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FONTE MAYRINK
Responsável Técnico:
Artur Moreira Dias | Arquiteto e Urbanista, CAU 162.397-4
Desenho:
Artur Moreira Dias
Michelle Xavier Correia
Equipe Levantamento Arquitetônico
Artur Moreira Dias
Karine Adriane Santos da Fé
Michelle Xavier Correia
Equipamentos Utilizados
Trena de fita;
Trena eletrônica;
1
6.2. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA
Observações:
Bem Cultural Fonte Mayrink
Data Novembro a Dezembro de 2016 | Janeiro a Fevereiro de 2017
Fotógrafo Artur Moreira Dias e Michelle Xavier Correia
Equipamento Utilizado Nikon Coolpix L120 14.1 Megapixel Digital Camera
Figura 6.2 – Entorno imediato da Fonte Mayrink. Figura 6.3 – Mapa chave
2
Figura 6.4 – Entorno Imediato da Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
3
Figura 6.5 – Fachada da Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
4
Figura 6.6 – Fachada da Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
5
Figura 6.7 – Fachada da Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
6
Figura 6.8 – Fachada da Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
7
Figura 6.9 – Detalhe da fachada da Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
8
Figura 6.10 – Balaustrada na cobertura Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
9
Figura 6.11 – Cobertura Fonte Mayrink
Mapa Chave.
10
Figura 6.12 – Toldo Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
11
Figura 6.14 – Vitral Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
12
Figura 6.15 – Balaustrada Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
13
Figura 6.16 –Acesso às bicas externas Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
14
Figura 6.17 – Bicas externas Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
15
Figura 6.18 – Forro Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
16
Figura 6.19 – Interior Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
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Figura 6.20 – Interior Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
18
Figura 6.21 – Bicas internas Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
19
Figura 6.22 – Interior Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
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Figura 6.23 – Piso Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
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Figura 6.24 – Sala de Captação Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
22
Figura 6.25 – Sala de Captação Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
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6.3. DIAGNÓSTICO
As fontes Mayrink encontram-se num mesmo pavilhão e podem ser acessadas por meio da
alameda homônima, passando próxima a fonte Venâncio, esta via era um caminho antigo, do
período em que o limite do Parque findava próximo a este perímetro.
O trecho retirado da Revista “Fontes da Vida” ed. Julho de 1962 descreve detalhadamente
como foi sua captação:
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matéria xistosa que reaparecia no lado oposto, mas que nada
provava que se aprofundaria, tão pouco que dividiria a rocha do
fundo.
Segundo informações existentes no livro Caxambu, do autor Henrique Monat, as águas das
quatro fontes Mayrink, captadas pelo Sr. Lalligant fora do parque naquela época e à margem
da estrada que separava a várzea do parque a 301 metros do estabelecimento do balneário,
iriam ser encanadas para abastecer as duchas e já se encontrava em Caxambu o material
necessário para a realização da obra. Parte do encanamento seria em tubos de chumbo e a
outra parte em manilhas de barro.
Recebeu este nome em homenagem ao Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que adquiriu
a empresa das águas em 24 de maio de 1890. Foi o presidente desta empresa, reformulando-a
e trazendo uma série de benefícios ao Parque das Águas e à cidade, dando início a um grande
dinamismo no processo econômico e social do lugar. O Conselheiro Mayrink foi um grande
1
Texto da Revista “Fontes da Vida” ed. Julho de 1962 disponível no site:
http://www.descubracaxambu.com.br/parquedasaguas/historia-da-fonte-mayrink-1,
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capitalista e um homem de negócio de influência no Império, que se estendeu em Caxambu
no início da República.2
Adquiriu outras propriedades, além do parque, como o Hotel da Empresa, antiga residência do
Dr. Carlos Teodoro Bustamant, a Chacrinha que atualmente funciona a escola Wenceslau
Braz, um restaurante onde hoje localiza-se o Grupo escolar, vários terrenos, ele era dono de
um grande patrimônio em Caxambu. Com propósitos reformadores e progressistas, logo após
a aquisição da empresa celebrou em 10 de junho de 1890, em Paris, um contrato com o Dr.
