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Beneficiamento de Ouro

Índice pgs
LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................................... 3

1.INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4

2. OBJECTIVOS ........................................................................................................................... 5

2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................... 5

2.2. Objectivos Específicos ............................................................................................................ 5

3. OURO ....................................................................................................................................... 6

3.1. Conceito ................................................................................................................................. 6

3.2. PROPRIEDADES DO OURO ................................................................................................ 6

3.3. CARACTERÍSTICAS DO OURO .......................................................................................... 7

3.4. APLICAÇÕES ....................................................................................................................... 7

3.5. OCORRÊNCIA DE OURO ................................................................................................... 8

4. BENEFICIAMENTO DE OURO............................................................................................... 8

4.1. BRITAGEM ........................................................................................................................... 8

4.1.1. Britador de Mandíbulas de dois (2) eixos .............................................................................. 9

4.1.2. Os Britadores de Impacto ................................................................................................... 10

5. PENEIRAMENTO .................................................................................................................. 11

5.1. Peneiras Vibratórias Convencionais ...................................................................................... 11

5.2. Peneiras Vibratórias Inclinadas ............................................................................................. 12

6. MOAGEM .............................................................................................................................. 13

7. CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................................. 13

a)Vantagens do ciclone ................................................................................................................ 13

b) Desvantagens do ciclone.......................................................................................................... 14

8. CONCENTRAÇÃO DO OURO .............................................................................................. 15

8.1.Etapa de Beneficiamento de ouro no processo de Concentração.............................................. 16

8.2. Separação gravítica ou gravimétrica ...................................................................................... 16

8.3. FLOTAÇÃO DE MINERIO DE OURO................................................................................ 16

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8.3.1. FLOTAÇÃO DE OURO EM SISTEMAS MISTOS ........................................................... 17

8.3.2.CRITÉRIOS E EFICIÊNCIA DE CONCENTRAÇÃO GRAVÍTICA .................................. 18

a) Jigagem ................................................................................................................................... 18

b) Mesas vibratórias..................................................................................................................... 18

c) Concentradores centrífugos ...................................................................................................... 18

8.4. PROCESSO DE AMALGAMAÇÃO .................................................................................... 19

8.5. Lixiviação do ouro por Cianeto de Sódio: .............................................................................. 19

9.ÁGUA RÉGIA ......................................................................................................................... 19

10. Refino.................................................................................................................................... 20

11. Utilização de Água................................................................................................................. 20

12. ASPECTOS ECONÔMICOS ................................................................................................. 21

12.1. Preço de Mercado ............................................................................................................... 21

13. Fluxo Grama de Beneficiamento do Minero de Ouro Narcisio Mineral ................................... 22

14. CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 23

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................... 24

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LISTA DE ABREVIATURAS

MEV -microscópio eletrónico de varedura

µm - micrometros

U- urânio

Cu- cobre

Ni-niquel

Pb- chunbo

Tf – temperatura de fussão
ºC- graus celsos
g- grama
mm- milímetros

#- mes

% percentagem

"oversize" material retido

"overflow"- por onde passa o material retido

"underflow"- por onde passa o material passante

"undersize"- material passante

Kwh- quilo-wortes-hora

Ton- toneladas

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1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho entitulado a beneficiamento do ouro, referente a cadeira de
Processamento Mineral, foi desenvolvido pelos estudantes do II grupo.
Ouro é um metal de transição brilhante, amarelo, pesado, maleável, dúctil que não reage com
a maioria dos produtos químicos, mas é sensível ao cloro e ao bromo, utilizado como
cobertura protectora em muitos satélites porque é um bom reflector de luz infravermelho.

O benificiamento do ouro se faz por britagem, moagem (<200#), concentração gravimétrica,


alternativamente a flotação, amalgamação (amalgamação se faz adicionando-se mercúrio no
moinho de bolas ou de hastes) ou cianetação, em se optando por esta última seguem-se as
operações de cementação, separação do ouro e refino do mesmo.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral


- Conhecer os estagios de benificiamento de minérios de ouro.

2.2. Objectivos Específicos


- Conhecer as propriedades físico-químicos do ouro;
- Conhecer os equipamentos usados no benificiamento do ouro;
- Interpretar o fluxograma do beneficiamento do ouro;
- Aplicabilidade do ouro.

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3. OURO

3.1. Conceito
O ouro (do latim aurum, "brilhante") é um elemento químico de número atómico 79 (79
protões e 79 eletrões) que está situado no grupo onze (IB) da tabela periódica, e de massa
atómica 197 µm.
O seu símbolo é Au (do latim aurum). Conhecido desde a antiguidade, o ouro é utilizado de
forma generalizada em joalharia, indústria e eletrônica, bem como reserva de valor.
O ouro é um dos mais raros metais, ele ocorre na crosta terrestre na proporção de 0,005 ppm,
geralmente na forma nativa e longamente distribuido, (SOUZA, Brenno 2011).

