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26/07/2012

Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Dimensionamento de ligações

 Modelo de escoras e tirantes


 Apoios de extremidade
 Aparelhos de apoio simples
 Consolos
 Dentes de apoio
 Blocos de fundação

Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Modelo de escoras e tirantes

Regiões B (Bernouille) e D (descontínuas)


2

1
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Modelo de escoras e tirantes


 Abordagem consistente para análise de elementos de
concreto armado.
 Modelo é baseado em resultados experimentais.
 O elemento contínuo é transformado em uma peça
reticulada.

Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Modelo de escoras e tirantes

 Simples na base
teórica;
 Difícil de
implementar na
prática;
 Requer significativa
experiência para
projetar;
 Minimizar tirantes no
modelo proposto.

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Exemplos de modelos úteis

Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Apoios de extremidade de viga


Ligações por meio de apoios nas extremidades
sem recortes de vigas
F  1
A sd   d  Hd 
 1, 2  fyd
F
A sd  d
fyd
A sd
A sh  A sv 
8
fyd  43, 5 kN/cm2

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Verificações do aparelho de apoio


Espessura usual para elastômero não fretado = 1 cm
(dureza Shore A-60 → G = 1 MPa = 0,1 kN/cm2)

Máxima tensão de compressão:


N 0, 7 kN/cm2  elastômero simples
 
a  b  1,1 kN/cm2  elastômero fretado

Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Verificações do aparelho de apoio


a b
Fator de forma: B  (área pela superfície lateral)
2h  a  b 
Máxima distorção permitida:
HG  0, 5HQ
H 
a b
1, 5 NG  1, 5NQ
N 
B a b
2
Ga
     tgG  1, 5tgQ 
2 h
max  H  N    5G  0, 5 kN/cm2
H
Deslocamento previsto: aH  h
G
8

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Dimensões recomendadas para consolos


Consolo muito curto: a/d < 0,5
Consolo curto: 0,5 ≤ a/d ≤ 1,0
Viga em balanço: a/d > 1
é mais confiável !

a2 > cf

h
h1   a2
2
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Modos de ruptura

consolo curto consolo muito curto

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Trajetórias de tensões

tirante

trações escora
compressões

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Disposição da armadura

V Armadura
do tirante
H
T

~0,9d Armadura
de costura

Fendilhamento
da escora

Região isenta de tensões 12

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 06 Ligações

Detalhamento de armaduras

(interno)

(acompanha o pilar) 13

Estruturas pré-moldadas de concreto – 06 Ligações

Detalhamento de armaduras

0,7 Lb (interno ao estribo


vertical e à
armadura do pilar)

Ø ≤ 16 mm 14

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Compressão da escora (NBR-9062 – 7.3.4.2)


Tensão de referência:
Vd   n  f Vk
Vd
wd    wu
bd

Consolo curto:
0,18  fcd
wu 
2
a
0, 92   
 d
 3  0, 9  fyd
Consolo muito curto: 
  f 
(7.3.5.4) wu  0,27  1  ck  fcd
 250 

depende da armadura !
 8 MPa
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Coeficientes necessários

Coeficiente de ajustamento n – 7.3.1.1


Carga
Situação de permanente Demais casos
execução predominante
Elemento pré- 1,0 1,1
fabricado
Concretagem 1,1 1,2
posterior

Limite de resistência da escora


Carga direta:  = 1,00
Carga indireta:  = 0,85
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Armadura do tirante (NBR-9062)

Obrigatório: Hd ≥ 0,16 Vd (desprezar Hd < 0 !)


 a  1
Consolo curto: A sT   0,1   Vd  Hd 
 d  fyd
 0, 8  1
Consolo muito curto: A sT   Vd  Hd 
   fyd
Recomenda-se que esta armadura não
seja menor daquela para consolo curto

 fck
 0, 04 f
A  yk
Taxa de armadura:   sT 
bd f
 0,15 ck
 fyk

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Coeficientes necessários
Coeficiente de atrito 
(modelo atrito/cisalhamento
para consolos muito curtos)

Situação de coeficiente
concretagem 
peça 1,4
monolítica
posterior com 1,0
interface rugosa
posterior com 0,6
interface normal

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Detalhamento do tirante
tirante soldado
com barra de mesmo f
1
 menor dimensão
f  6
25mm
20f
espaçamento  
d

tirante com laço


1
 menor dimensão
f  8
25mm
Posição do tirante ≤ 0,2d
15f
espaçamento  
d
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Estribos horizontais (NBR-9062)

Armadura de costura
depende da carga vertical

curto:
 A sH  0, 4  a  Vd
 s   d  0,1  d  f
 cost   yd

muito curto:
 A sH  0, 5  0, 8 Vd 
 s   d   f 
 cost  yd 

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Detalhamento da armadura de costura

1
f menor dimensão
15
 0, 2d

espaçamento  20cm
 a

Posição da armadura de costura ≤ 2/3 d


(a partir da região tracionada)
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Estribos verticais

Consolo com carga direta


0, 2 A sT
A sv  
 A s min de viga
as min  0,14 b w (cm2 /m)
0,14
A s min  b w c (cm2 )
100

Com carga indireta:


(acrescentar suspensão)
Vd
A susp 
fyd

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Dentes de apoio

Basicamente, dentes de apoio (Gerber) são consolos


invertidos, com algumas particularidades adicionais
referentes ao posicionamento e ao detalhamento de
armadura específica.

