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Um Homem-Povo

Um Homem-Povo não n!o morre


morre
jamais porque
jamais porque constitui
constitui uma
uma unida-
unida-
de indestrutível.
de indestrutlvel. Abel
Abel Djassi
Djassi (nome
(nome
de Amílcar
de Amflcar Cabral
Cabral nana clandesti-
clandesti­
nidade) era
nidade) era umum Homem-Povo.
Homem­Povo. Os Os
colonialistas assassinaram
colonialistas assassinaram oo Homem
Homem AMILCAR
AMÍLCAR
mas oo Povo
mas
tinuou em
tinuou
Povo da
em luta
da Guiné-Bissau
Guin6­Bissau con-
luta ee alcançou
con­
alcancou oo seu
seu
CABRAL
CABRAL
mais
mais nobre
nobre objetivo:
objetivo: aa Indepen-
lndepen­ CARLOS COMITINI
CARLOS COMITlNI
dência
dencia Nacional
Nacional da da Guiné-Bissau.
Guinll­Bissau.

esposo,
Amflcar­Homem, filho,
Amílcar-Homem,
esposo, pai,
fllho, irmão,
pai, engenheiro-agrônomo;
irmio,
engenheiro­agrOnomo;
A ARMA
A ARMA
Amflcar­Povo, poeta,
Amílcar-Povo, poeta, combatente, DA TEORIA
DA TEO�IA
rnaximo dirigente
máximo dirigente dodo Partido
Partido Afri-
Afri·
cano da
cano da Independência
lndependAncia da da Gui-
Gui·
n6 ee Cabo
né Cabo Verde,
Verde, umum dos
dos pais
pais da
da
Pitria Africana.
Pátria Africana. Amílcar
Amflcar Cabral,
Cabral,
revoluclonarto,
revolucionário.
O primeiro
O prlmeiro artigo desta obra
artigo desta obra
reproduz oo discurso
reproduz discurso pronunciado
pronunciado
por Amílcar,
por Amflcar, em em nome
nome dos povos
povos
ee organizações
organizacoos nacionalistas
nacionalistas das das
ex­colOnias portuguesas
ex-colònias portug.,esas nana Africa,
Africa,
na II Conferência
na ConferAncia de de Solidariedade
Solidariedade
dos Povos
dos Povos da da África,
Africa, Ásia
Asia ee Amé-
Amll­
rica-Latina
rica­Latina (A Tricontinental de
(A Tricontinental de
Havana,
Havana, Cuba),
Cuba), durante
durante aa sessão
sesslo
plenária
plen4ria dede 66 dede janeiro
janeiro dede 1966.
1966.
As
As linhas
linhas mestras
mestras dodo pensamento
pensamento
do
do autor
autor estão
est3o contidas
contidas nesse
nesse céle-
c61e­
bre discurso: domínio imperialista,
bre dlscurso: domfnio imperialista,
história e força motriz da história,
hist6ria e torea motriz da hist6ria,
alavanca social da luta de li-
alavanca social da luta de li­
bertação.
bertacio.
Em A
Em A Cultura
Cultura Nacional,
National, confe-
confe­
rAncia na
rência na Universidade
Universidade dede Sy-
Sy­
racusa, Estados
racusa, Estados Unidos,
Unidos, em
em 20
20 de
de
feverelro de
fevereiro 1970 [primeiro
de 1970 ani­
[primeiro ani-
COLEÇÀO TERCEi
COLECAO T E R C E I RO
R O MUNDO
MUNDO -
- VOL
V O L 04
04

HJCAR
CABRAL
CARLOS ITINI

A ARMA
DA TEORIA

Edltono Codecri
Editora Codocfl Ltda.
Ltdl.
Saint Roman,
Rue Saint
Rua Rom1n, 142142 —
- Copacabana
Capecablln1
Toi • 287-5799
Tel.: 797.5799
22.071 -­ Rio
22.071 ck
Rio de Janeiro -­ RJ -­ Brasil
Brull

Editor
Editor
Jaguar
Jaguar
ArN
Arte
Oount // Rafa
Douné R1f1 // Ziraldo
Ziraldo
G•,wnr, Edlrorl•I
Gerente Editoriel CCODECRI
ODECRI
Alfredo Gon�lv•
Alfredo Gonçalves
RRio de Janeiro
i o de Janeiro
Coordfln•f:lo Edltorl•I
Coordenação Editorial 11980
980
Glauco di Oliveira
Glauco de Ollvelrl
AMl'LCAR
A M Í L C A R CABRAL
CABRAL -
- A
A ARMA
A R M A DA
DATEORIA
TEORIA
©
© 1980
1980 Carlos
CarlosComltlnl
Comitini

Oireitos
Direitos reservadcs
reservadosdes ta edlcfo
desta edição •à
Edi tor a Codecrl.
Editora Codecri.

I:É vedada
vedadaaareprodu�o
reprodução total
total ou
ouparcial
parcial des ta dJra
desta obra
sem
sem aa pr6via
prévia autori�fo
autorização da
da editor&.
editora.

Capa
Capa
Ferdy
Ferdy Carneiro
Carneiro
Revislo
Revisão Sumarlo
Sumário
Mdrcla
Márcia Rodrigues
Rodrigues
Diagramação I Ar�·Flnal
Diagrama�o /Arte-Final
Luiz
Luiz Alberto
Alberto Escbssia
Escòssia
lmpressio
Impressão
Cap.
C a p . II
Sedegra
Sedegra S.A.,
S . A . , Grificos
Gráficos ce Edilorcs
Editores
Rua
R u a Matip6,
Matipó, 101/115
101/115
Amllcar
A m í l c a r Cabral
C a b r a l ee sua
s u a obra
obra 77
Rio
R i o dede Janeiro
Janeiro ­— RJ
RJ
Cap.
C a p . II
II
O
O testamento p o l í t i c o de
t e s t a m e n t o polftico A m íIIl c
de Am car
a r Cabral
Cabral 13
Cap.
C a p . 111
Ill
Assassinato de Am ii car Cabral 17
A s s a s s i n a t o de A m í l c a r C a b r a l 77
Cap. IV
Cap. IV
A arma da teoria (Am ii car Cabral) 21
A a r m a da t e o r i a ( A m í l c a r C a b r a l ) 21
'
Cap. V
A
C acultura
p. V nacional (Amflcar Cabral) 53
CIP­Brasil.
CIP-Brasil. Catal�fo­na·fonte
Catalogação-na-fonte
Sindicato
Sindicato Naclonal
Nacional dos
dos Edi tores de
Editores de Llvros, AJ.
Livros, R J. Blbllografia
A c u l t u r a n a c i o n93
al ( A m í l c a r Cabral) 5,

Cl 17 Amflcar
C117 Amílcar Cabral
Cabral :: aa arma
arma dada teoria Coordenação [de]
teoria I/ Coordeneclo [de] Carle1
Carie*
Comitini.
Comitini. - Rio de
— Rio de Janeiro
Janeiro :: Codecri,
Codecri, 1980.
1980.
(Coleção Terceiro
(Col�o Mundo ;; v,
Terceiro Mundo v. n.
n. 4)
4)

Bibliografia
Bibliografia

1. Cabral, Amrlcar,
1. Cabral, Amílcar, 1924­1973
1924-1973 2. 2. Guln .. Bl1sau ­
Guiné-Bissau - Histb­
Histó-
ria I. Comitini,
ria I. Comitini, Carlos
Carlos I.1. T(tulo
Título II.
II. Thulo:
Título: A Arma de
A Arma de teoria
teoria 111
III
Stria
Série

BB
COD
CDD -
— 923.26652
923.26652
966.52
966.52
COU
CDU ­
- 92,
92, Cabrel,
Cabral, Amtlcar
Amílcar
80­0283
80-0283 966.62
966.52
Capitulo
Capítulo II

Amilcar
Amílcar Cabral
Cabral ee sua
sua obra
obra

Amilcar
A m í l c a r Cabral C a b r a l nasceu
nasceu em e m 12 1 2 de1Setembro
d e S e t e m b r o de de 1924
1 9 2 4 em em
(Guiné-Bissau). I:
7

Bafata
Bafatá [Guine­Bissau). É estudante
e s t u d a n t e do d o LiceuL i c e u de de Sao São Vicente
Vicente
(ilhas
(ilhas de de Cabo C a b o Verde),
V e r d e ) , quando
q u a n d o comeca
c o m e ç a aa afirmar
afirmar o o seu
seu compor­
compor-
tnmento
t a m e n t o de de rotura
r o t u r a comc o m aa politica
p o l í t i c a assimilacionista
a s s i m i l a c i o n i s t a praticada
praticada pelo pelo
governo colonial
governo português. Ap6s
c o l o n i a l portuques. Após a a sua
s u a chegada
chegada a a Lisboa
L i s b o a emem
1 9 4 5 , data
1945, data em e m que q u e inicia
inicia os e s t u d o s unlversitarios
o s estudos universitários no no lnstituto
Instituto
Su p e r i o r de
uperior A g r o n o m i a , manifesta
de Agronomia, m a n i f e s t a umau m a grande
grande preocupaeao
preocupação em em
integrar-se nas
lntcgrar­se nas correntes
c o r r e n t e s de
de pensamento
p e n s a m e n t o politico
político e e cultural
c u l t u r a l que
que
,mtiio agitavam o
e n t ã o agitavam o mundo.
m u n d o . Traduz
T r a d u z essa essa preocupaeao
preocupação participando participando
111
na campanha
c a m p a n h a pela pela paz, p a z , nos
n o s movimentos
m o v i m e n t o s da d a juventude
j u v e n t u d e progressis­
progressis-
111
ta 11 e sobretudo
sobretudo n noo lancarnento
l a n ç a m e n t o das das bases
bases para para a a consciennzaeae
conscientização
uo
dos estudantes
estudantes aafricanos. fricanos.
No p e r í o d o de
No periodo de ferias
férias de de 11949, 9 4 9 , dirige
dirige um um p programa
r o g r a m a cultural
cultural
,h r ldro em
d a rádio e m CaboC a b o Verde
V e r d e (na praia) oo qual
(na praia) q u a l tern consider.Ivel reper­
t e m considerável reper-
u ., em
'cussão <:in todos
t o d o s os os meios
meios sociais
sociais das das ii has, aa tal
ilhas, tal ponto
p o n t o que
q u e as as aau­
u-
111, 11t11d s coloniais
toridades c o l o n i a i s proibem
proíbem a a ssua u a difusao.
difusão.
[m
Em L Lisboa,
i s b o a , Portugal,
Portugal, A Amilcar
mílcar e e umum g grupo
rupo d dee ccompanheiros,
ompanheiros,
•--•ituct
" d amt n t e ss a africanos oriqinarios das
f r i c a n o s originários das colónias
colimias qque u e mantinha
m a n t i n h a esse
esse
i> i tr.ivem l i a v a m váriasvarias lutas lutas no no sentido
sentido de de rreencontrarem
e e n c o n t r a r e m as as suas
suas
, I , africanas 1lrrcanas ee de de adotarem
a d o t a r e m em e m conjunto
conjunto o oss m meios
eios a adequados
dequados
iln • 11111h,1t
nmhate c contra
ontra o o ccoloniatismo.
olonialismo, é I: nesta
nesta perspectiva
perspectiva qque u e procu­
procu
• um n, r(«vitalizar
v1 lrzar aa "Casa " C a s a D'Africa"
D ' Á f r i c a " ee animam
a n i m a m algumas
algumas iniciativas
iniciativas
• "111111•1
Huflil n na "Casa
" C a s a dosd o s Estudantes
Estudantes d do o lmperio".
Império".
« II un e m
riam m 1951 1951 o o "Centro
" C e n t r o de de Estudos
Estudos A Africanos"
fricanos" q que,
u e , pela
pela
iui ç a on do do seu seu programa
programa de de ""reatricanizacao
reafricanização d dos
o s espiritos",
espíritos",
"�""ill i c t uma u m a notavel
notável influencia
influência na na futura
f u t u r a constituleao
constituição dos d o s organis­
organis-
mo! p o l í ttrcos
pull i c o s unitarios.
unitários.

7
I
Julho: Amflcar escreve um importante Relat6rio, amilise geral da
t e r m o dosd o sseusseus estudos,
e s t u d o s ,Amflcar
A m í l c a r trabalha
t r a b a l h a como
c o m o inve�i­
J u l h o : A m í l c a r escreve u m i m p o r t a n t e R e l a t ó r i o , análise geral d a
NoN o termo investi- marcha da luta do PAIGC e das caracteristicas e taras do colonia­
de Lisboa o lhe m a r c h a d a luta do P A I G C e das características e taras do c o l o n i a -
gador na Esta,;ao Agronomics ­:­ q_ue lhe perrmte lismo
lismo português, com
portugues, c o m oo name
n o m e de
de "Rapport
" R a p p o r t General"
G e n e r a l " ( Relat6rio
gador na Estação A g r o n ó m i c a de L i s b o a - o q u e permite
sobre!a srtuaeao
(Relatório
a p r o f u n d a r os
aprofundar o sseus c o n h e c i m e n t o sso�re
seus conhec�mentos situação do povo �o�­
d o povo por- Geral).
Geral).
tuguês. Regressa
tugues. Regressa ao seu pars
ao 54.:u país natal
natal ee_a1 a í poe
põe oo se';lseusabersabertec�olog1·
tecnológi-
co
c o de e n g e n h e i r o - a g r ô n o m o ao
de engenheiro­agronomo ao service
serviço da. d a analise
análise das. das r�ahd�des
realidades 1962­Junho: o PAIGC apresenta­se pela primeira vez diante das
dos guineenses. Faz
d o s guineenses. F a z oo recenseamento
r e c e n s e a m e n t o agncola
agrícola da da Gume.
G u i n é . CnaC r i a oo 1 9 6 2 - J u n h o : o P A I G C apresenta-se pela primeira vez diante das
Na�oes Unidas com um trabalho profundo de analise e critics ao
Club
C l u b Desportivo l o c a l , interditado
D e s p o r t i v o local, interditado em e m 1954 governo local.
pelo governo.
1 9 5 4 pel<;> local. Nações U n i d a s c o m u m t r a b a l h o p r o f u n d o de análise e c r í t i c a ao
colonialismo e de defesa dos interesses do povo na Guine e Caba
O b r i g a d o pela
Obrigado pela conjuntura p o l í t i c a repressiva
c o n j u n t u r a polftica repressivaaa deixar d e i x a r Gume
G u i n é onde
onde c o l o n i a l i s m o e d e defesa d o s interesses do p o v o na G u i n é e C a b o
Verde, intitulado "O povo da Guine perante as Na�oes Unidas",
s6só lhe lhe eé permitido p e r m a n e c e r uma
p e r m i t i d o permanecer u m a vez vez por por �no,a n o , ala�ga
alarga aa su:3 sua V e r d e , intitulado " O p o v o d a G u i n é perante as Nações U n i d a s " ,
da autoria de Am ilcar Cabral.
experiência concreta
experiencia c o n c r e t a de de lutaluta contra d o m i n a ç ã o co!onia!:
c o n t r a aa dominac;ao c o l o n i a l : parti­
parti- da a u t o r i a de A m í l c a r C a b r a l .
n o m e a d a m e n t e na
c i p a nomeadamente
cipa na eclosiio
eclosão dos m o v i m e n t o s naelonalistas
d o s movi�enJos nacionalistasde de 1963­Janeiro: De acordo com a decisiio do PAIGC, e desenca·
Angola, e n q u a n t o realiza
A n g o l a , enquanto realiza trabalhos
t r a b a l h o s agronom1cos
agronómicos sabre sobre aa culturacultura 1 9 6 3 - J a n e i r o : D e a c o r d o c o m a decisão do P A I G C , é d e s e n c a -
deada a luta armada, no dia 23.
d a cana­oe­acucar. deada a luta a r m a d a , no d i a 2 3 .
do algodão ee da
d o algodiio cana-de-açúcar.

Em
E m 19 1 9 de de Setembro
S e t e m b r o de de 1956,1 9 5 6 , Amflcar
A m í l c a r Cabral
C a b r a l ee cinco
c i n c o dos 1964 ­ Amflcar Cabral dirige o 1'? Congresso do PAIGC, em Cas-
seus p r i m e i r o s camaradas
seus primeiros c a m a r a d a s fundam
f u n d a m em e m Bissau,
B i s s a u , oo PAIGC
P A I G C (Partido
(Partido
dos
ca,
1 9 6 4 - A m í l c a r C a b r a l dirige o 1 ? C o n g r e s s o d o P A I G C , e m C a s -
nas regioes libertadas ao Sul, que operou uma rnudanca de·
sacá, nas regiões libertadas ao S u l , q u e o p e r o u u m a m u d a n ç a de-
Africano
A f r i c a n o da I n d e p e n d ê n c i a da
da lndspendencia da GuineG u i n é ee CabaC a b o Verde).
V e r d e ) . Um U m ano ano crsiva na marcha da luta (13 a 17 de Fevereiro).
cisiva na m a r c h a d a luta ( 1 3 a 1 7 d e F e v e r e i r o ) .
mais
m a i s tarde
t a r d e , ele
ele tern
t e m aa iniciativa
iniciativa da d a "Reuniiio
" R e u n i ã o de d e consults
c o n s u l t a ee estudo
estudo Mal!): Amflcar participa em Treviglio (lt.j.lia), num Seminario or·
M a i o : A m í l c a r p a r t i c i p a e m T r e v i g l i o ( I t á l i a ) , n u m S e m i n á r i o or-
para oo des;mvolvimento
para d e s e n v o l v i m e n t o da d a luta
luta nas colónias_portuguesas"
nas cotonlas p o r t u g u e s a s " r1:3liza·
realiza- ganizado pelo Centro Franz Fanon de Miliio, cujo tema de dis·
ganizado pelo C e n t r o F r a n z F a n o n de M i l ã o , c u j o t e m a d e dis-
da
d a em e m Paris.
Paris. DesseDesse encontro
e n c o n t r o nasce
nasce clandestmamente
c l a n d e s t i n a m e n t e em e m Lisboa,
Lisboa, cussiio e "A luta das classes exploradas pela sua emancipaeao nos
cussão é " A luta das classes e x p l o r a d a s pela sua e m a n c i p a ç ã o n o s
oo MAC
M A C (Movimento
( M o v i m e n t o Anti·Colonialista).
Anti-Colonialista). paises subdesenvolvidos dominados pelo imperialismo". A sua
países s u b d e s e n v o l v i d o s d o m i n a d o s pelo i m p e r i a l i s m o " . A s u a
onterven,;ao
intervenção suscita suscita enorme
e n o r m e interesse
interesse em e m todo m u n d o ee eé arnpla­
t o d o oo mundo ampla-
lmediatamente
I m e d i a t a m e n t e ap6s após oo massacre massacre de de Pidjiguiti,
P i d j i g u i t i , em
e m 33 de mente
mente divulgada
divulgada em e m diversos
diversos paises países sendo
sendo oo primeiro p r i m e i r o texto
t e x t o de
de
de
A g o s t o de
Agosto de 1959, regressa aa Bissau
1 9 5 9 , regressa Bissau onde preside em
onde pr_eside e m ��de1 9 d e_Sete!"·
Setem- n lise profunda
análise p r o f u n d a da
d a estrutura
e s t r u t u r a social
social da
d a Guine,
Guiné.
histórica reuniiio
bro aa hist6rica
bro r e u n i ã o do d o PAIGC
P A I G C que q u e decide
d e c i d e aa mob1hzac;ao
m o b i l i z a ç ã o pno­
prio-
ritaria das massas camponesas.
ritária das massas c a m p o n e s a s . 1965 ­ Amflcar escreve "As palavras de Ordem" que e o mais ce·
1 9 6 5 - A m í l c a r escreve " A s palavras de O r d e m " q u e é o mais cé-
P a r t i c i p a , em
Participa, e m Janeiro
J a n e i r o de de 1960,
1 9 6 0 , na na Conferencia
C o n f e r ê n c i a dos d o s Po�os
Povos bre documento
hlebre do PAIGC, no qual se indicam as normas a se­
d o c u m e n t o d o P A I G C , n o q u a l se i n d i c a m as n o r m a s a se-
A f r i c a n o s , em
Africanos, e m Tunis
T u n i s ee em e m Junho
J u n h o do d o mesmo
m e s m o ano a n o d.Jd i uumar n a conferen·
conferên- Mlil na ação revolucionária aa levar
111r na a,;ao revotucionaria levar aa caba
c a b o em G u i n é ee em
e m Guine e m Caba
Cabo
c i a de
cia i m p r e n s a em
de imprensa e m Landres,
L o n d r e s , em n o m e d�s
e m n�me d o s povos
povos em e m luta luta contra
contra Verde, em todos os
Verde, em todos os domínios.dominios.
c o l o n i a l i s m o lusitano.
oo colonialismo l u s i t a n o . Neste
Neste ano a n o eé pubhcado
p u b l i c a d o eme m Landres,
L o n d r e s ,oo fo-
fo-
lheto "Factos
lheto " F a c t o s acerca
a c e r c a das das eolonias
colónias africanasa f r i c a n a s de
d e Portugal".
P o r t u g a l " , d�de sua
sua 11 8 6 6 - Janeiro: Dirige a delega,;ao do PAIGC a reuniiio em Ha·
J a n e i r o : Dirige a delegação do P A I G C à reunião e m H a -
sob o
a u t o r i a , sob
autoria, o codinome
c o d i n o m e Abel Djassi. Este
A b e l Djassi. E s t e trabalho serviu de
t r a b a l h o se�vi� de v 11 (Cuba), que criou a "Organiza,;ao de Solidariedade dos
t e x t o aà 1�
vana ( C u b a ) , q u e c r i o u a " O r g a n i z a ç ã o de S o l i d a r i e d a d e d o s
texto 1 ? Conferencia
C o n f e r ê n c i a Internacional denunciando o
I n t e r n a c i o n a l danunciando o colonialismo
colonialismo l'nvos da Asia, Africa e America Latina" (Tricontinental), na qual
Povos da Ásia, A f r i c a e A m é r i c a L a t i n a " ( T r i c o n t i n e n t a l ) , na q u a l
portugues.
português. It, uma intervencso que foi muito discutida no mundo e alta·
f a i u m a intervenção q u e foi m u i t o d i s c u t i d a n o m u n d o e alta-
No mesmo
No m e s m o periodop e r í o d o inclusive, começa aa funcio�ar
i n c l u s i v e , co"!1ec;a f u n c i o n a r em e m G�ine·
Guiné-
111, 111 apreciada. Essa interven,;ao e considerada, em geral, como
miinte apreciada. E s s a intervenção é c o n s i d e r a d a , e m geral, c o m o
o Secretariado Geraldo Partido sob a chefia de Arnilcar 11111 contribui�iio te6rica original no piano hist6rico­filos6fico,
Conakry
C o n
Cabral.
Cabral.
a k r y o S e c r e t a r i a d o G e r a l do P a r t i d o s o b a c h e f i a de A mílcar
I"'
• que
<iue respeita a
uma c o n t r i b u i ç ã o teórica original n o p l a n o h i s t ó r i c o - f i l o s ó f i c o ,
respeita à analise da marcha
análise da m a r c h a da
d a luta
luta dos
d o s movimentos
m o v i m e n t o s dede
1,1 •• 1i lt a ç ã oo nacional
nacional e m Á f r i c a e d o s f u n d a m e n t o s ee objetivos
em Africa e dos fundamentos o b j e t i v o s da
da

1961 ­ A b r i l : tem
- Abril: lugar a
t e m lugar a "Conferencia das Orga_niza�oes
" C o n f e r ê n c i a das Organizações Nacio·
Ilui.i
"
1961 Nacio-
nalistas das
nalistas das Colonias
Colónias Portuguesas"
P o r t u g u e s a s " (CONCP),
( C O N C P ) , criada
criada eme m Rabat,
Rabat, Os crimes dos colonialistas
1968 — Os crimes dos colonialistas portugueses, denuncia
portugueses, denuncia
M a r r o c o s da
Marrocos q u a l Amflcar
d a qual Amílcar e é um
u m dosd o s principais
p r i n c i p a i s promotores
promotores e e �n­
on- , p .rante a Comissiio dos Direitos do Homem na ONU.
A m í l c a r perante a Comissão d o s D i r e i t o s do H o m e m na O N U .
d e s e m p e n h a durante
de dese�penha
de d u r a n t e umu m dadod a d o espaeo
espaço de de te�po
t e m p o as
as funeoes
funções
P r e s i d e n t e , em
de Presidente,
de representação de
e m representa,;ao de todos
todos o oss mov1mentos
m o v i m e n t o s das co·
das co- l.meiro: Realiza·se a Conferencia de Kartum (Sudiio) de
1 8 8 8 - J a n e i r o : Realiza-se a C o n f e r ê n c i a d e K a r t u m (Sudão) de
lonias lusitanas.
lónias lusitanas.
9
9
88
Solidariedade
S para ccom
o l i d a r i e d a d e para o m oos s ppovos
o v o s dasdas_col_ portuguesas, aa qqu�I
onias portuguesas,
colónias ual ssempreconsiderou
e m p r e c o n s i d e r o u oo hhomem o m e m ccomo o m o oo vvalor u p r e m o ddo
a l o r ssupremo o U Universo".
niverso".
serve dde
serve e base a
base à preparação
preparacao dda a CConferencia
onferência d dee RRoma.
oma. N Nesta,
esta, A Amil·
míl- JJunho:
u n h o : TTem lugar aa CConferencia
e m lugar o n f e r ê n c i a dede RRomao m a de de SSolidariedade para
o l i d a r i e d a d e para
car ddesempenha
car esempenha u um papel ffundamental
m papel u n d a m e n t a l ee ddecisivo.
ecisivo. cco�o m oos. pov?s das
s povos das colónias portuguesas, oonde
�olo,:,ias portuguesas, n d e 11717 1 organiza9oes
organizações
Abril:
A bril: N o v a ddenuncia
Nova enúncia d de
e A Amflcar
m í l c a r ccontra
ontra o oss pportugueses,
o r t u g u e s e s , perante
perante nnacionars
a c i o n a i s ee imternacionars, e p r e s e n t a n d o 664
n t e r n a c i o n a i s , rrepresentando pa ( ses, eestudaram
4 países, s t u d a r a m ee
aa Comissão
Comissao ddos cs D Direitos do H
i r e i t o s do Homem
o m e m na na ONU.
ONU. estabeleceram o s m
estabeleceram ?S i:neios
e i o s dede desenvolver
desenvolver aa solidariedade
solidariedade ppolitica, olítica,
Novembro:
N ovembro: E Efetua­se
f e t u a - s e eem m G Guine­Conakry,
uiné-Conakry, u um
m iimportante
mportante S Semi·
emi- m moral e material a luta dos povos africanos contra o colonialis­
o r a l e material à luta d o s p o v o s a f r i c a n o s c o n t r a o c o l o nialis-
nario de
nário de Q Ouadros,
uadros, n no o q qual
ual p participam varias dezenas
a r t i c i p a m várias dezenas de de qquadros
uadros m mo portugues. EEsta
o português. reuniao foi
s t a reunião foi aa mais
mais iimportante
m p o r t a n t e do do aano n o ee repre-
repre­
o l í t i c o s ee m militares,
i l i t a r e s , ssobre oss pproblemas
r o b l e m a s ffundamentais da vida
vicla ee ssentou
e n t o u uu_ma grande derrota
m a grande derrota ddos portugueses nno
o s portugueses piano interna-
o plano interna­
politicos
p obre o u n d a m e n t a i s da
da luta do PAIGC.
d a luta d o P A I G C . cclonal.
ional. A Amda, nessa aaltura,
i n d a , nessa l t u r a , oo PPapa
apa P Paulo
aulo V VII rrecebeu
e c e b e u oos dirigentes
s dirigentes
Dezembro: por RRichard Handyside
a n d y s i d e ee ppublicado pel�s ddo o P PAIGC,
A I G C , FFRELIMO·e
RELIMO e M MPLA
P L A ((Movimento
Movimento P Popular peia
o p u l a r pela LLiber­
iber-
D ezembro: O Organizado
r g a n i z a d o por ichard H u b l i c a d o pelas
Edi9oes SSATAGE
Edições A T A G E 11,, aaparece p a r e c e eemm L Landres, lnglaterra, uuma
o n d r e s , Inglaterra, sele,;:ao
m a seleção ta,;ao de
tação de AAngola).
ngola). A Amtlcar
m í l c a r rrespondeu
e s p o n d e u aao Papa eem
o Papa m nnome o m e tambem
também
de ttextos
de e x t o s ee ddiscursos
iscursos d do Secretario­Geral
o Secretário do PAIGC.
G e r a l do PAIGC. de AAgostinho
de gostinho N Neto
e t o ee de de SSamora
amora M Machel.
achel.

1970
1 970 — ­ JJaneiro:
aneiro: A edirora ""Francois
A edi+ora François M Maspero"
aspero" p publica
ublica o o livro
livro dede 11971
971 — ­ AAbril_: Pela vvoz
b r i l : Pela o z de de CCabral,
a b r a l , oo PPAIGCA I G C ddenuncia
e n u n c i a aa situação
situa,;ao
Amflcar
A m í l c a r ""O O P Poder
o d e r dasdas AArmas",
r m a s " , na na ssua cole,;ao ""Cahiers
u a coleção C a h i e r s Libres"
Libres" de ftome
de o m e nas 1l�as d�e
n�s ilhas e CCab?abo V e r d e , eem
Verde,. m E Estocolmo (Suecia) ee lança
s t o c o l m o (Suécia) lanea
uumm aapelop e l o àa ssohdanedade
o l i d a r i e d a d e imternacronal para uuma m a aajudaj u d a cconcreta
o n c r e t a ee
n�16�
F
? 162.
Fevereiro:
evereiro: A A cconvite
onvite d daa UUniversidade
niversidade d dee SSiracusa
i r a c u s a ((Estados

E s t a d o s U. nru­
i- urgente ao
urgente ao povo
povo ccaboverdense;
n t e r n a c i o n a l para
a b o v e r d e n s e ; pede a
pede à OONU, N U , ee ao ao seuseu Secretario­
Secretário
dos) AAmflcar da uuma conterencia nnuma reuniao especialespecial organiza-
orgamz�­ GGeral,
eral, U U TT�ant,
h a n t , parapara qque u e ttome
ome m medidas exigidas pela
e d i d a s exigidas pela situa,;ao.
situação.
a
dos) m í l c a r dá m a conferência u m a reunião
dda a eem m h homenagem
omenagem à m mem6ria
e m ó r i a ddo o D Dr.r. E Eduardo
duardo M Mondlane, Presi­
o n d l a n e , Presi- JJu�ho:
unho: A Amilcar
m í l c a r fala �la em
e m nome
n o m e dos
d o s MMovimentos
o v i m e n t o s de
de Libertacao
L i bertação
ddente
e n t e da da FFRELIMO
R E L I M O ((Frente F r e n t e de de LLibertacao
i b e r t a ç ã o de de M Mocamblque), co­
o ç a m b i q u e ) , co- afncanos, na
africanos, na sessão
sessao de de eencerramento
n c e r r a m e n t o dda a V VII
I M I�? C Conferencia
onferência d dos
os
varde ee ttraicoairarnente
varde assassinado pelos
r a i ç o e i r a m e n t e assassinado pelos ccolonialistas.
olonialistas. A A esta
e�a C Chefes
h e f e s dde e E Estado
s t a d o ee dde e G Governos
o v e r n o s dda Organiza,;ao dda
a Organização a U Unidade
nidade A Afri­
fri-
eonferencia, ccujo
conferência, u j o ttema
e m a era er� ""Libertacao
Libertação N a c i o n a l ee C
N�c.ional. Cultura'_ assis­
u l t u r a "' assis- cana ((QUA),
cana realizada eem
O U A ) , realizada m A Addis­Abeba,
ddis-Abeba, E Eti6pia.
tiópia. O 0 cchefe h e f e dodo
i r a m eeminentes
ttiram personahdades universitárias
m i n e n t e s personalidades umversrtarias vindas vmdas dde_ diversos
e diversos P PAIGC
AIGC d declarou
e c l a r o u nnaquela i m e i r a : ""Ha
a q u e l a ccimeira: pessoas oou
H á pessoas u c combatentes
ombatentes
pontos
p ontos d dos
os E Estados
stados U Unidos
n i d o s ee d doo C Canada
a n a d á ee u um grande nnumero
m grande ú m e r o dede qque ue d desesperam,
esesperam, m masa s oos povos nnunca
s povos u n c a ddesesperam.
esesperam. E I: necessário
necessario
representantes das
representantes das organizações
organiza9oes aame'.�canas mericanas q 9ue
u e se se interessam
mteressam cconfiar
o n f i a r nos povos ee nós,
nos povos n6s, ccombatentes
o m b a t e n t e s dda liberdade aafricana
a liberdade n6s
f r i c a n a , nós
pelos pproblemas
pelos r o b l e m a s dda a ÁAfrica.
frica. N Nesta ocasiao, AAm1l1;ar
e s t a ocasião, mílcar C Cabral
a b r a l profe­
profe- qque u e eestamos
s t a m o s pprontos para m
r o n t o s para morrer
o r r e r ee vvimosi m o s ccamaradas
a m a r a d a s ttomb�ro m b a r ao ao
riu ttambem
riu ambém u uma eonterencia sobre
m a conferência sobre aa luta luta do do PPAIGCA I G C eem m NovaNova nosso llado,
nosso a d o , nósn6s não nao ttemos
e m o s qqualquer razao para
u a l q u e r razão
para não nao acreditar
acreditar no no
Ilorque,
o r q u e , na na sede
sede ddas Na9oes UUnidas,
a s Nações n i d a s , ee eem m W Washington,
ashington, p pe�nte
erante a a de�tino da
destino da ÁAfrica,
f r i c a , nana ccapacidade
a p a c i d a d e de de qqualquer que seja o povo
u a l q u e r q u e seja o
povo
Comissao ddos
Comissão Neg6cios EEstrangeiros
o s Negócios strangeiros d doo C Congresso
o n g r e s s o Amencano,
Americano, afrlcano de se llbertar totalmente do jugo colonial
africano d e se libertar t o t a l m e n t e d o jugo c o l o n i a l ee racista
racista ee de de
aà qque seguiu uum
u e seguiu m aanimado
n i m a d o debate.
debate. · ttomar
o m a r nas nas suas
suas m miios
ãos o o seu
seu ddestino,
e s t i n o , ccomo
o m o vós v6s próprios
pr6prios
oo ffizestes".
izestes".
O m
O mesmo
esmo C o n g r e s s o aamericano
Congresso m e r i c a n o eeditou mais tarde
d i t o u mais tarde uuma ma b brocilu!3
rochura Naquela o p o r t u n i d a d e , A m í l c a r e n c o n t r o u - s e c o m o I m p e r a d o r
Na�uela OP?rtunidade, Amilcar encontrou­se com O lmperador
o n t e n d o aa exposição
ccontendo exposi,;ao dde Amflcar Cabral
a b r a l ee oo debate
debate qque u e entao
Haile Selassie, d a E t i ó p i a , M o k t a r O u l d D a d d a h , d a M a u r i t â n i a ,
Haile Selassie, da Eti6pia, Moktar Ould Daddah, da
L e o p o l d S e d a r S e n g h o r , d o S e n e g a l , D a v i d D i a w a r a , daMauritania,
e A mílcar C então
teve lugar.
teve lugar. · Leopold Sedar Senghor, do Senegal, David Diawara, da G âmbia e
Gambia e
Abril:
A bril: E Em m M Moscou,
oscou, U Uniao
nião S Sovietica,
o v i é t i c a , ccombatentes
o m b a t e n t e s do d� PPAIG_CAIGC Keneth
K eneth K Kaunda,
a u n d a , da da :Umbia.
Zâmbia.

a r t i c i p a m a o lado d e o u t r o s p a r t i d o s e m o v i m e n t o s de hber:ta,;:ao
participam
p ao lado de outros partidos e mov�mentos de libertação
nacional, na grande
grande festa festa da da ccomemoracao csntenario de
do centenário Aqosto: Realiza­se aa reunião
>sto: Realiza-se re_uniao do do CCo!'selho
onselho S u p e r i o r dda
Superior a LLuta
u t a (CSL),
(CSL),
n a c i o n a l , na o m e m o r a ç ã o do de
Lenine, por m meio do seu SSecretario­Geral. �aquela opo,:tumdade: org o ssupremo
órgão do PPartrdo
u p r e m o do a r t i d o eentre
n t r e ddois
ois C o n g r e s s o s , ssob
Congressos, o b aa presidência
prssidencia
L e n i n e , por eio d o seu ecreta rio-Geral. N aquela o portunidade : cf Am(lcar.
de Amílcar.
Amflcar
A disse: ""Como
m í l c a r disse: Como u umm ser ser hhumano integral, LLenme
u m a n o integral, e n i n e ssoube
oube
amar
a mar e e oodiar.
diar. A Amar
mar a a ccausa
ausa d daa libertação
llbertacao ddo o h homem
o m e m dde e todas
todas OOutubro:
utubro: O 0 Secretário
Secretario GGeral e r a l ddoo P PAIGC
A I G C visitavisita ssucessivamente
ucessivamente
especies dde
espécies opressao, aa aaventura
e opressão, ventura m maravilhosa
aravilhosa q que
u e éea vida hhumana,
a vida umana, HHre llsfnquia,
sínquia, L Landres
o n d r e s ee DDublin,
u b l i n , eencontra­se
n c o n t r a - s e ccom dirigentes ssindica­
o m dirigentes indica
ttudo o qque ha dde belo ee dde e cconstrutivo
o n s t r u t i v o ssobre planeta, _0�1ar
o b r e oo planeta. oss 11 t s britânicos
listas britanicos ee dá da uurna eonferencia na
m a conferência na CCamara
â m a r a ddos Comuns.
os C omuns. A A
a
udo o u e há e belo Odiar o
inimigos do progresso
inimigos d o progresso e d a felicidade e da feli�idade d o _homem,do o m1m190
h o m e m , o inimigo de de unpr nsa britânica
imprensa britanica ee aa BBBC B C dão dao aa m maior
a i o r ccobertura visita. Ilnclu­
o b e r t u r a à visita. nclu-
classe, ooss ooportunistas,
classe, p o r t u n i s t a s , aa ccovardia,
o v a r d i a , aa m mentrra,
e n t i r a , ttodos
o d o s oos fatores ddee
s fatores 1v na
sive na Finlândia
Finlandia foi foi rrecebido pelo Presidente
e c e b i d o pelo Presidente dda a R Republica
epública — ­ oo
aaviltamento
viltamento d da consciencia social
a consciência social ee m moral
oral d doo h homem.
omem. P Porque ele
o r q u e ele u e aacontecia
111 pela pprimeira
c o n t e c i a pela vez aa uum_
r i m e i r a vez representante de
m representante de uum movi­
m movi-

