revestimentos
De acordo com a ABIROCHAS, nos mercados
internos dos países produtores estima-se que sejam 10%
estéticas e funcionais muito interessantes e confiá- 7.3 Mármores Granitos uartzitos e Similar Ardósias
Rocha
Outros
Industriais
Água Mineral
Sais
Agregados
Algas Calcáreas
Minerais
48% 42% 5% 5%
veis na construção civil. 48% 42% 5% 5%
Produção Mundial
Rochas Agregados Outros Industriais Sais
5%
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Produção Mundial de Rochas Ornamentais
CPRM- Serviço Geológico do Brasil
No ano de 2012 o setor de rochas ornamen- A exemplo dos anos anteriores as exporta-
tais no Brasil caracterizou-se pelo crescimento da sua ções continuaram muito polarizadas em chapas po-
produção industrial (pelo menos 5% em 2012); pelo lidas de granito para os EUA e em blocos de granito
incremento tanto do volume físico, quanto do fatura- para a China.
mento das suas exportações; pelo aumento da parti- Desta forma, pelo menos em 2012, foi pouco
cipação de rochas processadas no total exportado; e significativo o impacto da crise econômica dos paí-
pela expansão dos investimentos industriais. ses da zona do euro, para as exportações brasileiras
Um dos principais indicadores positivos, des- de rochas. Espera-se o mesmo para 2013, até pela
sas boas perspectivas, é que o Brasil ultrapassou a provável ampliação das exportações para os EUA e
China no mercado dos EUA, tornando-se novamen- para a China.
te o maior fornecedor de rochas para esse país nos As importações brasileiras de materiais ro-
anos de 2011 e 2012, tanto em faturamento quanto chosos naturais tiveram variação positiva tanto em
em volume físico. Isto é particularmente relevante valor quanto em volume físico, no ano de 2012.
quando se sabe que os EUA permanecem como o Essas importações alcançaram US$ 60,91 milhões
maior importador mundial de rochas processadas e 98.983,70 t, enquanto as de materiais rochosos
especiais, com aquisições totais de US$ 2,23 bilhões artificiais atingiram US$ 47,48 milhões e 60.358,68
em 2011. t, com variação positiva de respectivamente 57,48%
O setor de rochas ornamentais é destaque na e 96,24%. O conjunto das importações ultrapassou
economia capixaba, respondendo segundo o SIN- aquelas do ano de 2011.
DIROCHAS por cerca de 10% do PIB estadual, com Considerando-se o incremento no volume fí-
faturamento anual na faixa de R$ 8 bilhões e gera- sico das exportações de rochas, bem como alguns
ção de aproximadamente 130 mil empregos (20 mil indicadores indiretos baseados no crescimento do
diretos e 110 mil indiretos). Atualmente o estado do PIB, no desempenho da construção civil e em infor-
Espírito Santo é referência tanto a nível nacional, mações de mineradores e beneficiadores, estima-se
quanto mundial em termos de produtos pétreos que a produção brasileira de rochas tenha ficado em
com fins ornamentais. um patamar de 9,3 milhões de toneladas em 2012
De acordo com a Federação das Indústrias do (tabela 7.1), com variação de 3,3% frente a 2011.
Espírito Santo (FINDES) o setor capixaba representa
cerca de mais de 70% das exportações brasileiras de
rochas ornamentais. Tipo de Rocha Produção (Milhão t)
Granito e similares 4,6
O segmento de rochas ornamentais tem cola-
borado para a geração de emprego e renda, em seu Mármore e Travertino 1,7
interland, reforçando o desenvolvimento regional e Ardósia 0,6
mostrando que a mineração pode evoluir de forma Quartzito Foliado 0,6
sustentável. As feiras de rochas ornamentais do es- Quartzito Maciço 0,6
tado do Espírito Santo, realizadas, tanto em Vitória
Pedra Miracema 0,2
quanto em Cachoeiro do Itapemirim, agregam valor
ao segmento das rochas ornamentais brasileiras. Outros (Basalto, Pedra Cariri,
Pedra-Sabão, Pedra Morisca, 1,0
7.1 Exportações e Importações etc.)
Brasileiras Total Estimado 9,3
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A tabela 7.2 define os valores exportados em Paulo e Rio de Janeiro) que compuseram 95,2% do
dólar americano e respectivo peso em toneladas total do faturamento das exportações brasileiras
por estado, e a participação em percentual em re- de rochas em 2012. Seguiu-se a Região Nordeste
lação ao Brasil. (Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Per-
Pode-se observar que as exportações do es- nambuco e Piauí) com 3,6% do faturamento. As
tado do Espírito Santo, no ano de 2012 totalizaram regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, conjuntamente,
US$ 797,79 milhões equivalentes a 1.512.687,78 t, responderam por apenas 1,2% do faturamento das
correspondentes respectivamente a 75,2% e 67,6% exportações.