U - 2 ppm (400x > Au)


Sn - 3 ppm (600x > Au)
Cu - 40 ppm (8000x > Au)
Ni - 60 ppm (12000x > Au)
Os únicos minerais conhecidos de ouro são os teluretos:
AuTe2 - Calaverita,
(Au,Ag)Te2 - Silvanita.

3.2. PROPRIEDADES DO OURO


Segundo, SOUZA Brenno ouro é um metal de transição brilhante, amarelo, pesado,
maleável, dúctil que não reage com a maioria dos produtos químicos, mas é sensível ao cloro
e ao bromo.

 Tf = 1063ºC
 Densidade = 19,3
 Dureza = 2,5
 Dúctil = fios de até 3240 m/g.
 Maleável = folhas de 10-4 mm.
 Atacavel pela água régia (ácido clorídrico HCl), cianetos, mercúrio e tiossulfeto de
sódio (também é atacado por mistura de sais e ácidos que desprendem cloro).
 Quase nunca usado puro por causa de sua baixa resistência mecânica, mas ligado com
Cu, Ag, Zn.

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3.3. CARACTERÍSTICAS DO OURO


O minério de ouro, possui também características que lhe diferem dos outros minerais como
as seguintes:
- A temperatura ambiente, apresenta-se no estado sólido.
- Este metal encontra-se normalmente em estado puro e em forma de pepitas e depósitos
aluvionais e é um dos metais tradicionalmente usados para cunhar moeda.
- É tão dúctil e maleável que, com apenas um grama de ouro, é possível obter um fio de 3
quilómetros de extensão e 0,005 milímetros de diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70
centímetros de largura e espessura de 0,1 micrômetro.
- O ouro puro é demasiadamente mole para ser usado. Por essa razão, geralmente é
endurecido formando liga metálica com prata e cobre.
- O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalherias, fabricação de
moedas e como padrão monetário em muitos países.
- Devido à sua boa condutividade elétrica, resistência à corosão e uma boa combinação de
propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais ( Manual de
Geologia Metalúrgica).

3.4. APLICAÇÕES
Segundo, SOUZA Brenno o minério de ouro em termo da sua aplicabilidade ela pode ser
aplicado:
-O ouro exerce funções críticas em ordenadores, comunicações, naves espaciais, motores de
reação na aviação, e em diversos outros produtos.
- A sua elevada condutividade elétrica e resistência à oxidação têm permitido um amplo uso
em eletro-deposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio eletrolítico as
superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e
livre do ataque químico do meio.
- O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e
valor. Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é
empregado em obturações dentárias.
- O ouro coloidal (nano-partículas de ouro) é uma solução intensamente colorida que está
sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada
para criar pinturas douradas em cerâmicas. O ácido cloroáurico é empregado em fotografias.
- O isótopo de ouro 198Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de

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câncer e em outras enfermidades. É empregado para o recobrimento de materiais biológicos,


permitindo a visualização através do microscópio eletrónico de varedura (MEV).
- Utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz
infravermelha, (SOUZA, Brenno 2011).

3.5. OCORRÊNCIA DE OURO

Tomando em consideração o ouro pode ocorrer de várias formas:


-Por ser relativamente inerte, pode-se encontrá-lo como metal, as vezes como pepitas
grandes, mas geralmente se encontra em pequenas intrusões em alguns minerais, como
quartzo, rochas metamórficas e depósitos aluvionares originados dessas fontes. O ouro está
amplamente distribuído, e encontra-se associado ao quartzo e pirite.
-É comum como impureza em muito minérios, de onde é extraído como sub produto. Como
mineral é encontrado na forma de calaverita, um telureto de ouro.
- A África do Sul é o principal produtor de ouro, extraindo aproximadamente dois terços de
toda a procura mundial deste metal, (MANUAL DE GEOLOGIA METALÚRGICA).

4. BENEFICIAMENTO DE OURO

A extração do ouro se faz por britagem, moagem (<200#), concentração gravimétrica,


alternativamente a flotação, amalgamação ou cianetação, em se optando por esta última
seguem-se as operações de cementação, separação do ouro e refino do mesmo.

4.1. BRITAGEM

Britador são equipamentos usados para operação de cominuição grosseira cuja a faixa
operacional de tamanho para a alimentação da ordem de metro(m), a centimetro(cm) e o
tamanho de blocos britados é do tamanho centimetro (cm).
A britagem primária do ouro pode ser realizada tanto em britadores de mandíbulas de dois
êixos quanto em britadores de impacto ( Chaves e Peres).

