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Palavras-chave:
• Efeitos recursais;
• Princípios recursais
3.6-Efeito substitutivo
Art. 1.008 do NCPC => A decisão do recurso substitui a decisão recorrida. A substituição em
verdade depende do resultado do recurso.
É aquele que permite o juízo de retratação pelo próprio órgão prolator de decisão recorrida.
Tradicionalmente este efeito é gerado pelo agravo. Na apelação houve ampliação deste efeito
no NCPC. No CPC/73 a única possibilidade de retratação era na hipótese de sentença liminar. Já no
NCPC, toda e qualquer sentença terminativa caberá retratação. (Art. 485 §7º).
Obs1.Efeito regressivo é gerado independentemente da vontade das partes, logo pode ser de
ofício.
4-Princípios recursais
(Corrente minoritária) (Nelson Nery) Entende que para que haja o duplo grau basta o reexame
por órgão.
(Majoritária) (Barbosa Moreira) Exige para que haja uma diferença hierárquica entre órgão que
proferi e reexamina a decisão. Barbosa Moreira diz que duplo grau e diferente de recurso, pois um
existe independente do outro.
Exemplo de duplo grau sem que haja recurso é o reexame necessário, que como já visto se
trata de um sucedâneo recursal. Recurso sem duplo grau se tem como exemplo o recuso inominado
do juizado especial e os embargos infringentes da lei de execução fiscal (Art. 34 da LEF).
(Nelson Nery) Entende que a natureza constitucional é implícita decorrente dos princípios da
ampla defesa e do contraditório e da competência recursal dos tribunais.
(Barbosa Moreira) Entende que não é princípio constitucional. Partindo da premissa que a
Constituição prevê a competência originária dos Tribunais.
RE / RESP garante duplo grau de jurisdição? Não, pois são recursos de fundamentação
vinculada podendo alegar somente as matérias previstas na CR/88. Ademais, RE / REsp somente
devolvem ao Tribunal a matéria de direito não havendo reexame dos fatos.
4.2-Taxatividade
Tal determina o cabimento de apenas uma espécie recursal contra cada decisão.
Na hipótese de decisão objetivamente complexa, ou seja, aquela com capítulos de deferentes
naturezas, por exemplo capítulo interlocutório e sentencial. Informativo 450, STJ, 4ª turma, Resp
1.035.169 entendeu-se que a decisão deve ser tratada como indivisível, não tomando como base a
natureza dos capítulos.
Exceções ao princípio:
IV. Agravo de instrumento / Apelação => Uma decisão com capítulo agravo nos termos do art.
1.015 e outra que será objeto de apelação ao final.
Enunciado CJF nº 77 => Para impugnar decisão que obsta trânsito a recurso excepcional e que
contenha simultaneamente fundamento relacionado à sistemática dos recursos repetitivos ou da
repercussão geral (art. 1.030, I, do CPC) e fundamento relacionado à análise dos pressupostos de
admissibilidade recursais (art. 1.030, V, do CPC), a parte sucumbente deve interpor,
simultaneamente, agravo interno (art. 1.021 do CPC) caso queira impugnar a parte relativa aos
recursos repetitivos ou repercussão geral e agravo em recurso especial/extraordinário (art. 1.042 do
CPC) caso queira impugnar a parte relativa aos fundamentos de inadmissão por ausência dos
pressupostos recursais.
Ideia de recebimento de uma espécie recursal por outra. Para que ocorra a fungibilidade há de
ser ter uma previsão legal ou o preenchimento de requisitos.
Fungibilidade Típica
Art. 1.024, §3º do NCPC => Receber embargos de declaração como agravo interno.
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial
versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o
recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão
constitucional.
CJF ENUNCIADO 79 – Na hipótese do art. 1.032 do CPC, cabe ao relator, após possibilitar que
o recorrente adite o seu recurso para inclusão de preliminar sustentando a existência de repercussão
geral, oportunizar ao recorrido que, igualmente, adite suas contrarrazões para sustentar a
inexistência da repercussão.
Fungibilidade Atípica
b. Originada pelo juiz => Quando proferi uma decisão no lugar de outra;
II- Inexistência de erro grosseiro. A fungibilidade não se aplica quando tiver o recurso
manifestamente incabível.
III- Ausência da má-fé. Por não e presumir se deve comprovar que a escolha equivocada
do recurso foi opção do recorrente em má-fé.