10
10 ,1
11
m e n t o d e libertação — e p e l o M i n i s t r o d o s Negócios E s t r a n g e i r o s .
mento de liberta,.ao
T u d o isto
­ e e s t r oMinistro
se t r a d u z i u e mpelo
dos Neg6cios Estrangeiros.
n d o s a s vitórias do P A I G C .
Tudo isto se traduziu em estrondosas vit6rias do PAIGC.
Capítulo IIII
Capitulo
1 9 7 2 — F e v e r e i r o : A m í l c a r C a b r a l , f a l a n d o na 1 6 3 ? sessão d o
" o n s e l­
1972 h o Fevereiro:
de Segurança Amilcar Cabral, falando na 163� sessao do
da O N U , realizada pela primeira vez e m
Á f r i c a , e mdeA d
Sonselho Seguranc;a da ONU,
(Eti6pia),
realizada pela primeira vez em
renova o convite Assembleia a
d i s - A b e b a ( E t i ó p i a ) , renova o c o n v i t e à A s s e m b l e i a O
O testamento
testamento politico
político
Africa, em Addis·Abeba
d a s Nações U n i d a s para q u e e n v i e u m a delegação à Guiné-Bissau,
das
a fim Nai;oes Unidas para que envie
d e c o n h e c e r a realidade d o P A I G C .
uma a
delega,.ao Guine­Bissau, de
de Amilcar
Amílcar Cabral
Cabral
aAfim de conhecer a realidade do PAIGC.
b r i l : G r a n d e v i t ó r i a do P A I G C . U m a comissão especial das Na-
ções U Grande
Abril: vit6ria do PAIGC. Uma comissao especial das Na­
n i d a s visita as regiões libertadas na G u i n é . *
J u n h Unidas
i;oes visita as regioes libertadas na Guine. •
o : Mais u m a r e u n i ã o c i m e i r a d a O U A , e m R a b a t ( M a r r o c o s ) .
Junho: Mais uma reuniao cimeira da OUA, em Rabat (Marrocos).
A m í l c a r C a b r a l é c o n v i d a d o aa falar falar diante
diante dos d o s Chefes
C h e f e s de de E Estado
stado
Amilcar Cabral e convidado
em nome dos movimentos de libertai;ao desse Conti·
africanos, em nome d o s m o v i m e n t o s de libertação desse C onti-
africanos,
nente.
nente.
0 trabalho de Amilcar Cabral intitulado
J u l h o : O trabalho de A m í l c a r C a b r a l i n t i t u l a d o ""Sobre Sobre o o Papel
Papel da da
Julho:
C u l t u r a na L u t a ' pela I n d e p e n d ê n c i a " ée aapresentado
Cultura na Luta' pela lndependencia"
presentado n numa reu­
u m a reu-
sobre as noções
nião d e p e r i t o s s o b r e as noi;oes dde raca. iidentidade
e raça, d e n t i d a d e ee dignidade,
dignidade, AA situação
situac;;ao eestabelecida
s t a b e l e c i d a nnaa GGu i·n ée (Bissau)
(B.i depois de 1 9 6 8 e
niao de peritos os resultados
resultados dda luta de de libertação ­ num.
libertatl1d1�c�n!'I ssau) depois de 1968 e
realizada e m Paris pela U
realizada em Paris pela UNESCO, e para a qual o Secretario G
N E S C O , e para a q u a l o Secretário Geral
eral os
deste país
a luta
- o b aa direção
a c i o n a l encabeçada pelo povo
encabe<;?da_ pelo povo
do P A I G C foi uuma m a das das 20 personalidades convidadas.
2 0 personalidades c o n v i d a d a s . deste pars — ssob direi;ao ddo o P A I G C — são comparáveis às d e u m
do PAIGC foi Estado
E s t a d o imdependente onde uma sao co_mp�rave1s as de um
Amilcar dirige aa delegação
S e t e m b r o : A m í l c a r dirige
Setembro: delega,.ao ddo o PPAIGCA I G C aos aos seguintes
seguintes n d e p e n d e n t e o n d e u m a parte d o t e r r i t ó r i o n a c i o n a l , n o -
• parte do temtono nacional, es-
no­
países: C h i n a , J a p ã o ee CCoreia. o r e i a . EEncontra­se
n c o n t r a - s e ccomo m SShianouk,
h i a n o u k , cchefe
hefe ttadamente
a d a m e n t e ooss ccentros
e n t r o s uurba
r b a nnos,
o s , ée oocupada
c u p a d a por por forças
forcas militares
militares es·
paises: China, Japao
de E s t a d o dde a m b o j a ee ccom
e CCamboja o m KKim i m IIII SSung, presidente
u n g , presidente da
da Coreia
C oreia trangeiras.
trangeiras.
de Estado
do Norte. AAs
s ddezenas
e z e n a s dde e oobservadores
b s e r v a d o r e s iins n s u s p e i. t o s , d e várias . acionali-
do Norte. dades ee diversas
diversas profissõesprofissdes ppud u��eitos, de varias nnacionali­
O utu
Outubro:
e r a n t e aa IIV
b r o : PPerante Comissao dda
V Comissão a AAssembleia
s s e m b l e i a dda a OONU,NU, A Amilcar
mílcar dades u d eer�m visrtar nosso pais por
r a m visitar nosso país por vonta-
vonta·
da u i n é ee CCabo
GGuine a b o VVerde,
e r d e , ée oo pprimeiro represen· dde pr6pria oou u cconvidados
o n v i d a d o s porr nós e f i 12;ram
J
e m n o m e ddo o povo da r i m e i r o represen- e própria z e r a m relatos irrefutáveis
em nome povo (verbais, eescritos, fotografados enf�i5 e relat<:>s irr�futaveis
t a n t e de u m povo eem
de um povo m luta luta aa usarusaraa palavra
palavra na na qqualidade
u a l i d a d e dde obser­
e obser- (verbais, s c r i t o s , f o t o g r a f a d o s e f i l m a d o s ) s o b r e a situação preva-
l o n i a laesrtuacao
tante libertadas ddoOm_a
regioes libertadas jugoosc osobr� preva­
v a d o r . A s u a bbrilhante
vador. A sua intervenc;;ao
r i l h a n t e intervenção ée aaltamenu
l t a m e n t e aapreciada
p r e c i a d a pelapela lec��te; vastas
lecente; vastaJ regiões JU�o colonial_ e
u m a nova
uma nova
ex-
Comissão, q u e t toma o m a aadecisão decisao de deaa rreproduzir,
e p r o d u z i r , na na íntegra,
integra, nos nos re- re· penencia polltico­administrativa
periência p o l í t i c o - a d m i n i s t r a t i v a , e c o n ó m i c a , s o c i a l e c u l t u r a l eex­
m
Comissao, que areas u m' aeconormca, social e cultural em
latórios da sessão.
lat6rios da sessao. AAmilcar e
m í l c a r é eentaon t ã o rrecebido
e c e b i d o pelaspelas mais
mais altas
altas indi­
indi- ddesenvolvimento
e s e n v o l v i m e n t o nessasnessas áreas, v e z q u e a s forças patrióticas,
lu�;ma vez que as forcas patri6ticas,
e c r e t a r i o - G e r a l dda
v i d u a l i d a d e s : oo SSecretario­Geral a OONU,N U , oo PPresidente
r e s i d e n t e dda a AAssem·
ssem- apoiadas pela
apoiadas pela ppopulaeao
o p u l a ç ã o , l u t a m c o m sucesso c o n t r a o s c o l o n i a l i s -
do���­
vidualidades: taspara
tas para alcançar a a libert�c;;ao
libertação do país. sucesso contra os colonialis­
bleia Geral, o Comissario­Geral
b l e i a G e r a l , o Comissário-Geral A Adjunto
d j u n t o da da Comissao
Comissão de
de TTutela
u t e l a ee alcancar
o Presidente d o C o m i t é d e Descolonização. Ma� r recentemente,
e c e n t e m e n t e , eem m AAbril
b r i l dde 119 . _ special
o Presidente do Comite de Descoloniza,.ao.
Mais
das Nai;oes Unidas composta d e 9 7 72,2 , u m a Missão
uma M1ssao EEspecial
das Nações U n i d a s , c o m p o s t a de representantes
e. r1resentantesde de três
tres EEstados
stados
1 9 7 3 — J a n e i r o : N o d i a 2 0 , A m í l c a r C a b r a l é b a r b a r a m e n t e assas- mmembros
e m b r o s dda organi�ac;;aoeeccum
a organização u mas�:i
p r i n d­o �oor't:1:ndda
m a n d a dd ood a A s s e m b l e i a
1973 ­ G u i n é - CNo k r y 20,
o n adia
Amilcar Cabral e bart>aramente assas­ da Assembleia
sinado naJaneiro: , por agentes d o c o l o n i a l i s m o português GGeral
e r a l destadestaeentidade,
n t i d a d e , vvisitou
i s i t o u as regiões O libertadas d o nosso p a í s ,
sinado na nGuine­Conakry,
infiltrados por agentes do colonialismo portugues
o P A I G C , e a o m a n d o do general A n t o n i o S p í n o l a , onde permaneceram r u s I rta as do nosso pa(s
onde p e r m a n e c e r a m por u m;a u e a�
PAIGC, e ao mando do general Antonio Spfnola, �rar a s sefr!a_na. e m a n a . Pelas Pel_as conclusões
conclusdes qque
nesse m o m e nno
infiltrados t o g o v e r n a d o r c o l o n i a l d a Guiné-Bissau. Missao EEspecial
Missão s p e c i a l p pode
ô d e t i r asegui'::t!·
r d e s t a visita��ta de i m p o r t â n c i a histórica
nesse momento governador colonial da Guine­Bissau. foi possível de importii�cia hist6rica
foi _P?S�ivelc oconstatar
n s t a t a r o Oseguinte: " Q u e a luta p e l a libertação d o
· ue a luta pela hbertaeao do
temtono continua a proqredi e q q�e
e r r i t ó r i o c o n t i n u a administrat:�oe
a progredir u e Portugal não e x e r c e m a i s
Portugal nao exerce mais
nenhum
e nhum co
(Bissau)é u um
Bissau) e
controle
m f afatot o incontestável.
S:
n t r o l e a d m i n i s t r a t i v o sobre as vastas z o n a s d a G u i n é
so as vas_tas
incontesta I . . S e n d o e v i d e n t ezonas
libe;aed. . . ndo evidentet atambem
da Guine
mbém que
que
as das zonas
populaedesdas z o n a s libertadas�ss usdustl s t e�nbe
s populações nt tam,
a m , s e m reservas, a po-
A Missão compunha-se de Horácio Sevilha Borja (Equador), na qualidade de
A Folke
presidente, (Suécia)dee Kamel
eompunha·se
MissioLofgren
Sevilha Borja tEquadorl, na qualidade de
HoritcloBelkhiria (Tunís.a).
llticae ea sasatividades
ítica atividadesd odommovime °
o v i m e n tno d e elibertação,
I
_!l!m reservas,
rtac;ao,P PAIGC, a
A I G C , o 0q u
po­
qual,
al.
(Su6cia) • Kamel Belkhirie (Tunisia).
presidente, Falke Liifgren
1313
12
12
após nove a n o s d e luta a r m a d a , e x e r c e nessas regiões u m c o n t r o l e lsto
Isto foi,
f o i , certamente
c e r t a m e n t e , um m a c o n t e c· i m e n t o n o v o , se não u m a
uqu:J�:!r:'imentdo
admin i s t r aanos
nove de luta
t i v o livre e f a t o e exerce
e darmada, protegenessas e f e t i v regi6es
a m e n t e um controle
o s interesses nova experiência dentro
nova e:'periencia d e n t r o do do q u a d r o d a luta d o snovo, p o v o se
s pnao uma
o r sua li-
apos de fato e protege efetivamente os interesses . . a uta os povos por sua Ii·
livre e bertação da
bertai;ao da domina
dominaç­ ã0o im
administrativo
d o s h a
dos habitantes
b i t a n
T a l situação
t e s a p e
apesar
s a r
c o mda
d a presença
p opreseni;a
p o r t
r t a u m a portuguesa".
u g u e s a " .
contradição que, face à atitude do a c o r d o com
d e ocordo
m:ral in:.���::��I
i m p e r i a l i s
dt a .
c o m aa m o r a l i n t e r n a c i o n a l d eAconteci�ento
. . A c o n t e c i m
nossos dias, c o m
e n t o realizado
realizado
a Carta
comporta uma contradic;ao que, face a atitude ee as Resoluções das
as Resoluc;6es das Na�6es Unid I as.
e nossos dias, com a Carta
c r i m iTai
n a l situa,;ao
d o governo de L i s b o a , o q u a l i n t e n s i f i c o u essa guerra Nações
v U n i d a s .
e n o c í d i o de
do ggoverno Lisboa.
t r a o s doi r equal
i t o s intensificou
l e g í t i m o s d o essa
nossoguerra
criminal
c o l o n i a l de con povo A A s s e m b l e i a Nacional
A Assembleia N a c i o n a l do do no nosso p o v o e m G u i. n é. (Bissau) .
i n a ç ã o , à i n d e p e n d ê n c i a e a o progresso, d i f i c u l tpovo
to
de contra os direitos legftimos do nosso sso povo em Guine (Bissau)
colonial
à autodeterm genocidio
e ao âprogresso,
ando
dificultando
tterá r6 sua primeira sessiio
sua prirneira sessão em e m 19731 9 7 3•* no i"osso nosso país, assim q u e o s
m a r c h a d a l u t a , r e par independencia
aa autodetermina,.ao, para esse evento for
esse evento f o r e m f i n a l i z a d o spafs, assim que os
r s o n a l i dda
ap emarcha a d eluta,d e nossa
e s e n t a u m entrave
representa a plena manifestação
um entrave plena manifesta,.ao da
nação a f r i c a n a , forjada na luta.
da preparativos
preparativos para
Ela desenvolvera lo o a _em. ma ,�a�os..
.
.
africana, forjacia na luta. . E l a desenvolverá
proclamac;ai logo a primei�aprimeira missão histórica q u e lhe é
rrussao h_1storica que lhe e
personalidade de nossa na,.ao destinada: a
dustlnada: a p r o c l a m a ç ã o do d o nosso E s t a d o N a c i o n a l , a p r o m u l g a -
criac;:�o
da C e aa criação d ooss órgãos .sta9o x e c u t i v o sa cprornulqa-
Nacionat,
C o da
ção Constituic;iio
onstituição e
orgaos eexecutivos orrespon-
correspon·
DECISÃO HISTÓRICA ti ntes.
dentes.
DECISAO HISTORICA �ar·se­�o públicos publicos oos resultado das d eleições
1 . - gerais . e nosso
• �r asmeueicoes
Far-se-ão s resultados
sera informar a opiniao gera1s e nosso
a
Para resolver esta c o n t r a d i ç ã o e para responder à exigência obJe!1vo
objetivo será i n f o r m a r a o p i n i ã o pública n d i a l e t o d a s as ins-
de u mPara i s a m p l aesta
a m aresolver contradi,.ao
e efetiva participação e para dresponder
o p o v o , a d i rexigencia e ç ã o na- t ncias
tâncias nacionais e internacio
n a c i o n a i s e i n t e r n a c i o nnda
_pu rca m_und1al e
a i,ss a respeito desse i m p o r t a n t e
todas as ins·
cdei o numaa l d omais partidoampla d ee p efetiva
o i s d e participac;iio
vários d e b a t e do
s , o povo,
p t o u a
pela direc;iio
criação, na­ ,contecimento hist6rico da
a c o n t e c i m e n t o histórico d a lutaa d oo nnosso lut a respeito
o s s o ppovoovo.
desse importante
m e d i a n do
t e partido
eleições depois
gerais de
livres varios
e d e debates,
m o c r á t i c a optou
s , d e pela
u m a cria,;ao,
A s s e m- TTeeremos nesse mmomenta
o m e n t o rreafir i r m a dda 1� a c e r. t e z a d a vitória de
cional
retroqrados c o l o n i a.<\l i s t acerteza
r e m o s nesse e a f coTa
bmediante n a l P o p ugerais
l e i a N a c i oeleic;6es l a r — livres
a p r i mee i democraticas,
r a d a nossa história de urna — aAssem· qual, nosso ppovo
nosso o v o ccontra
o n t r a os os retrógrados da vit6ria de
s portugueses. R e a -
a q u a l i d a dPopular
m s uNacional ­ a sprimeira daa nossa hist6ria ­ a qual, igualmente nossa nossa f oma rstas portugueses. Rea­
ebleia e de órgão upremo d soberania d o povo será f trrmamos,
i r m a m o s , igualmente, c o n f i a n ç a n o a p o i o , s e m reservas
cemh a msua a p r o c l a mde
a d a qualidade a r 6rgao
a existênciasupremodedau msoberania Estado N do a c povo
i o n a l seraem morais ee ppoliticas
morais o l í t i c a s , dd�s
Estadcon_
o s E s t a d o0�
ianca
s i'"dependentes
no apoio, sem
i n d e p e n d e n t e s d a Á f r i c a e de
reservas
u i n é ( B i sas a u
Gchamada ) , a adotar au m
proclamar existencia
e x e c u t i v odee aum p r oEstado
m u l g a r Nacional
u m a C o n sem ti- todasas as ooutras for�asaanti­col da Africa e de
todas u t r a s forças n t i - c o l o n i a l i si�tas
��; ;nt1­racistasddos
t a s e anti-racistas
e
o s diversos
diversos
t Guine
u i ç ã o para nossaanação
(Bissau). adotara fum r i c aexecutivo
na. ea promulgar uma Consti· c oontinentes, as decis6es
n t i n e n t e s , às decisões qque
a
u e serão t o m a d a s e m nossa A s s e m b l e i a
e s t anossa
m a n ena,;ao
i r a q u africana. NNocional
a c i o n a l PPopular, s t a ccausa
do .o�a
a u s a d a i n d e p e nasd ê1;_m n c i a�ossa
e a o Assernbleia
tuic;iio É d para e a reunião d o C o m i t é S u p e r i o r d a L u t a opular, à ju justa a m ependencia e ao progresso
progresso
( C S L ) ,E rdesta
e a l i z a dmaneira
a d e 9 aque 1 7 ad ereuniiio
A g o s t odo d eComite
1971 * d Superior
e c i d e , por da acla-Luta d nosso
de nosso PPovo. ovo.
a ç ã o , qrealizada
m(CSL). de 9 a 17 de Agosto de 1971
u e o partido deveria i m e d i a t a m e n t e t o m a r todas as acla· *, decide, por me-
deveria eimediatamente tomarlibertadas, todas as me· 88dde
e JJaneiro e 11973
a n e i r o dde
ma�o. que o partido
didas necessárias para efetuar
efetuar
m 1 9 7 2 , nas regiõe
em 1972, nas regi6e libertadas,
as
as
973
didas
eleições necessarias
gerais, e m para
sufrágio universal e s e c r e t o , pela c o n s t i t u i ç ã o Poru�m
Por m CConselho
o n s e l h o SSuperior
u p e r i o r dda
a LLuta
uta
i r a A sem
a p r i m egerais,
deleic;6es s e msufragio universal e secreto
bleia Nacional Popular ( A N P ) em Guiné pela constituic;iio AAmr
m í l c lcar
a r CCabral.
abral.
Assembleia Nacional Popular foi d e(ANP) f i n i d o oem Guine
(Bdai s s aprimeira
u ) . C o m base nesta decisão histórica processo
e (Bissau). Com base nesta decisiio hist6rica
o m é t o d o a seguir para a e s c o l h a d o s c a n d i d a t o s à A N P — nor-
foi definido o processo
u b l i c a d aas seguir
n u m dpara
a escolha dos candidatos a ANP ­ nor·
mase o pmetodo o c u m e n t o i n t i t u l a d o " B a s e para criação d a
P mas r a A s s e m b lnum
r i m e ipublicadas
documento intitulado "Base para criac;iio da
e i a N a c i o n a l P o p u l a r d a G u i n é " , o q u a l foi apro-
pela Assembleia
Nacional Popular da Guine", o qual foi apro·
Primeira
vado reunião d o C o m i t é E x e c u t i v o da L u t a ( C E L ) , e m D e -
z evado
m b r opela reuniiio
de 1 9 7 1 . do Comite Executivo da Luta (GEL), em De·
zembro O i t o de 1971.d e p o i s ( J a n e i r o a aA gAgosto)
meses o s t o ) d e u m a intensa c a m -
de uma intensa cam·
(Janeiro
p a n h a Oito d e i n fmeses
ormaçã depois
o , debates e discussões t a n t o nos o r g a n i s m o s
debates e discuss6es tanto nos organismos
depanha base de d o informa,.ao,
partido c o m o e m em c ocomicios,
m í c i o s , asaseleições eleic;6es f oforam
r a m levadaslevadas
do como
c a bbase
a .de o do f i m partido
d e A g o s t o a a1 414d edeO u Outubro,
t u b r o , e mem t o todas
d a s asasregiões regi6es
a.cabo do fim de Agosto
libertadas.
libertadas.
23-24
23-24 de d• Setembro·
Setembro: · reun.Jo
reunião da de p nmeira
·
Primeira , Assembleia Nacional
Auembl4iia Popular
Necional da di
Popular Guiné-
Guin6-
I i11au.'""
NMl Madina
i *m Madina BM.
Boé.

Reunião do Conselho Superior da luta que adota a decisão de proclamar o novo 'tt"I •
4 de
24 da
,1,110
ttUito
S.tembro,
Setembro, 8h Sh
do do
pr11identa
presidente
55 55 TMG.
TMG:
Conselho
Conselho
proclamação
de Estado. d:'estado�o
oclam -do Estado da Guiné-Bissau. Luiz Ca
do Estado de Guin•·Bissau. Luiz C•
Conselho
Reuniio do da
Estado Independente Superior da luta que adot• • declllo de proclam1r o novo
Guiné-Bissau.
Ertado Independent• da Guin6-Bissau.
15
14
14
Capitulo
Capítulo Ill
III

Assassinato
Assassinato de
de Amilcar
Amílcar Cabral
Cabral

OO despacho
d e s p a c h o da
da agencia
agência francesa
f r a n c e s a de
de notfcias
n o t í c i a s AFP
A F P dizia, às 17
d i z i a , as 17
horas
horas do dia 21
do dia 2 1 dede janeiro d e 1973:
j a n e i r o de 1973:

21.1.
21.1.
BULETIN
B U L E T I N ASSASSINAT
A S S A S S I N A T CABRAL
CABRAL

M.
M. SEKOU
S E K O U TOURE,
T O U R E , PRESIDENT
P R E S I D E N T DED E LAL A REPUBLIOUE
R E P U B L I Q U E DE
DE
GUIN
GUINE EEE AA ANNONCE
A N N O N C E CET
C E T APRES
A P R E S MIDI
M I D I QUE
Q U E M.M. AMILCAR
AMÍLCAR
CABRAL,
C A B R A L , SECRETAIRE
S E C R E T A I R E GENERAL
G E N E R A L DU D U PARTI
P A R T I AFRICAIN
AFRICAIN
DE
D E L'INDEPENDANCE
L I N D E P E N D A N C E POUR
P O U R LAL A GUI
G U I NEE
N E E BISSAO
B I S S A O ET
E T LES
LES
ILES
I L E S DU
D U CAP
C A P VERT
V E R T (PAIGC)
( P A I G C ) "A
" A ETE
E T E LACHEMENT
L A C H E M E N T ET ET
HORRIBLEMENT
H O R R I B L E M E N T ASSASSINE
A S S A S S I N E HIER,
H I E R , SAMEDI,
SAMEDI, A A 22.30,
22.30,
DEVANT
D E V A N T SA S A PROPRE
P R O P R E MAISON,
M A I S O N , PAR
P A R LESL E SMAINS
MAINS
lEMPOISONNEES
M P O I S O N N E E S DE
D E L'IMPERIALISME
L ' I M P E R I A L I S M E ETE T DUDU
COLONIALISME
C O L O N I A L I S M E PORTUGUAIS
PORTUGUAIS
FIN
F I N AFP
AFP

S á b a d o , 20
Sabado, 2 0 de j a n e i r o , as
de janeiro, às 202 0 horas,
h o r a s , oo PAIGC
P A I G C ternt e m umau m a reu-reu-
nilio
nião com
c o m uma u m a del�ao
delegação da da FRELIMO
F R E L I M O (Frente ( F r e n t e de L i b e r t a ç ã o de
de Libe�ao de
MOl,ambique)
M o ç a m b i q u e ) dirigida
dirigida pelo p e l o presidente
presidente deste m o v i m e n t o , Samora
deste movimento, Samora
Machel.
Machel. 0 O motivo
m o t i v o do do encontro
e n c o n t r o foi
foi intercambiar p o n t o s de
i n t e r c a m b i a r pontos de vista
vista
sobre
sobre aa formaf o r m a de de coordenar
c o o r d e n a r oo acionar
a c i o n a r comum
c o m u m contrac o n t r a oo colonia-
colonia-
hsmo
lismo portugues.
português.
Apos
Após aa reuniao,r e u n i ã o , Amilcar
A m í l c a r Cabral
C a b r a l segue
segue para para uma recepção na
u m a recepeao na
embaixada
e m b a i x a d a dada Polonia. A s 22
P o l ó n i a . As 2 2 horas
h o r a s ee 151 5 minutos,
m i n u t o s , deixa
d e i x a oo lugar
lugar ee

17
17
dirige­se aa seu
dirige-se seu ddomicilio,
o m i c í l i o , ssituado
i t u a d o aa 44 kkm m da da eembaixada, chega
m b a i x a d a , chega
ddo
o aai as 222.30
í às 2 . 3 0 hhs. s . TTudo
u d o estáesta eem m ccalma a l m a ddentro
e n t r o dda casa. AAna,
a casa. n a , aa e OOutro,
u t r o , eentre
n t r e oos s ddetidos
e t i d o s , Llansana
a n s a n a BBa n g , d e c l a r o u , i n c l u s i
posa ddo
posa o llider,
í d e r , eencontra­se
n c o n t r a - s e na na sala
sala ccom o m seusseus ffilhos.
ilhos. O 0 Secretár
Secretar qque
u e ""os imperialistas ppre
o s imperialistas r a v a m u m p l a nang,
r e p aara�a o d edeclarou,
agressão inclusicontra
GGeral do PPAIGC
e r a l do A I G C eestaciona
s t a c i o n a ssua u a vviatura.
i a t u r a . NNoo m memento
o m e n t o de de entrar
entrar Republica de
República
eles ddeviam
eles e v i a m ffomenur
u i n é , TTan�ania
de GGuine ;1
a n z â n i a e Z2u_m â m bi;­l��°o
e s o r dde n s d e am
o m e n t a r ddeso
i a " . D ede
n t r o ta
n t ragressao
o desse econtr
entrocdesse
d o s. países
sque
i t a d o sesque
a fav
casa ée assaltado
casa assaltado por por uum m ggrupo r u p o de de nnacionalistas.
a c i o n a l i s t a s . AAmilcar luta dd
m í l c a r luta
sesperadamente ate que e assassinado por Inocencio Kani�
sesperadamente até que é assassinado por Inocêncio K a n i * . SS dda
a ação subversiva ee t�i n h':::is
a�ao subversiva a m dentro
q u e dos _Paises
infiltrar secitados
n o PaA fa IG
FFRELIMO
R E L I M O ee M MPLA.
PLA. n m que inf1ltrar­se no PAIG
aadjunto,
djunto, A Aristides
r i s t i d e s PPereira,
e r e i r a , ee ooutros
u t r o s qquatro
u a t r o qque u e oo aacompanhava
companhava
sao aamarrados
são m a r r a d o s ee ttransferidos
r a n s f e r i d o s aa bbordo
o r d o de de uumam a llancha.
ancha. TTudo isto para
u d o isto para quê?
que7 OOs s c o l1o n i a. l i s. t a s p o d e r i a m assassin
AAmflcar
m í l c a r CCabral
a b r a l oou u EEduardo
duardo M Mo ncodrrnahstas
d l a n e , m a s npoderiamu n c a c o n sassassin
eguiria
Consumado
C o n s u m a d o oo ccrime,r i m e , IInocencio
nocêncio K Kani
a n i ligaliga porpor telefone
telefone aacabar
c a b a r ccom
o m oos s ppovos
o v o s dde Mo
e M o ç a mon_
b i q uane,
e , A nmas g o l anunca
, São Tconseguiria
omé e Prí
eembaixador
m b a i x a d o r de de CCuba,
uba, O Oscar
scar O Oramos
ramos O Oliva,
l i v a , iinformando­o
n f o r m a n d o - o qqueu e ss ccipe,
ipe, C Cabo
a b o VVerde Guine.J�:�i.que,
e r d e ee Guiné-Bissau; p o v oAngola,
s e m c u�o Tomec eo rPri
j a s veias re
amigo AAmilcar
amigo teve uum
m í l c a r teve m pproblema
r o b l e m a ee ssolicitando­lhe
o l i c i t a n d o - l h e qque
u e oo assist
assist sangue que antes de mmais
sangue q u e a n t e s d e ais nada já
nada . : t�ov�s
i n h a gem anho cujas veias corre
a liberdade. E
AA casa
casa dde e OOliva situava­se aa 3300
l i v a situava-se 00 m metros
e t r o s de de oonde estava se
n d e estava se ccons
ons prova disso
prova disso ée oO s e g u i n t e :
seguinte: Ja rn a ganho a liberdade. E
mmando o assassinate e, como este tinha ouvido a detonacao
a n d o o assassinato e , c o m o este t i n h a o u v i d o a d e t o n a ç ã o
ddisparos,
i s p a r o s , ccomunica­se,
o m u n i c a - s e , uurgentemente,
r g e n t e m e n t e , ccom o m oo Presidente
Presidente dda a R Rep
ep
­ Ilndependencia
n d e p e n d ê n c i a dda Guine­Bi
_:s_:'f d
a Guiné-Bissau — 2 4 de Setembro de 1 9 7 3
blica dda
blica a G Guine,
uiné, S Sekou
ekou T Toure.
ouré.
IInndependencia
d e p e n d ê n c i a dde
t4 e mSetembro
n g o l a — 1 1 d e N o vde b r o d e 1 9de 7 5 1973
EEste,
s t e , ppor
e AAngola
sua vvez,
o r sua e z , eentra
n t r a eemm ccontato
o n t a t o ttelefonico
e l e f ó n i c o ccom
o m aa direç
dire lndependencia
Independência d e M de o ç a m b i q u e — 2 5 ovembro
Mo . e d e 1975
d e J u n h ode 1975
ddo
o P Porto
o r t o ee dá da aa oordemr d e m de de interditar
interditar ttodos o d o s oos s nnavios,
a v i o s , ee nesse
nesse m m lndependencia de
Independência
Sao�:�i9ue­:
de São T o m é e P r í n2�
c i p de
e —Junho J u l1975
1 2 d e de h o de 1 9 7 5
mmento
e n t o ffoi o i iinformado
n f o r m a d o de de qqueu e dduas lanchas ddo
u a s lanchas o P PAIGC
A I G C ttinham
i n h a m rr lndependencia dde
Independência a b o VVer�!
e CCabo
Pr1ndc
5 ipJe l h o12d ede1Julho
e r d e — 5 d e J u­ 975 de 1975
ccebido
e b i d o aautorizacao para ddeixar
u t o r i z a ç ã o para e i x a r oo PPorto,
o r t o , eem horas dda
m horas a mmanha.
anhã. ­ e ulho de 1975
Destes m
Destes mesmos veiculos ddesembarcariam
e s m o s veículos e s e m b a r c a r i a m logo logo eem m C Conakr
onak
os assassinos
os assassinos de de AAmilcar
m í l c a r ee oos s ccombatentes
o m b a t e n t e s ddo o PPAIGC, seqiiestr
A I G C , sequestr
ddos por eles.
o s por eles.

OS
O ASSASSINOS
S A SSASSINOS

Os
O s ccriminosos
r i m i n o s o s aacabaram
c a b a r a m ccom o m aa vida vida de de AAmilcar,
m í l c a r , mas mas horas
horas
ap6s ter sido consumado o barbaro assassinate foram capturados.
após ter sido c o n s u m a d o o bárbaro assassinato f o r a m c a pturados.
UUmm ddos o s ddepoimentos
e p o i m e n t o s mais mais iimportantes
m p o r t a n t e s ffoio i ffeito pelo oorganizador
e i t o pelo rganizador
dodo aatentado, loda Nagbogna,
t e n t a d o . Ioda Nagbogna, cconhecido pelo ccodinome
o n h e c i d o pelo o d i n o m e de de BBatia.
atia.
Este confessou que as autoridades portuguesas tinham­lhe
E s t e c o n f e s s o u q u e as a u t o r i d a d e s portuguesas t i n h a m -lhe
pprometido:
r o m e t i d o : ""Portugal estava prestes
P o r t u g a l estava prestes aa dar dar aaos negros da
o s negros da G Guine­
uiné-
Bissau aa independência,
Bissau independencla, ccom o m aa condição
condi�ao dde e qque:
ue: o o PPAIGCA I G C sejaseja ex-
ex­
tterminado;
e r m i n a d o ; ttodos
o d o s os os ccaboverdeanos
a b o v e r d e a n o s sejamsejam eexclufdos x c l u í d o s de de ttodo
odo
mmovimento
o v i m e n t o nnacionalista pois Portugal
a c i o n a l i s t a pois Portugal ppretende conservar as
r e t e n d e conservar as ilhas
ilhas
dede CCaboabo V Verde, que cconstituem,
e r d e , que para ele
o n s t i t u e m , para ele ee seus
seus aaliados,
l i a d o s , uuma base
m a base
estrateqica de
estratégica de iimportancia
m p o r t â n c i a ccapital".
apital". O Oss guineenses
guineenses de de Bissau
Bissau deve- deve­
riam desprender-se
riam desprender­se de de ttodos
odos o oss ccaboverdeanos
a b o v e r d e a n o s pois pois Portugal
Portugal
""constituiria
constituiria u um m g governo"
o v e r n o " nasnas ilhas
ilhas dde e C Cabo
abo V Verde
e r d e ee as as suas
suas for-
for­
cas militares
ças militares eestacionadas
s t a c i o n a d a s aai í ddariam
a r i a m ttoda cooperacao ""sos
o d a cooperação negros
a o s negros
dda Guine­Bissau para
a Guiné-Bissau para assegurar-lhes
assegurar­lhes aa prote�o". proteção".

I.I. Kani
Kani tinha
tinh• sido
sido comandante
comandante da
da marinha
marinha do
do P A I G C , afastado
PAIGC, efartado do
do cargo
cargo por
por fal-
fal·
tas graves.
tas graves.

18
Capitulo IV
Capítulo IV

A arma
A arma da
da teoria
teoria

Am
A l ccar
m í ii Cabral
ar C abral

I.I. FFundamentos
undamentos e e objetivos
objetivos da liberta�ao nnacional
da libertação a c i o n a l eem
m rela�ao
relação
com
c o m aa e
estrutura
s t r u t u r a social
social

Oss povos
O povos ee as as organizações
orqanizaefies nacionalistas nacionalistas ddee AAngola, ngola, C Caboa b o Ver·
Ver-
de, G
de, Guine,
uiné, M Mo�ambique
o ç a m b i q u e ee São Siio Tome
Tomé e e PPrincipe
ríncipe m mandaram
a n d a r a m as as suas
suas
delega�iies aa esta
delegações esta CConferencia
o n f e r ê n c i a por por d duas raziies pprincipais:
u a s razões r i n c i p a i s : primei·
primei-
ro, porque
ro, porque qqueremosu e r e m o s estar estar presentes
presentes e e ttomar parte aativa
o m a r parte neste
t i v a neste
acontecimento
a c o n t e c i m e n t o ttranscendente
ranscendente d daa H Historia
i s t ó r i a dada HHumanidade;
u m a n i d a d e ; segun·
segun-
do,
d porque era
o , porque era nosso
nosso dever dever ppolitico olítico e em moral
o r a l trazer
trazer a aoo p o v o cuba­
povo cuba-
no, neste
no, neste m momento
omento d duplamente historico —
u p l a m e n t e histórico 7?
­ 7 ? aniversário
anlversarlo ddare· a re-
volu�o ee primeira
volução primeira CConfersncia
o n f e r ê n c i a Tricontinental
Tricontinental — ­ uumama p r o v a con·
prova con-
creta ddaa nossa
creta nossa solidariedade
solidariedade ffraternal raternal e e combativa.
combativa.
Permitam­me
P ermitam-me p portanto,
ortanto, q que,
ue, e em m n nome
o m e dos nossos povos
d o s nossos povos em em
luta ee eem
luta m n nome
ome d dos
os m militantes
i l i t a n t e s dede ccada
ada u uma
m a dasdas nossas
nossas organiza-
organiza­
�iies nnacionais,
ções acionais, e enderece
n d e r e c e as as m mais
a i s ccalorosas felicitaioes ee saudacdes
a l o r o s a s felicitações saudações
fraternais aao
fraternais povo desta
o povo desta Ilha llha TTropical. pelo 77.. aniversário
r o p i c a l , pelo aniversario do do
ttriunfo
riunfo d daa ssua
u a rrevolu�o.
e v o l u ç ã o , pela pela realização
realizacao desta desta CConferencia
o n f e r ê n c i a na na ssua
ua
bela ee hospitaleira
bela hospitaleira ccapital apital e e pelos
pelos sucessos
sucessos qque u e ttern
e m ssabido
a b i d o alcan­
alcan-
ear nno
çar o ccaminho
aminho d daa construção
construcao dduma u m a vida vida nnova ova q que
u e tterne m como como
objetivo essencial
objetivo essencial aa plena plena realização
realiza�o das das aspirações a
aspiracdes à liberdade, liberdade, à a
paz, aao
paz, progresso ee à jjustiea
o progresso a social de
u s t i ç a social de ttodosodos o oss ccubanos.
u b a n o s . Saudo
Saúdo
em particular
em particular oo CComite omité C Central
entral d doo P Partido
artido C Comunista
omunista C Cubano.
ubano, o o
Governo
G overno R Revolucionario
e v o l u c i o n á r i o ee o o seu
seu líder
lider eexemplar
xemplar — ­ oo CComandan·
omandan-
te Fidel
te Fidel C Castro
astro — ­ aa qquern uem e exprimo
xprimo o oss nossos
nossos vvotos o t o s de de sucessos
sucessos
ccontinuos
o n t í n u o s ee dede longa
longa vida vida ao ao serviço
service da da Pátria
Patria C Cubana,
ubana, d doo pro·
pro-
gresso ee da
gresso da ffelicidade
elicidade d do o seu seu ppovo,o v o , aao service ddaa Humanidade.
o serviço Humanidade.

