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APOSTILA DE TRANSPORTE AÉREO DE

ARTIGOS PERIGOSOS

CATEGORIA 1

Rev. mar 2022 Página 1


ÍNDICE

Pág.

INTRODUÇÃO 06

UNIDADE 1 – APLICABILIDADE/CRITÉRIOS GERAIS 07


Bases Legais 08
Filosofia geral/segurança 10
Aplicabilidade Geral 11
Responsabilidades do expedidor de carga aérea 11
Responsabilidades do operador de transporte aéreo 11
Treinamento 11
O que os regulamentos exigem de mim? 11
Carga horária dos treinamentos de transporte aéreo de artigos perigosos 12
Currículo sugerido para o treinamento de artigos perigosos (Apêndice A) 13
Currículo sugerido para operadores aéreos não autorizados a transportar artigos perigosos
como carga ou mala postal (Apêndice B) 14
Conteúdo dos treinamentos para funcionários dos operadores postais designados 14
Definição de artigos perigosos 15

UNIDADE 2 – LIMITAÇÕES 16
Generalidades 17
Artigos perigosos proibidos sob quaisquer circunstâncias 17
Artigos perigosos proibidos que podem ser transportados com autorização governamental 17
Reconhecimento de artigos perigosos não-declarados 18
Provisões para artigos perigosos transportados por passageiros ou membros da tripulação 25
Artigos perigosos transportados pelo correio aéreo 32
Quantidades limitadas 33
Testes de desempenho de embalagem/testes de queda/testes de empilhamento/marcações e
etiquetas/documentação 34
Artigos perigosos proibidos em Quantidade Limitada 34
Artigos perigosos dispensados da Regulamentação 34
COMAT/COMAT perigoso 35
Artigos perigosos em quantidades excetuadas 36
Tabela para artigos perigosos em quantidades excetuadas 36
Variações dos países e dos operadores de transporte aéreo 37
Provisões especiais 37

UNIDADE 3 – CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS PERIGOSOS 38


Princípios gerais 39
Grupos de embalagem (packing group) 41
Grupo de embalagem baseado em flamabilidade 41
Critério de agrupamento para administração por meio de ingestão oral, de contato térmico
e de inalação de pós (poeira) e neblinas 42
Substâncias infectantes 43
Exemplos indicativos de substâncias infectantes incluídas na categoria A, em qualquer
de suas formas, exceto se for indicado diferentemente 43
Categoria B 45
Critérios de alocação de substâncias corrosivas a um dos grupos de embalagem 46
Substâncias e objetos da classe 9 47
Baterias de lítio 48
Precedência de perigos e grupos de embalagem para as classes 3, 4 e 8 e para as
Divisões 5.1 e 6.1 49
Tabela de precedência de perigos e grupos de embalagem para as classes 3, 4 e 8 e para as
Divisões 5.1 e 6.1 50

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UNIDADE 4 – IDENTIFICAÇÃO 51
Generalidades 52
Lista de artigos perigosos 52
Informações da lista de artigos perigosos (C-1) 53
Informações da lista de artigos perigosos (DGR 4.2) 54
Lista numérica de referência cruzada de artigos perigosos 55
Provisões especiais 56

UNIDADE 5 – EMBALAGEM 57
Responsabilidades do expedidor 58
Tipos de embalagem 58
Embalagens combinadas 58
Embalagens únicas 58
Embalagem de especificação UN 59
Embalagem de “quantidade limitada” 60
Exemplo de marcação de embalagem de Quantidade Limitada 60
Outros tipos de embalagens 61
Sobrembalagens 61
Tipos e códigos de embalagens de especificação UN 61
Instrução de embalagem/generalidades 62
Instrução de embalagem 353 62
Instrução de embalagem Y341 63
Diferentes artigos perigosos em uma embalagem externa 64
Requisitos gerais de embalagem 64
Embalagem de recuperação 65
Formato e marcação 66

UNIDADE 6 – MARCAÇÕES E ETIQUETAGENS 68


Marcações 69
Exemplo de marcações 69
Em complementação 70
Marca e etiqueta para volumes contendo bateria de lítio 72
Requisito de etiquetagem 73
Etiquetagem 73
Tipos de etiquetas 73
Etiquetagens proibidas 74
Fixação das etiquetas 74
Localização das etiquetas 74
Risco único 75
Riscos múltiplos 76
Etiquetas de manuseio 76
Etiqueta de “material magnetizado” 76
Etiqueta “somente em aeronave de carga” 77
Etiqueta “contém líquido criogênico” 77
Etiquetas de “orientação” (este lado para cima) 78
Etiqueta “manter longe do calor” 78
Etiqueta material radioativo – volume exceptivo 79
Identificação das ULD’s contendo artigos perigosos 79

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UNIDADE 7 – DOCUMENTAÇÃO 80
Documentações requeridas 81
Modelo de declaração do expedidor preenchido para material não radioativo 89
Modelo de declaração do expedidor preenchido para material radioativo 90
Conhecimento aéreo 91
Expedições domésticas 92
Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) 92
DACTE 93
Modelo de DACTE 93

UNIDADE 8 - ARMAZENAGEM E CARREGAMENTO 94


Armazenagem e carregamento 95
Restrições de carregamento na cabine de comando e em aeronaves de passageiros 95
Artigos perigosos incompatíveis 95
Segregação 96
Tabela de segregação entre volumes 96
Carregamento de aeronave de carga 97
Afixação dos artigos perigosos 98
Inspeção e descontaminação 99
Inspeção contra danos e vazamentos 99
Bagagem ou carga suspeita de contaminação 100
Operação de helicóptero 100
Carregamento de material magnetizado 101
Carregamento de Gelo seco 102
Carregamento de UN 2211, Polímeros granulados expansíveis, ou de UN 3314,
Composto plástico para moldagem (G2.12) 102
Carregamento de auxílios de mobilidade movidos à bateria 103
Manuseio de substâncias autorreagentes e de peróxidos orgânicos 103
Provisão de informação 104
Artigos perigosos que não são obrigatórios na informação ao piloto em comando 106
Modelo de NOTOC (confecção manual) 107
Códigos de carga imperiais 108
Classificação dos compartimentos de carga (RBAC 25.857/14 CFR Part 25.857) 109
Provisões especiais aplicáveis ao transporte de material radioativo 110
Limitação da exposição de pessoas à radiação 110
Categorias dos volumes, das sobrembalagens e dos contêineres de carga 111
Limites de atividade na aeronave para material BAE e OCS em volumes industriais 112
Limites de índices de transporte para contêineres de carga e aeronave sob uso não-exclusivo 112
Limites dos índices de segurança de criticalidade para contêineres de carga e aeronave
contendo material físsil 112
Separação 113
Separação de pessoas 113
Separação de animais vivos 113
Separação de materiais radioativos – aeronave de passageiros 129
Separação com relação a filmes fotográficos não revelados 131

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UNIDADE 9 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA 117


Notificação de acidentes e incidentes com artigos perigosos 118
Acidentes com artigos perigosos 119
Incidentes com artigos perigosos 119
Procedimentos gerais para um incidente envolvendo artigos perigosos 120
Mapa de resposta à emergência (solo) 121
Procedimentos para tripulantes 122
Informação do comandante em caso de emergência em voo 122
Mapa de resposta à emergência (voo) 123
Como notificar ocorrências com artigos perigosos 125
Modelo de formulário NOAP 127

ANEXO A – Classes de Risco/etiquetas de risco e de manuseio 128

ANEXO B – Termos e Definições 137

ANEXO C – Lista de Verificação para Aceitação de Artigos Perigosos 141

Bibliografia 154

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INTRODUÇÃO

Esta é uma apostila de apoio elaborada pelo Instrutor Marco Antônio de Mesquita com o objetivo de
auxiliar os funcionários dos operadores aéreos e agentes de manuseio em solo que realizam
procedimentos de aceitação de artigos perigosos do curso de Transporte Aéreo de Artigos
Perigosos da categoria 1. Todos os assuntos aqui apresentados estão baseados no Anexo 18 da
OACI, no “Dangerous Goods Regulations” da IATA e no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil no.
175. (RBAC 175). Qualquer discrepância encontrada nesta publicação prevalecerá, então, o livro da
OACI (Technical Instructions for the Safe Transport of Dangerous Goods by Air), ou o RBAC nº175.

O Anexo 18 da Convenção de Chicago e suas Instruções Técnicas da Organização Internacional da


Aviação Civil (OACI) para o “Transporte Seguro de Artigos Perigosos via Aérea” fornecem as bases
pelas quais artigos perigosos podem ser transportados seguramente pelo ar em um nível de
segurança necessário a fim de garantir que a aeronave ou seus ocupantes não estarão expostos a
riscos adicionais. As provisões das Instruções Técnicas da OACI são geralmente adotadas pelas
legislações das autoridades governamentais responsáveis pela aviação civil em cada país. A adoção
legislativa concede autoridade legal às provisões das Instruções Técnicas da OACI.

Agradeço a compreensão de todos.

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UNIDADE 1

APLICABILIDADE/
CRITÉRIOS GERAIS

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BASES LEGAIS

O ANEXO 18, que contém as Instruções Técnicas, DOC.9284 – AN/905 da Organização Internacional
da Aviação Civil (OACI) para o Transporte Seguro de Artigos Perigosos via Aérea fornece as bases
pelas quais artigos perigosos podem ser transportados seguramente pelo ar a um nível de segurança
necessário a fim de garantir que a aeronave ou seus ocupantes não estarão expostos a riscos
adicionais. O DOC 9481 da OACI contém informações gerais sobre os fatores que podem ser
considerados quando se trata de qualquer incidente com artigos perigosos, bem como procedimentos
específicos de resposta de emergência para cada item listado nas "Instruções Técnicas para o
Transporte Seguro de Artigos Perigosos por via Aérea” (Doc 9284).

EDIÇÃO 2021-2022 EDIÇÃO 2021-2022

Entretanto, a maioria das empresas aéreas utiliza os Regulamentos de Artigos Perigosos da IATA
(DGR) como documento de consulta no dia a dia. As provisões do DGR são totalmente compatíveis
com as Instruções Técnicas da OACI. Em alguns casos, o DGR contém provisões que são mais
restritivas que as Instruções Técnicas da OACI. Isso vem sendo feito considerando-se as práticas
industriais ou considerações operacionais.

EDIÇÃO 2022

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No Brasil, as Instruções Técnicas da OACI, DOC 9284, são totalmente endossadas pela ANAC através
do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil no. 175 e suas Instruções Técnicas.

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FILOSOFIA GERAL

SEGURANÇA
Artigos perigosos podem ser transportados seguramente pelo ar, desde que certos princípios sejam
respeitados. Estes princípios e procedimentos obrigatórios incluem:

 Correta classificação dos artigos perigosos;

 Assegurar que itens proibidos não sejam transportados via aérea, a menos que isentados;

 Garantir o uso de embalagens prescritas e limites de quantidade por embalagem estabelecidos


nas especificações;

 Todos os funcionários relevantes devem ser treinados, levando-se em consideração as funções


desempenhadas;

 Correta declaração dos artigos perigosos;

 Aviso ao comandante sobre o tipo de artigo perigoso e a localização a bordo da aeronave; e

 Todos os funcionários envolvidos verifiquem a existência de possíveis artigos com riscos oculto

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Aplicabilidade Geral

A1.1.1.1 Os requisitos do RBAC nº 175 se aplicam a qualquer pessoa que executa, intenciona
executar ou é requisitada a executar quaisquer funções ou atividades relacionadas ao transporte civil
de artigos perigosos (incluindo transporte a bordo da aeronave e transporte como carga externa),
conforme a seguir: (a) em operações domésticas ou internacionais:

(1) com origem, destino, trânsito e sobrevoo em território ou espaço aéreo brasileiro, por qualquer
aeronave civil;

(2) por qualquer aeronave civil operada por um operador aéreo brasileiro, independentemente de
haver origem, destino, trânsito e sobrevoo em território ou espaço aéreo brasileiro; ou

(3) por qualquer aeronave civil de marcas de nacionalidade e matrícula brasileiras em operações de
aviação geral, independentemente de haver origem, destino, trânsito e sobrevoo em território ou
espaço aéreo brasileiro.

Responsabilidades do Expedidor de Carga Aérea (E1.1.0)


É responsabilidade do expedidor, bem como daqueles que atuam em seu nome, garantir que todos os
requisitos aplicáveis ao transporte aéreo sejam cumpridos. [175.251(a)].

Responsabilidades do Operador de Transporte Aéreo (G1)


No transporte de artigos perigosos, um operador deverá cumprir com os seguintes requerimentos
para:

- Aceitação;
- Armazenamento;
- Carregamento;
- Inspeção;
- Provisão de informação incluindo informação de resposta de emergência;
- Relatórios;
- Arquivamento de registros;
- Treinamento.

Treinamento

O que os Regulamentos exigem de mim?


Treinamento é obrigatório para que haja um entendimento da filosofia e dos requerimentos dos
Regulamentos. Existe a necessidade de todos os envolvidos na operação receberem treinamento,
tanto para familiarização quanto para requalificação. Uma avaliação deve ser realizada e completada
com sucesso a fim de verificar o entendimento dos regulamentos. No caso do Brasil, o RBAC nº 175
exige treinamentos periódicos de 24 em 24 meses para a Categoria 1.

O treinamento inicial em transporte aéreo de artigos perigosos deverá ser ministrado em prazo não
superior a 30 (trinta) dias, contados da contratação do empregado ou da designação para uma nova
função de acordo com o tipo de atividade desempenhada pelo indivíduo.
Registros de treinamento e avaliação devem ser armazenados pelo empregador por um período
mínimo de 36 meses a partir do mês de conclusão do treinamento ou avaliação mais recente e,
quando requeridos, devem ser disponibilizados ao funcionário e à ANAC. [175.57(b)].

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Até a realização do treinamento inicial, o empregado recém contratado, ou o empregado designado
para uma nova função, deverá atuar sob a supervisão direta de outro empregado que tenha concluído
satisfatoriamente o treinamento inicial ou o periódico na mesma chave, com certificado válido. Os
treinamentos periódicos em transporte aéreo de artigos perigosos deverão ocorrer com a seguinte
periodicidade:

CARGA HORÁRIA DOS TREINAMENTOS DE TRANPORTE AÉREO DE ARTIGOS PERIGOSOS

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Definição de Artigos Perigosos

Artigos Perigosos são artigos ou substâncias capazes de apresentar um risco significativo à


saúde, segurança, propriedade ou meio ambiente quando transportado via aérea e nas quais são
classificados de acordo com a Lista de Artigos Perigosos.

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UNIDADE 2

LIMITAÇÕES

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Generalidades
Alguns artigos perigosos são demasiadamente perigosos para serem transportados via aérea, outros
só podem ser transportados em aeronave cargueira. Limitações são impostas com relação ao
transporte de artigos perigosos que são permitidos para transporte aéreo. Essas limitações são
estabelecidas nos Regulamentos de Artigos Perigosos da IATA (Dangerous Goods Regulations).
Ainda assim, tanto os países quanto as transportadoras podem impor restrições adicionais que são
chamadas de “variações”.

Artigos Perigosos Proibidos sob Quaisquer Circunstâncias


Alguns artigos perigosos são considerados demasiadamente perigosos para transporte aéreo sob
quaisquer circunstâncias.

Substâncias ou artigos que, quando apresentados para transporte, são passíveis de explodir, reagir
perigosamente, produzir chamas ou calor, emissão tóxica, gases corrosivos ou inflamáveis ou vapores
sob condições normalmente encontradas no transporte NÃO DEVEM ser carregados numa aeronave
sob quaisquer circunstâncias.

Artigos Perigosos Proibidos que podem ser transportados com Autorização Governamental
Entretanto, em circunstâncias excepcionais, e sob isenções concedidas pelo (s) país (es) envolvido
(s), determinados artigos perigosos, apesar de normalmente proibidos, poderão ser transportados via
aérea desde que os detalhes da isenção governamental sejam cumpridas na sua integridade. A
aceitação de artigos perigosos oferecidos sob isenção do país fica a critério do operador.
Para que esses artigos estejam nessa condição de isenção, é necessário que a provisão A2 apareça
na coluna M da Lista de Artigos Perigosos (subseção 4.2 do Dangerous Goods Regulations ou na
Coluna 5 da Tabela C-1 da IS 175-001 Revisão H.

Exemplo: Tricloreto de boro UN 1741.

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Reconhecimento de Artigos Perigosos Não Declarados

Reconhecimento de Artigos Perigosos não declarados (DGR 2.2) ou Tabela G-10 da IS 175-001
Revisão H.

G6.1 Com o objetivo de prevenir que artigos perigosos não declarados sejam carregados em uma
aeronave e prevenir que passageiros introduzam a bordo esses artigos perigosos não permitidos em
suas bagagens (ver Tabela H-1), os operadores aéreos regidos pelos RBAC nº 121, 129 ou 135
devem prover ao pessoal de reservas e vendas de carga, ao pessoal de aceitação de carga, ao
pessoal de reservas e vendas de bilhetes e ao pessoal que realiza despacho de passageiros,
conforme seja apropriado, e devem disponibilizar prontamente para uso desse pessoal, informações
sobre:

(a) descrições genéricas frequentemente usadas para itens de carga ou de bagagem que possam
conter artigos perigosos;

(b) outras indicações de que artigos perigosos possam estar presentes (p. ex., etiquetas, marcas); e

(c) artigos perigosos que podem ser transportados por passageiros de acordo com a Tabela H-1.
[175.403(a)]

Aerossóis Todos são gases comprimidos. A queda ou mudança de pressão e


temperatura da cabine pode resultar em vazamentos se as latas não
estiverem adequadamente seladas. Também são sensíveis ao calor.

Equipamentos da Podem possuir itens que se encontram nos critérios para artigos perigosos.
aeronave (AOG/ Por exemplo, explosivos, cilindros com gases comprimidos (como oxigênio,
COMAT) dióxido de carbono ou extintores), tinta, colas, aerossóis, combustíveis em
equipamentos, kits de primeiros socorros, etc.

Material de Cuidado com garrafas de metal que contenham gás inflamável comprimido e
acampamento itens contendo líquido inflamável. Exemplos: querosene, butano, corrosivos,
materiais para cozinhar (bujões com querosene).

Produtos Químicos Muitos materiais químicos são perigosos e somente pessoal qualificado do
setor de cargas poderá verificar se são aceitáveis como carga. Materiais
químicos nunca devem ser aceitos com bagagem.

Líquidos Gases liquefeitos refrigerados tais como: nitrogênio, neon, hélio, argon, etc.
Criogênicos Líquidos criogênicos são perigosos porque podem destruir a pele humana no
contato, e, se vazarem, podem causar sufocamento em ambientes confinados.

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Instrumentos Podem conter resinas ou solventes.
Dentários

Espécimes para Podem conter substâncias infectantes.


diagnóstico

Equipamentos de Podem incluir cilindros de ar (como cilindros para mergulho, cilindros portáteis
Mergulho com oxigênio, etc.) que frequentemente contem ar comprimido ou uma mistura
especial de gás. Cilindros vazios (com o medidor de pressão com leitura zero)
são aceitáveis. Lâmpadas de mergulho podem conter baterias recarregáveis
com chumbo ácido e lâmpadas de mergulho com alta intensidade que podem
gerar altas temperaturas quando operadas em contato com o ar. Tochas e/ou
lanternas para mergulho. A fim de serem transportadas seguramente, a
lâmpada ou bateria deve ser desconectada.

Equipamento de Podem conter explosivos ou mercúrio.


Mineração Um dos materiais mais perigosos do mundo é o Crocidolite, mais conhecido
como amianto azul. Em 1964, o Dr. Christopher Wagner fez uma relação
entre o amianto e o desenvolvimento de mesotelioma, um tipo de câncer que
ataca o mesotélio – um revestimento que protege a maioria dos nossos
órgãos internos.

Instrumentos de Podem conter baterias.


força elétrica
(cadeiras de rodas,
carros de golfe,
cortador de grama
etc.)

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Equipamentos de Podem incluir elementos pirotécnicos explosivos, baterias, combustível e itens
Filmagem geradores de calor.

Fogos de Artifícios São considerados explosivos.

Comidas Quando embaladas junto com gelo seco podem afetar a vida de animais e
Congeladas humanos.

Gás para Isqueiros Isqueiros que contém gás liquefeito sobre pressão são considerados perigosos
quando operados com a pressão reduzida da cabine. Os isqueiros populares
de plástico não possuem uma válvula de proteção da saída do gás. Desta
maneira a disposição do isqueiro na bagagem pode liberar todo o gás dentro do
compartimento de bagagem acarretando assim uma poderosa explosão.

Produtos de Podem conter artigos perigosos como tinta, aerossóis, líquidos inflamáveis,
Limpeza alvejantes etc.

Instrumentos Podem conter mercúrio, como barômetro, termômetro, manômetro etc.

Refil de Isqueiro Isqueiros contendo combustível líquido não absorvente podem vazar em
condições de transporte, produzindo vapores inflamáveis na cabine ou
compartimento de bagagem.

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Peças de Podem conter substâncias químicas, solventes de limpeza, tinta, etc.
Maquinaria

Fósforos Não podem ser aceitos como bagagem de mão ou checada, somente com o
(segurança) passageiro. Fósforos em cartela podem facilmente ter sua capa protetora
removida e o fogo iniciar-se pela fricção na bagagem.

Magnetos e outros Podem apresentar campo de força magnética de 0,159 A/m (0.002 Gauss) ou
itens de material mais para distância de 2.1 m (7 Ft.) a partir da superfície de um grupo de
similar embalagens. Algumas vezes individualmente não são magnéticos, porém
podem ser cumulativamente.

Materiais Médicos Podem incluir artigos encontrados nos critérios para artigos perigosos,
particularmente líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, oxidantes, peróxidos
orgânicos, substâncias tóxicas ou explosivas.

Tintas A maioria das tintas são consideradas líquidos inflamáveis e só podem ser
aceitas como carga. Esmaltes, laquê, vernizes, filtros e solventes, também
entram nessa descrição. A redução de pressão do porão da aeronave pode
estourar o recipiente e derramar o conteúdo.

Farmacêuticos Pode conter artigos encontrados em qualquer critério dos artigos perigoso,
particularmente material radioativo, líquido inflamável, sólidos inflamáveis,
oxidantes, peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas e corrosivas.

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Equipamento Materiais perigosos são normalmente encontrados nestes equipamentos como
Fotográfico ácidos, que combinam com outras substâncias podendo causar fogo e/ou
explosão.

Equipamentos de Podem conter aerossóis inflamáveis, cilindro com gases, nitrometano, outros
Equipes de Carro aditivos de combustíveis motores, carburadores contendo combustível residual
de Corrida ou ou baterias.
Motociclismo

Nitrometano

Equipamentos para Podem conter colas, celulose, tinta, peróxido orgânico, solventes etc.
Reparos

Material de Pode conter material ferro-magnético, que deve ser submetido a requerimentos
Construção em especiais para transporte, pois possivelmente afetarão instrumentos da
Metal (para aeronave.
construir cercas,
canalização e
tubagem)

Refrigeradores Podem conter gases liquefeitos ou solução de amônia.