Henrique Laligant, engenheiro de fama mundial, para ir à Caxambu com a proposta de ser
assessor técnico das obras que pretendia executar nesta Estância. Após estudos do Dr. Laligat,
o Conselheiro Mayrink requereu à academia de Medicina do rio de Janeiro a nomeação de
uma comissão para análise das águas minereis do Parque. Também deputado com grande
influência, Mayrink foi o responsável pela chegada da estrada de ferro à Caxambu. Trabalhou
pela emancipação política administrativa da cidade, não poupando esforços para dotar a
cidade de mais melhorias.3
2
MONAT, Henrique. Caxambu. Indiana University Library. Rio de janeiro. Ano 1894. Pág 23 e 24; e Dossiê de
tombamento Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães. ICMS Cultural Ano2002/Ex.2003.Pág. 112.
3
Item a nota anterior.
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anos, antes de vende-lo para ser sede do governo, na gestão do presidente Prudente de
Morais.4
No período que a vazão da fonte D. Pedro tornou-se insuficiente para atender a demanda de
engarrafamento, foi necessário a escolha de outra fonte para suprir este objetivo. Sendo assim,
optou-se pela fonte Mayrink III devido ao seu sabor mais adequado à mesa
O pavilhão da Mayrink comporta três fontes: Mayrink I, radioativa, usada para gargarejos;
Mayrink II radioativa, usada como colírio para irritações nos olhos; e Mayrink III, neutra, sem
gás, radioativa, usada como água de mesa, banhos no Balneário, engarrafamento e também
para abastecer a piscina de água mineral do Parque das Águas.
4
LEMOS, Maria de Lourdes. Fonte Floriano Lemos – Volume 1. O parque das águas de Caxambu. Rio de
Janeiro; 2001. Pág.21 e Dossiê de tombamento Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães. ICMS Cultural
Ano2002/Ex.2003.Pág. 112
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6.3.2. Descrição e Análise Tipológica
Houve um período em que a edificação não possuía a cobertura no entorno apoiada em mãos
francesas de ferro, esta pertencia anteriormente a fonte do pavilhão Duque de Saxe. A
inserção deste elemento alterou a leitura estética do pavilhão. Além da cobertura, o pavilhão
da fonte Mayrink recebeu o guarda corpo em ferro fundido trabalhado que pertencia à antiga
torre do Observatório.
5
Dossiê de Tombamento do Conjunto Paisagístico e arquitetônico do Parque das Águas. IEPHA, 1998. PTE-108
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Figura 6.31 – Cartão Postal retratando o pavilhão da
Figura 6.32 – Cartão postal retratando a Fonte
fonte Duque de Saxe – Década de 1920.
Mayrink antes da inserção da cobertura.
Fonte: Dossiê de Tombamento do IEPHA. Acervo
Fonte: Acervo pessoal de José Perez Gonzalez - Pepe
Margarida Dantas Lahmann
Figura 6.33 – Vista do guarda corpo em ferro fundido. Figura 6.34 – Guarda corpo em ferro fundido
Internamente o piso é em ladrilho hidráulico, a parede é revestida à meia altura por cerâmica
branca e há bancos embutido circundando quase todo o cômodo. As águas das bicas internas,
Fontes Mayrink I e II, caem sobe uma pia assentada em uma bancada de granito. Mas já foi
diferente, elas desaguavam em duas pias com colunas. E o acento dos bancos eram pintados
na cor branca. Analisando um trecho do livro de Maria de Lourdes Lemos, leva a entender
que a bica também já teve outra configuração, ela faz a seguinte observação sobre as fontes:
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onde a valva da “Lucina pectinata” simboliza o recipiente usado
pelos peregrinos e romeiros para beber água em suas romarias. Ela
mitigava a sede dos que iam à procura da cura do espírito, nas
fontes Mayrink, ela sacia a sede dos que procuram a cura do
corpo.”6
6
LEMOS, Maria de Lourdes. Fonte Floriano Lemos – Volume 1. O parque das águas de Caxambu. Rio de
Janeiro. 2001. Pág.21,45 a 46 e Dossiê de tombamento Parque das Águas Lysandro Carneiro Guimarães. ICMS
Cultural Ano2002/Ex.2003. Pág. 113.