21
21

1 *
, 111111url insignificante, muitos cubanos nao comungaram nas ale­
h ar a Cuba trazia no seu es­ 11•minoria , esperancas das festas
SeSalgum e algum o�oa_ulguns
alguns de dnos,
e nós, a°a�z:ento,
a o chegar a C a uf�r,;;a,
b a , t r aoz i a
amadure­
n o s e u es- insignificante, m u i t odos csetimo
u b a n o saniversario,
não c o m u n gporque a r a m nas saoale-
du�1da sobre o er� essa duvida foi
a m a�es­ 11111 is ae Revolu,;ao. Nosfestas lembramos que eaniversário,possivel que p o rvarios
pirito alguma.
p í r i t o a l g u m a d ú v i d a sobre o e n
­0 Cubana,
r a i z a m e n t o , a f o r ç a , o dure-
,111,01
esperanças das d o sétimo q u e são
o\:<Ide M I I I I I .niio
I a estejam presentes Nós l nas e m bcomemora,;;6es do preximo q u e ani­
cimento
cimento e ae v1tal_ 1?ade dad Revo
a vitalidade a R e v·­ l u ç ã over. Cub Umaa n a ,certeza
essa d ú vinabalavel
i d a foi des- Revolução. r a m o s q u e é possível vários
truida
truída pelo pelo que q uja e já t i v e m oocas,��raja­nos
t1vem�s s ocasião d e ver. nesta U m a cluta e r t edificil
z a inabalável ma! � 1• • l irlo,
n o s mas não queremos
estejam presentes afirmar nas quec ointerpretamos
m e m o r a ç õ e s dao politica p r ó x i m oda ani-
acalenta os nossos �or�,;;oes e e . nenhuma for,;;a do mundo
a c a l e n t a o s nossos corações e e n c o r a j a - n o s nesta luta d i f í c isera
l mas ' 11111ta irio, eberta m apara
s que a rsaida
e m o s dos afirm inimigos
a r q u e da i n t Revolu,;ao"
e r p r e t a m o s acomo p o l í t uma
i c a da
gloriosa contra
c o n t ro a o inimigoco�u;·bana
m1m1go c o m u m : n e n h u m anos ç a d o m eu nnas
f o rcampos d o er­ II� oi mde i t a coragem,
aberta para de adetermina,;;ao,
saída d o s i n i m de igohumanismo
s d a R e v o l ueçde ã o "confian\:3
como uma
gloriosa
c a p a de R e v o l u ç ã o ud
que n o s c a m p o s e nasserá 110liçãopovo,decomo c o r a gmais
e m , de uma d e tvitoria
e r m i n apolitica
ç ã o , de h e umoral
m a n i ssobre
m o e doe inimigo.
confiança
capaz z de destruir
destruir a aR:vo!u\:3° o�a u e , tambem
C u b a n a , q,,.;as ­ o que ec i -
dades, esta criando nao so uma v, 0�� d?s uarantimos
no p o v o , c o aqueles
m o maisque, u m a dum v i t ó r iponto
a p o l í t de
i c a vista
e m o ramigo,
a l sobre se opreocu­
inimigo.
d a d e s , está c r i a n d o não só u m a v i d a
pl�namente conscien_te
n o v a , m a s t a m b é m —o q ue é
1• E111 garantimos
com os perigos àqueles queq uessa e , dsa(da
u m p possa
o n t o drepresentar,
e vista a m i gque o , senos, preo osc u -
mais importante ­ um Ho�em
m a i s i m p o r t a n t e — u m H o m e m!" n
c�ntinentais e internac1ona1s.
o v o , p l e n a m e n t e c o n s c i e n t e dos
11nvos
p a m dos c o mpaiseso s perigosafricanos q u e ainda
essa saída parcialmente
possa representar, ou totalmente q u e nós, do­os
seusdireitos
seus deveresnac1ona1_
d i r e i t o se edeveres n a c i o nsa,_dade
i s , c o n t i n e n t a i s cubano e i n t e r nrealizou
acionais.
o povo mlnodos
povos dpelo colonialismo
o s países a f r i c a n o portugues,
s a i n d a p a restamos
cialmente prontos
o u t o t apara
l m e nman­te do-
Em E mtodos t o d o soso scampos c a m p o sdadasua. sua ativ�s
a t i v i d a d e , o p o vem
sete anos o c uparticular b a n o r e a lno izou
progressosimportantes i m p o r t a n t e s;os n o sul�::'ra
ú l t i m o s seteprogressos a n o s , e m estao p a r t i cpaten­
u l a r no ''"r para Cuba tantos homens e mulheres quantos sejam necessa­
minados pelo c o l o n i a l i s m o português, e s t a m o s p r o n t o s para man-
progressos Esses 1101darpara paracompensar
C u b a t a n t oassaida h o m edaqueles
n s e m u lque, h e r e spor qua raz6es de classe
n t o s sejam necessá- ou
anoa n ofindo f i n d o­ — o oAno A n odad a gn�u A g r i c u l t u r a . E s s e s como
u�tidiana
progressos no homem estão epaten- na dei I Oinadapta,;ao,
S para c o m p etern n s a rinteresses
a saída d aeq uatitudes por razões de com
e l e s q u e ,incompatfveis classeoso u
testestanto t a n t onanarealidade
realidadematerial materiale :an e quotidiana c seuo m olhar
o n o hface o m ea m um e na
iii la do Intd eressesinadaptação,do povo tcubano. ê m interesses e a t i t u d e s i n c o m p a t í v e i s c o m o s
mulher cubanos, na. c o n f i a n ç aast rc�ntradi,;;6es
m u l h e r c u b a n o s , na�nf,an: anquila d o seu olhar face a u m
e as ameacas, mas interesses do p o v o c u b a n o .
mundo em efervescenc,a, on rtezascontradições
m u n d o e m efervescência, o n d e as um
e a s nivel
ameaças, nunca mas Repetindo o caminho outrora doloroso e tragico dos nossos
atingiram ntepassados
t a m b é m asa sesperan\:3S
tambem esperançase easascec e r t e z a' s , atingiram u m nível n u n c a R e p e t i n (nomeadamente
d o o c a m i n h o o u da trora Guine
d o l o re o s Angola)
o e trágico qued o sforamnossos
antes transplantados
antepassados (para n o m eCuba como
t e daescravos,G u i n é eviremos A n g o l a ) hoje
q u e como
antesigualado.·
igualado.» prender em Cuba, queremos re­
adamen foram
Do homens livres, como para trabalhadores
C u b a c o m o conscientes escravos, v ier ecomo patriotas
D oque q u ejajávimos v i m o se eestamos
e s t a m o sa a a aprender
I os parece e m C uestarb a , qum u e r edos
m o sse-re- transplantados m o s hoje como
ferir
feriraqui uma li,;ao singu�ar
aqui u m a lição singular na q u a l nos n� q��u� muitos nao hesitariam
parece estar u m d o e_ sm
se-
cubanos,
h o m e n s para livres, exercer
c o m o tuma r a b a l atividade
h a d o r e s c oprodutiva
nscientes e nesta
c o m sociedade
o patriotas
gredos,sesenao nãoo osegredo, a q u i�omunhao
��u, l o a q u e m u ai t oidentifica,;ao,
s não h e s i t a r io a msm­
nove,
c u b ajusta
n o s , parae multirracial;
e x e r c e r upara ajudar a defender
m a atividade produtiva com o nosso
nesta s o c i esan­
dade
gredos, segredo, d em
gue as conqu
chamar
c h a m a r "o " o milagre
milagrecuban'? c u b a n o ·" :a a c fidelidade entre as massas po­ nova, j u s t a eistas
m u l tdo i r r apovo
c i a l ; de
para Cuba.
a j u d aMas
r a dviremos
e f e n d e r tambem
c o m o nosso para re­ san-
ea o m u n h ã o , a i d e n t i f i c a ç ã o , o sin-
ror,;;ar
gue astanto c o n q os
u i s tla,;;os
a s d o historicos,
p o v o de C ude b a sangue
. Mas v e i r ede
m oculture
s t a m b éque unemre-
cronismo, c o n f i a n çaarec1pr�
c r o n i s m o ,a aconf1an,;;_ recíprocam f i d e l i d aas
e aassistiu d egrandiosas
entre as massas mamfes­ po- m para
pulareseeos seus_d,ngen_
o sse�s tes. Que assistiu àsao discurso manifes- do. <:o­ osforçar
nossos t a npovos
t o o s ao laços povo cubano, como
históricos, d e sangue essa edesconcentra,;;ao
d e c u l t u r a q u e uma­ nem
pulares dirigentes. u e m articular, grandiosas
g1ca, essa alegria
tações destes destesult1mos ú l t i m o s diasd i a se,e , em e m Pp a r t orati:O
i c u l a r , , ado 7'? aniversano, os nossos p o v o s visceral
ao povo e c uesse
b a n oritmo
, c o m ocontagioso
essa desconcentração que fazem m daá -
ta,;;oes o discurso do C o -
m a n d a n t e Fidel F i d e l Cast�o
C a s t r o no no �t����:;"grandeza,
a t o c o m e m o r a t i t o d0o carater especi­ constru,;;ao
gica, essa alegria do socialismo visceralem e esseCubar i tum m o fenomeno
c o n t a g i o s onovoq u e af aface
z e mdo da
mandant� O
7 ? aniversário,
muhdo, um acontecimento
d o s o c i a l i s m o eunico m C u e, b aparau m muitos,
f e n ó m e ninsolito.
terá med1do,
tera m e d i d o , como c o m o nos, nós,em e m t o d a a s urimordiala g r a n d e z ado , osucesso
caráter da Re­
especí- construção o n o v o à face d o
f i c o ­—talvez
fico d e c i s i v o�—deste
t a l v e z decisivo destefator f a t o r�zando
p r i m o r dei aeducando
l d o sucesso politica­
da Re- m u n d o , u m a c o n t e c i m e n t o ú n i c o e, para m u i t o s , insólito.
v o l u ç ã o Cubana.
volu,;ao C u b a n a . Mob1hzando,
M o b i l i z a n d o , orga n i z a n d o e conhecimento
o r g armanente e d u c a n d o politica- dos Nao vamos utilizar esta tribuna para dizer mal do imperialis­
m e n t e oo povo,
mente p o v o , mante�do­o
m a n t e n d o - o en:i e m �is p e r m aue t e c o n h e ca
n e ninteressam i msuae n t ovida,
dos mo. Diz N ã oum vam ditado
o s u t i l africano
i z a r esta tmuito r i b u n acorrente
para d i z enas r m anossas terras ­
l d o imperialis-
p r o b l e m a s nacion�is
problemas i n t e r n a c i o n des�s
n a c i o n a i s ee mternr·�� interessama a
a i s q u eproblemas, vanguarda
sua vida, onde
mo. o D i fogo
z u me dainda i t a d o um a f r instrumento
i c a n o m u i t o importante
c o r r e n t e n a es um nossas amigo t e r rtrai­
as —
ee levando­o
levando-o aa part1c,par participar na nasoe:;\:3
solução desses p r o bOl ecarater indispen­
m a s , a vanguarda ,;;oeiro
onde o­fogo o que provau mo i estado n s t r u m ede n t osubdesenvolvimento em que
O ompreendeu
é ainda i m p o r t a n t e e u m amigo trai-
da
da Revolu,;ao C u b a n a ,�u�
R e v o l u ç ã o Cuban�, q u e cc e d o cc o Partido
m p r e e n dforte e unido,
e u o caráter i n dsoube
ispen- nos
çoeiro vai — deixaro q u eo pcolonialismo
r o v a o estado ­ de diz sesse
u b d editado
s e n v o l vque
i m e n"quando
t o e m q uae
sável da
savel existência dmam,ca
da existimcia. d i n â m i c a dum d u m P a r t i d o objetivas
ndi,;;oes forte e ue n i as
d o exigen­
, soube tua
nos palhota
vai d e i xarde,a r o cde o l onada
n i a l i sserve
m o — tocar d i z esse d i t a d o q u eA "dimensao
o tam­tam". quando a
nao
não so interpretar 1ustament:
só int�rpretar j u s t a m e n t e :�m a s condições forjaroab jmais e t i v a sp�e.e asrosa das
exigên- tricontinental,
tua p a l h o t a a r disso e , dquere nada dizer serve quet o naocar o e gritando
t a m - t a m " .nem A datirando
imensão
cias específicas do
cias espec1flcas d o rneio,
m e i o , ma m a s t a m b é m f o r j a r adamcontmu1dade
garantia a i s p o d e r o s a das da palavras
t r i c o n t i n efeias
n t a l , faladas
isso q u eou r d iescritas
z e r q u e contra não é g roi t aimperialismo,
n d o nem a t i r aque ndo
armas
a r m a s parapara aa defesa, d e f e s a ,­�a se_guran"':
segurança ee _aa garantia aria das damassas c o n t i n populares
uidade da vamos
palavras cor,seguir
feias faladas liquida­lo. Para nos,c oo npior
ou escritas t r a ou o iom melhor
perialism malo , queque
Revolu,;ao: consciência �:on��:
R e v o l u ç ã o : aa consc11;.nc(a revolucionária foi espontanea
das massas empparteo p u l a ral­
es se
vamos podec odizer . seguir do limperialismo.
i q u i d á - l o . Paraqualquer nós, o pior queo useja o m a esua
l h o rforma,
m a l q uee
como se sabe, nao e n para todos, pegar eme darmasizer de i m p e r I:
o lutar. i a loi sque
m o , estamos
q u a l q u e ra q fazer e faremos
a s u a f oate rma a , li­é
t e mais uma li,;ao
se p o d u e seja
que
q u e , c o m o se sabe, não é n e m n u n c a foi espontânea e m parte al-
gu.,;a
g u m a d o mundo. C r e m o s que;�v�mentos nacionJI quida,;ao
pegar e m total a r m a sda domina,;ao É o q uestrangeira
e e s t a m o s anas f a znossas
e r e f a rpatrias
e m o s aafrica­
do. m u n d o . Cremos q u e esta é m a i s de u m liberta,;ao
a lição para todos, e lutar. t é a li-
mas p a r t i c u l a r m e n t e para
mas part1cularmente para os o s m o v i m e n t o s d eque
etendem a
libertação sua revolu,;;ao
nacional nas.
quidação total d a d o m i n a ç ã o estrangeira nas nossas pátrias a f r i c a -
e, em
e, e s p e c i a l , para
e m especial, a q u e l e s que
para aquel!s q u e pr p r e t e n d e m q u e a s u a revolução nas. Viernes aqui decididos a informar esta Conferencia, o mais de­

nacional
n a c i o n a l seja
seja �ma u m a Revo}Ud\:3°
R e v o l u ç ã 1o ·. embora constituindo uma talhadamenteV i e m o s a possivel,
q u i d e c i d isobre
d o s a ian fsitua,;ao concreta
C o n f e r êdan cluta
i a , o de liber­
em brarque
o r m a r esta mais de-
l g u n s nao
Alguns
A não de1xarao
d e i x a r ã o de e lembrar q u e ,' e m b o r a c o n s t i t u i n d o u m a t a l h a d a m e n t e possível, sobre a situação c o n c r e t a d a luta d e liber
23
22
22 23
tacão n a c i o n a l e m c a d a u m d o s nossos países e , e m p a r t i c u l a r , na- nfiiito que a o r i e n t a ç ã o (o d e s e n v o l v i m e n t o ) d u m f e n ó m e n o e m
queles e m q u e há luta a r m a d a . nossos e, em particular_. n_:1· I 110 que a orientac;ao (o desenvolvimento) dum fenomeno em
dos Fá-lo-emos paises perante a Comissão m o v i m e n t o , seja q u a l for o s e u c o n d i c i o n a m e n t o e x t e r i o r , d e p e n -
11111v1mento, seja qual for o seu condicionamento exterior, s t a m -
tac;ao nacional
própria e t a m e� b é mcada porummeio ada Fa·lo·emos
de d o c u m e n perante
t o s , de a f i Com1ssao
l m e s , de d i p r i n c i p a l m e n t e d a s suas características internas. S a b e m o dapen­
queles em que
fotografias, de ch? o n t aluta
t o s arm bilaterais . . dee ddocumentos,
o s órgãos d e i nde form a ç ã o c de
filme�, u- ,I prlncipatmente
b é m q u e , no plano das p o lsuas
í t i c ocaracteristicas
, por m a i s belainternas. e atraente Sabemos
q u e seja tam· a
a n o s , noed etambem
bpr6pria curso da C o nb­r���ais
por f e r ê n c i a . e dos 6rgaos de informac;ao cu· I• 111 que, no piano pol ftico, por mais bela e atraente
(nulidade d o s o u t r o s , só p o d e r e m o s t r a n s f o r m a r v e r d a d e i r a m e n t ea que seja
P e d i m o sdepermissão
fotografias, contatos para I a.u t i l.i z a r esta· o p o r t u n i d a d e d u m a ma- • 1,nossa
1llcladep r ódos
p r i aoutros,
realidade s6 poderemos
c o m base no transformar
s e u c o n h e cverdadeiramente
imento concre-
banos,q uno
neira e cdecurso
o n s i d e r ada m o�onfere:�:��ar
s m a i s ú t i l . Na esta verda oportunidade
d e , v i e m o s a esta dumaC oma· n- nossa propria realidade
to a nos nossos esforços e sacrifícios próprios. com base no seu conhecimento
V a l e a p e nconcre·
a lem-
ferência Pedimos n c i d o s de para
c o n v e �erm1ssao q u e ela . . é Na a o p o r t uviemos
u mverdade, n i d a d e a rara esta paraCon· 111 o nesta
brar nos nossos
a m b i ê nesforcos
c i a t r i c oen tsacriffcios
i n e n t a l , o npr6prios. Vale a pena
d e as experiências a b lern­
un-
uneira
m a aque m p l acons1deramos
t r o c a de experiências mars ut�­ euma e os c o m b a t e n t erara
n t r e oportunidade s d upara ma d111a m r e nesta
os e x ambiencia
e m p l o s nãotricontinental,
escasseiam, q uonde e , porasmaior experiencias
q u e seja abun­a si-
m e s m a c a convenc1dos
ferencia u s a , para o e s det u dque.
o e el. a resolução entre dose pcombatentes r o b l e m a s c e ndurna trais mdam ilitud e eosd oexemplos
s casos e m naopresença
escasseiam, que, por maior
e a identificação d o squenossos a si·
seja ini-
duma
a nossa ampla luta trocacomum de, vexpenenc1as
i s a n d o não só I o dio r e f ode d a nossa ucentrais
r ç oproblemas nidade mllltude dos casos em presenc;a e a identificac;ao
migos, i n f e l i z m e n t e o u f e l i z m e n t e , a libertação n a c i o n a l e a revo- dos nossos ini·
studo emae lreso uca
emesma
s o l i d a r causa,
i e d a d e ,para
mas o tam e b é m
da ­ so· o reforro da
h o r i a d o p e n s a men nossa
t o e da umid a de
ação migos,social
lução infelizmente
não são ou m e rfelizmente,
c a d o r i a s d ea elibertac;ao
x p o r t a ç ã o nacional
. São (e sê-lo-ãoea revo·
I uta t o dm visan o nao Y d ­ c alucao
d a diasocial
mais) nao siio
r o d mercadorias de exportac;ao.
local — n a cSao i o n a(e se­lo�o
dacnossa
de ada um e de comu o s' , na . prática q u o t i d ido
lhoria d a luta. Pore isso,
a n apensamento a acaose um p u t o d e elaboração l — mais
per esolidariedade, mast utambem a.;ie c.ida dia mais) um produto de elaborac;ao local ­ nacional ­ mais
t e n d e m o s evitar
quotidiana da luta.
d o q u a n t o possa representar perda Pordeisso, t e mse- o u m e n o s influenciável pela ação d o s fatores e x t e r i o r e s (favorá-
ou emenos influenciavel
o , ecada
pde s t a mumo s no e dee n ttodos,
a n t o f ina r mprae m erca n t eossa d i d o s a não perda
d e c irepresentar permitir de qtern·
ue veis desfavoráveis), m a s pelad e t e rac;ao
minad dos
o efatores
c o n d i cexteriores (favora·
i o n a d o essencial-
pretendemos
quaisquer f a t o revitar r a n h o �uan!e�te
e s e s t tudo s , o u não d idecididos r e t a m e n t ea ligados
nao pern'litir a o s pro- que mve1se n t ee pela
desfavoraveis),
realidade histórica mas determinado d e c a d a p oev o condicionado
, e apenas assegurado L,Sencial·
l e m a s q u e n ono
b po, s dentanto
e v e m p r f1rme e o c u p a r a q u idiretamente
, v e n h a m perturbar ligados aos
as pos-pro· mente pelao urealidade hist6ricaa d e q ude a d acada
d a s povo, e apenasinternasassegurado
_estamos u nao pela vitória a resolução contradições de
qua1squer dfatores
sibilidades e ê x i t oestranhos,
desta C o n of e r ê n c i a .. Tvenhame m o s razões perturbar as pos­
bastantes pola vit6ria ou a resoluc;ao adequada das
várias o r d e n s que c a r a c t e r i z a m essa realidade. O sucesso d a revo-de contradi<;Bes internas
blemas
para afirm a r qnos
que devem
u e esta preocupar �qu_i,
é igualmente a posição Temos d e t razoes
o d o s o sbastantes
outros v6riasc uordens
lução b a n a , qqueu e se caracterizam
desenvolve apenas essa realidade.a 9 0 m i l h0a ssucesso
da maio dar for-
revo·
o v i m e n t o s de
msibilidades exito d�stan a��n:�;:naci;�sic;ao
de libertação c i o n a l presentes a de estatodos C o n fos e r êo_utros
ncia. çaluc;ao cubana,e que
imperialista a n t i - se
s o cdesenvolve
i a l i s t a d e t oapenas
d o s o s at e90 m pmilhas da maiorser,
o s , parece-nos for·
paraA afirmar nossa que. A g e nestad a de e !gu t r a b a l h o s i n c l u i t e m aas esta cuja �onferenc_1a.
importân- <;a imperialista e anti·socialista de todos os
n o seu c o n t e ú d o e na f o r m a c o m o t e m e v o l u í d o , u m a ilustração tempos, parece·nos ser,
acional presentes no seue conteudo
movimentos
e a c u i d a d e de hbertac;ao
f o r a d e ndiscussão,inclui c o n v i n c e n tee na d a forma
v a l i d a dcomoe d o ptern r i n c í evolu
p i o a cido,
i m a uma ilustrac;ao
cia estão
balhos e n o stemas cuia importan·
q u a i s sobressai uma prática
pnltica e convincente da validade do principio acima referido.
referido.
preocupação A nossad oAgenda m i n a n t e :de atra luta. O b s e r vea m
d' 530 nos c o n t usobressa1
o s quais do que u urna
m
D e v e m o s , n o e n t a n t o , r e c o n h e c e r q u e nós p r ó p r i o s e o s o u -
tipcia
o de e acuidade
l u t a , q u aestao
n t o a fora nós f de u n d aiscusOb;ervamos
m e n t a l , não está m contudo
e n c i o n a que d o ex- um Devemos, no entanto, reconhecer que n6s pr6prio� e os ou·
e ml��.;,ental
tros m o v i m e n t o s de libertação e m geral ( r e f e r i m o - n o s s o b r e t u d o
Agenda, :
dommante_: tros movimentos
à experiência a f r i c ade n a ) libertac;ao
não t e m o sem geral dar (referimo­nos
a d e v i d a a tsobretudo
preocupac;aonessa
pressamente b o r a t e n h anao m o sesta a c mencionado
e r t e z a d e q uex· e
tipo
está de
presente luta, noquanta
e s p í r a
i t onoJ d o sun q u
bora te�hamos
e a e l a b o r a r a m . a
Q ucerteza
e r e m o s de
refe-que a
este experiencia
p r o b l e m a i mafricana)
p o r t a n t e nao temosluta
d a nossa
sabido
sabidoc o m udarm . a devida atenc;ao a
enção a

m o s à luta nessa
r i pressamente c o n t r aA9en as nossas ad em fue z a s A d m i t iOueremos
r a qau eelaboraram. m o s q u e refe· os esteA problema importante da nossa luta comum.
deficiência ideológica, para não dizer a falta t o t a l de ideo-
o uesta
t r o s presente
c a s o s sejam no espmtodiferentes os doq n ofs s o ,uezas m a s a .6,(lmitimos
nossa experiência que os A deficiencia ideologica, para nao dizer a falta total de ideo·
logia, p o r parte d o s m o v i m e n t o s d e libertação n a c i o n a l — q u e
ensinaii q luta
rir­nos u e nocontr� q u a d r oas geral nossas ra� t r a vaa m nossa
o s q uexperiencia logia, por parte dos
t e m a s u a justificação d emovimentos de libertac;ao nacional ­ que
nos d a luta q u emas otidiana-
r e m as d i f i�od;�uta
base n a ignorância d a realidade histórica
m eoutros
n t e , sejam casosquais sejamf o d1ferentes c u l d a d e s 'que q u e travamos
nos cria oquotidi�na· inimigo,
que tern a sua
esses m ojustificac;ao
v i m e n t o s p rde e t ebase
n d e mnat rignorancia
a n s f o r m a r da— crealidade
onstituem historica
uma
nosé ensina
a luta que maisn�d iquadrof í c i l t a nger�ificuldades c o mnos cria oo finim1go, dasque esses movimentos
senão a m a i opretendem r f r a q u e z a transformar
da nossa luta­cconstituem uma
essa t o no presente que o para uturo
maiores o n t r a o impe-
nossossejam
mente, s . E l a for.em as como para intero n afuturo das maiores C r e m osenao
s , n o ae nmaior
t a n t o , fraqueza
q u e j á f o da
r a mnossa
a c u mluta
u l a dcontra
a s e x p eor i impe·
dos p o v oqu�1s é a expressão d a sresente
contradições s da
realidade e
essa a e cluta onóm i c a , d1�1�1I
mars social tanto e c u l n<!
t u r aPldas ( p ocontradic;oes
r t a n t o , histórica) internas deda
rialismo.
cias rialismo.
bastantes Cremos,
e s u f i c ino
e n tentanto, que ja foram
e m e n t e variadas para pacumuladas
e r m i t i r a d eexperien·
finição
ên-

cadadosu nossos
m d o s nossos _Ela eaE.erpre�:�ural
pOV!;>S, países. s t a m o s c o n v e n c i d o s de q u ehist6rica)
(portanto, q u a l q u e rde d u cias
m a lbastantes
i n h a geraledsuficientemente
e p e n s a m e n t o e variadas
d e ação vpara isand permitir
o a e l i m ian definic;ao
a r essa
realidade neconom1ca,
revolução, a c i o n a l o u s!oc1a � mos
o c i a l , que
E
nãoconvencidos
tenha como debase que qualquer
funda- duma linha
deficiência. Porgeral
isso,deu m pensamento
a m p l o debate e desobreac;ao essa
visandom a t éar ieliminar
a p o d e r iessa
a
cada um dos nossos parses. s a
mental o c o n h e c i m e n t o a d e q u a d o dessa ­o tenha como basef otunda­
realidade, c o r r e rtes serdeficiencia.
de utilidadePor e pisso,
e r m i tum
i r aampleesta Cdebate
o n f e r ê nsabre
c i a daressau mmateria
a c o n t rpoderia
ibui-
revoluc;ao,
riscos d e i n s u c nacional
e s s o , se nãoou soc�al,
estiver u���
v o t a d ��ssa
a a o realidade,
fracasso. corre fortes çãoservaliosa
de utilidadepara a em epermitir
l h o r i a da a esta
ação Conferencia
presente e f udar tura uma d o scontribui·
movi-
.mental o_ conhec1ment<! aes��er votada ao fracasso. m ec;ao
n t o s valiosa para a melhoria
d e libertação n a c i o n a l . daS e rac;ao
i a u mpresente
a f o r m a ec ofutura
n c r e t a dos
de aju- movi·
riscos de msucesso, se nao darmentos
esses mde o v ilibertac;ao
m e n t o s e, nacional.
e m nossa Seria o p i n i ãuma
o , não formam e nconcreta
o s i m p o r det a naju·
-
AUSÊNCIA DE IDEOLOGIA te dardo qessesu e os movimentos
a p o i o s p o l íe, t i cem
o s enossa
as a jopiniao,
u d a s e m nao d i n hmenos
e i r o , aimportan·
rmas e
o u tte
r o do e r i a los
m a tque . apoios politicos e as ajudas em dinheiro, armas e
Q u a n d o o DE
AUSENCIA povo IDEOLOGIA
a f r i c a n o a f i r m a , na sua linguagem chã, q_ u e
. outro material.
" p o r mais q u e n t e que seja a água da f ona rn t e sua não c o z e cha,
, elalinguagem o teuque É na intenção de c o n t r i b u i r , e m b o r a m o d e s t a m e n t e , para
I: na intenc;ao de contribuir, embora modestamente, para
a r r o z " , Oua_
e n u nnc
doi a ,oc o
povo
m c hafr1c_ t e s:i mi�:da
o c a nano d e , u melap rnao_
p l i c i d afonte, i o f uon -teu
i n c í pco.ze esse d e b a t e , q u e a p r e s e n t a m o s a q u i a nossa o p i n i ã o s o b r e o s fun-
e n t a lmars
não quente que cseja o m o ad a gciência
. o l í t i c aum pnnc1p10 fun· esse debate, que apresentamos aqui a nossarelacionados
opiniao sabre os fun·
dam "por só d a física I' p·dade . Sab emos com damentos e objetivos da libertação
damentos e objetivos da libertei;ao nacional relacionados com a
nacional com a
arroz", enuncia, co� �hocante J��fe�c�ia poiitica. Sabemos com
24 damental nao s6 da f1s1ca como 25 25

24
alterac;oes · bruscas _ muta c;oes _ ­ no · I d
estrutura social. E s s a o p i n i ã o é d i t a d a pela nossa própria e x p e - alterações b r u s c a s — m u t a çA õ eestas
s — no i�veníve f l asd a foi:_c;
s forças produtivasouo u
as produtivas
luta eEssa
social. pelaopiniao e ditada dasnossa
c r í t i c apela axpe­
pr6pria alheias. regime d� propriedade.
no regime d a p r o p r i e d a d e . A estas t r a n s f o r m a ç õ e s bruscas0:Cta·
riência de
vstrutura
apreciação
critica das
experiências
experiencias alheias. ��s opera-
riencia
À q u e l ede
s qluta
u e e
verãopela apreciac;ao
nela u m caráter t e ó r i c o , t e m o s d e l e m b r ar q u e resu����t��'%u��c;���c��so
das no interior d o p r o c e s s o?e d edesenv�fvf�;�;i�����=::s
d e s e n v o l v i m e n t o d a s classes c o m o
verao nela um carater te6rico, temos de lembrar que convenndi�e�odas nível d a sfo�c;as
Aqueles que fecunda urna teoria. E que, se e verdade que euma
t o d a a prática f e c u n d a u m a t e o r i a . E q u e , se é verdade q u uma
de p r o p r i e d a d e , c o nno
resultado de mutações forçasprodutivas p r o d u t i v a sou o uno n o,:�regi-
toda a pratica
revolução p o d e f a l h a r , m e s m o q u e seja n u t r i d a p o r t e o r i a s perfei- m.e me d epropriedade, v e n c i o n u­se o u - s ec c amar, h a m a r ,em linguagemeco­
e m linguagem eco-
mesmo que seja nutrida por teorias perfei· n ó m i c a epolftica,p o l í t i c a ,revotuciies.
revolu,;ao o n c e bfalhar,
t a m e n t e cpode idas, ainda ninguém praticou vitoriosamente u m a nom1ca.e revoluções.
ainda ninguem praticou vit<'riosamente uma . Ve­se, por outro lado . ..
R e v o l u çconcebidas,
tamente ã o sem teoria revolucionária. Vê-se, por significativ���\a
o u t r o l a d o , q u e apossibilidade p o s s i b i l i d a d ede deesse esse processo
processo
Revoluc;ao sem teoria revolucionaria. se� mfluen�iado
cu ar pela mterac;ao de
ser i n f l u e n c i a d o s i g n i f i conjunt:se
c a t i v a m e n t eporpor fatores
fatores e_x
e ternos,
x t e r n o s em
, e mparti·
parti-
cular pela interação de dos c o n jmeiosh�:;:nos,
u n t o s h u m a n o s ,fo1 g r a n d e m e n t e au­
f o i grandemente au-
A LUTA DE CLASSES
m esn t a d a pe�o
�:ntada pr?gresso m e i o s d e �ansporte t r a n s p o r t e ee de de comunica·
A LUTA DE CLASSES que pelo cnar
ve10 progresso o mundo d o s ea comunica-
A q u e l e s q u e a f i r m a m — e q u a n t o a nós c o m razão — q u e a ções q u e veio r i a r o m u n d o eh ahumanidade,
os cagrupamentos h u m a n i d a d e ,eliminando e l i m i n a n d o oo isola·isola-
m o t o r aque
f o r ç aAqueles história é­a eluta
d a afirmam quanto a nos com d e c e rrazao ­ que da e tmento .':.ntre . umanos duma mesma
e�treh_os_c�>ntin;����·p��: ·­
d e classes, t o estariam
re reg1oes dum m
m e n t o e n t r e o s a g r u p a m e n t o s h u m a n o s d u m a m e s m a região, en-
a c o r d motora
o e m rever da esta aef i ramluta
hist6ria a ç ã ode , para classes, decertoeestariam
precisá-la dar-lhe de até tre regiões ca!acter��;���n����t�a�
forc;a afirmac;ao, para precisa·la eo f udar·lhe atea s
d u m m e s m o c o n t i n e n t e e e n t r e o s c o n t i n e n t e s . Pro-
acordo
maior aem
p l i c a rever
b i l i d a desta
e , se c o n h e c e s s e m e m m a i o r p r n d i d a d e gresso �ue
��e�� . fase daa história 1stona que q u e com
mvenc;ao do prime·i r o m�e�j;
q u e c a r a c t e r i z a u m a longa começou
se conhecessem em maior i z a d o s ( d o m i nas
c o l o nprofundidade c o m a invenção d o p r i m e���o;i
�!!
maior aplicabilidade,
características essenciais d e alguns povos a- t r a n s p o r t e , se
i o d e transporte, seevidenci��j�
e v i d e n c i o u já
de alguns povos colonizados (domina· punicas e na
caracterfsticas
dos pelo i m p e ressenciais
i a l i s m o ) . C o m e f e i t o , na evolução geral d a huma- nas vi:ens púnicas e na c o l o n i z­a ç ã o grega grega ee se a c e n t u o u com
se acentuou
coviagens rtas marftimas a inv com as
nidade e imperialismo).
dos u m d oCom s p o v efeito, u p a m e n t o geral
nag r evolu,;ao s h u mda a n huma­ descobertas m a r í t i m a s , a qu!nc;ao invenção das das maquinasmáquinas aa vapor vapor ea e a d:S�
pelo de c a d a um o s nos a
nos agrupamentos humanos
os que
coberta da_eletricidade'. E des-
dos povos n oque
nidade
a c o n
a constituem,
neralizado
s tei t de
u e
e
m cada
,
s
as
as
i m u
classes
classes
l t â n e o
não
nao
na t o
surgem
surgem
t a l i d a d e
n
nem
e m c
desses
o
como
m
a
o
g
u
um
r u
m
p a
f e
m
n
fen&meno
e
ó
n
m
t o
e
s , n
ge-
ge·
em
c o b e r t a d a e l e t r i c i d a d e . E q u ed�r�:�:��
����:;;iest;cac;ao progressiva
na domesticação progressiva d a energia a. t ó mica,
peas estrelas, pelo menos h
p r o m e t e , ��
6 nos nossos dias, c o m base
nossos dia!, com base
m i c a , se se nao semear oo
não semear
c o m o u m teo dsimultaneo o a c a b a d o ,na totalidade
perfeito, u n i fdesses e s p o n t â n e o . Anem
o r m e eagrupamentos, de- h o m e m pelas estrelas, pelo m e n o s •humaniz�r umanizar o o universo.
neralizado universo.
f i n i ç ã oum dastodo acabado, no seioperfeito, uniforme d e a g r u p a mA
p a m e n t o eo uespontaneo, e nde· . O. �ue_ foi dito permite­nos
comec;a partir o.. os por pôr aa segumteseguinte pergunta: p e r g u n t a : senl
classes d u m agru tos
como seio durn agrupamento ou de agrupamentos a h1st�.Omqauso e f o i d i t o pae r m i t e - nd será q u e
h u m a n odas s resultaclasses f uno n d a m e n t a l m e n t e d o d e s e n v o l v i m e n t o progres- partir d o momenta e m que
em q u e se d e s e n c aque
se desen
finic;ao do desenvolvimento progres· fenomeno
oa história só cclasseo m e ç ae a co momento deia
humanos resultap rfundamentalmente
sivo das forças o d u t i v a s e d a s características d a distribuição das o f e n ó m e n o afirmativ� classe e, cse�:��:;rt�::"J:·
o n s e q u e n t e m e n t e , h� a ���
luta de d e classesr�e!
classes? Res-
e das caracteristicas da distribuic;ao das ��"!':[/�la
sivo das forc;as produtivasesse agrupamento ou usurpadas a outros
riquezas p r o d u z i d a s por esse a g r u p a m e n t o o u u s u r p a d a s a o u t ros ponder pela osa f i r m a t i v a seria shuman i t u a r f o r a d a história is ona ttodo odo o o perfodo
período
a g r u p a m e n t o s . Q u e r por
riquezas produzidas
d i z e r : 0 f e n ó m e n o sócio-econômico classe da vida d o s a�grupamentos g r u p a m e nda t o sagricultu�·
humanos, q <J.Ueu e vai va1 ddaa ddescobertae s c o b e r t a da da
surge e desenvolve-se Ouer edizer: m f u n0ç ãfen&meno o d e pelo m s6cio­economico
e n o s / j u a s variáveis classees- '/;�ade, p�sten?rmente, a nnomade sedentaria àa cria-
ó m a d e ee sedentária cria·
agrupamentos. em func;ao de pelo menos.duas variaveis es·
caça o ga
e, o sot eear i o r m e n t e , d a a g rrivad
apropriac;ao p i c u l t uar da
surge e desenvolve­se
senciais e i n t e r d e p e n d e n t e s : o nível d a s forças p r o d u t i v a s e o re- e à a p r o p r i aa ç ã o p r i v a d a d a tterra. Masseria seria ttambe
o nfvel das forc;as rodutivas e o re· .o que nos recusamos
ção d o gado e r r a . Mas ambém —
senciais interdependentes:
gime d e pe r o p r i e d a d e d o s m e i o s d e p r o d u ç ã o . E s s e d e s e n v o l v i m e n- o q u e nos humanos
recusam da o sAtr�ce,tA
a aceitar .­ o n s i d e r a r qque
— cconsi�erar varios agrupa-
u e vários a r� ­:
to opera-se l e n t a , desigual dos e g r a dde
meios m e n t e , p o rEsse
u a lproduc;ao. desenvolvimen·
acréscimos quanti- "!en.tos i c�· s1a m é r i c a LLatina
ee AAmerica . g sem
v·1V1am pa
gime deepropriedade
tativos, lenta,i m
m geral p e r c e p teí vgradualmente,
desigual e i s , das variáveis acrescimoso squanti·
por essenciais, quais
m e n t o s hou
h1stona a n o s da
u mfora 1
da h'st.
Á f rona
· o u f o r a d a história n o n o mc��!fd
a , no Ásia nom a t i n a viviam sem
to opera·se das variaveis essenciais, os quais d
história
JU!!O do do imperialismo. Seria e n t o e em que foram submeti·
m q u e f o r a m s u b m e ti-
tativos, em geral
conduzem , a partir imperceptiveis,
d e c e r t o momento d e a c u m u l a ç ã o , a transfor- dn�:;� Balantas da G . �rar que populac;oes dos
mações q u a la t i v a s de
i t apartir q u ecerto se t rmomenta
aduzem no p a r e c i m e n t o ad a
dea acumulac;ao, transfor·
classe,
o s a o jugo
paises, c o m o oos
icomo
mperia l i s m o . S e
B aMoc;ambiqueume,
r i a c o n s
l a n t a s d a G u i n é , oos
i d e r a r q u e populações
u a n h a m a s dde
s CCuanhamas
d
e AAn­
o s
conduzem, nossos países,
gol os Macondes de
s n-
das classes e d o c o n f l i que t o e nse classes. no aparecimento da classe,
t r etraduzem eI: o s M adas d e s d e rM o ç . a m b. i q1u��nc!ase., • vv1vem
mac;oes qualitativas
F a t o r e se e
das classes do
e n t o p oexteriores
m o v i mFatores
r i o r e s aentre
x t econflito u m dclasses.a d o c o n j u n t o sócio-econômico e m
um dado conjunto s6cio­economico em
d e m i n f l u ean c i a r m a i s o u m e n o s significativamente fo
absta rairmos
gola

fora� submetidas,
c o n muita
a b s t r a i r m o s d a s m u itor!
r a m s u b m e t i d a s , alias :�r:o�?:
d1
t a s ligeiras
fora d basead
influências d�o
a história o u não nao_
i v e m aainda

t tern
i n d a hoje,
olonialismo �
o c�lonialf��o
h1st6ria.
ê m história.
h . se nos
;i:
a que

mais ou menos significativamente . E s s� recusa,


p r o c e s s o d epodem
omovimento d e s e n vinfluenciar hdade dos nisno o n h e c i m e n t o cconcreto
nocco�hec1mento o n c r e t o dda rea·
o l v i m e n t o das classes, a c e l e r a n d o - o , atrasan-
das classes, acelerando·o, atrasan· socio­economica
t a r e c u s a , aliás baseada a rea-
o u a t é de
o processo p r odesenvolvimento do fenomeS::s p�1ses e na analise do processo
ted desenvolvimento
do-o v o c a n d o nele regressões. L o g o q u e cesse, por q u a l - lidade s o c i o e c o n ó m i c a d o s nossos países e na análise d o p r o c e s so
u e r r ou ate, a provocando
nele regress6es. Logo que cesse, por qual·
qdo­c azão influência desses f a t o r e s , o p r o c e s s o r e t o m a a s u a
desses fatores. ot eprocesso
de e s e n v o l v i m e n t o d o sea
1: adf!lidtirq que,
f e n ó lutameno d� � :::s�l
classe
1
tal c o �mo
m o foi foi feita
feita a acima,
cima,
a influencia r m i n a d o retoma a sua t{J���no: • é a3f o rorc;a ç a mmotora his·
dahis-
quer razao,
indepen d ê n c i a , e o
eo
s e u
seu
r i t m
ritmo
o passa
passa
a
a
ser
ser
d e
determinado
não só pelas
nao s6 pelas
leva-nos
. • a a domei t i r urante u e , se um a luta certo d e classes
rnodo
o t o r a da
independencia,internas
características próprias do c o n j u n t o , m a s t a m b é m pelas t ó r i a , ela oantes
que é d u rda a n tluta
e um de classes
certo p e r í o d o da da _hist6ria.
história. lsto
Isto q quer
u er
caracteristicas
resultantes d o efeito sobre ele c a u s a d o pela ação t e m p o r á r i a pelas
internas pr6prias do conjunto, mas tambem dos d it1zere r qde
zuta u e antes d a luta deneste classes mu (e, e, n ne�essanamente,
e c e s s a r i a m e n t e , depois
depois dada
ele classes, porque
n o sefeito. N o psobre i t a m e n t e pela
s t r causado i n t e a,;ao temporaria variar dos luta d e classes, p o r q u e neste m u nf:�o
;a:o:e�a �-
t o r e s e x t e rdo
f aresultantes nao. háhaantes antes sem depois)
lano e r n o , pode o
fator (ou alguns fatores) d o não sem de pois)
t m o d o externos. p r o c e s s o , No m a spiano e r m a n e c e c o ninterno,
ele pestritamente t í n u o e pode variar o a l�!!um
g u m f a t o r ( o u alguns fatores) f o i e será o m"'!o�or
a 1stona dedacada hist6ria.
r ifatores progressivo,
ao nos repugna admitir que esse o t o r d a história.
agru·
n d o o sdo
s eritmo processo,
avanços b r u smas
c o s só elepossíveis
permanece u n ç ã o de aeu m
e m f continua progressivo,
entos ou N ã o n o s r e p u g n a a d m i t i r q u e esse f a t o r d a história d e c a d a agru-
os avanc;os bruscos s6 possiveis em fun,;ao de aumentos ou
sendo 27
26 27
26
p a m e n t o h u m a n o é o modo de produção (o n í v e l das forças pro- entre o m o d o de p r o d u ç ã o e a a p r o p r i a ç ã o privada d o s m e i o s d e
d u t i v a s e o regime d e p r o p r i e d a d e ) q u e c a r a c t e r i z a esse agrupa- p r o d u ç ã o ; a t e r c e i r a e m q u e , a partir d u m d a d o n í v e l das forças
mento. Ma humano e
s , c o m o se i u , a dde
o vmodo produi;:ao
efin (o nivel
i ç ã o d a classe e a das
lutaforc;as pro·
d e classes produtivas, se t o r n a possível e se realiza a liquidação d a a p r o p r i a -
pamento
são, elase o m eregime de propriedade) que caracteriza esse
s m a s , u m e f e i t o d o d e s e n v o l v i m e n t o d a s forças agrupa· ção privada d o s m e i o s d e p r o d u ç ã o , a e l i m i n a ç ã o d o f e n ó m e n o
dutivas
o m ao definic;ao
o cviu, regime d ada p r oclasse
p r i e d aea
d e luta
d o s de
m e classes
classe e, p o r t a n t o , d a luta d e classes, e se d e s e n c a d e i a m novas e
p r o d u t i v aMas,
s con j u g a dse
como i o s de
mento. efeito do desenvolvimento
concluir que o das n í v eforc;as
ignoradas forças n o processo histórico d o c o n j u n t o sócio-econô-
produção. mesmas, umportanto
sao, elas Parece-nos lícito l das mico.
com o regime da propriedade dos meios o r mde
produtivas conjugado
forças produtivas, determinante essencial do c o n t e ú d o e da f a
Parece­nos
da luta de classes, é a verdadeira
licito concluir que o
portanto e a permanente força motora das nfvel da A primeira fase corresponderia, e m linguagem p o l í t i c o - e c o -
produc;ao. determinante essencial do conteudo e da forma nômica, à socieda'de agropecuária c o m u n i t á r i a , em que a estrutu-
história.
for<;as produtivas,
da luta S e ade c e iclasses, e a verdadeira
t a r m o s essa
e a permanente forc;a motora da
conclusão, e n t ã o f i c a m e l i m i n a d a s as d ú - ra social é horizontal, sem Estado; a segunda, às sociedades agrá-
vidas q u e p e r t u r b a m o nosso e s p í r i t o . P o r q u e , se p o r u m lado ii.is (feudal o u a s s i m i l a d a e agro-industrial b u r g u e s a ) , em que a
hist6ria. essa conclusao, entao ficam eliminadas as du· estrutura social se desenvolve na vertical, c o m Estado; a ter-
v e m o s Se aceitarmos
garantida a existência d a história a n t e s d a luta d e classes e
e vidas
v i t a m oques a perturbam o nosso espirito. Porque, se por um lado
alguns a g r u p a m e n t o s h u m a n o s d o s nossos países (e ceira, às sociedades socialistas e comunistas em que a economia
d ogarantida a existencia da historia antes da luta de classes e é predominantemente, senão exclusivamente, industrial (porque
vemos
quiçá s nossos c o n t i n e n t e s ) a triste c o n d i ç ã o d e povos sem his-
humanos dos nossos paises (e a própria a g r i c u l t u r a passa a ser u m a indústria) em que o Estado
r i a , v e m oas assegurada,
t óevitamos alguns agrupamentos
p o r o u t r o l a d o , a c o n t i n u i d a d e d a histó-
ria m e sdos mo d e p o i s continentes)
nossos a triste condic;ao de povos sem his·
d o d e s a p a r e c i m e n t o da luta de classes o u d a s tende progressivamente para o desaparecimento ou desaparece,
quic;a por outro tado, a continuidade da histo· e em que a estrutura social volta a desenvolver-se na horizontal,
toria, E c o massegurada,
classes. vemos o n ã o f o m o s nós q u e p o s t u l a m o s , aliás e m bases
da luta de classes ou das a um nível superior de forças pj^dutivas, de relações sociais e
e n t ímesmo
c iria d e s a p ado
f i c a s , o depois r e c idesaparecimento
m e n t o d a s classes c o m o u m a fatalidade
d aclasses. - n o sfomos
e n t i m onao
h i s t ó r i aE, scomo
nos que postulamos, alias em bases
b e m nesta conclusão q u e , e m c e r t a medi-
de apreciação dos valores humanosT~J
d acientificas,
, restabelece u m a coerência e das
o desaparecimento dá sclasses
i m u l t a ncomo
e a m e n uma
t e a ofatalidade
s povos A o nível da h u m a n i d a d e o u d e p a r c e l a s d a h u m a n i d a d e
q u e , historia,
c o m o o de sentimo­nos bem nesta conclusao
C u b a , estão a c o n s t r u i r o s o c i a l i s m oemque, , a certa medi·
agradável
da e da simultaneamente aos povos (agrupamentos h u m a n o s d u m a m e s m a região o u d e u m o u m a i s
a d e q u e numa
c e r t e z restabelece ã o f i ccoerencia
a r ã o s e m história q u a n d o f i n a l i z a r e m o
da, a construir o socialismo, a agradavel c o n t i n e n t e s ) , essas três fases ( o u d u a s delas) p o d e m ser c o n c o m i -
processo
que, como o de Cuba,d oestao
d a liquidação f e n ó m e n o classe e d a luta d e classes n o
nao ficarao sem historia quando finalizarem o tantes, c o m o o p r o v a m t a n t o a realidade a t u a l c o m o o passado.
certeza dec oque
seio d o seu njunto sócio-econômico. A eternidade não é coisa
do fenomeno classe e da luta de classes no Isso resulta d o d e s e n v o l v i m e n t o desigual d a s s o c i e d a d e s h u m a n a s ,
deste m u n d da liquidac;ao
d o fea rcoisa
o , mas o h o m e m sobreviverá às classes e c o n t i n u a r á a
processo z e r história, p o r q u e n ã o p o d e libertar-se nao
a f aconjunto s6cio­economico. A eternidade quer p o r razões internas q u e r p e l a i n f l u ê n c i a a c e l e r a d o r a o u re-
seio r e seu
p r o d u z ido
o homem sobrevivera as classes e continuara
do
a tardadora de a l g u m o u alguns f a t o r e s e x t e r n o s s o b r e a s u a e v o l u -
das suas mundo,
deste necessidades, mas d a s suas mãos e d o s e u c é r e b r o , q u e estão ão. P o r o u t r o lado, no p r o c e s s o histórico d u m d a d o c o n j u n t o só-
na base d o dee saefazer s forças nao
m e n t o d aporque
n v o l v ihistoria, p r o dpode
u t i v a slibertar­se
. do fardo
produzir das suas maos e do seu · rebro, que estao i o - e c o n ô m i c o , cada u m a d a s fases referidas c o n t é m , a partir d e
das suas necessidades, m certo n í v e l de t r a n s f o r m a ç ã o , o s g e r m e n s d a fase seguinte.
/ S O na B R baseE O do D O D E P R O D Udas
M Odesenvolvimento Ç Ãforc;as
o / ^ produtivas. D e v e m o s n o t a r t a m b é m q u e , n a fase a t u a l d a v i d a d a h u m a -
nidade e para u m d a d o c o n j u n t o s o c i o e c o n ó m i c o , n ã o é indis-
ffsosRE
Cp O MODO DE PRODU<;:AO/;" pensável a sucessão no t e m p o das três fases c a r a c t e r i z a d a s . Q u a l -

u:> a t uatual
a l d o do quer q u e seja o n í v e l a t u a l d a s suas forças p r o d u t i v a s e d a estru-
dito e a realidade
q u e f i c a d i t o e a realidade nosso nosso t e mtempo
p o p è rpermi·
mi-
te-nos a d mque i t i r fica
q u e a história d u dum tura social q u e a c a r a c t e r i z a , u m a s o c i e d a d e p o d e avançar rapida-
que a e m p e l o m e n o s três f a s e s : a p r i m e i r a , e m da
m a g ragrupamento
upamento hum humano
a n o o u ou da
historia
hum a n i d a dadmitir
te­nos e se processa em pelo menos tres fases: a primeira, em
m e n t e , através de e t a p a s definidas e a d e q u a d a s às realidades c o n -
, c o r r e s p o n dse
q u ehumanidade processa
o a u m b a i baixo retas locais (históricas e h u m a n a s ) , para u m a fase s u p e r i o r d e
end
a um x o n í v enivel
l dasdas forc;as
forças p r oprodutivas
d u t i v a s — d­odo
í n i ocorrespondendo
que, d o h o m e m s o b r e a n aat u xistência. T a l avanço d e p e n d e das p o s s i b i l i d a d e s c o n c r e t a s d e
sobret e anatureza ­ o modo der oproduc;ao tern
dom r e z a — o m o d o d e p dução t e m
dominio
caráter e l e mdo e n t ahomem
r , não e x i sexiste i n dainda
a a aap r o apropriac;ao
p r i a ç ã o privada privadad o sdos esenvolver a s suas forças p r o d u t i v a s e é c o n d i c i o n a d o p r i n c i p a l -
d e p relementar,
nao e n t e pela n a t u r e z a d o p o d e r p o l í t i c o q u e dirige essa s o c i e d a -
meioscarater nao ha classes, nem,
o d u ç ã o , não há classes, n e m , p o r tportanto,
a n t o , lutaluta de classes;
d e classes;
meios dee m
a segunda, produc;ao,
q u e a elevação d o nível
a elevac;ao do nivel
d a s das
forçasforc;asprod produtivas
u t i v a s c o ncon·
- , q u e r d i z e r , pelo t i p o d e E s t a d o o u , se q u i s e r m o s , pela n a t u -
a p r o p r i a çem
d u z a àsegunda, ã o que
privada d o s m e i o s d e p r o d u ç ã o , c o m p l i c a pro- za d a classe o u classes d o m i n a n t e s no seio dessa s o c i e d a d e .
dos meios de produc;ao, complica pro·
duz a apropriac;ao
gressivamente o m o d o privada
de p r o d u ç ã o , p r o vprovoca
o c a c o n conflitos
f l i t o s d e interes-
de interes·
U m a análise mais p o r m e n o r i z a d a mostrar-nos-ia q u e a possi-
modo de produc;ao,
n o seio d o c o o
ses gressivamente n t o sócio-econômico e m em lidade d u m tal salto no processo histórico resulta f u n d a m e n t a l -
do
nju
conjunto socio­economico m o vmovimento, i m e n t o , possi- possi·
bilita ses no
a e r u seio
p ç ã o d o f e n ó m e n o classe e, p o r t a n t o , a luta d e classes,
classe e, portanto, a luta de classes,
e n t e , n o plano e c o n ó m i c o , da f o r ç a d o s m e i o s de q u e o h o m e m
q u e bilita do fenomeno
a erupc;aosocial d a c o n t r a d i ç ã o , no d o m í n i o e c o n ó m i c o .
é a expressão
contradic;ao, no dominio economico.
28 que e a expressao social da 29 29

