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Paulo Arantes A Fratura Brasileira Do Mundo - Odt
Paulo Arantes A Fratura Brasileira Do Mundo - Odt
São
Paulo: Conrad, 2004.
Encarceramento em massa
Financeirização/elite rentista
Desaburguesamento + Proletarização
Trata-se de Dualismo
A ideia de brasilianização também evoca uma aproximação entre dois mundos: o mundo
desenvolvido e o mundo subdesenvolvido.
Um discurso sobre a fluidez e imaterialidade da riqueza capitalista contraria a tese dos “dois
mundos”. Seria tudo um mundo só. Porém:
A centralidade das cidades nesse raciocínio, entre outras coisas, entra em conflito com
vários aspectos da noção tradicional de imperialismo.
Cidades divididas ← Dualismo periférico (37-38)
Luta de classes
Quando presidente, FHC afirma em entrevista que uma parte da população simplesmente não
terá lugar na economia formal (Folha de São Paulo, Caderno Mais!, 13/10/1996).
É um discurso sobre uma “nova pobreza” que acompanha uma “nova riqueza”.
O papo dos “riscos” é que parte do mundo desenvolvido estaria se contaminando por
relações sociais anômalas semelhantes às do mundo cindido / subdesenvolvido.
Robert Castel: geração da exclusão pela inclusão > Dualismo (Mundo dos incluídos < >
Mundo dos excluídos) (53)
Marildo, nos Olhos acostumados à sombra, menciona como “a pergunta que parece animar a
investigação de Caio Prado Jr. é: de fato podemos considerar o resultado desta formação como
sociedade?” (n. 213 p. 211). Isso tem a ver com o emprego de C. P. J. do conceito de
“inorganicidade” social. (210-211).
Nesse ponto, Paulo Arantes volta a atenção do leitor para as leituras da formação da sociedade
brasileira, e encontra um eco recíproco nas descrições dos anos 1990 dos países desenvolvidos.
O que o argumento do Paulo Arantes está mostrando é que a dualidade que era lida como
colorido local é um resultado da determinação econômica da vida, é um resultado da
modernização, e não um antídoto contra ela!
Favelização
“... flexível ambivalência das zonas intermediárias entre o certo e o errado: a legislação tanto
pode ser aplicada ou não ser; ora vale a informalidade clientelista, ora as leis do mercado.” (74)
– “Punição aleatória e penas erráticas” (n. 116 p. 75) + “Fúria regulatória” necessária à
arbitrariedade.