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Sêmen Pode estar embalado com dióxido de carbono sólido (gelo seco) ou gás
liquefeito refrigerado.

Veículos Podem conter gasolina, baterias, extintores de incêndio, “air bags” etc.
Automotivos
(automóveis,
motocicletas, etc.)

Equipamentos para Podem conter inflamáveis, substâncias explosivas e máquinas de fumaça (gelo
Shows, Filmes, de seco).
Efeito Especial.

Substâncias Podem conter ácidos e líquidos ou sólidos à base de cloro.


Químicas para
Piscina

Caixa de Pode conter explosivos, gases comprimidos, aerossóis, colas inflamáveis ou


Ferramentas tintas, líquidos corrosivos (ácidos ou componentes de limpeza cáustica) etc.

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Bagagem de Pode conter itens que se encaixam nos critérios de artigos perigosos, como
Passageiro fogos de artifício, produtos de limpeza inflamáveis, corrosivos e para limpeza de
Desacompanhada fornos e escoadouros, gás ou fluídos para reposição em isqueiros ou em
cilindros para fogão de camping, fósforos, alvejantes, aerossóis etc.
Nota: bagagem desacompanhada é a bagagem que chega ao país amparada
por conhecimento de carga ou documento equivalente.

Acendedores Micro acendedores ou isqueiros funcionais podem conter gás inflamável e


(como por exemplo, serem equipados com partida eletrônica. Grandes acendedores podem conter
maçarico) um sistema de auto-ignição ligado a um cilindro de gás inflamável.

Vacinas Podem ser embaladas com gelo seco.

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PROVISÕES PARA ARTIGOS PERIGOSOS TRANSPORTADOS POR
PASSAGEIROS OU MEMBROS DA TRIPULAÇÃO

Artigos perigosos não devem ser transportados junto (no bolso) aos passageiros ou tripulantes, em
bagagem de mão ou despachada, com exceção dos relacionados abaixo:

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IS nº 175-001 (H11.9)
Os seguintes artigos perigosos, que normalmente podem ser transportados por passageiros em outros meios de
transporte, são proibidos no transporte aéreo, tanto como bagagem de mão quanto como bagagem despachada:
(a) dispositivos médicos de oxigênio para uso pessoal que utilizem oxigênio líquido;
(b) armas de eletrochoque (p. ex. tasers) contendo artigos perigosos tais como explosivos, gases comprimidos,
baterias de lítio etc, exceto conforme permitido por H1.1.11;
(c) fósforos “Strike Anywhere”;
(d) combustível ou refil para isqueiro;
(e) isqueiro tipo “maçarico” sem meios de proteção contra ativação não intencional. Isqueiro tipo “maçarico” significa
um isqueiro a gás em que o combustível e o ar são misturados antes de serem submetidos a combustão, tal como
isqueiros que produzem chama azul; e
(f) isqueiro alimentado por bateria de íon lítio ou de lítio metálico (p. ex., isqueiros de laser plasma, isqueiro de bobina
de Tesla, isqueiros de fluxo, isqueiros de arco e isqueiros de arco duplo) sem tampa de proteção ou sem meios de
proteção contra ativação não intencional.

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Artigos Perigosos Transportados pelo Correio Aéreo – IS 175-001 Revisão H
Os seguintes artigos perigosos podem ser aceitos para o transporte aéreo em mala postal, sujeitos às
disposições das autoridades nacionais apropriadas, do RBAC nº 175 e de Instrução Suplementar:

(a) amostras de paciente (humano ou animal), como definidas em B6.3.1.4, desde que sejam
classificadas, embaladas e marcadas como requerido em B6.3.2.3.8(a), (b), (c) e (d);

(b) substâncias infectantes atribuídas somente à Categoria B (UN 3373), quando embaladas de
acordo com os requisitos da Instrução de Embalagem 650 das Instruções Técnicas, e dióxido de
carbono sólido (gelo seco), quando usado como um refrigerante para a UN 3373. Quando gelo seco
for usado como um refrigerante para a UN 3373, todos os requisitos aplicáveis da Instrução de
Embalagem 954 devem ser atendidos. Mala postal contendo gelo seco como um refrigerante para a
UN 3373 deve ser oferecido para transporte separadamente pelo DPO de modo que o operador possa
cumprir com todos os requisitos aplicáveis do Apêndice H desta Instrução Suplementar;

(c) material radioativo em volume exceptivo, somente UN 2910 e UN 2911, cuja atividade não
exceda um décimo do listado na Parte 2, Capítulo 7, Tabela 2-14 das Instruções Técnicas ou
equivalente em norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN –, e que não cumpra com
as definições e os critérios relativos a outras classes ou divisões, descritos no Apêndice B, com
exceção da Classe 7. O volume deve ser marcado com o nome do expedidor e do destinatário, deve
ser marcado como “material radioativo - quantidade permitida para transporte em mala postal” e deve
levar a etiqueta de material radioativo, volume exceptivo (Figura E-33);

(d) baterias de íon lítio contidas em equipamento (UN 3481) que satisfaçam às provisões da Seção
II da Instrução de Embalagem 967 das Instruções Técnicas. Não mais do que quatro células ou duas
baterias podem ser enviadas em um único volume, sujeito às provisões de A2.3.4; e
(e) baterias de lítio metálico contidas em equipamento (UN 3091) que satisfaçam às provisões da
Seção II da Instrução de Embalagem 970 das Instruções Técnicas. Não mais do que quatro células ou
duas baterias podem ser enviadas em um único volume, sujeito às provisões de A2.3.4.

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Quantidades Limitadas (IS 175-001 Revisão H C4.)

A Regulamentação Modelo da ONU contém provisões para quantidades limitadas de artigos


perigosos. Elas reconhecem que muitos artigos perigosos, quando em quantidades razoavelmente
limitadas, apresentam perigo reduzido durante o transporte e podem ser transportados seguramente
em embalagens de boa qualidade, dos tipos especificados na Regulamentação Modelo da ONU, ainda
que não tenham sido testadas e marcadas de acordo com essa regulamentação. As provisões
contidas neste parágrafo são baseadas na Regulamentação Modelo da ONU e permitem que
quantidades limitadas de artigos perigosos sejam transportadas em embalagens que, apesar de não
serem testadas e marcadas de acordo com a Parte 6 das Instruções Técnicas, cumpram com os
requisitos de fabricação dessas Instruções. A Regulamentação Modelo da ONU requer que volumes
contendo quantidades limitadas de artigos perigosos sejam marcados com a marca em forma de
diamante, especificada no Capítulo 3.4 da
Regulamentação Modelo da ONU.

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Testes de desempenho de embalagem
Teste de queda: a embalagem, como preparada para o transporte, deve ser capaz de suportar uma
queda de 1,2 m em uma superfície rígida, não flexível, plana, horizontal, em uma posição mais
suscetível de causar o maior dano. Após o ensaio, a embalagem exterior não deve apresentar
qualquer dano, que é provável de afetar a segurança durante o transporte e não deve haver nenhum
vazamento das embalagens internas.

Testes de empilhamento: cada embalagem oferecida para transporte deve ser capaz de suportar,
sem ruptura ou vazamento de qualquer embalagem interna e sem redução significativa de eficácia,
uma força aplicada à superfície superior para uma duração de 24 horas equivalentes ao peso total de
embalagens idênticas se empilhados a uma altura de 3 metros (incluindo a embalagem de teste).

Marcações e Etiquetas: todas as embalagens embarcadas sob a provisão da subseção 2.7 do DGR
devem atender aos relevantes requerimentos de etiquetagem e marcações da seção 7 do DGR.

Documentação: todas as embalagens embarcadas sob as provisões da subseção 2.7 devem atender
aos relevantes requerimentos de documentação da seção 8 do DGR.

Artigos Perigosos Proibidos em “Quantidade Limitada”


Os seguintes artigos perigosos ou substâncias não serão permitidos:
- aqueles proibidos para transporte sob quaisquer circunstâncias;
- aqueles permitidos somente em aeronave cargueira;
- aqueles de Packing Group I;
- Classe 1: Explosivos;
- Classe 2: Divisão 2.1 (outros além de aerossóis); Divisão 2.2 gases liquefeitos refrigerados;
- Divisão 2.3 Gases Tóxicos;
- Classe 4: Substâncias com combustão espontânea da Divisão 4.1; aqueles da Divisão 4.2 ou
aqueles com risco secundário de 4.2 ;
- Classe 6: Divisão 6.2 Substância Infecciosa;

Artigos Perigosos Dispensados da Regulamentação

Muitos artigos perigosos são transportados numa aeronave podem ser dispensados da
regulamentação por serem necessários a bordo.
No material de comissaria (catering) por exemplo, encontramos as bebidas alcoólicas que contém
álcool e gelo seco que refrigera bebidas e comidas a serem servidas a bordo.
Gelo seco, por sua vez, pode queimar a pele, em virtude da baixa temperatura (-79 graus Celsius) e
também por deslocar o oxigênio em ambientes confinados como é o caso de um compartimento de
carga. Isso pode causar asfixia em animais vivos, por exemplo.

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Alguns equipamentos fixos usados por aviões e helicópteros podem ser perigosos, porém são
itens considerados essenciais à operação das aeronaves, tais como geradores químicos de
oxigênio que podem atingir temperaturas de até 260 graus Celsius quando entram em reação
química ou cilindros de oxigênio que são inflamáveis. Baterias, por exemplo, podem conter
ácidos extremamente corrosivos.

COMAT
COMAT é o material do operador aéreo, transportado em uma aeronave do próprio operador aéreo e
em seu próprio proveito.

Entretanto, quando alguns desses equipamentos estiverem sendo transportados como


COMAT PERIGOSO, estes deverão ser devidamente embalados, etiquetados, marcados e
documentados.

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Artigos Perigosos em Quantidades Excetuadas (IS 175-001 Revisão H)

C5.1.1 Quantidades excetuadas de artigos perigosos de certas classes, que não sejam objetos, que
atendam às provisões deste item C5, não estão sujeitas a nenhuma outra provisão desta Instrução
Suplementar, com exceção do seguinte:

(a) a proibição em mala postal de A2.3;


(b) as definições de A3;
(c) os requisitos de treinamento de A4;
(d) os procedimentos de classificação e critérios para grupo de embalagem contidos no
Apêndice B;
(e) os requisitos de embalagem de D1.1.1, D1.1.3.1, D1.1.3.3, D1.1.5, D1.1.6, D1.1.7 e D1.1.8
(D1.1.6 não se aplica à UN 3082);
(f) as restrições de carregamento de G2.1;
(g) os requisitos de reporte de ocorrências com artigos perigosos de G4.4 e G4.5;
(h) a proibição de artigos perigosos em bagagem de H1.1; e
(i) -I em caso de material radioativo, os requisitos para material radioativo em volumes
exceptivos de A6.1.5.

C5.1.2 Artigos perigosos que podem ser carregados como quantidade excetuada de acordo com este
item C5 são mostrados na coluna 7 da Lista de Artigos Perigosos por meio de um código alfanumérico,
conforme indicado na Tabela C-3.

TABELA PARA ARTIGOS PERIGOSOS EM QUANTIDADES EXCETUADAS

Código Quantidade máxima por embalagem interna Quantidade máxima por embalagem externa
E0 Não permitida como Quantidade Excetuada
E1 30g/30mL 1kg/1L
E2 30g/30mL 500g/500mL
E3 30g/30mL 300g/300mL
E4 1g/1mL 500g/500mL
E5 1g/1mL 300g/300mL

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Variações dos Países e dos Operadores de Transporte Aéreo
Alguns países e operadores de transporte aéreo utilizam-se da prerrogativa de serem mais restritivos que as
Instruções Técnicas da OACI. Essas variações ficam registradas nas publicações da OACI e da IATA. As
variações dos países estão listadas na seção 2 do DGR. Países utilizam um código de três letras. Exemplo:
BRG: Brasil. As variações dos países estão listadas no subparágrafo 2.8.1.3 do DGR. As variações dos
operadores de transporte aéreo utilizam um código de duas letras ou a combinação de uma letra e um número e
estão listadas no subparágrafo 2.8.3.4 do DGR. Exemplo: FX: Federal Express.

As variações publicadas pelos países envolvidos na rota (origem, destino, trânsito e sobrevoo) e os operadores
de transporte aéreo (companhias aéreas) envolvidos no transporte e o país do operador são aqueles a quem
devem ser aplicadas ao embarque.

Provisões especiais (C3)

C3.1 A Tabela C-2 lista as provisões especiais referidas na coluna 5 da Tabela C-1, e as informações nelas
contidas são adicionais àquelas aplicáveis para a entrada relevante.

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UNIDADE 3

CLASSIFICAÇÃO DOS
ARTIGOS PERIGOSOS

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Princípios gerais

Artigos Perigosos são divididos em nove classes refletindo o tipo de risco envolvido. Algumas classes estão
subdivididas em divisões – a referência é feita à divisão e não à classe, como por exemplo, divisão 5.2 e não classe
5 divisão 2.

Cada classe/divisão tem um critério específico que é utilizado para determinar quando a substância pertence a uma
determinada classe ou divisão. Caso possua mais de um risco, por exemplo: Ácido acético, solução, tem o risco de
ser corrosivo e líquido inflamável, será classificado de acordo com o seu risco principal e não como seu risco
secundário.

As 9 (nove) classes e divisões de artigos perigosos são:

Observe que a ordem na qual as classes são numeradas não implica um grau relativo de perigo. Por exemplo,
Classe 1 (explosivos) não é necessariamente mais perigoso que classe 2 (gases).
Cada classe/divisão de risco tem critérios específicos que são usados para determinar qual a classe/divisão a
que pertence uma substância.

CLASSE 1 Div.1.1- Artigos e substâncias que possuem


perigo de projeção e explosão em massa.
Div. 1.2 - Artigos e substâncias que
possuem perigo de projeção.
Div. 1.3 - Artigos e substâncias que
possuem menor perigo de projeção e
explosão.
Div. 1.4 - Artigos e substâncias que não
EXPLOSIVOS apresentam perigo expressivo.
Div. 1.5 - Substâncias neutras mas que
apresentam perigo de explosão em massa.
Div. 1.6 - Substâncias neutras que não
apresentam perigo de explosão em massa.

Esta classe é subdividida em 6 divisões,


das quais somente alguns artigos da
Divisão 1.3 e a maioria da divisão 1.4 são
aceitos para transporte aéreo.

CLASSE 2 GASES INFLAMÁVEIS; GASES NÃO


INFLAMÁVEIS/NÃO TÓXICOS: GASES
TÓXICOS

Divisão 2.1 Gás Inflamável.

Divisão 2.2 Gás não Inflamável e não Tóxico.

Divisão 2.3 Gás Tóxico (venenoso).

CLASSE 3 LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS (Esta classe não tem divisões)

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CLASSE 4 SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; SUBSTÂNCIAS
PASSÍVEIS DE COMBUSTÃO ESPONTÂNEA;
SUBSTÂNCIAS QUE EM CONTATO COM A
ÁGUA DESPRENDEM GASES INFLAMÁVEIS

Divisão 4.1 Sólidos inflamáveis e substâncias auto-


reativas e explosivos sólidos
dessensibilizados;

Divisão 4.2 Substâncias passíveis de combustão


espontânea.

Divisão 4.3 Substâncias que, através de interação


com a água são passíveis de se tornarem
espontaneamente combustíveis ou
liberarem gases inflamáveis.

CLASSE 5 OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS;

Divisão 5.1 Substâncias oxidantes


Divisão 5.2 Peróxidos orgânicos

CLASSE 6 SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E INFECCIOSAS

Divisão 6.1 Substâncias venenosas (tóxicas).


Substâncias infecciosas.
Divisão 6.2

CLASSE 7

MATERIAL RADIOATIVO (Esta classe não tem divisões)

CLASSE 8 CORROSIVOS

CLASSE 9
SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS Artigos cujas periculosidades não
DIVERSOS INCLUINDO SUBSTÃNCIAS se incluem nas classes acima.
PERIGOSAS PARA O MEIO AMBIENTE.

Bateria de lítio

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Códigos de carga IMPERIAIS são atribuídos para cada classe/divisão facilitando o reconhecimento do
artigo perigoso presente nos vários documentos de voo, tais como Manifestos e NOTOC’s (Notificação
ao Comandante).

GRUPOS DE EMBALAGEM (PACKING GROUP)

Artigos perigosos são alocados ao grupo de embalagem relevante de acordo com o grau de perigo que eles
apresentam.

. GRUPO DE EMBALAGEM I – REPRESENTAM GRANDE PERIGO

. GRUPO DE EMBALAGEM II – REPRESENTAM MÉDIO PERIGO

. GRUPO DE EMBALAGEM III – REPRESENTAM BAIXO PERIGO

Critérios para alocação de Grupos de Embalagem (Packing Group) I, II ou III e foram desenvolvidos para as
Classes 3, 4, Divisão 5.1, Divisão 6.1 e Classe 8.

Grupos de embalagem (packing group) para líquidos inflamáveis são alocados de acordo com o ponto de
fulgor e ponto de ebulição inicial:

Obs.: Ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual os combustíveis aquecidos desprendem


vapores que se incendeiam ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor. Ex.:
Tolueno 4,4°C, Gasolina, -42°C, Querosene, 38° a 40°C.

Ponto de ebulição inicial é a temperatura em que uma substância passa do estado líquido
para o gasoso. Ex.: água, 100°C.

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Grupos de embalagem (packing group) para substâncias tóxicas, divisão 6.1, são atribuídos de
acordo com as toxicidades oral, dérmica e riscos por inalação de pós e neblinas.

B6.2.1.1 𝑫𝑳𝟓� (dose letal média) para toxicidade oral aguda é a dose única, obtida estatisticamente,

de substância que se espere que cause a morte num prazo de 14 dias em 50% dos ratos albinos

jovens adultos quando administrada pela via oral. O valor da 𝐷�50 é expresso em termos de massa da

substância de teste pela massa corporal do animal de teste (mg/kg);

B6.2.1.2 𝑫𝑳𝟓� para toxicidade dérmica aguda é a dose de substância, administrada por contato

contínuo por 24 horas com a pele nua de coelhos albinos, que tenha alta possibilidade de causar a
morte num prazo de 14 dias em metade dos animais testados. O número de animais testados deve ser
suficiente para fornecer resultado estatisticamente significativo e estar de acordo com a boa prática
farmacológica. O resultado é expresso em mg/kg de massa corporal;

B6.2.1.3 𝑪𝑳𝟓� (concentração letal média) para a toxicidade aguda à inalação é a concentração de

vapor, neblina ou poeira, administrada por inalação contínua durante uma hora tanto para machos
como para fêmeas de ratos albinos jovens adultos, que tenha alta possibilidade de causar a morte
num prazo de 14 dias em metade dos animais testados. Uma substância sólida deveria ser testada se
pelo menos 10% (em massa) da sua massa total tendesse a ser poeira numa faixa respirável, por
exemplo se o diâmetro aerodinâmico dessa fração de partículas for de 10 μm ou menos. Uma

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substância líquida deveria ser testada se uma neblina tiver possibilidade de ser gerada em um
vazamento da contenção de transporte. Tanto para as substâncias sólidas como para as líquidas, mais
de 90% (em massa) de uma amostra preparada para o ensaio de toxicidade à inalação deveria estar
na faixa respirável, tal como definido acima. O resultado é expresso em mg/L de ar para os pós e as
neblinas e em mL/m³ de ar (partes por milhão) para os vapores.

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Substâncias Infectantes
As substâncias infectantes devem ser classificadas na divisão 6.2 e atribuídas, conforme apropriado,
aos números: UN 2814, UN 2900, UN 3291 ou UN 3373 ou à UN 3549, conforme apropriado.
As substâncias infectantes se dividem nas seguintes categorias:
Categoria A: substância infectante transportada de forma que, em caso de exposição, é capaz de
causar uma incapacidade permanente, colocar em risco a vida ou constituir uma enfermidade mortal
em seres humanos ou animais saudáveis. Exemplos indicativos de substâncias que atendem a esses
critérios são apresentados na Tabela B-10.

Substâncias infectantes que se enquadrem nesses critérios e que causem doenças apenas em seres
humanos, ou em seres humanos e animais, devem ser atribuídas ao número UN 2814. Substâncias
infectantes que causem doenças apenas em animais devem ser atribuídas ao número UN 2900.

O nome apropriado para embarque associado ao número UN 2814 é Substância infectante que
afeta seres humanos, em português, ou Infectious substance, affecting humans, em inglês, e ao
número UN 2900 é Substância infectante que afeta apenas animais, em português, ou Infectious
substance, affecting animals only, em inglês.

A Tabela B-10 não é exaustiva. As substâncias infectantes, inclusive os agentes patogênicos novos ou
emergentes, que não constam na Tabela B-10, mas que atendam aos mesmos critérios, devem ser
atribuídas à Categoria A. Além disso, se houver dúvida quanto ao enquadramento de uma substância
infectante, ela deve ser considerada como da Categoria A.

Exemplos indicativos de substâncias infectantes incluídas na Categoria A, em qualquer de suas


formas, exceto se for indicado diferentemente (B6.3.2.2.1(a)).

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UN 2814 Substância infectante que afeta seres humanos

UN 2900 Substância infectante que afeta apenas animais

Categoria B: substância infectante que não se enquadra nos critérios para inclusão na Categoria A.
As substâncias infectantes da Categoria B devem ser atribuídas ao número UN 3373.

O nome apropriado para embarque associado ao número UN 3373 é Substâncias biológicas,


Categoria B, em português, ou Biological substances, Category B, em inglês.

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Embalagem UN 3291
Resíduos médicos ou clínicos

Resíduos médicos sólidos contendo substâncias infectantes da Categoria A provenientes de


tratamento veterinário de animais ou de tratamento médico de humanos devem ser atribuídos ao
número UN 3549.
O número UN 3549 não pode ser usado para resíduo proveniente de pesquisas biológicas ou para
resíduos líquidos;

B8.1.1 Substâncias corrosivas são substâncias que, por ação química, causam danos
irreversíveis à pele ou, em caso de vazamento, danificam seriamente, ou mesmo destroem,
outras cargas ou a própria aeronave.

Critérios de alocação de substâncias corrosivas a um dos grupos de embalagem (Tabela B-11):

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B9.3 Baterias de lítio

B9.3.1 Células e baterias, células e baterias contidas em equipamentos, ou células e baterias embaladas com
equipamentos, contendo lítio em qualquer forma, devem ser atribuídas à UN 3090, à UN 3091, à UN
3480 ou à UN 3481, conforme apropriado. Elas somente podem ser transportadas sob essas entradas se
cumprirem com os seguintes requisitos: (a) cada célula ou bateria deve ser de um tipo que tenha
demonstrado atender aos requisitos de cada teste do Manual de Testes e Critérios da ONU, Parte III,
subseção 38.3

(1) Células e baterias manufaturadas de acordo com um tipo que atende aos requisitos da subseção 38.3
do Manual de Testes e Critérios da ONU, Revisão 3, Emenda 1, ou qualquer revisão subsequente ou
emenda aplicável na data do teste, podem continuar a ser transportadas, salvo disposição contrária no
RBAC nº 175 ou nesta Instrução Suplementar.

