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Rio de Janeiro
1993
ISBN 85 240 0464 9
© IBGE
' Dedicado ao geógrafo Miguel Angelo Campos Ribeiro do Departamento de Geografia da FundaçÃo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística DEGEO/IBGE por
sua atenção e lnelatóncia pare que eu escrevesse um texto sobre o meio ambiente utilizando os principia de humanismo em
Geografia
" Sobre o "Aterro do Flamengo" ver entre outros o Rio de Janeiro e suas Praças 1988
to, espelhado nos moldes ingleses, o Campo de lhas em diagonal - ou veredas ligeiramente for
Santana tornou-se um parque construído acima tas - com os próprios pés Uma maneira sim
do nível das ruas que o circundam, ostentando ples, eficiente e cômoda de cortar caminho, para
uma pompa magnífica ornada com alamedas, chegar mais rápido ao seu destino"
lagos, cavernas artificiais, variados tipos de ár- Quanto a outras características e adaptações
vores e gramíneas, além de animais, como co- das maravilhas do campo ao espaço urbano,
tias, cisnes e pavões" Palco imponente das pode-se lembrar que os subúrbios americanos e
cerimônias festivas do casamento do Príncipe os bairrosjardins persistem, com êxito, em co
Dom Pedro e Dona Maria Leopoldina (em nectar o esplendor do verde à grandeza da tida
1818), o espaço em questão serviu também (iro- de O cinema tem sido pródigo em mostrar a
nicamente), em 1889, como plataforma para o platéias embevecidas as vantagens locacionais
brado da Proclamação da República Em 1942 a e aprazíveis dos subúrbios americanos, édens
área verde em destaque cedeu uma parte de preenchidos por mansões com dois ambientes,
seu terreno para a construção de um monumen- sem muros, cercadas de canteiros e jardins Nos
to suntuoso: a Avenida Presidente Vargas, com países desenvolvidos, como os Estados Unidos,
suas pistas largas Todavia, os seus atalhos e as pessoas de alto poder aquisitivo residem em
notadamente o seu interior estão a salvo do ba bairros afastados da confusão e do ar poluído do
rulho ensurdecedor e do fantástico movimento centro de negócios e, ao mesmo tempo, próxi-
de veículos que transitam em suas redondezas mas (de automóvel) da abundância de bens e
Protegido por grades e portões de ferro, o uso do serviços oferecidos nos espaços urbanos Nos
Campo de Santana se restringe ao horário diur- países do Terceiro Mundo onde os custos para a
no e às primeiras horas da noite, evitando, as- implantação dos melhoramentos urbanísticos e
sim, segundo os administradores públicos, que a irradiação das amenidades se tornam extre
o local se transforme em antro noturno de va- mamente dispendiosos, as elites e alguns seg
dios, mendigos e assaltantes mentos da classe média procuram, da mesma
Os parques, jardins e sobretudo os edifícios forma, habitar em redomas de verde, como os
levantados hodiernamente costumam mere- bairros jardins (ou em condomínios fechados,
cer, em sua maioria, a mesma atenção devota- nas encostas das serras ou ainda à beira-mar)
da aos seus antecessores? Os arquitetos,
planejadores e paisagistas permanecem das Aterros, Subterrâneos, Túneis
lumbrando os povos com os cuidados e dese e Represas : A Profanação
nhos dispensados aos prédios e áreas verdes da Natureza
Contudo, algumas paisagens, até mesmo
aquelas que podem ser intituladas como ul- O saber geográfico tem procurado elucidar as
tramodernas, parecem obedecer a um padrão questões referentes à sagração e profanação dos
estandartizado A essas paisagens monótonas, lugares Assim, aproveitando a idéia expressa
"xerocopiadas", com repetição de seqüências, pela tradição judaico-cristã, o humanismo em
o geógrafo Relph" conceituou, em sua tese de geografia lembra que todo e qualquer lugar, em
doutoramento, como placelessness, neologismo razão da onipresença do Senhor, é sagrado"
que, em português, talvez possa ser mais bem Todavia, a temática a ser abordada nesta parte
compreendido como "deslugar" do texto diz respeito à profanação da natureza
Com referência aos parques e jardins, os espe- Por que (e para que) o homem constrói ater-
cialistas tentam converter, com capricho, para o ros, subterrâneos, túneis e represas? A respos-
bem-estar das populações, a exuberância da na- ta, seguindo a trilha do pensamento aqui
tureza No entanto, como lembra Mello" "os pla- traçado, é simples: para viver a "boa vida" Em
nejadores fechados em seus gabinetes parecem contrapartida, o que diriam os povos das cha-
ignorar detalhes mínimos enfrentados pelo povo madas sociedades tradicionais - como índios
em sua vida cotidiana O traçado dos caminhos brasileiros, pigmeus africanos e aborígines aus-
nos parques e jardins é riscado sem consulta aos tralianos - acostumados a operar pequenos im-
populares Assim, nos desafios do dia a dia o pactos e a viver em comunhão com a natureza?
