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HST

MANUAL DE APOIO
AREAS ADMINISTRATIVAS
E

OPERAÇÕES

Elaborado por:Cláudio António


JSA & PERMIT WORK
JSA
-Definições
-Importancia
-Aplicação

PERMIT WORK
-Definições
-Importância
-Aplicação

CODIGOS DE CONDUTA
-Definições
-Importância
-Aplicação

CHECK LIST
-Definições
-Importância
-Aplicação
CÁLCULO DE QUALIDADE DE
EQUIPAMENTOS -HST

-DISPONIBILIDADE

-EFICIÊNCIA
-INDICE QUALIDADE
-EFECTIVIDADE EQUIPAMENTO
CARGAS PERIGOSAS

O que são cargas perigosas?


São consideradas mercadorias perigosas matérias ou objetos que devido à sua
inflamabilidade, toxicidade, corrosividade ou radioatividade, por meio de derrame,
emissão, incêndio ou explosão, podem provocar situações com efeitos nefastos
para o Homem e para o meio ambiente.

As Recomendações sobre o Transporte de Mercadorias Perigosas da ONU


agrupa as matérias consideradas perigosas em nove classes, de acordo com a
natureza do perigo que apresentam:
Quais os requisitos obrigatórios para o transporte de carga perigosa?
Para que o transporte de cargas perigosas seja efetuado em segurança e cumprindo a
legislação em vigor, é obrigatório cumprir os requisitos estipulados na regulamentação
para cada meio de transporte, ou seja, no ADR DRG e IMDG.
Aspetos como a marcação das embalagens e a documentação exigida são transversais aos
diversos meios de transporte.
Marcação das embalagens:
No sentido de harmonizar a classificação e rotulagem internacional de matérias perigosas,
surgiu o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (GHS), que substitui os vários padrões de classificação e rotulagem utilizados nos
diferentes países, através do uso de pictogramas de perigo, facilitando assim a
padronização do embalamento e rotulagem no transporte internacional de mercadorias
perigosas.
Assim, as embalagens das mercadorias perigosas, independentemente do meio de
transporte, devem ostentar os pictogramas normalizados que identifiquem a mercadoria e
os perigos que a mesma representa. Esta marcação é importante não só por transmitir
uma noção intuitiva dos riscos das matérias, mas também por ser um elemento auxiliar
nas operações de separação de cargas na expedição e carregamento de mercadorias
perigosas.
Documentação obrigatória:
 Documento de transporte consoante o meio de transporte utilizado (guia de
transporte, CMR, air waybill; bill of lading; Declaração de Carga Perigosa (DGD));
 Instruções escritas de acordo com a regulamentação em vigor, preferencialmente
na língua nativa da tripulação do meio de transporte, para que estes saibam como
agir em caso de acidente;
 Documento de identificação com fotografia de cada membro da tripulação do
veículo (no caso do transporte terrestre);
 Certificado de aprovação do veículo, no caso do transporte em cisternas e
transporte de matérias e objetos explosivos (no caso do transporte terrestre);
 Certificados de formação do condutor (Carta de Condução e Certificado de
Formação de Condutor ADR, no caso do transporte terrestre);
Relativamente ao transporte de mercadorias perigosas por estrada, que é regulamentado
pelo ADR, existem ainda outros requisitos obrigatórios, nomeadamente no que diz
respeito ao equipamento obrigatório a ter no veículo, ao material de proteção da
tripulação, à sinalização do veículo e à nomeação de um conselheiro de segurança.
Equipamentos obrigatórios:
 Cada veículo deve possuir extintores de incêndio com as capacidades definidas no
ADR (em função da sua capacidade de carga);
 Em cada veículo devem existir calços apropriados ao seu peso e ao diâmetro das
rodas, dois sinais de aviso portáteis (por exemplo cones cor-de-laranja refletores).
 Cada membro da tripulação deve dispor de um colete ou fato retrorrefletor, um
aparelho de iluminação portátil, um par de luvas de proteção e proteção para os
olhos (por exemplo óculos de proteção).
 Para cargas das classes 2 e 6 pode também ser obrigatório o uso de máscara de
proteção.
Sinalização do veículo:
 No transporte de mercadorias perigosas embaladas o veículo deve ostentar, à
frente e atrás, painéis laranja de acordo com as exigências do ADR;
 No transporte de mercadorias perigosas a granel ou em cisterna, os painéis laranja
deverão o número de perigo e o número ONU, a unidade de transporte tem ainda
de ostentar as placas-etiqueta correspondente à mercadoria transportada.
Transporte de Carga Perigosa:
especificidades
O transporte de carga perigosa, pelos riscos que apresenta para a segurança e para a
saúde da sociedade e do meio ambiente, está sujeito a legislação específica, seja o
transporte efetuado por via terrestre, marítima ou aérea. A regulamentação prevê
requisitos especiais relativamente à tripulação, sinalização dos veículos, documentos a
bordo, embalamento das mercadorias e marcação das embalagens, com o objetivo de