(2) Os tipos de células e baterias que somente obedecem ao Manual de Testes e Critérios da ONU,
Revisão 3, não são mais válidos. Entretanto, células e baterias manufaturadas em conformidade com
esses tipos antes de 1º de julho de 2003 podem continuar a ser transportadas se todos os outros
requisitos aplicáveis forem cumpridos; Nota: baterias devem ser de um tipo que tenha demonstrado
atender aos requisitos de teste Manual de Testes e Critérios da ONU, Parte III, subseção 38.3,
independentemente se as células que a compõem são de um tipo testado. (b) cada célula e bateria deve
incorporar um dispositivo de ventilação de segurança ou deve ser projetada para impedir uma ruptura
violenta sob condições normalmente encontradas no transporte; (c) cada célula e bateria deve ser
equipada com um meio eficaz de prevenir curtoscircuitos externos; (d) cada bateria contendo células ou
uma série de células conectadas em paralelo deve ser equipada com meios eficazes necessários para
prevenir fluxos perigosos de corrente reversa (p. ex., diodos, fusíveis etc.); (e) células e baterias devem
ser manufaturadas sob um programa de gestão da qualidade que inclua: (1) a descrição da estrutura
organizacional e das responsabilidades dos funcionários com relação à qualidade do projeto e do
produto; (2) instruções adequadas para a inspeção e o teste, o controle de qualidade, a garantia de
qualidade e instruções sobre a operação dos processos que serão utilizados;

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Precedências de Perigos e Grupos de Embalagem para as Classes 3, 4 e 8 e Divisões 5.1 e 6.1

A tabela de precedência de perigos (Tabela B-1) deve ser usada para determinar a classe de uma
substância, mistura ou solução que apresente mais de um perigo, quando não listada na Tabela C-1,
ou para alocar a entrada apropriada para objetos contendo artigos perigosos n.e. (Números UN 3537 a
3548. Ver B0.6). Para artigos com perigos múltiplos que não se encontrem especificamente listados
por seu nome na Tabela C-1, o grupo de embalagem mais restritivo, dentre os indicados para os
respectivos perigos, tem precedência sobre os demais grupos de embalagem, independentemente da
precedência dos perigos apresentada na Tabela B-1. A classe ou divisão correta a ser usada é
apresentada no ponto de interseção entre a linha e a coluna respectivas na Tabela B-1. O grupo de
embalagem correto a ser usado também é apresentado no ponto de interseção entre a linha e a
coluna respectivas. A precedência das características de perigo a seguir não foi incluída na Tabela B-1,
uma vez que essas características primárias têm sempre precedência:
(a) substâncias e artigos da Classe 1;

(b) gases da Classe 2;

(c) explosivos líquidos insensibilizados da Classe 3;

(d) substâncias autorreagentes e explosivos sólidos insensibilizados da Divisão 4.1;

(e) substâncias pirofóricas da Divisão 4.2;

(f) substâncias da Divisão 5.2;

(g) substâncias da Divisão 6.1, do Grupo de Embalagem I, que apresentam toxicidade à inalação,
exceto substâncias e preparações que atendam aos critérios da Classe 8, que apresentem toxicidade

à inalação de pós e neblinas (𝐶�50) na faixa do Grupo de Embalagem I, mas cuja toxicidade à

ingestão oral ou contato dérmico está situada na faixa do Grupo de Embalagem III, ou abaixo dessa
faixa, as quais devem ser alocadas à Classe 8;

(h) substâncias da Divisão 6.2; e

(i) material da Classe 7.

B0.4.2 Com exceção de materiais radioativos em volumes exceptivos (caso em que as outras
propriedades perigosas têm precedência), materiais radioativos que tenham outras propriedades
perigosas devem ser sempre classificados na Classe 7 e seus perigos secundários também devem ser
identificados. Para materiais radioativos em volumes exceptivos, exceto para UN 3507, Hexafluoreto
de urânio, material radioativo, volume exceptivo, aplica-se a Provisão Especial A130.

B0.4.3 Um objeto que, a parte de seus outros perigos, também atenda ao critério aplicável a um
material magnetizado, deve ser identificado de acordo com as provisões deste Apêndice e, em adição,
identificado como um material magnetizado.

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UNIDADE 4

IDENTIFICAÇÃO

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Generalidades

A Lista de Artigos Perigosos (Tabela C-1), presente neste Apêndice, lista os artigos perigosos mais
comumente transportados; no entanto, a mesma não é exaustiva. O objetivo é cobrir, dentro do
possível, todas as substâncias perigosas com importância comercial.

Para determinados artigos perigosos a palavra “Proibido” aparece nas colunas referentes a aeronaves
de passageiros e aeronaves de carga da lista de artigos perigosos. Não obstante, convém observar
que seria impossível enumerar todos os artigos perigosos em aeronaves, quaisquer que sejam as
circunstâncias, por isto, é fundamental assegurar-se especialmente de que não sejam entregues para
transporte mercadorias incluídas com a palavra “Proibido”, tanto em aeronaves de passageiros quanto
de carga.

Lista de Artigos Perigosos

A Lista de Artigos Perigosos (Tabela C-1), presente neste Apêndice, lista os artigos perigosos mais
comumente transportados; no entanto, a mesma não é exaustiva. O objetivo é cobrir, dentro do
possível, todas as substâncias perigosas com importância comercial (C1.1.1).

Quando um objeto ou uma substância estiver listado especificamente por seu nome na Lista de Artigos
Perigosos, ele deve ser transportado de acordo com as disposições desta Lista que sejam apropriadas
para esse objeto ou substância. Uma entrada “genérica” ou “não especificada de outro modo” pode ser
usada para permitir o transporte de objetos ou substâncias que não apareçam especificamente por
seu nome na Lista de Artigos Perigosos. Esse objeto ou substância pode ser transportado somente
após a determinação de suas propriedades de perigo. O objeto ou substância deve então ser
classificado de acordo com as definições de classe e critérios de teste, utilizando-se o nome que
melhor o descreva na Lista de Artigos Perigosos. A classificação deve ser feita pelo seu fabricante ou
expedidor, orientado pelo fabricante, ou ainda pela autoridade nacional apropriada, quando aplicável.
Uma vez que a classe da substância ou do objeto for estabelecida, todas as condições para sua
expedição e transporte, conforme previsto no RBAC nº 175 e nesta Instrução Suplementar, devem ser
cumpridas. Qualquer objeto ou substância que possua ou que se suspeite possuir características
explosivas deve ser considerado primeiramente como Classe 1. [175.151(a)].
(C1.1.2)

A Lista também inclui um número de objetos e substâncias específicos cujo transporte por via aérea é
proibido (ver A2) (C1.1.3).

O nome apropriado para embarque é a parte da entrada que melhor descreve os artigos na Lista de
Artigos Perigosos. Ele é mostrado em negrito (acrescido de números, letras gregas, “sec”, as letras t
(“tert”), m, n, o, p, os quais compõem parte integral do nome). As partes de um registro que não
estiverem em negrito, não precisam ser consideradas como parte do nome apropriado para embarque,
mas podem ser usadas (C1.2.1).

O nome apropriado para embarque é a parte da entrada que melhor descreve os artigos na Lista de
Artigos Perigosos. Ele é mostrado em negrito (acrescido de números, letras gregas, “sec”, as letras t
(“tert”), m, n, o, p, os quais compõem parte integral do nome). As partes de um registro que não
estiverem em negrito, não precisam ser consideradas como parte do nome apropriado para embarque,
mas podem ser usadas (C1.2.1).

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Nomes apropriados para embarque genéricos ou “não especificados de outro modo” (n.e.), indicados
por meio da inclusão de um asterisco na coluna 1 da Lista de Artigos Perigosos, devem ser
complementados com o nome do grupo técnico ou químico, a não ser que exista lei nacional ou
convenção internacional proibindo o acesso à informação, por se tratar de substância controlada. Para
explosivos da Classe 1, a descrição de artigos perigosos pode ser complementada por um texto
descritivo adicional para indicar nomes comerciais ou militares. Nomes de grupos técnicos ou
químicos devem ser escritos entre parênteses imediatamente após o nome apropriado para
embarque. Modificadores apropriados, como “contém” ou “contendo” ou outras palavras qualificatórias,
como “mistura”, “solução” etc., e o percentual do constituinte técnico podem ser usados. Por exemplo:
“UN 1993 Líquido Inflamável, n.e. (contém xileno e benzeno), 3, PG II” (C1.2.7.1).

Informações da Lista de Artigos Perigosos

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Informações da Lista de Artigos Perigosos (DGR 4.2)

Coluna A – Número de Identificação UN (Nações Unidas) ou ID (temporários);


Coluna B – Nome apropriado para expedição;
Coluna C – Classe ou divisão do produto e risco secundário (se aplicável);
Coluna D – Etiqueta (s) de risco (s);
Coluna E – Grupo de embalagem – grau de periculosidade (se aplicável);
Coluna F – Código para embalagens de quantidade excetuada;
Coluna G – Instrução de embalagem de quantidade limitada (se aplicável) para aeronaves
PAX/CAO;
Coluna H – Quantidade máxima (líquida) permitida para embalagens de quantidade limitada;
Coluna I – Instrução de embalagem para embalagens de especificação UN/OACI (PAX/CARGO);
Coluna J – Quantidade máxima (líquida) permitida para embalagens de especificação UN/OACI;
Coluna K – Instrução de Embalagem de especificação UN/ICAO somente para aeronave de carga;
Coluna L – Quantidade máxima permitida para embalagens de especificação UN/OACI para
aeronave de carga;
Coluna M – Cláusulas especiais dos regulamentos (observar subseção 4.4 do DGR)
Coluna N – Código de Resposta de Emergência (Tabela 4.1 – Aircraft Emergency Response
Drills da OACI);

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Lista Numérica de Referência Cruzada de Artigos Perigosos
A subseção 4.3 do DGR fornece uma lista recíproca numérica de artigos perigosos a partir do número UN ou ID
associado ao nome apropriado para expedição e é organizado em ordem numérica.

A série 0001 até 7999 são referentes aos números UN (números da ONU) e a série a partir de 8000 são
referentes aos números ID que são números temporários.

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Provisões especiais (C3).

Tabela C-2 lista as provisões especiais referidas na coluna 5 da Tabela C-1, e as informações nelas
contidas são adicionais àquelas aplicáveis para a entrada relevante. A numeração das provisões
especiais segue a mesma numeração das Instruções Técnicas. Sempre que o texto da provisão
especial for equivalente àquele da Regulamentação Modelo da ONU, o número da provisão especial
da ONU aparecerá entre parênteses. Sempre que o texto da provisão especial for relacionado, mas
não equivalente, àquele da Regulamentação Modelo da ONU, o número da provisão especial da ONU
aparecerá entre parênteses antecedido por “≈” (C3.1 A).

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UNIDADE 5

EMBALAGEM

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Responsabilidades do expedidor

O expedidor é responsável por todos os aspectos da embalagem em cumprimento desses


regulamentos, em conformidade com a seção 5 do DGR.

Tipos de embalagem

Existem dois métodos principais de embalagens, que são:

(a) Embalagens Combinadas (Combination Packagings) - estas consistem em uma embalagem


externa feita de madeira, papelão ondulado, plástico ou metal, com recipientes internos de
metal, plástico, vidro ou louça, normalmente envolvidos em material absorvente e acolchoante,
de acordo com os requisitos individuais da embalagem.

(b) Embalagens Únicas (Single Packagings) - são feitas de aço, alumínio, plástico ou outro
material permitido cujo produto está em contato direto com a embalagem.

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Embalagens de especificação UN

Embalagens de Especificação UN (caixa, tambor, recipientes, bombonas, etc.) são aquelas que
atendem aos critérios de construção prescritos de acordo com a Seção 6 do DGR.

Elas são sujeitas a testes de queda, empilhamento e outros requerimentos de desempenho de acordo
com o desenho específico da embalagem.

Somente embalagens externas são marcadas com um código de especificação.

Embalagens internas são identificadas por um código de especificação, mas este tipo de marcação
não é requerido.

Nota: testes de embalagem são normalmente conduzidos por agências de teste autorizadas pelo
governo ou por uma autoridade nacional competente.

Os testes requeridos variam de acordo com o grau de periculosidade da embalagem. Os testes mais
rigorosos são realizados para embalagens consideradas de grande perigo (Packing Group I).

= Símbolo de embalagem das Nações Unidas


4G = Código de embalo para uma caixa de papelão ondulado
X = Tipo de projeto testado com sucesso para Grupo de Embalagem I
15 = Peso bruto máximo em quilos para o tipo de projeto testado
S = Contém sólidos ou embalagens internas
11 = Ano de fabricação: 2011
GB = País que autoriza: Grã-Bretanha
0662 = A marca de identificação alocada pela autoridade nacional da Grã-Bretanha para o
fabricante.

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Embalagem de Quantidade Limitada

Cláusulas para embalagens de quantidade limitada reconhecem que muitos artigos perigosos em
pequenas quantidades apresentam riscos reduzidos, e podem ser seguramente transportados em
embalagens de boa qualidade. Estas embalagens devem ser manufaturadas com os mesmos
requerimentos de construção especificados nas Subseções 6.1 e 6.2 do DGR, mas que não foram
marcadas e testadas de acordo com os requerimentos referenciados em 6.0.4 e subseção 6.3 do
DGR. Artigos perigosos podem ser carregados como “Quantidade Limitada” somente se forem
cumpridas as restrições fornecidas neste parágrafo, na Lista de Artigos Perigosos e na Seção 5.

Estas embalagens deverão exibir a marca como apresentado abaixo para indicar que estas possuem
qualidades para estas provisões.

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Outros Tipos de Embalagens
Certas instruções de embalagens não exigem Especificação de Embalagem UN. Por exemplo, alguns
cosméticos e remédios podem ser transportados em embalagens do tipo que são usadas para venda no varejo
desde que elas estejam de acordo com a Instrução de Embalagem 910.

 Veja também instruções de embalagem 805 e 904.

Sobrembalagem (overpack)
Um grupo de embalagens amarrado ou agrupado, usado por um único expedidor, contendo uma ou mais
embalagens produzindo uma unidade de carregamento para conveniência de manuseio e estocagem. As
embalagens de carga perigosa contidas numa sobrembalagem devem ser adequadamente embaladas,
marcadas, etiquetadas nas condições apropriadas como requeridas pelos regulamentos. Unit Load Device não
está incluído nesta definição.

Sobrembalagem
Tipos e códigos de embalagens de especificação UN

As embalagens de especificação UN são indicadas através de um número arábico como se segue:

a) 1 - tambor;

b) 2 - reservado (não utilizado atualmente);

c) 3 - bombona;

d) 4 - caixa;

e) 5 - saco;

f) 6 - embalagem composta.

O material de construção é indicado por letras maiúsculas como se segue:

a) A - aço;

b) B - alumínio;

c) C - madeira natural;

d) D - compensado;

e) F - madeira reconstituída;

f) G - papelão;

g) H - material plástico;

h) L - têxtil;

i) M - papel, multicapa;

j) N - metal – exceto aço ou alumínio;

Rev. mar 2022 Página 62


Instruções de Embalagem

Generalidades

Na seção 5 do DGR, encontramos as instruções de embalagens para cada tipo de artigo perigoso.
Nas colunas “G”, “I”, e “L” da lista de artigos perigosos, são mostradas as instruções de embalagens
apropriadas para cada artigo perigoso. Essas instruções podem ser de “quantidade limitada” ou
UN/OACI. Uma Instrução de Embalagem pode atender vários tipos de artigos perigosos. A seguir, um
exemplo de instrução de embalagem do tipo UN/OACI para alguns tipos de líquidos inflamáveis:

INSTRUÇÃO DE EMBALAGEM 353

Rev. mar 2022 Página 63


Entretanto, existem embalagens de “quantidade limitada” que também são permitidas pelos
regulamentos, desde que estas também sejam submetidas a testes de desempenho: A seguir veremos
uma Instrução de Embalagem de Quantidade Limitada também para líquidos inflamáveis. Podemos
observar que a letra “Y” caracteriza esse tipo de instrução de embalagem.

INSTRUÇÃO DE EMBALAGEM Y341

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Requisitos Gerais de Embalagem (D1).
D1.1 Requisitos gerais aplicáveis a todas as classes, exceto Classe 7 [175.201]
D1.1.1 Artigos perigosos devem ser acondicionados em embalagens de boa qualidade e suficientemente
resistentes para suportar impactos e operações de carregamento normalmente presentes durante o transporte,
incluindo a remoção de um pálete, ULD ou sobrembalagem para subsequente movimentação manual ou
mecânica. As embalagens devem ser construídas e fechadas de modo que, quando preparadas para transporte,
evitem qualquer perda de conteúdo que possa ser provocada em condições normais de transporte, por vibração
ou por variações de temperatura, umidade ou pressão (resultantes da altitude, por exemplo). Embalagens
(incluindo embalagens internas e recipientes) devem ser fechadas de acordo com as instruções fornecidas pelos
seus fabricantes. Durante o transporte, não pode haver nenhum sinal de resíduo perigoso aderente à parte
externa dos volumes. Essas disposições aplicam-se, conforme apropriado, a embalagens novas, reutilizadas,
recondicionadas ou remanufaturadas. [175.201(a)].

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Embalagens novas, remanufaturadas, reutilizadas ou recondicionadas listadas nas Tabelas 6-2 e 6-3
das Instruções Técnicas devem atender aos requisitos aplicáveis da Parte 6 daquelas Instruções.
Essas embalagens devem ser fabricadas e testadas sob um programa de garantia da qualidade que
satisfaça à ANAC, com o fim de garantir que essas embalagens atendam àqueles requisitos
aplicáveis. Embalagens podem atender a um ou mais projetos de tipo testados com sucesso e podem
apresentar mais que uma marca requerida por 6;2 das Instruções Técnicas. Quando for requerido que
as embalagens sejam testadas de acordo com 6;4 das Instruções Técnicas, seu uso subsequente
deve ser conforme especificado no relatório de teste aplicável e deve atender em todos os aspectos
ao projeto de tipo que foi testado, incluindo o método de embalagem e o tamanho e tipo de qualquer
embalagem interna, exceto quando previsto em D1.1.10.1 desta Instrução Suplementar ou 6;4.1.7 das
Instruções Técnicas. Antes de ser preparada e despachada para o transporte, cada embalagem deve
ser inspecionada para se assegurar de que esteja livre de corrosão, contaminação ou outro dano.
Qualquer embalagem que mostre sinais de perda de resistência comparada com o projeto de tipo
aprovado não pode ser utilizada ou deve ser recondicionada de modo que seja capaz de suportar os
testes do projeto de tipo (D1.1.2).

Testes de desempenho de embalagens de artigos perigosos

Embalagens de Recuperação (D1.4) (IS 175-001 Revisão H)

Embalagens danificadas, defeituosas, com vazamento ou apresentando não conformidades, ou, ainda,
artigos perigosos que tenham derramado ou vazado, podem ser transportados em embalagens de
recuperação (ver A3.1.1), desde que cumpram com os requisitos de D1.4.2 desta Instrução
Suplementar e de 6;4.8 das Instruções Técnicas. Essas embalagens de recuperação podem ser
utilizadas desde que medidas apropriadas sejam tomadas para evitar o movimento excessivo dos
volumes danificados ou com vazamento dentro da embalagem de recuperação e desde que, quando a
embalagem de recuperação contiver líquidos, material absorvente suficiente seja adicionado para
eliminar a presença de líquido livre. Uma aprovação prévia da ANAC deve ser obtida para expedir
embalagens de recuperação (D1.4.1).

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As embalagens de recuperação devem ser embalagens únicas, feitas de material resistente a
qualquer ação química ou outra ação produzida pelo vazamento ou derramamento de artigos
perigosos. Não mais do que um volume danificado, defeituoso ou vazando contendo artigos perigosos
pode ser embalado e transportado em uma dessas embalagens (D1.4.2).

Volumes danificados, defeituosos ou com vazamento de artigos perigosos das Classes 1, 2 e 7 e


Divisão 6.2 (exceto Resíduos Clínicos ou Médicos correspondentes à UN 3291) não podem ser
transportados em embalagens de recuperação (D1.4.3).

Volumes danificados, defeituosos ou com vazamento de substâncias autorreagentes da Divisão 4.1 ou


substâncias da Divisão 5.2 não podem ser transportados em embalagens de recuperação de metal
que atendam aos requisitos do Grupo de Embalagem I (D1.4.4).

Embalagens de Recuperação

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Formato e marcação

A marcação deve consistir de:

(a) o símbolo da embalagem das Nações Unidas como mostrado abaixo:

Este símbolo não deve ser usado para qualquer outro propósito que não seja certificar que a
embalagem cumpre com os requerimentos da Seção 6. Para metais as embalagens devem ter as
letras capitais UN aplicadas em relevo;

(b) o número do código que designa o tipo de embalagem de acordo dom DGR 6.0.3;

(c) as letras X, Y, or Z, designam o (s) grupo (s) de embalagem para o qual o tipo de projeto foi testado
com sucesso:

•X para Grupo de Embalagem I (estas embalagens podem ser usadas para artigos ou substâncias de
Grupos de Embalagem I, II e III; ou

•Y para Grupo de Embalagem II (estas embalagens podem ser usadas para artigos ou substâncias de
Grupos de Embalagem II e III; ou

•Z para Grupo de Embalagem III (estas embalagens podem ser usadas para artigos ou substâncias de
Grupos de Embalagem III somente;

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UNIDADE 6

MARCAÇÕES
E ETIQUETAGENS

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Marcações
Todas as marcas devem ser colocadas nas embalagens de forma que não sejam cobertas ou
obstruídas por qualquer parte ou elemento da embalagem ou qualquer outra etiqueta ou marca.
[175.257(a)] (E2.2.1).

As marcas nos volumes requeridas por E2.1: (E2.2.2)


(a) devem ser duráveis e impressas, ou de outra forma marcadas ou fixadas, na superfície externa do
volume;
(b) devem estar prontamente visíveis e legíveis;
(c) devem ser capazes de resistir à exposição a intempéries sem reduzir substancialmente sua
eficácia;
(d) devem ser exibidas em um fundo de cor contrastante; e
(e) não podem ser aplicadas junto a outras marcas de volumes que possam reduzir substancialmente
a sua eficácia. [175.257(b)].

Cada embalagem contendo artigos perigosos deve ser claramente marcada no sentido de exibir:
- o Nome apropriado para embarque;
- o número UN ou ID aplicável;
- nome e endereço completo do expedidor e destinatário.