povo não obedece aos caminhos aprontados pelas O local das grandes metamorfoses é, por ex
políticas públicas, passando a redesenhar as tri- celência, a cidade, um monumento suntuoso
1~ ORio de Janeiro e suas Praças (1988) p 20
ix Tese de doutoramento em geografia de RelphEdward publicadaem livro no ano de 1976
i1 Mello 1990 p 98
"Com respeito è sagração doslugares as consultas podem ser feitas entre outros aTuan 1978 Mello 1990 p 107 eMello 1991 p 199
produzido pelo homem, onde se pode viver a elevação que obstruía o espraiamento do centro
"boa vida", em função da pluralidade dos recur- da cidadela
sos disponíveis Entretanto, esta jóia majestosa, Ao longo de sua existência o "Parque do Fla-
eternamente burilada, perpetua se em meio a mengo" tem servido de arena para vários even-
constantes reparos Na realidade, o espaço ru- tos Mesmo antes de sua inauguração sediou,
ral também sofre mudanças, mas as ações pre- em 1955, com altar projetado 'pelo urbanista
datórias/restauradoras de maior relevância Lúcio Costa, as solenidades litúrgicas do
ocorrem no espaço urbano tais como desmontes
e aterros, algumas das grandes insígnias do ho- XXXVI Congresso Eucarístico Internacional
mem no espaço. Nesse sentido, o caso do Rio de Nas últimas décadas, o "Aterro" experiencia,
Janeiro é notório A cidade, fundada no Século nos dias úteis, manifestações importantes por
XVI, junto aos morros Cara de Cão e Pão-de- ser um centro e local de passagem, repouso, di-
Açúcar, foi, pouco tempo depois, transferida versão, cultura e trabalho Aos domingos, com o
para o morro do Castelo Mas a presença de vá- trânsito correndo tão-somente nas pistas situa-
das junto ao paredão de edifícios do bairro do
rios acidentes geográficos - como morros, brejos, Flamengo, o "Aterro" cumpre as funções perti-
mangues, lagos, rios e o próprio mar - impedia o nentes a um parque, ao ser transformado em
seu espraiamento Por conseguinte, o homem um grande playground para recreação de adul-
passou a empreender diferentes retoques urba- tos e crianças
nísticos para tornar a cidade saudável, aprazí-
vel e funcional, logo, humanizada No que concerne aos subterrâneos, o metro-
O "Aterro do Flamengo" - assim popularmen- politano - sistema de viação que desliza sobre
te chamado - é um dos exemplos mais significa trilhos no subsolo de algumas das grandes ci-
tivos do processo de embelezamento e expansão dades do planeta - salienta uma outra faceta
que a paisagem carioca tem recebido ao longo laboriosa e desafiante do homem como trans-
de sua existência Situado entre a baía de Gua- formador da natureza
nabara, cercanias da área central e Zona Sul da A maioria dos metros - construídos para de-
"Cidade Maravilhosa", o "maior parque urbano safogar o trânsito de superfície - exerce um fas-
do mundo" abriga, junto a um concorrido bal- cínio notável, não apenas por sua própria
neário e sobre uma extensa faixa ajardinada concepção, como pela grandiosidade ou misté-
além de diversos monumentos, clubes náuticos, rios que encerram O underground de Londres
restaurantes, museus de artes e militares, qua- causa espanto por ter sido aberto no século pas-
dras e campos esportivos -, também vias que sado e por servir aos mais diversos recantos da
servem como escoadouro do tráfego de veículos capital inglesa O metro de Moscou é reconheci-
Os primeiros aterros em seu perímetro foram damente uma relíquia que ostenta desenhos, vi
executados entre 1779 e 1783 com o arrasamen- trais e pinturas como uma galeria de arte