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4.1.1. Britador de Mandíbulas de dois (2) eixos


A britagem primária pode ser realizada tanto em britadores de mandíbulas de dois eixos
quanto em britadores de impacto (Peres Et Alii In Chaves e Peres, 1999 ).

Nos britadores de mandíbulas (Figura 1) os elementos mecânicos activos são uma placa
metálica móvel (mandíbula móvel), que se move em movimento recessivo (aproxima-se e
afasta-se) de uma placa metálica fixa (mandíbula fixa). A distância entre as duas mandíbulas
na extremidade superior do britador é designada como "gape".

O fragmento de rocha ou minério de ouro a ser britado é introduzido no espaço entre as duas
mandíbulas e, durante o movimento de aproximação, é esmagado. Os fragmentos resultantes
escoam para baixo, durante o movimento de afastamento, cada qual se deslocando até uma
posição em que fique contido pelas mandíbulas e seja novamente esmagado na aproximação
seguinte da mandíbula móvel. A mandíbula móvel movimenta-se em torno de um eixo
cêntrico. O movimento é gerado por um outro eixo, excêntrico, que aciona uma biela. Esta
biela está ligada a duas placas rígidas de metal, chamadas "abanadeiras". A abanadeira da
direita tem sua extremidade à direita fixa. A extremidade da esquerda sobe e desce com o
movimento da biela, percorrendo um arco de círculo e empurrando a ponta inferior da biela
para a frente e depois retornando com ela. A abanadeira da esquerda tem um movimento mais
complexo: sua ponta direita sobe e desce e vai para a frente e retorna, transmitindo esses
movimentos para a mandíbula, à qual está presa pela sua extremidade esquerda. Como a
mandíbula móvel está presa pelo eixo cêntrico, o movimento que ela tem liberdade para fazer
é percorrer um arco de círculo, aproximando e afastando a sua extremidade inferior da
mandíbula fixa (abrindo e fechando). Todo o conjunto mandíbula móvel - abanadeira
esquerda- biela - abanadeira direita é mantido solidário e rígido por uma outra peça, o tirante,
que é aparafusado à carcaça do britador. A abanadeira direita apoia-se num calço, de tamanho
variável, cujo efeito é aumentar ou diminuir a distância entre as extremidades inferiores das
mandíbulas - a "abertura" do britador.

Nota-se na Figura 1 a presença de um volante (na realidade são 2, mas o outro está no plano
anterior ao corte). Estes volantes têm a função principal de armazenar energia cinética
durante a operação do britador, que é intermitente, o equipamento passando períodos
operando em vazio, isto é, sem receber alimentação. Nestes períodos, o volante gira e
acumula energia cinética, que será dispendida no momento em que o britador for alimentado

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e tiver que quebrar as partículas entre as mandíbulas. Desta forma o motor do equipamento é
aliviado. A outra função de um dos volantes é trabalhar como uma grande polia, acionada por
correias em V, a partir do motor. Isto é vantajoso, porque vale como um dispositivo de
segurança: em caso de travamento do britador (por exemplo por causa de um fragmento
grande demais para ser britado), as correias patinam ou acabam por se romperem, protegendo
o motor.

Fonte: Chaves e Peres 1999


Figura 1 – Corte de um britador de mandíbulas de 2 eixos

4.1.2. Os Britadores de Impacto


Segundo, Peres Et Alii In Chaves e Peres, os britadores de impacto convencionais se
caracterizam por desgaste elevado e por isto estão limitados a materiais não abrasivos.
Apresentam menor investimento de capital e maior rendimento energético. A acção mecânica
é o impacto dos martelos ou barras de impacto sobre as partículas e a transformação de sua
energia cinética em fratura. A carcaça é projetada especialmente de forma a fragmentar as
partículas impactadas contra a mesma. A descarga é livre e a câmara é grande, para permitir a
movimentação das partículas e passagem de blocos de grandes dimensões. Em alguns

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modelos a posição das barras de impacto pode ser ajustada horizontalmente, de forma a
regular a granulometria do produto.

Nas britagens secundária e terciária são empregados britadores cônicos (Peres Et Alii In
Chaves e Peres, 1999 ).Essas máquinas pertencem à família dos britadores giratórios. Em
comparação com os britadores giratórios propriamente ditos, apresentam altura do cone
reduzida em relação ao diâmetro da base e o manto fecha-se no topo, permitindo melhor
aproveitamento do volume da câmara. Os fabricantes fornecem equipamentos com diferentes
desenhos de câmara para grossos, médios e finos, de modo que a distribuição granulométrica
do produto passante na abertura na posição fechada varia, respectivamente, entre 60%, 68% e
75%. Os aparelhos usados na britagem secundária são designados como britador cônico ou
cônico "standard"; os empregados na britagem terciária são mais curtos e de câmara mais
fechada, sendo chamados de "short head".