Exemplo de marcações:

Nome apropriado para embarque : Tinta


Número UN : UN 1263
Nome e endereço completo do expedidor : 123 Quimica S/A – Rua do Sobral, 23
Tijuca – Rio de Janeiro – RJ - Brasil
CEP 23456-789
Nome e endereço completo do destinatário : Astra Ltda. – Rua Bela, 45 – Belém --- PA --
Brasil – CEP – 34567-897

TINTA UN 1263 QTD LIQ 10 L

EXPEDIDOR
123 Química S/A
Rua do Sobral, 23
Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – Brasil
CEP 23456-789

DESTINATÁRIO
Astra Ltda. – Rua Bela, 45
Belém – PA – Brasil
CEP 34567-897

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Em Complementação
Cada volume com massa bruta que exceda 50 kg deve ter sua massa bruta permitida marcada de
forma legível e durável na parte externa da embalagem (E2.4.5.2).

Requisitos especiais de marcação para gás liquefeito refrigerado (E2.4.6).

A posição vertical de cada volume deve ser indicada de forma destacada ou pela etiqueta de
“Orientação de volume” (Figura E-29) ou por etiquetas de orientação de volume previamente
impressas que satisfaçam às mesmas especificações da Figura E-29 ou da norma ISO 780:1997. A
etiqueta deve ser fixada ou impressa em pelo menos dois lados verticais opostos do volume com as
setas apontando para a direção correta. A inscrição “MANTENHA NA POSIÇÃO VERTICAL” deve ser
colocada em intervalos de 120° ao redor do volume ou em cada um de seus lados. Os volumes devem
ser claramente marcados com “NÃO DEIXE CAIR – MANUSEIE COM CUIDADO”. (E2.4.6.1).

Requisito especial de marcação para gelo seco (E2.4.7).

A massa líquida do dióxido de carbono (gelo seco) deve ser marcada em qualquer volume que
contenha a substância (E2.4.7.1)

Requisito especial de marcação para substância biológica, Categoria B (E2.4.8).

Volumes contendo substância biológica, Categoria B, embalada conforme a Instrução de Embalagem


650 das Instruções Técnicas devem ser marcados com “Substância biológica, Categoria B”, em
português, ou “Biological substance, Category B”, em inglês (E2.4.8.1).

Se uma embalagem contém material radioativo:


Uma embalagem tipo “A” deve ser marcada no lado de externo da embalagem com “TIPO A” ou
“TYPE A”. Se o peso bruto for acima de 50 kg, isto também deverá constar no lado externo da
embalagem. (DGR 10.7.1.3.1 e 10.7.1.3.4).
Uma embalagem Tipo “B” deve ser marcada no lado externo da embalagem com “TIPO B(U)” ou
“TYPE B(M)” juntamente com uma marcação de identificação alocada para a configuração e um único
número de série identificando cada embalagem que se ajuste àquela configuração. Além disso, se o
peso bruto for acima de 50 kg, isto também deverá constar no lado externo da embalagem (DGR
10.7.1.3.1 e 10.7.1.3.5);

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Volumes contendo substâncias que apresentam perigo para o meio ambiente (UN 3077 e
UN 3082) devem ser marcados de forma durável com a marca de substância perigosa para o meio
ambiente e também devem possuir a etiqueta de perigo da Classe 9.

Se uma embalagem contém artigos perigosos sendo transportados sob provisões de “Quantidade
Limitada” (Limited Quantity), isto é, usando-se a Instrução de embalagem “Y”: A seguinte marca
deverá ser exibida:

Exceto se as marcas e etiquetas representativas de todos os artigos perigosos contidos na


sobrembalagem estiverem visíveis, sobrembalagens contendo artigos perigosos embalados em
quantidade limitada devem:
(a) ser marcadas com a palavra “SOBREMBALAGEM”, com letras de, no mínimo, 12 mm de altura;
(b) ser marcadas com as outras marcas requeridas por este item C4; e
(c) ser etiquetadas conforme requerido por este item C4.

IS nº 175-001 Revisão H
Requisitos especiais de marcação para baterias de lítio.
Volumes contendo células ou baterias preparadas de acordo com a Seção II das Instruções de
Embalagem 965 a 970 e Seção IB das Instruções de Embalagem 965 e 968 das Instruções Técnicas
devem ser marcados conforme apresentado na Figura E-3.(E2.4.16.1).

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A marca deve indicar: (E2.4.16.2).
(a) o número UN apropriado precedido pelas letras “UN”, da seguinte maneira:
(1)(i) “UN 3090” para células ou baterias de lítio metálico;
(ii) “UN 3480” para células ou baterias de íon lítio;
(iii) “UN 3091” para células ou baterias de lítio metálico contidas em equipamento ou embaladas com
equipamento; ou
(iv) “UN 3481” para células ou baterias de íon lítio contidas em equipamento ou embaladas com
equipamento.
(2) Quando um volume contiver células ou baterias de lítio atribuídas a diferentes números UN, todos
os números UN aplicáveis devem ser indicados em uma ou mais marcas; e (b) um número de telefone
para informações adicionais.
A marca deve ser na forma de um retângulo ou um quadrado com borda hachurada. O símbolo (grupo
de baterias, uma danificada e emitindo chamas, acima do número UN para células ou baterias de íon
lítio ou lítio metálico) deve ser preto em fundo branco. A borda hachurada deve ser vermelha. A marca
deve ter dimensão mínima de 100 mm de largura por 100 mm de altura e a largura mínima do
hachurado deve ser de 5 mm. Se o tamanho do volume assim o requerer, as dimensões e espessura
das linhas podem ser reduzidas para não menos do que 105 mm de largura por 74 mm de altura.
Quando as dimensões não forem especificadas, todos os elementos devem estar em proporções
aproximadas àquelas mostradas na marca de tamanho adequado (Figura E-3) (E2.4.16.3).
Volumes contendo células ou baterias de lítio que cumpram com os requisitos da Seção IB das
Instruções de Embalagem 965 ou 968 das Instruções Técnicas devem apresentar tanto a marca de
bateria de lítio (Figura E-3) quanto a etiqueta de perigo de bateria de lítio, Classe 9 (E2.4.16.4).

Marca e etiqueta de bateria de lítio, Classe 9

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Tipos de etiquetas

Existem dois tipos de etiquetas:

a) etiquetas de risco, que são requeridas para a maioria dos artigos perigosos em todas as classes; e
b) etiquetas de manuseio, que são requeridas sozinhas ou juntamente com etiquetas de risco para alguns
artigos perigosos.

Etiquetas de risco são requeridas para todas as embalagens contendo artigos ou substâncias perigosas, com
raras exceções. Por exemplo, material magnetizado requer uma etiqueta e manuseio especial “Material
Magnético” e um “Veículo movido à bateria” (UN 3171) não requer etiquetas de risco da classe 9 quando a
Provisão A87 é aplicada.

Etiquetas de risco devem estar em conformidade com as dimensões mínimas de 100 x 100 mm, exceto para
etiquetas de substâncias infecciosas. Devem estar ajustadas em um ângulo de 45º (formato de diamante).

Etiquetas de risco têm que ter dimensão mínima de 100 x 100 mm

A (s) etiqueta (s) de risco requerida (s) para cada item é especificada na Coluna 4 da IS 175-001 Revisão H da
Tabela C-1 da Lista de Artigos Perigosos.

Nota: a única etiqueta de risco que pode ser suas dimensões reduzidas é a de substâncias infecciosas.

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Etiquetagens proibidas

Embalagens cilíndricas e outras embalagens finas devem ser de dimensão periférica tal que uma
etiqueta não se sobreponha.

Setas para outros fins que não sejam a de indicar a orientação adequada da embalagem, não devem
ser mostradas em embalagens contendo artigos perigosos líquidos.

Fixação das etiquetas

Os seguintes requerimentos se aplicam para as etiquetas:

a) as etiquetas devem ser seguramente afixadas ou impressas na embalagem de maneira que sejam
facilmente visíveis e legíveis e não obscurecidas por quaisquer partes ligadas à embalagem ou por
qualquer outra etiqueta ou marca;

b) cada etiqueta deve ser afixada ou impressa sobre um fundo de cor contrastante ou ter um sólido
limite externo por linha pontilhada.

c) etiquetas não devem ser dobradas ou afixadas de maneira tal que partes da mesma etiqueta
apareçam em lados diferentes da embalagem;

d) se a embalagem for de formato irregular tal que uma etiqueta não possa ser afixada, é aceitável
anexá-la na embalagem por meio de “tags” resistentes.

e) a embalagem deve ser de tamanho tal que exista espaço adequado para afixar todas as etiquetas
requeridas.

Localização das etiquetas

Quando as dimensões da embalagem forem adequadas, as etiquetas devem ser afixadas na mesma
superfície da embalagem, próximo ao nome apropriado para expedição.

Etiquetas devem ser afixadas próximas ao nome e endereço do expedidor e do destinatário exibidos
na embalagem.

Quando etiquetas de risco primário e secundário forem requeridas, elas devem ser afixadas próximas
uma da outra.

Quando diferentes itens de artigos perigosos forem embalados na mesma embalagem externa e
exigirem múltiplas etiquetas de risco, elas devem ser afixadas próximas uma da outra.

A menos que as dimensões da embalagem sejam inadequadas, etiquetas de risco devem ser afixadas
em um ângulo de 45°.

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Risco único

Apenas uma etiqueta será afixada na embalagem quando o produto apresentar apenas uma
característica perigosa.

IODETO DE ACETILA, UN 1898 QTD LIQ 1L

EXPEDIDOR
ABC S/A
AVENIDA BRASIL, 999 – MACAÉ –
RIO DE JANEIRO – BRASIL CEP 21887-000
DESTINATÁRIO
BCA S/A
RUA DOS SÁBIOS, 333 – RIO DE JANEIRO –
BRASIL – CEP 21922-922

4G/X5/S/08/BR/8231

O texto que indica a natureza de risco pode ser acrescentado na metade inferior da etiqueta de risco,
mas não é obrigatório, exceto para substâncias infectantes (Divisão 6.2) e material radioativo (Classe 7),
a
menos que exista variação do país ou operador que exija um texto. O texto, quando inserido, deverá estar
escrito em inglês quando o transporte for internacional, e em português quando o transporte for
doméstico.

Rev. mar 2022 Página 76


Riscos múltiplos

Artigos Perigosos que apresentam mais do que um risco, requerem uma etiqueta de risco secundário. As
etiquetas que indicam o perigo principal e subsidiário devem exibir o número da classe ou divisão no seu
vértice inferior (DGR 7.2.3.2). A seguir, um exemplo de marcação e etiquetagem.

ACETATO DE ALILA, UN 2333 QTD LIQ 1L

ABC LTDA.
Rua da Praia, 55 – Barra da Tijuca -- Rio de Janeiro
Brasil – CEP 22345-987

CBA S/A
Av. das Sombras, 200 –
Macaé – Rio de Janeiro – RJ - Brasil – CEP 254560789
Brasil – CEP 25456-789

4C/X10/S/XX
BRA/B2402

Etiquetas de manuseio

Estas etiquetas fornecem informações relativas ao manuseio e armazenamento de artigos perigosos.

Elas são ilustradas em DGR 7.4.1 a 7.4.8 e são usadas como se segue:

Etiqueta de “Material Magnetizado”

Para ser usada quando especificado na Coluna E da Lista de Artigos Perigosos. Veja DGR
7.2.4.1 e 7.4.1 para especificações da etiqueta.

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Etiqueta “Somente em Aeronave de Carga” (Cargo Aircraft Only):

Para ser usada quando a mercadoria só puder ser transportada em aeronave cargueira, (veja
DGR 4.2, Colunas K, e L).

Etiqueta “Contém Líquido Criogênico”

Para ser usada adicionalmente à etiqueta da divisão 2.2 nas embalagens e sobre-embalagens
contendo líquidos criogênicos. Isto se aplica para todos os itens que estiverem usando a
instrução de embalagem 202. A etiqueta realça que o gás pode fluir do dispositivo de ventilação
em virtude de ser muito frio, resultando numa condensação de vapor d’água no ar que pode
parecer fumaça. Este fenômeno é normal e não é perigoso.

Nota:

O aviso “Cuidado – pode causar ferimentos por queimadura pelo frio se derramar ou vazar” são
opcionais e podem ser incluídas na etiqueta.

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Etiquetas de Orientação (Este Lado Para Cima)

Quando etiquetas de orientação de embalagem “Este Lado para Cima” (this way up) forem requeridas,
no mínimo duas dessas etiquetas devem ser utilizadas. As etiquetas devem ser afixadas em lados
opostos da embalagem, com as setas indicando a posição vertical.

Estas etiquetas devem ser usadas em embalagens combinadas ou sobrembalagens contendo


substâncias
líquidas. Observe as classes e divisões que não requerem esta etiqueta.

Etiqueta “Manter Longe do Calor”:

Esta etiqueta aplica-se a embalagens e sobrembalagens contendo substâncias auto-reativas


da Divisão 4.1 e Divisão 5.2, Peróxidos Orgânicos.

Nota:

A existência de uma etiqueta de manuseio “Mantenha Afastado de Calor” em uma embalagem ou


sobrembalagem não indica automaticamente que o embarque contém artigos perigosos. Muitos
produtos que não são classificadoscomo artigos perigosos podem ter esta etiqueta de manuseio
aplicada.

Rev. mar 2022 Página 79


Etiqueta de “Material Radioativo – Volume Exceptivo”
Esta etiqueta deve ser afixada em todas os volumes exceptivos de material radioativo.

Identificação das ULD’s (unit load devices) Contendo Artigos Perigosos (DGR 9.3.8)
Cada ULD (PALLET ou CONTAINER) contendo artigos perigosos que requerem etiqueta de risco deve
apresentar claramente no seu exterior uma indicação de que artigos perigosos encontram-se contidos dentro da
ULD, a menos que estas etiquetas de risco estejam bem visíveis. Esta indicação deve consistir em prender à
ULD uma etiqueta de identificação (tendo nas bordas, em todos os lados, linhas vermelhas com dimensões
mínimas de 148 mm x 210 mm. A classe primária e subsidiária de periculosidade ou divisão de tais artigos
perigosos deve estar visivelmente indicada nesta etiqueta. A etiqueta deve ser retirada da ULD logo após a
remoção dos artigos perigosos.

Caso a ULD contenha embalagens com a etiqueta SOMENTE EM AERONAVE DE CARGA esta etiqueta deve
estar visível ou a etiqueta de identificação deve indicar que a ULD somente pode ser carregada numa aeronave
de carga (DGR 9.3.8.2).

Nota:A “tag” apresentada não está na sua dimensão real.

O expedidor é responsável pela etiquetagem das embalagens ou sobrembalagens que contenham


artigos perigosos.

O operador de transporte aéreo é responsável pela substituição das etiquetas que se destacarem ou
se tornarem não identificáveis durante o transporte.

Rev. mar 2022 Página 80


UNIDADE 7

DOCUMENTAÇÃO

Rev. mar 2022 Página 81


Documentações requeridas

Requisitos gerais – Documentação requerida (5.2)

Uma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos deve ser preenchida pelo expedidor para cada
remessa de artigos perigosos, exceto conforme mencionado em (5.2.2).
Os artigos ou substâncias listados a seguir não requerem uma Declaração do Expedidor para Artigos
Perigosos: (5.2.2).

a) UN 3164, Artigos pressurizados hidráulicos (ver Instrução de Embalagem 208(a));


b) UN 3164, Artigos pressurizados pneumáticos (ver Instrução de Embalagem 208(a));
c) UN 3373, Substância biológica, Categoria B (ver Instrução de Embalagem 650);
d) UN 1845, Dióxido de carbono, sólido (Gelo seco) quando usado como refrigerante para outros
produtos que não sejam artigos perigosos (ver Instrução de Embalagem 954(c));
e) artigos perigosos em quantidades excetuadas;
f) UN 3254 Organismos geneticamente modificados, Microrganismos geneticamente modificados (ver
Instrução de Embalagem 959);
g) células ou baterias de íon lítio ou lítio metálico de acordo com as provisões da Seção II das
Instruções de Embalagem 965-970;
h) UN 2807, Material magnetizado (ver Instrução de Embalagem 953); e
i) material radioativo, volumes exceptivos (RRE) (ver item A6.1.5 da IS nº 175-001).

Requisitos gerais – Responsabilidades do expedidor (5.3)

Provisão de informações (5.3.1)

O expedidor é responsável por fornecer informações aplicáveis a uma remessa de artigos perigosos
para o operador aéreo, de acordo com o estabelecido no RBAC nº 175 e nesta IS. A informação
poderá ser fornecida em uma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos impressa ou, quando
houver acordo com o operador aéreo, por técnicas de transmissão PED (Processamento Eletrônico
de Dados) ou IED (Intercâmbio Eletrônico de Dados), para todas as remessas contendo artigos
perigosos conforme definidos pelo RBAC nº 175, exceto nos casos em que esteja claro que uma
Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos não é requerida. Para cada remessa contendo
artigos perigosos, o expedidor deve:
a) usar somente o formulário adequado da maneira correta;
b) garantir que a informação presente no formulário seja precisa, fácil de identificar, legível e durável;
c) garantir que o formulário está devidamente assinado quando a remessa for apresentada para o
operador para expedição; e
d) garantir que a remessa foi preparada de acordo com o RBAC nº 175 e/ou com a IS nº 175-001.

Retenção da documentação (5.3.2)

O expedidor deve reter uma cópia da Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos e informações
e documentações adicionais conforme especificado na regulamentação por um período de 3 (três)
meses (5.3.2.1)

Quando os documentos forem mantidos de forma eletrônica ou em um sistema computadorizado, o


expedidor deve ser capaz de reproduzi-los em forma impressa (5.3.2.2).

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Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos – Especificação (5.4)
Formato e idioma (5.4.1)

Os formulários de Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos deveriam ser impressos nos
formatos apresentados pelo item 5.10 desta IS, mantendo sua redação nos padrões dos termos e
nomenclaturas definidas pelo RBAC nº 175 e pela IS nº 175-001. Adicionalmente, se requerido, o texto
em inglês pode ser suplementado com uma tradução precisa para outro idioma. O espaçamento de
colunas e caixas que estejam presentes nos campos de “Natureza e Quantidade de Artigos Perigosos”
e delineado por linhas tracejadas pode ser alterado para acomodar os requisitos de expedidor
(5.4.1.1).

Os formulários de Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos gerados por um sistema


computadorizado deveriam estar conforme os requisitos deste item 5.4 e devem conter as informações
requeridas para o tipo de expedição e limitações de aeronave (5.4.1.2).

Cores (5.4.2)

5.4.2.1 O formulário da Declaração do Expedidor para Artigos Perigoso pode ser impresso em preto e
vermelho sobre papel branco, conforme modelos apresentados pelo item 5.10, ou pode ser impresso
somente em vermelho sobre papel branco. As linhas diagonais impressas verticalmente nas margens
esquerda e direita deveriam ser impressas em vermelho (5.4.2.1).

Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos - Princípios gerais para o preenchimento (5.5)

Idioma (5.5.1)

Para o transporte internacional, o formulário da Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos


deveria ser preenchido em inglês. A redação em inglês pode estar acompanhada de tradução precisa
para outro idioma.(5.5.1.1).

5.5.1.2 Para o transporte doméstico, o formulário da Declaração do Expedidor para Artigos perigosos
pode estar preenchido somente em português.

Número de vias (5.5.3)

Quando um documento impresso for usado, o expedidor deve fornecer 2 (duas) vias da Declaração do
Expedidor para Artigos Perigosos preenchidas e assinadas, contendo assinatura conforme
especificado no item 5.7.1, para apresentação ao operador aéreo junto da expedição. Uma via
assinada deve ser retida pelo operador aéreo que realizar a aceitação. A outra via deve ser
encaminhada junto com a remessa até o seu destino. Uma das vias, incluindo a assinatura, pode estar
em cópia de carbono. (Ver item 5.7.1) (5.5.3.1).

Se um formulário de declaração não contiver espaço suficiente no campo de “Natureza e Quantidade


de Artigos Perigosos” para acomodar todas as informações requeridas, páginas adicionais (que devem
possuir bordas hachurada vermelhas) podem ser usadas. Nesse caso, cada página adicional deve
conter: (5.5.5.1)

a) o número da página e o total de páginas; e

b) o número do conhecimento aéreo (CT-e ou AWB).

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Alterações e correções (5.5.6)

O operador não aceitará um formulário de declaração que foi alterado ou corrigido, a não ser que a
alteração ou correção a um campo tenha sido assinada pelo expedidor com a mesma assinatura utilizada
para assinar o documento. As alterações do “Número do Conhecimento Aéreo”, do “Aeroporto de Origem” e
do “Aeroporto de Destino” são desconsideradas nesta provisão (5.5.6.1).

Um campo preenchido com uma caligrafia diferente, impressão diferente ou em uma combinação entre
escrita à mão e impressão não é considerado como uma alteração ou correção (5.5.6.2).

Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos – Nome apropriado para embarque (5.6)

Cada artigo ou substância oferecido para transporte deve ser declarado pelo seu “Nome Apropriado para
Embarque”. O nome apropriado para embarque é considerado como aquele que descreve de forma mais
precisa os artigos perigosos da Lista de Artigos Perigosos (Tabela C-1 da IS nº 175-001) e é mostrado em
negrito. O nome apropriado para embarque na descrição dos artigos perigosos deve ser suplementado
conforme explicado nos itens 5.6.1 a 5.6.8, conforme aplicável (5.6.1).

Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos – Outros requisitos (5.7)

Assinatura (5.7.1)

O formulário de declaração deve ser assinado e datado pelo expedidor ou representante designado
conforme descrito a seguir. Uma assinatura escrita por digitação em computador não é aceitável. É
aceitável que pessoas ou organizações (incluindo consolidadores e agências de carga) contratadas pelo
expedidor para agirem em seu nome assumam suas responsabilidades no preparo da remessa, desde que
estes estejam treinados de acordo com o estabelecido na IS nº 175-002 para assinar a Declaração do
Expedidor para Artigos Perigosos (5.7.1.1).

Caso a Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos seja apresentada para o operador aéreo por meio
de técnicas de PED (Processamento Eletrônico de dados) ou IED (Intercâmbio Eletrônico de Dados), a(s)
assinatura(s) pode(m) ser assinatura(s) eletrônica(s) ou podem ser substituídas pelo(s) nome(s), em letras
maiúsculas, da pessoa autorizada a assinar. Quando uma remessa original é reexpedida para um operador
aéreo que requeira documentação em papel, o operador aéreo deve garantir que tal documento seja
produzido nos formatos definidos pelos Apêndices A a D desta IS. A Declaração do Expedidor para Artigos
Perigosos deve indicar o texto “Original recebido por via eletrônica”, em letras maiúsculas, ao lado da
assinatura e do nome do signatário (5.7.1.2).

Artigos não classificados como artigos perigosos (5.7.3)

O operador aéreo pode requerer que o expedidor certifique que uma expedição não contenha artigos
perigosos, caso o expedidor declare que a mesma não é assim classificada. Nesse caso, o operador aéreo
pode também requerer que o expedidor possua uma confirmação de uma autoridade indicada pelo
operador aéreo (5.7.3.1).

Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos - Instruções gerais de preenchimento (5.8)

A Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos deve ser preenchida estritamente de acordo com as
instruções a seguir. Campos do “Número do Conhecimento Aéreo”, “Aeroporto de Origem” e “Aeroporto de
Destino” podem ser inseridos ou alterados tanto pelo expedidor, seus agentes, ou pelo operador aéreo que
realizar a aceitação. Entretanto, todas as outras informações devem ser preenchidas somente pelo
expedidor ou pessoas ou organizações contratadas pelo expedidor para agir em seu nome, assumindo
suas responsabilidades (5.8.1)

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O expedidor pode preencher a Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos de forma manual ou
eletrônica (5.8.2).

Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos - Instruções detalhadas de preenchimento


(5.9)

Expedidor (5.9.1)

Preencher com o nome e endereço completo do expedidor (5.9.1.1).

Nota: o nome e endereço do expedidor que aparecem na Declaração do Expedidor para Artigos
Perigosos podem diferir daqueles mostrados no conhecimento aéreo.

Consignatário (5.9.2)
Preencher com o nome e endereço completo do consignatário. Nota: o nome e endereço do
consignatário que aparecem na Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos podem diferir
daqueles mostrados no conhecimento aéreo (5.9.2.1).

Para remessas que contenham materiais radioativos é recomendável que o número de telefone do
consignatário seja incluído, visando facilitar a pronta liberação da remessa no aeroporto de destino
(5.9.2.2).

Número do Conhecimento Aéreo (5.9.3)


Preencher com o número do Conhecimento Aéreo (CT-e ou AWB) que será anexado junto à
Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos. Esse campo pode ser preenchido ou alterado pelo
expedidor, seus agentes ou pelo operador aéreo ou seu agente de handling. No caso de uma remessa
consolidada internacional, preencher com o número do House Air Waybill após o número do Air Waybill
separado por “/” (5.9.3.1).

Página ... de ... Páginas (5.9.4)

Preencher com o número da página e o número total de páginas ou “Página 1 de 1 Páginas” se não
houver páginas adicionais (5.9.4.1).
Detalhes de Transporte (5.9.5)

Em uma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos pré-impressa, o expedidor deve apagar o
campo “Aeronave de Passageiros e Carga” ou o campo “Aeronave Somente de Carga” para indicar se
a expedição está preparada para cumprir com as limitações descritas para aeronaves de passageiros
e carga ou com as limitações de aeronaves somente de carga. Quando uma Declaração do Expedidor
para Artigos Perigosos for gerada por um sistema de computador, é suficiente que somente uma das
duas informações seja mostrada, ou seja, aceita-se que seja impresso apenas o campo “Aeronave de
Passageiros e Carga” ou o campo “Aeronave Somente de Carga” (5.9.5.1).

Quando o número da instrução de embalagem e a quantidade permitida por volume são idênticos para
aeronaves de passageiros e para aeronaves de carga, a limitação “Aeronave Somente de Carga” não
deve ser utilizada. A etiqueta de manuseio “Aeronave Somente de Carga” não deve ser usada para
volumes preparados de acordo com as limitações de aeronaves de passageiros, mesmo que esteja
em uma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos marcada como “Aeronave Somente de
Carga”, devido a outros artigos perigosos da consolidação (5.9.5.2).

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Quando uma remessa consistir de embalagens de recuperação contendo artigo perigoso
restrita ao transporte em aeronaves cargueiras, a Declaração do Expedidor para Artigos
Perigosos deve conter a indicação “Aeronave Somente de Carga” (5.9.5.3).

Aeroporto de origem (5.9.6)

Preencher com o nome completo do aeroporto ou cidade de origem, que pode ser alterado
ou corrigido pelo expedidor, seus agentes ou pelo operador aéreo ou seu agente de
handling (5.9.6.1).

Nota: essa informação é opcional e pode ser deixada em branco.

Aeroporto de destino (5.9.7)

Preencher com o nome completo do aeroporto ou cidade de destino, que pode ser alterado ou
corrigido pelo expedidor, seus agentes ou pelo operador aéreo ou seu agente de handling.

Nota: essa informação é opcional e pode ser deixada em branco.

Tipo de expedição (5.9.8)

Em uma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos pré-impressa, o expedidor deve apagar
“Radioativo” para indicar que a expedição não contém material radioativo ou apagar “Não Radioativo”
para indicar que a expedição contém material radioativo (5.9.8.1)

Quando uma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos for gerada por um sistema
de computador, é suficiente que somente uma das duas informações seja mostrada, ou
seja, aceita-se que seja impresso apenas o campo “Radioativo” ou o campo “Não
Radioativo” (5.9.8.2).

Material radioativo não deve ser incluído no mesmo formulário de declaração que outros
artigos perigosos, exceto Dióxido de carbono, sólido (gelo seco) quando utilizado como
refrigerante ou quando outros artigos perigosos estiverem contidos no mesmo artigo.
Quando Dióxido de carbono, sólido (gelo seco) for utilizado com refrigerante para
material radioativo ou outros artigos perigosos estiverem contidos no mesmo artigo, esses
itens devem estar descritos na mesma Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos
que os materiais radioativos. (5.9.8.3).

Esse item não se aplica a volumes exceptivos de material, exceto para os quais os
requisitos de documentação aplicáveis se encontram no item E1.2.4.2 da IS nº 175-001 (5.9.8.4).

Natureza e quantidade de artigos perigosos não radioativos 5.9.9.1 As instruções a seguir se aplicam
somente a remessas que não contenham materiais radioativos. Para remessas contendo materiais
radioativos, ver item 5.9.10 (5.9.9).

As informações devem ser preenchidas estritamente de acordo com as instruções a seguir. Cada
sequência de informações deve estar claramente separada ou identificada. 5.9.9.3 Primeira sequência
– Identificação A Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos deve conter as seguintes
informações para cada objeto ou substância descrito. As informações devem estar na ordem descrita
sem nenhuma informação intercalada, exceto quando permitido: (5.9.9.2)

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a) Passo 1. Número UN ou ID precedido pelas letras “UN” ou “ID”, conforme o caso.

b) Passo 2. Nome apropriado para embarque, conforme determinado pelo item 5.6 desta IS, incluindo
o nome técnico entre parênteses, conforme o caso (ver C1.2.7 da IS nº 175-001).

c) Passo 3. A classe ou a divisão do perigo primário, incluindo, para a Classe 1, a letra do grupo de
compatibilidade.

d) Passo 4. O(s) número(s) da(s) classe(s) ou da(s) divisão(ões) de perigo secundário,


correspondente(s) à(s) etiqueta(s) de perigo secundário, quando houver, deve(m) ser preenchido(s)
após a classe ou divisão de perigo primário e deve(m) estar entre parênteses.

Nota: um perigo secundário deve ser preenchido quando uma etiqueta de perigo secundário for
requerida por uma provisão especial ou requerida para substâncias autorreagentes da Divisão 4.1 e
da Divisão 5.2. As palavras “Classe’ ou “Divisão” podem ser incluídas precedendo os números da
classe ou da divisão de perigo secundário.

e) Passo 5. O grupo de embalagem aplicável para o objeto ou substância, que pode ser precedido por
”GE” (p. ex., “GE II”). Para estojos químicos e estojos de primeiros socorros, o grupo de embalagem
mais restritivo das substâncias contidas no estojo.
Para amostras transportadas de acordo com a provisão do item B0.5 da IS nº 175-001, o grupo de
embalagem mais restritivo para o nome apropriado para embarque.

Nota: independentemente de ser requerido a um volume ter uma performance de um grupo de


embalagem superior, para os propósitos de identificação e documentação, o grupo de embalagem
mostrado na Lista de Artigos Perigosos se aplica e deve ser usado ao preencher a Declaração do
Expedidor para Artigos Perigosos. Exemplos desse preenchimento são:

• UN 2683, Sulfeto de amônio solução, 8 (3, 6.1), II

• UN 2683, Sulfeto de amônio solução, Classe 8 (Classe 3, Divisão 6.1), GE II

5.9.9.4 Segunda Sequência – Número e Tipo de Embalagens, Quantidade de Artigos Perigosos

a) Passo 6. Número de volumes (do mesmo tipo e conteúdo), seu tipo de embalagem (ex.: “1 caixa de
papelão”, “3 tambores de aço”, “quatro IBC compostos” etc.) e:

I. a quantidade líquida de artigos perigosos em cada volume (por volume ou peso, conforme
apropriado) deve ser indicada para cada item de artigo perigoso que possua um diferente nome
apropriado para embarque, número UN/ID ou grupo de embalagem. Abreviaturas podem ser utilizadas
para especificar a unidade de medida para a quantidade. Para volumes que contenham os mesmos
artigos perigosos e quantidades por volume, um múltiplo da quantidade pode ser usado. Por exemplo:

• UN 1263, Tinta, 3, PG II, 5 caixas de papelão x 5 L


Remessa composta por embalagens de diferentes quantidades do mesmo artigo perigoso deve ser
claramente identificada. Por exemplo:

• UN 1263, Tinta, 3, PG II, 5 caixas de papelão x 5 L, 10 caixas de


papelão x 10 L
Códigos de embalagem ONU só podem ser utilizados para complementar a descrição do tipo de
embalagem (ex.: um tambor de aço (1A1)).

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Para quantidades limitadas, onde a letra “G” segue a quantidade na Lista de Artigos Perigosos e para
as remessas realizadas conforme as disposições da Seção IB da Instrução de Embalagem 965 (UN
3480, Baterias de íon lítio) e da Instrução de Embalagem 968 (UN 3090, Baterias de lítio metálico) das
Instruções Técnicas, a massa bruta de cada volume deve ser indicada ao invés da quantidade líquida
(exceto quando houver diferentes artigos perigosos embalados em uma mesma embalagem externa,
que nesse caso deve ser descrita como mostrado no item 5.9.9.4 a) IV;

II. embalagens de contenção vazias que contenham resíduo de artigos perigosos, que não sejam da
Classe 7, devem ser descritas como tal, por exemplo, colocando as palavras “Vazia e não limpa” ou
“Resíduos do último conteúdo” antes ou depois da descrição dos artigos perigosos especificada em
5.9.9.3.
Não há requisito para mostrar a quantidade, apenas o número e tipo de
embalagem;

III. para artigos perigosos em maquinaria e aparelhos, as quantidades totais individuais de artigos
perigosos em estado sólido, líquido ou gasoso contidas no objeto devem ser preenchidas;

IV. para artigos perigosos em quantidades limitadas com limite de até 30 kg G naLista de Artigos
Perigosos e para as remessas realizadas conforme as disposições da Seção IB da Instrução de
Embalagem 965 (UN 3480, Baterias de íon lítio) e da Instrução de Embalagem 968 (UN 3090,
Baterias de lítio metálico) das Instruções Técnicas, quando houver diferentes artigos perigosos
embalados em uma mesma embalagem externa, a quantidade líquida de cada artigo perigoso deve
ser preenchida. A massa bruta do volume completo deve ser preenchida após o valor de Q (ver
Apêndice G desta IS);

V. para estojos químicos e estojos de primeiros socorros, a massa líquida total, incluindo a unidade de
medida, de artigos perigosos contida em cada volume de artigos perigosos deve ser preenchida.
Quando os estojos contiverem sólidos e/ou líquidos, a massa líquida dos líquidos dentro dos estojos
deve ser
calculada na relação de 1:1 de seu volume, ou seja, 1 litro igual a 1 quilograma;

VI. quando dois ou mais artigos perigosos estiverem embalados na mesma embalagem externa, as
palavras “Todos embalados em um(a) (descrição do tipo de volume)” devem constar imediatamente
após as entradas relevantes. Se a expedição contiver mais de um volume e cada um contiver a
mesma seleção e quantidades de itens de consumo compatíveis, então as palavras que constam
imediatamente após as entradas relevantes devem ser: “Todos embalados em um(a) (inserir a
descrição do tipo de volume) x .... (inserir o número atual de volumes)”;

VII. quando dois ou mais artigos perigosos as substâncias estiverem embalados na mesma
embalagem externa, em conformidade com o item C4.3.3 ou D1.1.9(e) da IS nº 175-001, o valor de
“Q” arredondado para a primeira casa decimal acima;

Nota: o valor de “Q” não precisa ser mostrado na Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos
para dióxido de carbono, sólido (gelo seco), para artigos perigosos que figurem como “Sem Limite” na
Lista de Artigos Perigosos ou para aqueles que possuam o mesmo número UN, grupo de embalagem
e estado físico.

VIII. para artigos perigosos transportados em embalagens de recuperação, uma estimativa da


quantidade restante deve ser preenchida e as palavras “Embalagem de recuperação” devem ser
incluídas; e

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IX. para artigos explosivos da Classe 1, a quantidade líquida indicada para cada volume deve ser
complementada com a massa explosiva líquida (ver item A3.1.1 da IS nº 175-001s para a definição de
massa explosiva líquida (NEM) ) contida no volume seguida pela unidade de medida. A abreviatura
“NEQ”,
“NEM” ou “NEW” pode ser indicada em associação ao valor fornecido.

- Massa explosiva líquida (NEM). A massa total das substâncias explosivas, sem as
embalagens, revestimentos etc. (quantidade explosiva líquida (NEQ), conteúdos
explosivos líquidos (NEC), ou peso explosivo líquido (NEW) são frequentemente
utilizados para transmitir o mesmo significado).

b) Passo 7. Quando uma sobrembalagem for utilizada, as palavras ”Sobrembalagem utilizada” devem
ser incluídas no formulário de declaração imediatamente após todas as entradas relevantes referentes
aos volumes que estiverem contidos na sobrembalagem. Em tais casos, volumes dentro de
sobrembalagens devem ser listados primeiro.

5.9.9.5 Terceira Sequência – Instruções de Embalagem

a) Passo 8. Número da instrução de embalagem ou da instrução de embalagem para quantidades


limitadas (com o prefixo “Y”). Para expedições de baterias de lítio preparadas de acordo com a Seção
IB da Instrução de Embalagem 965 ou da Instrução de Embalagem 968 das Instruções Técnicas, as
letras “IB” devem ser adicionadas após o número de Instrução de Embalagem.

5.9.9.6 Quarta Sequência – Autorizações

a) Passo 9. Conforme aplicável:

I. O NÚMERO DA PROVISÃO EPECIAL SE A PROVISÃO ESPECIAL FOR: A1, A2, A4, A5,
A51, A78, A190, A191, A201, A202, A208, A211 ou A212;

Nota: outras provisões especiais que tenham sido utilizadas pelo expedidor podem ser inseridas na
coluna de autorizações.

II. uma declaração de que o documento de Aprovação ou Autorização Especial foi anexado ao
formulário de declaração caso a remessa seja expedida sob alguma autorização governamental,
como, por exemplo A1 ou A2. A autorização deve incluir:

• Limitação de quantidade;
• Requisitos de embalagem;
• Tipo de aeronave, caso aplicável; e
• Outras informações relevantes;

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MODELO DE DECLARAÇÃO DO EXPEDIDOR PREENCHIDO PARA MATERIAL NÃO-RADIOATIVO

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MODELO DE DECLARAÇÃO DO EXPEDIDOR PREENCHIDO PARA MATERIAL RADIOATIVO

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Conhecimento Aéreo (E4.2)

Definição: Documento emitido pelo transportador ou agente de carga por meio do qual se estabelece o contrato
entre o expedidor de carga e o transportador para a prestação de serviço de transporte aéreo.

Um conhecimento aéreo deve ser emitido para cada remessa que contenha artigos perigosos. [175.263(a)]
(E4.2.1).

O preenchimento do conhecimento aéreo no transporte doméstico dentro do território brasileiro deve obedecer a
norma específica da ANAC. [175.263(b)] (E4.2.2)

Quando um conhecimento aéreo for emitido para uma remessa para a qual é exigido um documento de
transporte de artigos perigosos, o conhecimento aéreo deve conter uma expressão de forma a indicar que os
artigos perigosos estão descritos em um documento de transporte de artigos perigosos que o acompanha. Um
conhecimento aéreo emitido para uma remessa deve, quando aplicável, indicar que a remessa deve ser
carregada somente em aeronaves de carga. [175.263(c)] (E4.2.3).

Documentação adicional para material não radioativo (E4.3).

Quando artigos perigosos forem expedidos por meio de autorização prevista nas Provisões Especiais A1 ou A2,
eles devem ser acompanhados de uma cópia do(s) documento(s) de aprovação contendo as limitações de
quantidade, os requisitos de embalagem e, no caso de A2, os requisitos de etiquetagem (E4.3.1).

Quando artigos perigosos forem expedidos em tanques portáteis por meio de autorização prevista na Parte S-4,
Capítulo 12 do Suplemento, eles devem ser acompanhados de uma cópia do(s) documento(s) de aprovação
(E4.3.2).

Quando artigos perigosos forem expedidos em embalagens conforme autorizado por D2.8, eles devem ser
acompanhados de uma cópia do(s) documento(s) de aprovação (E4.3.3).

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Quando peróxidos orgânicos e substâncias autorreagentes exigirem uma aprovação antes do início do transporte
conforme B5.3.2.5 ou B4.2.3.2.5, uma cópia da aprovação deve ser anexada ao documento de transporte de
artigos perigosos (E4.3.4)

Quando artigos perigosos forem expedidos sob uma autorização especial (ver A1.1), uma cópia da autorização
especial deve acompanhar a remessa. Quando mais do que um país tiver outorgado uma autorização especial
para uma determinada remessa, os documentos que devem acompanhá-la são as autorizações especiais
outorgadas pelos países de origem, de trânsito (se aplicável) e de destino (E4.3.5)

Retenção de informações sobre o transporte de artigos perigosos (E4.4).

O expedidor deve reter uma cópia do documento de transporte de artigos perigosos, das informações adicionais
e da documentação complementar especificadas no RBAC nº 175 e nesta Instrução Suplementar durante um
período mínimo de três meses. [175.265(a)] (E4.4.1).

Quando os documentos forem mantidos em formato eletrônico ou em um sistema informatizado, o expedidor


deve ser capaz de reproduzi-los em formato impresso. [175.265(b)] (E4.4.2).

Documento de aprovação da embalagem e declaração de conformidade (E4.5).

Os seguintes documentos devem acompanhar o conhecimento aéreo ou devem estar prontamente disponíveis
no momento do embarque, para transporte aéreo nacional e internacional: (E4.5.1)

(a) documento de aprovação da ANAC e a declaração de conformidade emitida pelo fabricante, no caso de
embalagem nacional com marcação UN; ou

(b) documento de embalagem aprovada por outra autoridade de aviação civil ou órgão competente para essa
aprovação, no caso de outras embalagens com marcação UN. [175.267(a)].

No caso de embalagens destinadas ao transporte de artigos perigosos em quantidade limitada, quantidade


excetuada e infectantes da Classe 6, Divisão 6.2, Categoria B (UN 3373), deve-se atender ao previsto em
175.309(d). [175.267(b)] (E4.5.2).

Expedições domésticas

Para expedições domésticas, é necessária a emissão do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e).

Conhecimento de transporte eletrônico – CT-e: documento de existência exclusivamente digital, emitido e


armazenado eletronicamente com o intuito de documentar a prestação do serviço de transporte aéreo doméstico,
com validade jurídica garantida pela assinatura digital do transportador e pela autorização de uso fornecida pela
administração tributária do domicílio do contribuinte.
O CT-e foi desenvolvido, de forma integrada, pelas Secretarias da Fazenda dos Estados – SEFAZ –, pela
Receita Federal do Brasil, pela Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA –, pelos
representantes das transportadoras e pelas Agências Reguladoras do segmento de transporte, dentre elas a
ANAC.

Para acobertar a prestação de serviço de transporte aéreo doméstico pode ser impressa uma representação
gráfica simplificada do CT-e, intitulada Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico – DACTE
–, em papel comum conforme determina o MOC do DACTE.

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O DACTE não é o CT-e, nem o substitui, serve apenas como instrumento auxiliar para o transporte da carga e
para a consulta do CT-e por meio da chave de acesso numérica ali impressa. Permite ao detentor do documento
confirmar a efetiva existência do CT-e, por meio dos sítios das SEFAZ autorizadoras ou Receita Federal do
Brasil, além de visualizar algumas informações importantes para o modo aéreo.

Modelo de DACTE

Obs.: para maiores informações, consulte na íntegra a IS 175-003 da ANAC.

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UNIDADE 8

ARMAZENAGEM E
CARREGAMENTO

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Armazenagem e carregamento [175.357] (G2)

Restrições de carregamento em cabine de comando e em aeronaves de passageiros (G2.1)

Artigos perigosos não podem ser carregados em uma cabine de aeronave ocupada por passageiros
ou em uma cabine de comando de uma aeronave, exceto conforme permitido por A2.2.1 e pelo
Apêndice H e, para material radioativo, em volumes exceptivos conforme 2;7.2.4.1.1 das Instruções
Técnicas ou equivalente em norma da CNEN. [175.359(a)] Artigos perigosos podem ser transportados
num compartimento de carga localizado no piso principal de uma aeronave de passageiros contanto
que esse compartimento cumpra com todos os requisitos de certificação de um compartimento de
carga Classe B ou Classe C. [175.359(b)(1)] Artigos perigosos que possuam a etiqueta “Somente em
aeronave de carga” não podem ser carregados em uma aeronave de passageiros. [175.357(a)(1)].
(G2.1.1)

Artigos perigosos incompatíveis (G2.2)

Segregação (G2.2.1)

Volumes contendo artigos perigosos que possam reagir perigosamente uns com os outros
não podem ser armazenados em uma aeronave próximos uns aos outros ou em uma posição que
permitiria interação entre eles num possível vazamento. [175.361(a)] Como mínimo, o esquema de
segregação apresentado na Tabela G-1 deve se rseguido a fim de manter uma segregação aceitável
entre os volumes contendo artigos perigosos que apresentam diferentes perigos. Aplica-se esse
esquema independentemente de o perigo ser primário ou secundário (G2.2.1.1)

Volumes e sobrembalagens contendo UN 3480, Baterias de íon lítio preparados em


conformidade com a Seção IA oua Seção IB da Instrução de Embalagem 965 e volumes e
sobrembalagens contendo UN 3090, Baterias de íon metálico preparados em conformidade com a
Seção IA ou a Seção IB da Instrução de Embalagem 968 não podem ser armazenados em uma
aeronave próximos a, ou em uma posição que permita interação com, volumes ou sobrembalagens
que contenham artigos perigosos que possuam etiqueta de perigo da Classe 1 (a menos que seja da
Divisão 1.4S), da Divisão 2.1, da Classe 3, da Divisão 4.1 ou da Divisão 5.1 Para manter uma
segregação aceitável entre volumes e sobrembalagens, os requisitos de segregação da Tabela G-1
devem ser seguidos. Osrequisitos de segregação se aplicam com base em todas as etiquetas de
perigo aplicadas no volume ou sobrembalagem, independentemente de o perigo ser primário ou
secundário (G2.2.1.2).

