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Formação em Técnicas

de Educação Somática
Coluna Vertebral

Dr. Bruno Montoro


Fisioterapeuta
Pós Graduado em Ortopedia e Traumatologia UNIFESP
COLUNA
Cinesiologia

Dr. Bruno Montoro


Fisioterapeuta
Pós Graduado em Ortopedia e Traumatologia UNIFESP
Anatomia Básica
Estrutura
da
Coluna
Corpo ventral em formato cilíndrico
Vértebra Arco vertebral (neural) dorsal
Forame vertebral

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Lordose Cervical

Cifose Torácica

Lordose
Lombar

Cifose Sacro

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010; Coccix


Ligamentos

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Disco Intervertebral

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Medula Espinhal

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;

Músculos da coluna

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Superficiais
Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Intermediários
Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Profundos
Cobre os músculos
Fáscia Tóracolombar profundos do dorso
e do tronco

Inserções complexas,
em 3 camadas na
região lombar
Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Camada Posterior
Espinhas das vértebras lombares e sacrais;
Ligamentos supraespinais;
Camada Média
Medialmente às extremidades dos
processos transversos e aos ligamentos
intertransversários;

Inferiormente a crista ilíaca;


Superiormente a borda inferior da 12ª
costela e ao ligamento lombosacral;
Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Camada Anterior

Cobre o quadrado lombar;


Medialmente aos processos transversos lombares;

Ligamento iliolombar e parte adjascente da crista ilíaca;


Superiormente forma o ligamento arqueado lateral;

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Anteriormente ao serrátil posterior superior
Continua com a lâmina da fáscia cervical profunda na parte anterior do
pescoço

Camada fibrosa sobre os músculos extensores no tórax


Separa os músculos que ligam a coluna a extremidade superior

Medialmente se fixa às espinhas das vértebras torácicas


Lateralmente ao ângulo das costelas
Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Associação íntima – IMPORTANTE!

Transverso Abdominal (origem aponeurótica!)


Latíssimo do dorso;
Glúteo máximo;
Posteriores da coxa;

Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


COMPRESSÃO TRANSFERÊNCIA
Função Estática Função Dinâmica

Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;


Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Músculos
do
Abdome
Standring, S. Gray´s Anatomia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;

Superficial Intermediária
Transverso Abdominal
A cinta em torno do abdome

1 Cartilagens costais das costelas de 7 a


12
2 Apófises transversas das quatro
primeiras vértebras lombares (fáscia
tóracoabdominal)
3 Metade do lábio interno da crista
ilíaca;
4 Terço externo do ligamento inguinal

Hodges et al., 1997, 2003; Sapsford et al., 2001; Misuri et al., 1997; Behm DG et al,
2005; Cissik JM, 2002; Kibler WB et al, 2006; Liemohn WP et al, 2005; Panjabi MM 1992;
Funções Controla a pressão interna na cavidade
abdominal (vocalização, respiração,
defecação, vômito e estabilidade no
Funcionando como uma movimento);
válvula, prevenindo as
vísceras de saírem pelo canal
inguinal;

Transfere e desenvolve
energia, que é necessária
para o controle postural;

Hodges et al., 1997, 2003; Sapsford et al., 2001; Misuri et al., 1997; Behm DG et al,
2005; Cissik JM, 2002; Kibler WB et al, 2006; Liemohn WP et al, 2005; Panjabi MM 1992;
Diafragma
Se estende do sistema
trigeminal até o assoalho
pélvico, passando pelo
diafragma torácico ao
assoalho da boca.

Não é só um músculo respiratório...