Os fabricantes fornecem moinhos de diâmetros pré-definidos; isto porque, do ponto de vista


da fabricação do equipamento, é muito fácil alterar o comprimento do moinho, que é feito,
como já dito, de chapa calandrada e soldada. Já as tampas são feitas de aço fundido, os
moldes de fundição são muito caros e os fabricantes dispõem de número restrito dos mesmos.
O acionamento é feito por coroa e pinhão, a coroa sendo solidária ao moinho e externa à
carcaça, fabricada em duas metades, aparafusadas, geralmente em aço fundido. Os dentes são
retos até potências de 400 HP e helicoidais acima disso. O acionamento deve ser instalado do
lado oposto ao da alimentação (lado da descarga), de modo que algum eventual entupimento
que implique em derramamento da polpa de alimentação não venha a atingir a coroa, que é
uma peça de usinagem muito cara, (Peres Et Alii In Chaves e Peres, 1999 ).

5. PENEIRAMENTO
No processo de peneiramento do minerio de ouro utiliza-se as peneiras vibratórias
convencionais, e peneiras vibratórias inclinadas(Peres Et Alii In Chaves e Peres, 1999 ).

5.1. Peneiras Vibratórias Convencionais


Nos circuitos de britagem de minérios de ouro são empregadas peneiras vibratórias
convencionais, constituídas por um chassi robusto, apoiado em molas, um mecanismo
acionador do movimento vibratório e um, dois ou três suportes para as telas ("decks") (Peres

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Et Alii In Chaves e Peres, 1999 ). No peneiramento de partículas grosseiras é necessário


revestir as paredes internas do chassi com placas de material resistente à abrasão. Quando se
peneiram populações contendo tamanhos variados numa malha de abertura pequena é muito
conveniente a colocação de um "deck" de alívio ou proteção, com uma tela grossa e forte, que
recebe o impacto e o esforço mecânico das partículas maiores. Ao final os "oversizes" das
duas fracções são reunidos gerando um produto único.

5.2. Peneiras Vibratórias Inclinadas


Segundo, Peres Et Alii In Chaves e Peres as peneiras vibratórias inclinadas têm inclinações
variando entre 15º e 35º e transportam o material do leito a uma velocidade de 18 a 36m/min,
dependendo da inclinação. As peneiras horizontais transportam o material à velocidade de
12m/min. As peneiras vibratórias inclinadas têm um movimento vibratório circular ou
elíptico, que faz com que as partículas sejam lançadas para cima e para a frente, de modo que
possam se apresentar à tela várias vezes, sempre sobre aberturas sucessivas. Este movimento
vibratório causa a estratificação do conjunto de partículas sobre a tela, de modo que as
maiores fiquem por cima e as menores por baixo.

A análise do peneiramento pode ser feita considerando-se peneiramento colectivo ou


individual das partículas (SOUZA, Brenno 2011 In Chaves e Peres, 1999). A peneira exerce
três acções independentes e distintas sobre a população de partículas alimentadas: transporte
das partículas ao longo da peneira, estratificação do leito, ficando as partículas maiores por
cima e as menores por baixo e o peneiramento propriamente dito. O comportamento colectivo
é ilustrado na , que mostra o corte ideal do leito de partículas sobre o "deck" de uma peneira
eficiente.

Apresenta-se também a quantidade de material passante ao longo do leito. O comportamento


individual leva em conta a comparação entre o diâmetro da partícula e a abertura da tela.

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6. MOAGEM
Moinhos são equipamentos que se caracteriza por ser uma operação fina cuja a faixa
operacional de tamanho para a alimentação é da ordem de centímetro (cm) e o tamanho de
produto moido é da ordem micrometro(µm), (Peres Et Alii In Chaves e Peres, 1999 ).;

Os moinhos empregados em cominuição de minérios de Ouro são moinhos de bolas, usados


para moer diversos tipos de minerais e materiais assim como para seleccionar minérios e
permite duas formas de moagem, processamento à seco e a húmido. Os materias entram em
espiral e de forma uniforme na peneira sala de armazenagem através do eixo oco de
introdução de material.São constituido de um corpo cilindrico que gira em torno do seu eixo.
São sempre revistidos internamente por material resistente ao desgaste, metálico ou borracha.
fazem parte das tampas dois pescoços, ou munhões, que sustentam todo o moinho (Peres Et
Alii In Chaves e Peres, 1999).