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Nota 1: ver G2.2.2.2 a G2.2.2.4.
Nota 2: esta classe ou divisão não pode ser armazenada junto com explosivos que não sejam da
Divisão 1.4, Grupo de Compatibilidade S.
Nota 3: volumes contendo artigos perigosos com múltiplos perigos na classe ou divisão que requer
segregação de acordo com a Tabela G-1 não necessitam ser segregados de outros volumes que
apresentam o mesmo número UN.
Nota 4: UN 3528, Motores, combustão interna, movidos a líquido inflamável, Motores, células de
combustível, movidos a líquido inflamável, Maquinaria, combustão interna, movida a líquido
inflamável e Maquinaria, células de combustível, movida a líquido inflamável não precisam ser
segregados de volumes contendo artigos perigosos da Divisão 5.1.

Separação de substâncias e artigos explosivos. (G2.2.2)

Somente explosivos da Divisão 1.4, Grupo de Compatibilidade S, são permitidos de serem


transportados em aeronaves de passageiros. Somente os seguintes explosivos podem ser
transportados em aeronaves de carga: (a) Divisão 1.3: grupos de compatibilidade C, G; e (b) Divisão
1.4: grupos de compatibilidade B, C, D, E, G, S. (G2.2.2.1)

A definição de quais explosivos podem ser armazenados juntos em uma aeronave está determinada
por sua “compatibilidade”. Explosivos são considerados compatíveis se puderem ser armazenados
juntos sem que se aumente significativamente a probabilidade de um acidente ou, para uma
determinada quantidade, a magnitude dos efeitos desse acidente. (G2.2.2.2)

Explosivos do Grupo de Compatibilidade S podem ser armazenados com explosivos de outros grupos
de compatibilidade. (G2.2.2.3)

Para explosivos de diferentes divisões e grupos de compatibilidade, o esquema de separação


apresentado na Tabela G-2 deve ser seguido, a fim de manter uma distância aceitável entre os
volumes.

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Carregamento de aeronaves de carga. [175.357(a)(1)] (G2.4.1)

Exceto como previsto em G2.4.1.2, volumes ou sobrembalagens de artigos perigosos que possuam a
etiqueta “Somente em aeronaves de carga” devem ser carregados para o transporte por aeronaves
de carga de acordo com uma das disposições seguintes: (G2.4.1.1)

(a) em um compartimento de carga Classe C;

b) em uma ULD equipada com sistema de supressão / detecção de fogo equivalente àquele requerido
pelos requisitos de certificação de compartimentos de carga Classe C, conforme determinado pela
autoridade nacional apropriada (deve-se indicar “Compartimento Classe C” no rótulo da ULD quando a
autoridade nacional apropriada determinar que essa ULD cumpre com os padrões de um
compartimento de carga Classe C);

(c) de tal maneira que, num evento de emergência envolvendo esses volumes ou sobrembalagens, um
membro da tripulação ou outra pessoa autorizada possa ter acesso aos volumes ou sobrembalagens e
possa manipulá-los e, quando a dimensão e a massa o permitam, separá-los de outras cargas;

(d) como carga externa por um helicóptero; ou

(e) com a aprovação do país do operador aéreo, para operações de helicópteros, na cabine (ver Parte
S-7;2.4 do Suplemento).

Nota: a classificação dos compartimentos de carga está descrita no RBAC nº 25.

Os requisitos de G2.4.1.1(a), (b) ou (c) não se aplicam a: (G2.4.1.2)

(a) líquidos inflamáveis (Classe 3), Grupo de Embalagem III, salvo aqueles com perigo secundário da
Classe 8;

(b) substâncias tóxicas (Divisão 6.1) sem perigo secundário ou com perigo secundário na Classe 3;

(c) substâncias infectantes (Divisão 6.2);

(d) material radioativo (Classe 7);

(e) artigos perigosos diversos (Classe 9);

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(f) UN 3528 – Motores, combustão interna, movidos a líquido inflamável, Motores, células de
combustível, movidos a líquido inflamável, Maquinaria, combustão interna, movida a líquido inflamável
e Maquinaria, células de combustível, movida a líquido inflamável; e

(g) UN 3529 – Motores, combustão interna, movidos a gás inflamável, Motores, células de
combustível, movidos a gás inflamável, Maquinaria, combustão interna, movida a gás inflamável ou
Maquinaria, células de combustível, movida a gás inflamável.

Afixação dos artigos perigosos (G2.4.2)

O operador aéreo deve afixar os artigos perigosos em uma aeronave de tal maneira que
se evite qualquer movimento [175.363(a)]. Para volumes ou sobrembalagens contendo material
radioativo, a afixação deve ser adequada para assegurar que os requisitos de separação de
G2.9 sejam cumpridos a todo momento. [175.363(b). (G2.4.2.1)

Arrumando-se separadamente as embalagens, ou;


Colocando-se cada embalagem com carga não perigosa entre as embalagens incompatíveis.

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Inspeção e descontaminação (G3)

Inspeção contra danos ou vazamentos [175.369] (G3.1)

É responsabilidade do operador aéreo assegurar que um volume ou uma sobrembalagem contendo


artigo perigoso ou um contêiner de carga contendo material radioativo não seja carregado em uma
aeronave ou em uma ULD exceto se tiver sido inspecionado imediatamente antes de ser carregado e
estiver livre de evidências de vazamentos ou de danos. [175.369(a)] (G3.1.1)

Uma ULD não pode ser carregada a bordo de uma aeronave exceto se essa ULD tiver sido
inspecionada e estiver livre de qualquer evidência de vazamentos dos, ou danos aos, artigos
perigosos transportados. [175.369(b)] (G3.1.2)

Volumes ou sobrembalagens contendo artigo perigoso e contêineres de carga contendo material


radioativo devem ser inspecionados em busca de sinais de danos ou vazamentos após seu
descarregamento da aeronave ou ULD. Caso seja encontrada evidência de dano ou vazamento, a
posição onde o artigo perigoso ou ULD estava armazenado na aeronave deve ser inspecionada contra
danos ou contaminação e qualquer outra contaminação perigosa deve ser removida. [175.369(c)]
Responsabilidades especiais de operadores aéreos relacionadas a substâncias infectantes estão
detalhadas em G3.1.4 (G3.1.3)

Funcionário inspecionando material radioativo

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Bagagem ou carga suspeita de contaminação (G3.3)

Se um operador aéreo tiver conhecimento de que uma bagagem ou carga não identificada como
contendo artigos perigosos esteja contaminada e suspeitar que artigos perigosos possam ser a causa
dessa contaminação, o operador aéreo deve tomar as medidas razoáveis para identificar a natureza e
a fonte da contaminação antes de proceder com o carregamento da bagagem ou carga contaminada.
Se for determinado ou se suspeitar que a substância contaminante é um artigo perigoso classificado
pelo RBAC nº 175 e por esta Instrução Suplementar, o operador aéreo deve isolar a bagagem ou
carga e tomar as medidas apropriadas para anular qualquer perigo identificado antes que a bagagem
ou carga siga seu transporte por via aérea. [175.373(a)]. (G3.3.1)

Descontaminação de um tambor contendo pesticida – o interior e o exterior estão sendo limpos


com água e detergente para serem descartados posteriormente.

Operações de helicópteros (G7)

Nota: os requisitos deste item G7 aplicam-se em conjunto com outras provisões do RBAC nº 175 e
desta Instrução Suplementar aplicáveis a todos os operadores aéreos (por exemplo: os itens A4 e todo
o Apêndice G).

Devido a diferenças nos tipos de operações conduzidas por helicópteros comparadas às conduzidas
por aviões, pode haver circunstâncias em que nem todas as provisões do RBAC nº 175, desta
Instrução Suplementar e das Instruções Técnicas sejam apropriadas ou necessárias, como operações
envolvendo lugares desabitados, lugares remotos, zonas montanhosas ou locais de construção etc.
Nessas circunstâncias e quando apropriado, o país do operador aéreo poderá outorgar uma
aprovação para permitir o transporte de artigos perigosos sem que se cumpram todos os requisitos
normais do RBAC nº 175, desta Instrução Suplementar ou das Instruções Técnicas. Quando países
que não sejam o país do operador aéreo tenham notificado à OACI que eles requerem uma aprovação
prévia para essas operações, essa aprovação deve ser obtida também do país de origem e do país de
destino, conforme apropriado. [175.405(a)] (G7.1.1).

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Quando se transportem artigos perigosos como carga externa em um helicóptero, deveria se
considerar o tipo de embalagem utilizada e a proteção dessas embalagens contra os efeitos de fluxo
de ar e as condições meteorológicas (p. ex., danos em decorrência de chuva ou neve), além das
provisões gerais de carregamento do item G2. (G7.1.2).

Operação com carga externa em um helicóptero

Carregamento de material magnetizado (G2.10)


O material magnetizado deve ser carregado de tal forma que os rumos das bússolas da aeronave se
mantenham dentro das tolerâncias prescritas pelos requisitos aplicáveis de aeronavegabilidade e,
quando praticável, em locais que minimizem possíveis efeitos nas bússolas. Múltiplos volumes podem
produzir um efeito cumulativo. Para material magnetizado transportado sob as condições de uma
aprovação descrita na Instrução de Embalagem 953 das Instruções Técnicas, o carregamento deve
ocorrer de acordo com as condições especificadas na aprovação. Nota: massas de metais
ferromagnéticos, tais como automóveis, peças de automóveis, cercas e tubulações metálicas e
material de construção metálico, ainda que não se enquadrem na definição de material magnetizado,
podem afetar as bússolas da aeronave, assim como outros volumes ou itens que individualmente não
se enquadrem na definição de material magnetizado mas que cumulativamente possam ter uma
intensidade de campo magnético de um material magnetizado (G2.10.1).

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Carregamento de gelo seco (G2.11)

Gelo seco (dióxido de carbono, sólido), quando expedido separadamente ou quando usado para
refrigerar outros artigos, pode ser transportado, contanto que o operador aéreo tenha feito os acertos
adequados dependendo do tipo de aeronave, das taxas de ventilação da aeronave, do método de
embalagem e acondicionamento, do transporte de animais no mesmo voo, entre outros fatores. O
operador aéreo deve assegurar-se de que o pessoal de solo esteja informado de que se irá carregar
ou de que há gelo seco carregado a bordo da aeronave (G2.11.1).

Carregamento de UN 2211, Polímeros granulados expansíveis, ou de UN 3314, Composto


plástico para moldagem (G2.12)

No máximo 100 kg de massa líquida de polímeros granulados expansíveis ou de composto plástico


para moldagem, embalados conforme a Instrução de Embalagem 957 das Instruções Técnicas, podem
ser transportados em qualquer compartimento de carga inacessível de uma aeronave (G2.12.1).

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Carregamento de auxílios de mobilidade movidos à bateria transportado sob as provisões do
Apêndice H (G2.13)
Carregamento de auxílios de mobilidade movidos a baterias úmidas não-derramáveis ou a baterias
que cumprem com a Provisão Especial A123 ou A199 G2.13.1.1 O operador deve afixar, com o uso de
correias, amarras ou outros dispositivos de retenção, um auxílio de mobilidade movido a bateria com
as baterias instaladas. O auxílio de mobilidade, as baterias, o cabeamento elétrico e os controles
devem ser protegidos contra danos, incluindo os causados pelo movimento de bagagem, mala postal
ou carga. (G2.13.1)

O operador deve verificar que: (a) o passageiro confirmou que a bateria é: (1) uma bateria úmida não-
derramável que cumpre com a Provisão Especial A67; (2) uma bateria seca que cumpre com a
Provisão Especial A123; ou (3) uma bateria de níquel-hidreto metálico que cumpre com a Provisão
Especial A199; (b) os terminais da bateria estão protegidos contra curtos-circuitos (p. ex., fechados
dentro do recipiente da bateria); (c) a bateria: (1) está afixada de forma segura ao auxílio de
mobilidade e os circuitos elétricos estão isolados em conformidade com as instruções do fabricante; ou
(2) foi removida pelo usuário, se o auxílio de mobilidade foi projetado especificamente para permitir
essa remoção, em conformidade com as instruções do fabricante; e (d) no máximo uma bateria úmida
não-derramável sobressalente é transportada por passageiro. (G2.13.1.2)

Manuseio de substâncias autorreagentes e de peróxidos orgânicos (G2.14)

Durante o transporte, volumes ou ULDs contendo substâncias autorreagentes da Divisão 4.1


ou peróxidos orgânicos da Divisão 5.2 devem ser protegidos da luz solar direta, armazenados
distantes de qualquer fonte de calor e em área bem ventilada (G2.14.1).

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Provisão de informação (G4)
.
Informação ao piloto em comando e ao pessoal encarregado do controle operacional da aeronave
(G4.1)

Salvo disposição contrária no RBAC nº 175 ou nesta Instrução Suplementar, logo que possível, antes
da partida da aeronave, porém em nenhum caso após sua movimentação sob potência própria, o
operador aéreo de uma aeronave na qual serão transportados artigos perigosos deve: (G4.1.1)

(a) prover ao piloto em comando, por escrito, informação exata e legível relativa aos artigos perigosos
que serão transportados como carga; e

(1) Essa informação deveria estar prontamente disponível ao pessoal do operador aéreo cujas
responsabilidades sejam mais próximas àquelas de um encarregado de operações de voo /
despachante operacional de voo descritas no Anexo 6, Parte I, Capítulo 4, 4.6. Espera-se que essa
informação seja utilizada por esse pessoal para facilitar a resposta a emergências.

Para operações de helicóptero, com a aprovação do país do operador aéreo, a informação provida ao
piloto em comando pode ser abreviada ou ser provida de outra maneira (p. ex., por radiocomunicação,
como parte da documentação de voo, tal como o diário de bordo ou o plano de voo operacional),
quando as circunstâncias impossibilitem a produção da informação de maneira escrita ou impressa ou
em um formulário específico (ver Parte S7;4.8 do Suplemento). (G4.1.1.0-I)

Salvo disposição contrária, a informação requerida por G4.1.1 deve incluir o seguinte: (G4.1.1.1)

(a) a data do voo;

(b) o número de conhecimento aéreo (quando exigido);

(c) o nome apropriado para embarque (não se requer o nome técnico apresentado no documento de
transporte de artigos perigosos) e o número UN ou número ID conforme indicado no RBAC nº 175 ou
nesta Instrução Suplementar. Quando geradores químicos de oxigênio contidos em equipamento
respiratório de proteção (PBE) forem transportados sob a Provisão Especial A144, o nome apropriado
para embarque “gerador químico de oxigênio” deve ser complementado com a declaração
“Equipamento respiratório de proteção da tripulação (máscara antifumaça), de acordo com a Provisão
Especial A144”;

(d) o número da classe ou divisão, incluindo o(s) perigo(s) secundário(s), e, no caso da Classe 1, o
grupo de compatibilidade;

(e) o grupo de embalagem indicado no documento de transporte de artigos perigosos, quando


aplicável;

(f) o número de volumes e sua localização exata de carregamento. Para material radioativo, ver
G4.1.1.1(h);

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(g) a quantidade líquida, ou massa bruta, caso aplicável, de cada volume, exceto para materiais
radioativos ou outros artigos perigosos para os quais a quantidade líquida ou massa bruta não seja
requerida no documento de transporte de artigos perigosos (ver E4.1.4) ou, quando aplicável, em
documentação alternativa. Para uma remessa consistindo de múltiplos volumes contendo artigos
perigosos que tenham o mesmo nome apropriado para embarque e número UN ou ID, somente a
quantidade total e uma indicação da quantidade do maior e do menor volume em cada posição de
carregamento necessitam ser providos. Para artigos de consumo, a informação provida pode ser tanto
a massa bruta de cada volume quanto a média da massa bruta dos volumes conforme apresentada no
documento de transporte de artigos perigosos;
(h) para material radioativo, o número de volumes, sobrembalagens ou contêineres de carga, sua
categoria, o índice de transporte (caso aplicável) e sua localização exata de carregamento; (i) se o
volume deve ser carregado somente em aeronave de carga;

(i) se o volume deve ser carregado somente em aeronave de carga;

(j) o aeródromo no qual o(s) volume(s) deve(m) ser descarregado(s);

(k) quando aplicável, uma indicação de que os artigos perigosos estão sendo transportados sob uma
autorização especial; e

(l) o número de telefone onde uma cópia da informação entregue ao piloto em comando pode ser
obtida durante o voo, caso o operador aéreo permita ao piloto em comando prover um número de
telefone ao invés dos detalhes sobre os artigos perigosos a bordo da aeronave, conforme especificado
em G4.3.

Para UN 1845 - Dióxido de carbono, sólido (gelo seco), a informação requerida em G4.1.1 pode ser
substituída pelo número UN, o nome apropriado para embarque, a classe, a quantidade total em cada
compartimento de carga da aeronave e o aeródromo no qual o(s) volume(s) será(ão) descarregado(s).
(G4.1.2)

Para UN 3480 (Baterias de íon lítio) e UN 3090 (Baterias de lítio metálico), a informação requerida por
G4.1.1 pode ser substituída pelo número UN, o nome apropriado para embarque, a classe, a
quantidade total em cada local específico de carregamento, o aeródromo no qual o(s) volume(s)
será(ão) descarregado(s) e se o volume deve ser transportado somente em aeronave de carga.
Artigos da UN 3480 (Baterias de íon lítio) e UN 3090 (Baterias de lítio metálico) transportados sob uma
autorização especial de algum país devem cumprir com todos os requisitos de G4.1. G4.1.4 A
informação provida ao piloto em comando deve também incluir uma confirmação assinada, ou alguma
outra indicação, da pessoa responsável pelo carregamento da aeronave de que não há evidência de
nenhum dano ou vazamento nos volumes ou qualquer vazamento na ULD carregada na aeronave.
(G4.1.3)

A informação provida ao piloto em comando deve estar prontamente disponível ao piloto em comando
durante o voo. [175.375(b)] (G4.1.5).

Recomenda-se que a informação provida ao piloto em comando seja apresentada em um formulário


específico, e não mediante a apresentação dos conhecimentos aéreos, dos documentos de transporte
de artigos perigosos, das notas fiscais, etc. (G4.1.6).

O piloto em comando deve indicar em uma cópia da informação provida ao piloto em comando, ou de
outra maneira, que a informação foi recebida. [175.375(c)] (G4.1.7).

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Uma cópia legível da informação provida ao piloto em comando deve ser retida em solo. Essa cópia
deve conter nela, ou junto a ela, uma indicação de que o piloto em comando recebeu a informação.
Uma cópia do documento, ou a informação nele contida, deve estar prontamente acessível ao
encarregado de operações de voo, ao despachante operacional de voo ou ao pessoal de solo
responsável pelas operações de voo até o desembarque do artigo perigoso. [175.375(d)] (G4.1.8).

Além dos idiomas que possam ser requeridos pelo país do operador aéreo, o inglês deveria ser
utilizado na informação provida ao piloto em comando em voos internacionais. (G4.1.9).

Caso o volume de informações providas ao piloto em comando seja tal que sua transmissão
radiotelefônica em uma situação de emergência seja impraticável, um resumo das informações
também deveria ser provido pelo operador aéreo, contendo no mínimo as quantidades e classes ou
divisões dos artigos perigosos presentes em cada compartimento de carga (G4.1.10).

Os artigos perigosos listados na Tabela G-9 não necessitam aparecer na informação provida ao piloto
em comando. (G4.1.11)

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MODELO DE NOTOC

CONFECÇÃO MANUAL

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Códigos de Carga Imperiais (Interline Message Procedures)

Os códigos a seguir são usados extensivamente dentro do setor aéreo com a finalidade de facilitar mensagens
nas Folhas de carregamento e na Notificação ao Comandante;

Cód. - Significado

CAO - Somente em Aeronave de Carga


DGD - Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos
ELI - Baterias de íon-lítio isentas de acordo com a Seção II da I.E. 968-970
ICE - Dióxido de Carbono, Sólido (gelo seco)
IMP - Procedimentos de Mensagem Interline
MAG - Material Magnetizado
RCL - Líquido Criogênico
RCM - Corrosivo
RDS - Substância biológica, Categoria B (UN 3373)
REQ - Artigos Perigosos em Quantidades Isentas
REX - Reservado para explosivos normalmente proibidos das Divisões 1.1, 1.2, 1.3, 1.4F, 1.5 e 1.6
RFG - Gás Inflamável
RFL - Líquido Inflamável
RFS - Sólido Inflamável
RFW - Perigoso Quando Molhado
RLI - Baterias de íon lítio totalmente regulamentadas (classe 9) de acordo com a Seção IA E IB da
I.E. 968 e Seção I da I.E. 969-970
RIS - Substância Infecciosa
RMD - Artigos Perigosos Diversos
RNG - Gás não Inflamável, não Tóxico
ROP - Peróxido Orgânico
ROX - Oxidante
RPB - Substância Tóxica
RPG - Gás Tóxico
RRE - Embalagens Exceptivas de Material Radioativo
RRW - Material Radioativo Categoria I – Etiqueta Branca
RRY - Material Radioativo Categorias II e III – Etiquetas Amarelas
RSC - Espontaneamente Combustível
REX - Reservados para Explosivos normalmente proibidos das Divisões 1.1, 1.2, 1.3, 1.4F, 1.5 e 1.6
RGX - Explosivos 1.3G
RCX - Explosivos 1.3C
RXB - Explosivos 1.4B
RXC - Explosivos 1.4C
RXD - Explosivos 1.4D
RXE - Explosivos 1.4E
RXG - Explosivos 1.4G
RXS - Explosivos 1.4S

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Classificação dos compartimentos de carga (RBAC 25.857/14 CFR PART 25.857)
Definições para cada tipo de compartimento são apresentadas abaixo.