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6.3.3. Análise do estado de Conservação
Estrutura
A análise estrutural será melhor detalhada na seção 13.2 que trata das prospecções estruturais.
O dano mais visível é a infiltração na laje causando danos no forro.
Figura 6.37 – Manchas causadas pela infiltração da água pela cobertura e manchas esverdeadas.
Mapa chave.
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Cobertura
Foram observadas várias patologias na cobertura da Fonte Mayrink, destacam-se: a umidade,
surgimento de manchas escuras e esverdeadas, sujidade, acúmulo de matéria orgânica,
esmaecimento da camada de pintura, e crescimento de vegetação.
33
6.38
6.39
Mapa Chave.
Figura 6.39 – Acúmulo de matéria orgânica (folhas) sobre a cobertura situada ao redor da fachada da edificação.
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Figura 6.13 – Toldo Fonte Mayrink.
Mapa Chave.
35
Figura 6.41 – Crescimento de vegetação na cobertura da Fonte.
6.41
Mapa Chave.
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Alvenaria e Revestimento
Há fortes manchas de umidade na base da alvenaria e revestimentos, decorrentes das águas da
fonte e da chuva. Observa-se também a presença de pequenas fissuras, esmaecimento da
pintura e desprendimento do reboco.
Figura 6.42 – Esmaecimento da camada de pintura da face externa da parede da Fonte Mayrink
37
6.42
6.43
Mapa Chave.
38
Figura 6.44 – Manchas escuras de umidade e manchas esverdeadas na base do guarda corpo.
Mapa Chave.
39
Figura 6.45 – Manchas de umidade e infiltração próximas ao forro e danos na saliência do revestimento interno.
Mapa Chave.
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Figura 6.46 – Descolamento da camada de pintura e desprendimento pontuais da camada de reboco.
Mapa Chave.
41
Figura 6.47 – Descolamento da camada de pintura e desprendimento pontuais da camada de reboco na base do
guarda corpo e manchas na cerâmica da parede próxima a escada externa.
Mapa Chave.
42
Piso
O piso encontra-se em um estado ruim de conservação, em função das águas provenientes da
fonte e da falta de manutenção.
Figura 6.48 – Desgaste dos pisos e trica no espelho do degrau da escada de acesso ao interior da edificação.
43
6.49
6.48
Mapa Chave.
44
Figura 6.50 – Desgaste do piso próximo as 3 fontes Mayrink externas.
Mapa Chave
45
Figura 6.51 – Manchas nos ladrilhos hidráulicos do piso.
Mapa Chave
46
Figura 6.52 – Desgaste do piso e manchas devido ao acúmulo de água no piso situado no interior da edificação.
Mapa Chave
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Elementos Compositivos
A bica externa da fonte encontra-se em mau estado de conservação, sendo necessária a
intervenção na mesma. No guarda corpo nota-se a oxidação dos elementos de ferro.
Figura 6.53 – Ressecamento, desgaste na pintura e quebra dos elementos de madeira do corrimão.
48
6.53
6.54
Mapa Chave.
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Conclui-se portanto que o fonte Mayrink apresenta-se em estado regular tendendo ao precário,
e necessita ser restaurada para resgatar e potencializar o seu valor estético. Recomenda-se a
princípio, intervenções voltadas à causa do problema, ou seja, melhorias na drenagem das
águas pluviais e das fontes. O tratamento à raiz se faz necessário já que o estado de
conservação da edificação está insatisfatório considerando as frequentes intervenções, e este
problema é o principal causador das patologias encontradas na edificação. A partir desta
solução poderão ser dados os devidos tratamentos para a recuperação de cada material.
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6.3.4. Mapeamento de Danos
Responsável Técnico:
Artur Moreira Dias | Arquiteto e Urbanista, CAU 162.397-4
Desenho:
Artur Moreira Dias
Michelle Xavier Correia
Equipe Levantamento Arquitetônico
Artur Moreira Dias
Karine Adriane Santos da Fé
Michelle Xavier Correia
Equipamentos Utilizados
Trena de fita;
Trena eletrônica;
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