Bordoni B, Zanier E. Anatomic connections of the diaphragm: influence of respiration on the body system. Journal of Multidisciplinary Healthcare 2013:6 281–291
Funções

Tem mais de uma função, e


diversos links no corpo,
provendo a rede necessária
para a respiração

Não deve ser visto como


um segmento, mas como
parte de um sistema
corporal.
Bordoni B, Zanier E. Anatomic connections of the diaphragm: influence of respiration on the body system. Journal of Multidisciplinary Healthcare 2013:6 281–291
Estabilidade Manutenção
mecânica do da
tronco Ventilação
Equilíbrio dependendo da tarefa

Não é coeso
Bordoni B, Zanier E. Anatomic connections of the diaphragm: influence of respiration on the body system. Journal of Multidisciplinary Healthcare 2013:6 281–291
Bouisset, Duchene, 1994; Gandevia SC et al, 2002; Hodges et al, 1997; Hodges et al, 2002, Hodges et al, 2001, Hodges et al, 2007, Saunders et al, 2004, Shirley et
al, 2003; Kolar P et al, 2010.
Estabilidade Manutenção
mecânica do da
tronco Ventilação

Drive 1 Drive 2

Bordoni B, Zanier E. Anatomic connections of the diaphragm: influence of respiration on the body system. Journal of Multidisciplinary Healthcare 2013:6 281–291
Bouisset, Duchene, 1994; Gandevia SC et al, 2002; Hodges et al, 1997; Hodges et al, 2002, Hodges et al, 2001, Hodges et al, 2007, Saunders et al, 2004, Shirley et
al, 2003; Kolar P et al, 2010.
Anatomia Funcional
Unidade Funcional / Coordenação

Sistema de Organização Regional


independente com um poder de
autogerenciamento para solucionar
seus problemas regionais.

Segmento corporal humano


Orienta-se capaz de realizar um
em Rotação movimento completo
Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.
reconhecido como funcional.
Busquet, L. As Cadeias Musculares. Volume 1 – Tronco, coluna cervical e membros superiores. Edições Busquet, França, sem ano.
S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Unidade
Funcional
Tronco
Localização

Se estrutura entre
a abóbada
esfenoidiana e a
pelve côncava
para cima.

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Mais complexa das unidades de função
Enrolamento Endireitamento Torção

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Enrolamento
As abóbadas se prolongam:
Eixo hióide-esterno-abdominal
na frente
Maxilar inferior;
Músculos supra-hioideos;
Osso hióide;
Músculos infra-ióideos;
Osso esterno;
Músculo Reto abdominal;
Púbis;
Músculos do períneo;
*Fáscias subjascentes
Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.
S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Função do Enrolamento
Força dinâmica (fibras rápidas)
Flexão do tronco e do quadril
Equilibrar o Sistema Endireitamento

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
1 Porção anterior da cadeia
Como acontece
aumenta a tensão ao se contrair;

2 Laterais (costelas) se
aproximam;

3 Cabeça e pelve aproximam-se;

4 Porção posterior alonga-se;

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Endireitamento
As abóbadas se prolongam:
Eixo raquidiano posterior

Músculos suboccipitais
Músculos eretores da coluna e paravertebrais
Vértebras cervicais + torácicas + lombares
Sacro + Coccix
*Fáscias subjacentes

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Função de Endireitamento
Força estática (fibras lentas)
Extensão do tronco e do quadril
Equilibrar o Sistema Enrolamento

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
1 Tórax posterior entra em tensão
Como acontece

2 Músculos paravertebrais
realinham as vértebras

3 Costelas trazidas para a


horizontal

4 Occipital retorna ao seu lugar

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Enrolamento + Desenrolamento

Sistema Reto
Resistência Força
Uma linha prolonga e equilibra
a outra
Função de economizar energia

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Economizar Energia

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Torção
Eixo Anterior e Posterior se unem:

Plano Sagital:
Costelas
Músculos abdominais (Transverso do Abdome)

Plano Horizontal:
Diafragma

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Camada profunda
Escalenos
Sistema Transversal
Intercostais internos
Oblíquo Interno
Serrátil póstero-inferior
Serrátil anterior
Latíssimo do dorso / Peitoral
Maior
Fibras costolombares do
quadrado lombar
Camada superficial contralateral
Serrátil póstero-superior
Intercostais externos
Oblíquo externo
Fibras iliolombares do quadrado lombar
Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.
S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Função do Sistema Torção
Força mista (fibras mistas)
Enrolamento em espiral
Equilibrar o Sistema Geral
de movimentos:
▪ Criar (Direcionar);
▪ Manter (Suporte);
▪ Compensar;

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Myers TW. Trilhos Anatômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Como acontece

Porção anterior da cadeia aumenta


a tensão ao se contrair;
Cabeça e pelve aproximam-se;
Laterais (costelas) se aproximam;
Porção posterior alonga-se;

Santos, A. A Biomecânica da Coordenação Motora. Summus Editorial: São Paulo, 2002.


