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Texto de apoio ao curso de Especialização

Atividade Física Adaptada e Saúde


Prof. Dr. Luzimar Teixeira

MÉTODO PILATES
Informação retirada de: www.pilatesinstitute.org

A história e o homem por detrás do método. De 1880 até à atualidade. Ele sonhou
com o dia em que "Pilates" se transformasse numa palavra comum.
"Eu estou cinquenta anos antes do meu tempo", disse uma vez... e estava certo.

História
Joseph Hubertus Pilates nasceu perto de Dussledorf, na
Alemanha, em 1880. Foi uma criança doentia, que sofreu de
asma, raquitismo e febre reumática, e dedicou a sua vida a
tornar-se fisicamente mais forte. Na sua juventude, Pilates
estudou e tornou-se um executante exemplar de musculação,
mergulho, sky e ginástica. (Aos 14 anos, já estava fisicamente
desenvolvido o suficiente para pousar para o desenho de
mapas anatómicos).
Em 1912, Pilates mudou-se para Inglaterra, onde começou por
ganhar a vida como lutador de boxe, artista de circo, e
treinador de defesa pessoal a detectives. Com o início da
primeira guerra mundial, Pilates foi internado num campo em
Leicester, e mais tarde na Isle of Man. Pilates tornou-se
enfermeiro no Campo, e treinou outros internos em exercício
físico. Construiu uma reputação quando nenhum desses
internos sucumbiu a uma epidemia que matou milhares.