das exportações brasileiras. As exportações do Brasil estão cada vez mais
No gráfico 7.4 estão dispostos os estados da polarizadas no estado do Espírito Santo, fortemente
Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, São concentradas em chapas e blocos de granitos e ro-
chas silicáticas afins, com participação ainda pouco
Sudeste Nordeste Norte, centro-oeste e sul expressiva de chapas e blocos de mármore.
95,2% 3,6% 1,2%
7.2 O setor de rochas ornamentais
no Estado do Espírito Santo
Faturamento das Exportações Brasileiras por Região
3,6% 1,2%
Mais de 90% dos investimentos do parque
Sudeste
industrial brasileiro do setor de rochas ornamentas
são realizados no estado do Espírito Santo. O estado
Nordeste
se tornou líder absoluto na produção nacional de
Norte, centro-oeste e sul
rochas, apresentando grande potencial geológico,
desenvolvido por meio de investimentos em pes-
95,2% quisas, tecnologias de extração e beneficiamento.
Graças a esses investimentos, o setor esta-
dual de rochas ornamentais gera emprego e renda
para cerca de 130 mil capixabas. Atualmente o es-
Gráfico 7.4 – Faturamento das exportações brasileiras de tado do Espírito Santo possui cerca de 900 teares
rochas em 2012 por região. (INFOROCHAS, 2011) em operação com capacidade
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2000
2001
2002
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2009
situa-se na região noroeste, em torno dos municípios
de Nova Venécia, Ecoporanga e Barra de São Francisco. Gráfico
Regiões7.6 – Evolução
Sudeste da produção
Nordeste comercializada no es-
Demais Regiões
Água Mineral
Outros
Industriais
Sais
Agregados
Algas Calcáreas
Minerais
Rocha Agregados Outros Minerais Industriais Sais Algas Calcáreas Água Mineral
63% 19% 8% 5% 3% 1% 1%
68
1.000.000,00
400.000,00
200.000,00
0,00
2000
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Regiões Sudeste Nordeste Demais regiões Para o ano de 2013, o CENTROROCHAS acre-
Regiões
Produção
Sudeste Nordeste Demais Regiões
65,20% 24,70% 24,70%10,10% 10,10% dita que os números vão manter-se no mesmo nível
Produção 65,20% 7.7
de 2012, mas com uma ligeira variação positiva de-
vido à instabilidade dos mercados.
Produção por Região
Em 2011, o Brasil exportou US$ 999,6 mi-
65,20% lhões, registrando um crescimento de 4,22% em
relação ao ano anterior. O valor foi o mais alto nos
70,0%
50,0%
pelo Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas
40,0%
24,70% Ornamentais (CENTROROCHAS). A tabela 7.4 mos-
30,0%
10,10% tra a variação do valor e percentual de crescimento
20,0%
das exportações do Brasil e do estado do Espírito
10,0%
Santo no período 2010 ‒ 2011.
0,0%
Sudeste Nordeste Demais Regiões
Valor Exporta- Percentual de
Exercício
Gráfico 7.7 – Produção Brasileira de Rochas ornamen- Espírito do US$ Crescimento
tais por região (Fonte: Anuário Mineral Brasileiro-AMB/ Santo 2010 683,1 Milhões
DNPM, 2010). 3,71
2011 708,5 Milhões
ões Sul, Centro-oeste e Norte atingiram em conjunto 2010 959,1 Milhões
10,1%, com impactos de logística e mercado regional. Brasil 4,22
2011 999,6 Milhões
Cerca de 90% da produção nacional está pre-
Tabela 7.4 – Variação do Percentual de crescimento das
sente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais,
exportações capixabas e brasileiras entre 2010 – 2011.