28
pode di t u a l i d a d e para d o m i n a r a n a t u r e z a e , n o p l a n o transformações d o m o d o d e p r o d u ç ã o , n o â m b i t o geral d a h u m a -
ntransforrnacdes
i d a d e , c o n s i d e r do
a d a modo
c o m o de
u mproduc;ao, noo vambito
i m e n t o .geral
U m adanecessi-
huma·
i�: que transformo� radical·
político a c o n t e c i m e n t o n o v o q u e t r a n s f o r m o u radical- todo em m
a natureza
inarhistória e, no pl_ano dnidade,
ade, c o m considerada
o o são n o como um atodo
presente em movimento.
libertação nacional d Uma
o s p onecessi­
vos, a
m e n t e a f a c e do m u n d o e a m a r c h a da — a criação dos
de dispor na atualidade para dade, coma
destruição d o oc asaop i t ano
lismpresente
o e o a d va e libertac;ao
n t o d o s o c inacional
a l i s m o . dos povos, a
po1·1· o socialistas.
Estados deste acontec1mento h da histbria ­ a cna,;;ao dos destruic;ao
po I Vree m' of s , p odo n t o , q u ee os
r t a mundo a marenossosa p o v o s , sejam quais f o r e m o s O q u e do capitalismo
importa a o s nossos e o adventop o v o s doé sabersocialismo.
se d i m p e r i a l i s m o ,
mente
seus a ace d. e d e s e n v o l v i m e n t o e c o n ó m i c o , .t ê m a sua
estágios · forem os na s u aOc oque n d i çimporta
ã o d e c aaos
p i t a lnossos
e m a çpovos ão, cum e psaber
r i u o se
u ndã oimperialismo,
n o s nossos
Estados soc1a/1s�:nto, nossos po�os_. sei�rmq�a��a p r ó p r i a na suaa condic;ao de capital em ac;ao, cumpriu ou nao d onosp r o nossos
história. A o s e r e m s u b m e t i d o s à d o m i n a ç ã o i m p e r i a l i s t a , prbpria
que OS o pro- países missão histórica reservada a es t e : aceleração cesso
cesso Vemos,históricoP d e c a d a olvimento
u m d o s nossos econom1co,_
povos (ou o . drsta o pro·
o s agrupa- doparsesd e s ean vmissao
olvimen historlca
t o d a s forçasreservada p r o daueste:
t i v a s aceleracao
e transform doa çprocesso
ão, no
m e n t oe_stagios
seus. a
!�e;::5:�;metidos dominac;avoo�l:r: �os
s h u m a n o s q u e c o n s t i t u e m c a d a u m deles) f o i s u'agrupa: jeito à do desenvolvimento
sentido da c o m p l e x i d a d das
e , dforc;as produtivas de otransforrnaeao,
a s características m o d o d e p r o d uno -
h1ston�is:,�ico
ação violenta d u mdef acada t o r e xum r . EnoSSOJ/im
t e r i odos s s a ação — o delesl i m p a c foi
t o dsujeito
o impe-a ç ãsentido
o ; a p r oda f u ncomplexidade,
d a m e n t o d a d idas feren caracteristicas
c i a ç ã o d a s classes do modo com o dedesen-
produ-
dcesso vo c;ao;
l v i maprofundamento
e n t o d a burguesiadae diferenciac;aointensificação das d a classes
luta d ecom classes;o desen­
au-
i m e n t o sobre anos que const1tuem
as nossas s o c i e d a d eca
s —­ n ã­o o pimpacto
o d i a d e doi x a rimpe­de
mvolvimento da burguesia
d o s t a ned aintensificaeao
r d geral m é d i o da d o luta
n í v e lded e classes; au·
ml;_lltos hum
influenciar o pdr o cm s o d eexterior.
e sfator d e s e n v o Essa
l v i m eacao ­ forças
n t o das podia p deixar
r o d u t i v ade
s e n t o significativo v i d a eco-
v1olentabreu
ac;aonossos nossas sociedad_es
r a s sociais ­t d o sn��s o s p o vproduti�as
nó mento
m i c a , significativo
social e c u l t u dor a l standard
das populações. geral media Interessado n(vela l é m de
disso eco­
vidaave-
dos
c d1mento
o m o o c o nso
países as e as
teúdo e a form
estrutu
d a desenvolv1men ° n o s sfor\:as
d a s nossas lutas d e libertação n a c i oassim
e:truturas dods �?:��;��cional.
os, assim
nal. nomica.
riguar q u a isocial e cultural das
s a s influências o u epopulacdes.
f e i t o s d a ação lnteressa
imperialistaalem sobre
disso ave­
as
influenciar
Mas v e m o o�:i�s:
s t a m b é m q u e , n o sociais
c o n t e x t o histórico e m q u e se
riguar quais
estruturas sociaisas influencias
e o p r o c e s s ou efeitos da
o histórico d oac;ao
s nossosimperialista
p o v o s . sobre as
dos nossos pa)
d e s e n v o l v e m essas lutas, e xai sdas
nossas lutas e I
t e para o s nossos p o v o s a possibili-
estruturas
N ã o v asociais
m o s f a zee o r aprocesso
q u i o b ahistoricol a n ç o c o ndos d e nnossos
a t ó r i o povos.
nem a elegia
como o conteudo ea form
d a d e c o n c r e t a d e passarem d a situação o contexto histbrico em qu·�­f
d e e x p l o r a ç ã o e de subde- d o i m p Nao e r i a l ivamos
s m o , mfazera s d i raquie m o so abalance
p e n a s q ucondenatbrio
e , q u e r no plano nem econó- a elegia
vemos tambem q'!e, n ara os nossos povos a poss, I I· m ido c o , imperialismo,
q u e r n o s p l amas n o s diremos
social e apenas c u l t u r aque,
l , o quer
c a p i t ano piano econo-

;:�:��;;E�isi�pr��:}��{��f
Mas
s e n v o l v i m e n t o e m q u e se e n c o n t r a �E:i�r�:;t���r!a:;Jtt;
m , para u m a n o v a fase d o seu l imperialista
f i cmica,
o u longe querd enos c u mpianos
p r i r n osocial s nossos e cultural,
países a missão o capital imperialista
histórica de-
processo histórico, a q u a l p o d e c o n d u z i - l o s a u m a f o r m a s u p e r i o r
s eficou
m p e n hlongea d a p ede l o cumprir
c a p i t a l n nos nossosd epaises
o s países a c u m ual arnissao
ç ã o . Isso hist6rica
i m p l i c ade­
d e existência e c o n ó m i c a , social e c u l t u r a l .
q usempenhada
e , s e , p o r u m pelo l a d o ,capital
o c a p i tnos parses de acurnulacso.
a l imperialista teve na grande Issam aimplica
ioria
s6cial e cultural. d o que, se, por d o mum i n alado,
d o s a oscapital
i m p l e s fimperialista
u n ç ã o d e m uteve l t i p l na
i c agrande
d o r d e maioria
O processo
h1stonco� a � s países mais-
I M P E R I A L I Seconom1ca,
de existenc1a
MO dos paises
valias, c o n s t a tdominados
a - s e , por o uat rsimples o l a d o , func;ao
q u e a cde a p multiplicador
a c i d a d e histórica de mais­
do

O relatório p o l í t i c o e l a b o r a d o pelo C o m i t é I n t e r n a c i o n a l
cap valias,
i t a l ( cconstata­se,
o m o a c e l e r apor d o r outro i n d e s tlado,
r u t í v eque
l d o a processo
capacidade historica do
de desenvol-
v i mcapital
e n t o das (como forças acelerador
p r o d u t i v aindestrutivel
s ) está e s t r i t ado m eprocesso
n t e d e p e nde d edesenvol­
n t e da
Preparatório desta C o n f e r ê n c i a , ao q u a l r e a f i r m a m o s o nosso i n - s u avimento
t e i r o a p o i o , s i t u o u , de m a n e i r a clara e n u m a análise s u c i n t a , o i m -
liberdade, das foreas produtivas) esta estritamente dependente
q u e r d i z e r , do grau de independência c o m q u e é da
u t i sua
l i z a dliberdade,
o . D e v e m oquer s , n o dizer,
e n t a n tdo o , rgraueconh dee cindependencia
e r q u e e m alguns comcasos que e
p e r i a l i s m o n o seu c o n t e x t o e c o n ó m i c o e nas suas c o o r d e n a d a s o capital imperialista
históricas. N ã o v a m o s a q u i repetir o q u e já foi d i t o perante esta
utilizado. Devemos, ono u centanto,
a p i t a l i s mreconhecer
o m o r i b u n dque o t eem v e interesse,
alguns casos
f o r ç a e t e m p o bastante p a r a , a l é m de e d i f i c a r c i d a d e s , a u m e n t a r
A s s e m b l e i a . D i r e m o s apenas q u e o i m p e r i a l i s m o pode ser defini- o capital imperialista ou capitalismo moribundo teve interesse,
o n í v e l das forças p r o d u t i v a s , p e r m i t i r a u m a m i n o r i a d a p o p u -
d o c o m o a expressão m u n d i a l d a p r o c u r a g a n a n c i o s a e da o b t e n - forca e tempo bastante para, alem de edificar cidades, aumentar
lação nativa u m standard de vida m e l h o r o u a t é privilegiado,
ção d e c a d a vez m a i o r e s mais-valias pelo capital m o n o p o l i s t a e o n(vel das forcas produtivas, permitir a uma minoria da popu­
c o n t r i b u i n d o a s s i m , e m p r o c e s s o q u e alguns c h a m a r i a m dialéti
f i n a n c e i r o , a c u m u l a d o e m d u a s regiões d o m u n d o : primeiro n a lac;ao nativa um standard de vida melhor ou ate privilegiado,
c o , para o a p r o f u n d a m e n t o das contradições n o seio d a s socieda-
E u r o p a e , m a i s t a r d e , na A m é r i c a d o N o r t e . E , se q u e r e m o s situar contribuindo assim, em processo que alguns chamariam dialeti­
des e m causa. N o u t r o s casos a i n d a , m a i s r a r o s , h o u v e a possibili-
o f a t o i m p e r i a l i s t a na t r a j e t ó r i a geral d a e v o l u ç ã o d e s t e f a t o r d a dco,e depara acuo m uaprofundamento
l a ç ã o d o c a p i t a l ,das d a ncontradicdes
d o lugar a o dno e s eseio
n v o das
l v i msocieda­
ento
transcendente que modificou a face d o m u n d o — o capital e os des em causa.
d u m a burguesia l o c a l . Noutros casos ainda, mais raros, houve a possibili­
processos d a s u a a c u m u l a ç ã o — p o d e r í a m o s d i z e r q u e o imperia- dade de acumulacao do capital, dando lugar ao desenvolvimento
lismo é a pirataria t r a n s p l a n t a d a d o s mares para a terra f i r m e , durna
N o qburguesia
u e se refere local.aos efeitos da dominação imperialista sobre
reorganizada, c o n s o l i d a d a e adaptada ao o b j e t i v o d a espoliação a e s t r u t uNo que se erefere
r a social o p r oaos
c e s efeitos da dorninaeao
s o histórico d o s n o s s oimperialista
s p o v o s , c o sobre
n-
dos recursos materiais e h u m a n o s d o s nossos p o v o s . Mas se for- v é ma averiguar
estrutura e social
m p r i mee ior o processo
lugar q u ahistorico
i s são as fdoso r m anossos
s gerais povos,
de do-con­
m o s c a p a z e s d e analisar c o m serenidade o f e n ó m e n o i m p e r i a l i s t a , m i n vem
a ç ã o ,avcriguar
d o i m p e r em
i a l i sprimeiro
m o . E l a s lugar
são p equais
l o m esiio
n o sasd uformas
as: gerais de do­
não e s c a n d a l i z a r e m o s n i n g u é m a o t e r m o s d e r e c o n h e c e r q u e o ininac;ao, do imperialismo. Elas sao pelo menos duas:
1 ? ) D o m i n a ç ã o direta - p o r m e i o de u m p o d e r p o l í t i c o in-
i m p e r i a l i s m o — q u e t u d o m o s t r a ser na realidade a fase ú l t i m a d a
tegrado por 1'?) agentes
Oorntnacfo direta ­aopor
estrangeiros povomeiodom dei n aum
d o poder
(forçaspolftico
a r m a - in­
evolução d o c a p i t a l i s m o — foi u m a necessidade d a história, u m a p o l í c i a , por
d a s , tegrado d a aestrangeiros
agentes
agentes d m i n i s t r a ç ã oaoe povo
c o l o ndominado
o s ) — à q u a(foreas
l se c o narma­
-
consequência d o d e s e n v o l v i m e n t o das forças p r o d u t i v a s e das v e n cdas,
i o n opolicia,
u c h a m aagentes da administrac;ao
r colonialismo clássico o u e colonos) ­ qual se con­
colonialismo. a
vencionou chamar colonialismo clessico ou colonialismo.
30 31
31
2 ? ) D o m i n a ç ã o indireta — por meio d u m p o d e r p o l í t i c o in- criação duma
criacso d u m a pseudo­burguesia
p s e u d o - b u r g u e s i a nativ n a t i v a , q u e e m geral se desenvolve
partir de de uma p e q u e n a bur u . a, b uque �mt i c agerale d ose s desenvolve
tegrado na s u a maioria ou na ­t opor
indireta t a l i dmeio
a d e pdum poder politico
o r agentes nativos —in­à a.a partrr u m a pequena burguesia
. g (es1a
rocrá
burocratica e dos interrnedia­
intermediá-
2':'l Dominac;iio rios do do ciclo
na sua a mna
i o n o u c hou
q u a l se c o n v e n cmaioria a r totalidade por agentes natives ­
neocolonialismo. a nos. ­
ciação das
c i c l o das das mercad
m e r c a donas o r i a s (comprado
s o c i a i s , ab
c o m p r a d o r e s)) , a c e n t u a a d i f e r e n -
res , acentua a diferen­
tegrado c1:3c;a. o das camadas c a m a d a s sociais a b r e , pelo I O reforc;o
reforço da atividade eco-
re, pe
e l e m e n t o s nativos, novas perspectivas à d i n â m i c aeco­ da atividade
p r i m e i r o c a s ochamar
Noconvencionou , a estrutura neocolonialismo.
social d o povo d o m i n a d o , seja
qua\ se n ó m i c a de
n?m1ca de elementos nati�os
' novas perspectivas a dinamica so­
so-
q u a l No a etapa caso,
for primeiro e m q uaeestrutura se e n c o nsocial t r a , pode do povo sofrer dominado,
os seguintes seja
c i a l , nomeadamente
ciat, n o m e a d a m e n t e com com o o d e s e n v o l v i m e n t o progressivo d u m a
em que se encontra, pode sofrer os seguintes i�:s:i�v�\v�mento proqressivo duma
qua\
efeitos: for a etapa classe
classe operarla operária citadina c i t a d i n a ee aa instalação d e p r o p r i e d a d e s agrícolas
efeitos: a) destruição c o m p l e t a , a c o m p a n h a d a e m geral d a liquida- pnvadas,
privadas, que q u e diio lugar, aa p o u c o e c;ao
d ã o \ugar pouco e , propnedades
ao a p a r e c i m eagricolasnto d u m
ção i m a)e destruic;iio completa, acompanhada em geral da liquida­
d i a t a o u progressiva d a p o p u l a ç ã o a u t ó c t o n e e c o n s e q u e n - proletariado agricola.
proletariado a g r í c o l a .
Essaf���osfe
E s s a s t r a n s f o r pouc_?,
m a ç õ e s ao m aaparecimento
i s o u m e n o s sensí- dum
da popu\ac;iio autoctone e consequen­ e t e r m i n a dorma�<;>es mars u mou a umenos
m e n t o sensi­
te imediata oudesta
c;aosubstituição progressivapor u m a p o p u l a ç ã o e x ó t i c a ; veis d
v�1s daa eestrutura
s t r u t u r a ssocial
ocial, d deterrni 1i;;i��s a s aliás por signi-
te substituic;iio desta por uma populac;ao exotica; fficativo
icativo d do o n nivel f�rc;as pprr o d u t i v a ahas
das forças
í v e l das s, tem po�influência
um aumento direta signi· no
b) destruição p a r c i a l , eem
destruic;iio parcial, geral aacompanhada
m geral c o m p a n h a d a da da fixação
fixac;ao mais rnais pprocesso historico do
conjunt� � i�as, te� 1�f\uencia direta E no
o u m eb)
r o c e s s o histórico d o c o n j u n t o sócio-econômico e m c a u s a . n-
cl" . socio­econormco esse p r o c e s s o é em p a rcausa.
a l i s a d o En­
n o s v o l u m o s a de u m a população e x ó t i c a ;
ou menos volumosa de uma populac;iio exotica; qquanta
u a n t o no no ccolonia\ismo
o l o n i a l i s m o clássico , a
conservac;ao aparente, condicionada pela confinac;ao da e o c o l o n i a l i s t a , ass1co.p e r m i t iesse n d o processo e paralisado
d a d i n â m i c aa
c) conservação aparente, c o n d i c i o n a d a pela c o n f i n a ç ã o d a
c) o m i n a ç ã o nneocolonialista
ddominac;iio o despertar
areas ou reservas próprias proprias ee geralmente i�rerm1tmdo
sociedade a u t ó c t o n e aa áreas
sociedade autoctone
ou reservas geralmente
social — ddos
social ­ o s cconflitos
o n f l i t o s de de interesse entre as c a m a d a s da O despertar dinam'i
sociais nati-ca
desprovidas dde e possibilidades ddee vvida,
i d a , aacompanhada
c o m p a n h a d a ddaa iimp\anta­
mplanta- _ criac�f:s:·tn!_re Js que camadas sociaishistó- nati­
desprovidas e upossibilidades vas oou
vas u da da luta\uta de de classes
classes — a ilusão de o processo
ção massiva dde
c;iio massiva urna populac;ao exotica.
m a p o p
l t i m o s ccases.
u l a ç ã o
a s o s , qque
e x ó t i c
sao os
a .
os qque interessa cconsiderar nco volta
rico
_vol�a à ssua
a u a evolução normai' Essa ilusão
evoluc;iio n o r m a l . usao .e q�e <;> processo hist6­
EJsa usao ée reforçada pela
Os o i s úultimas
O s ddais u e são u e interessa onsiderar
ex1stenc1a ddum
existência u m ppoder o l í t i c o ( (E
o d e r ppolitico E s·t a d o n ailc i o n a l ) , r�forc;ada
integrado pela por
no q u a d r o da da r o b l e m á t i c a dda
pproblematica libertac;ao nnacional,
a libertação estao bbem
a c i o n a l , estão e m re- re· eelementos
l e m e n t o s nnatives p e n a s uum a ilusão,
.i51a ­ o pnac1ona\)'
o r q u e , na mtegrado realidade,por
no quadro m Á f r i c a . Pode-se Pode·se afirmar que, em qualquer deles, oo
a t i v o s . AApenas 1 oO
presentados eem Africa. a f i r m a r q u e , em q u a l q u e r deles, eenfeudamento da ·classe ""d d i r.. ma ��ao, porque,
à na realidade
presentados pelo impacto
p a c t o ddo imperialismo
p e r i a l i s m o nno pro­
n f e u d a m e n t o da classe
, o m i n a d o r , limita o u inibe 1ngente n f
i g e n t e " nativa · 1
classe dirigente d
• o
efeito principal pprovocado r o v o c a d o pelo
efeito principal d o p o v o ddominado
im o im o pro-
pa1s ddominador,
país \imita ou inibeoOp l eI n o ad eiva s e nav o c lasse
v i m e dirigente
n t o das for- do
cesso historico
cesso histórico do povo o m i n a d o ée aa paralisia, paralisia, aa estagnação estagnac;iio r o d u t i v a s nnacionais
c;as pprodutivas
ças a c i o n a i s . Mas, Mas nas condições P eno .d:senvolv1mentoc o n c r e t a s da das e c o nfor­o-
( m e s m o , eem m algunsalguns a s o s , aa regressão)
c cases. regressiiol desse desse processo.
processo. EEssa s s a para-para­ nas econd1c;oes
n f e u d a m e nconcretas
t o é u m a da econo­
(mesmo, Num ou noutro setor do mia mmundial
mia u n d i a l ddo o nossonossot et�mpo' m p o , esse fatalida-
completa. ccon­ esse
e s i a.enfeudamento e auma
l forfatalida·
lisia niio e, no entanto, m causa
lisia não é, no e n t a n t o , c o m p l e t a . N u m ou n o u t r o setor do on- e , e,e, p o r t a n t o , a a ppseudo·b�
dde, seudo-burgu n a t i v a , seja q u o seu
j u n t o s o c i o e c o n ó m i c o eem causa ppodem operar­se transformac;oes portanto,
o d e m operar-se transformações p po;��es1a
o d e d e s e m pnat1va, e n h a r eseiaf e t i v.qua\
a m e n tfore a ofun- seu
junto s6cio­economico
sensíveis, quer mmotivadas o t i v a d a s pela permanencia dda
pela permanência a ação ac;ao dde e algunsalguns
grau d de
g�auhistórica
e n a c i o n a l i s m o , não
nacionalismo, niio
esempen�ar efet1va�ente a tun­
sensiveis,t e rquer u e r r eresultantes
o c a i s ) , q quer s u l t a n t e s d da ac;aodedennovas tato­
ção
c;ao h 1st6rica que caberia a essa
q u e c a b e r i a a essa classe, não p o d e o r i e n t a r livre-
fo classe, p r o dnao
u t i v pode
a s , e monentar
f a t o r e s i ninternos n o s ( l(locaisl. a ação o v o s fato- s u m a , livre­
fatores dominac;ao colonial, tais coma o ciclo dda
menteo od edesenvolvimento
mente s e n v o l v i m e n t o das dasforças não
res i n t r o d u z i d o s pela
res introduzidos pela d o m i n a ç ã o c o l o n i a l , tais c o m o o c i c l o a p o d e ser ser umuma a burguesia nacional.
nacional Or6�!r a , cprodut1vas!
o m o se v i u , as em suma,
forças pro-niio
das concentrações
concentrac;oesurbanas. urpanas. EEntre pod. burguesia
m o e d a e e o o d edesenvolvimento
moeda
s e n v o l v i m e n t o das ntre du t i v aes são
dut1vas saoo ommotor o t o r dadahistória, hist6ria.e ea liberdade •. coma set ov1u, as forc;as
t a l do processo pro·
essas transformações, c oconvern referira aperda perdaprogressiva,
progre!lsiva,e m emcer- cer­ d o s e u d e s e n v o l v i m e n t o é ea c ocon'
do seu desenvo\vimento a n d i ç .ã o� indispensável h.ber.dade �otalpara do oprocesso
n v é m referir
essas transformac;oes, das das classes ou camadas dirigentes nativas,
pleno
tos casos, dodoprestígio
tos cases, prest fgio classes o u c a m a d a s dirigentes nativas, f u n c i o n a m e n t o desse m o t o r . d1c;ao md1spensavel para o pleno
o êxodo, forçado ou
o exodo, forc;ado ouv ovo\untario, luntário, du duma
m a parte partedadap opopulac;iio
p u l a ç ã o c acam­ m- funcio�amento desse motor.
ponesa para ososc ecentres b a n o s , c ocom
n t r o s u rurbanos, m c oconsequente desenvolvi­
n s e q u e n t e desenvolvi- Ve­se,p oportanto,
.Vê-se, r t a n t o , q uque e t atanton t o non c o l oIn i a ·l i s1•m o c o m o n o neoco-
, o. co on1a ismo
mponesa
para m a d a s s osociais: trabalhadores assalariados,e m em l olon in1al1smo, r m a n e c e a acaracterística
a l i s m o , p epermanece d e dcoma o m i n ano ç ã oneoco­
de novasc acamadas
e n t o d e novas
mento
ciais: tra b a l h a d o r e s assalariados, »
­ d�ar�ctenst1caessencial e�sencial de dominac;iio
im-
im ·
pregados d o E sEstado, t a d o , d odoc ocomerciom é r c i o e eprofissões profissoes liberais,
liberais, e eu m uma a c aca­
- perialista
perialista — a a negac;ao viile��esso
negação d o p r o c e s s o histórico d o povo d o m i n a d o,
pregados do p opor meiodadausurpação h.1 s tonco do povo dominado
mada instável d odos b a l h o . NoNoc acameo.
semt r atraba\ho. surgec ocom intensi­ r meio usurpac;iiov i o l e n t a ada?aliberdade do p r o c e s s o de de-
mada instavel s sem m p o , surge m intensi-
s esenvolvimento
n v o l v i m e n t o das dasforças for �sse��fadut1':i3s
asp r o d u t i v a s nacionais. liberdade do E s s aprocesso
constatação, de de'.
d a d e m u i t o variada variada e esempre
sempre ligada
ligada aoaomeio meio u rurbane,
bano, um uma
a c acarna­ma-
dadade
muito q uquee i d e n t i f i c a , nana a essência, a s d u a s fnac1onais.
s usua o r m a s a p a rEssa e n t e constatac;ao,
:es
agricolas. NoNocaso caso d odo s da domi-
c o n s t i t u í d a por p e q u e n o s proprietários
constitu fda por pequenose r a am amaioria proprietaries agrícolas. _identifica, dua.s o r t â n c i aaparentes
c hda a m a d o n e o c o l o n i a l i s m o , q uquer i o r i a d adapopulaçãopopulac;iio c ocoloni­
loni- nação r e c e - n o s ser d e i m p form�s
p e r i a l i s t a , p aparece­nos'
nac;aoi m1mperialista, p r i m o r d i ada domi·
l para
neocolonialismo, �· e importan�1a primordial
mv i m e n t o s de libertação n a c i o n apara
z achamado
d a seja a u t ó c t o n e , q u e r elaela sejao r originariamente
i g i n a r i a m e n t e e xexotica, a ac;ao o op epensamento
n s a m e n t o e ea aação ac;iiod odos s mo l,
zada seja aut6ctone, quer seja ó t i c a , a ação
an tanto
t o nono d edecorrer
c o r r e r dada luta luta como � (mentos
c o m o após a c o n q u i sde t a dhbertac;ao
a independ nacional,
ência.
imperialista orienta-se nonos esentido n t i d o dada criac;iio duma burguesiao uou
criação d u m a burguesia
orienta­se . posa conqu1s1.3 da independencia.
imperia\ista
pseudo­burguesia local,
pseudo-burguesia f e u d a d a à classe
l o c a l , e nenfeudada a classedirigente dirigentedodopaís paisdo-do­ ­ C oCom m base basenono q uque
c i o n a l é eo Of e nfenomen
e f i cficaa d i t o , p o d e m o s a f i r m a r q u e a liberta-
dito, pode�os afirmar que a liberta­
minador. ão c;aon anacional ó m e n o q u e c o n s i s t e e m u m c o n j u n t o só-
o_ que cons1ste em um conjunto s6­
minador. e s estrutura
A s t r a n s f o r m a ç õ e s na na socialnãonaosãosao
t r u t u r a social t ã otaop r profun­
ofun- i oc10­economico
- e c o n ô m i c o negar negar an
a negação d o s e u processo histórico. E m o u -
das nasAs
transformac;oes
c a m a d a s inferiores, s o sobretudo
b r e t u d o n ono
c a campo,
m p o , o n onde
d e elaela conser­
conser- r otros m o s , a lai blibertac;a:­1ac;a?
s t e rtermos, c i o n ado
e r t a ç ã o n a nac10nal l d useu m pprocesso
dum v o é ae hist6rico.
opovo o n q u i s tEm
rae creconquista a d aou­ da
p r e nas
va das
camadas inferiores,
d o m i n a n t e m e n t e as as caracteristicas
características d a da fase
fase c o colonial,
l o n i a l , m amas
s a a
va predominantemente 33 33
32
personalidade hist6rica
personalidade histórica desse desse povo,povo, e é o o seuseu regresso
regresso à a _hi_st6ria,
história, . No No piano
p l a n o internacional,
i n t e r n a c i o n a l , parece­nos
parece-nos que que pelo pelo menos menos o oss se-se­
pela destruicao da
pela destruição da d o m i n a ç ã o imperialista
dorninacao imperialista a a que
q u e esteve
esteve sujerto.
sujeito. gumtes
guintes ffatores a t o r e s �o são desfavoraveis
desfavoráveis ao ao m movimento
o v i m e n t o de de liberta�o
libertação na- na­
Ora
Ora v vimos q u e aa caracteristica
i m o s que característica principal principal e e permanente
p e r m a n e n t e dado­
d a do- cionat:
cional: a a srtuaeao
situação neocolonialn e o c o l o n i a l dum grande nurnero
d u m grande n ú m e r o de de Estados
Estados
min�ao imperialista, qualquer que seja
m i n a ç ã o imperialista, q u a l q u e r q u e seja a sua f o r m a , e a sua forma, é aa usurpa­
usurpa- que conquistaram a
q u e conqui�?r�m a indepe�denc2a
independência p politica,
o l í t i c a , vindo
vindo a u n t a r - s e aa
a jjuntar­se
ção pela
cao pela violencia
violência da d a liberdade
liberdade do do p processo
r o c e s s o ded e desenvolvtmento
desenvolvimento outros
o u t r o s queq u e !a já vrviam
viviam nessa srtuacao; os
nessa situação; progressos realizados
o s progressos realizados pelo pelo
das
das forcas p r o d u t i v a s do
forças produtivas do c conjunto
o n j u n t o s6cio­economico
s o c i o e c o n ó m i c o dominado.
dominado. neocoloniallsmo, n o m e a d a m e n t e na
n e o c o l o n i a l i s m o , nomea�amente E u r o p a , onde
na Europa, onde O o imperialis­
imperialis-
Vimos
V i m o s tambemt a m b é m que que é e essa
essa liberdade
liberdade e e s6só elaela que
q u e garante
garante a a nor­
nor- mo,
m o , _comc o m recurso
recurso a a tnvestimerrtos p r e f e r e n c i a i s , incentiva
i n v e s t i m e n t o s preferenciais, incentiva o o desen­
desen-
malização do
maliza�o processo hist6rico
d o processo histórico d dumu m povo. p o v o . Podemos
P o d e m o s portanto
portanto volvirnento
v o l v i m e n t o dum d u m proletariado privilegiado com
p r o l e t a r i a d o privilegiado c o n s e q u e n t e abai­
c o m conseqiiente abai-
concluir
c o n c l u i r que q u e ha libertação nacional
há tibertacao n a c i o n a l quando
q u a n d o ee so só quando
q u a n d o asas for­
for- xamento
xamento d doo nivel
n í v e l revolucionarm
r e v o l u c i o n á r i o dasdas classes
classes trabalhadoras·
t r a b a l h a d o r a s ; aa si-si­
cas p r o d u t i v a s nacionais
ças produtivas nacionais sao são completamente
c o m p l e t a m e n t e libertadas
libertadas de d e toda
toda ee tua�o
t u a ç ã o neocolonial,
n e o c o l o n i a l , evidente
evidente ou e n c o b e r t a , de
ou encoberta, alguns Estados
de alguns Estados
qualquer espécie de
q u a l q u e r especie d e dorninacao
d o m i n a ç ã o estrangeira.
estrangeira. e�ropeus
e u r o p e u s .��e, P o r t u g a l , tern
c o m o Portugal,
q u e , c�mo t ê m ainda
a i n d a colfmias:
colónias; aa chamada c h a m a d a po­ po-
Costuma­se
C o s t u m a - s e dizer dizer que q u e aa tibertacao
libertação nacional n a c i o n a l se se fundamenta
fundamenta l1t1ca
l í t i c a _de
de " a ajuda
j u d a " aos a o s parses
países subdesenvolvtdos
s u b d e s e n v o l v i d o s praticada pelo im­
p r a t i c a d a pelo im-
no d i r e i t o , comum
n o direito, c o m u m aa todos t o d o s os
o s povos,
p o v o s , de d e dispor
d i s p o r livremente
l i v r e m e n t e do
do s seu
eu perialismo
perialismo com com o o objetivo
o b j e t i v o de de criar
criar ou o u reforcar pseudo­burguesias
reforçar pseudo-burguesias
destino
destino ee que que o o b j e t i v o dessa
o objetivo dessa libertacao
libertação eé aa obtencao o b t e n ç ã o da da inde­
inde- nativas,
nativas, necessanamente
n e c e s s a r i a m e n t e enfeudadas
enfeudadas a burguesia internacional
à burguesia i n t e r n a c i o n a l , ee
pendência nacional.
pendencia n a c i o n a l . Embora
E m b o r a estejamos
e s t e j a m o s de de acordo
a c o r d o com c o m essa
essa ma­
ma- de
de barrar assim f!
barrar a�sim_ o caminho
c a m i n h o aà revolucao;
revolução; a a claustrotobla
claustrofobia e e a a .ti�i­
timi-
neira
neira vaga vaga ee subjetiva
s u b j e t i v a ded e exprimir
e x p r i m i r uma
u m a realidade
realidade complexa, c o m p l e x a , pre­
pre- dez
dez revolucionaria
revolucionária que q u e levam
levam alguns alguns Estados E s t a d o s recentemente
r e c e n t e m e n t e inde­inde-
ferimos
f e r i m o s ser objetivos. Para
ser objetivos. Para nos,nós, o o fundamento
f u n d a m e n t o da da libertacao
libertação na­ na- pendentes,
pendentes, �isl)O�do d i s p o n d o de condições economicas
de c�ndiciies económicas e políticas inte­
e politicas inte-
cional, sejam quais
c i o n a l , sejam quais forem f o r e m asas forrnulacfies
f o r m u l a ç õ e s adotadas
a d o t a d a s no no piano
plano ju­ju- rtore_s
riores favoraveis
favoráveis a
à revolucao,
r e v o l u ç ã o , a
a aceitarem
a c e i t a r e m compromissos
c o m p r o m i s s o s com
c o m Oo
ridico
r í d i c o internacional,
i n t e r n a c i o n a l , reside
reside no n o direito
direito inalienavel
inalienável de de cada
cada povo
povo aa trurruqo
inimigo ou o u com c o m os o s seus
seus agentes;
agentes; as contradições crescentes
as contradicdss c r e s c e n t e s entre
entre
ter
ter aa sua p r ó p r i a hist6ria:
s u a pr6pria história: ee o o b j e t i v o da
o objetivo da libertacao
libertação nacional nacional ea éa Estados anti-imperialistas e,
E s t a d o s _anti·in:iperialistas e, finalmente,
f i n a l m e n t e , as as arneaeas,
ameaças, por por parteparte do do
r e c o n q u i s t a desse
reconquista desse direitodireito usurpado
u s u r p a d o pelo pelo imperialismo, isto e,
i m p e r i a l i s m o , isto é, aa i m p e r i a l i s m o , aà paz
1�per1altsmo, p a z mundial, f a c e aà perspectiva
m u n d i a l , face p e r s p e c t i v a duma g u e r r a ato­
d u m a guerra ató-
libertação do
libertacao processo de
d o processo de desenvolvimento
d e s e n v o l v i m e n t o das das torcas
forças produtivas
produtivas 1mca.
m i c a . Esses fatores concorrem
E s s e s fatores_ c o n c o r r e m para reforçar aa a�o
para !eforcar ação do d o imperia­
imperia-
nacionais.
nacionais. lismo
lismo contra contra o o rnovirnento
m o v i m e n t o de libertação nacional.
de ltbertacao nacional.
Por isso, em
P o r isso, e m nossa o p i n i ã o , qualquer
nossa opiniao, q u a l q u e r movimento
m o v i m e n t o de d e liberta­
liberta- . �e
S e . aa intervencso
intervenção repetida repetida ee aa agressividade agressividade crescente c r e s c e n t e do do
ção nacional
�o n a c i o n a l que q u e naonão tern t e m em e m consideracao
consideração esse esse fundamento
f u n d a m e n t o ee i m p e r i a l i s m o contra
1�per1ahsmo c o n t r a os o s povos
p o v o s podem
p o d e m ser interpretadas como
ser interpretadas c o m o um um
esse o b j e t i v o , pode
esse objetivo, pode lutar lutar contracontra o o imperialismo,
i m p e r i a l i s m o , mas
mas nao não estara
estará s1!'al
sinal de de desespero
desespero diante d i a n t e da d a amplidao
a m p l i d ã o do d o movimento
m o v i m e n t o de d e liberta­
liberta-
seguramente lutando
seguramente l u t a n d o pela
pela libertacao
libertação nacional.nacional. . . ção nacional,
cao n a c i o n a l , justificam­se,
justíficam-se, em e m certacerta medida,
m e d i d a , pelas pelas debilidades
debilidades
lsso q u e , tendo
i m p l i c a que,
Isso implica t e n d o em e m conta
c o n t a asas earactertstrcas
características essen­ essen- criadas por
criada_s por essesesses fatores
fatores desfavoraveis
desfavoráveis na na frente geral da
f r e n t e geral d a luta
luta anti­
anti
ciais
ciais da d a economia
e c o n o m i a mundial
m u n d i a l do. do. nosso
nosso tempo,t e m p o , assimassim como c o m o as as ex­
ex- imperialista.
imperialista.
periências ja
periencias já vividas
vividas no no dominio
d o m í n i o da da lutaluta anti­imperialista,
anti imperialista, oo No
No pianop l a n o interno,
i n t e r n o , parece­nos
parece-nos que q u e aa fraqueza
f r a q u e z a ou o u os os fatores
fatores
p r i n c i p a l da
aspecto principal
aspecto da luta
luta de de libertacao
libertação nacional n a c i o n a l eé aa lutaluta contra
c o n t r a oo desfavoravais
desfavoráveis mais m a i s significativos
significativos residem residem na na estrutura
e s t r u t u r a econorni­
econômi-
q u e se
que se convencionou
c o n v e n c i o n o u chamar c h a m a r neocolonialismo.
n e o c o l o n i a l i s m o . Por
Por outro
o u t r o lado,
lado, se se co­social
co-social ee nas nas tendencies
tendências da da sua evolução sob
sua evolucso sob aa pressao
pressão irnperia­imperia-
considerarmos
c o n s i d e r a r m o s que que aa Iibertacao
libertação nacional n a c i o n a l exige
exige uma u m a rnutacao
m u t a ç ã o pro­
pro- lista,
lista, ou o u melhor,
m e l h o r , na na pequena
p e q u e n a ou ou nula atenção dada
nula atencao d a d a as às caracteristi­
característi-
funda
funda no p r o c e s s o de
no processo de desenvolvimento
d e s e n v o l v i m e n t o dasdas forcas
forças produtivas,
produtivas, ve­ ve- cas
cas _dessa dessa estrutura
estrutura ee tendencias tendências pelos pelos movimentos
m o v i m e n t o s de de libertacao
libertação
mos
m o s queque o o fenorneno
f e n ó m e n o da d a libertacao
libertação nacional n a c i o n a l corresponde
c o r r e s p o n d e necessa­
necessa- nacional
nacional na na elaboracso
elaboração das das suas estratégias de
suas estrateqias d e luta.
luta.
riamente
riamente aa uma u m a revolucao.
revolução. 0 O que q u e importa
i m p o r t a eé ter ter consciencia
consciência das das Este
E s t e ponto
p o n t o de d e vista
vista nao não pretende
p r e t e n d e diminuir
d i m i n u i r aa importancia
i m p o r t â n c i a de de
condicdes
condições objetivas o b j e t i v a s ee subjetivas
subjetivas em e m que
q u e se se opera
o p e r a essa
essa revolucao.
revolução, ee outros
o u t r o s fatores fatores mternos desfavoráveis aà liberta�o
internos desfavoraveis libertação nacional n a c i o n a l , tais
tais
quais as
quais as formas
f o r m a s ou o u aa forma
f o r m a de d e luta
luta mais
m a i s adequada
a d e q u a d a para para aa suas u a efe­
efe- como
como o o subdesenvolvimento
s u b d e s e n v o l v i m e n t o economico,
e c o n ó m i c o , com c o n s e q u e n t e atraso
c o m consequenrs atraso
tiva�o.
tivação. soc1�I:
social e cultural c u l t u r a l das
das massas
massas populares,
populares, o o tribalismo
t r i b a l i s m o ee outras
o u t r a s con­
con-
Nao
N ã o vamos repetir aqui
v a m o s repetir q u e essas
a q u i que essas condiedes
condições sao são francamente
francamente tr�d1co1:s
tradições menor�s­ m e n o r e s . Convern
C o n v é m no no entanto
e n t a n t o notar
notar que q u e aa existencia
existência de de
favoraveis
favoráveis na presente etapa
na presente etapa da d a hist6ria
história da da humanidade.
h u m a n i d a d e . Ouere­
Quere- t't :r_!bos
i b o s so só sese rnantfesta
m a n i f e s t a co�oc o m o uma u m a contradicao significativa em
c o n t r a d i ç ã o significativa e m fun­
fun-
mos a p e n a s lembrar
m o s apenas l e m b r a r queq u e existem
e x i s t e m tarnbern
t a m b é m fatores
fatores desfavoraveis,
desfavoráveis, cao
ção de de atitudes
atitudes oporturustas
o p o r t u n i s t a s (geralmente
(geralmente provenientes p r o v e n i e n t e s de d e indivi­
indiví-
tanto
t a n t o no p l a n o internacional
n o piano i n t e r n a c i o n a l como
c o m o no n o piano
p l a n o interno
interno de d e cada
cada
d�os
d u o s ou_ o u grupos
grupos destribalizados)
d e s t r i b a l i z a d o s ) nono seio
seio do do movimento
m o v i m e n t o de de liberta­
liberta-
nação em
na�o e m lutaluta pela pela suas u a libertacao.
libertação.
cao
ção nacional. n a c i o n a l . AsA s contradlcoes
contradições entre entre classes,
classes, mesmo m e s m o quandoq u a n d o estas
estas

