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Desde os tempos antigos e remoto ouvimos dizeres, sortilégios, bem feitos com
nossas Ervas Sagradas, temos referências de muitas em nossas vidas atribuídas
em tudo que passamos a Ingerir, digerir, sentir, tais sensações despertam diversas
sensações, como Bem-estar, vibrações que passam por nossos músculos a cada
sentido que se choca com nosso corpo físico, sim a Energia da Natureza, a
Energia do Orisa, a energia do Mundo.
Ewé, assunto este muito diversificado, muito delicado porque cada nação traz seu
ritual porém folha é para mesma finalidade, trazer energias boas e positivadas,
tirar energias ruins e maléficas em muitos casos, trazer resposta de algo se é
necessário para o individuo que a usa.
Abaixo aqui deixo alguns de meus conhecimentos em Ewé e que Ossanyin ouça
sempre nossas Aduras (Rezas):
Oríkì à Osànyin Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó Esinsin abedo kínníkínni;
Kòògo egbòrò irín Aképè nigbà òràn kò sunwòn Tíotio tin,
ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè.
Elésè kan jù elésè méjì lo.
Ewé gbogbo kíki oògùn Àgbénigi, èsìsì kosùn Agogo nla se erpe agbára
Tradução
Aquele que vive nas árvores e que tem um rabo pontudo como estaca.
Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca.
Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro.
Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem.
O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair.
O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas.
Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio.
Àgbénigi, o deus que usa palha.
O grande sino de ferro que soa poderosamente.
A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que ele humilha as doenças.
Àròni que pula no poço com amuletos em seu peito.
O homem de uma perna que excita os de duas pernas para correr.
Asé.
Alguns de seus nomes tem significado importante, Àbámodá significa "o que vc
deseja vc faz",mas caso necessária para outras atribuições como substituta do
Odundun (Folha-da-Costa), deve ser chamada erú odundun cujo nome significa
"Escravo de Odundun", é uma folha muito positiva e considerada de muito
prestígios pelos adeptos, em suas folhas nascem brotos nas bordas cujas este
representam sinal de prosperidade, fato esse de ser importante na composição do
Àgbo.
No Brasil considerada do Orisa Sango por muitos Zeladores porém muitos a usam
para os Orisas Funfun Como Osala e Ifá.
Considerações:
Encontradas em regiões nordeste sudeste e Sul, nos candomblés jeje-nagôs são
usadas nos sacrifícios de animais quadrúpedes forrando-se o chão com ela,
agrada muito o Orisa para o sacrifício. As Crenças enraizadas dizem que pela
manha esta Ewé pertença a Ogun a tarde pertença a Esu e ainda sirva para vestir
Ossanyin. Seus galhos são utilizados para ebós e sacudimentos.
Considerações:
Origem África, considerada arvore abundante, provedora de Propriedade, assim
diz as explicações no livro Ewé Orisa de José Flavio Pessoa de Barros, Atribuída
ao Orisa Ossanyin e Ogun, esta Arvore na África acomoda em suas sombras
assentamentos do Orisa Ogun onde seu culto é Extenso ,na cidade de Iré .
Também usada no culto aos Ancestrais goza de muito prestigio em nossa Religião.
Nome Yorubá- Amúnimúyè
Nome científico- Centratherum punctatum
Nome popular- Balainho de velho, perpétua
Considerações:
“Planta considerada misteriosa devida atribuição de seu nome cujo “significa “
apossa-de de uma pessoa e de sua Inteligência”, por isso usada na iniciação e no
agbò de Orisa seu objetivo facilitar o transe do Iyawo que está pra nascer, porém
esta folha detém este nome pela relação que tem com uma Lenda e que Ossanyin
da um preparo para Ossossi beber, no qual depois caiu em um esquecimento
profundo passando acima morar nas matas com Ossanyin. Ressalto que este
preparo vai muitos outros ingredientes no entanto está Ewé seria considerada
indispensável junto a outras.
Nome Yorubá- Apáòká
Nome científico- Artocarpus integrifolia
Nome popular- Jaqueira
Considerações:
No livro Ewé Orisa esta arvore de Origem Indiana medra em diversas regiões
inclusive África e Brasil.
Apáòká significa Opa= cajado, cetro+ Oká= serpente africana, nome de uma
entidade fito mórfica considerada a mãe de Osossi, cultuada em uma Jaqueira.É
uma arvore Sagrada, suas folhas são usadas para assentar Esú e em banhos para
os filhos de Sango, porém seus frutos não devem ser consumidos por esses
iniciados.