to do morro das Mangueiras, resultando na ex- subterrânea O subway de Nova Iorque é famo-
tinção da infeçtada lagoa de Boqueirão Outros so por mesclar, à sua eficiência, perigo e violên-
pequenos aterros foram realizados sob a res- cia O metrô de São Paulo facilita a vida dos
ponsabilidade dos moradores locais com autori- paulistanos estabelecendo ligações nos sentidos
zação e, por vezes, ressarcimento da Câmara norte-sul-leste-oeste da maior cidade da Améri-
Municipal Em 1919, na antevéspera da exposi- ca do Sul O caso do metropolitano do Rio de Ja-
ção comemorativa do Centenário da Inde- neiro é igualmente admirável Como grande
pendência do Brasil, o "Aterro" teve as suas parte do seu eixo primaz serve à área central,
dimensões acentuadamente ampliadas Para a os meandros e transtornos para sua execução
concretização de tal objetivo, o morro do Caste- foram enormes
lo - "berço dá cidade" - foi arrasado e seus edifí-
cios históricos, entre eles a antiga Catedral, A estação Carioca do metrô do Rio de Janei-
bem como vários prédios residenciais, destruí- ro, uma das mais imponentes e de movimento
dos Seu entulho continha um volume de tal mais intenso do core da cidade, funciona como
monta que serviu igualmente para aterrar par- amostra em relação aos obstáculos vencidos du-
te da orla marítima do bairro da Urca e o sopé rante a perfuração dos caminhos subterrâneos
do morro do Pão-de-Açúcar Uma outra etapa na ex-capital do País O famoso Largo da Cario-
de alargamento do Parque Brigadeiro Eduardo ca - erigido em sítio onde anteriormente havia
Gomes - seu nome oficial data de 1954 com a uma lagoa - enfrentou, durante séculos, várias
demolição do morro de Santo Antônio, outra ondas de aterros, ampliações e processos de
16 Oliveira (inédito)
namentais " Debaixo d'água lá se vai a vida À guisa de ilustração, vale recordar que, em
inteira : " transformada com o "progresso" em suas premissas evolucionistas, Lewis Henry
inquietações e lembranças Todavia, ao lado da Morgan (1818-1881), "pai da antropologia ame-
crueldade do desalojamento das pessoas da ricana", arrola algumas das grandes fases cul-
mística do antigo universo vivido, resta ainda, turais do homem partindo da etapa anterior à
juntamente com a saudade, o consolo de conti- dieta do peixe e o acesso ao fogo e à fala até a
nuar navegando nas águas do "Velho Chico" (o civilização, com o advento do alfabeto" Hodier
carinhoso apelido do rio) em embarcações como namente, a complexidade e a heterogeneidade
" o gaiola " e usufruir do potencial e fartura dos bens e serviços são - não há como negar - al
oferecidos pela represa de Sobradinho, com vis- tamente seletivas Mas, no conjunto das inova
tas à prosperidade e à "boa vida" ções, o laser, a "maquininha" das instituições
bancárias (com sistema on line), o microcompu-
tador, o fax, o telex, as transmissões radiofóni
Shopping Center - A Utópica cas e televisivas via satélite, a antena
Natureza Pós-moderna? parabólica, a liberdade de ação, os novos costu
mes e experiências, para citar apenas alguns
Os shopping centers seriam o coroamento do exemplos, trazem benefícios à população mun-
patamar mais radical e sofisticado da natureza dial, como podem ser reconhecidos nos serviços
(re)elaborada pelo homem?-4s chamadas "cate prestados pela medicina e nos momentos de La-
drais do consumo", somatório de vários aspec zer
tos, associam elementos do projeto utópico Os shopping centers - construídos em conso-
sonhado por Thomas Morus (1480 1535) e a pa- nância com os ditames estadunidenses - "sub-