34
34 35
35
sao ernbrionarias,
são b e m mais
são bem
e m b r i o n á r i a s , sao i m p o r t a n t e s do
mais importantes que as
d o que as contradi­
contradi- (orgulho de
q u i c o s (orgulho
quicos d e sese julgar d i r i g i d o pelos
julgar dirigido pelos pr6prios
p r ó p r i o s compatriotas,
compatriotas,
coes entre tribos.
ções entre tribos. e x p l o r a ç ã o da
exploraeao solidariedade de
da solidariedade de ordem religiosa ou
o r d e m religiosa tribal entre
o u tribal entre
dirigentes e
alguns dirigentes
alguns f r a ç ã o das
u m a fra,;ao
e uma das massas populares) contribuem
massas populares) contribuem
E m b o r a aa situaeao
Embora situação colonial colonial e e a a neocolonial sejam identic�s
n e o c o l o n i a l sejarn idênticas para d e s m o r a l i z a r uma
para desmoralizar considerável das
parte consideravel
u m a parte das forces nacionalis­
forças nacionalis-
na s u a essência, e o a s p e c t o p r i n c i p a l da
na sua essencia e o aspecto principal da luta contra o
luta contra o imperialis­
imperialis- por outro
t a s Q / l a s , por
tasfl'vlas, lado, o
o u t r o lado, caráter necessariamente
o carater repressivo do
n e c e s s a r i a m e n t e repressivo do
m o seja
mo seja o o neo�lonialista, indispensável distinguir,
parece-nos indispensavel
n e o c o l o n i a l i s t a , parece­nos distinguir, na na E s t a d o n e o c o l o n i a l contra
Estaaci'""r'i'eocolonial c o n t r a as forças de
as forces libertação nacional,
de libertacso n a c i o n a l , oo
prática, essas
pratica, essas duas situações. Com
d u a s situacdes. e f e i t o , aa estrutura
C o m efeito, estrutura honzontal,
horizontal, agravamento das
agravamento contradições de
das contradicoes classe, aa perrnanencia
de classe, p e r m a n ê n c i a objetiva
objetiva
a i n d a que
ainda q u e mais mais ou o u menos d i f e r e n c i a d a , da
m e n o s diferenciada, s o c i e d a d e natrva,
d a sociedade nativa, e_ e aa agentes ee de
de agentes
de sinais de
de sinais de dorninacao estrangeira (colonos
d o m i n a ç ã o estrangeira q u e con­
( c o l o n o s cue con-
ausência dum
ausencia d u m poder poder politico integrado por
p o l í t i c o integrado por elementos
elementos n nacronars,
acionais, servam os
servam privilégios, forcas
seus privilegios,
o s seus forças armadas,a r m a d a s , discrimina'30
discriminação racial), racial),
p o s s i b i l i t a m , na
possibilitam, situação colonial,
na situa,;ao criação duma
c o l o n i a l , aa cria,;ao f r e n t e de
a m p l a frente
d u m a ampla de pauperização do
c r e s c e n t e pauperizacso
aa crescente do campesinato influência mais
c a m p e s i n a t o ee aa influencia mais ou ou
unidade e de luta, alias indispensavel, para
u n i d a d e e de l u t a , aliás indispensável, para o sucesso do m o v i m e n - o sucesso do movimen­ n o t ó r i a de
m e n o s not6ria
menos e x t e r i o r e s , contribuem
fatores exteriores,
de fatores c o n t r i b u e m para m a n t e r ace­
para manter ace-
to de
to libertação nacional.
de libertaeao n a c i o n a l . MasMas e�sa possibilidade nao
essa pos�ibilidade dispensa aa
não djspensa c h a m a do
sa aa chama
sa n a c i o n a l i s m o , conscientizar
do nacionalismo, progressivamente Iar­
c o n s c i e n t i z a r progressivamente lar-
análise rigorosa
analise rigorosa da e s t r u t u r a social
da estrutura indígena, das
social 1nd1gena: tendências da
das tendencies da gas camadas
gas p o p u l a c i o n a i s ee reunir,
c a m a d a s populacionais p r e c i s a m e n t e com
reunir, precisamente c o m basebase na na
sua evolução ee aa adocao,
sua evolu,;ao a d o ç ã o , na prática, de
na pratica, m e d i d a s adequadas
de medidas a d e q u a d a s par�para consciência da
consciencia frustração neocolonialista,
da frustracao m a i o r i a da
n e o c o l o n i a l i s t a , aa maioria da populacao
população
garantir uma
garantir verdadeira libertacso
u m a verdadeira libertação nacional. n a c i o n a l . Entre essas rnedi­
E n t r e essas medi- t o r n o do
em torno
em ideal da
do ideal da libertacao
libertação naciona� nacional^
das, embora
das a d m i t a m o s que
e m b o r a admitamos que cada c a d a um u m sabe m e l h o r oo que
sabe melhor deve fa­
q u e deve fa-
A l é m disso,
Alern e n q u a n t o aa classe
d i s s o , enquanto dirigente nativa
classe dirigente nativa se se "embur­
"embur-
zer e m sua
zer'em sua casa, parece-nos ser
casa, parece­nos indispensável aa criacso
ser indispensavel criação �u":'� d u m a van­van-
c a d a vez
g u e s a " cada
guesa" mais, o
vez mais, o desenvolvimento classe trabalhado­
d u m a classe
d e s e n v o l v i m e n t o duma trabalhado-
guarda solidamente
guarda s o l i d a m e n t e unida c o n s c i e n t e do
u n i d a ee consciente verdadeiro siqnificado
d o verdadeiro significado
integrada por
ra integrada
ra operários citadinos
por operarios c i t a d i n o s ee porpor proletarios
proletários agricolas agrícolas ­ —
o b j e t i v o da
ee objetivo da luta luta de libertação nacional,
d e libertacao n a c i o n a l , que deve por
q u e deve ela ser di­
por ela.ser
rigida.
di-
e x p l o r a d o s pela
t o d o s explorados
todos d o m i n a ç ã o indireta
pela dominayao indireta do do imperialismo,
imperialismo,
rigida. Esta necessidade tern
E s t a necessidade t e m tanto m a i o r acuidade
t a n t o maior q u a n t o eé certo
a c u i d a d e quanto
novas aà evolucao
certo
que, perspectivas novas
a b r e perspectivas
abre evolução da libertação nacional.
da liberta'30 n a c i o n a l . EssaEssa
salvo em
q u e , salvo e m raras exceções, aa situa,;ao
raras excecoes, situação colonial c o l o n i a l nao permite nem
não permite nem
classe trabalhadora,
classe q u a l q u e r que
t r a b a l h a d o r a , qualquer seja oo grau
q u e seja grau de d e desenvolvimento
desenvolvimento
solicita
operária consciente
operaria
existência significativa
s o l i c i t a aa existencia
c o n s c i e n t e de
significativa de
de si
classes de
de classes
rural) que
p r o l e t a r i a d o rural)
si aa proletariado
vanguarda (classe
de vanguarda
q u e p�deriam
(classe
p o d e r i a m g�­ga-
da sua
da consciência pol
sua consciencia p o l (tica (para alem
í t i c a (DijQI a l é m dum l i m i t e minimo
d u m limite m í n i m o que e
que é

rantir aa consciencia
consciência das suas necessidades).
WJjlas necessidades), parece c o n s t i t u i r aa verda­
parece constituir verda-
vigilância das
rantir aa vigilancia massas populares
das massas evolução do
sobre aa evoluc;ao
p o p u l a r e s sobre do movi­
movi-
mento aeira vanguarda da
deira vanguarda luta de
da luta libertação nacional
d e libertacao nacional no no casocaso neoco­ neoco-
m e n t o de C o n t r a r i a m e n t e , oo carater
libertação. Contrariamente,
de libertacao. geralmente em­
caráter geralmente em-
brionano
lonial. Ela
lonial. EJa nao p o d e r á , no
não podera, e n t a n t o , realizar
n o entanto, c o m p l e t a m e n t e aa
realizar completamente
b r i o n á r i o das t r a b a l h a d o r a s ee aa situacao
classes trabalhadoras
das classes e c o n ó m i c a , so­
situação econornica, so-
cial sua missão no
sua rnissao n o quadro dessa luta
q u a d r o dessa luta (que (que nao não acaba c o m aa conquista
a c a b a com conquista
cial ee culturalc u l t u r a l da da forca física maior
f o r ç a fisica maior da d a lutaluta de libertação nacio­
de liberta\:jo nacio-
da independência) se
d a independencial se naonão se aliar solidamente
se aliar c o m as
s o l i d a m e n t e com o u t r a s ca­
as outras ca-
nal ­
nal — os camponeses­
o s camponeses — nao p e r m i t e m aa estas
não permitem estas �uas d u a s forv�s
forças p�1nc1­
princi-
pais dessa
pais dessa luta distinguir de
luta distinguir de per per sisi aa verdadeira independência na­
verdadeira independencia na-
e x p l o r a d a s : os
madas exploradas:
madas c a m p o n e s e sem
o s camponeses e m geral
geral (servos,
(servos, rendeiros,
r e n d e i r o s , par­
par-
ceiros, p e q u e n o s proprietarios
ceiros, pequenos proprietários agricolas) agrícolas) ee aa pequena p e q u e n a burguesia
burguesia
cional da
cional da ficticia independência polftica.
f i c t í c i a independencia p o l í t i c a . 56Só uma vanguarda re­
u m a vanguarda re-
nacionalista. A realizacao dessa alianca exige a mobilizacao
nacionalista. A realização dessa aliança exige a m o b i l i z a ç ã o eae a
volucionária, geralmente
volucionarla, geralmente uma m i n o r i a ativa,
u m a minori� ativa, pode pode con_s�ientizar
conscientizar
organização das
organiza'30 das torcas nacionalistas no
forças nacionalistas q u a d r o (ou
no quadro (ou pela pela ayao) ação)
initio essa
ab initio
ab diferença ee leva­la,
essa diferenca através da
levá-la, atraves luta, aà conscrencia
da luta, consciência �a. dass duma organização pol
d u m a organiza,ao forte ee bem
í t i c a forte
p o litica b e m estruturada.
estruturada.
massas populares.
massas populares. lsso e x p l i c a oo ca
Isso explica rater fundamentalmente
caráter f u n d a m e n t a l m e n t e _pol1t1­
políti-
c o da
co da luta luta de libertação nacional
de libertacao nacional ee da, d á , em m e d i d a , aa rrnpor-
certa rnedida,
em certa impor- Outra distinção importante
O u t r a distinyao i m p o r t a n t e aa fazer situação colonial
entre aa situaya'o
f a z e r entre colonial
tância da
tiincia f o r m a de
da forma de luta luta no final do
d e s f e c h o final
no desfecho f e n ó m e n o da
do fenorneno da liber­
liber- ee aa neocolonial reside nas
n e o c o l o n i a l reside perspectivas da
nas perspectivas luta. 0O caso
d a luta. caso colonial
colonial
tação nacional.
ta,iio nacional. (em que
(em nação classe
q u e aa nat;ao classe se se bate c o n t r a as
bate contra forças de
as forcas repressão da
de repressso da
JaJá nana situaceo
situação neocolonial,n e o c o l o n i a l , aa estruturacao.
estruturação, m?is mais_ou. ou menos
menos burguesia do
burguesia d o pais c o l o n i z a d o r ) pode
país colonizador) p o d e conduzir,
c o n d u z i r , pelo pelo menos
m e n o s apa­
apa-
a c e n t u a d a , da
acentuada, da sociedade nativa na
s o c i e d a d e nativa vertical, ee aa existencra
na vertical,_ existência d�m dum r e n t e m e n t e , aa uma
rentemente, solução nacionalista
u m a solucao (revolução nacional):
n a c i o n a l i s t a (revolucao nacional):
poder pol
poder p o l(tico integrado por
í t i c o integrado e l e m e n t o s natives
por elementos nativos :­­ - Estado
E s t a d o nacre-
nacio- c o n q u i s t a aa sua
nação conquista
­— aa na,iio independência ee adota,
s u a independencla a d o t a , em
e m hipotese,
hipótese,
nal ­
nal agravam as
— agravam contradições no
as contradicoes seio dessa
no seio s o c i e d a d e :.e tornam
dessa sociedade tornam
aa estrutura e c o n ó m i c a que
estrutura economica q u e bemb e m lhe apetece. 0O caso
lhe apetece. caso neocolonial
neocolonial
dificil, se nao
d i f í c i l , se impossível, aa criacao
não impossivel, criação duma frente unida
d u m a frente tão ampl�
u n i d a �ao ampla (em que
(em q u e as t r a b a l h a d o r a s ee os
classes trabalhadoras
as classes seus aliados
o s seus se batem
a l i a d o s se b a t e m si­
si-
c o m o no
como no caso c o l o n i a l . Por
caso colonial. Por um u m lado,l a d o , os o s efeitos materiais (p�mc1­
efeitos matena1� m u l t a n e a m e n t e contra
multaneamente imperialista ee aa classe
burguesia imperialista
c o n t r a aa burguesia classe diri­diri-
não eé resolvido
(princi-
palmente aa nacionaliza,;ao
palmente nacionalização dos d o s (IUadros a u m e n t o da
q u a d r o s ee oo aumento dam1c1at1v�
iniciativa nativa) niio
gente nativa)
gente resolvido atraves através uma u m a solucao
solução nacionalista;
nacionalista;
e c o n ó m i c a do
econornica n a t i v o , em
do nativo, particular no
e m particular no piano c o m e r c i a l ) ee psi­
plano cornercial) psí- destruição da
exige aa destruicao
exige estrutura capitalista
da estrutura c a p i t a l i s t a implantada
i m p l a n t a d a pelo
pelo

36
36 37
37
imperialismo
i m p e r i a l i s m o no no solo
solo nnacional
acional e e ppostula,
o s t u l a , jjustamente,
ustamente, u uma
m a solucso
solução cchamada
hamada p pacifica,
acífica, m mostram­nos
ostram-nos q que
u e não so
nao só ooss ccompromissos
ompromissos
socialista.
socialista. ccom
om o o iimperialismo
m p e r i a l i s m o sãosao ccontraproducentes,
ontraproducentes, m mas
a s ttambem
a m b é m qque u e aa
EEsta distinc;ao resulta
s t a distinção resulta pprincipalmente
rincipalmente d da diferenca ddos
a diferença o s nfveis
níveis via nnormal
via o r m a l dada libertação
libertac;ao nnacional,
a c i o n a l , iimposta
m p o s t a aaos povos
os p pela repres-
o v o s pela repres­
das forças
das forcas pprodutivas
r o d u t i v a s nosnos dois dais casos
cases ee do do cconseqiiente
o n s e q u e n t e aprofun­
aprofun-
siio iimperialista,
são � a h1ta armada.
m p e r i a l i s t a , kaJuta armada.
damento
d a m e n t o da da luta
luta de de classes.
classes. Cremes
C remos q que nao eescandalizaremos
u e nao esta AAssemblaia
s c a n d a l i z a r e m o s esta s s e m b l e i a aao afir­
o afir-
Niio seria diffcil
N ã o seria d i f í c il ddemonstrar
emonstrar q que,
u e , nono ttempo, essa distinc;ao
e m p o , essa distinção marmos
m a r m o s qqueu e aa única(mica viavia eeficaz para aa realização
f i c a z para realizac;ao ccabal
a b a l ee definiti­
definiti-
e apenas aparente. Basta lembrar que, nas condicfies historicas
é apenas a p a r e n t e . Basta lembrar q u e , nas condições históricas va das
va das aspirações
aspiracdes ddos a
povos à libertação
o s povos libertac;iio nnacional
acional — ­ é aa luta e
luta ar-
ar­
atuais —
atuais ­ liquidação
liquidacso do do iimperialismo
mperialismo q que lanca m
u e lança miio
ã o dede ttodos os
o d o s os mada.
m ada. E Esta e
s t a é aa grande li,;ao qque
grande lição u e aa história
historia rrecente
e c e n t e ee atual
atual dede
meios
m e i o s para perpetuar aa sua
para perpetuar sua ddominac;iio sabre ooss nossos
o m i n a ç ã o sobre nossos ppovos,
ovos, e e libertac;ao ensina
libertação ensina aa ttodos o d o s aaqueles
q u e l e s qque estao verdadeiramente
u e estão verdadeiramente
consoli�o do socialismo sabre uma parte consideravel do na libertação
libertac;iio nnacional dos seus ppovos.
consolidação do s o c i a l i s m o sobre u m a parte considerável do eempenhados
m p e n h a d o s na acional d o s seus ovos.
globo - Ç f ó d
globe � duas vias são
u a s vias siio possíveis
possfveis parapara uuma nac;iio independente:
m a nação independente:
a
voltar à ddominac;iio
voltar o m i n a ç ã o imperialista ((neocolonialismo,
imperialista n e o c o l o n i a l i s m o , ccapitalismo,
c a p i t a l i s m o de E s t a d o ) ou adotar a via socialista. E s t a o p ç ã o , de
apitalismo,
SSOBRE A PPEOUENA
OBRE A E Q U E N A BURGUESIA
BURGUESIA
capitalismo de Estado) ou adotar a via socialista. Esta opcao. de
q u e d e p e n d e a compensação dos esforços e sacrifícios pelas
que depende a cornpensacao dos estorcos e sacriffcios pelas
pela f o r m a de luta e. pelo grau de consciência revolucionária
e
massas p o p u l a r e s no d e c u r s o da luta, é f o r t e m e n t e i n f l u e n c i a d a
massas populares no decurso da luta, fortemente influenciada E
lidade dda
lidade
Evidentemente,
v i d e n t e m e n t e , ttanto
situac;iio aa qque
a situação
a n t o aa eficácia
u e ela
eficacia dessa
ela cconduz,
dessa via
o n d u z , ddepois
via ccoma
e p o i s dda
o m o aa estabi-
estabi­
libertac;ao, de-
a libertação, de­
pela forma de luta e..._pelo grau de consciencia revolucionaria
daqueles q u e a dirigem^)
daqueles que a dirigem;J
ppendem
e n d e m não so
niio só das das características
caracteristicas da da organização
organizac;iio dda a lluta,
uta, m mas
as
ttambem
a m b é m dda consciencia ppolitica
a consciência o l í t i c a ee m moral
o r a l ddaqueles
a q u e l e s qque, par razões
u e , por razoes
historicas, estão
históricas, estiio eem condicdes de
m condições de serser oos s hherdeiros imediatos ddo
e r d e i r o s imediatos o
O PPAPEL
O DA
APEL D A VIOLENCIA
VIOLÊNCIA EEstado
s t a d o ccolonial
o l o n i a l oouu nneocolonial.
eocolonial. O Ora
r a oos fates ttern
s fatos êm d demonstrado
emonstrado
qqueu e aa única(mica ccamada social ccapaz,
a m a d a social a p a z , ttanto
a n t o de de cconsciencializar
onsciencializar e em
m
OOs fates ddispensam­nos
s fatos i s p e n s a m - n o s de de usar usar palavras
palavras para para provar provar qque ue o o pprimeiro lugar aa realidade
r i m e i r o lugar realidade dda a ddominacao imperialista, ccoma
o m i n a ç ã o imperialista, o m o dede
iinstrumento essencial da
n s t r u m e n t o essencial da ddorninacao e
imperialista é aa violência.
o m i n a ç ã o imperialista violencia. m manipular
a n i p u l a r oo aparelho
aparelho ddo o EEstado,
s t a d o , hherdado dessa ddominac;iio,
e r d a d o dessa e
o m i n a ç ã o , é aa
SSe e aaceitarmos
c e i t a r m o s oo pprincfpio
r i n c í p i o de de qque u e aa lutaluta de de libertação
tibertacao nacional nacional é e ppequena burguesia nativa.
e q u e n a burguesia nativa. SSe e ttivermos
i v e r m o s eem m cconta
o n t a as as características
caracterfsticas
uuma revolucao, e que ela nao acaba no memento em que
m a revolução, e q u e ela não a c a b a no m o m e n t o e m q u e sese iça ica aa aleatorias. aa ccomplexidade
aleatórias, o m p l e x i d a d e ee as as tendências
tendencies naturais naturais inerentes
inerentes à a
bandeira ee se
bandeira se ttoca
o c a oo hhino i n o nnacional,
a c i o n a l , vveremos
e r e m o s qque u e nãonao há ha nneme m pode pode situac;iio econornica dessa camada social ou classe, vemos
situação e c o n ó m i c a dessa c a m a d a social o u classe, v e m o s qque esta
u e esta
haver libertação
haver libertacao nnacional a c i o n a l sem sem oo uso uso da da violência
violencia libertadora,
a
libertadora, por par fatalidade especifica da nossa situac;ao mais uma das fraquezas
fatalidade específica da nossa situação e é mais u m a das f r a quezas
parte das torcas nacionalistas, para responder violencia ccrimi­
parte das forças n a c i o n a l i s t a s , para responder à violência rimi- ddo o m movimento
o v i m e n t o dde libertac;iio nnacional.
e libertação acional.
nosa ddos
nosa agentes do
o s agentes do iimperialismo.
mperialismo. N Ninguem duvida de
i n g u é m duvida de qque, sejam
u e , sejam
quais fforem
quais o r e m as as suas
suas características
caracterfsticas locais, locais, aa ddominac;iio imperia­
o m i n a ç ã o imperia- A situação
A situac;iio ccolonial,
o l o n i a l , qque
u e nãoniio cconsente
o n s e n t e oo d desenvolvimento
esenvolvimento
dduma pseudo­burguesia nativa
u m a pseudo-burguesia nativa ee na na qqual
u a l as as massas
massas ppopulares niio
o p u l a r e s não
lista iimplica
lista m p l i c a uum estado de
m estado de ppermanente violencia ccontra
e r m a n e n t e violência o n t r a asas forças
forcas
nacionalistas. NNao
nacionalistas. ã o há ha povopovo no no m mundo
u n d o qque, u e , ttendo
e n d o sido side ssubmetido
ubmetido aatingem,
t i n g e m , em em geral, o necessario grau de consciencia pol
geral, o necessário grau de consciência p o l í tftica antes
i c a antes
ddoo ddesencadeamento
e s e n c a d e a m e n t o ddo o ftenorneno
e n ó m e n o da da libertação
libertac;iio nnacional, da à
a c i o n a l , dá a

aoao jugojugo imperialista (colonialista ou
imperialista (colonialista ou nneocolonialista) tenha ccon·
e o c o l o n i a l i s t a ) tenha on-
ppequena burguesia aa ooportunidade
e q u e n a burguesia historlca de
p o r t u n i d a d e histórica de dirigir
dirigir aa luta luta
istado a sua independsncia (nominal ou efetiva) sem vitimas.
istado a s u a independência ( n o m i n a l o u efetiva) sem v í t i m as,
qque
u e iimporta e
m p o r t a é ddeterminar
e t e r m i n a r quais quais as formas de violencia que
as f o r m a s de violência que ccontra
o n t r a aa ddorninacao
c;iio objetiva
objetiva ee subjetiva
estrangeira, eem
o m i n a ç ã o estrangeira, m vvirtude
i r t u d e de de ser,
ser, pela
pela sua sua situa-
situa­
evem
vem ser ser utilizadas
utilizadas pelas pelas forçasforcas de de libertação
tibertacao nnacional, para não
a c i o n a l , para nao
ção subjetiva ((nivel n í v e l dde vida ssuperior
e vida u p e r i o r aoao das das massas,
massas,
so
só rresponderem a violencia ddo
e s p o n d e r e m à violência o iimperialismo
mperialismo m mas
a s ttarnbern
a m b é m para para ga- ga­
ccantatas
o n t a t o s maismais ffreqiientes
r e q u e n t e s ccom o m oos agentes ddo
s agentes o ccolonialismo, por­
o l o n i a l i s m o , por-
rrantirem, atraves da
a n t i r e m , através da luta,luta, aa vitória vitoria final final da da suasua ccausa, e,
isto é, aa
a u s a , isto ttanto,
ee dde
maier ffreqiiencia
a n t o , maior
e ccultura
r e q u ê n c i a dde
u l t u r a ppolitica,
e hhumilhacdes,
umilhações, m maier grau de
a i o r grau de instrução
instruc;iio
verdadeira
verdadeira independência
independencia nacional?) nacional) etc.) aa ccamada
o l í t i c a , etc.) a m a d a qque
u e mais mais ccede realiza aa ccons­
e d o realiza ons-
AAs experiencias, passadas
s experiências, passadas ee rrecentes, vividas por
e c e n t e s , vividas por algunsalguns ciencia da necessidade de se desernbaracar da dorninacao estran­
ciência d a necessidade de se desembaraçar da d o m i n a ç ã o estran-
o v o s ; aa situação
ppovos; situacao atual atual da da luta luta de de libertação
libertacao nnacional a c i o n a l no no m mundo
undo geira. AAssume
geira. esta responsabilidade
s s u m e esta responsabilidade histórica historica oo setor setor da da ppequena
equena

(em especial nos cases do Vietnam, do Congo e do Zimbabwe).


(em especial nos casos do V i e t n a m , d o C o n g o e do Z i m b a b we), burguesia a que, no contexto colonial, se poderia chamar revolu-
burguesia a q u e , n o c o n t e x t o c o l o n i a l , se p o d e r i a c h a m a r revolu-
assim c o m o a própria situação
assim COmO a propria situacao de violencia permanente oOU, de violência p e r m a n e n t e u, cioosrio, eenquanto
cionário, n q u a n t o o s o u t r o s setores p e r m a n e c e m na hesitação
os outros setores permanecem na hesitac;iio
característica dessa classe ou se aliam ao c o l o n i a l i s t a para de-
quando m
quando menos, e n o s , dede contradições
contradicdes ee sobressaltos, sobressaltos, eem m qque u e se se eencon­
ncon- caracterfstica dessa classe ou se aliam ao colonialista para de­
fender, e m b o r a i l u s o r i a m e n t e , a s u a situação s o c i a l .
ttram
r a m alguns países q u e cconquistaram
alguns paises que o n q u i s t a r a m aa independência
independencia pela pela via via fender, embora ilusoriamente, a sua situac;iio social.

38
38 39
39
A situ�ao nneocolonial,
A situação eocolonial, q que ue p postula
ostula a liquida,;:ao da
a liquidação da ppseudo­
seudo- tentacoes de
as tentações de emburguesamento
emburguesamento e e as solicitacoes naturais da
as solicitações
burguesia
burguesia nativa nativa para para q queu e se se cconsume
onsume a libertaeao nnacional,
a libertação a c i o n a l , tam­
tam- mentalidade ddee classe,
sua mentalidade dentificar­se ccom
classe, iidentificar-se o m asas classes trabalha­
trabalha-
bem
b é m dá da àa ppequena burguesia aa ooportunidade
e q u e n a burguesia p o r t u n i d a d e de de ddesempenhar
esempenhar u umm doras, não nao se e s e n v o l v i m e n t o normal do processo da
opor ao ddesenvolvimento
se opor da
papel
papel de
de relevo
relevo —­ mmesmo
e s m o decisivo
d e c i s i v o ­
— na
na luta
luta pela
pela liquidac;ao
liquidação es­
es- revolucso. Isso
revolução. Issa significa
significa q que, para ddesempenhar
u e , para esempenhar c cabalmente
abalmente o o
tranqeira,
trangeira. M Mas, neste ccaso,
a s , neste aso, e em m v virtude
irtude d dos progressos relativos
o s progressos relativos papel qque
papel lhe ccabe
u e lhe abe n luta d
naa luta dee liberta,;:ao
libertação n nacional,
acional, a pequena bur­
a pequena bur-
rrealizados
e a l i z a d o s na s t r u t u r a ssocial,
na eestrutura ocial, a u n ç ã o de
a ffun,;:ao de dire,;:ao
direção d daa luta
luta é e ccom­
om- guesia rrevolucionaria
guesia deve ser
e v o l u c i o n á r i a deve capaz de
ser capaz suicidar-se como
de suicidar-se como classe,
partilhada em maior ou menor grau, com os setores mais escla­
partilhada e m m a i o r o u m e n o r g r a u , c o m o s setores mais escla- para ressuscitar nnaa ccondi,;:ao
para ressuscitar ondição d t r a b a l h a d o r revolucionario,
dee trabalhador revolucionário,
rrecidos
e c i d o s das classes ttrabalhadoras
das classes rabalhadoras e e aate té c com
o m algunsalguns eelementos lementos d daa n t e i r a m e n t e iidentificado
iinteiramente dentificado c comom a aspira,;:oes m
ass aspirações mais profundas
ais p rofundas ddoo
pseudo­burguesia nnacional,
pseudo-burguesia acional, d dominados
o m i n a d o s pelo pelo ssentimento e n t i m e n t o patrio­
patrió- povo aa q
povo que
ue p pertence.
ertence.
i c o . ^ papel
ttico.1(9 papel do do setor setor da pequena burguesia
da pequena burguesia que participa na
que participa na tl_ssa
r^Essa alternativa — revolu,;:ao oouu suicidar-se
trair aa revolução
­ trair suicidar­se coma como
d i r
direcdoe ç ã o da
da luta
l u ta é
e tanto
tanto mais
mais importante
importante quanto
quanta e
é certo
certo que, que, classe —
classe constitui o dilema
­ constitui dilema dajpequena
da_,pequena burguesiaburguesia no quadro quadro geral
a m b é m na
ttambern situacao neocolonial,
na situação neocolonial, ela ela está esta mais mais apta apta aa assumir assumir da luta
da luta de libertacao nnaciona\;)
de libertação a c i o n a í JA A ssua solu�o ppositiva,
u a solução ositiva, e em m favor
favor
essas ffuncoes,
essas u n ç õ e s , querquer pelas mitações e
pelas lliirnitacoes conómicas e
economicas e culturais
culturais das das d revolucao, ddepende
daa revolução, epende d daquilo
aquilo a a qque,
ue, a e c e n t e m e n t e , Fidel
i n d a rrecentemente,
ainda Fidel
massas trabalhadoras, quer pelos
massas trabalhadoras, quer pelos complexos e lirnitacoes de natu­ complexos e limitações de natu- CCastro
astro c chamou,
hamou, c com
om p propriedade, desenvolvimento da
r o p r i e d a d e , desenvolvimento da conscien-
consciên-
ideoloqica que
reza ideológica
reza caracterizam oo setor
que caracterizam setor da pseudo-burguesia
da pseudo­burguesia cia revoluciomiria. EEssa
cia revolucionária. dependencia atrai
s s a dependência atrai nnecessariamente
ecessariamente a a nos­
nos-
nacional que
nacional que adere adere àa luta. luta. Neste Neste caso caso ainda, ainda, importa importa salientar salientar sa aatencao
sa sabre aa ccapacidade
t e n ç ã o sobre apacidade d dirigente ddaa luta
doo dirigente luta de de libertacao
libertação
que a missão que lhe está confiada
que a mlssao que lhe esta confiada exige a esse setor da pequena exige a esse setor da pequena
nacional
n de se
a c i o n a l de se m manter fiel aaos
a n t e r fiel os p principios
rincípios e e àa ccausaa u s a fundamental
fundamental
burguesia uma maior c o n s c i
burguesia uma maior consciencia revolucionarla. a capacidade deê n c i a r e v o l u c i o n á r i a , a capacidade de
dessa luta.
dessa revela, eem
Issa revela,
luta. Isso m c certa
erta m medida,
edida, q queu e se Iibertacao na-
se aa libertação na­
interpretar fielmente
interpretar fielmente as aspiracoes das
as aspirações das massasmassas em em cada cada fase fase da da ccional
ional é e eessencialmente
ssencialmente u um m p problema
roblema p politico, as condições
o l í t i c o , as condicdes ddoo
luta ee de
luta de se identificar ccom
se identificar o m elas elas cada cada vez mais^
vez maisJ seu e s e n v o l v i m e n t o iimprimem­lhe
seu ddesenvolvimento m p r i m e m - l h e aalgumas caracteristicas qque
l g u m a s características ue
Mas, ppor
Mas, or m maior
aior q que seja oo grau
u e seja grau de consciencia revolucionaria
de consciência revolucionária sao ddoo âiimbito
são mbito d daa moral.
moral.
ddo setor da
o setor da ppequena burguesia cchamada
e q u e n a burguesia hamada a a ddesempenhar
e s e m p e n h a r essa essa fun­fun-
Esta
E sta é e aa m o d e s t a ccontribuicao
modesta ontribuição q que,ue, e em m n name
o m e das organi­
das organi-
historica, ela
,;:ao histórica,
ção ela não nao pode libertar­se desta
pode libertar-se desta realidade realidade objetiva: objetiva:
zac;oes nnacionalistas
zações acionalistas d dos paises aafricanos
o s países f r i c a n o s aainda inda p parcialmente
arcialmente o Ol!,
u
aa pequena
pequena burguesia, burguesia, coma como classe classe de services, quer
de serviços, quer dizer,dizer, nao não
ttotalmente
otalmente d dominados
o m i n a d o s pelo pelo ccolonialismo portuques, entendemos
o l o n i a l i s m o português, entendemos
diretamente incluida no processo da producao. nao dispbe de
diretamente i n c l u í d a no processo da p r o d u ç ã o , não dispõe de dever trazer
dever trazer aaoo debate debate geral geral destadesta AAssernbleia.
ssembleia. S Solidamente
o l i d a m e n t e uni- uni­
c o n ó m i c a s que
bases eeconornicas
bases que lhe garantam aa tomada
lhe garantam tomada do, do poder.
poder. CCom om
eefeito,
dos nnoo seio
dos seio da da nossa organiza,;:ao m
nossa organização multinacional
ultinacional — ­ aa CCONCP ONCP — ­
feito, a historia ddemonstra
a história emonstra q que,
ue, q qualquer
ualquer q que seja oo papel
u e ^seja papel
s t a m o s ddeterminados
eestamos eterminados a a mmanter­nos
a n t e r - n o s fiéis fieis aos interesses ee as
aos interesses àsjustas
justas
(muitas vezes
(muitas vezes de m p o r t â n c i a ) ddesempenhado
de iimportiincia) e s e m p e n h a d o por por individuos
indivíduos
aspiracdes ddos
aspirações nossos ppovos,
o s nossos ovos, q quaisquer
uaisquer q que sejam as
u e sejam nossas
as nossas
originarios da
originários da ppequena burguesia nnoo pprocesso
e q u e n a burguesia rocesso d u m a rrevolucso,
duma essa
e v o l u ç ã o , essa
origens nas
origens nas ssociedades
ociedades a a qque ue p pertencemos.
ertencemos. A vigiliincia eem
A vigilância m
classe nunca esteve na posse do poder politico. E não
classe n u n c a esteve na posse d o poder p o l í t i c o . E poderia
nao poderia
estar,
rela,;:ao aa essa
relação essa ffidelidade
i d e l i d a d e é, alias, uum
e, aliás, m d dos os o objetivos
bjetivos p principais da
r i n c i p a i s da
estar, pporque orque o oder p
o ppoder o l í t i c o (o
politico s t a d o ) se
(o EEstado) alicerca na
se alicerça apacidade
na ccapacidade nossa organiza�o. no
nossa organização, interesse ddos
no interesse nossos ppovos,
o s nossos ovos, d daa ÁAfrica frica e e ddaa
e c o n ó m i c a d a classe dirigente e, nas condições da s o c i e d a d e c o -
econornica da classe dirigente e, nas condicdes da sociedade co­ Humanidade em luta contra o imperialismo. Por isso nos batemos
H u m a n i d a d e e m luta c o n t r a o i m p e r i a l i s m o . P o r isso nos b a t e mos
lonial e n e o c o l o n i a l , essa c a p a c i d a d e está d e t i d a nas mãos de d u a s
lonial e neocolonial, essa capacidade esta detida nas maos de duas jja,
á , dede aarmas
r m a s nas mlios, ccontra
nas mãos, o n t r a as forc;as ccolonialistas
as forças o l o n i a l i s t a s pportuguesas,
ortuguesas,
entidades: o c a p i t a l imperialista e as classes t r a b a l h a d o r a s nativas.
entidsdes: o capital imperialista e as classes trabalhadoras nativas. eemm A Angola,
ngola, n naa G Guine
uiné e e eemmM Mo,;:ambique,
oçambique, e e eestamos
stamos a preparar­nos
a preparar-nos
Para manter oo poder
Para manter poder que llbertacso nacional
que aa libertação nacional põe poe nas nas suassuas para ffazer
para azer o om mesmo
esmo e emm C Caho
abo V Verde
erde e e eem m S Saoão T Tome
omé e e Principe.
Príncipe.
maos, aa pequena
mãos, pequena burguesia burguesia só so temtern um um ccaminho:
aminho: d deixar
e i x a r agir livre­
agir livre- Por isso dedicamos a maior atenc;ao ao trabalho politico no
Por isso d e d i c a m o s a maior a t e n ç ã o a o t r a b a l h o p o l í t i c o seio
no seio
mente as
mente tendencies naturais
suas tendências
as suas naturais de emburguesamento, permitir
de emburguesamento, permitir dos nossos povos,
dos nossos povos, m melhorando
elhorando e e f o r ç a n d o ccada
e rreforc;ando a d a dia dia as nossas
as nossas
o desenvolvimento duma
o desenvolvimento duma burguesiaburguesia bburocratica urocrática e e dede iinterrnedia­
ntermediá- organizac;oes nnacionais,
organizações a c i o n a i s , na dire,;:ao ddas
na direção as q quais
u a i s se se eencontram
n c o n t r a m repre- repre­
rios do
rios ciclo das
do ciclo mercadorias, transformar-se
das mercadorias, transformar­se em em pseudo­burgue­
pseudo-burgue- sentados todos os setores da nossa sociedade. Por isso
sentados t o d o s os setores da nossa s o c i e d a d e . P o r isso nos n o s mante­
mante-
sia nacional, isto e, negar a revolucao e enfeudar­se necessaria-
sia nacional, isto é, negar a revolução e enfeudar-se necessaria­ mmos vigilantes ccontra
o s vigilantes o n t r a nósnos m mesmos
esmos e e pprocuramos,
r o c u r a m o s , na na base base ddoo co­ co-
mente ao
mente imperialista. O
capital imperialista.
ao capital Ora isso ccorresponde
r a isso orresponde à a situacao
situação h e c i m e n t o cconcreto
nnhecimento oncreto d das nossas forças
a s nossas forc;as ee das nossas ffraquezas,
das nossas r a q u e z a s , re- re­
e o c o l o n i a l , qquer
nneocolonial, u e r ddizer,izer, à trai,;:ao ddos
a traição objetivos da
o s objetivos da libertação
tibertaeao na- na­ o r ç a r aaquelas
fforc;ar quelas e e ttransformar estas eem
r a n s f o r m a r estas forcas, pelo
m forças, pelo ddesenvolvimen­
esenvolvimen-
ccional. Para não
i o n a l . Para niio trair trair esses objetivos, aa pequena
esses objetivos, pequena burguesia burguesia só tern
so tem ttoo cconstante
o n s t a n t e da da nossa revolucionaria. PPor
conscisncia revolucionária.
nossa consciência o r issoisso estamos
estamos
uum m ccaminho: reforcar aa sua
a m i n h o : reforçar o n s c i ê n c i a rrevolucionaria.
sua cconsciencia repudiar
e v o l u c i o n á r i a , repudiar eem m C u b a , presentes a
Cuba, presentes a esta Conferencia. esta C o n f e r ê n c i a .