Considerações:
Encontrada em todo território nacional atribuída a Sango e Oya goza de grande
prestígio nos terreiros como planta "contrafeitiços", ao atribuí-la ao banho deve se
ter cautela pois em demasia pode provocar reações alérgicas no
corpo.reverenciada nos rituais de folha com korin (Ifá owó ifá omo, Ewé Étipónlá
'Bà Ifá orò' cujo significado diz:" Ifá é dinheiro, Ifá são filhos, a folha de Étipónlá é
abençoada por Ifá "
uso medicinal: combate afecções renais e das raízes desta Planta se faz um vinho
que é diurético e regularizador das funções hepáticas.
Nome Yorubá- Ewé Ogbó
Nome cientifica- Periploca nigrescens
Nome popular- Cipó-de-leite, orelha de macaco, folha de leite, Rama de leite.
Considerações:
Planta trazida do continente africano pelo povo Nagôpara o Brasil, encontra-se em
florestas sombreadas ou nos próprios terreiros de Candomblé.
Todos os iniciados podem usá-la sem restrição porém seu dever que é tirar a
consciência do filho de santo só é ativado quando combinados com outras folhas.
Dizem os mais velhos que a estória dos Orisas narra esta folha como a primeira a
se liberada por Ossanyin quando se fez o Vento de Oya, passando a ser folha de
Ossossi porém em algumas outra nações ela é quista com folha principal de
Osala, citação de minha pessoa.
Uso Medicinal: Tratar Epilepsia. Outros nomes que são atribuídos a ela são, Ogbó
funun, Ogbó pupa, Asogbókan, Asóbomo e gbólogbòlo, cita Verger.
Considerações:
Folha encontrada em todo território nacional, porém Verger diz que está Ewé foi
levada do Brasil para Nigéria.
Na África usada por Babalawos para combater feitiços e obter respeito de "Yami"
cita Verger.
Os filhos de Osala e Yemonja em cuba são proibidos de usar esta folha, pois é
considerada Ewó em suas origens.
Uso medicinal:
A Tintura que se obtém desta Ewé tem uso externo em fricções no combate a
paralisia em geral e reumatismo e a raiz usada contra dor de dente.
Considerações:
De origem Africana que era encontrada no Antigo Egito. Ocorre com muita fartura
em todo território nacional.
Atribuída a Osala é uma folha muito usada pelos adeptos, sendo indispensável em
alguns rituais.
Uso medicinal:
As folhas cozidas com sal podem aliviar o inchaço dos pés, e contra prisão de
ventre uma vez que esta Ewé possui uma semente que paralelamente é absorvido
dele o óleo de Rícino, é purgativo.
Oxossi é ligado à Terra; mas, nas suas variáveis, encontramos Inlè, modalidade
deste Òrìsà que, como Logunede, está associado tanto ao compartimento Água
quanto ao Terra; entretanto, para maioria das outras qualidades de Oxossi
predominam o elemento Terra.
Obaluaye, sendo um Òrìsà da Terra ( Oba = Rei, Aye = Terra ), mas que se
relaciona com a febre e o sol do meio-dia, está ligado, igualmente, os
compartimentos Terra e Fogo. Em algumas ocasiões ele recebe o título de : "Baba
Igbonan = Pai da quentura" ( Santos 1976:78). Título que é dado também a uma
qualidade de Xangô Airá, considerado dono do fogo e cultuado numa fogueira.
Ossaim, por ser patrono dos vegetais, automaticamente, está ligado a todos os
elementos da natureza; todavia, seu compartimento principal é o Terra,
representado pelas florestas onde nasceu todos os vegetais.
Assim como Odudua, Orixá Okó também é um Orixá funfun (original) e, segundo
os mitos, é considerado o patrono da agricultura, possuindo estreita ligação com a
Terra.
Ao determinar que as folhas são separadas por pares opostos: gún (de excitação)
x èrò (de calma), ewé apa otun (folhas da direita) x ewé apa osi (folhas da
esquerda), os Jeje-nago tomam como modelo um sistema da classificação
baseada em posições binárias.
Todavia, essa não é uma condição sine qua non quando analisamos mais
detalhadamente a utilização dos vegetais, pois percebemos que algumas folhas
positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice-versa, daí
encontrarmos folhas femininas usadas com fins positivos, e folhas masculinas
consideradas negativas. Verger (1995:25) cita, por exemplo, "que entre as folhas
há quatro conhecidas como (...) as quatro folhas masculinas ( por seu trabalho
maléfico) ...; e quatro tidas como antídotos..."Entre estas últimas ele inclui o
òdúndún (Kalanchoe crenata), que é uma folha feminina, porém positiva, o que nos
faz crer que as diversas condições binárias não interagem de modo rígido entre si,
pois, como vimos, uma folha masculina pode estar situada junto aos elementos da
esquerda por ser considerada negativa.