reduzir tanto quanto possível os riscos associados ao transporte de mercadorias perigosas.
A Organização das Nações Unidas, através do Conselho Económico e Social das Nações
Unidas, emitiu as Recomendações sobre o Transporte de Mercadorias Perigosas, que
servem de base para a maioria dos regulamentos nacionais e internacionais.
No que respeita ao transporte aéreo, a entidade responsável por regular o transporte
internacional de mercadorias perigosas por via aérea é a Associação Internacional de
Transporte Aéreo (IATA), através do Manual de Regulamentação de Mercadorias
Perigosas (DGR).
Relativamente ao transporte marítimo, a Organização Marítima Internacional (IMO) é a
entidade reguladora, através o Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas
(IMDG).
No caso de Portugal, como parte integrante da União Europeia, o transporte de
mercadorias perigosas por estrada é regido pelo Acordo Europeu relativo ao Transporte
Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada  (ADR).
CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Tabela 1 – Classificação ONU dos Riscos dos Produtos perigosos
Classificação Subclasse Definições
1.1 Substância e artigos com risco de explosão em massa.
Substância e artigos com risco de projeção, mas sem risco de
1.2
explosão em massa.
Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de
Classe 1 1.3 explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em
Explosivos massa.
1.4 Substância e artigos que não apresentam risco significativo.
1.5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa;
1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.
Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão normal são
inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o
2.1
ar ou que apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de, no mínimo
Classe 2 12%, independente do limite inferior de inflamabilidade.
Gases Gases não-inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes, oxidantes
2.2
ou que não se enquadrem em outra subclasse.
Gases tóxicos: são gases, reconhecidamente ou supostamente,
2.3
tóxicos e corrosivos que constituam risco  à saúde das pessoas.
Líquidos inflamáveis: são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que
contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor
Classe 3 inflamável a temperaturas de até 60,5°C, em ensaio de vaso fechado,
-
Líquidos Inflamáveis ou até 65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, ou ainda os explosivos
líquidos insensibilizados dissolvidos ou suspensos em água ou outras
substâncias líquidas.
Sólidos inflamáveis, substâncias auto-reagentes e explosivos sólidos
insensibilizados: sólidos que, em condições de transporte, sejam
facilmente combustíveis, ou que por atrito possam causar fogo ou
4.1
Classe 4 contribuir para tal; substâncias auto-reagentes que possam sofrer
Sólidos Inflamáveis; reação fortemente exotérmica; explosivos sólidos insensibilizados que
Substâncias sujeitas à possam explodir se não estiverem suficientemente diluídos.
combustão espontânea; Substâncias sujeitas à combustão espontânea: substâncias sujeitas a
substâncias que, em contato 4.2 aquecimento espontâneo em condições normais de transporte, ou a
com água, emitem gases aquecimento em contato com ar, podendo inflamar-se.
inflamáveis Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis:
substâncias que, por interação com água, podem tornar-se
4.3
espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em
quantidades perigosas.
Substâncias oxidantes: são substâncias que podem, em geral pela
5.1 liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou
Classe 5 contribuir para isso.
Substâncias Oxidantes e
Peróxidos Orgânicos Peróxidos orgânicos: são poderosos agentes oxidantes, considerados
5.2 como derivados do peróxido de hidrogênio, termicamente instáveis
que podem sofrer decomposição exotérmica auto-acelerável.
Substâncias tóxicas: são substâncias capazes de provocar morte,
6.1 lesões graves ou danos à saúde humana, se ingeridas ou inaladas, ou
Classe 6 se entrarem em contato com a pele.
Substâncias Tóxicas e
Substâncias Infectantes Substâncias infectantes: são substâncias que contém ou possam
6.2 conter patógenos capazes de provocar doenças infecciosas em seres
humanos ou em animais.
Qualquer material ou substância que contenha radionuclídeos, cuja
Classe 7
- concentração de atividade e atividade total na expedição (radiação),
Material radioactivo
excedam os valores especificados.
São substâncias que, por ação química, causam severos danos
Classe 8
- quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento,
Substâncias corrosivas
danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o próprio veículo.
Classe 9
São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco  não
Substâncias e Artigos -
abrangido por nenhuma das outras classes.
Perigosos Diversos