40 41
41

I
Nao
N ã o daremos
d a r e m o s vivas
vivas nem nem proclamaremos
p r o c l a m a r e m o s aqui a q u i aa nossa solida­
riedade para com
nossa solida- dade)
dade) do d o pensamento
p e n s a m e n t o de d e Lenine
Lenine e e dada vastidao
vastidão das das consequencias
c o m este
este ouo u aquele
aquele povopovo em e m luta.
luta. A A nossa
nossa presence
presença eé
consequências
riedade para
um praticas
práticas da da sua s u a a�o
ação no n o contexto
c o n t e x t o historico
histórico atual.
u m grito
grito de de condenacao
condenação do do imperialismo
imperialismo e e umau m a prova
prova de solida­ atual.
tarefa eé fa·
dé solida-
riedade Para
Para os o s movimentos
m o v i m e n t o s de d e liberta�o
libertação nacional, c u j a tarefa
n a c i o n a l , cuja
riedade para para com c o m todos
t o d o s oso s povos
povos que que querem
q u e r e m varrer
varrer das das suas
suas pa­
fa-

trias zer
zer aa revolu�o.
r e v o l u ç ã o , modificando
m o d i f i c a n d o radicalmente,
r a d i c a l m e n t e , pelas pelas vias vias maismais ade­
trias o o jugo
jugo imperialista,
imperialista, em e m particular
particular com com o o heroico
heróico povo povo do
ade-
do
Vietnam. quadas,
q u a d a s , aa situ�o
situação economiea, e c o n ó m i c a , polftica,
p o l í t i c a , social
social e e cultural
c u l t u r a l dos
d o s seus
V i e t n a m . MasMas cremos
c r e m o s firmemente
f i r m e m e n t e queq u e aa melhor
m e l h o r prova
prova que q u e pode­
seus
pode-
remos povos,
povos, o o pensamento
p e n s a m e n t o ea e a a\:30
ação de d e Lenine
L e n i n e temt ê m um u m interesse
interesse especial.
r e m o s dar dar de de queque somos
s o m o s contra
contra o o imperialismo
i m p e r i a l i s m o ee ativamente
a t i v a m e n t e soli­
especial.
soli-
darios Mas
Mas Lenine L e n i n e nao não deixoud e i x o u apenas
a p e n a s aa sua sua obra. o b r a . FoiF o i ee continua
c o n t i n u a aa
dários para para com c o m os o s nossos
nossos companheiros,
c o m p a n h e i r o s , nesta
nesta luta luta comum,
c o m u m , con­
con-
siste ser
ser um u m exemplo
e x e m p l o vivo vivo de de combatente
c o m b a t e n t e pela pela causa causa da d a humanidade
siste em e m regressar
regressar aos aos nossos
nossos paises,
países, desenvolver
desenvolver cada c a d a dia
dia mais
mais aa
humanidade,
luta e mantermo·nos fieis aos principios e objetivos da tibertacao pela
pela libertaeao
libertação economica, e c o n ó m i c a , ee portanto n a c i o n a l , social
p o r t a n t o nacional, social ee culturaicultural
luta e m a n t e r m o - n o s fiéis a o s p r i n c í p i o s e objetivos da libertação
nacional. do
d o homem.
homem. A A sua s u a vida
v i d a ee o o seu
s e u comportamento
c o m p o r t a m e n t o como c o m o personalida-
personalida-
nacional.
Fazemos de
de humana contem
c o n t ê m li�oes lições ee exemplose x e m p l o s uteis úteis para para todost o d o s os o s comba·
F a z e m o s votos
votos para para que q u e cada
c a d a movimento
m o v i m e n t o de de libertacao
libertação na­
humana comba-
cional
na- tentes
tentes da d a liberta�o
libertação nacional.
aqui presente possa, com armas
c i o n a l aqui presente possa, c o m a r m a s nas mãos, repetir no nas miios, repetir no seu
nacional.
seu
pais, Entre
E n t r e essas
essas li�oes,
lições, as as queq u e nos nos parecem
p a r e c e m ser ser da d a maior
m a i o r acuidade
país, em e m unissono
uníssono com com o o seu
seu povo,
povo, o o grito
grito ja já leqendario
legendário do d o Povo
acuidade
Povo
de para
para os o s movimentos
m o v i m e n t o s de de Ilibertação
iberta�o referem­se referem-se ao a o com c o mportamento
de Cuba:
C u b a : PATRIA
PATRIA O O MUERTE.
M U E R T E . VENCE V E N C E REMOS!
portamento
m o r a l , aà a�o
REMOS!
Morte moral, ação politica,
p o l í t i c a , aà estrateqia
estratégia ea e à pratica
prática revofucionarias.
M o r t e para
para as as forcas
forças imperialistasl
revolucionárias.
imperialistas!
Patria No
No ambito
â m b i t o geral geral do do movimento
m o v i m e n t o de libertação nacional
d e liberta�o n a c i o n a l , espe­
livre,
Pátria livre, próspera ee feliz
prospera feliz para
para cadac a d a um u m dos
d o s nossos
nossos povos!
espe-
VENCE REMOS!
povos! cialmente
c i a l m e n t e ,' n n condi�oes
condições como c o m o as as nossas,
nossas, o c o m p o r t a m e n t o 'moral
o comportamento moral
VENCEREMOS!
do
d o combatente,
c o m b a t e n t e , em e m particular
p a r t i c u l a r dos
d o s dirigentes,
dirigentes, eé um u m fatorfator primer­
primor-
dial
dial que q u e podepode influenciar
i n f l u e n c i a r significativamente
s i g n i f i c a t i v a m e n t e oo exitoê x i t o ou o u oo fracasso
fracasso
11I I.. Uma
Uma luz
luz fecunda
fecunda ilumina
ilumina oo caminho
caminho da
da lu ta:
luta: do
d o mov1!'1ento
m o v i m e n t o ,.• Eé _eviden!E:evidente que q u e aa lu� luta eé essencialmente
e s s e n c i a l m e n t e politica,
política,
l.enine ea lu ta de tibertacao nacional
Lenine e a luta de libertação nacional mas
mas as as crrcunstancias
circunstâncias politicas, p o l í t i c a s , economicas
e c o n ó m i c a s ee sociaissociais ­ - historicas
históricas
­— em e m que q u e se se estrutura
e s t r u t u r a ee desenvolve
d e s e n v o l v e oo movimento,
m o v i m e n t o , conferemc o n f e r e m aos aos
Nota
N o t a do
d o autor
a u t o r aà primeira
p r i m e i r a publica�o:
publicação: problemas
p r o b l e m a s de d e na. u r e z a moral
n attureza m o r a l uma u m a particular i m p o r t â n c i a , devido
p a r t i c u l a r importlincia, devido
principalmanta
p r i n c i p a l m e n t e as às fraquezas
fraquezas proprias próprias do do movimento
m o v i m e n t o nacionaln a c i o n a l de
de
Retomamos,
Retomamos, nesta
nesta pequena
pequena brochura,
brochura, editada
editada pelapela Comissso
Comissão hberta�o
libertação nas nas colonias,
colónias, ao a o oportunismo
o p o r t u n i s m o ou o u as p o s s i b i l i d a d e s de
às possibilidades de
de tntormeciies
de Informações do Partido,
do Partido, parte dos temas
parte dos temas abordados
abordados no
no oportunisrno
o p o r t u n i s m o que q u e oo caracterizam,
c a r a c t e r i z a m , as às pressdes
pressões ee manhas m a n h a s utilizadas
utilizadas
nosso
nosso discurso
discurso improvisado
improvisado no
no Symposium
Symposium 'A/ma-Ata (Re-
t/'Alma-Ata (Re- pelo.
pelo ii:ti.migo
inimigo imperialista,
i m p e r i a l i s t a , assim
assim como c o m o aà dificuldade,
d i f i c u l d a d e , mesmo
m e s m o aa im­ im-
publica
pública Socialista
Socialista Sovietice
Soviética do
do Kazakstan),
Kazakstan), em
em Abril
Abril de
de possibiudade
possibilidade de de um u m controle
c o n t r o l e do d o movimento
m o v i m e n t o ee dos d o s seusseus chefes
chefes
1970
1970 p�las
pelas massas massas populares p o p u l a r e s nacionalistas.
n a c i o n a l i s t a s . No No movimento
m o v i m e n t o de de liberta­
liberta-
�o, c o m o em
ç ã o , co�o e m qualquer
q u a l q u e r outro o u t r o empreendimento
e m p r e e n d i m e n t o humano humano ­ — ee se­
se-
Jam quars f_?rem os fatores materiais e sociais que condicionem aa
j a m q u a i s f o r e m o s f a t o r e s materiais e sociais q u e c o n d i c i o n e m
I sua
sua evol_w;
evolução :ao ­, —, oo homem h o m e m (a (a sua m e n t a l i d a d e , oo seu
s u a mentalidade, seu comporta­
comporta-
mento)
m e n t o ) eé oo elemento
e l e m e n t o essencial
essencial ee determinante.
determinante.
OO valor
valor ee oo carater
caráter transcendente
t r a n s c e n d e n t e do d o pensamento
p e n s a m e n t o ee da da obra
obra
humana, politica, cientifica, cultural ­ historica ­ de
h u m a n a , p o l í t i c a , c i e n t í f i c a , c u l t u r a l — histórica - d e V l a d i m i r Vladimir • Lenine
L e n i n e foi foi um u m exemplo
e x e m p l o de de coerencia
coerência consigo consigo mesmo m e s m o ee de de
llitch
l l i t c h Lenine
L e n i n e sao
são ha há muito
m u i t o ja já umu m fato fato universalmente
u n i v e r s a l m e n t e reconheci·
reconheci- coerência entre
coerencia entre as as palavras
palavras ee os o s atos.
a t o s . Soube,
S o u b e , atraves
através de de todat o d a aa
do.
d o . MesmoM e s m o os o s mais
m a i s ferozes
ferozes adversaries
adversários das das suassuas ideias
ideiastiveram
t i v e r a m de
de evolução caracteristica
evolucso característica da d a sua sua personalidade,
p e r s o n a l i d a d e , permanecer
p e r m a n e c e r igual igual aa
reconhecer
r e c o n h e c e r em e m Lenine
L e n i n e um
u m revolucionario
r e v o l u c i o n á r i o conseqiiente,
c o n s e q u e n t e ,queq u e soube
soube s1si mesmo
m e s m o na na verticatidade
verticalidade das das suassuas opcdesopções ee dos d o s seus
seus atos.a t o s . Estes
Estes
dedicar­se
dedicar-se totalmentet o t a l m e n t e aà causa
causa da d a revolucso
revolução ee faze­la, fazê-la, um u m filosofo sempre c o r r e s p o n d e r a miis
s e m p r e c�r�espondera� às suassuas palavras,
palavras, pois pois soube rejeitar oo ver·
s o u b e rejeitar ver-
g r a n d e z a so
filósofo
ee um u m sabio
sábio cujac u j a grandeza só eé cornparavel
c o m p a r á v e l aà dos d o s maiores
m a i o r e s pensado­
pensado- bahsmo
b a l i s m o fac1I,
f á c i l , aa adula{:ao
a d u l a ç ã o ea e a demagogia.
demagogia.
res
res da da humanidade.
h u m a n i d a d e . Atualmente,
A t u a l m e n t e , nao não eé raro raro ouvir
ouvir politicos
políticos ­ — Lenine
L e n i n e foi f o i um u m exemplo
e x e m p l o de de honestidade,
h o n e s t i d a d e , de p r o b i d a d e , de
de probidade de
mesmo os mais anti­socialistas ­ citar
m e s m o o s mais anti-socialistas — citar L e n i n e ou gabar se de Lenine ou gabar·se de ter
ter sinceridade
s i n c e r i d a d e ee de de coragem.
c o r a g e m . SempreS e m p r e colocou
c o l o c o uacima a c i m a de de todas
t o d a s asas;uas
suas
lido
lido as as suas
suas obras.
o b r a s . EÉ evidente
evidente que q u e nao não podemos
p o d e m o s acredita­los
acreditá-los aà le· le- conveniencias
conveniências aa necessidade necessidadede de observar r i g o r o s a m e n t e os
observar rigorosamente osdeveres
deveres
tra,
t r a , masmas isso
isso da dá bemb e m aa medida
m e d i d a da d a importancia
i m p o r t â n c i a (mesmo
( m e s m o da da necessi·
necessi- dad a moral
m o r a l ee da da justice,
j u s t i ç a , recusar
recusar aa mentira m e n t i r a ee praticarp r a t i c a r aa verdade,
verdade,

42 43
43
42
sejam
sejam quais q u a i s forem
f o r e m as as consequencias
consequências ou o u os o s problemas
p r o b l e m a s que q u e possa
possa do possivel,
do possível, Lenine L e n i n e demonstrou
demonstrou q queu e eé antes
antes aa arte arte de d etransformar
transformar
criar.
criar. oo que
q u e eé aparentemente
a p a r e n t e m e n t e impossivel
impossível em possível itorner
e m possivel possível a
(tornar passive/ o
Como
C o m o um u m ser ser humano
h u m a n o integral,
integral, soube s o u b e amaramar e e odiar.
odiar. Amar Amar a a impassive!),
impossível), rejeitando
rejeitando categoricamente
categoricamente o o p o r t u n i s m o . Assim
o oportunismo. Assim
causa
c a u s a da da liberta�iio
libertação do d o homem
h o m e m de d e qualquer
q u a l q u e r especie
espécie de d e opressao,
opressão, a a definida,
d e f i n i d a , aa aciioação politica
p o l í t i c a implica
i m p l i c a uma u m a criatividade
criatividade permanente.
permanente.
aventura
a v e n t u r a maravilhosa
m a r a v i l h o s a que q u e ea é a vida
vida humana,
h u m a n a , tudo tudo o o que
q u e ha há de d e belo
belo Para
Para ela,e l a , como
c o m o para para aa arte,a r t e , criar
criar niio não eé in ventar.
inventar.
ee construtivo
c o n s t r u t i v o no no planeta.
planeta. Odiar O d i a r os o s inimigos
inimigos do d o progresso
progresso ee da da fe.fe- A
A a<;iio
ação de L e n i n e eé caracterizada
d e Lenine c a r a c t e r i z a d a porpor uma grande flexibili·
u m a grande flexibili-
licidade do homem, o inimigo de classe,
licidade d o h o m e m , o inimigo d e classe, o s o p o r t u n i s t a s , a covar- os oportunistas, a covar­ dade
d a d e construtiva.
c o n s t r u t i v a . EmE m cadacada problema,
p r o b l e m a , em e m cada c a d a fato
f a t o dada luta, mes·
l u t a , mes-
dia,
dia, a a mentira,
m e n t i r a , todost o d o s os o s fatores
fatores de d e aviltamento
a v i l t a m e n t o da da consciencla
consciência so- so· mo
m o no no maismais negative,
negativo, soube s o u b e discernir
discernir o o lado lado positive
positivo para para dele dele
cial
cial e e moral
m o r a l do d o homem.
h o m e m . SempreS e m p r e considerou
considerou o o homem
h o m e m como como o o va·
va- extrair
e x t r a i r todas
todas as as vantagens
vantagens e e fazer avançar aa luta.
f a z e r avancar luta. NesseNesse iimbito,
âmbito,
for
lor supremo
s u p r e m o do d o Universe.
Universo. A A suas u a dedicacao
dedicação as às criancas
crianças tornou­se tornou-se como
c o m o noutros,
n o u t r o s , demonstrou
d e m o n s t r o u uma u m a perseverence
perseverança aa toda
t o d a aa prova.
prova.
lendaria
lendária pois, p o i s , para
para ele, e l e , esses
esses seres
seres delicados
d e l i c a d o s ee tantas
tantas vezes vezes incom· incom- Ele,
E l e , que
q u e considerava
c o n s i d e r a v a que q u e "os " o s fatos
fatos sao t e i m o s o s " , era
são teimosos", era teimoso
teimoso
preendidos,
p r e e n d i d o s , vitimas
v í t i m a s iinnocentes
o c e n t e s da d a exploracao
e x p l o r a ç ã o do d o homem
h o m e m pelo pelo ho- ho· como
c o m o os os fatos.
f a t o s . Confiando
C o n f i a n d o na n a opiniiio
o p i n i ã o dosd o s outros,
o u t r o s , apesar
apesar disso, disso,
mem,
m e m , sao são as as flores
f l o r e s da da humanidade,
h u m a n i d a d e , aa esperanca esperança ee aa certeza c e r t e z a do
do certo
c e r t o de d e queq u e todo todo o o combatente
c o m b a t e n t e tern t e m necessidade
necessidade dos d o s outros,
outros,
triunfo
t r i u n f o de d e umau m a vida vida de d e justice,
justiça. sempre
s e m p r e sou s o ubeb e mudar
m u d a r de d e opiniiio
o p i n i ã o quando
q u a n d o aa raziio razão ­ — aa verdade
verdade cien­ cien-
A
A luta
luta de d e libertacao
libertação nacional n a c i o n a l e, é, comoc o m o ja já dissemos,
d i s s e m o s , umau m a luta luta tifica
tífica ­ — niio
não estava
estava do d o seuseu lado.
lado.
politica
p o l í t i c a que
q u e podep o d e revestir
revestir diversas
diversas formas, f o r m a s , de de acordo
a c o r d o com c o m as as cir·
cir- Critico
C r í t i c o rigoroso,
r i g o r o s o , mesmo
m e s m o violento,
v i o l e n t o , tanto
t a n t o dosd o s seus
seus adversaries
adversários
cunstancias
cunstâncias especificas específicas em e m queq u e se se desenvolve.
desenvolve. No N o nosso
nosso caso caso con· con- como
c o m o dos. d o s seus
seus companheiros
c o m p a n h e i r o s de de lutaluta caidos
caídos em e r r o , Lenine
e m erro, Lenine
creto,
c r e t o , esgotamos
e s g o t a m o s todos t o d o s os o s meios
m e i o s pacificos
pacíficos ao a o nosso
nosso alcance a l c a n c e para
para soube
soube praticarpraticar exemplarmente
e x e m p l a r m e n t e aa autocrftica.
a u t o c r í t i c a . Sabia
S a b i a reconhecer os
r e c o n h e c e r os
levar
levar os o s colonialistas
c o l o n i a l i s t a s portugueses
portugueses aa uma u m a rnodificacao
m o d i f i c a ç ã o radicalradical da da seus
seus erroserros ee elogiar elogiar o o valor
valor dos d o s outros,
o u t r o s , mesmo
m e s m o dos d o s seus
seus maismais fero­fero-
sua
sua politica
p o l í t i c a no no sentido sentido da libertação ee do
d a liberta<;iio progresso do
d o progresso d o nosso
nosso zes
zes adversaries;
adversários; mas m a s soube
s o u b e usarusar de d e umau m a severidade
severidade sem s e m limites
limites
povo.
p o v o . S6 Só encontramos
e n c o n t r a m o s repressao
repressão ee crimes. c r i m e s . Decidimos
D e c i d i m o s entiioe n t ã o pegar
pegar para
para atacar
a t a c a r os os que q u e consideiova
c o n s i d e i j v a como inimigos de
c o m o ini,nigos d e classe
classe ee da d a revo­
revo-
em
e m armas armas para para nos n o s batermos
b a t e r m o s contra
c o n t r a aa tentativa
t e n t a t i v a de g e n o c í d i o do
d e genocidio do lu<;iio.
lução.
nosso
nosso povo, p o v o , decidido
d e c i d i d o aa ser ser livre
livre ee senhor senhor do d o seu seu proprio
p r ó p r i o destine.
destino. Lenine
L e n i n e sempre
s e m p r e demonstrou
d e m o n s t r o u uma confiança sem
u m a confianca s e m limites
limites na na
OO fato
f a t o de d e travarmos
t r a v a r m o s umau m aluta luta armada
a r m a d a de libertação em
d e libertacao e m nada
nada capacidade
c a p a c i d a d e das das massas,
massas, mas m a ssoube
s o u b e no no entanto
e n t a n t o demonstrar
d e m o n s t r a r clara­
clara-
modifica
m o d i f i c a oo carater caráter essencialmente
e s s e n c i a l m e n t e politico
p o l í t i c o do d o nosso
nosso combate. combate. mente
mente que q u e estas
estas nunca n u n c a deviam
d e v i a m agiragir com a n a r q u i a , sem
c o m anarquia, sem um u m pianoplano
Pelo
Pelo contrario.
c o n t r á r i o , acentua·o.
a c e n t u a - o . Ora,
O r a , niionão ha, há, niio n ã o podpode^haver haver aciio ação poli­ polí- bem
b e m concebido,
c o n c e b i d o , correspondente
c o r r e s p o n d e n t e as às possibilidades
possibilidades concretas c o n c r e t a s de
de
tica, seja qual for a sua forma. sem principios
t i c a , seja q u a l f o r a s u a f o r m a , s e m p r i n c í p i o s b e m d e f i n i d o s , bem definidos, a<;iio.
ação. Para Para ele, e l e , as
as massas
massas nunca n u n c a devem
d e v e m ser ser acefalas,
acéfalas.
quer
q u e r sejamsejam bons b o n s ou o u maus.
maus.
No
N o piano
plano politico,p o l í t i c o , Lenine
L e n i n e foi f o i um
u m exemplo
e x e m p l o de d e fidelidade
f i d e l i d a d e aosaos
principios.
princípios. S o u b e fazer concessões sobre a f o r m a de reivindica·
Soube fazer concessoes sobre a forma de reivindica-
coes,
ções, de d e acoes,
ações, mas m a s nunca
n u n c a sobre
sobre os o s principios,
p r i n c í p i o s , principalmente
principalmente
quando
q u a n d o se setratava
t r a t a v a de de defender
d e f e n d e r os o s interesses
interesses da d a classe
classe ee da da na<;iio
nação
que
q u e representava,
r e p r e s e n t a v a , assim assim como c o m o na n a pratica
prática conseqiiente
c o n s e q u e n t e de d e um u m in·
in- No
N o iimbito
â m b i t o geralgeral do d o movimento
m o v i m e n t o de d e libertacso n a c i o n a l , tal
libertação nacional, tal
ternacionalismo
t e r n a c i o n a l i s m o despro.vido
d e s p r o v i d o de d e reservas,
reservas, de d e timidez
t i m i d e z ou o u de d e condi­
condi- como
c o m o em
e m qualquer
q u a l q u e r confronta<;iio,
c o n f r o n t a ç ã o , pacifica
p a c í f i c a ou n ã o , ha
o u niio, háaa necessida­
necessida-
cionamentos.
cionamentos. de
de vital
vital de
d edescobrir
d e s c o b r i r as as le is gerais
leis gerais da d a luta
luta ee agiragir com
c o m base
base num
n u mpia­ pla-
I:É igualmente
igualmente uma u m aliciiolição de d erealismo,
r e a l i s m o , de d enocao
noção clara clara da dapossi-possi- no
no geral
geral concebido
c o n c e b i d o ee elaborado
e l a b o r a d o aa partir
partir da d a realidade
realidade concreta
c o n c r e t a do
do
bilidade
bilidade ee dadaoportunidede
oportunidade politica,
p o l í t i c a , que
q u eencontra
e n c o n t r a aa sua sua expressao
expressão meio
meio ee dosd o s fatores
fatores em e m presen,;a.
presença. lsto Isto quer
q u e r dizer
dizer que qualquer mo­
q u equalquer mo-
maxima
m á x i m a na n a decisso
decisão de d e desencadear
d e s e n c a d e a r aa insurreicso
insurreição de d e Outubro
O u t u b r o de vimento
vimento de de I libertação
ibertacao necessita necessita de de uma
umaestrateqia.
estratégia.
estratégia eé precise
0 de
1917,
1 9 1 7 , apesar
apesar das das enormes
e n o r m e s dificuldades
d i f i c u l d a d e s para para veneervencer as as hesitacdes
hesitações Na
Na elaboracao
elaboração desta desta estrateqia preciso ser capaz de
ser capaz de disti
distin- n­
ee as asoposiedes
oposições mais mais ou o u menos
m e n o s fundamentadas.
f u n d a m e n t a d a s . Uma U m a li<;iio
lição de d e fir·
fir- guir
guir oo essencial
essencial do do secundario,
secundário, oo permanente permanente do temporário. Sem
do ternporario. Sem
meza na via determinada para conduzir a
m e z a na via d e t e r m i n a d a para c o n d u z i r a ação p o l í t i c a , ilustradaa<;iio politica, ilustrada nunca c o n f u n d i r estrategia
nunca confundir estratégia ee tetice,
tética, aa acao ação devedeve basear­se
basear-se numa numa
pelo
pelo combate
c o m b a t e sem sem treguastréguas que q u e moveum o v e u aa todos t o d o s os o sdesvios
desvios "de " d e di· concepcao
concepção ciermfica
c i e n t í f i c a dada realidade,
realidade, seja seja qual qual forfor aa influencia
influência dos dos
queeé necessario
di-
reita"
r e i t a " ouo u de d e "esquerda"
" e s q u e r d a " ee que q u etantos inimigos lhe
t a n t o s inimigos lhe criou.
c r i o u . Ultra·
Ultra- fatores
fatores subjetivos
subjetivos que necessário enfrentar.
enfrentar.
passando
passando aa concepcao concepção vulgar, vulgar, segundosegundo aa qual q u a l aa politica
p o l í t i c a eé aa artearte Tambem
T a m b é m nesse nesse piano plano Lenine L e n i n e deu
d e u uma lição muito
u m a li<;iio m u i t o util
útil a aos
os

44
44 45
45
movimentos Para
Para criar criar na na luta luta eé necessario
necessário conduzi­la,
c o n d u z i - l a , desenvolver
desenvolver todos
m o v i m e n t o s de libertação, aos
de libertacao, aos combatentes
c o m b a t e n t e s da da liberdade.
liberdade. Tinha
todos
Tinha
uma os
os esforeos
esforços ee aceitar a c e i t a r osos sacrificios
sacrifícios necessaries.
necessários. A A luta
luta nao não e é feita
u m a nitida
n í t i d a consciencia
consciência do do valor
valor da da unidade coma
c o m o meio m e i o necessa­
feita
unidade necessá-
rio
rio para
para aa luta, l u t a , mas
m a s nao
não coma
c o m o um u m fimf i m eme m si. s i . Para
Para Lenine,
L e n i n e , naonão sese
de
de palavras
palavras mas m a s de de a,;aoação quotidiana, organizada e
q u o t i d i a n a , organizada d i s c i p l i n a d a , de
e disciplinada, de
trata de unir todos em torno da mesma causa,
trata de unir t o d o s e m t o r n o da m e s m a c a u s a , por mais justa que par mais justa que
todos
t o d o s oso s elementos
e l e m e n t o s validos,
válidos. A A atividade
atividade multipla m ú l t i p l a desenvolvida
desenvolvida por por
ela seja, de
ela seja, de realizar
realizar aa unidade
u n i d a d e absoluta,
a b s o l u t a , dede unir­se
unir-se nao não importa
importa
Lenine
L e n i n e no no dec�!so
d e c u r s o _de de umau m a longa
longa luta luta eé um e x e m p l o de
u m exemplo de continui­
continui-
com quern. A unidade, coma qualquer
c o m q u e m . A unidade, como qualquer outra realidade, esta outra realidade, está sujei­
sujei-
dade
dade ee consequenc,a,
consequência, de d e esforcos
esforços ee sacrificios,
sacrifícios, assim assim coma c o m o da ca­
da ca-
ta
ta asàs transtorrnacoes
transformações quantitativas, quantitativas, positivas positivas ou ou negativas.
negativas. A A ques­
ques- pacidade
pacidade para para mobilizar
m o b i l i z a r as as forcas
forças necessarias
necessárias no t e m p o ee no
n o tempo no espa­
espa-
tão eé descobrir qual eé oo grau
tao co
ço necessanos.
descobrir qual grau de de unidade
unidade suficiente que
que pode pode per­
necessários.
suficiente per-
mitir
mitir oo desencadear
desencadear ee garantir garantir oo avanco avanço vitoriosovitorioso da da luta.
luta. E, E, pos­
pos- Demonstrando
Demonstrando que, numa luta, luta, as as dificuldades
dificuldades subjetivas subjetivas sao são
teriormente,
teriormente, preservar preservar essa essa unidade
unidade contra contra todos todos os os fatores
fatores de de as
as mais dificeis d i f í c e i s de
de ultrapassar,
ultrapassar, Lenine tinha tinha consciencia
consciência desta desta rea­ rea-
dissolucao
dissolução ou ou divisao.
divisão, tanto tanto internos
internos como como externos.
externos. lidade:
lidade: aa luta luta eé feita de exitos êxitos ee fracassos, de de vit6rias
vitórias ee derrotas,
derrotas,
Par
Por outroo u t r o lado,
lado, Lenine
L e n i n e tinha
t i n h a uma
u m a consciencia
consciência profunda p r o f u n d a dada mas
mas avancaavança sempre sempre ee as suas suas fases,
fases, mesmo mesmo as as mais
mais identicas
idênticas, nun­ nun-
necessidade
necessidade de de conhecer
conhecer o o melhor
m e l h o r possivel,
possível, na na luta,
luta, as as forcas
forças ee as as ca
ca se se repetem,
repetem, pois pois aa luta luta eé um um processo
processo ee nao não um um acidente'
acidente, uma uma
f r a q u e z a s do
fraquezas do inimigo,
inimigo, tal tal como
c o m o as as nossas
nossas pr6prias
próprias forcas forças ee fraque­ fraque- corrida
corrida de de fundofundo ee nao não de de velocidade:
velocidade: as as derrotas
derrotas eventuai� eventuais nao não
zas. (A.
zas. & concepcao
concepção leninista leninista da da estrateqia
estratégia implica implica que que devemos
devemos agir agir podem
podem justificar
justificar nem nem aa desmorallzacso
desmoralização nem nem aa desistencia,
desistência, porque porque
no
no sentido
sentido de de aumentar
aumentar as as fraquezas
fraquezas do do inimigo
inimigo ee transformar
transformar as as mesmo os
��smo os ,nsucessos
insucessos podem podem ser ser umauma base base de de partida
partida para para novos novos
suas
suas torcas
forças em em fraquezas
fraquezas e, e, sirnultanearnente,
simultaneamente, preservar preservar ee reforcar reforçar exrtos,
êxitos.
as
as nossas
nossas forcas forças ee eliminar
eliminar as as nossas
nossas fraquezas
fraquezas ou ou transtorrna­las
transformá-las Essa
E s s a ultrapassagem
ultrapassagem s6 só eé possivel
possível se se extrairmos
e x t r a i r m o s uma lição de
u m a li,;ao de
em for,as.)
em forças.^ cada
c a d a erro,
e r r o , dede cada cada experiencia
experiência positiva positiva ou negativa ee partindo
o u negativa p a r t i n d o dodo
Isto eé possivel
lsto possível pela pela alianca
aliança permanente
permanente ee dinarnica d i n â m i c a entreentre aa principio
p r i n c í p i o de de que,q u e , se se eé certo
c e r t o que
q u e aa teoria
teoria sem prática eé uma
sem pratica u m a perdaperda
teoria
teoria ee aa pratica. prática. A A vida
vida de Lenine eé aa aplicacso
de Lenine aplicação conseqiienteconsequente de
de tempo,
t e m p o , nao não ha há pratica c o n s e q u e n t e sem
prática consequents sem teoria.
teoria.
desta
desta maxima
m á x i m a dialetica
dialética de de Paul
Paul Langevin:
Langevin: oo pensamento pensamento deriva deriva da da . . Principal a r t í f i c e da
P r i n c i p a l _artifi_�e da grande Revolução de
grande Revolucao de Outubro,
O u t u b r o , que q u e mo­
mo-
ação e,
a,ao e, no no homem
homem consciente,
consciente, deve deve regressar
regressará a acso.
ação. lsso Isso implica
implica dificou
d i f i c o u oo destine
destino nao não apenas
apenas do do povopovo russo russo mas m a s da da humanidade;
humanidade;
que,
que, como como Lenine Lenine demonstrou
demonstrou atraves através de de toda toda aa sua sua vida,
vida, aa a,ao ação criador do
criad� do primeiro
p r i m e i r o EstadoE s t a d o sociahsta;
socialista; dirigente dirigente supremo s u p r e m o da da Re­Re-
deve
deve basear­se
basear-se na na analise
análise concreta
concreta de de cada
cada situacao
situação concreta.concreta. volucao
volução nas nas antrqas
antigas colonicascolônicas czaristas;
c z a r i s t a s ; te6rico
t e ó r i c o ee pratico
p r á t i c o conhece­
conhece-
De
De acordo
acordo com com Lenine,
Lenine, tanto tanto na na luta
luta como como em em qualquer
qualquer ou­ ou- d o r na
dor. na solueao
solução do do delicado
d e l i c a d o problema
p r o b l e m a que representava aa questso
q u e representava questão
tro fenorneno em movimento, as transforrnacoes
tro f e n ó m e n o em movimento, as transformações qualitativas so qualitativas só nacional
nacional no no pais país dos d o s sovietes;
sovietes; militante
m i l i t a n t e catalizador
c a t a l i z a d o r do
do movimen­
movimen-
se
se operam
operam aa partir partir de de determinado
determinado nivel nível de de rnodificacoes
modificações quanti­ quanti- to
to operario
operário internacional
internacional ­ - Lenine
L e n i n e marcou
m a r c o u oo seculo
século ee oo futuro f u t u r o do do
tativas,
tativas, oo que que significa
significa que que oo processo
processo da da lutaluta evolui
evolui por por etapas,
etapas, ho'
h o:!_lem
m e m com c o m aa sua s u a personalidade
p e r s o n a l i d a d e dede revolucionario, legando as
r e v o l u c i o n á r i o , legando às ge­
ge-
por
por fases
fases bem bem definidas.
definidas. Nesta Nesta base base ee nesta
nesta perspectiva
perspectiva devem devem ser ser rações que
r'!_�oes q u e lhe lhe sucederam
s u c e d e r a m uma u m a obra
o b r a tao singular como
tão singular c o m o cheiacheia de de li­
li-
estabelecidas
estabelecidas as as taticas
táticas aa seguir, seguir, que que nao não sao são incompatfveis
incompatíveis
coes.
ções.
mesmo
mesmo com com os os recuos
recuos que, que, em em determinados
determinados momentos, momentos, podem podem Para
Para osos movimentos
movimentos de de tibertacao,
libertação, Lenine Lenine forneceuforneceu mais mais
ser o único meio
ser CJ)!nico meio de de fazer
fazer progredir
progredir aa luta. luta. esta
esta valiosa c o n t r i b u i ç ã o : demonstrou,
valiosa _contribui,ao: demonstrou, definitivamente,
definitivamente, que que osos
^ Q u a l q u e r luta
\YUalquer luta eé experiencia
experiência nova, n o v a , sejaseja qualq u a l forfor aa soma s o m a de
de povos
povos oprimidos
oprimidos podem podem libertar­ss
libertar-se ee ultrapassar
ultrapassar todos todos os os obstacu­
obstácu-
conhecimentos te6ricos ou de experiencias
c o n h e c i m e n t o s teóricos ou de experiências práticas q u e lhe praticas que lhe di·
di- los
los para
para aa construcao
construção de de uma uma vida vida de justiça, de
de justica, dignidade ee de
de dignidade de
zem
z e m respeito.
respeito. Oualquer Q u a l q u e r luta
luta implica,
i m p l i c a , portanto,
p o r t a n t o , um u m determinado
progresso.
progresso.
não eé necessario
determinado
grau
grau de de empirismo,
e m p i r i s m o , masm a s nao necessário inventar inventar oo que q u e ja já oo foi: EÉ desejavel
desejável que, q u e , independentemente
i n d e p e n d e n t e m e n t e das das suassuas tendencias
tendências ou ou
eé sim preciso criar nas condicdes concretas
sim preciso criar nas condições c o n c r e t a s e m q u e a luta setrava. em que a luta se
foi:
opcdes políticas, os
opções poHti�as, o s autenticos
a u t ê n t i c o s movimentos
m o v i m e n t o s de de libertaeao
libertação possam
possam
L e n i n e eé pertinente:
trava.
Ainda
A i n d a neste
neste ponto p o n t o aa li,;ao
lição de de Lenine p e r t i n e n t e : ele
ele detestava
detestava beber
beber nas nas h�oes
lições ee no no exemplo
e x e m p l o de de Lenine
L e n i n e aa inspirai;ao
inspiração necessaria
necessária
tanto
tanto oo empirismo
e m p i r i s m o cegocego como c o m o os os dogmas.
dogmas. AA assirnilacao assimilação critica crítica para
para oo �u seu pensamento,
p e n s a m e n t o , parapara aa sua suaa,;ao
ação ee para para oo comportamento
comportamento
(dos
(dos conhecimentos
c o n h e c i m e n t o s ou o u das
das experiencias
experiências dos o u t r o s ) eé tao
d o s outros) tão valida
válida moral
m o r a l ee mtelectual
intelectual dos d o s seus
seus dirigentes.
dirigentes. No No interesse
interesse geral geral da
da luta
luta
para
para aa vidavida como como para para aa luta.
luta. 0O pensamento
pensamento dos dos outros,
outros, filos6fico
filosófico c o n t r a ?o �mperialismo
contra i m p e r i a l i s m o ee _se se tivermos
t i v e r m o s em e m consideraeao
consideração algumas algumas
ouou cientifico
c i e n t í f i c o ­— par por maismais lucido
lúcido que seja ­,
q u e_sel[i —, eé apenas
apenas uma uma base base contradicdes
contradições que q u e caractenzam
c a r a c t e r i z a m as as atuais relações entre
a t u a i s relacdes entre as
as outras
outras
que
que perrrute
permite pensar pensar eeaqrr, agir, portanto,
portanto, criarJ criarj forcas
forças anti­imperialistas
anti-imperialistas ee mesmo m e s m o alguns a s p e c t o s da
alguns aspectos da sua
sua a�ao,
ação,