No sistema de classificação dos vegetais, a condição para que uma folha seja
masculina ou feminina é o seu formato, pois, na concepção Jeje-nago, a forma
fálica (alongada) caracteriza o elemento masculino, em contrapartida, a forma
uterina (arredondada) determina o elemento feminino.
Essa convenção é adotada, tanto com relação as folhas, quanto aos jogos
divinatórios que tiveram origem a partir do oráculo de Ifá, onde, dos dezesseis
cauris usados, oito são de forma alongada e considerados masculinos, e os
femininos são os oito restantes que possuem forma arredondada. "Por
conseguinte, Macho/Fêmea formam um par de oposição básico no que se refere
às espécies vegetais, e está diretamente relacionado ao Òrìsà" (Barros 1993:63).
As folhas consideradas masculinas estão associadas aos oborós ( orixás
masculinos), bem como as femininas pertencem às Iabas (orixás femininos);
todavia, eventualmente encontraremos algumas folhas femininas associadas aos
oborós e algumas masculinas atribuídas às iabas, o que parece refletir uma
bipolaridade característica de alguns orixás.
MÃO DE DEUS:
Muito receitada para combater vícios de drogas (cigarro, bebida, etc) utilizando na
forma de chá, também se utiliza muito em rituais de sacudimento e em pó.
Coloca sob o travesseiro para fazer dormir. O fruto maduro, por infusão, é usado
contra hemorróidas.
Pessoas que chegaram a utilizar esta planta relatam que no período do tratamento
os seus organismos passaram sentir enjoo só de pensar em ingerir o álcool. Com
isso, foram vários os números de pacientes que foram acompanhados durante
esse tipo de tratamento, e os resultados satisfatórios afirmam que eles
conseguiram deixar o vício. Existe o pó da mão de Deus, ele deve ser colocado na
ponta da língua, em pequenas pitadas, sempre que sentir grande desejo de usar
drogas. O pó não deve ser usado mais de seis vezes por dia.
Chá da Mão de Deus – Modo de preparar
Ingredientes
2 folhas da erva triturada
1 litro de água
Modo de preparar
Misture 2 colheres de sopa das folhas trituradas para cada litro de água e deixe
cozinhar por 4 ou 5 minutos a partir do momento que levantar fervura.
Retire do fogo quando já tiver cozinhado e deixe repousando com uma tampa por
10 minutos para que apure bem as propriedades da planta.
Coe e beba de 2 a 3 xícaras do chá da mão de deus ao dia, geladas ou na
temperatura que você achar melhor.
Formas de uso: Chá, pó, sacudimento.
Orixás: Oxalá
Características: Cipó muito comum em terrenos abandonados, suas folhas
lembram a palma de uma mão divididas em cinco lobos, flores amarelas.
Para saber se uma pessoa é promíscua, coloque uma folha de manjericão fresca
em sua mão. Se ela murchar, já sabe... (rs)
Traz riqueza para aqueles que o carregam em seus bolsos e é utilizado em
estabelecimentos comerciais (na soleira da porta ou perto do caixa) para trazer
fregueses.
Se for espalhado pelo chão, nenhum mal fica onde ele está. Pode ser utilizado
para exorcismos e banhos de purificação.
Afasta bodes e cabras, mas atrai escorpiões. Usado para invocar salamandras.
Previne embriaguez.
O manjericão dado como presente traz boa sorte para uma casa nova.Age como
pacificador e integrador na família, daí ser chamado de erva da harmonia.
Bom para casos de confusão mental. Pode ser usado ainda como tintura ou
vinagre, queimado no aromatizador ou aspergido. Galhos nos vasos funcionam
bem.
Esmague uma folha e inale o cheiro: ajuda a clarear a mente e o caminho correto
irá se revelar.Usar como um sabonete ritual de autodedicação. Também é
altamente associado a iniciações.
Para proteção, coma o manjericão nos pratos que preparar com a devida
visualização.
USO MEDICINAL
- os gargarejos com manjericão são ótimos para dor de garganta, aftas ou mau
hálito.