7. CLASSIFICAÇÃO
Durante décadas a classificação foi realizada em classificadores espirais. Há cerca de 50 anos
esses equipamentos passaram a ser substituídos por hidrociclones, ou simplificadamente,
ciclones (Masini et alii, 1980), invenção do Dutch State Mines Department (Holanda). Hoje é
considerado equipamento padrão para classificação fina, entre 850 mm a 2 mm.

A Classificação do minerio de ouro consiste em separar uma população de partículas de ouro


em duas outras, uma com proporção significativamente maior de partículas grosseiras
("underflow"), outra com proporção significativamente maior de partículas finas ("overflow")
(Chaves et alii, 1996). De maneira geral a classificação é executada com um dos objetivos:

1. Selecionar partículas de ouro suficientemente finas, portanto com elevado grau de


liberação para alimentar o processo de concentração (especialmente a flotação) e aquelas que
devem retornar ao moinho;

2. Eliminar partículas muito finas, nocivas à etapa subsequente, a operação conhecida como
deslamagem.

a)Vantagens do ciclone
Ciclones – utilizados na faixa de tamanhos onde os classificadores mecânicos actuam, com a
diferença que são muito eficientes para separarem partículas muito finas. Põem-se, também,
operar a seco ou a húmido.

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A vantagens do ciclone em relação a classificadores espirais são: capacidade elevada em


termos de volume ou área ocupada, facilidade de control operacional, operação relativamente
estável e entrada em regime em curto período de tempo, manutenção fácil e facilitada por um
projecto bem feito, investimento baixo viabilizando a colocação de unidades de reserva.

b) Desvantagens do ciclone
A desvantagens do ciclone em relação a classificadores espirais são: custo operacional maior
(devido à energia gasta no bombeamento), incapacidade de armazenar grande volume de
polpa e, com isso, de ter efeito regulador, menor eficiência de classificação. Essa última
característica, no caso do fechamento de circuitos de moagem, pode se transformar em
vantagem, já que uma certa quantidade de finos pode afetar a reologia da polpa de forma a
tornar mais eficiente a moagem.

A compreensão do funcionamento do ciclone fica facilitada a partir da análise de sua


operação com água apenas. A polpa de alimentação adquire um movimento circular, ou mais
precisamente um escoamento rotacional, dentro da porção cilíndrica do ciclone. As únicas
opções para a saída da água alimentada são o "apex" e o "vortex finder". A maior parte da
água sai pelo "vortex finder", devido à sua maior secção. No interior do ciclone toda a água
gira no mesmo sentido, mas parte dela tem uma componente vertical de velocidade
descendente e se dirige para o "apex" (vórtice descendente) e a outra tem um sentido
ascendente e se dirige para o "vortex finder" (vórtice ascendente). As principais
características desse escoamento são: a velocidade angular varia diretamente com a pressão
de alimentação; a velocidade linear varia diretamente com a velocidade angular para um dado
diâmetro de ciclone (em ciclones de diâmetro grande é possível obter elevadas velocidades
lineares com pequenas velocidades angulares, pequenas pressões; ciclones de pequeno
diâmetro exigem pressões elevadas para a obtenção de velocidades lineares adequadas), para
uma mesma pressão, ciclones de diâmetros crescentes apresentarão velocidades lineares
crescentes, o movimento da massa fluida acarreta o aparecimento de uma pressão negativa
que provoca secção de ar para dentro do ciclone, através do "apex" (esse ar mistura-se ao
vértice ascendente e sai pelo "overflow"), (SOUZA, Brenno 2011).

Considerando-se a presença de partículas de ouro sólidas, o movimento circular gera uma


força centrífuga que impele as partículas em direção às paredes do ciclone. As partículas
ficam sujeitas à velocidade centrífuga que tende a arrastá-las em direcção às paredes do

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ciclone e à velocidade vertical imposta pelo movimento da água dentro do ciclone: no sentido
descendente nas regiões próximas à periferia, onde a massa de polpa está sendo descarregada
pelo "underflow", e no sentido ascendente nas regiões centrais, onde a polpa está sendo
descarregada pelo "overflow". As partículas mais grosseiras têm massa maior e por isso
afundam mais depressa no campo centrífugo, ocupando o volume do ciclone próximo às
paredes. As partículas finas também tendem a ser projectadas em direção às paredes, mas
como o espaço já está ocupado pelas partículas grosseiras são empurradas para o centro do
ciclone. Partículas extremamente finas se incorporam ao meio líquido e se dividem entre
"underflow" e "overflow" de acordo com a partição de água entre esses fluxos.