Depois da guerra, Pilates continuou a desenvolver um programa de fitness em


Hamburgo, onde trabalhou com a força policial local. Desencantado com o exército
Alemão, decidiu mudar-se para a América. No barco para Nova Iorque conheceu a
sua futura esposa, Clara.
Logo após chegar a Nova Iorque, Joseph abriu um estúdio no nº 939 da Oitava
Avenida. Embora se saiba pouco desse primeiros tempos da prática de Pilates, nos
anos mil novecentos e quarenta Joe tinha atingido a notoriedade no mundo da
dança. “Mais tarde ou mais cedo”, diz a revista Dance de Fevereiro de 1956,
“virtualmente todos os bailarinos de Nova Iorque, e seguramente todos aqueles que
tinham estudado no Jacob's Pillow entre 1935 e 1951, tinham-se calmamente
submetido à instrução entusiasta de Joe Pilates”.
No início dos anos sessenta, o estúdio de Pilates contava entre os seus clientes
muitos bailarinos de Nova Iorque. Jorge Balanchine treinava “no Joe's”, como ele lhe
chamava, e convidou Pilates a ensinar as suas jovens bailarinas no New York City
Ballet. Na verdade, “Pilates" começava a ser popular também fora de Nova York.
Como fez notar o New York Herald Tribune em 1964, “em aulas de dança pelos
Estados Unidos fora, centenas de jovens treinam diariamente um exercício que
conhecem como sendo Pilates, sem saber que a palavra tem letra maiúscula, e
corresponde ao nome próprio de uma pessoa real e viva".
Enquanto Joe foi vivo, apenas se conhecem dois alunos, Carola Trier e Bob Seed,
que tenham aberto o seu próprio estúdio. Trier, que tinha uma extensa experiência
em dança, conseguiu chegar aos Estados Unidos após ter fugido um campo de
concentração Nazi em França, tornando-se contorcionista de um show.
Carola voltou a encontrar-se com Pilates em 1940, quando uma lesão não
relacionada com a dança terminou abruptamente a sua carreira como bailarina. Joe
ajudou-a a abrir o seu próprio estúdio no final dos anos 50, e ficaram amigos
próximos até às respectivas mortes de Joe e Clara.
Quando Joe faleceu, não deixou testamento nem designou um sucessor para
continuar o trabalho de “Pilates”. No entanto, o seu trabalho iria continuar. Clara
continuou a operar aquilo que era chamado como o Pilates Institute, na Oitava
Avenida em Nova Iorque, de que Romana Kryzanowska se tornou a directora por
volta de 1970. Kryzanowska tinha estudado com Joe e Clara no início dos anos 40 e,
depois de um intervalo de 15 anos devido a uma mudança para o Peru, retomou os
seus estudos.
Outros estudantes de Joe e Clara abriram os seus próprios estúdios. Ron Fletcher
era um bailarino Martha Graham, que estudou e se aconselhou com Joe a partir de
1940, devido a um mal de joelhos crónico. Fletcher abriu um estúdio em Los Angeles
em 1970, onde atraiu muitas estrelas de Hollywood.
Clara gostava particularmente do trabalho de Ron, e deu-lhe a sua benção para
continuar o trabalho e o nome de “Pilates”. Como Carola Trier, Fletcher trouxe
inovações e progressões ao trabalho de “Pilates”. As suas evoluções variantes de
“Pilates” foram inspiradas tanto pelos seus anos de Bailarino Martha Graham, como
por outro mentor, Yeichi Nimura.
Kathy Grant e Lolita San Miguel também foram alunos de Joe e Clara que se
tornaram instrutores. Grant assumiu a direcção do Bendel's Studio em 1972,
enquanto San Miguel foi ensinar Pilates no Ballet Concierto de Puerto Rico in San
Juan, Puerto Rico. EM 1967, mesmo antes da morte de Joe, foram atribuídos
diplomas pelo State University of New York a Grant e San Miguel para ensinar
“Pilates”. Pensa-se que estas são as únicas praticantes a ter sido certificadas
oficialmente por Joe.
Outros estudantes de Joe e Clara que abriram os seus próprios estúdios incluem:
- A falecida Eve Gentry, uma bailarina que ensinou no Pilates Studio em Nova York,
de 1946 a 1968. Também ensinou “Pilates” no início dos anos 60 no departamento
de teatro da New York University. Depois de deixar NY, abriu o seu próprio estúdio
em Santa Fé, no Novo México. Gentry era professora nos quadros da High School
for the Performing Arts, bem como a co-fundadora da Dance Notation Bureau. Em
1979 foi-lhe dado o prémio “”Pioneer of Modern Dance Award”, pelo Bennington
College.
- O falecido Bruce King, que treinou muitos anos com José e Clara Pilates, e que foi
membro da Merce Cunnungham Company, da Alwyn Nikolais Company, e da sua
própria Bruce King Dance Company. A meio dos anos 70, King abriu o seu próprio
estúdio no nº 160W da Rua 73, em Nova York.
- Mary Bowen, uma analista de Jung, que estudou com Joe nos anos 1960. Bowen
começou a estudar Pilates em 1975 e fundou “Your Own Gym” em Northampton,
Massachusetts.
- Carola Trier, Ron Fletcher, Romana Kryzanowska, Eve Gentry, Bruce King e Kathy
Grant, foram todos alunos directos de Joe e Clara. Foram professores de segunda
geração Barbara Huttner, Steve Giordano, Jillian Hessel, Fran Lehen, Deborah
Lessen, Michele Larsson, Maru Kasakove ou Brenda Anderson.
Método adaptado a cada indivíduo
Ron Fletcher aponta que o próprio Pilates ensinava, a alunos diferentes, diferentes
técnicas e variações, dependendo das suas necessidades. Ron e outros, no estúdio
de Joe, chegaram a ser ensinados a fazer um exercício de uma forma, apenas para
na semana seguinte lhes ser dito que deveriam fazer o mesmo exercício de outro
modo. Contudo, “Pilates” não é só adaptável a cada indivíduo: é também possível de
ser melhorado, o que vem com a experiência, e com o crescente conhecimento que
temos sobre o funcionamento do corpo humano. É um método vivo e em constante
evolução. .

O sonho
Quando Joseph Pilates morreu em 1967, o seu método era praticamente
desconhecido fora do grupo restrito constituído por dançarinos, actores, e clientes
ricos que tinham treinado no seu estúdio. Joe acreditou fervorosamente no seu
trabalho e quis que cada escola e ginásio o ensinassem. Sonhou com o dia em que
"Pilates" se transformasse uma palavra comum. "eu estou cinquenta anos antes do
meu tempo," disse uma vez. Estava certo. Hoje, só nos EUA, mais de cinco milhões
de americanos praticam Pilates, e os números crescem exponencialmente. Agora,
com o nome Pilates livre das limitações aplicáveis a uma marca registrada, o sonho
de Joseph Pilates pode ainda transformar-se numa realidade.

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