Bahia, Ceará, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Paraí-
ba. Apesar de Minas Gerais produzir um percentual
menor de granitos, destaca-se pela produção de ar- 7.5 – Perspectivas Atuais do Setor
dósias, quartzitos folheados e pedra-sabão (estea- Brasileiro de Produtos Pétreos
tito). De acordo com o CETEM, existem no Brasil 18
Arranjos Produtivos Locais (APLs) ligados a rochas
Preocupado com a retração da União Euro-
ornamentais em 10 estados. Segundo a ABIROCHAS,
peia, devido à crise econômica e financeira do con-
(2012) estima-se que a cadeia produtiva de rochas
tinente e com a lenta recuperação da economia dos
no Brasil tenha cerca de 7.000 marmorarias, 2.200
Estados Unidos, o governo brasileiro está a procurar
empresas de beneficiamento, 1.600 teares, 1.000
novos mercados e definir a concessão de incenti-
empresas dedicadas à lavra; com cerca de 1.800
vos fiscais e creditícios a este segmento, com o ob-
frentes ativas e legalizadas, em aproximadamente
jetivo de aumentar a competitividade da indústria
de 400 municípios gerando um total em torno de
brasileira de rochas ornamentais, visando manter o
135.000 empregos diretos.
crescimento das nossas exportações em 2013 e nos
A produção bruta de rochas ornamentais no exercícios seguintes. Para isto vem reforçando suas
estado Espírito Santo teve uma alta considerável ações de promoção comercial no Oriente Médio, es-
no fim da década de 2000, este aumento deve-se a pecialmente nos países árabes, Ásia, América Latina
elevação da quantidade exportada, principalmente e África (Angola, África do Sul e Moçambique), que
para China, que destaca-se como a nova “locomoti- constituem mercados para este segmento da pauta
va” do crescimento econômico mundial. de exportações brasileira.
7.4 Exportações de Rochas Ornamen- Para atingir este objetivo o Itamaraty preten-
de reforçar a estrutura de promoção comercial das
tais no estado do Espírito Santo embaixadas e consulados brasileiros no exterior, em
pelo menos 23 países. Com esta medida pretende-
O setor de rochas ornamentais no estado do -se aumentar em 40% a rede de importadores.
Espírito Santo encerrou o ano de 2011 com R$ 1,3 bi- A definição pelo, Itamaraty, dos locais prio-
lhões em exportações, com um crescimento de 3,7% ritários para estes novos núcleos comerciais, levou
se comparado ao exercício anterior. De acordo com em conta três variáveis: os principais destinos das
CENTROROCHAS visto as dificuldades no mercado eu- exportações brasileiras, onde ainda não há um setor
ropeu e a retomada de forma gradual da economia dos comercial nas embaixadas; os países com melhor
Estados Unidos, que constitui o principal comprador retrospectiva de crescimento do PIB desde 2005,
das rochas ornamentais processadas do Brasil, esse re- os com melhores perspectivas até 2015; e os países
sultado pode ser considerado muito bom levando-se com forte demanda potencial de produtos da pauta
em conta os estoques nos portos chineses. exportadora brasileira. Das 50 prioridades prelimi-
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narmente estabelecidas, seriam 12 núcleos comer- mércio internacional e para o mercado interno.
ciais nas Américas, 12 na Europa, 12 na África, 13 na Possui uma base econômica diversificada que
Ásia e um na Oceania. movimenta negócios das cadeias produtivas de pe-
Com base nas estimativas da ABIROCHAS, o tróleo e gás, siderurgia e mineração, celulose e rochas
consumo aparente de rochas ornamentais no Brasil ornamentais, além do agronegócio e arranjos produti-
em 2010 atingiu 66,1 milhões de m², alavancado pela vos nos segmentos metalomecânico, moveleiro, con-
manutenção do crescimento da construção civil. fecções, construção civil, alimentos, entre outros.
Salienta-se que novas regiões no interior do Além dessas características, o estado do Espí-
país também passaram a produzir e beneficiar rochas, rito Santo conta com grandes trunfos para ampliar
dando condições de acesso a este material a um me- seu crescimento. Possui uma das melhores estrutu-
nor custo de frete, e assim estimulando o crescimen- ras portuárias do País com um dos maiores portos
to do mercado interno, principalmente no Nordeste, de minério do mundo - o Porto de Tubarão-, um
Centro-Oeste e Noroeste do Brasil. No momento ob- grande complexo de produção de celulose e a maior
serva-se que além do estado do Espírito Santo, está a produção de rochas ornamentais do País.
ocorrer a retomada de novos projetos em novas áreas As maiores reservas de mármore e granito do
produtoras por todo o interior do Brasil. Brasil estão no estado do Espírito Santo e com uma
Por sua vez o Governo Federal, notadamente enorme variedade de cores. O estado dispõe de um
o Ministério de Minas e Energia, através da CPRM parque industrial com cerca de 1.000 empresas, res-
‒ Serviço Geológico do Brasil lançou o livro “Ro- ponsáveis por mais da metade dos teares instalados
chas Ornamentais da Amazônia” e está a iniciar a no País, representa 75% das exportações brasileiras
elaboração de estudos semelhantes nos estados da e o setor é responsável por 130 mil empregos dire-
Bahia, Ceará, Piauí, Maranhão e Rondônia. tos e indiretos no estado.
