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ENFERMAGEM DO TRABALHO
CONTEXTUALIZANDO
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Planejamento e organização: deve possuir a capacidade de planejar e
organizar suas próprias atividades e as do seu grupo, estabelecendo metas
mensuráveis e cumprindo-as com eficácia.
Julgamento: deve ter a capacidade de chegar a conclusões lógicas com
base nas evidências disponíveis.
Comunicação oral: deve saber se expressar verbalmente com bons
resultados em situações individuais e grupais, apresentando ideias e fatos
de forma clara e convincente.
Comunicação escrita: é a capacidade gerencial de saber expressar suas
ideias clara e objetivamente por escrito.
Persuasão: deve possuir a capacidade de organizar e apresentar suas
ideias de modo a induzir seus ouvintes a aceitá-las.
Percepção auditiva: deve ser capaz de captar informações relevantes a
partir das comunicações orais de seus colaboradores e superiores.
Motivação: importância do trabalho na satisfação pessoal e no desejo de
realização no trabalho.
Impacto: é a capacidade de boa impressão, captar atenção e respeito,
adquirir confiança e conseguir reconhecimento pessoal.
Energia: é a capacidade gerencial de atingir um alto nível de atividade
(garra).
Liderança: é a capacidade em levar o grupo a aceitar ideias e a trabalhar
atingindo um objetivo específico.
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A implantação de uma PSST requer um coordenador e/ou gerente que
possa direcionar, acrescentar ou suprimir algum item do programa de segurança
e saúde ocupacional, que vai exercer a ligação direta ou indireta com os demais
setores envolvidos.
É de suma importância a realização de uma análise das condições
setoriais, instalações físicas, condições sanitárias do local e das adjacências,
quantitativo do efetivo do local, regulamento e normas estaduais e municipais,
cultura e filosofia do cliente/contratante, equipamentos de proteção individual e
coletivos do ambiente (EPI/EPC). Além das distâncias de unidades do corpo de
bombeiro entre outros aspectos.
A empresa que tem uma Política de Segurança e Saúde do Trabalho
propicia a integração entre os programas de prevenção e saúde do trabalhador
(Programa de Prevenção Riscos Ambientais – PPRA e Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional-PCMSO), entre os departamentos envolvidos nos
programas e os demais líderes da empresa. Obtém uma melhoria na comunicação
institucional nos níveis gerenciais/de coordenação. Faz cumprir as “metas do
programa”, proporciona a identificação e antecipação dos riscos ambientais
detectados no âmbito interno da organização, controla os gastos com relação à
compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), assim como a qualidade
destes.
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De acordo com Reis et al, o planejamento de um programa de promoção
da saúde consiste em uma série de decisões, desde as mais gerais e estratégicas
até aquelas mais específicas, relacionadas aos detalhes operacionais. O sucesso
da intervenção depende diretamente do planejamento, já que o plano elaborado
estabelece os objetivos e as metas do programa, orienta as ações de todos os
envolvidos e define o aporte de recursos. Ainda define que as etapas do processo
de planejamento são: pré-planejamento, diagnóstico situacional, definição do
grupo-alvo, objetivos e metas, definição de estratégias, ações e recursos,
definição de indicadores e definição de indicadores.
Para a elaboração de um programa de promoção da saúde, será
necessário ter o apoio das lideranças, escolher um gestor e formar grupo de
trabalho responsável para a elaboração do programa, prevista em um cronograma
e um orçamento para esta atividade.
O planejamento do programa consiste em realizar uma avaliação formal de
estado de saúde, estilo de vida, necessidades, interesses e expectativas dos
empregados. Essa etapa é desenvolvida pelos profissionais da área de saúde
ocupacional (como médicos e enfermeiro do trabalho). Após essa avaliação, são
definidos o grupo-alvo, os objetivos e as metas do programa.
Diante dessas definições, serão estabelecidas as metas do programa,
assim como as estratégias para alcançá-las.
As ações deverão ser minuciosamente descritas: como, quando e onde
serão desenvolvidas, quais serão os responsáveis por cada uma das atividades,
como os recursos (financeiros, materiais e humanos) serão aplicados e, por fim,
deve ser feita a elaboração de um cronograma de execução para o programa.
Para o acompanhamento do desenvolvimento de um programa de
promoção da saúde, é recomendada a definição de indicadores que facilitarão
fazer comparações, verificar mudanças e avaliar intervenções.