USO LITURGICO
Tem como principal característica litúrgica o poder de elevação espiritual por isso é
muito utilizado em banhos de amací- equilíbrio, renova as células do organismo
LOURO:
Outra erva muita conhecida nas cozinhas, como condimento e tempero e que
também tem qualidades litúrgicas e medicinais, no ritual é muito utilizada em
defumação e banho para atrair prosperidade. Tem bons resultados para combater
a ausência da menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate da
nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite extraído das folhas. Sobre
as partes doloridas.
Forma de Uso: Defumação, banho e chá.
Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.
Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o normal, como se
estivessem secas.
Uso litúrgico:
Planta que simboliza a vitória, por isso pertence a Oyá. Não tem aplicação nas
obrigações de cabeça, mas é usada nas defumações caseiras para atrair recursos
financeiros. Suas folhas também são utilizadas para ornamentar a orla das
travessas em que se coloca o acarajé para arriar em oferenda a Iansã.
O dendezeiro é encontrado desde o Senegal até Angola.
Trazido para o Brasil no século XVII, adaptou-se bem ao clima tropical úmido do
litoral da Bahia.
A palmeira do dendezeiro chega a 15 m de altura. Seus frutos são de cor
alaranjada, e a semente ocupa totalmente o fruto, do qual se extrai o principal
produto —comercialmente falando —, o azeite de dendê.
O dendezeiro produz mais 10 vezes mais óleo que a soja, 4vezes mais que o
amendoim e 2 vezes mais que o coco.
Da noz é extraído um subproduto usado na fabricação de cosméticos e de
chocolates.
O azeite de dendê é livre de colesterol ruim e, por suportar altas temperaturas, é
usado em motores de aviões. Hoje, no Brasil, é plantado em larga escala para a
produção de biodiesel.
A palmeira do dendezeiro é conhecida pelos Yorùbá(s) por igi-òpe.
Mas, em termos culturais, referem-se a ela como Igi-Àgunlá — uma expressão
usada para descrever sua importância no culto tradicional, social e econômico,
pelo fato de fornecer:
— O emu, vinho de palma, usado principalmente em comemorações da Tradição;
— Por ser uma folha que concentra grande quantidade de ferro, beber o suco da
folha tenra da palmeira (mànrìwò), cura anemia;
— Depois de extraído o óleo, as fibras retiradas das sementes são usadas, para
atear fogo, em fogões a lenha;
— As sementes comuns são usadas pelos ferreiros, para atear o fogo, de suas
forjas;
Ogege
Igi-Àgunlá
Ogege o
Igi-Àgunlá.
E n’igún ogege o.
Igi ni olà L’Ògún o.
A mànrìwò, folha tenra da palmeira, tem a conotação de uma espada, e, por conter
ferro — elemento de Ògún, é usada nos rituais para representar a sua arma; é
usada como roupa de Ògún porque isola a força caótica do Òrísà; é usada como
roupa de Òsányìn porque é remédio; é usada como roupa de Egúngun porque
cobre o corpo do Òje e não o deixa passar vergonha.
Dessa maneira, rasgando uma mànrìwò diante de Ògún, sabendo o seu
significado, é como usar um facão para limpar o caminho.
Àsedá é o Início da Lei. A citação serve para nos lembrar sobre a importância
daquele Ser Criado por Obàtálá. Percebemos claramente que o primeiro Ser a
ficar de pé em cima desse mundo foi Egúngun. Egúngun é a própria mànrìwò —
instabilidade. Ògún é o primeiro Ser humano que aparece para nos garantir a
estabilidade, porque Ògún é feito da combinação de mànrìwò e estrutura humana
– Egún, osso. Enquanto que a estabilidade não fala, a instabilidade, por ter
movimentos, fala.
Mànrìwò, cuja essência é composta de ferro, vem da Terra, alcança o Ar, junta-se
a Água que tem origem no Fogo. É uma folha que conta a história da humanidade
e pode abrir o caminho de qualquer pessoa que saiba usá-la. Essa é a folha que
conhece a história do nascimento do Homem na Terra.
Desse modo, não é possível praticar o Culto de Òrísà sem fazer referência ao dia
da Criação do Homem.
No dia em que Orúnmìlà sentiu-se envergonhado com a própria nudez, abrigou-se
em um buraco. Egúngun veio do Céu e fez-lhe uma casa cercada e coberta com
folhas da palmeira e uma roupa de mànrìwò. Nesse dia, Orúnmìlà admitiu que
Egúngun era mais sabido do que ele.
Dessa maneira, por sustentar a Tradição do Povo de Òrísà é que Igi-òpe se tornou
uma Igi-Àgunlá — Árvore Sagrada.