46
46 47
-17
nao seria jjusto
não seria usto n e m , ttalvez,
nem, alvez, oobjetivo,
b j e t i v o , limitar desejo uunica­
esse desejo
limitar esse nica- bertai;ao tribal
bertação tribal oou u é etnica,
tnica, m masa s ttambern
ambém m movimento
o v i m e n t o de de luta luta de li­
de li-
mente aos m
m e n t e aos movimentos de libertacao.
o v i m e n t o s de libertação. bertacso nnacional.
bertação acional. O povos da
Oss povos da antiga n d o c h i n a ee de
antiga IIndochina de ooutras re­
u t r a s re-
gioes da
giões Asia; ddo
da Ásia; o MMexico,
é x i c o , da da B o l í v i a ee de
Bolivia de ooutros paises do
u t r o s países do cconti­
onti-
nente aamericano;
nente mericano; d daa G Grecia,
récia, d dos Bale.is eem
o s Balcãs geral, m
m geral, mesmo
e s m o de Por­
de Por-
tugal, na
tugal, na EEuropa;
uropa; d doo E Egito, da Á
g i t o , da Africa
frica O Oriental
riental e e dda a Á Africa
f r i c a Oci-
Oci-
II
II
dental —
dental para só
­ para s6 citar estes ­
citar estes — ttiveram,
i v e r a m , no no ppassado,
assado, a sua experien­
a sua experiên-
cia de luta
cia de luta de libertacao nnacional.
de libertação acional.
Acontece hoje ccom
A c o n t e c e hoje o m aa d doutrina
o u t r i n a de de LLenine
enine o o qqueu e jajá se se verifi·
verifi- EEsses
sses m o v i m e n t o s ssofreram
movimentos vit6rias ou
o f r e r a m vitórias ou dderrotas,
e r r o t a s , mas existi·
mas existi-
o u mais
ccou mais de de uuma m a vezvez na hist6ria com
na história c o m as as ddoutrinas
outrinas d dos pensadores
o s pensadores ram ee ddeixaram
ram e i x a r a m vestígios indeleveis nos
vestfgios indeléveis nos povos
povos qque f e t a r a m , no
u e aafetaram, no
revolucionarios
revolucionários e e dos
dos c chefes
h e f e s de classes oou
de classes u nações p r i m i d a s em
nacoes ooprimidas em ambito
â m b i t o dasdas ccoordenadas hist6ricas das
o o r d e n a d a s históricas sociedades eem
das sociedades m questao,
questão,
luta
luta pela libertacao, DDurante
sua libertação.
pela sua urante a vida ddos
a vida grandes revoluciona­
o s grandes revolucioná- numa
n uma d determinada
e t e r m i n a d a etapa evolui;ao eeconomica
eta pa ddaa evolução c o n ó m i c a ee p o l í[tica
pol t i c a da hu­
da hu-
rios, as
rios, as classes opressoras rrecompensam­­nos
classes opressoras ecompensam-nos c com incessantes per­
o m incessantes per- manidade.
m anidade.
seguiyoes:
seguições: a acolhem
c o l h e m as suas ddoutrinas
as suas outrinas c o m um
com u m ffuror selvagem,
u r o r selvagem, Nao
N ha nno
ã o há entanto
o e lugar para
n t a n t o lugar confusdes, LLenine
para confusões. e n i n e demonstrou
demonstrou
com
com u um m ó e n a z , com
d i o ttenaz,
6dio c o m asas mais intensas ccampanhas
mais intensas a m p a n h a s de de mentiras
mentiras que oo império
que romano, por
imperio romano, par eexemplo,
x e m p l o , nãonao ée aa m e s m a realidade
mesma realidade
ee calunias. D e p o i s da
calúnias. Depois sua morte,
da sua t e n t a m fazer
m o r t e , tentam deles (cones
fazer deles ícones ino­ ino- hist6rica qque
histórica ue oo império britiinico, eembora
irnperio britânico, mbora a m b o s ttenham
ambos enham e em co­
m co-
fensivos, ccanonizam­nos,
fensivos, a n o n i z a m - n o s , porpar assim assim dizer,dizer, rrodeando
odeando o seu name
o seu nome mum
m um o u e parece
o qque parece ser,ser, aate agora, uuma
t é agora, necessidade ou
m a necessidade m a cons­
ou uuma cons-
c o m uma
com uma certa aureola aa ffim
certa auréola i m de c o n s o l a r " as
de ""consoler" as classes
classes o ouu as na­
as na- tante
tante nas entre as
relayoes entre
nas relações as ssociedades
ociedades h humanas:
umanas: a tentativa oou
a tentativa u oo
yoes
ções o oprimidas
primidas e e de
de as as m i s t i f i c a r ; ffazendo­o,
mistificar; azendo-o, e esvaziam
svaziam a a doutrina
doutrina exito
ê do ddominio
x i t o do omínio p politico
olítico e x p l o r a ç ã o eeconomica
e ddaa eexploracao de ccertos
c o n ó m i c a de ertos
revolucionaria
revolucionária do do seu conteudo, ddepreciam­na
seu conteúdo, epreciam-na e e destr6em­lhe
destróem-lhe a a povos oou
povos u nações por EEstados
nacdes por estrangeiros oau,
s t a d o s estrangeiros u, oo qque
ue v vem
em a dar no
a dar no
ftorca revolucionaria. éE nessa
o r ç a revolucionária, nessa fforma o r m a de de ""arranjar"
arranjar" o e n i n i s m o que
o lleninismo que mesmo,
m e s m o , por dirigentes estrangeiras.
classes dirigentes
par classes estrangeiras.
hoje coincidem
hoje coincidem a burguesia ee os
a burguesia os o oportunistas, do movimen­
a n t o do
p o r t u n i s t a s , ttanto movimen- E evidente
É evidente que Magno nao
C a r l o s Magno
q u e Carlos não foifoi nem podia ser
n e m podia César ou
ser Cesar ou
to operario
to operário c coma
o m o do do m o v i m e n t o de
movimento libertai;ao nnacional.
de libertação a c i o n a l . Esque­
Esque- Atila,
Á mas ée aainda
t i l a , mas mais eevidente
i n d a mais vidente q queue q qualquer
ualquer c chefe
h e f e dede EEstado
stado
ccem,e m , amordacam,
amordaçam, a alteram
lteram o o lado lado revclucionario
revolucionário da da ddoutrina,
outrina, a a imperialista não
imperialista nao é, e, nneme m pode ser, oo G
pode ser, Gana
a n a do m p é r i o aafricano
do iirnperio f r i c a n o que
que
sua
sua a alma revolucionaria. C
l m a revolucionária. Colocam
olocam e em
m p r i m e i r o piano
primeiro plano e e exaltam
exaltam ttern
em o seu nname,
o seu ome, n nem
em u umm iimperador
m p e r a d o r dada ffamilia
amília d dos Ming, nem
o s Ming, nem
oo que que e é ou parece ser
ou parece aceitável, mesmo
ser aceitavel, m e s m o conveniente, para aa bur­
c o n v e n i e n t e , para bur-
um
u m C Cortez,
ortez, cconquistador das A
o n q u i s t a d o r das Americas, nem oo cczar
m é r i c a s , nem das Rússias.
z a r das Russias.
guesia e
guesia para oo imperialismo.
e para imperialismo.
Da
Da m mesma
esma m maneira
aneira e pelas m
e pelas mesmas razoes, os
e s m a s razões, a n c o s ee os
os bbancos os mono­
mono-
O deve ja
leitor deve
O leitor ter notado
já ter que o
n o t a d o que q u e acaba
o que d e ler
a c a b a de é a para·
ler ea pará- p61ios imperialistas
pólios imperialistas não nao são as antigas
sao as associacfies dos
antigas associações dos ccomercian­
omercian-
frase de
frase parte de
de parte de u uma lapidar afirmai;ao
m a lapidar a f i r m a ç ã o dede LLenine referente aa
e n i n e referente tes de
tes de VVeneza
eneza o ouu a i g a Hanseatica,
a LLiga Hanseática.
Marx. Modificamos
Marx. Modificamos o oss nnames
omes e e aadaptamos
daptamos o discurso àii realidade
o discurso realidade Lenine
L enine d demonstrou
emonstrou q que
ue a luta de
a luta libertai;ao ccontra
de libertação ontra o o domi­
domí-
essencial
essencial da hist6ria dos
da história nossos dias:
dos nossos dias: aa luta luta de vida oou
de vida de morte
u de morte nio
nio dede uuma ma a aristocracia militar (tribal
r i s t o c r a c i a militar (tribal ou ou éetnica),
tnica), c contra
ontra o o domi­
domí-
contra
contra o m p e r i a l i s m o . Temos
o iimperialismo. T e m o s dede admitir
admitir q que
ue oo discurso
discurso se se adapts
adapta nio feudal ee m
nio feudal mesmo
esmo c contra
ontra o o ddominio
o m í n i o capitalista estrangeiro do
capitalista estrangeiro do
perfeitamente
p e r f e i t a m e n t e ao ao ppr6prio
róprio L Lenine,
enine, e emm especial u a n d o cconside­
especial qquando onside- ttempo
e m p o do do ccapitalismo
a p i t a l i s m o dede livre concorrencia, não
livre concorrência, nao éeaa m mesma reali­
e s m a reali-
ramos o
ramos que ele
o que escreveu sobre
ele escreveu sabre oo iimperialismo
mperialismo e e aa luta
luta c ontra o
contra o dade hist6rica que
dade histórica que aa luta luta de libertacao nnacional
de libertação acional c contra
ontra o o imperia­
imperia-
d o m í n i o imperialista.
dominio imperialista. lismo, ccontra
lismo, ontra o o ddominio
omínio e c o n ó m i c o ee p
econernico politico
olítico d o s monop61ios,
dos monopólios,
Sem
S e m ter pretensao oou
ter aa pretensão u a audacia de
a audácia restebetecer aa
querer restabelecer
de querer do i n a n c e i r o , aatuando
a p i t a l i s m o ffinanceiro,
do ccapitalismo tuando s sob
ob a a fforma
o r m a dodo ccolonialismo,
olonialismo,
doutrina
d o u t r i n a dede LLenine acerca ddo
e n i n e acerca o movimento
movimento de tibertecso nacional,
de libertação nacional, do nneocolonialismo.
do eocolonialismo. T o r n o u - s e ee deve
Tornou­se deve ser ser eevidente para todos
v i d e n t e para todos
gostadamos,
gostaríamos, no no entanto, de eevocar
e n t a n t o , de vocar d a s p e c t o s que
e t e r m i n a d o s aspectos
determinados que hoje qque
hoje ue o o aaparecimento
parecimento d doo iimperialismo
mperialismo o operou
perou u m a transfer­
uma transfor-
nos
nos p a r e c e m iimportantes,
parecem mportantes, p principalmente para os
r i n c i p a l m e n t e para q u e llu
os que t a m pela
utam pela mai;ao
mação p profunda
rofunda e irreversivel no
e irreversível no m movimento
ovimento d dee libertacao
libertação n nacio­
acio-
tibertacao
libertação e progresso dos
e oo progresso d o s seus povos.
seus povos. nal, definindo­se este
nal, definindo-se este ccomaomo a resistencia nnatural
a resistência atural e necessaria ao
e necessária ao

Lenine
Lenine d demonstrou
e m o n s t r o u de de fforma
orma m muito clara qque
u i t o clara ue o o movimento
movimento
d o m í n i o imperialista.
dominio imperialista.

de libertacao nnacional,
de libertação acional, q que
ue a d q u i r i u forca
adquiriu desde oo ccomeeo
f o r ç a desde omeço d do se­
o sé-
Definindo
D e f i n i n d o as caracteristicas internas
as características internas ee eexternas do iimperia-
x t e r n a s do mperia­
nfio ée um lismo — estado ssupremo
­ estado do capitalismo, resultado da da cconcentra­
lismo upremo d o c a p i t a l i s m o , resultado oncentra-
culo,
c u l o , não um fatofato novonova na hist6ria. E
na história. Emm todos
todos o oss continentes,
continentes,
e m epocas
em épocas mais mais oou u m e c u a d a s , houve,
e n o s rrecuadas,
menos nao aapenas
h o u v e , não luta de
p e n a s luta Ii·
de li-
yao do
ção capital ffinanceiro
do capital inanceiro e em algumas eempresas
m algumas m p r e s a s dede uuma meia ddu­
m a meia ú-
zia
zia de paises, ddominio
de países, insaciavel ddos
o m í n i o insaciável os m monop61ios
onopólios — e n i n e cca­
­ LLenine a-

48
48
49
rracterizou
acterizou s simultaneamente
i m u l t a n e a m e n t e as as transformações
transforrnacdes irreversíveis
irreversiveis opera­
opera- livre concorrência
livre coneorrencia sese salda geralmente pela
salda geralmente pela vitória
vitoria ddo
o primeiro,
primeiro,
das no conteudo e na forma do movimento de libertacao nnacio­
das no c o n t e ú d o e na f o r m a d o m o v i m e n t o de libertação acio- isto é,
isto e, do
do imperialismo.
imperialismo.
nnal, do qqual
a l , do ual p previu,
r e v i u , ccientificamente,
i e n t i f i c a m e n t e , aa linha
linha geral
geral de
de evolucao.
evolução.
�mos pois
'Ceemos pois de de verificar
verificar qque ue L Lenine
e n i n e ttinha
i n h a rrazao:
azão: o o capitalis-
capitalis­
Cabe
C abe a a LLenine
enine o om merito
érito d dee terter revelado,
revelado, ee m mesmo previsto, as
e s m o previsto, as mo
m o ccriouriou o o iimperialismo
mperialismo e e ccriou
riou s simultaneamente
i m u l t a n e a m e n t e os os elementos
elementos
realidades essenciais da luta dos nossos dias, pois foi ateé ao
realidades essenciais da luta
imperialista ee da
d o s nossos dias, pois foi a t ao furido
fundo
propicios
p a
r o p í c i o s à sua sua destruição.
destruicao. O 0 iimperialismo
mperialismo m matou
a t o u ee c continua
ontinua a a
na análise
na analise ddo fato imperialista
o fato da luta
luta geral
geral ccontraontra o o imperialismo.
imperialismo.
matar oo ccapitalismo.
matar apitalismo. C Com
o m eefeito, f e i t o , as as transformações
transforrnaedes profundas profundas
Na ssua
Na u a ccritica geral, LLenine
r í t i c a geral, esclareceu oo caráter
e n i n e esclareceu carater essencial­essencial-
realizadas nas
realizadas nas relações
rela,iies de de forças
forcas nno o â ambito
mbito d daa livre
livre concorrencia
concorrência
mente econornico do imperialismo, estudou as suas caracteristi·
m e n t e e c o n ó m i c o do i m p e r i a l i s m o , e s t u d o u as suas característi-
levaram aos
levaram aos monopólios, a
monopotios, à aacumulaeao gigantesca ddo
c u m u l a ç ã o gigantesca capital fi­
o capital fi-
cas internas
cas internas ee eexternas x t e r n a s ee as as suas
suas implicações
implicaedes económicas, econornicas, politicas políticas
nanceiro privado
nanceiro privado nno interior de
o interior de ccertos paises e,
e r t o s países e, ccomo
o m o consequen­
consequên-
ee sociais,
sociais, ttanto anto d dentro
e n t r o ccomo o m o ffora o r a do do m mundo
u n d o ccapitalista.
a p i t a l i s t a . PôsPos em em
cia disso,
cia disso, aao o d dominio
omínio p politico destes pelos
o l í t i c o destes pelos m monop61ios,
onopólios, o o qque os
u e os
relevo as
relevo as forças
torcas ee as as ffraquezas
r a q u e z a s dessadessa nova nova realidade
realidade qque u e ée o o impe­
impe- ttransformou
r a n s f o r m o u eem palses imperialistas. Esta nova situacao esta na
m países imperialistas. E s t a nova situação está na
rialismo (quase
rialismo (quase da da sua sua iidadel,dade), q que abriu novas
u e abriu perspectivas àii evo-
novas perspectivas evo­ origem de
origem de uuma m a ccontrontacso
onfrontação p permanente,
e r m a n e n t e , abertaaberta ou, ou não,nao, "pacf­
"pací-
lu,ao da humanidade.
lução da h u m a n i d a d e . ffica"
i c a ' ' ouou não, nao, entre
entre ooss países
paises imperialistas
imperialistas qque ue p procuram novos
r o c u r a m novos
SSituando
i t u a n d o ggeograficamente
eograficamente o o ffenorneno imperialista no
e n ó m e n o imperialista no inte­
inte- eequilibrios
q u i l í b r i o s nana relação
relacso de de forças,
forcas, eem m ffun,;;ao
u n ç ã o do do grau
grau relativo
relative de de
rior dduma
rior u m a parteparte bem bem ddefinida e f i n i d a do do m mundo;
u n d o ; ddistinguindo
i s t i n g u i n d o oo fator fator ddesenvolvimento
e s e n v o l v i m e n t o das das forças
torcas pprodutivas
r o d u t i v a s ee da da necessidade
necessidade ccrescente rescente
eeconomico
c o n ó m i c o das das suas suas implicações
implicacdes políticas politicas oou politico­sociais, sem
u político-sociais, sem tanto de
tanto de oobter rnaterias­prirnas ccoma
b t e r matérias-primas o m o de de cconquistar
onquistar m mercados,
e r c a d o s , is·
is-
esquecer
esquecer as
as relacces
relações de
de dependsncia
dependência dinarnica
d i n â m i c a entreentre esses esses dois dois to é,
to e, da da realização
realizacso jnsaciável
.l_nsaciavel de de mais-valia
mais­valia oou u dede rrendimento para
e n d i m e n t o para
aspectos de
aspectos de uum m m mesmo
e s m o ftenorneno:
e n ó m e n o ; ee ccaracterizando
a r a c t e r i z a n d o as as relações
relacfies do do oo capital
capital financeiro_J
financeiroj)
m p e r i a l i s m o ccom
iimperialismo o m oo resto resto do mundo, Ler ;ne situou objetivamen­
d o m u n d o , L e r n e s i t u o u o b j e t i v a m e n-
Com
C o m base base nnuma analise ttao
u m a análise lucida ee realista,
ã o lúcida realista, era era nnormal
o r m a l que
que
tete tanto o imperialismo como a luta de libertacao nacional nas
t a n t o o i m p e r i a l i s m o c o m o a luta de libertação n a c i o n a l nas
LLenine extraisse conclusões
e n i n e extraísse conclusiies iimportantes para oo ddesenvolvimento
m p o r t a n t e s para esenvolvimento
suas verdadeiras
suas verdadeiras ccoordenadas o o r d e n a d a s históricas.histcricas. EEstabeleceu s t a b e l e c e u aassim, s s i m , de de ulterior da
ulterior da luta luta ccontra
o n t r a oo iimperialismo.
mperialismo. E Entre essas conclusões,
n t r e essas conclusiies,
fforma
o r m a ddefinitiva,
e f i n i t i v a , aa diferença
diferenca ee as as ligações
liga,iies ffundamentais
u n d a m e n t a i s entre entre oo
iimperialismo
m p e r i a l i s m o ee oo ddominio
estas pparecem­nos
estas a r e c e m - n o s eextremamente
x t r e m a m e n t e ricasricas eem m consequencias:
consequências:
imperialista.
o m í n i o imperialista.
- AA aacumutaeao
— c u m u l a ç ã o ddesenfreada
e s e n f r e a d a ddo capital ffinanceiro
o capital i n a n c e i r o ee aa v vito­
itó-
A analise dde
A análise e LLenine revela­se desta
e n i n e revela-se desta fforma o r m a ccomo o m o uum m eencora­
ncora-
ria ddos
ria os m mpnop61ios
o n o p ó l i o s coma
c o m o fase
fase úultirna
l t i m a da
d a apropriacao
a p r o p r i a ç ã o privada
privada dos
d os
jjamento realista ee uuma
a m e n t o realista m a aarma r m a ppoderosao d e r o s a para para oo ddesenvolvimento
esenvolvimento
meios de
meios de pproducao
rodução — ­ ccomo m oo agravamento
agravamento dda a ccontradicao
o n t r a d i ç ã o entre
entre
ulterior ee multilateral
ulterior multilateral do do m movimento
o v i m e n t o nnacional ljbertador. EE neces-
a c i o n a l libertador. neces· essa aapropriacao
essa p r o p r i a ç ã o ee oo caráter
carater socialsocial do do ttrabalho
r a b a l h o pprodutivo
rodutivo — ­ cria-
cria­
sário, no e n t a n t o , notar q u e esta análise vai a i n d a mais longe na
sario, no entanto, notar que esta analise vai ainda mais longe na
contribuicao que fornece a evolucao desse mesmo movimento.
c o n t r i b u i ç ã o q u e f o r n e c e à evolução desse m e s m o m o v i m e n t o . ram as
ram as condições
condicdes propícias a
propicias à revolução, revotucso, qque progressivamente
u e progressivamente
acabara ccom
acabará o m oo regime regime capitalista,
capitalista, aatualmente representado pelo
t u a l m e n t e representado pelo
CCom
o m eefeito, se ppodemos
f e i t o , se o d e m o s ddizer i z e r qque
ue M Marx,
a r x , pprincipalmente na
r i n c i p a l m e n t e na iimperialismo.
mperialismo.
sua obra
sua obra pprincipal
rincipal — ­ O0 Capital Capital —, r o c e d e u àii aanatomia
­, pprocedeu n a t o m i a ou ou àa ana-
ana­ ­ ÉE possível,
— possivel, necessário
necessario ee urgente urgente ffazer a z e r aa revolução,
revolu,;ao, se se nãonao
ttomia patoloqica do
o m i a patológica do ccapitalismo,
a p i t a l i s m o , aa oobra b r a de de LLenine referente ao
e n i n e referente ao eem varios países,
m vários paises, pelo pelo m menos
e n o s nnum,u m , pprincipalmente
r i n c i p a l m e n t e nono momenta
momento
m p e r i a l i s m o ppode
iimperialismo o d e serser considerada como a pre-eutopsie do
c o n s i d e r a d a c o m o a pré-autópsia do capi-
capi­ eemm que que aa agressividade
agressividade característica
caracteristica ddo o iimperialismo se manifes-
m p e r i a l i s m o se manifes­
ttalismo
alismo m moribundo.
oribundo. N Nao ã o ée exagerado
exagerado aafirmar f i r m a r qque,
u e , parapara ele, ele, aa par-
par­ ta nnuma
ta guerra entre
u m a guerra entre ooss paísespaises capitalistas
caprtalistas para para uuma nova partilha
m a nova partilha
tir do
tir do m momenta
o m e n t o eem m que que oo ddominio o m í n i o eeconomico
c o n ó m i c o ee ppolitico o l í t i c o ddo capi­
o capi- do m
do mundo (Primeira GGuerra
u n d o (Primeira u e r r a Mundial).
Mundial).
tal ffinanceiro
tal i n a n c e i r o (dos (dos m monopotiosl
o n o p ó l i o s ) se se cconsolidou
o n s o l i d o u em em algunsalguns países paises ee ­ AA criação
— cria,;ao de de uum m EEstado socialista desferirá
s t a d o socialista desferira uum golpe deci-
m golpe deci­
sese concretizou no exterior desses paises pelo movimento de
c o n c r e t i z o u no e x t e r i o r desses países pelo m o v i m e n t o de par-
par­ sivo nno
sivo o iimperialismo
m p e r i a l i s m o ee abrirá
abrira novas novas perspectivas
perspectivas ao ao desenvolvi-
desenvolvi·
tilha do
tilha do m mundo, s p e c i a l m e n t e eem
u n d o , eespecialmente m Á Africa,
f r i c a , ccomo m oo m monopolio das
o n o p ó l i o das mmento
e n t o dodo m movimento
o v i m e n t o ooperario
p e r á r i o iinternacional
n t e r n a c i o n a l ee do do m movimento de
o v i m e n t o de
colonies —
colónias ­ oo ccapitalismo,
a p i t a l i s m o , tal tal ccomo o m o se se definira
definira anteriormente,
anteriormente, liberta,;ao nnacional.
libertação acional.
ttransformou­se
r a n s f o r m o u - s e nnum u m ccorpoo r p o eem m p putrefacao.
utrefação. ­£ possivel uuma
— É possível m a nnova o v a ccontrontaeao
o n f r o n t a ç ã o aarmada entre os
r m a d a entre os EEsta·
sta-
UUmm eestudo,studo, m mesmo
e s m o ssuperficial, da história
u p e r f i c i a l , da historia eeconcmica
c o n ó m i c a ccon· on- dos imperialistas-capitalistas,
dos imperialistas­capitalistas, pois pois aa hipótese
hip6tese ddo ultra­imperialis­
o ultra-imperialis-
tternporanea
e m p o r â n e a dos dos principais
principais países paises capitalistas
capitalistas (talvez (talvez mmesmo e s m o ddos
os mmo o oau u ssuper·imperialismo,
u p e r - i m p e r i a l i s m o , qque resolveria as
u e resolveria as contradições
contradicfies eentre n t r e oos
s
m menos
e n o s iimportantes),
m p o r t a n t e s ) , revelarevela qque u e aa lutaluta ttenaz
e n a z eentre
n t r e oo capital
capital ffinan·
inan- EEstados imperialistas ""e
s t a d o s imperialistas é ttao
ã o uutopica
t ó p i c a ccoma
o m o aa da da uultra­agricultura".
ltra-agricultura".
ceiro ((representado
ceiro r e p r e s e n t a d o pelospelos m monop61ios
o n o p ó l i o s ee oos s bbancos)
a n c o s ) ee oo capitalcapital dede EEssa
s s a cconfronta,ao enfraquecera inevitavelmente
o n f r o n t a ç ã o enfraquecerá inevitavelmente oo iimperialismo mperialismo

50
50 51
51
(Segunda G
(Segunda Guerra
uerra M Mundial).
u n d i a l ) . Criar­se­ao
Criar-se ão assim assim condições
condicdes m mais
a i s favo­
favo-
ravels para
ráveis para oo desenvolvimento
d e s e n v o l v i m e n t o dasdas forçasforeas ccujo destine histórico
u j o destino hist6rico ée
destruir oo iimperialismo:
destruir instala�o do
m p e r i a l i s m o : instalação do poder
poder socialista
socialista eem m n novas
ovos Capitulo V
Capítulo V
paises,
países, rreforco do m
e f o r ç o do movimento
ovimento o operario
p e r á r i o iinternacional
nternacional e e ddo o movi­
movi-
mento
m e n t o dede libertação
libertacao nnacional. acional.

na
na são
—­O Oss povos
povos ooprimidos
sao nnecessariamente
ecessariamente c
primidos d
chamados
daa ÁAfrica,
hamados a
da Ásia
f r i c a , da Asia ee ddaa AAmerica
a ddesempenhar
esempenhar u um
mérica L
m papel papel deci-
Lati­
ati-
deci­
A cultura
A cultura nacional
nacional
sive na
sivo na lutaluta pelapela liquidação
liquidacao ddo sistema imperialista
o sistema imperialista m mundial,
u n d i a l , de
de
qque sao as
u e são as principais
principais vitimas. vítimas.
Estas
E conclusdes de
s t a s conclusões de Lenine,
Lenine, e explicita
xplícita o ou
u implicitamente
implicitamente
ccontidas
o n t i d a s na na sua
sua o obra consagrada ao
b r a consagrada ao iimperialismo
mperialismo e e confirmadas
confirmadas
pelos fatos
pelos fatos da da hist6ria
história ccontemporiinea,
o n t e m p o r â n e a , são sao mais
mais u uma notavel con­
m a notável con-
ttribuieso
r i b u i ç ã o para para oo ppensamento
ensamento e e para
para aa a�o ação do do m movimento
o v i m e n t o de de Am
A m í lilcar
car CCabral
abral
libertacso,
libertação.
Sendo
S e n d o marxista
marxista o ouu nnao,ã o , leninista
leninista ou ou nnii'o, e
ão, é d dificil
i f í c i l aa alquem
alguém
nao rreconhecer
não econhecer a a validade,
validade, m mesmo
esmo o o caráter
carater genial
genial da da análise
analise ee
das conclusões
das conclus6es de de LLenine,
enine, q que
u e se revelam de
se revelam de uum m aalcance
l c a n c e hist6rico
histórico I. Ll.ibertaeao
I. nacional
ibertação n e cultura
acional e cultura
iimenso,
m e n s o , iiluminando
luminando c com
om u uma
m a claridade
c l a r i d a d e ffecunda
ecunda o o ccaminho
aminho q quan­
uan-
tas
tas vezesvezes eespinhosospinhoso e e mmesmo
esmo s sombrio
ombrio d dos
o s povos
povos q queu e se se batem
batem Estamos
E stamos m muito felizes por
u i t o felizes par ppoder participar nesta
o d e r participar nesta cerirnonia
cerimónia
pela
pela sua libertacao total
s u a libertação total do do ddominio
o m í n i o imperialista.
imperialista. realizada eem
realizada m h homenagem
o m e n a g e m ao ao nosso
nosso companheiro
c o m p a n h e i r o de de luta
luta ee dignodigno
ffilho,
ilho, o o ssaudoso
audoso D Dr.
r. E Eduardo
duardo M Mondlane, antigo Presidente
o n d l a n e , antigo Presidente da da
Frelimo,
F relimo, c covardemente assassinado pelos
o v a r d e m e n t e assassinado pelos ccolonialistas
o l o n i a l i s t a s portugue­
portugue-
ses ee pelos
ses pelos seus seus aliados
aliados eem m 3 3 ddee FFevereiro
evereiro d dee 11969, 9 6 9 , eemm Dar­Es­
Dar-Es-
SSalaam.
alaam.
QQueremos
u e r e m o s agradecer a
agradecer à UUniversidade n i v e r s i d a d e de de SSiracusa
i r a c u s a ee,, p particu­
articu-
llarmente,
a r m e n t e , aoao Programa
Programa ddee EEstudos sabre aa Á
s t u d o s sobre Africa
f r i c a dede LLeste,
e s t e , diri­
diri-
gido pelo
gido pelo eerudite professor Marshall
r u d i t o professor Marshall Segall, Segall, esta esta iniciativa.
iniciativa. EE uma uma
prova não
prova nao apenas
apenas do do respeito
respeito ee da da aadmira�o
dmiração q queu e ssentem
entem e em rela­
m rela-
ção a
�o à inesquecível
inesquecivel ppersonalidadeersonalidade d doo D Dr.r. E Eduardo
duardo M Mondlane,
o n d l a n e , mas
mas
ttambem
a m b é m da da solidariedade
solidariedade para para ccom om a a lutaluta heróicaher6ica do do povo povo
-tf. mocambicano
m o ç a m b i c a n o ee de de ttodos
odos o oss povos
povos da da ÁAfrica pela libertação
f r i c a pela liberta�o na- na­
ccional
ional e eo o progresso.
progresso.
Ao
A aceitar oo vosso
o aceitar vosso cconvite
onvite — ­ qque ue c consideramos dirigido ao
o n s i d e r a m o s dirigido ao
nosso povo
nosso povo ee aos aos nossosnossos ccombatentes
ombatentes — ­ qquisemos
uisemos u uma
m a vez vez m mais
ais
ddemonstrar
emonstrar a a nossa
nossa aamizademizade m militante
ilitante e e aa nossa
nossa solidariedade
solidariedade ao ao
povo de
povo de M Mocambique
oçambique e e ao ao seu
seu bbem­amado
em-amado c chefe,
hefe, o o DDr.r. E Eduardo
duardo
Mondlane,
M ao qqual
o n d l a n e , ao ual e estivemos ligados por
s t i v e m o s ligados par laçoslaces ffundamentais
u n d a m e n t a i s nana
luta ccomum
luta omum c contra
ontra o o mais
mais rretrograde
etrógrado c colonialismo,
olonialismo, o o ccolonialis­
olonialis-
mo
m portugues, A
o português. A nossa
nossa aamizade
mizade e eaa nossa
nossa solidariedade
solidariedade são sao tanto
tanto
mais sinceras
mais sinceras qquanta uanto n nem
em s sempre
e m p r e estivemos
e s t i v e m o s de de aacordo
cordo c comom o o
nosso ccamarada
nosso amarada E Eduardo
duardo M Mondlane,
o n d l a n e , cujacuja m morte
o r t e ffoi, alias, uma
o i , aliás, uma
perda ttambem
perda a m b é m para para oo nossonosso povo. povo.
Outros
O utros o oradores ja ttracararn
r a d o r e s já raçaram oo retrato
retrato ee ffizeram
izeram oo elogio
elogio
(Os
( O s destaques
destaques em
e m claro sao de
claro são d e Carlos
C a r l o s Comitini).
Comitini).
bem
b merecido
em m do D
e r e c i d o do Dr. Eduardo
r. E duardo MMondlane.
ondlane. QOuerlamos
ueríamos a apenas
p e n a s rea­
rea-

52
52 53
53
i r m a r aa nossa
· ffirmar nossa aadmirai;aod m i r a ç ã o pela pela figura figura de de aafricano patriota ee de
f r i c a n o patriota de gresso o v o s aafricanos
dos ppovos
gresso dos fricanos d daa iimportiincia
m p o r t â n c i a decisiva deste proble­
decisiva deste proble-
eeminente
minente h homem
o m e m de de cculturaultura q queu e ele ele ffoi. oi. Q u e r e r í a m o s igualmente
Ouereriamos igualmente ma nno
ma o processo e r e m o s rrendido
t a , tteremos
processo ddaa lluuta, endido u uma significativa home­
m a significativa home-
f i r m a r qque
aafirmar ue o o grande
grande m rnertto
é r i t o de de EEduardo duardo M Mondlane
o n d l a n e não nao foi foi aa suasua nagem d u a r d o Mondlane.
nagem aa EEduardo Mondlane.
decisiio de
decisão lutar pelo
de lutar pelo seu seu ppovo, o v o , mas mas sim sim de de ter sabido integrar-se
ter sabido integrar­se
na realidade do
na realidade do seu seu país, identificar­se ccom
pars, identificar-se om o o seuseu povo povo ee aacultu­ cultu-
rar­se pela luta que dirigiu com coragem, inteliqencia e deter­
rar-se pela luta que dirigiu c o m c o r a g e m , inteligência e deter- UUM CRUEL
M C RUEL D E M A PPARA
DII LLEMA O CCOLONIALISMO:
ARA O OLONIALISMO:
m i n a ç ã o . LLIQUIDAR
IQUIDAR O U ASSIMILAR?
OU ASSIMILAR?
rninacao.
EEduardo
duardo C Chivambo
hivambo M o n d l a n e , hhomem
Mondlane, o m e m aafricanof r i c a n o originario
originário
Ouando
Q uando G Goebbels, cerebro dda
o e b b e l s , oo cérebro propaganda nnazi,
a propaganda a z i , ouvia falar
ouvia falar
de um meio rural, filho de camponeses e de um chefe
de u m meio r u r a l , filho de c a m p o n e s e s e de u m c h e f e tribal,
tribal,
ddee ccultura, m p u n h a v a aa ppistola.
u l t u r a , eempunhava lsso ddemonstra
i s t o l a . Isso e m o n s t r a qqueu e oos nazis —
s nazis ­
crianca educada par missionaries, aluno negro das escolas brancas
criança e d u c a d a por missionários, a l u n o negro das escolas b r ancas
o r a m ee são
u e fforam
qque axpressao mais
sao aa expressão tragica ddo
mais trágica o iimperialismo da
m p e r i a l i s m o ee d a
do M
do o ç a m b i q u e ccolonial,
Mocambique estudante universitário
o l o n i a l , estudante umversitario na racista Africa
na racista África
sede de
sede de ddominio
omínio — ­ m mesmo e n d o ttodos
e s m o ssendo a r a d o s ccoma
o d o s ttarados Hitler,
o m o Hitler,
do SSul,
'do u l , aauxiliado
u x i l i a d o na na jjuventude
u v e n t u d e por por uuma u n d a ç ã o aamericana,
m a ffundai;ao m e r i c a n a , bol- bol­ i n h a m uuma
ttinham m a clara noi;ao do
clara noção valor dda
do valor u l t u r a ccomo
a ccultura a t o r dde
o m o ffator resis­
e resis-
sista de uma Universidade dos Estados Unidos, ddoutor
sista de u m a U n i v e r s i d a d e d o s E s t a d o s U n i d o s , o u t o r pela pela tencia ao dominio estrangeiro.
tência ao d o m í n i o estrangeiro. ·
NNorthwestern
orthwestern U n i v e r s i t y , aalto
University, l t o ffuncionario
u n c i o n á r i o das das Nações Na9oes UUnidas, nidas,
AA história n s i n a - n o s qque,
historia eensina­nos u e , eem m ddeterminadas circunstancias,
e t e r m i n a d a s circunstâncias,
professor na
professor na UUniversidade
n i v e r s i d a d e de
Libertai;ao de Mo9ambique, caido coma combatente pela liber·
Libertação de M o ç a m b i q u e
de SSiracusa,
, c a í d o c o m o
presidente dda
i r a c u s a , presidente
c o m b a t e n t e
a FFrenterente d
pela
dee
liber- e facil aao
é fácil estrangeiro iimpor
o estrangeiro m p o r oo seu o m í n i o aa uum
seu ddominio m ppovo.
o v o . Mas ensi­
Mas ensi-
na-se igualmente qque,
na­se igualmente sejam quais
u e , sejam quais fforem o r e m oos s aaspectos materiais
s p e c t o s materiais
dade do
dade do seu seu ppovo. ovo.
desse ddomfnio,
desse ele só
o m í n i o , ele s6 se pode m
se pode manter o m uuma
a n t e r ccom m a repressão perma­
repressao perma-
AA vidavida de EEduardo
d e duardo M Mondlane
o n d l a n e é, e,occom f e i t o , particularmente
o m eefeito, particularmente nente organizada da
nente ee organizada da vida vida ccultural desse m
u l t u r a l desse mesmo
e s m o ppovo, niio po-
o v o , não po­
rica de experiencias. Se considerarmos o breve periodo
rica de experiências. S e c o n s i d e r a r m s o breve p e r í o d o dduranteu r a n t e oo ddendo
e n d o garantir e f i n i t i v a m e n t e aa ssua
garantir ddefinitivamente m p l a n t a ç ã o aa não
u a iimplantacao niio ser pela
ser pela
qqual r a b a l h o u ccoma
u a l ttrabalhou o m o ooperatic estagiario nnuma
p e r á r i o estagiário u m a eexploracao
x p l o r a ç ã o agríco- agrico­ liquidação Hsica de
liquidai;ao física significativa da
parte significativa
de parte populacao ddominada.
da população ominada.
la, vverificamos
la, e r i f i c a m o s qque
as categorias
as
categorias da
u e oo seu seu cciclo i c l o de
o c i e d a d e aafricana
da ssociedade
de vida vida englobaengloba ppraticamente
r a t i c a m e n t e todas
o l o n i a l : ddo
f r i c a n a ccolonial:
todas
a m p e s i n a t o àii
o ccampesinato
C o m eefeito,
Com pegar eem
f e i t o , pegar m aarmas para ddominar
r m a s para o m i n a r uum m povo e
vo é, aaci­
ci-
" p e q u e n a b u r g u e s i a " aassimilada
mma a dde e T uud oo, pegar eem
, pegar m aarmasr m a s para e ru1r oou,
para destruir pe o m
u , pelo menos, para
e n o s , para
"pequena burguesia" s s i m i l a d a ee,, no piano ccultural,
no plano u l t u r a l , do universo
do universo n e u t r a l i z a r ee paralisar
)leqtrahzar parahsar aa ssua u a vida u l t u r a l . £E qque,
v1da ccultural. u e , eenquanto sxrs­
n q u a n t o exis-
rural aa uuma
rural u l t u r a uuniversal,
m a ccultura aberta para
n i v e r s a l , aberta para oo mmundo, u n d o , para para oos seus
s seus
t1r uuma
tir parte desse
m a parte desse povo povo qque possa ter
u e possa ter uuma m a vvida i d a ccultural, domf­
u l t u r a l , oo d omí-
problemas, para as
p r o b l e m a s , para as suas contradiedes ee perspectivas
suas contradições perspectivas dde evolui;ao.
e evolução.
nio estrangeiro
nio estrangeiro não podera estar
niio poderá seguro da
estar seguro da ssua u a pperpetuacao.
e r p e t u a ç ã o . �um
Num
m p o r t a n t e ée qque,
O iimportante u e , ddepois desse longo longo ttsajeto,i a j e t o , EEduardo
O e p o i s desse duardo
�eterminado momento,
determinado m o m e n t o , qque e p e n d e ddos
u e ddepende o s ffatore� internos ee exter-
a t o r e s internos exter­
MMondlane foi capaz de realizar o regresso a aldeia, na personalida­
o n d l a n e foi c a p a z d e realizar o regresso à aldeia? na personalida- nos qque
nos evolu o dda
e t e r m i n a m aa evolução
u e ddeterm1nam o c i e d a d e eem
a ssoc1edade m q uuestao res1s­
e s t ã o , aa resis-
de de
de de uum m ccombatente
o m b a t e n t e pela libertai;ao ee pelo
pela libertação progresso do
pelo progresso do seu seu ti!
tência r a l ( im
c u l t uura n d eestrutrvs po er aassum1r
s t r u t / v e l ) poderá s s u m i r f oormas novas (po-
r m a s novas o­
o v o , eenriquecido
ppovo, n r i q u e c i d o pelas axperiencias qquantas
pelas experiências u a n t a s vezes perturbadoras
vezes perturbadoras ,hticas, econom1cas, aarma
i i t i c a s , económicas, r m a d aas s ) para o n t e s t a r ccom
para ccontestar vigor
o m vigor o
o domi­
d o m í-
ddo o m mundo
u n d o de de hoje.hoje. DDeu e u assimassim uum m eexemplo e c u n d o : enfrentando
x e m p l o ffecundo: enfrentando nio estrange1ro.
mo estrangeiro.
todas as dificuldades fugindo as tentacdes, libertando­se dos
todas as d i f i c u l d a d e s , f u g i n d o às tentações, libertando-se dos O ideal, para
O ideal, esse ddominio,
para esse imperialista oou
o m í n i o , imperialista u nnao, seria uuma
ã o , seria ma
compromissos de alienação
c o m p r o m i s s o s de alie�ai;ao ccultural u l t u r a l (e, o r t a n t o , ppolitical,
(e, pportanto, o u bbe
o l í t i c a ) , ssou e destas alternativas:
destas alternativas:
rreencontrar
e e n c o n t r a r as suas próprias
as suas proprias rraizes,
a í z e s , identificar­se
identificar-se com
c o m o o seu
seu ppovo
o v o ­ oou
— liquidar ppraticamente
u liquidar o d a aa ppopula,;;ao
r a t i c a m e n t e ttoda o p u l a ç ã o do pais ddomi­
do país omi-
dedicar­se àa causa
ee dedicar-se causa dda libertai;ao nnacional
a libertação social. EEis
a c i o n a l ee social. i s oo qque u e os os d o , eeliminando
í aado, assim as
l i m i n a n d o assim possibilidades de
as possibilidades de uuma resistsncia cul-
m a resistência cul­
imperialistas nao lhe
imperialistas não lhe pperdoaram.
erdoaram. ural;
tural;
—­ oou u cconseguir impor­se sem
o n s e g u i r impor-se afetar aa ccultura
sem afetar u l t u r a ddo o povo do­
povo do-
EEmm vez vez de i m i t a r m o s aa pproblemas
nos llimitarmos
de nos r o b l e m a s mais mais oou u mmenos
enos mminado,
i n a d o , isto e,
isto é, hharmonizar c o n ó m i c o ee ppolitico
o m í n i o eeconomico
a r m o n i z a r oo ddominio desse
o l í t i c o desse
iimportantes da luta comum contra os colonialistas portugueses,
m p o r t a n t e s da luta c o m u m c o n t r a o s c o l o n i a l i s t a s portugueses, povo ccom
povo o m aa sua e r s o n a l i d a d e ccultural.
sua ppersonalidade ultural.
e n t r a r e m o s aa nossa
ccentraremos conferencia nnum
nossa conferência u m pproblema essencial: as
r o b l e m a essencial: rela­
as rela- primeira hipótese
• AA primeira hipotese iimplica m p l i c a oo ggenocidio
e n o c í d i o da da peoi;>ulafio in·
o p u l a ç ã o in-
ções de dependsncia ee de
9oes de dependência de rreciprocidade n t r e aa luta
e c i p r o c i d a d e eentre luta de libertai;ao
de libertação í g e n a ee I �rla
ddigena r i a uUm Vdtao qque
m vácuo u e rrouba
o u b a aoao ddom1mo estrangeuo cconteu­
o m í n i o estrangeiro onteú-
nacional e a c u l t u r a .
nacional e a cultura. d o0 ee oOb j eeto: t o : o0 p o0v o d u m i n • a d o / f t segunda n a hipóteselpo ese não n O foi01 aate té
SSe o n s e g u i r m o s cconvencer
e cconseguirmos s ccombatentes
o n v e n c e r oos o m b a t e n t e s da libertai;ao
da libertação hoje cconfirmada
hoje o n f i r m a d a pela historia A grande experiência
pela históriaj^/Tgrande experlencia da da hhumani­
umani-
o d o s oos
f r i c a n a ee ttodos
aafricana s qque se interessam
u e se interessam pela liberdade ee pelo
pela liberdade pro­
pelo pro- dade d m i t i r qque
e r m i t e aadmitir
dade ppermite u e nãõ nii tem viabilidade ppratica:
tern viabilidade r á t i c a : não pos­
niio ée pos-