S Piret, M Beziers. A Coordenação Motora. Aspecto mecânico da organização psicomotora do homem. São Paulo: Summus, 1992.
Forças Externas e as
unidades Funcionais
Hewitt, Paul G. Física Conceitual. Porto Alegre: Bookman. 2002.

Força?
Força é um dos conceitos fundamentais da
mecânica clássica.

É uma *grandeza que tem a capacidade de


vencer a inércia de um corpo, modificando-lhe
a velocidade (seja na sua magnitude ou
direção, já que se trata de um vetor).

A força pode causar deformação


*Relacionado com as três leis de Newton
em um objeto flexível.
Hodges PW, Gandevia SC. Changes in intra-abdominal pressure postural and

Contração do Diafragma
respiratory activation of the human diaphragm. J Appl Physiol. 2000;89:967-976.

e Transverso do Abdome
Função compartilhada
para a pressurização da
cavidade abdominal.

A atividade combinada proporciona um mecanismo para


o SNC coordenar a respiração e o controle da coluna
vertebral durante os movimentos.
Movimento
Gravidade

Força externa
(reação do solo)

Aumento da pressão
*Estabilidade
intrabdominal
Kolar P, Sulc J, Kyncl M, Sanda J, Neuwirth J, Bokarius AV , Kriz J, Kobesova A. Stabilizing function of the diaphragm: dynamic MRI and synchronized spirometric assessment. J Appl Physiol 109:
1064–1071, 2010.
Hemborg B, Moritz U, Lowing H. Intra-abdominal pressure and trunk muscle activity during lifting. IV. The causal factors of the intraabdominal pressure rise. Scand J Rehabil Med. 1985;17:25-38.
Hodges PW, Butler JE, McKenzie DK, Gandevia SC. Contraction of the human diaphragm during rapid postural adjustments. J Physiol 505: 539–548, 1997.
Hodges PW, Eriksson AE, Shirley D, Gandevia SC. Intra-abdominal pressure increases stiffness of the lumbar spine. J Biomech 38: 1873–1880,2005.
Hodges PW, Gandevia SC. Activation of the human diaphragm during a repetitive postural task. J Physiol 522: 165–175, 2000.
Sistema Pressórico?

Kolar P, Sulc J, Kyncl M, Sanda J, Neuwirth J, Bokarius AV , Kriz J, Kobesova A. Stabilizing function of the diaphragm: dynamic MRI and synchronized spirometric assessment. J Appl Physiol 109:
1064–1071, 2010.
Hemborg B, Moritz U, Lowing H. Intra-abdominal pressure and trunk muscle activity during lifting. IV. The causal factors of the intraabdominal pressure rise. Scand J Rehabil Med. 1985;17:25-38.
Hodges PW, Butler JE, McKenzie DK, Gandevia SC. Contraction of the human diaphragm during rapid postural adjustments. J Physiol 505: 539–548, 1997.
Hodges PW, Eriksson AE, Shirley D, Gandevia SC. Intra-abdominal pressure increases stiffness of the lumbar spine. J Biomech 38: 1873–1880,2005.
Hodges PW, Gandevia SC. Activation of the human diaphragm during a repetitive postural task. J Physiol 522: 165–175, 2000.
Brunismo

A forma com que o corpo interage


com as forças ao seu redor
(ambiente) molda o movimento que
está por vir da forma mais
econômica possível.
Objetivo de conhecer os sistemas
de movimento e sua interação
com o ambiente:

REEDUCAR OS
MOVIMENTOS DA
COLUNA DE FORMA
ECONOMICA
Oque é esperado em um
padrão de movimento?

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