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Modelos propostos

COOK e MITCHELL
(ACI, 1988)

CEB – FIP
Model code, 1990

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Modos de ruptura

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Detalhamento da armadura (NBR-9062)


(ancoragem da costura)

São obrigatórios
estribos horizontais
e verticais no dente.

(ancoragem do tirante)
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Armadura de suspensão
 Ancorada corretamente no topo da viga;
 Constituída de preferência por estribos
 Barras verticais devem ser protegidas do risco de
fendilhamento do concreto nas suas dobras

Fd
A susp  (cm2 )
d fyd

dv fyd  43, 5 kN / cm2


barras  0, 4A susp

estribos  0, 6 A susp
dv
0,25dv distribuídos em
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Blocos de fundação

Cálice pré-moldado
com rugosidade

Base de pilar
com rugosidade

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Modos de ruptura

Puncionamento da
laje de fundo

Fendilhamento do
colarinho
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Influência da interface
Nd
N M Bielas Md
comprimidas R cd
R sd

Fat,sup Fat,sup =  .H sup,d Armadura


Fat,inf =  .H inf,d em anel

Fat,inf

Fvp,d
N bf,d

interface lisa: N deve ser


transferida para a laje de interface rugosa: N é
fundo e depois suspensa transferida pelo cálice
para o topo do cálice para a laje de fundo
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Transferência de esforços internos


M junta
N Fat,sup
colarinho
V

parede 2

parede 1
H sup

Fat,inf H inf
base
N bf

Fat,bf
base colarinho

parede 3 parede 3
parede 2

parede 1

parede 1
pilar

parede 4 parede 4
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Transferência de esforços internos


parede 3
esforços do pilar
parede 2

parede 1

com componentes V pilar M


horizontais
parede 4

H sup / 2
parede 3 H sup / 2
paredes na
direção de V
parede 1

funcionam como biela


H sup consolos
parede 3 ou 4
parede 4
base
H sup / 2 Fvp
(a) (b) 32

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Recomendações geométricas

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hj Md hc > cm
1/3,5 hint ou bint
Nd b
y
Vd H sup,d

e c
f m z
b
H inf,
d
b > 20 cm (para sapata)
f sapata)
h int
h ex
t
hb
f

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Dimensionamento segundo NBR-9062


comprimento de embutimento L emb (≥ 40cm)
Interface lisa Interface Rugosa
Modelo Md Md Md Md
 0,15 2  0,15 2
N d .h N d .h N d .h N d .h
LEONHARDT
1,68h* 2,80h 1,20h 2,00h
& MÖNNIG

NBR 9062:2006 1,50h* 2,00h 1,20h 1,60h

h é a dimensão do pilar na direção considerada

Pressões Interface lisa Interface rugosa


M Md
H sup,d 1,5 d  1,25 Vd 1,2  1,20 Vd
Lemb Lemb
Md Md
H inf,d 1,5  0,25 Vd 1,2  0,20 Vd
Lemb Lemb
y 0,167.lemb 0,150.lemb
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Dimensionamento dos tirantes


Obs:  é ângulo
dc
complementar ao
definido em consolos hc As,hp
H supf / 2 distribuída na
y altura Lemb/ 3
B
h bie
cc
 h bie
= 0,15 .h ext .sen 
2

As,vp 0,15 h ext 2 c  y 


R vp tg   1
concentrada h ext 1,7hext  hc
nos cantos
H supf / 2 H supf
B R cb =
2 cos 

H supf
R vp Rcb R vp = tg 
2
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Verificação da compressão na escora


Admitindo comportamento da parede como sendo
equivalente a um consolo curto com carga indireta:

Hsup d Vd
Vd   n   wd 
2 ec d
ec é a espessura da parede
longitudinal em análise
h
d  hext  c ; acy
2
0,18  0,85fcd
wu 
2
a
0,92   
 d

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Dimensionamento da parede frontal