Eis as Ilustrações

Classe 1 - Materiais e objectos explosivos

Explosivo
Explosivo Explosivo
(perigo de
(contém (explosivos
Explosivo incêndio de
agentes extremamente
grandes
explosivos) sensíveis)
proporções)

Classe 2 - Gás

Gás não inflamável


Gás inflamável Gás tóxico
não-tóxico

Classe 3 - Líquidos inflamáveis

Líquido inflamável

Classe 4 - Outros inflamáveis


Liberta gás
Espontaneamente inflamável ao
Sólido inflamável
inflamável contacto com a
água

Classe 5 - Favorece o incêndio

Matérias comburentes Peróxidos orgânicos

Classe 6 - Tóxicos infecciosos

Matérias tóxicas Matérias infectuosas

Classe 7 - Materiais radioactivos

Radioactivo Radioactivo Radioactivo Cindível

Classe 8 - Materiais corrosivos

Material corrosivo

Classe 9 - Outros
Produtos quentes Matérias e objectos perigosos

Esta sinalização não só se aplica ao transporte rodoviário como ao ferroviário, marítimo e


aéreo (Símbolos, 2008).
LEITURA E INTERPRETAÇÃO (DANGEROUS GOODS)

Lê –se 2 3 1 0 7 5
Eis a Leitura e interpretação detalhada do cartão:
Observa-se que a marcação de conformidade descreve uma codificação na embalagem.
Essa especificação, estabelece a partir de letras e números informações completas que
trazem as características das embalagens. Uma embalagem de produtos perigosos deve
trazer informações sobre o produto químico perigosos em relação a saúde, segurança e
meio ambiente.
A marcação de uma embalagem deve conter:
a) O símbolo das Nações Unidas
b) O primeiro algarismo arábico indica o tipo de embalagem
1- Tambor
2- (Reservado)
3- Bombona
4- Caixa
5- Saco
6- Embalagem Composta
c) O segundo caractere indica do tipo de material
A = Aço
B = Alumínio
C = Madeira Natural
D = Madeira Compensada
F= Madeira Reconstituída
G = Papelão
H = Material Plástico
L = Têxteis
M = Papel, multifoliado
N = Metal
P = Vidro.
d) Poderá conter um terceiro código que indicará o tipo de tampa utilizada.
1- Tampa não removível 2- Tampa removível e) Após essa informação e entre as barras
inicia-se com uma letra, representadas pelas letras X, Y ou Z que indicam o(s) grupo(s) de
embalagem para o(s) qual (quais) o projeto tipo foi homologado: 23 X - para os Grupos de
Embalagem I, II e III; Y - para os Grupos de Embalagem II e III; Z - só para o Grupo de
Embalagem III. f) A segunda parte indica a massa do produto em Kg. g) Após a barra a letra
"S", indicando que a embalagem se destina a conter sólidos ou embalagens internas para
embalagens destinadas a conter líquidos (exceto embalagens combinadas); h) Os últimos
dois dígitos do ano de fabricação da embalagem. Para embalagens dos tipos 1H e 3H, é
exigida, também, a indicação do mês de fabricação, a qual pode ser colocada em local
distinto das demais. i) Na linha inferior consta a sigla do país que autoriza a aposição da
marca, utilizada no tráfego internacional por veículos motorizados; j) O nome do
fabricante ou outra identificação da embalagem especificada pela autoridade
competente. No caso do transporte de produtos perigosos em embalagens internas
dentro da quantidade limitada, conforme a coluna 9 (nove) da relação de produtos
perigosos, a embalagem externa deve portar o símbolo de quantidade limitada. Quando o
caso de Qte LTDA por embalagem interna, o fabricante já coloca no volume externo este
símbolo

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