Classe A - É um compartimento de carga ou de bagagem localizado próximo de um tripulante,


e este pode perceber a presença de um fogo imediatamente. Cada parte deste compartimento
deve ser facilmente acessível de modo que o tripulante possa rapidamente extinguir
um fogo com o jato de um extintor portátil. Este compartimento não necessita ter
um revestimento especial adicional (liner).
Um compartimento Classe A é um compartimento aberto, localizado próximo da cabine de
pilotagem, usado principalmente para armazenar a bagagem dos tripulantes. No entanto um
compartimento Classe A não está limitado a este uso; ele pode estar posicionado em outro
local e utilizado com outros propósitos, desde que esteja próximo do posto de um tripulante.
Como um compartimento Classe A não necessita ser revestido com um liner, tal compartimento
deve estar localizado suficientemente próximo do posto de um tripulante de modo
que qualquer fogo que venha a ocorrer seja imediatamente identificado e extinto. Sem a
instalação de um liner para contê-lo, um fogo não detectado ou incontrolado pode se tornar
rapidamente catastrófico pela queima de todo o compartimento e pelo alastramento do fogo
por todo o avião. Deve ser assegurado que todas as partes deste compartimento sejam possíveis
de serem acessadas por um tripulante, de modo que todo fogo possa ser detectado
imediatamente e extinto prontamente com o jato de um extintor portátil. Mesmo não havendo
um limite de volume especificado, não se deve enquadrar na Classe A, um compartimento
de carga com volume superior a 1500 litros, em um avião com uma configuração
mista de passageiros e carga (combination).
Classe B - É um compartimento de carga ou de bagagem cuja localização é mais afastada
do posto de um tripulante que um compartimento Classe A e, portanto, deve incorporar um
sistema exclusivo e independente de detecção de fogo ou de fumaça para emitir um alerta
aos tripulantes, na cabine de pilotagem. Neste caso, como há a possibilidade de existir um
fogo não detectado e que não possa ser extinto rapidamente, um compartimento Classe B
deve ser revestido com um liner de acordo com o RBAC/14 CFR Part 25.855. Deve haver
acesso adequado, em voo, para um tripulante alcançar efetivamente cada parte do compartimento
de carga ou de bagagem com o jato de um extintor de incêndio portátil. Quando
este acesso estiver sendo utilizado, nenhuma quantidade perigosa de fumaça, de chamas ou
de agente extintor pode penetrar em um compartimento ocupado por passageiros e/ou tripulantes.
Classe C - É um compartimento de carga ou de bagagem que não cumpre com os requisitos
da Classe A ou da Classe B, ou seja, não necessita ser acessível em voo, portanto deve
ter instalado um sistema exclusivo e independente de detecção de fogo ou de fumaça para
emitir um alerta aos tripulantes na cabine de pilotagem e deve ser revestido com um liner
de acordo com o RBAC 25.855 e RBAC 25.857; deve ter um sistema integral aprovado de
extinção ou de supressão de fogo comandado da cabine de pilotagem; deve ter meios para
eliminar quantidades perigosas de fumaça, de agente extintor, e/ou de gases tóxicos de todo
compartimento ocupado por tripulantes e/ou passageiros e deve ter meios para controlar
a ventilação e a tiragem do compartimento de carga ou de bagagem, de modo que o agente
extintor usado possa controlar qualquer fogo que possa ter iniciado nesse compartimento.
Classe D - É um compartimento de carga que deixou de existir a partir da emenda 93 do
RBAC 25, de 17 de fevereiro de 1998.
Classe E - É um compartimento de carga onde toda a cabine do avião é utilizada exclusivamente
para transporte de carga e no qual existe um sistema exclusivo e independente de
detecção de fogo ou de fumaça para emitir um alerta aos tripulantes, na cabine de pilotagem;
é revestido com um liner; existem meios de comandar, da cabine de pilotagem, o
bloqueio de todo fluxo de ar e da ventilação para esse compartimento; existem meios para
eliminar quantidades perigosas de fumaça, de agente extintor, e/ou de gases tóxicos do
compartimento dos tripulantes e as saídas de emergência requeridas para os tripulantes devem
ser acessíveis sob qualquer condição de carregamento do compartimento.

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Provisões especiais aplicáveis ao transporte de material radioativo (G2.9)

Limitação da exposição de pessoas à radiação (G2.9.1)

A exposição de pessoas que trabalhem no transporte e na armazenagem à radiação deve ser


controlada, de modo que não haja probabilidade de se receber radiação em doses que excedam o
permitido para a população em geral. Em casos especiais, acertos poderão ser feitos para que a
autoridade competente encarregada do controle radiológico classifique esse pessoal como mão de
obra encarregada do manuseio de material radioativo e faça cumprir com as provisões que se julguem
necessárias (G2.9.1.1).

Todo o pessoal relevante que trabalhe no transporte e na armazenagem deve receber instruções
necessárias concernentes aos perigos que podem correr e às precauções a serem tomadas.
(G2.9.1.2).

Deveria ser adotada a prática de se manter a exposição à radiação tão baixa quanto razoavelmente
possível. As distâncias de separação apresentadas nas Tabelas G-3 e G-4 são valores mínimos, e
distâncias maiores deveriam ser usadas quando possível. Na medida do possível, volumes de
materiais radioativos acondicionados em compartimentos de carga situados sob o piso de aeronaves
de passageiros deveriam ser afixados no piso do compartimento (G2.9.1.3).

Nota: as distâncias de separação entre volumes de material radioativo e passageiros especificadas na


Tabela G-3 estão baseadas em um critério de coeficiente de doses de referência de 0,02 mSv/h em
um assento de 0,4 m de altura.

(a) salvo sob condições de uso exclusivo, o número total de volumes, sobrembalagens e contêineres
de carga a bordo de uma única aeronave deve ser limitado de maneira que a soma total dos índices
de transporte (IT) a bordo da aeronave não exceda os valores apresentados na Tabela G-6. Para
remessas de material BAE-I (baixa atividade específica), não há limite na soma dos índices de
transporte;
(b) quando uma remessa for transportada sob uso exclusivo, não se aplica limite na soma dos índices
de transporte a bordo de uma única aeronave, porém, aplicam-se os requisitos de distâncias mínimas
de separação estabelecidos em G2.9.6;
(c) a taxa de dose sob condições rotineiras de transporte não pode exceder 2 mSv/h em nenhum
ponto da superfície externa da aeronave, nem 0,1 mSv/h a 2 metros de distância da superfície externa
da aeronave; e
(d) a soma total dos índices de segurança de criticalidade em um contêiner de carga e a bordo de uma
aeronave não podem exceder os valores apresentados na Tabela G-7.

Qualquer volume ou sobrembalagem contendo um índice de transporte superior a 10, ou qualquer


remessa que tenha um índice de segurança de criticalidade superior a 50, deve ser transportado
somente sob uso exclusivo (G2.9.3.4).

O índice de transporte de uma sobrembalagem ou de um contêiner de carga deve ser determinado


pela soma dos índices de transporte de todos os volumes existentes. No entanto, para uma
sobrembalagem rígida ou para um contêiner de carga de um único expedidor, o expedidor pode
determinar o índice de transporte por medição direta da taxa de dose. O índice de transporte para uma
sobrembalagem não-rígida deve ser determinado somente pela soma dos índices de transporte de
todos os volumes dentro da sobrembalagem (E1.2.3.1.2)

Rev. mar 2022 Página 111


O índice de segurança de criticalidade (ISC) para uma sobrembalagem ou para um contêiner de carga
deve ser determinado pela soma dos ISC de todos os volumes existentes. O mesmo procedimento
deve ser seguido para determinar a soma total dos ISC de uma remessa ou a bordo de uma aeronave
(E1.2.3.1.3).

Volumes, sobrembalagens e contêineres de carga devem ser atribuídos à categoria I-BRANCA, II-
AMARELA ou III-AMARELA, de acordo com as condições especificadas na Tabela E-2 e com os
seguintes requisitos: (a) para um volume, uma sobrembalagem ou um contêiner de carga, tanto o
índice de transporte como a condição a taxa de dose da superfície devem ser considerados para
determinar a categoria apropriada. Quando o índice de transporte satisfizer à condição para uma
categoria, mas a taxa de dose da superfície satisfizer a uma condição de outra categoria, os volumes,
as sobrembalagens ou o contêiner de carga devem ser atribuídos à categoria mais elevada. Para esse
efeito, a categoria I-BRANCA deve ser considerada a categoria mais baixa (E1.2.3.1.4);

Rev. mar 2022 Página 112


Rev. mar 2022 Página 113
Separação [175.361(c)] (G2.9.6)

Separação de pessoas (G2.9.6.1)

Volumes, sobrembalagens ou contêineres de carga categorias II-AMARELA e III-AMARELA devem ser


separados de pessoas. As distâncias mínimas de separação a serem aplicadas são apresentadas nas
Tabelas G-3 e G-4 e essas distâncias aplicam-se a partir da face mais próxima dos volumes,
sobrembalagens ou contêineres de carga até a superfície das divisórias ou pisos da cabine de
passageiros e da cabine de comando, independentemente da duração do transporte do material
radioativo. A Tabela G-4 aplica-se somente quando o material radioativo estiver sendo transportado por
uma aeronave de carga, e, nessas circunstâncias, as distâncias mínimas devem ser aplicadas
conforme mencionado e também com relação a outras áreas ocupadas por pessoas (G2.9.6.1.1).

Separação de animais vivos (G2.9.6.3)


Volumes, sobrembalagens ou contêineres de carga categorias II-AMARELA e III-AMARELA devem ser
separados de animais vivos por uma distância mínima de 0,5 metro para viagens que não excedam 24
horas, e por uma distância mínima de 1,0 metro para viagens que excedam 24 horas (G2.9.6.3.1).

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SEPARAÇÃO DE MATERIAIS RADIOATIVOS – AERONAVE DE PASSAGEIROS

Rev. mar 2022 Página 115


Distância Distância
1.15m Mínima 1m Mínima

Distância Mínima
RRY RRY

TI = 6 3.45 m TI = 4.5

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Separação com relação a filmes fotográficos não revelados (G2.9.6.2)

Volumes, sobrembalagens ou contêineres de carga categorias II-AMARELA e III-AMARELA devem ser


separados de filmes ou placas fotográficas não reveladas. As distâncias mínimas de separação a
serem aplicadas são apresentadas na Tabela G-8 e essas distâncias aplicam-se a partir da face dos
volumes, sobrembalagens ou contêineres de carga até a superfície mais próxima dos volumes
contendo filmes ou placas fotográficas não reveladas (G2.9.6.2.1).

Rev. mar 2022 Página 117


UNIDADE 9

PROCEDIMENTOS
DE EMERGÊNCIA

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Procedimentos de Emergência são publicados no livro intitulado “Emergency Response Guidance For
Aircraft Incidents Involving Dangerous Goods da OACI DOC 9481 / AN-928.

Notificação de acidentes e de incidentes com artigos perigosos (G4.4)

O operador aéreo deve notificar acidentes e incidentes com artigos perigosos às autoridades
apropriadas do país do operador aéreo e do país de ocorrência, de acordo com os requisitos de
notificação dessas autoridades. [175.381(a)] Nota: incluem-se ocorrências envolvendo artigos
perigosos que não estejam sujeitos a todas ou a algumas partes do RBAC nº 175, desta Instrução
Suplementar e das Instruções Técnicas mediante a aplicação de uma exceção ou de uma provisão
especial (p. ex., um incidente envolvendo o curto-circuito de uma bateria de pilha seca requerida a
cumprir com as condições de prevenção de curto-circuito estabelecidas em uma das provisões
especiais de C3) (G4.4.1).

Notificação de artigos perigosos não declarados ou mal declarados (G4.5)

O operador aéreo deve notificar qualquer ocasião em que artigos perigosos não declarados ou
erroneamente declarados forem descobertos em itens de carga ou mala postal. Essa notificação deve
ser feita às autoridades apropriadas do país do operador aéreo e do país de ocorrência. [175.383(a)]
(G4.5.1)

O operador aéreo deve também notificar qualquer ocasião em que artigos perigosos não permitidos
sob H1.1.1 tenham sido descobertos pelo próprio operador aéreo, ou em que o operador aéreo tenha
sido informado da presença de artigos perigosos não permitidos por uma entidade que tenha
descoberto esses artigos perigosos, tanto na bagagem quanto junto ao corpo de passageiros ou
tripulantes. Essa notificação deve ser feita à autoridade apropriada do país de ocorrência. [175.383(b)]
(G4.5.2).

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Acidente com artigo perigoso é uma ocorrência associada e relacionada ao transporte de artigos
perigosos por via aérea que resulte em morte ou lesão grave a uma pessoa ou danos consideráveis a
bens ou ao meio ambiente.

Nota: um acidente ou incidente com artigos perigosos pode também constituir um acidente ou
incidente aeronáutico, conforme especificado no Anexo 13 - Investigação de Acidente e Incidente
Aeronáutico.

Acidente com artigo perigoso

Incidente com artigo perigoso


Incidente com artigo perigoso é uma ocorrência, que não seja um acidente com artigo perigoso,
associada ao transporte de artigos perigosos por via aérea, não necessariamente ocorrida a bordo de
uma aeronave, que resulte em lesão a uma pessoa, danos a bens ou ao meio ambiente, fogo, ruptura,
derramamento, vazamento de fluidos ou radiação ou qualquer outra manifestação de que a
integridade da embalagem não tenha sido mantida. Também se considera incidente com artigo
perigoso uma ocorrência relacionada ao transporte de artigos perigosos que seriamente ponha em
perigo a aeronave ou seus ocupantes.

Nota: um acidente ou incidente com artigos perigosos pode também constituir um acidente ou
incidente aeronáutico, conforme especificado no Anexo 13 - Investigação de Acidente e Incidente
Aeronáutico.

Indicente com artigo perigoso

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Procedimentos gerais para um incidente envolvendo artigos perigosos

Os procedimentos a seguir devem ser seguidos durante um incidente com artigos perigosos:

Estes procedimentos devem ser estabelecidos por autoridades governamentais ou


aeroportuárias,
porém os seguintes conceitos básicos podem ser seguidos:

 Avise imediatamente a supervisão e consiga auxílio qualificado;


 Identifique o artigo perigoso (se for seguro fazê-lo);
 Isole o volume, removendo outros pacotes e embalagens;
 Evite contato com o conteúdo do volume;

Se o conteúdo entrar em contato com a pele ou roupas:

 Lave bem a pele com bastante água;


 Remova as roupas contaminadas;
 Não coma, não fume;
 Mantenha as mãos longe de olhos, boca e nariz;
 Recorra a auxílio médico.

Rev. mar 2022 Página 121


Mapa de resposta à emergência (solo)

Divisão, Classe
e grupo de Classe do artigo Ação imediata
Descrição do risco
compatibilidade perigoso Minimizar vazamento e contato com outra carga
de risco
1.3C Explosivos Fogo e pequeno risco de
1.3G (aceitáveis somente explosão e pequeno risco
em cargueiro) de projeção
1.4B Fogo,
1.4C Explosivos mas nenhum outro
Notifique o Corpo de Bombeiros.
1.4D (aceitáveis somente perigo significante
1.4E em cargueiro)
1.4G
1.4S Pequeno risco de
Explosivos (seguros)
incêndio
2.1 Gás Inflamável Ignição ao vazar Notifique o corpo de bombeiros.
2.2 Gás não inflamável Explosão do cilindro por
alta pressão Evacuar o material – ventilar a área.
2.2 Líquido Criogênico congelamento
2.3 Gás tóxico (aceitável Explosão do cilindro por Mantenha-se afastado no mínimo 25 m.
somente em alta pressão e
cargueiro) intoxicação por inalação
3 Líquido inflamável Emite vapor inflamável Notifique o corpo de bombeiros.
4.1 Sólido inflamável Combustível, contribui ao
fogo
4.2 Combustão Ignição em contato com Não usar água em nenhuma hipótese.
espontânea o ar
4.3 Perigos quando Ignição em contato com
molhado água
5.1 Oxidante Dá ignição ao Notifique o corpo de bombeiros.
combustível ao contato
5.2 Peróxido orgânico Reage violentamente Não use água.
com outras substâncias
6.1 Substâncias tóxicas Prejudicial se ingerido, Isole a área.
inalado ou em contato
com a pele Consiga ajuda qualificada.
6.2 Substância Causa doenças em
infecciosa animais e seres Não toque.
humanos
7 cat I Radioativo – branca Risco de radiação e Mantenha distância mínima de 25 m.
7 cat II/III Radioativo - amarelo prejudicial à saúde
8 Corrosivo Perigoso para a pele e Notificar corpo de bombeiros.
metal Evite contato com a pele.
9 Grânulos poliméricos Desprende pequenas Evitar contato com a pele.
expansíveis quantidades de gases
inflamáveis Não requer ação imediata.
Material magnético Afeta sistema de
navegação
Dióxido de carbono Congelamento e
(gelo seco) sufocação
Artigos perigos Riscos não cobertos por
diversos outras classes

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Procedimentos para tripulantes

Checklist de emergência para tripulantes:

A seguir procedimentos de emergência para fogo ou remoção de fumaça na aeronave. The ICAO
Emergency Response Guide (Red Book):

 Ligar sinal de “NO SMOKING”;


 Considerar pouso o mais rápido possível;
 Considerar corte de força elétrica não essencial;
 Determinar fonte de fumaça/vapores/fogo;
 Ver checklist do tripulante de cabine para incidentes na cabine;
 Estabelecer código de exercício de procedimento de emergência (consultar NOTOC ou Red
Book quando disponíveis);
 Usar orientação especificada no mapa de exercício de procedimento (ver pág 12.3 desta
apostila); e
 Se possível notificar ao Controle de Tráfego Aéreo.

Após o pouso:
 Desembarcar passageiros e tripulantes antes de qualquer compartimento de carga;
 Informar serviços de emergência de terra da natureza e localização dos artigos perigosos; e
 Fazer apropriada entrada no livro de bordo.

Informação do comandante em caso de emergência em voo

Ocorrendo uma emergência em voo, o Comandante deve informar às unidades de serviço do tráfego
aéreo, para conhecimento das autoridades do aeroporto, a existência de quaisquer artigos perigosos a
bordo. Se a situação permitir, a informação deve incluir o nome próprio do produto, o número UN, a
classe e divisão, risco secundário, o grupo de compatibilidade para Classe 1 (Explosivos), a
quantidade e localização a bordo da aeronave dos artigos perigosos ou um número de telefone onde a
cópia da informação ao comandante daquele voo possa ser obtida. Quando não for possível incluir
todas as informações considere, pelo menos, as mais relevantes.

Rev. mar 2022 Página 123


Mapa de resposta à emergência (voo)

Baseado na publicação intitulada “Emergency Response Guidance for Aircraft Incidents Involving
Dangerous Goods” da OACI – Doc 9481 – AN/928.

1 Siga os procedimentos de emergência apropriados na aeronave


2 Considere o pouso tão logo seja praticável
3 Use os códigos da tabela abaixo

NÚM. DO
PROCEDIMENTOS PROCEDIMENTO
PROCEDI- RISCO RISCO PARA RISCO PARA OUTRAS
EM CASO DE PERDA PARA EXTINÇÃO
MENTO: INTRÍNSECO AERONAVE OCUPANTES CONSIDERAÇÕES
OU VAZAMENTO DE INCÊNDIOS

Todos os
agentes de
Explosão,
Usar 100% de acordo com a
pode O que indica a Possível perda
Incêndio ou oxigênio, na viabilidade; uso
1 provocar chave abrupta de
explosão máscara; não do
falhas alfabética. pressurização.
fumar. procedimento
estruturais.
padrão contra
incêndio.
Usar 100% de
Gás, não- Todos os
oxigênio na
inflamável, a agentes de
máscara;
pressão acordo com a
O que indica a estabelecer e Possível perda
pode viabilidade; uso
2 Mínimo chave manter uma abrupta de
provocar do
alfabética. ventilação máxima pressurização.
riscos em procedimento
das chaves
caso de padrão contra
alfabéticas “A”, “I”
incêndios. incêndio.
ou “P”.
Use 100% de
Todos os
oxigênio na
Fumaça, agentes de
máscara;
Líquido ou vapores e calor, acordo com a Possível perda
Incêndio ou estabelecer e
3 sólido e como indicado viabilidade; sem abrupta de
explosão manter uma
inflamável. na chave água no caso da pressurização.
ventilação máxima;
alfabética. chave alfabética
não fumar; mínimo
“W”.
de eletricidade.
Todos os Possível perda
Combustão Use 100% de
Fumaça, agentes de abrupta de
espontânea oxigênio na
vapores e calor, acordo com a pressurização,
ou pirofórica Incêndio e/ou máscara;
4 e como indicado viabilidade; sem mínimo de
quando explosão estabelecer e
na chave água no caso da eletricidade se
exposta ao manter uma
alfabética. chave alfabética chave alfabética “F”
ar. ventilação máxima.
“W”. ou “H”.
Oxidante,
pode Todos os
Use 100% de
inflamar Irritação nos agentes de
Incêndio e/ou oxigênio na
outros olhos, nariz e acordo com a Possível perda
explosão, máscara;
5 materiais, garganta, lesões viabilidade; sem abrupta de
possível dano estabelecer e
pode em contato com água no caso da pressurização.
de corrosão manter uma
explodir no a pele. chave alfabética
ventilação máxima.
calor de um “W”.
incêndio.
Use 100% de
Todos os Possível perda
Tóxico, pode oxigênio na
agentes de abrupta de
ser fatal se Toxicidade máscara;
Contaminação acordo com a pressurização,
inalado, aguda. Os estabelecer e
6 com sólido ou viabilidade; sem mínimo de
ingerido ou efeitos podem manter uma
líquido tóxico. água no caso da eletricidade se
absorvido ser tardios. ventilação máxima.
chave alfabética chave alfabética “F”
pela pele. Não tocar sem
“W”. ou “H”.
luvas.

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Rev. mar 2022 Página 125
(continuação)

N° DO PROCEDIMENTOS PROCEDIMENTO
RISCO RISCO PARA RISCO PARA OUTRAS
PROCEDI- EM CASO DE PERDA PARA EXTINÇÃO
INTRÍNSECO AERONAVE OCUPANTES CONSIDERAÇÕES
MENTO: OU VAZAMENTO DE INCÊNDIO

Radiação
Contaminação
proveniente de Exposição à Não mover as Todos os agentes Chamar por uma
por vazamento
7 volumes radiação e embalagens; evitar de acordo com a pessoa qualificada
de material
quebrados ou contaminação. contato. viabilidade. na aeronave.
radioativo.
avariados.
Possível perda
Corrosivo, Use 100% de oxigênio Todos os agentes
abrupta de
vapores na máscara; de acordo com a
pressurização,
incapacitan-tes Possível risco de Irritação nos olhos, estabelecer e manter viabilidade; sem
8 mínimo de
se inalados ou corrosão nariz e garganta. uma ventilação água no caso da
eletricidade se
em contato máxima. Não tocar chave alfabética
chave alfabética “F”
com a pele. sem luvas. “W”.
ou “H”.
Use 100% de oxigênio Todos os agentes
na máscara; de acordo com a
Como indicado Como indicado
Nenhum risco estabelecer e manter viabilidade; sem
9 pela chave pela chave Nenhum
geral inerente. uma ventilação água no caso da
alfabética. alfabética.
máxima se chave chave alfabética
alfabética “A”. “W”.
Gás
Inflamável, alto Use 100% de oxigênio
Fumaça, vapores e
risco de na máscara; Todos os agentes Possível perda
Incêndio e/ou calor, e como
10 combustão se estabelecer e manter de acordo com a abrupta de
explosão indicado na chave
houver uma uma ventilação viabilidade. pressurização.
alfabética.
fonte de máxima.
ignição.

Substância
infecciosa
podendo afetar
humanos ou Todos os agentes
animais se Não toque. de que se
Contaminação Infecção de Chamar por uma
inalada, Recirculação e disponha; sem
11 por substâncias humanos ou pessoa qualificada
ingerida ou ventilação mínimas na água no caso de
infecciosas. animais. na aeronave.
absorvida em área afetada. chave alfabética
contato pela “Y”.
mucosa ou
ferimento
aberto.