Para garantir a sua efetividade, é importante que o programa seja avaliado,
identificando aperfeiçoamentos necessários e resultados inesperados e
justificando o uso de recursos.
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importância para o enfrentamento das Doenças Crônicas não
Transmissíveis (DCNT), visto que a alimentação inadequada e o
excesso de peso representam fatores importantes fatores de risco para
várias dessas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares,
osteoporose e alguns tipos de câncer.
A dieta inadequada e o excesso de peso trazem consequências diretas
para as empresas, uma vez que contribuem para o absenteísmo e para
o crescimento das despesas com o plano de saúde corporativo. Assim,
considerando o longo período de tempo que os indivíduos adultos
passam na empresa, onde fazem pelo menos uma refeição ou lanche, o
local de trabalho representa um ambiente estratégico para a
implementação de programas para a promoção da alimentação saudável
(Nutrition Resource Centre, 2002).
Dentre os principais objetivos estão: alcançar e/ou manter o peso
saudável; aumentar a variedade de alimentos e o fracionamento da
dieta; limitar a ingestão de gorduras saturadas e trans; aumentar o
consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas;
limitar a ingestão de doces e limitar a ingestão de sal (sódio)
É importante que o diagnóstico nutricional e a definição do escopo do
programa e do plano de intervenção contem com a consultoria de um
especialista em nutrição e dietética.
As três principais estratégias de intervenção de programas para
promoção da alimentação saudável são descritos a seguir:
Informar: proporcionar as informações necessárias à realização de
escolhas alimentares mais saudáveis, como orientação nutricional
individual ou em grupo, palestras e distribuição de materiais
informativos.
Motivar: estimular os participantes a se envolver ativamente na mudança
do hábito alimentar, como oficinas de culinária, grupos de apoio,
atividades de integração entre os participantes fora do local de trabalho,
envio de mensagens motivacionais por e-mail, etc.
Modificar o ambiente: criar ambientes alimentares mais saudáveis na
empresa, como disponibilizar frutas na lanchonete da empresa ou
distribuí-las nos horários de lanche; retirar ou substituir os alimentos
calóricos por opções mais saudáveis nas máquinas de venda
automática, treinar os cozinheiros para preparar refeições menos
gordurosas (quando houver refeitório na empresa), disponibilizar
geladeira e micro-ondas para que os funcionários possam trazer sua
própria comida de casa, oferecer alimentos saudáveis nas reuniões e
eventos realizados na empresa.
Para que sejam de fato efetivos, as intervenções devem ser acessíveis
aos trabalhadores (no horário e local de trabalhado) e ter uma
abordagem participativa e prática. A oferta de incentivos, inclusive
monetários, também pode contribuir para a adesão e permanência dos
funcionários no programa.
[...] Programas de Ergonomia - Os programas de ergonomia têm como
objetivo adequar o ambiente do trabalho às necessidades dos
colaboradores, de forma a tornar a atividade laboral mais segura e
confortável, além de prevenir o desenvolvimento de lesões e doenças
ocupacionais. Para as empresa, os benefícios são de reduzir o
absenteísmo e a rotatividade, aumentar a produtividade e reduzir os
gastos com o plano de saúde corporativo e com indenizações por danos
à saúde.
As ações de intervenção visam controlar os fatores de riscos
ergonômicos, aos quais os trabalhadores estão expostos em seu
ambiente de trabalho, principalmente: disposição física/configuração da
estação de trabalho; postura corporal; esforço físico; manipulação e
transferência de cargas; movimento repetitivo; atividades monótonas.
Os requisitos mais importantes para o sucesso dessas ações são o
diagnóstico adequado do ambiente ergonômico, o envolvimento dos
funcionários em todas as etapas de desenvolvimento do programa e a
abordagem multidisciplinar.
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Os programas de ergonomia são rotina em empresas situadas em
países desenvolvidos e têm diminuído significativamente a incidência de
distúrbios musculoesqueléticos relacionadas à atividade laboral.
[...] Programas de incentivo à prática de atividade física - A atividade
física pode ser definida como qualquer movimento produzido pelo
sistema musculoesquelético que requeira gasto energético, como por
exemplo atividades relacionadas ao trabalho, locomoção, tarefas de
casa e atividades recreativas. Uma pessoa é considerada ativa se ela
pratica semanalmente pelo menos 150 minutos de atividade física
moderada a vigorosa, caso contrário, a pessoa é considerada
sedentária. Estima-se que o sedentarismo é o quarto principal fator de
risco para a mortalidade mundial (WHO, 2010).