8. CONCENTRAÇÃO DO OURO
A concentração de minérios de ouro ocorre quando é preciso separar os minerais de interesse
dos que não são. Para que essa separação ocorra, é preciso que o ou os minerais de interesse
não estejam fisicamente agregado aos que não são de interesse, daí a importância das etapas
de fragmentação e classificação, que realizam e monitoram essa separação, respectivamente.
A razão de se dar ao processo de separação de minerais contidos em um minério o nome de
concentração pode ser bem entendido se tomarmos um exemplo prático, por exemplo a
concentração de ouro aluvionar. Ao se tomar os sedimentos de um rio numa bateia, digamos
1kg, ele pode conter apenas uma partícula de ouro de 0,5 grama. Neste caso diz-se que a
concentração de ouro é de 0,5g. Quando numa primeira operação da bateia essa massa inicial
é reduzida para, por exemplo, 100 gramas, mantendo no produto a mesma partícula de ouro
de 0,5g, a relação ouro/quartzo contida na bateia passa a ser de 0,5g/100g, ou seja: houve
uma concentração do ouro na bateia.
A separação de minerais exige que haja uma diferença física ou físico-química entre o
mineral de interesse e os demais e pode ser fácil ou muito complexa, dependendo do minério.
Duas propriedades físicas são as mais utilizadas na separação ou concentração de minerais:
diferença de densidade e diferença susceptibilidade magnética.
Quando não existe diferença de propriedade física entre os minerais que se quer separar,
utiliza-se de técnicas que tomam como base propriedades físico-químicas de superfície dos
minerais. A técnica mais amplamente utilizada neste caso é a flotação.

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8.1.Etapa de Beneficiamento de ouro no processo de Concentração


Esta etapa abrange a concentração gravítica, que envolve processos de fragmentação do
minério e subsequente liberação das partículas de ouro, seguidos de uma etapa de flotação e
outra subsequente de cianetização (utilização de cianetoHCN), que será antecedida de
ustulação ou lixiviação à pressão ou bacteriana, previamente. A separação gravítica,
propriamente dita, após o processamento inicial, é efectuada através da utilização de
equipamentos como os jigues, as mesas vibratórias (osciladores) e concentradores centrífugos
(Lins, 1998).

8.2. Separação gravítica ou gravimétrica


É o método que apresenta bons resultados com baixo custo. O processo se baseia na diferença
de densidade existente entre os minerais de ouro presentes, utilizando-se de um meio fluido
(água ou ar) para efectivar a separação, os equipamentos tradicionalmente utilizados são os
jigues, mesas vibratórias, espirais, cones e “sluices”. O método é adotado na produção de
ouro, ilmenita, zirconita, monazita, cromita, cassiterita.
A concentração gravimétrica é normalmente realizada numa mesa estática ou vibratória:
densidade do Au - 19,3g/cm3 e dos outros minerais que o acompanha em torno de 3.

8.3. FLOTAÇÃO DE MINERIO DE OURO


flotação é uma técnica de separação de misturas que consiste na introdução de bolhas de ar a
uma suspensão de partículas. Com isso, verifica-se que as partículas aderem às bolhas,
formando uma espuma que pode ser removida da solução e separando seus componentes de
maneira efetiva.
O importante nesse processo é que ele representa exatamente o inverso daquele que deveria
ocorrer espontaneamente, a sedimentação das partículas. A ocorrência do fenômeno se deve à
tensão superficial do meio de dispersão e ao ângulo de contato formado entre as bolhas e as
partículas.
A flotação é geralmente usada quando o ouro vem acompanhado de minerais sulfetados,
como a pirita, seguem-se geralmente uma ustulação e o aproveitamento do SO2 numa fábrica
de ácido sulfúrico.

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- O método mais adequado para o processamento de um minério de ouro é determinado por


muitos factores como a mineralogia dos minerais portadores de ouro e dos minerais de ganga,
o tipo de padrão de liberação dos minerais portadores de ouro e o tamanho da partícula de
ouro, entre outros (Lins, 2000). Tipicamente, as partículas livres de ouro de tamanho maiores
que 200 µm podem ser recuperadas eficientemente por métodos gravíticos.

Quando o ouro está associado a sulfetos, o processamento usual inclui a cominuição do


minério e subsequente liberação, seguida de uma etapa de flotação antes da cianetação. Com
os minérios de natureza refratária, é comum o emprego de ustulação ou lixiviação à pressão
ou bacteriana previamente à cianetação (Lins, 2000). A concentração de minérios de ouro no
é praticada por métodos gravíticos e por flotação.

A aplicação da flotação como uma etapa no processamento de minérios de ouro pode ser
assim classificada, considerando a interação com a mineralogia prevalecente no minério
(Lins, 2000):

Flotação de Minérios com Partículas de Ouro

Flotação de Ouro Associado com Sulfetos

- ouro associado com pirita, pirrotita e arsenopirita;

- ouro associado a minerais como calcopirita e bornita em minérios de cobre;

-ouro associado com sulfetos de Cu, Pb, Ag, Zn.