Rev. mar 2022 Página 126


CHAVE ALFABÉTICA RISCO ADICIONAL CHAVE ALFABÉTICA RISCO ADICIONAL

A ANESTÉSICO M MATERIAL MAGNETIZADO

C CORROSIVO N NOCIVO

E EXPLOSIVO P TÓXICO

F INFLAMÁVEL S COMBUSTÃO
ESPONTÂNEA

H ALTA COMBUSTÃO W SE MOLHADO EMITE


GASES TÓXICOS OU
INFLAMÁVEIS.

I IRRITANTE / PRODUZ X OXIDANTE


LÁGRIMAS

L OUTRO RISCO MENOR Y DEPENDENDO DA


OU NENHUM SUBSTÂNCIA INFECCIOSA,
A AUTORIDADE NACIONAL
APROPRIADA DEVE SER
CHAMADA PARA INICIAR
QUARENTENA INDIVIDUAL
DE HUMANOS, ANIMAIS,
CARGA E AERONAVE.

5.2.5 (IS 175-005) Como notificar ocorrências com artigos perigosos

5.2.5.1 As ocorrências com artigos perigosos inseridas no sistema mandatório de notificação de


segurança operacional, descritas nos itens 5.2.3 e 5.2.4, devem obedecer aos prazos para
encaminhamento de notificações descritos no RBAC n° 175, conforme a tabela a seguir:

Rev. mar 2022 Página 127


5.2.5.2 Os operadores aéreos e quaisquer outras entidades envolvidas direta ou indiretamente com o
transporte de artigos perigosos por via aérea podem estabelecer procedimentos internos para
tratamento ou análise prévia das informações relativas a ocorrências com artigos perigosos fornecidas
por seus funcionários.

5.2.5.3 A informação deve ser registrada no sistema mandatório de notificação de segurança


operacional, por meio do Formulário de Notificação de Ocorrências com Artigos Perigosos (NOAP),
cujo modelo e regras de preenchimento estão disponíveis no site da ANAC em
https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/empresas-aereas/artigosperigosos/notificacao-de-
ocorrencias-com-artigos-perigosos-2013-noap.

5.2.5.4 É recomendável o envio de fotografias que evidenciem a ocorrência, mostrando cada uma das
faces do volume, de forma clara, a fim de permitir a visualização direta do problema.

5.2.5.5 É recomendável o envio cópias de documentação que possa suportar possível investigação,
como por exemplo:

a) Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) ou Air Waybill (AWB);


b) Declaração do Expedidor para Artigos Perigosos (DGD);
c) Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ou Material Safety Data Sheet
(MSDS);
d) lista de verificação de aceitação de artigo perigoso;
e) certificado de conformidade da embalagem;
f) notas fiscais, incluindo a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e invoice;
g) declarações de conteúdo; e
h) certificados no curso de artigos perigosos dos funcionários envolvidos.

5.2.5.6 A falta de evidências documentais não é fator impeditivo para o envio do Formulário de NOAP
à ANAC.

5.2.5.7 O Formulário de NOAP e todos os seus anexos devem ser encaminhados aos seguintes
destinos: a) Superintendência de Padrões Operacionais da ANAC (SPO/ANAC) por meio do email:
artigo.perigoso@anac.gov.br; e

b) No caso de ocorrência com material radioativo, a seguinte entidade deve ser acionada: CNEN -
Comissão Nacional de Energia Nuclear Instituto de Radioproteção e Dosimetria Av. Salvador Allende,
3773 – Barra da Tijuca CEP: 22783-127 - Rio de Janeiro/RJ

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A NOAP deverá ser enviada para o endereço eletrônico artigo.perigoso@anac.gov.br

Rev. mar 2022 Página 129


ANEXO A

CLASSES DE RISCO/
ETIQUETAS DE RISCO E DE
MANUSEIO

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Classe/Divisão
Etiqueta Descrição Explicação e Exemplos
Código IMP

CLASSE 1
EXPLOSIVOS Artigos e substâncias que
possuem perigo de Estes explosivos
Divisão 1.1 explosão em massa.
REX

Artigos e substâncias que


Divisão 1.2 possuem perigo
são normalmente
REX de projeção.

Divisão 1.3
REX Artigo e substâncias que
possuem menor perigo de proibidos para
RCX,RGX projeção e explosão.
(Quando
Permitido)

Artigos e Substâncias que


Divisão 1.4 não apresentam transportados
REX periculosidade expressiva.

Substâncias neutras, mas


Divisão 1.5 que apresentam perigo de via aérea.
REX explosão em massa.

Divisão 1.6 Substâncias neutras que


REX não apresentam perigo de Ex. TNT, Dinamite, Torpedos.
explosão em massa.

Rev. mar 2022 Página 131


Classe / Divisão Etiqueta Descrição Explicação e Exemplo

Divisão 1.4 O grupo de compatibilidade é determinado


RXB, RXC, RXD, RXE, RXG conforme a tabela B-2 da IS 175-001
Revisão H. Por exemplo: Sinalizadores,
fusíveis ignitores etc.

Artigos e substâncias que


não apresentam
RXS periculosidade expressiva. O Por exemplo, munição para armas esportivas,
efeito de um funcionamento para sinalização, fusíveis de segurança,
acidental fica confinado na alguns tipos de fogos de artifícios pirotécnicos
embalagem. etc.

CLASSE 2
GASES Qualquer gás comprimido que, quando
misturado com o ar em certas proporções,
Divisão Gás inflamável forma uma mistura inflamável, como por
2.1 exemplo Butano, Hidrogênio, Propano,
RFG Acetileno.

Divisão Qualquer gás comprimido não inflamável, não


2.2 tóxico, tais como dióxido de carbono ou gás
RNG,RCL Gás não inflamável / Não liquefeito em temperatura muito baixa, como
tóxico Nitrogênio, Hélio, extintor de incêndio, etc.

Divisão A maioria dos gases/tóxicos é proibida para


2.3 Gás tóxico transporte via aérea. Alguns são permitidos,
RPG como Aerossol, com baixa toxicidade
(inseticida caseiro), Dispositivos de gás
lacrimogêneo etc.

Rev. mar 2022 Página 132


Classe / Divisão Etiqueta Descrição Explicação e Exemplo

CLASSE 3
LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS Qualquer líquido que possua um ponto de
Líquido inflamável fulgor de 60.0 oC ou menos, como por
3 exemplo: Tintas, Solventes, Álcool, Gasolina
RFL etc.

CLASSE 4
SÓLIDOS Qualquer material sólido que seja facilmente
INFLAMÁVEIS combustível, como celuloide, ou que possa
Sólido inflamável causar ou contribuir para que se inflame
através de fricção, tais como Fósforo de
Divisão 4.1 Segurança, enxofre, Nitronaftaleno etc.
RFS Nota: Alguns são autorreativos.

Tais substâncias, líquidas ou sólidas, têm a


possibilidade de aquecimento espontâneo ou
Divisão 4.2 de se aquecer em contato com o ar e então se
RSC Espontaneamente inflamar. Como exemplo, temos o Fósforo
combustível (produto químico) branco ou amarelo, Fardos
de algodão molhado, etc.

Divisão 4.3 Substâncias que, em contato com a água, têm


RFW Perigoso quando a possibilidade de se inflamar
molhado espontaneamente ou de desprender gases
inflamáveis. Ex.: Carbureto, Sódio etc.

Rev. mar 2022 Página 133


Classe / Divisão Etiqueta Descrição Explicação e Exemplo

CLASSE 5
SUBSTÂNCIA Uma substância que desprende oxigênio
OXIDANTE; facilmente e que pode estimular
PERÓXIDO Oxidante rapidamente a combustão de outro material.
ORGÂNICO Por exemplo, Fertilizante de nitrato de
amônia, Cloreto de cálcio, alvejantes etc.
Divisão 5.1
ROX

Material orgânico (líquido ou sólido) que tem


Divisão 5.2 Peróxido orgânico a possibilidade de se inflamar rapidamente
ROP através de chama externa e que queima em
ritmo acelerado. Algumas dessas
substâncias reagem perigosamente com
outras, tais como: Tetrahidroperóxido de
butil..

CLASSE 6
SUBSTÂNCIA TÓXICA Substâncias líquidas ou sólidas que são
perigosas caso sejam ingeridas, aspiradas
ou absorvidas através da pele, tais como:
Divisão 6.1 Substâncias tóxicas Arsênico, Nicotina, Pesticidas, etc. Algumas
RPB são totalmente proibidas de serem
transportadas via aérea, como a dioxine.

SUBSTÂNCIA
INFECCIOSA Substâncias contendo micro-organismos
vivos ou suas toxinas e que poderão causar
Substância infectante doenças em animais ou seres humanos.
Divisão 6.2 Ex.: HIV (AIDS), Hepatite, produtos
RIS biológicos, espécimes para diagnóstico.

Rev. mar 2022 Página 134


Classe / Divisão Etiqueta Descrição Explicação e Exemplo

CLASSE 7
MATERIAL
RADIOATIVO
Material radioativo Material radioativo com baixo nível de radiação na
7 Categoria I - Branca superfície da embalagem, isto é, Transport Index
RRW (TI) igual a zero.

7 Material radioativo Material radioativo com um valor de T.I. acima de


RRY Categoria II - zero até 1.0 T.I.
Amarela

7 Material radioativo Material radioativo com um valor de T.I. acima de


RRY Categoria III - 1.0 até o máximo de 10 TI's. EX.: Cobalto 60, Césio
Amarela 131 para todas as categorias acima.

A etiqueta de índice de segurança de criticalidade


7
deve ser adicionada à etiqueta apropriada de
Etiqueta de Índice de
material radioativo, provendo controle de grande
segurança de
acúmulo de embalagens ou sobrembalagens
criticalidade
contendo material físsil EX.: Urânio 233 e 235;
Plutônio 239 e 241.

CLASSE 8
CORROSIVO Líquido ou sólido que causa uma visível destruição
Material corrosivo na pele humana, no ponto de contato ou que possua
RCM uma taxa severa de corrosão em outros materiais,
tais como Ácido de bateria, Mercúrio, Ácido sulfúrico
etc.

Rev. mar 2022 Página 135


Classe / Divisão Etiquetas Descrição Explicação e Exemplos

CLASSE 9 Qualquer substância que apresente alguma


MISCELANEOUS periculosidade durante o transporte aéreo, não
coberta pelas outras classes. Isto inclui outras
substâncias regulamentadas com propriedades
9 anestésicas, nocivas ou similares, que possam
RMD Substâncias Perigosas causar distúrbios ou desconforto para os
Diversas passageiros.

Quando a embalagem contém bateria de lítio, a


etiqueta de risco de bateria de lítio deverá ser
afixada na embalagem.

9 Exemplos: Artigos semi-processados de poliestireno,


RSB impregnados de gás ou líquido inflamável. Estes
Grânulos Poliméricos artigos poderão emanar pequenas quantidades
Expansíveis de gás inflamável.

9
ICE Dióxido de carbono sólido (gelo seco) possui
uma temperatura de -79ºC. Na sublimação,
Dióxido de Carbono, produz um gás mais pesado que o ar, e ao
sólido / Gelo seco mesmo tempo há uma absorção de oxigênio e
que, quando acontece em ambientes fechados
(tais como um porão de aeronave onde não haja
circulação de ar) pode causar sufocamento.

9 Esses tipos de materiais possuem um campo


MAG Material magnetizado magnético de força relativamente alto, tais como
(etiqueta de manuseio) magnetrons, ímas sem blindagem e sem as
barras neutralizadoras.

Outros exemplos de produtos da classe 9 são veículos, motores de popa e qualquer outro tipo de motor a explosão, asbestos
e substâncias que coloquem em risco o meio ambiente. Estes são os mais conhecidos, além dos citados acima.

Quando houver material magnético em uma embalagem, a etiqueta “DIVERSOS” deverá ser substituída pela etiqueta
“Material Magnetizado”.

Rev. mar 2022 Página 136


ETIQUETAS DE MANUSEIO

Além das etiquetas de risco, as etiquetas de manuseio apresentadas abaixo são utilizadas para fornecer
informações de manuseio e estocagem corretos de embalagens contendo artigos perigosos.

Etiqueta Descrição

Embalagens com etiqueta MATERIAL MAGNETIZADO não devem ser


carregadas nas posições que causem uma interferência significativa
nas bússolas magnéticas de leitura direta ou nas unidades detectoras
da bússola principal. Observe que embalagens múltiplas do produto
podem produzir um efeito cumulativo.
Código IMP: MAG

Embalagens que exibem a etiqueta SOMENTE EM AERONAVE DE


CARGA, não podem ser carregadas em aeronaves de passageiros.
Esta etiqueta deve ficar ao lado da etiqueta de risco.
Código IMP: CAO

As embalagens que exibem a etiqueta de orientação de embalagem


(setas) devem sempre ser manuseadas e carregadas na posição
indicada pelas setas. Deste modo devem aparecer nos dois lados
opostos da embalagem. Devem ser usadas em embalagens
combinadas e sobrembalagens contendo artigos perigosos líquidos.

**

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Usada nas embalagens com etiquetas de risco divisão 2.2
contendo líquidos criogênicos. Esta etiqueta indica que o gás
poderá escapar pelos dispositivos de ventilação. Por ele ser
extremamente frio, pode resultar em condensação de vapor de
água no ar causando a impressão de fumaça. Este fenômeno é
normal e não perigoso. De modo que o carregamento deverá ser
separado de animais vivos. Código IMP: RCL

A etiqueta “MANTER LONGE DO CALOR” aplica-se a


embalagens e sobrembalagens contendo substâncias
autorreativas da Divisão 4.1 e Divisão 5.2, Peróxidos Orgânicos.

Embalagem, do tipo industrial ou comercial comum,


contém pequena quantidade de material radioativo, com
atividade limitada pela Norma CNEN.

Material radioativo – Volume exceptivo

* As etiquetas apresentadas não estão na sua dimensão real.

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ANEXO B

TERMOS E DEFINIÇÕES

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TERMOS E DEFINIÇÕES (RBAC 175.3)

- Acidentes Imputáveis a Artigos Perigosos significa toda ocorrência associada e relacionada


com o transporte de artigos perigosos, pelo modal aéreo, que resulte em lesão grave ou morte a uma
pessoa ou danos maiores à propriedade. Um acidente imputável a artigo perigoso pode constituir
um acidente aeronáutico.

- Aeronave Cargueira significa toda aeronave, que não seja de passageiros, que transporta mercadorias
ou bens tangíveis.

- Aeronave de passageiros significa toda aeronave que transporte pessoas que não sejam membros da
tripulação, empregados do explorador que voam por razões de trabalho, representantes autorizados das
autoridades nacionais competentes ou acompanhantes de alguma entrega ou outra carga.

- Artigo perigoso significa artigo ou substância que, quando transportado por via aérea, pode constituir risco à
saúde, à segurança, à propriedade e ao meio ambiente e que figure na Lista de Artigos Perigosos – APÊNDICE
A DO RBAC 175 – TABELA 3-1 do DOC. 9284-AN/905 – ou esteja classificado conforme o DOC. 9284-AN/905.

- Dispositivo de carga unitizada


(Unit Load Device - ULD) significa todo tipo de contêiner de carga, contêiner de avião, palete de aeronave com
rede ou palete de aeronave com rede sobre um iglu. NOTA – Esta definição não inclui as embalagens externas.

- Embalado significa o produto final da operação de empacotamento que inclui a embalagem em si e seu
conteúdo preparado de forma idônea para o transporte.

- Embalagem significa os recipientes e outros componentes ou materiais necessários à sua função de


contenção.

- Embarque significa um ou mais volumes de artigos perigosos que um operador de transporte aéreo aceita de
um expedidor de uma só vez no mesmo momento e no mesmo endereço para ser recebido pelo destinatário em
certo endereço no destino.

- Estado de origem
significa o Estado onde a mercadoria a bordo de alguma aeronave foi originalmente carregada.

- Estado do Operador significa o Estado onde está localizado o escritório principal do operador de transporte
aéreo ou, se não houver escritório, a residência permanente do mesmo.

- Exceção significa toda disposição deste RBAC que exclui um item específico considerado artigo perigoso do
cumprimento de requisitos normalmente aplicáveis a tal item.

- Incidente imputável a artigos perigosos significa toda ocorrência – que não se enquadra na definição de
acidente – atribuída ao transporte aéreo de artigos perigosos, não necessariamente a bordo de uma aeronave,
que resulte lesão à pessoa, danos à propriedade, incêndio, ruptura, derramamento, vazamentos de fluídos ou de
radiação e qualquer outra manifestação que ocasione vulnerabilidade à integridade da embalagem. Qualquer
ocorrência ou discrepância relacionada ao transporte de artigo perigoso que ponha em risco à saúde, à
segurança, à propriedade e ao meio ambiente também é considerada um incidente. Um incidente imputável a
artigo perigoso pode constituir um incidente aeronáutico conforme especifica o Anexo 13 da Convenção sobre
Aviação Civil Internacional.

- Incompatível significa os artigos perigosos que, caso misturados podem gerar calor ou gases perigosos ou
produzir alguma substância corrosiva.

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- Isenção significa toda autorização emitida pela ANAC que exime o cumprimento de requisito previsto
no RBAC.

- Lesão grave significa qualquer lesão sofrida por uma pessoa em um acidente e que:
(1) requeira hospitalização durante mais de 48 horas iniciada no período de sete dias contados a partir da data
em que sofreu a lesão; ou
(2) cause a fratura de algum osso (com exceção de fraturas simples no nariz ou nos dedos das mãos ou dos
pés); ou
(3) cause lacerações que levem a hemorragias graves, lesões nos nervos, músculos ou tendões;
ou
(4) cause danos a qualquer órgão interno; ou
(5) cause queimaduras de segundo ou terceiro grau ou outras queimaduras que afetem mais de 5% da superfície
do corpo; ou
(6) seja atribuível ao contato comprovado com substâncias infecciosas ou à exposição a radiações prejudiciais.

- Membro da tripulação significa pessoa que recebe obrigações do explorador a serem cumpridas a bordo
durante o período de serviço do voo.

- Número da ONU significa número de quatro dígitos designado pelo Comitê de Peritos em Transporte de
Artigos Perigosos das Organizações das Nações Unidas – ONU – que serve para identificar uma substância ou
um determinado grupo de substâncias.

- Produto controlado significa artigo ou substância cujo transporte por via aérea depende de autorização de
órgão competente, mesmo que não seja considerado artigo perigoso.

- Sobrembalagem significa embalagem utilizada por um único expedidor que contenha um ou mais volumes e
constitui uma unidade para facilitar sua manipulação e movimentação. NOTA – Esta definição não inclui os
dispositivos de carga unitizada.

Área de carga: todos os espaços e instalações destinados ao processamento de carga aérea, incluindo pátios
de aeronaves, terminais de carga e terminais de carga aérea, estacionamento de veículos e vias de acessos
adjacentes.

Armazém aeroportuário: instalação do aeroporto destinada à armazenagem de carga aérea.

Artigo proibido: todo e qualquer artigo que representa risco aparente para segurança, quando transportados
por aeronaves civis. Artigo que é proibido para o transporte aéreo.

Bagagem desacompanhada: bagagem despachada como carga, podendo ou não ser levada na mesma
aeronave com a pessoa à qual pertença.

Bagagem: bem pertencente ao passageiro ou tripulante, transportado a bordo de uma aeronave, mediante
contrato com o transportador.

Bagagem despachada: bagagem que é transportada no porão de uma aeronave.

Bagagem de mão: bagagem transportada com o passageiro a bordo de uma aeronave.

Carga conhecida: envio de carga aérea por parte de um Expedidor conhecido ou de um agente de carga aérea
autorizado ou credenciado.

Carga desconhecida: a carga aérea que ainda não tenha sido submetida às medidas de segurança contra atos
de interferência ilícita.

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Carga em trânsito: a carga transportada por via aérea, com passagem pelo Terminal de Carga Aérea - TECA ou
zona primária, cujo transporte prosseguirá por essa mesma via ou não, para outro aeroporto.

Conhecimento aéreo (Air Waybill - AWB): documento legal que estabelece o contrato entre o expedidor de
carga e o transportador, para a prestação de serviço aéreo.

Controle de segurança: os meios para evitar que sejam introduzidos armas, explosivos ou outros artigos
proibidos ou perigosos que possam ser utilizados para cometer atos de interferência ilícita.

Embalado: produto final da operação de empacotamento que inclui a embalagem em si e seu conteúdo
preparado de forma idônea para o transporte

Embalador: a pessoa responsável pelo embalamento do artigo perigoso para fins de transporte.

Expedidor: a pessoa que entrega a carga ao transportador para efetuar o serviço de transporte.

Equipamento de segurança: dispositivo de natureza especializada, para uso individual ou como parte de um
sistema, na detecção de armas, substâncias, objetos ou dispositivos perigosos e/ou proibidos que possam ser
utilizados para cometer um ato de interferência ilícita.

Inspeção de segurança da aviação civil: aplicação de meios técnicos ou de outro tipo com a finalidade de
identificar e/ou detectar armas, explosivos ou outros artigos perigosos que possam ser utilizados para cometer
ato de interferência ilícita.

Inspetor de Aviação Civil: pessoa credenciada pela ANAC para o exercício de inspeção das atividades da
aviação civil.

Mala postal: volume contendo correspondência e/ou outros objetos confiados pelas administrações postais a
uma empresa aérea para entrega a outras administrações postais.

Malote: volume, não enquadrado como mala postal, contendo documentos e/ou outros itens, confiado à empresa
aérea para entrega a diferentes destinatários.

Manuseio de artigo perigoso: atividade de transbordo, armazenagem, carregamento, embalagem,


consolidação, desconsolidação, recebimento ou expedição de carga perigosa.

Recintos alfandegados: aqueles assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou
na zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e
despacho aduaneiro de:

a) mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial;

b) bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e

c) remessas postais internacionais.

Serviço de courier: sistema de coleta e entrega rápida de encomendas e correspondência que utiliza o serviço
de transporte aéreo.

Terminal de carga aérea - TECA: instalação aeroportuária dotada de facilidades para armazenagem e
processamento de carga, e onde ela é transferida de uma aeronave para um transporte.

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ANEXO C

LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA ACEITAÇÃO


DE ARTIGOS PERIGOS

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Rev. mar 2022 Página 144
Rev. mar 2022 Página 145
Rev. mar 2022 Página 146
Rev. mar 2022 Página 147
Rev. mar 2022 Página 148
Rev. mar 2022 Página 149
Rev. mar 2022 Página 150
Rev. mar 2022 Página 151
Rev. mar 2022 Página 152
Rev. mar 2022 Página 153
Rev. mar 2022 Página 154
Rev. mar 2022 Página 155
Bibliografia:

RBAC nº 175 – Transporte de Artigos Perigosos em Aeronaves Civis


Instrução Suplementar 175-001 Revisão H
Dangerous Goods Regulations da IATA – 63ª. EDIÇÃO
DOC. 9284 da OACI
DOC. 9481 da OACI

(PÁGINA FINAL)

Rev. mar 2022 Página 156

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