rafernália da pós-modernidade centros fechados e de luxo", ou como quer que
Nas fantasias extraordinárias de Morus os sejam rotulados, não devem ser confundidos (a
habitantes dos lugares utópicos vivem em casas ressalva é importante) com as galerias comer-
cobertas por um telhado resistente ao mau tem- ciais. Enclaves glamurosos e das maravilhas,
po e dotadas de janelas envidraçadas contra- onde os passantes são belos ou assim se fazem,
postas à ação da corrente de ar" As ruas e por suas roupas e ainda pela conduta, esses
praças - amplas, higiênicas e ajardinadas - com- "rincões da pós-modernidade", como nos lindos
poriam (de maneira resumida) o emolduramen- sonhos de fadas, reproduzem paraísos encanta
to desses magníficos recantos paradisíacos dos, os quais oferecem para os seus "eleitos" co-
modidade, música, pequenos lagos e canteiros,
A pós-modernidade, por outro lado, é uma te- iluminação feérica, comércio e serviços refina-
mática que tem acirrado discussões acaloradas dos, além de proteção contra a violência, a po-
no âmbito das ciências sociais e das filosofias luição, as intempéries e a pobreza ou miséria do
Enquanto alguns estudiosos se debruçam com mundo "exterior""
afinco sobre o assunto, outros pensadores en-
tendem o pós-moderno como uma tolice estéril, Epílogo
conseqüência de um modismo pedante
Com "o suor do teu rosto comerás o teu pão"
A mídia, vez por outra, transmite, para o (Gênesis, 3,19) disse o Criador a Adão, antes de
grande público, as idéias de alguns especialis- expulsá-lo do Jardim do Éden Desde então, o
tas de que a modernidade começou com a the homem, com perseverança e constância conti-
gada de Colombo à América em 1492 Os nua insistindo em "retornar" ao paraíso
primeiros passos do homem na lua não pode-
riam ser, então, o marco de um novo tempo? Os fiéis seguidores de algumas religiões
Para o antropólogo Jair Ferreira dos Santos, crêem que após o sofrimento vivido na Terra al-
um dos filósofos de pós moderno, as mudanças cançarão o reino dos céus Os princípios e os de
do pós-guerra demarcaram uma nova era Geó- sejos de chegada a um mundo fabuloso não se
grafos como David Harvey opinam que o exór restringem aos adeptos de filosofias monoteís-
dio da pós-modernidade se deu com a implosão tas como cristãos e muçulmanos Agnósticos e
de um prédio, símbolo da arquitetura moderna, crentes, e ainda povos de sociedades tribais al
ocorrida em 1972'8 mejam ancorar no paraíso ou viver a "boa vida"
1° 91Lan citando Palmar p s
"e Santos Jair Ferreira doe 1988 e Harvey 1888
" Peito 1984 p 90 89
"Mello 1991 p 200
Antes do "Descobrimento do Brasil", em 1500, portal do paraíso para viver a "boa vida" (nesta
os povos do mundo Tupi-Guarani - instruídos ou em outra dimensão), A busca, continua
pelos karai, profetas-filósofos, que se diziam fi-
lhos de uma mulher com uma divindade - for- Bibliografia
maram intensas correntes migratórias em
direção ao leste, ao encontro da "terra sem ABREU, Maurício de Almeida Evolução, urbana do
mal" Embora a barreira oceânica frustrasse o Rio de Janeiro Rio de Janeiro : IPLAN/Zahar,
sonho de atingir o que poderia ser traduzido 1987 147 p
para a cultura ocidental como um espécie de BUTTIMER, Anne Erewhon or Nowhere land In:
"shangri-lá", os índios continuaram a acalentar GALE, Stephen ; OLSSON, Gunnar, eds Philo
os delírios de aportar na morada dos deuses, sophy in Geography Dordrecht : D Reidel Pablis
onde o milho cresce sem qualquer trabalho e o hing, 1979 p 9 37