8.3.1. FLOTAÇÃO DE OURO EM SISTEMAS MISTOS


Parte do ouro ocorre como partículas de ouro nativo e parte associada a sulfetos. De modo
geral, o esquema de flotação aplicado a minérios de ouro, com ouro associado a sulfetos ou
não, visa a flotação conjunta de ouro e sulfetos. Essa prática se justifica, em parte, pela
dificuldade inerente de separação seletiva entre ouro livre (partículas de ouro nativo liberadas
dos sulfetos ou minerais de ganga) e os sulfetos de modo geral.

A despeito da dificuldade inerente de separação, nos casos onde o ouro está liberado (pelo
menos parcialmente e constituindo uma fração significativa do ouro total do minério) dos
sulfetos, a flotação seletiva em determinadas situações poderá ser vantajosa do ponto de vista
econômico, técnico e ambiental.

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8.3.2.CRITÉRIOS E EFICIÊNCIA DE CONCENTRAÇÃO GRAVÍTICA


O critério de concentração (CC) é usado em uma primeira aproximação e fornece uma ideia
da facilidade de se obter uma separação entre minerais através de processos gravíticos,
desconsiderando o factor de forma das partículas minerais.

O critério de concentração - originalmente sugerido por Taggart, com base na experiência


industrial - aplicado à separação de dois minerais em água é definido como segue (Manual do
Ministério de Minas e Energia In Burt, Lins, 1998):

onde é a densidade do mineral pesado e a do mineral leve, considerando-se a densidade

da água igual a 1,0.

a) Jigagem: processo de concentração gravítica mais complexo devido às suas variações


hidrodinâmicas, nesse processo a separação dos minerais de densidades diferentes é realizada
num leito dilatado por uma corrente pulsante de água, produzindo a estratificação dos
minerais;

b) Mesas vibratórias: consiste num “deck ”de madeira revestido com material com alto
coeficiente de fricção (borracha ou plástico), parcialmente coberto com ressaltos, inclinado e
sujeito a um movimento assimétrico na direção dos ressaltos com aumento de velocidade no
sentido da descarga do concentrado e uma reversão súbita no sentido contrário, diminuindo a
velocidade no final do curso(Manual do Ministério de Minas e Energia In Burt, Lins, 1998).

c) Concentradores centrífugos: a concentração centrífuga é processo que aumenta o efeito


gravitacional visando uma maior eficiência na recuperação de partículas finas de ouro; Nos
garimpos, após extração o ouro é concentrado através do processo de amalgamação com a
utilização de mercúrio(Manual do Ministério de Minas e Energia In Burt, Lins, 1998).

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8.4. PROCESSO DE AMALGAMAÇÃO


Segundo SOUZA, Brenno 2011, A amalgamação se faz adicionando-se mercúrio no moinho
de bolas ou de hastes. O mercúrio, um dos poucos elementos que reage com o ouro, vai
formar com ele uma amálgama que se separa facilmente da ganga (estéreis do minério de
ouro).
Amálgama se refere a toda liga metálica em que um dos metais envolvidos está em estado
líquido, sendo geralmente o mercúrio. Outra alternativa é passar a polpa do minério moído a
úmido, sobre placas de cobre que foram amalgamadas com mercúrio.
O mercúrio se separa do ouro por destilação à vácuo (temperatura de ebulição do Hg - 357ºC
à pressão normal). O amálgama obtido, após prensagem, contém de 30% de Au.
O ouro, apesar de resistência ao ataque ácido, se dissolve facilmente numa solução diluida de
ácido cianídrico ou num produto mais estável, o cianeto de sódio ou de potássio, em
condições oxidantes.

8.5. Lixiviação do ouro por Cianeto de Sódio:


4 Au + 8 NaCN + 2 H2O + O2 4 Na[Au(CN)2] + 4 NaOH
Se ainda tem sulfetos adiciona-se Pb(NO3)2 para precipitá-los
A cementação do ouro é feita com zinco em pó no filtrado de Na[Au(CN)2] obtido na
lixiviação:
2 Na[Au(CN)2] + Zn ZnNa2(CN)4 + 2 Au
precipitação do ouro nas partículas de Zn, não atacadas. O ouro obtido por gravimetria ou por
processo químico é levado à fundição.
Então é fundido a 1200ºC e purificado por escorificação. O boullion contém em torno de 85%
de Au,13% de Ag e impurezas. ( SOUZA, Brenno 2011)

9.ÁGUA RÉGIA
Segundo SOUZA, Brenno 2011, A água régia (do latim "aqua regia" que significa "água
real"), é uma mistura de ácido clorídrico (HCl) e ácido nítrico (HNO3) concentrado numa
proporção de 3:1.