Níveis adequados e regulares de atividade física podem promover a
redução do risco de doenças cardiovasculares (hipertensão arterial,
doenças coronarianas, infarto, acidente vascular encefálico), diabetes,
câncer de mama e intestino e depressão (WHO, 2010).
Considerando que a maioria das pessoas passam a maior parte dos
seus dias no ambiente de trabalho, iniciativas que incentivam a prática
de atividade física do trabalhador, dentro e fora do ambiente
organizacional, pode ter muitos benefícios, como: aumento da
produtividade, retorno sobre o investimento, redução do absenteísmo /
presenteísmo, entre outros (CURRY, 2012).
Entre as abordagens que as empresas têm adotado nos locais de
trabalho, destacam-se: flexibilização no horário de trabalho, incentivo de
pausas em trabalhos prolongados, subsídios para apoiar o trabalhador
que quer participar de atividade física, fornecimento de estrutura para a
prática de atividade física (sala de ginástica, academia, trilha),
armazenamento seguro da bicicleta, vestiário e incentivos ao uso da
escada (CURRY, 2012).
[...] Tabagismo - O tabagismo tem sérios impactos negativos sobre a
saúde dos indivíduos, pois ele contribui para uma ampla gama de
problemas, incluindo câncer, doenças cardiovasculares e doenças
respiratórias crônicas (Ott et all., 2005). Os problemas decorrentes do
tabagismo podem ser agravados quando o indivíduo fumante trabalha
em ambientes em que há substâncias químicas, como o amianto e o
radônio presentes em canteiros de obras, que podem reagir com as
substâncias do cigarro, aumentando a toxicidade e o risco para a saúde
do trabalhador. Ao gerar todas essas consequências prejudiciais para
a saúde do trabalhador, o tabagismo contribui para o aumento do
absenteísmo e queda da produtividade (Graham, 2007).
Os empregadores se beneficiam da implantação desses programas, pois
eles contribuem para uma força de trabalho mais saudável e para a
redução dos gastos médicos e do absenteísmo (Hughes, 2011)
[...] Programas de Promoção da Saúde da Mulher - O crescimento em
presença e influência da mulher no mercado de trabalho aumentou a
relevância do tratamento da saúde da mulher nas empresas (Publicação
Instituto Ethos, 2000), isso porque muitas das condições de trabalho
podem afetar a saúde das mulheres de forma diferente da dos homens
(Burke, 2002).
[...] Diante disso, em empresas com alta proporção de mulheres
empregadas observa-se a existência de programas de prevenção
focados na situação feminina. Esses programas objetivam reduzir o
impacto negativo da atividade laborativa sobre a saúde da trabalhadora,
levando em conta as características física e mental femininas.
[...] Programas de Gerenciamento de Doentes Crônicos – Em geral,
esses programas focam nas ações de prevenção secundária, em que
se objetiva o diagnóstico precoce e o tratamento para impedir
agravamento da doença, e ações de prevenção terciária, em que as
ações são focadas na reabilitação, visando a diminuição da morbidade
e redução dos anos perdidos por incapacidade.
Adotando-se esses preceitos, os programas para gerenciamento de
crônicos possuem como objetivos principais identificar indivíduos
portadores de morbidades crônicas e prevenir as complicações dessas
doenças, visando em última instância que os trabalhadores gozem de
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boa saúde e possam ser mais produtivos, diminuindo assim perda de
dias de trabalho por motivo de doença.
Os resultados dos programas para gerenciamento de crônicos podem
ser estimados por meio de indicadores que avaliam os fatores de risco
dos indivíduos participantes desenvolverem as doenças crônicas alvo do
programa. Esses indicadores podem ser dos mais variados tipos,
dependendo da abordagem do programa implementado: pressão
arterial, níveis de glicose e colesterol sanguíneos, quantidade de calorias
ingeridas por dia, etc. (Reis, Mansini, Leite)
NA PRÁTICA
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
REIS, A.; MANSINI G.; LEITE, F. Promoção da saúde nas empresas: casos de
sucesso. Instituto de Estudo de Saúde Suplementar. Disponível em:
<http://www.iess.ovrg.br/promosaudecasosucessoiess.pdf>. Acesso em: 18 ago.
2017.
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SANTOS, J. C. Liderança, Atitude e Comportamento Gerencial: O que faz com
que os funcionários trabalhem. 1. ed. Joinville: Clube de Editores, 2015.
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