sol brilha intensamente" - Aprendendo o dinamismo do mundo vivido In:
Os sonhos e os devaneios aliviam as dores e CHRISTOFOLETTI, Antonio, ed. Perspectivas da
Geografia São Paulo: Difel, 1985 a p 165 193
conduzem os indivíduos a lugares encantados
Os meios de comunicação e as artes também co- CLASTRES, Pierre A arqueologia da violência Bra
locam (indiretamente), ao alcance das multi- siliense, 1983
dões, paraísos naturais como as ilhas dos Mares CORRÊA, Roberto Lobato Região e organização es
do Sul ou do Caribe e aqueles trabalhados pela pacial São Paulo: Ática, 1986 93 p
mão do homem Mas, com exceção de seus pró - O espaço urbano São Paulo : Ática, 1989 94 p
prios habitantes, alguns desses lugares só po
DUARTE, Aluízio Capdeville et al A área central do
dem ser visitados por turistas aquinhoados Rio de Janeiro Rio de Janeiro: IBGE, 1967 158 p
Os paraísos naturais conservam sua magia FOLCH SERRA, Mireya Geography and post-moder
diante da luz solar As noites enluaradas tam- nism: linking humanism and development stu
bém exercem um grande fascínio Contudo, a dies The Canadian Geographer, 33: 66-75, 1989
maioria as pessoas prefere não se aventurar HARVEY, David The Condition of Postmodernity :
nas praias, montanhas ou bosques junto aos an Inquiry into the Origins of Cultural Change
mistérios da noite Oxford : Basil Blackwell, 1990
As tentativas de "reproduções" paradisíacas LEY, David Rediscovering man's place Transactions
são acompanhadas de percalços e muito traba- Institute of British Geographers New Series 7:
lho, por um lado, e fantasias ou ansiedades, por 248 253, 1982
outro, que impedem o pleno gozo da "boa vida" MELLO, João Baptista Ferreira de Geografia huma
No bojo da reorganização do espaço várias nística : A perspectiva de experiência vivida e
obras construídas - de acordo com os empreen- uma crítica radical ao positivismo Revista Brasi
dedores das políticas públicas para minorar o leira de Geografia, Rio de Janeiro : IBGE, 52 (4)
91 115, out /dez , 1990
sofrimento do povo e trazer o "progresso" ense-
jam conflitos e, depois de prontas, continuam a - O Rio de Janeiro dos compositores da música
ser rejeitadas, por outros motivos Os claustró- popular brasileira 1928/1991- uma introdução à
fobos se recusam a "cortar caminho" atraves- geografia humanística Dissertação de Mestrado,
sando os túneis cavados na base dos morros ou UFRJ, 1991 301 p
a viajar de metrô "debaixo da terra", no que são NUNES, Guida Catumbi, rebelião de um povo traí
acompanhados pelas pessoas temerosas de al- do Petrópolis: Vozes, 1978 196 p
gum tipo de desabamento Os "paraísos utópi- OLIVEIRA, Lúcia de Divisão regional do Brasil em
cos" como os shopping centers são desprezados, mesorregiões e microrregiões geográficas Esta
por alguns, exatamente porque, imunes à ação do da Bahia Rio de Janeiro: IBGE (inédito)
do clima exterior, mudam o ritmo da vida tradi- PELTO, Pertti J Iniciação ao estudo da antropolo
cional e impedem o "bater pernas" nas calçadas gia Zahar, 1984 144 p
e o acompanhamento das coisas simples do POCOCK, Douglas C D Place and the novelist
mundo vivido Transactions of the Institute of British Geograp
O que é o paraíso? Onde está localizado? Às hers, New Series 6, p 337-347 1981
opiniões são múltiplas e divergentes Cada ser RELPH, Edward C Place and placelessness London :
humano tem uma concepção sobre o "shangri- Pion,1976 156 p
lá", o lugar das delícias Todavia, se há um traço - As bases fenomenológicas da geografia Geo
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