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É um líquido altamente corrosivo de coloração amarela. O nome desta mistura vem da


propriedade de dissolver os metais nobres ("regius”).
A solução água régia, deve ser utilizada logo que se mistura os dois ácidos, pois esta, perde
sua força rapidamente.
Os vapores exalados são constituídos por uma mistura em equilíbrio de cloreto de nitrosila,
cloro e óxido nítrico.
À medida que estes vapores vão se perdendo para a atmosfera, o poder reagente da água régia
vai perdendo sua validade.

10. Refino
O processo consiste no borbulhamento de cloro no boullion fundido (acima de 1063ºC), as
principais reações são:
2 Ag + Cl2 2 AgCl (Tfusão = 455ºC e Teb= 1550ºC)
2 Cu + Cl2 2 CuCl (Tfusão = 430ºC e Teb= 1490ºC)
Zn + Cl2 ZnCl2 (Tfusão = 283ºC e Teb= 732ºC)
Ni + Cl2 NiCl2 (sublima a 973ºC)
Au e Pt não são atacados pelo cloro.
Os cloretos de Zn e Ni vaporizam e são em seguida condensados.
Os cloretos de Ag e Cu vão para a superfície e sãoescorificados com bórax. (Borato de
Cálcio decahidratado) Restam Au e Pt com 99,98% de pureza.
Pode-se chegar ao Au 99,99%, por dissolução em água régia, seguida de deposição
eletrolítica (voltagem 0,8V a 2,6V e 300 a 600 kwh/ton, eletrólito a 40ºC e 1500 A/m2).

11. Utilização de Água


Na mineração e no beneficiamento do ouro não há uso direto de água nos processos, mas a
demanda sobre os recursos hídricos é pouca. Sob o aspecto ambiental, a preocupação se dá
especialmente em relação à possível degradação desses recursos na região da área de lavra,
principalmente do tipo céu aberto, por conta da grande movimentação de minério e estéril.

Os processos de flotação e de lixiviação de pilhas consomem menos de 0,5m³ de água por


tonelada de minério tratado (informação obtido em empresa de mineração). A água é usada
freqüentemente molhando as estradas e as pilhas de minérios. O risco de degradação

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ambiental nas drenagens é baixo , podendo haver assoreamento pela deposição de sólidos. Os
projetos de mineração de ouro procuram reciclar a água a partir de barragens, sendo que o
custo de construção das mesmas pode representar até 30% do investimento total do projeto de
mineração (SOUZA, Brenno 2011).

12. ASPECTOS ECONÔMICOS

12.1. Preço de Mercado


O preço do ouro varia principalmente de acordo com a situação econômica dos países e em
situações de crises. Crises como a do petróleo na década de oitenta elevou o preço do ouro a
mais de US$ 700. Nas décadas de 80 e 90 observou-se oscilação dos preços anuais médio
entre 400 e 300 US$. A partir de 2001 verifica-se crescimento continuado no preço atingindo
a média anual de US$ 972 em 2009. O preço internacional do ouro atingiu patamares mais
altos no final de 2009, com tendência de alta, devido ao bom desempenho de países
emergentes como a Índia, o qual aumentou a aquisição de ouro como jóias. Fonte: KITCO
Bulion Dealers (http:www.kitco.com)

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13. Fluxo Grama de Beneficiamento do Minero de Ouro Narcisio Mineral

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14. CONCLUSÕES
Tendo como vista o beneficiamento do minério e as operação unitário do ouro os autores do
seguinte concluiu que:

- A flotação,entre outros, séra um processo usado geralmente para a concentração de ouro ou


remoção de impurezas;

- A forma de ocorrência deste mineral é metálica, geralmente em liga com a prata e/ou metais do
grupo da platina, são tambem encontrados compostos de ouro como telúrio (teluretos).

- O método mais adequado para o processamento de um minério de ouro é determinado por


muitos fatores (mineralogia dos minerais portadores de ouro e dos minerais de ganga, o tipo
de padrão de liberação dos minerais portadores de ouro e o tamanho da partícula de ouro,
entre outros).

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15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Fonte: KITCO Bulion Dealers (http:www.kitco.com)


LINS, F. F; Flotação de minérios de ouro, 2000, ( Relatório Interno CETEM).

Manual de Geologia Metalurgica;

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Beneficiamento de Minérios Brasil;

SOUZA, Brenno Ferreira; Metalurgia do Ouro Brasil 2011;

PERES ET ALII; Beneficiamento de Minérios de Ouro.

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