O DNPM está apoiando a legalização de diver- O estado alcançou credibilidade em nível
sas áreas produtoras de rochas, garantindo a pro- internacional porque possui um ambiente compe-
dução de bens minerais e consequente geração de titivo com regras claras e estáveis para quem quer
emprego e renda por todo interland nacional. investir.
Outros projetos merecem ser destacados, es- No ano de 2012, Serra foi o município que
tando previstos para serem executados e/ou em an- apresentou o maior valor de exportação de ro-
damento por diversas instituições governamentais, chas ornamentais. O volume total foi de US$
tais como o estudo de aproveitamento de rejeitos dos 237.175.598,00 (duzentos e trinta e sete milhões,
teares pelo CETEM no estado do Espírito Santo, dos es- cento e setenta e cinco mil e quinhentos e noventa
téreis de pedreiras, das placas de quartzitos em areia e oito dólares), com um crescimento de 12,87% em
artificial (Pirenópolis-GO) e geração de peças para mo- relação a ano anterior, (tabela 7.5).
saicos, com agregação de valor (Várzea-Pb).
7.7 Rota do mármore e do granito –
7.6 estado do Espírito Santo, um ex- Uma rota de bons negócios
celente lugar para se produzir ro-
chas ornamentais A Feira Internacional do Mármore e do Gra-
nito é o evento que mostra o potencial das rochas
Destaque na economia nacional como uma ornamentais capixabas e atrai grandes negócios na-
das unidades federativas que mais se desenvolvem cionais e internacionais para o estado. Em função
no País, o estado do Espírito Santo é um excelente do evento, foi criada a Rota Turística do Mármore e
lugar para, trabalhar e investir. Sua localização estra- do Granito, roteiro percorrido por compradores de
tégica, no litoral do Sudeste brasileiro, próximo aos pedras e profissionais do segmento, e primeira rota
grandes centros de produção e consumo do Brasil, turística voltada especificamente ao turismo de ne-
favorece novos investimentos voltados para o co- gócios no Brasil.
Município Total 2011 (US$) Total 2012 (US$) Participação (%) Variação (%)
Serra 210.140.453 237.175.598 28,71 12,87
Cachoeiro De Itapemirim 203.804.536 220.432.098 26,68 8,16
Barra De São Francisco 64.726.756 91.608.476 11,09 41,53
São Domingos Do Norte 42.159,691 43.304.955 5,24 2,72
Vitória 29.765.377 32.134.019 3,89 7,96
Tabela 7.5 Variação do volume de exportação de rochas ornamentais no estado do Espírito Santo.
Fonte: CENTROROCHAS – Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais.
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SIGLAS
Abreviatura Siglas
ABIROCHAS Associação Brasileira da Indústria De Rochas Ornamentais
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AENOR Asociación Española de Normalizacion y Certificación
AFNOR Association Française de Normalizatio
ANP Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e Biocombustível
ASTM American Society For Testing And Materials
BS British Standard
CENTROROCHAS Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais
CETEM Centro de Tecnologia Mineral
CETEMAG Centro Tecnológico do Mármore E Granito
CIP Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
CPRM Serviço Geológico do Brasil
DEGEO Departamento de Geologia
DEREM Departamento de Recursos Minerais
DERID Departamento de Relções Institucionais e Divulgação
DGM Diretoria de Geologia e Recursos Minerais
DIEMGE Divisão de Economia Mineral e Geologia Exploratória
DIHEXP Divisão de Hidrologia Exploratória
DIMINI Divisão de Minerais e Rochas Industriais
DIN Deutsch Institut Für Normung
ELFSM Empresa Luz e Força Santa Maria
EN European Norm
ESCELSA Espírito Santo Santo Centrais Elétricas S/A
FURNAS Furnas Centrais Elétricas S.A.
GEOBANK Banco de Dados da Cprm
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
MME Ministério de Minas e Energia
MPa Megapascal (Unidade Pressão e Tensão)
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PDF Adobe Portable Document Format
PNUD Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento
REPO Residência de Porto Velho
SEP Secretaria Estatual de Economia e Planejamento do Espírito Santo
SGB/CPRM Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
SGM Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
SIG Sistema de Informação Geográfica
SINDIROCHAS-ES Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Estado do Espírito Santo
SUREG-RE Superintendência Regional de Recife
UNI Ente Nazionale Italiano Di Unificazione
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