H sup-f,d .(n 1+1)
p sup,d =
(b int +h c )
Vbf =H sup-f,d /2

n4 ,d
se up-t

Vbt =H sup-t,d /2

s
H
R p =H sup-f,d /2  = 45º

xp

2.
b int +h c

+
 = 45º

H s sen4
2.
up
- t,d
Vaf =H sup-f,d /2 Vat =H sup-t,d /2


H af = 0

H at = 0
PLANTA

H sup-f,d .(n 1+1)


hc
emb /3
Obs.: H sup,d = H sup-f,d + H sup-t,d

emb /3
H sup-t,d
xp = (b int +h c ).(n 1+1)
2.(n 1+2)
n 1 : grau da parábola
H sup-f,d .(b int +h c )
Md =
4.(n 1+2)
N d = H sup-t,d /2 37
VISTA FRONTAL

Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Dimensionamento da parede frontal


De fato, a parede frontal está sujeita à flexo-tração.
Na prática, os resultados experimentais indicam que o
dimensionamento pode ser efetuado considerando
apenas a tração e dispondo a armadura onde a área do
ramo externo é o dobro da área do ramo interno.

Ramo externo da Ramo interno da


armadura horizontal armadura horizontal

ver El Debs – Campos (2010) 38

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Parede frontal com interface lisa

A armadura total é obtida por:

 3 2   3 
 h 0,1 L emb   4 h    0,1 L emb  h  
4
Md  Nd     Vd  L emb  
 4 1   2
  1   2

A s sup f     
2  0,8L emb  h   fyd

 = 0,3 é o coeficiente de atrito de projeto considerado


entre a junta e o colarinho (Eurocode).

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Parede frontal com interface rugosa


Hp Resultantes de pressões
p h int na parede frontal
Rcc
Resultantes de pressões Rtv h
na parede posterior As
f
hc Nd
Md Hf
p supp Hsupp Rs Rc p supf
Vd
emb /3

emb /3

Hsupf
emb /2

Hsupp f Hsupf
Hp Hf
emb

p
2A s,vp + A s,vs

Rtv Rcc
Parede transversal posterior Parede transversal frontal
zcc
h ext

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Parede frontal com interface rugosa


Considerando ângulos médios entre as paredes e as
forças transmitidas ( f = 60o e  p = 35º), a armadura total
é obtida por:
Nd
Md  Vd Lemb  h  hc 
A s sup f  2 ext
0,8hext tg 60o fyd

Mantendo coerência com o caso de interface lisa, o


ramo externo da armadura pode ser o dobro do ramo
interno.

ver El Debs – Canha et al. (2009)


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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Esquema da armadura do cálice


par. 3

As,hp As,vp
As,hp

par. 2 par. 1
As,hst

As,hft As,vp As,hft


As,hs
Asy,bf

As,vs

Asx,bf As,hsl
As,bf
PLANTA VISTA FRONTAL
par. 4

As,hst e As,hsl - armadura horizontal secund ária nas dire ções


As,hp - armadura horizontal principal transversal e longitudinal, respectivamente
As,hft - armadura horizontal de flexão As,vst e As,vsl - armadura vertical secund ária nas dire ções
transversal e longitudinal, respectivamente
As,vp - armadura vertical principal
Asx,bf e Asy,bf - armadura da base da funda çao nas dire ções
x e y, respectivamente
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Montagem da armadura do cálice

Bloco sobre 1 tubulão: cuidado


com o engarrafamento da
armadura vertical !

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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Armadura de suspensão

Deve ser posicionada na face interna da parede do colarinho.


Fd
A susp 
fyd

Interface lisa → Fd  0, 7 Nd

É útil determinar a armadura distribuída por unidade de


comprimento de cada parede do colarinho.
0, 7 Nd
A susp  (cm2 / m)
2  a  b  2  fyd

Obs: Pilar de dimensões a × b


 = folga do colarinho
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Armadura de suspensão
Interface rugosa → bloco monolítico; verificar tensão de atrito;
dispor armadura nas paredes para cada direção de flexão
quando a resultante for de tração.
 Nd Md 
Fd  0, 9     Fu (kN/m)
 2  a  b  2   a    b    
Fu  0, 4fcd  L emb (kN/m)
Fd
A susp  (cm2 /m)
fyd
N M
Pilar a × b
M no plano de b
 = folga
b+
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Estruturas pré-moldadas de concreto – 07 Dimensionamento de ligações

Laje de fundo
A laje de fundo deve ser verificada à punção com a espessura útil
inicial d para a carga vertical mínima de 0,7 Nd para interface
lisa e de 0,3 Nd para interface rugosa.

Deve ser prevista armadura de fretagem sob o pilar.

A espessura da laje de fundo deve ser superior a 20 cm.

Para dispensar armadura de punção, deve ser verificada a tensão


de punção na seção de referência (pilar com dimensões a × b):
k Nd
ref   u  0, 225 fck (MPa)
d 2  a  b   d
 0, 7 - interface lisa
k
0, 3 - interface rugosa
d é a altura útil da laje de fundo 46

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