54
54 55
55
sível h a r m o n i z a r o d o m í n i o e c o n ó m i c o e p o l í t i c o de u m p o v o , 'povo,
no v o , a
p a ccultura
ultura d e t e r m i n a ssimultaneamente
determina imultaneamente a hist6ria pela
a história pela iin­
n-
.seja qual t o r o grau d o seu desenvolvimefTEcT • fluência positiva o
fluencia positiva negativa qque
ouu negativa ue e exerce
x e r c e sobre evolueao das
sobre aa evolução re·
das re-
Para tugir a esta alternativa — q u e poderia ser c h a m a d a o di- la9iies eentre
lações ntre o o hhomem
omem e e oo sseu
eu m meio
eio e e eentre os hhomens
n t r e os omens o ouu ggrupos
rupos
lema da resistência cultural — o d o m í n i o c o l o n i a l imperialista humanos
h u m a n o s no seio de
no seio de uuma m a ssociedade, assim ccomo
o c i e d a d e , assim o m o entre sociedades
entre sociedades
t e n t o u criar t e o r i a s q u e , d e f i t o , n ã o p a s s a m de grosseiras f o r m u - diferentes. A
diferentes. ignorancia desse
A ignorância desse ffatoa t o poderia x p l i c a r ttanto
poderia eexplicar anto o o fra·
fra-
facões d o r a c i s m o e se t r a d u z e m , n a prática, p o r u m p e r m a n e n t e casso de
casso tentaflvas de
d1versas tentativas
de diversas de ddom1mo esttange1ro ccomo
o m í n i o estrangeiro omo o de
o de"
estado de sítio para as populações nativas, paseado n u m a d i t a d u - alguns
alguns m mov1mentos
o v i m e n t o s de l1bertat;ao nn1ic1onal.
de libertação acional. ~ ·
r*ã (ou d e m o c r a c i a ) racista. ^ ^—
E , por exemplo, ja^cajo da p r e t e n s a ( t e o t ^ d a a s l i m l l a
Vejamos
V ejamos o o qquee ue é a a libertação nacional ^fconsideremos
liberta,;:lio nacional esse
C o n s i d e r e m o s esse
ffenomeno
e n ó m e n o da h1stona no
da história no seu o n t e x t o cconfemporaneo
seu ccontexto ontemporâneo, o ouu seja,
seja,
progressiva d a s populações n a t i v a s ^ q u e n ã o passa de u m a t e n t a t i ^
liberta',iio nacional
aa libertação perante oo ddominio
n a c i o n a l perante o m í n i o imperialista.\Como
imperialista.)Como é e
v a , mais o u m e n o s v i o l e n t a , de negar a c u l t u r a d o povo e m quês-
ã o ^ O n í t i d o f r a c a s s o desta " t e o r i a " , posta e m pratica p o r a l g u -
sabido,
s a b i d o , este e,
este é, ttanto a n t o nas o r m a s ccomo
nas fformas o m o no no cconteudo, difefente ddos
o n t e ú d o , diferente os

mas potências c o l o n i a i s , entre a s q u a i s Portugal, é a prova mais(


o u t r o s ttipos
outros i p o s de de ddominio estrangeiro qque
o m í n i o estrangeiro ue o r e c e d e r a m (tribal,
o pprecederam (tribal,
aaristocrato·militar, feudal ee ccapitalista
r i s t o c r a t o - m i l i t a r , feudal apitalista d doo ttempo
empo d livre cconcor­
daa livre oncor-
evidente da s u a inviabilidade, senão m e s m o d o seu caráter desu-
m a n o . N o caso português, e m q u e .Salazar a f i r m a q u e a Áfri
rencia).
rência).
^A caracterfstica
\a principal, em qualquercomo
como principal, espécie emde qualquer especie de
não existe, atinge m e s m o o m a i s elevado grau de a b s u r d o .
E I g u a l m e n t e o caso da pretensa teoria d o apartheid', c r i a d a ,
d o m íInmo
dom i o imperialista,
rrnpena negacao do
''aee a negação do processo do povo
h ist6rico do
processo histórico povo
dominado por
dominado por meio usur a o violenta
meio daa usurpação v1olenta da l1berdade do
da liberdade ro­
do prcT
a p l i c a d a e d e s e n v o l v i d a c o m base no d o m í n i o e c o n ó m i c o e p o l i -
esenvo v1mento das
cesso dee desenvolvimento das forças pro ut,vas. ra, nnuma
for,;:as produtivas^Ora, u m a dada
dada
t i c o d o povo da Á f r i c a A u s t r a l p o r u m a m i n o r i a racista c o m
ssoci
o c i e d aad ee,, o ruve dee d eesenvo
o nível s e n v o l vimento
v i m e n t o das orcas pprodutivas
as torças rodutivas e e oo
t o d o s o s c r i m e s d e l e s a - h u m a n i d a d e q u e isso c o m p o r t a , A prática
regime de
regime de uutiliza,.ao social dessas
t i l i z a ç ã o social (regime de
foreas (regime
dessas forças de propriedade)
propriedade)
d o apartheid t r a d u z - s e p o r u m a e x p l o r a ç ã o desenfreada da f o r c a "
de t r a b a l h o d a s massas a f r i c a n a s , e n c a r c e r a d a s e r e p r i m i d a s no
determinam
d eterminam o o modo
modo de produciio. Q
de produção. Ouanto
uanto a modo de
nos, oo modo
a nós, pro­
de pro-
ducao,
d cujas ccontradicoes
u ç ã o , cujas manifestam com
o n t r a d i ç õ e s se manifestam maior ou
com maior menor
ou menor
mais c í n i c o e mais vasto c a m p o de concentração q u e a h u m a n a
.dade j a m a i s conhecêTT
intensidade por
intensidade por meio meio da luta de
da luta e
de classes, é o fator principal da
fator principal
hist6ria de
história cada conjunto
de cada conjunto humano, humano, sendo sendo oo nível das forças
n(vel das pro·
torcas pro-
1

dutivas verdadeira e permanente


dutivas a verdadeira permanente força motriz da hhist6ria.
force motriz istória.

\O N A C I O N A L , A T O D E C U L T U R f a
OO nível das forças
nivel das r o d u t i v a s iindica,
forcas pprodutivas ndica, e em a d a ssociedade,
m ccada ociedade, e emm
cada cconjunto
cada onjunto h o n s i d e r a d o ccomo
u m a n o cconsiderado
humano omo u umm ttodo
odo e emm rnovi­
movi-
mento,
m ento, o estado eem
o estado mq que se eencontra
u e se essa ssociedade
n c o n t r a essa ociedade e e ccada
ada u m dos
um dos
/ ^ J E s t e s fatos d ã o b e m a m e d i d a d o d r a m a d o d o m í n i o estran-
seus o m p o n e n t e s fface
seus ccomponentes ace à n a
natureza,
atureza, a sua ccapacidade
a sua a p a c i d a d e de agir oouu ddee
de agir
geiro p e r a n t e a realidade c u l t u r a l d o povo d o m i n a d o . D e m o n s -
t r a m igualmente af í n t i m a ligação, de dependência e reciprócida- reagir cconscientemente
reagir onscientemente e emm relação a
a t u r e z a . Ilndica
rela,.ao à nnatureza. ndica e e ccondicio­
ondicio-
*cre, q u e e x i s t e e n t r e o fato cu/turaTe o fato económico (e p o l í - na oo ttipo
na i p o de retacdes materiais
de relações (expressas objetiva
materiais (expressas subjetiva­
objetiva oouu subjetiva-
ptico) n o c o m p o r t a m e n t o d a s s o c i e d a d e s h u m a n á y C o m e f e i t o ,
mente) existentes eentre
mente) existentes ntre oo hhomem
omem e seu meio.
e oo seu meio.
e m c a d a m o m e n t o d a vida d e u m a s o c i e d a d e (aberta o u f e c h a d a ) ,
u O modo de pproducao,
O modo r o d u ç ã o , que representa, em cada fase da hhist6­
que representa, istó-
a c u l t u r a é a resultante mais o u m e n o s c o n s c i e n t i z a d a das ativi- ria, resultado da
ria, oo resultado da pesquisa incessante de
pesquisa incessante de um q u i l í b r i o ddinarni­
um eequilibria inâmi-
dades económicas e p o l í t i c a s , a expressão mais o u m e n o s dinâ- co entre oo nntvel
co í v e l das torcas produtivas
das forças regime de
produtivas e o regime de uutilizacao so­
t i l i z a ç ã o so-
m i c a d o t i p o de relações q u e p r e v a l e c e m no seio dessa s o c i e d a d e , cial dessas fforces,
cial dessas indica oo estado
o r ç a s , indica estado em encontra uma
que se encontra
em que uma socie-socie­
p o r u m lado, entre o h o m e m ( c o n s i d e r a d o i n d i v i d u a l o u coleti- dade cada um
dade ee cada um dos dos seus componentes, perante
seus componentes, perante ela mesma ee pe-
ela mesma pe­
v a m e n t e ) e a n a t u r e z a , e, por o u t r o , entre o s i n d i v í d u o s , os gru- rante i s t ó r i a . Ilndica
rante aa hhist6ria. ndica e e ccondiciona,
ondiciona, p por
or o u t r o llado,
outro ado, o o ttipoipo d re­
dee re-
pos de i n d i v í d u o s , as c a m a d a s sociais o u as classes. lações materiais (expressa
la9iies materiais (expressa objetiva u b j e t i v a m e n t e ) eexistentes
objetiva oouu ssubjetivamente) xistentes
O valor d a c u l t u r a c o m o e l e m e n t o de resistência a o d o m í - entre diversos eelementos
entre ooss diversos lementos o ouu os diversos cconjuntos
os diversos onjuntos q queu e formam
formam
j i i o estrangeiro reside no t a t o de ela s a r a manifestação vigorosa; aa ssociedade
ociedade e emm q questao: relacdes ee ttipos
u e s t ã o : relações i p o s de rela96es eentre
de relações ntre o o hho·
o-
vn o p i a n o ideológico o u idealista, da realidade material e histórica mmem
em e e aa nnatureza, entre oo hhomem
a t u r e z a , entre omem e seu m
e oo seu meio; rela9oes ee tipos
e i o ; relações tipos
d a sociedade d o m i n a d a o u a d o m i n a r , h r u t o d a historia de u m de n t r e oos
rela\;iies eentre
de relações s ccomponentes individuais oouu ccoletivos
o m p o n e n t e s individuais o l e t i v o s de de umauma

56 57
57
ssociedade.
ociedade. F Falar
a l a r disso e
disso é falar falar de historia, m
de história, mas e igualmente falar
a s é igualmente falar lista, oouu seja:
lista, libertacao ddoo processo
seja: aa libertação processo de de dtlesenvolvimento das
e s e n v o l v i m e n t o das
de cultura.
de cultura. forças produtivas nnacionais.
forces produtivas Ha libertacao nacional
a c i o n a i s . Há assim libertação nacional quando
A ccultura,
A sejam qquais
u l t u r a , sejam u a i s fforem
o r e m as caracterfsticas ideoloqicas
as características ideológicas e apenas quando, as forças torcas produtivas nacionais nacionais são sa"o totalmente
oou idealistas ddas
u idealistas a s suas rnanifestaedes, ée assim
suas manifestações, assim uum m e l e m e n t o essen­
elemento essen- libertadas de qualquer
libertadas qualquer espécieespecie de ddominio o m í n i o estrangeiro. A A liber­
liber-
cial da
ciai historia de
da história de u um povo. É
m povo. I: talvez,
talvez, aa rresultante dessa historia
e s u l t a n t e dessa história ta,;:ao das
tação forcas pprodutivas
das forças r o d u t i v a s e,e, cconseqiientemente,
onsequentemente, a a faculdade
faculdade
ccome
omo a a fflor
lor é ae resultante de
a· resultante de u umama p planta.
lanta. C Comoomo a historia. oouu
a história, de ddeterminar
de livremente o
e t e r m i n a r livremente o m mode
o d o dede pprodu\:io mais aadequado
r o d u ç ã o mais dequado à a
pporque
orque é a e a história,
historia, a
a cultura
c u l t u r a tern
t e m ccome
o m o base
base material
material o nivel
o das
nível das evolucao ddoo povo
evolução i b e r t a d o , aabre
povo llibertado, bre n necessariamente perspectivas
e c e s s a r i a m e n t e perspectivas
forcas
forças p produtivas
rodutivas e e oo mmodeo d o de de pproducao. Mergulha as
r o d u ç ã o . Mergulha suas raizes
as suas raízes novas aaoo processo
novas processo ccultural
u l t u r a l da sociedade eem
da sociedade questao, ·conferin­
m questão, conferin-
no
no h humus
ú m u s da realidade material
da realidade material d doo m meio
eio e emm q queu e se desenvolve ee
se desenvolve d o - l h e ttoda
do­lhe oda a a ssua
ua ccapacidade
apacidade d dee ccriar o progresso.
riar o progresso.
reflete aa nnatureza
reflete organica ddaa ssociedade,
a t u r e z a orgânica ociedade, p podendo
o d e n d o ser mais oouu
ser mais Um
U m povopovo que que se liberta do do ddominio estrangeiro não
o m í n i o estrangeiro nae serásera
m e n o s iinfluenciada
menos per ffatores
n f l u e n c i a d a por atores e externos.
xternos. S historia permite
See aa história permite culturalmente livre a não
culturalmente nae ser que, sem ccomplexes subes­
o m p l e x o s e sem subes-
cconhecer
onhecer a natureza ee aa extensão
a natureza extensao ddos desequilibrios ee ddos
o s desequilíbrios o s confli­
confli- ttimar m p o r t â n c i a das ccontrlbuicoes
i m a r a iimportancia positivas da ccultura
o n t r i b u i ç õ e s positivas u l t u r a do
tos ((econornlcos,
tos económicos, p politicos
olíticos e sociais) q
e sociais) queue c caracterizam
aracterizam a a evolucao
evolução opressor e de
opressor de outras culturas, cultures, retome os caminhos caminhos ascendentes
de u
de umam a sociedade,
sociedade, a u l t u r a permite
a ccultura saber qquais
p e r m i t e saber u a i s fforam
o r a m as as sinteses
sínteses da sua própriapr6pria ccultura, que se alimente
u l t u r a , que alimente da realidade realidade do do meiomeio e
dinamicas, elaboradas ee ffixadas
dinâmicas, elaboradas i x a d a s pela conscisncia social
pela consciência social para so­
para aa so- negue tanto as iinfluencias
negue nocivas como
n f l u ê n c i a s nocivas come qualquer especie de
qualquer espécie
lução desses cconflitos,
lu,;:ao desses onflitos, e em m ccada etapa da
a d a etapa evolueao dessa
da evolução dessa m mesma
esma ssubordinacao culturas estrangeiras. VVemos
u b o r d i n a ç ã o a culturas e m o s aassim
ssim q que, se oo ddo­
u e , se o-
ssociedade,
ociedade, e em mb busca
u s c a de sobrevivencia ee progresso.
de sobrevivência progresso. minio
m imperialista ttern
í n i o imperialista em c come necessidade vital
o m o necessidade praticar aa opres-
vital praticar opres­
Como
C sucede ccom
o m o sucede om a a fflor
lor n numa
uma p planta,
l a n t a , é na eu l t u r a qque
na ccultura ue sao ccultural,
são ultural, a libertacao nacional,
a libertação nacional ée necessariamente, um um ato ato de de
reside aa ccapacidade
reside a p a c i d a d e (ou(ou aa rresponsabilidade)
esponsabilidade) d etaboracso ee dda
daa elaboração a cultura.
cultura.
ffecundacao
ecundação d doo germegerme q u e garante
que garante a a ccontinuidade da historia,
o n t i n u i d a d e da história,
ggarantindo,
arantindo, s simultaneamente,
i m u l t a n e a m e n t e , as perspectivas da
as perspectivas evolucso ee ddo
da evolução o
progresso sociedade eem
progresso ddaa sociedade questao. C
m questão. Compreende­se assim qque,
o m p r e e n d e - s e assim ue, OC
O CARATER DEE CCLASSE
ARÁTER D DA
LASSE D A CULTURA
CULTURA
sendo o
sendo o ddominio imperialista aa negação
o m í n i o imperialista processo historico
nega,;:ao ddoo processo histórico
proprio
p róprio d povo ddominado,
doo povo seja nnecessariamente
o m i n a d o , seja ecessariamente a nega,;:ao ddo
a negação o Com
C o m basebase no no qque ue a acaba
caba d dee serser ddito,
ito, p o d e m o s cconsiderar
podemos onsiderar o o
seu processo ccultural.
seu processo ultural. C Compreende­se
ompreende-se a ainda
inda a razao pela
a razão pela qualqual movimento
m o v i m e n t o de libertacao ccome
de libertação omo a expressdo ppolitica
a expressão o l í t i c a organizada
organizada
prática do
aa pratica d o dominio
d o m í n i o imperialista,
imperialista, c o m o qualquer
come qualquer o u t r o domi­
outro domí- ddaa ccultura
ultura d doo povopovo eem luta. A
m luta. desse m
dire,;:ao desse
A direção movimento
o v i m e n t o devedeve
nio estrange ire, exige,
nio estrangeiro, exige, ccome o m o ffator
a t o r de seguran9.,: aa opressão
de segurança* opressao cul­ cul- assim ter
assim ter uuma no,;:ao clara
m a noção valor ddaa ccultura
clara ddoo valor u l t u r a nono âambitombito d daa luta
luta
tural ee aa ttentativa
tural e n t a t i v a de liquida,;:ao, direta
de liquidação, indireta, ddos
direta oouu indireta, dados
o s dados ee cconhecer
onhecer p profundamente
rofundamente a a ccultura
ultura d seu ppovo,
doo seu o v o , sejaseja q u a l ffor
qual or oo
essenciais ddaa ccultura
essenciais ultura d o v o dominado.
doo ppovo dominado. nivel ddoo seu
nível e s e n v o l v i m e n t o econornico.
seu ddesenvolvimento económico.
O estudo da historia história das lutas de libertação libertacao demonstra que A t u a l m e n t e , ttornou­se
Atualmente, ornou-se u um lugar ccomum
m lugar o m u m aafirmarfirmar q queu e cada
cada
O
sac em geral precedidas
são precedidas por intensificacao das
per uma intensificação manifesta­
das manifesta- povo ttern
povo em a a ssua
ua c cultura. Ja
u l t u r a . Já lá vai oo ttempo
la vai empo e em mq u e , nnuma
que, u m a tentativa
tentativa
96es culturais, que
ções progressivamente por
concretizam progressivamente
que se concretizam per uma uma ten­ ten- para perpetuar oo ddominio
para perpetuar omínio d dos
os p povos,
ovos, a a ccultura era cconsiderada
u l t u r a era onsiderada
tativa, vitoriosa ou n nae,
ã o , da a afirrnacao personalidade cultural
f i r m a ç ã o da personalidade ccome apanagio de
o m o apanágio de povospovos o privilegiadas ee eem
nacdes privilegiadas
ouu nações m q que,
u e , per
por
do povo dominadodominado como come ato nega,;:ao da ccultura
ate de negação u l t u r a do opressor. ignonincia o
ignorância ouu m ma­fe,
á - f é , se o n f u n d i a ccultura
se cconfundia ultura e e ttecnicidade, senao
e c n i c i d a d e , senão
Sejam
S quais fforem
e j a m quais o r e m as condiefies de
as condições sujei,;:ao d
de sujeição um
dee u povo aaoo domi­
m povo domí- m e s m o ccultura
mesmo ultura e e ccor or d pele oouu fforma
daa pele orma d dos
os o olhos.
lhos. 0 0 movimento
nio influencia ddos
estrangeiro ee aa influência
nio estrangeiro fatores eeconomicos,
o s fatores conómicos, p politicos
olíticos e e de libertação,
de ljberta,;:ao, representante e defensor defensor da cultura cultura do do povo, deve
sociais na
sociais pratica desse
na prática desse ddomfnio,
omínio, é e e
em geral no
m geral no ffate u l t u r a l qque
a t o ccultural ue ter ct:onsciencia
ter do fato
o n s c i ê n c i a do fato que, sejam quais
que, sejam forem as
quais forem as ccondicoes ma­
o n d i ç õ e s ma-
se situa o
se situa germe da
o germe contestacao, levando
da contestação, a
estruturacao ee aaoo de­
levando à estruturação de- teriais da
teriais sociedade que
da sociedade representa, esta
que representa, e portadora ee criadora
esta é portadora criadora
senvolvimento
s envolvimento d doo m movimento
ovimento d dee liberta,;:ao.
libertação. ultura, e
de ccultura,
de deve, por
e deve, outro lado,
por outro compreender oo caráter
lade, compreender carater de
massa, oo caráter
massa, carater popularpopular da que não
u l t u r a , que
da ccultura, nao é, e, nem poderia ser,
nem poderia ser,
Ouanto
Q uanto a nos, o
a nós, fundamento da libertação
o fundamento libertacao nacional reside
no direito inalienavel que
direito inalienável que tem qualquer povo, sejam
tern qualquer sejam quais quais forem apsnaqio de
apanágio de uum m ou au de de alguns setores da
alguns setores sociedade.
da sociedade.
as fformulas adotadas ao nível
ó r m u l a s adotadas nivel do direitodireito internacional, de deter ter a Numa
N analise pprofunda
u m a análise da eestrutura
r o f u n d a da social qque
s t r u t u r a social u e qualquer
qualquer
sua própria historia. O
proprla história. 0 oobjetivo
bjetivo d a c i o n a l é, portan­
Iibertacao nnacional
daa libertação e,
portan- movimento
m o v i m e n t o de liberta,;ao deve
de libertação ser ccapaz
deve ser a p a z de de ffazer
azer e em u n ç ã o ddos
m ffu�o os
tto,
o, a a rreconquista desse ddireito,
e c o n q u i s t a desse ireito, u usurpado
s u r p a d o pelo o m í n i o imperia­
pelo ddominio imperia- imperatives da
imperativos da lluta,
uta, a caracteristicas cculturais
ass características de ccada
u l t u r a i s de a d a categoria
categoria

58
58 59
59
ttern
êm u um lugar de
m lugar de pprimordial m p o r t â n c i a . Poisumbora
r i m o r d i a l iimportiincia. Pois£embora a a cultura
cultura pela criacao de um m abismo social entre as elites
indigenas, qquer
indígenas, u e r pela criação d e u a b i s m o social entre as
tenha uum
tenha m carater
caráter de de massa,
massa, não e
nao é ccontudoontudo u uniforme.
n i f o r m e , não nao se se de­
de- aut6ctones
a utóctones e e as as massas
massas populares.
populares. C Como
o m o rresultado desse processo
e s u l t a d o desse processo
senvolve igualmente em todos os setores da sociedade. A atitude
senvolve igualmente e m t o d o s os setores da s o c i e d a d e . A atitude de divisão
de divisiio oou u d de e aaprofundamento
p r o f u n d a m e n t o das das divisões
divisoes nno o seioseio da da socie­
socie-
de ccada
de
eresses
categoria social
a d a categoria social perante
m b é tarnbern
perante aa luta e
luta é ditadaditada pelos pelos seus seus inte­
inte-
dade, sucede que parte consideravel da popula\:ii'o, especial·
dade, sucede q u e parte considerável da p o p u l a ç ã o , especial-
conóm econ6micos,
i c o s , mas t a mas m p r o f u nprofundamente
d a m e n t e influenciada influenciada pela pela mente
m e n t e aa ""pequena
pequena b burguesia" urbana oou
u r g u e s i a " urbana u c campesina, assimila aa
a m p e s i n a , assimila
sua ccultura)
sua ultura) P Podemos
odemos m mesmo
e s m o aadmitir que são
d m i t i r que sao as as diferenças
diferen,;as de de ni­
ní-
mentalidade
m entalidade d doo c colonizador
olonizador e e considera-se
considera­se ccomo o m o culturalmente
culturalmente
veis de cultura que explicam os diferentes comportamentos dos
veis de c u l t u r a q u e e x p l i c a m o s diferentes c o m p o r t a m e n t o s d os
superior ao
superior ao .,povo
p o v o aa q queue p pertence
ertence e e ccujos valores cculturais
u j o s valores u l t u r a i s ignora
ignora
iindividuos
n d i v í d u o s de de uuma ma m mesma categoria ss6cio·econ6mica
e s m a categoria o c i o e c o n ó m i c a face face ao ao mo­
mo-
ou desprez�Esta situa\:ii'o, caracteristica da maioria dos·intelec·
o u d e s p r e z a . j E s t a situação, característica da m a i o r i a d o s - i n telec-
vvimento
i m e n t o de de lliberta\:ii'o.� e
i b e r t a ç ã o . 4 é aaií que que aa ccultura atinge ttodo
u l t u r a atinge odo o o seu
seu tuais ccolonlfados,
tuais o l o n i z a d o s , vaivai ccristalizando
ristalizando à a m medida
edida q que
ue a aumentam
umentam o oss
significado para cada individuo: cornpreensao e inteqracao no seu
significado para cada i n d i v í d u o : compreensão e integração no seu privilégios
privilegios sociais sociais do do ggrupo
r u p o aassimilado
ssimilado o ouu aalienado,
l i e n a d o , ttendoe n d o impli­
impli-
meio, identificacao ccom
meio, identificação o m os os problema^
problema, ffundamentais
u n d a m e n t a i s ee as as aspira­
aspira-
cacoes diretas no
cações diretas no ccomportamento
omportamento d dos
o s iindivfduos
n d i v í d u o s desse desse grupo grupo
ções
coes da da ssociedade,
o c i e d a d e , aceitação
aceitacao da da possibilidade
possibilidade de de m o d i f i c a ç ã o no
rnodificacao no
sentido
perante o movimento de liberta\:ii'o. Revela­se assim indispen­
perante o m o v i m e n t o de libertação. Revela-se assim indispen-
sentido do do p r o g
progresso.�r e s s o . }
savel uuma
sável reconversiio ddos
m a reconversão espiritos —
o s espíritos ­ das
das m mentalidades
entalidades — ­ para
para
Nas condições
Nas especificas do
condicfies específicas do nosso nosso país pais — ­ ee ddiriamos
i r í a m o s mes­mes- aa sua verdadeira integração no
sue verdadeira integraciio no movimento de libertacao. Essa m o v i m e n t o de libertação. Essa
mo de Africa ­ a distribuieao horizontal e vertical dos niveis de
m o de Á f r i c a — a distribuição h o r i z o n t a l e vertical d o s níveis de reconversao ­ reafricaniza,ao, no nosso caso ­ pode verificar­se
reconversão — reafricanização, no nosso caso — pode verificar-se
ccultura
u l t u r a ttern
em u uma certa ccomplexidade.
m a certa omplexidade. C Como m eefeito,
f e i t o , dasdas aldeias
aldeias às as antes
antes da da luta,
luta, mas mas só s6 se se ccompleta
o m p l e t a no no ddecurso
ecurso d e s t a , no
desta, contato
no contato
q u o t i d i a n o ccom
cidades, de
cidades, de uum m ggrupo etnico aa ooutro,
r u p o étnico u t r o , do do camponês
carnpones ao ao ooperario
p e r á r i o ou
ou
quotidiano o m as as massas
massas ppopulareso p u l a r e s ee na na ccornunhao
o m u n h ã o de sacri-
de sacri-
ao
ao intelectual
intelectual indígena indigena mais mais oou u m e n o s aassimilado,
menos s s i m i l a d o , dede uuma m a classe
classe fícios q u e a luta exige.
ficios que a luta exige.
social a outra, e mesmo, coma afirmamos, de individuo para indi-
social a o u t r a , e m e s m o , c o m o a f i r m a m o s , de i n d i v í d u o para indi­ E preciso,
É preciso, no no e entanto,
n t a n t o , tomar
tomar e em consideracso oo fato
m consideração f a t o que,
que,
vviduo,
í d u o , dentro
dentro da da m e s m a categoria
mesma categoria social, social, há ha variações
variacoes significa- significa­ a de indspendencia politica, a ambi\:ii'o e o
perante
perante a perspectiva
perspectiva de independência p o l í t i c a , a a m b i ç ã o e o
tivas
tivas do do nível
nivel qquantitativo
u a n t i t a t i v o ee qqualificativo
u a l i f i c a t i v o de de ccultura.
u l t u r a . TTer e r esses
esses p o r t u n i s m o qque
ooportunismo u e aafetam
f e t a m eem m geralgeral oo m movimento
o v i m e n t o de de libertaciio
libertação
e
fatos e m consideração é u m a questão de p r i m o r d i a l i m p o r t â n c i a
fatos em consideracao uma questiio de primordial importiincia
para o m o v i m e n t o de libertação.
ppodem
o d e m levar levar àa luta luta iindividuos
n d i v í d u o s não niio rreconvertidos.
e c o n v e r t i d o s . EEstes, s t e s , com
com
para o movimento de libertaeao. base no seu nivel de instrucao, nos seus conhecimentos cienti·
base n o seu n í v e l de instrução, nos seus c o n h e c i m e n t o s cientí-
SSe, nas sociedades
e , nas sociedades de de eestrutura
strutura h horizontal,
o r i z o n t a l , ccomo
o m o aa sociedade
sociedade ficos oou
ficos tecnicos. ee sem
u técnicos, sem pperderem
e r d e r e m eem m nada nada os os seus seus ppreconceitos
reconceitos
balanta, por
balanta, por eexemplo,
x e m p l o , aa distribuição
distribuicao ddos niveis da
o s níveis da ccultura
u l t u r a ée mais
mais cculturais
u l t u r a i s de de classe,
classe, ppodem atingir os
o d e m atingir os postos
postos m mais elevados ddo
a i s elevados o mo­
mo-
ou m
ou menos
e n o s uuniforme,
n i f o r m e , eestando
s t a n d o as as variações
variacdes apenas apenas ligadas ligadas às as carac-
carac­ vvimento
i m e n t o de de libertacao, lsto revela coma a vigiliincia e indispensa­
libertação. Isto revela c o m o a vigilância é indispensá-
teristicas individuais
terísticas individuais ee aos aos ggrupos etarios, nas
r u p o s etários, nas sociedades
soci�ades de de estru-
estru­ vel, ttanto
vel, a n t o no no planopiano da da ccultura
u l t u r a ccomo o m o no no dda a p polo l íitica. Nas _condi­
t i c a . Nas condi-
tura vertical,
tura vertical, ccomo o m o aa dos dos FFulas. par eexemplo,
u l a s , por x e m p l o , há ha variações
variacdes impor­ impor- coes cconcretas
ções o n c r e t a s ee bastante
bastante ccomplexas o m p l e x a s do do processo
processo ddo o fenomeno
fenómeno
tantes desde
tantes desde oo ccimo i m o àa base base da da ppiriimide social. Isso
i r â m i d e social. Issa ddemonstra
emonstra do m
do movimento
o v i m e n t o de libertacao, nnem
de libertação, e m ttudo u d o oo qque u e brilhabrilha ée ouro: ouro:
uuma
m a vez mais a í n t i m a ligação entre
vez mais a intima liga\:ii'o entre o fator cultural e oo fator o fator c u l t u r a l e fator dirigentes politicos ­ mesmo os mais celebres ­ podem ser
dirigentes p o l í t i c o s — m e s m o o s mais célebres — p o d e m ser
eecon6mico
c o n ó m i c o ee eexplicax p l i c a ttambem
a m b é m as as diferenças
diferencas do comportamentp
do comportamente alienados cculturais.
alienados ulturais.
global
global ou ou setorial
setorial desses desses dois dois grupos
grupos étnicos etnicos fface a c e ao movimento
ao movimento Mas oo caráter
Mas car.iter de de classe
classe dda a ccultura
u l t u r a ée aaindai n d a mais mais sensível
sensivel no no
dede Iibertacao.
libertação. ccomportamento
o m p o r t a m e n t o das das categorias
categorias privilegiadas privilegiadas ddo o m meio
e i o rrural,ural,
ÉE certo
certo qque u e aa m multiplicidade
u l t i p l i c i d a d e das das categorias
categorias sociais sociais ee etnicas étnicas eespecialmente
s p e c i a l m e n t e no no qque u e se se refere
refere às as etnias
etnias qque u e ddispdern
i s p õ e m de de umauma
cria uuma
cria m a ccertae r t a ccomplexidade
o m p l e x i d a d e na na ddeterminacao
e t e r m i n a ç ã o do do papel
papel dda a ccul­
ul- estrutura social
estrutura social vertical vertical oonde, n d e , no no eentanto,
n t a n t o , as as influências
influencias ddaa
tura no
tura no m movimento
o v i m e n t o de de libertação,
libertaciio, m masa s ée indispensável
indispensavel não niio perder
perder assimilação oou
assimileyiio u alienação alienaciio ccultural u l t u r a l sãosiio nulas nulas oou u praticamente
praticamente
dede vista
vista aa iimportiincia decisiva ddo
m p o r t â n c i a decisiva csreter de
o caráter de classe
classe da da ccultura
u l t u r a nono nulas. E, par exemplo, o caso da classe dirigente ffula.
nulas. E , por e x e m p l o , o caso d a classe dirigente ula. S Sob
ob o o
ddesenvolvimento
e s e n v o l v i m e n t o do do m movimento
o v i m e n t o de de libertação,
libertacao, m mesmo
e s m o nos nos casoscasos ddomfnio
o m í n i o ccolonial,
o l o n i a l , aa aautoridade
u t o r i d a d e ppolitica dessa classe (chefes
o l í t i c a dessa classe (chefes
eemm oue esta categoria
<jl!e esta categoria está esta oou parece estar
u parece estar aainda i n d a eernbrionaria.
mbrionária. r a d i c i o n a i s , ffam
ttradicionais, a m í lilias
i a s nnobres, dirigentes religiosos)
o b r e s , dirigentes religiosos) ée puramente puramente
� experiência
experiencia do do ddominio colonial ddemonstra
o m í n i o colonial e m o n s t r a qque, u e , na na ten-
ten­ nnominal
o m i n a l ee as as massas
massas ppopulares o p u l a r e s ttern consciencia qque
ê m consciência u e aa verdadeira
verdadeira
tativa de perpetuar a exploracso, o colonizador nao so cria um
tativa de perpetuar a e x p l o r a ç ã o , o c o l o n i z a d o r não só cria um aautoridade
u t o r i d a d e reside
reside ee age age nas nas administrações
administracdes ccoloniais. oloniais. C ontudo,
Contudo,
perfeito sistema
perfeito sistema de de repressão
repressao da da vida vida ccultural
u l t u r a l do do povopovo ccolonl­ oloni- aa classe
classe dirigente
dirigente m a n t é m , no
rnantern, no essencial,
essencial, aa ssua u a aautoridade
u t o r i d a d e ccul­ul-
zzado,
a d o , ccoma
o m o aindaainda pprovoca r o v o c a ee desenvolve
desenvolve aa alienação alienacao ccultural de
u l t u r a l de tural
tural sobresabre as as massas
massas ppopulares o p u l a r e s ddo o ggrupo,
r u p o , ccom o m implicações
implicacoes ppolf· olí-
parte da populacao, quer par meio da pretensa assirnilacao ddos
parte da p o p u l a ç ã o , q u e r por m e i o da pretensa assimilação os ticas de grande i m p o r t â n c i a .
ticas de grande importancia.
60
60 61
61
Consciente
C desta rrealidade,
o n s c i e n t e desta ealidade, o o ccolonialismo
olonialismo q queu e rreprime
eprime o ouu Definir
D progressivamente uuma
e f i n i r progressivamente m a ccultura nacional
ultura n acional
inibe pela
inibe pela raiz raiz aass manifestações
manifestacdes cculturais significativas da
u l t u r a i s significativas da parte
parte
das massas
das massas ppopulares, apoia ee protege,
o p u l a r e s , apoia protege, na na ccupula,
úpula, o o prestígio
prestigio ee aa
influencia cultural da classe dirigente. lnstala chefes qque
influência c u l t u r a l da classe dirigente. Instala c h e f e s u e gozem
gozem
da sua confianca e sejam mais ou menos aceitos pelas populaefies,
da s u a confiança e sejam mais o u m e n o s a c e i t o s pelas populações, Tai
T a l ccomo
omo n noo plano
piano ppolitico e, sem
o l í t i c o e, sem m minimizar
inimizar a a contribuiceo
contribuição
cconcede­lhes positiva qque
positiva u e aas classes oouu ccamadas
s classes privilegiadas ppodem
a m a d a s privilegiadas odem d dar
ar à a lluta,
uta,
varios privilégios
o n c e d e - l h e s vários privilegios materiais, materiais, iincluindo ncluindo a a edução
educao ddos os
ffilhos oo mmovimento
ovimento d dee libertação
libertacao deve, deve, nnoo plano piano ccultural, basear aa ssua
u l t u r a l , basear ua
mais velhos, cria postos de chefe onde nao existiam, esta­
i l h o s mais v e l h o s , cria postos de c h e f e o n d e não e x i s t i a m , esta-
belece ee iincrementa
belece relacdes de
n c r e m e n t a relações de ccordialidade
ordialidade c com
om o oss dirigentes
dirigentes acao nnaa ccultura
ação u l t u r a ppopular, seja qqua!
o p u l a r , seja u a l ffor
or a a diversidade
diversidade ddos niveis dde
o s níveis e
ccultura
u l t u r a no no país. pais. A A contestação
contestaeao ccultural ultural d do
o ddominio
o m í n i o ccolonial
olonial
religiosos, constrói
religiosos, constroi m mesquitas, organiza viagens
e s q u i t a s , organiza viagens aa M Meca,
eca, e etc.
tc. EE,,
aacima
c i m a de de tudo, garante, por interrnedio dos orgaos repressivos da
t u d o , garante, por i n t e r m é d i o d o s órgãos repressivos da —­ fase
fase pprirnaria
rimária d doo m movimento
o v i m e n t o de de libertação
libertacao — ­ só ppode so ser eenca­
o d e ser nca-
aadrninistraedo
d m i n i s t r a ç ã o ccolonial, os privilégios
o l o n i a l , os privilegios eeconornicos conómicos e e sociais
sociais da da rada eeficazmente
rada f i c a z m e n t e ccom o m base base nnaa ccultura das massas
u l t u r a das massas ttrabalhadoras
rabalhadoras

classe dirigente
classe dirigente eemm retacao
relação as
às massas
massas populares.
populares. Mas
Mas nnem
e m ttudoudo dos ccampos
dos a m p o s ee d das
a s ccidades,
i d a d e s , iincluindo
n c l u i n d o aa ""pequena
p e q u e n a bburguesia"
urguesia"
nnacionalista
a c i o n a l i s t a ((revolucionaria),
r e v o l u c i o n á r i a ) , rreafricanizada
eafricanizada o ouu ddisponivel para
i s p o n í v e l para
isto ttorna
isto impossivel qque,
o r n a impossível u e , eentre essas classes
n t r e essas classes dirigentes,
dirigentes, haja haja indi-
indi­ u l t u r a l . Seja
vviduos
íduos o ou grupos de individuos que adiram ao movimento
u g r u p o s d e i n d i v í d u o s q u e a d i r a m a o m o v i m de
e n t o de uuma reconversao ccultural.
m a reconversão Seja qual qual for for aa complexidade
complexidade desse desse
panorama
panorama cultural
cultural de
de base,
base, oo movimento
movimento dede libertação
libertacao deve
deve ser
ser
libertacao, eembora
libertação, mbora m menos
e n o s ffreqiientemente
requentemente d doo q que
u e no no caso caso da da capaz
" p e q u e n a b u r g u e s i a " a s s i m i l a d a . V á r i o s chefes t r a d i c i o n a i s e reli-
"pequena burguesia" assimilada. Varios chefes tradicionais e reli­
de nele distinguir o essencial do secundário; o positivo
capaz de nele distinguir o essencial do secundario: o positivo do do
giosos integram-se na luta desde o i n í c i o o u no seu d e c u r s o , negativo,
negative, oo progressista
progressista do
do reacionário,
reacionario, para
para caracterizar
caracterizar aa linha
linha
giosos integram­se na luta desde o inicio ou no seu decurso, mestra
d a n d o u m a c o n t r i b u i ç ã o entusiasta à causa d a libertação. Mas
dando uma contribuicao entusiasta a causa da libertaeao. Mas mestra da
da ddefiniciio
e f i n i ç ã o progressiva
progressiva de
de uma
uma cultura
cultura nacional.
nacional.
a i n d a neste caso a vigilância é indispensável: m a n t e n d o b e m
ainda neste caso a vigilancia e indispensavel: mantendo bem Para qque
Para u e aa ccultura possa ddesempenhar
u l t u r a possa esempenhar o o papel
papel iimportante
mportante
f i r m e s os s e u . p r e c o n c e i t o s c u l t u r a i s de classe, os i n d i v í d u o s des-
firmes os seus preconceitos culturais de classe, os individuos des­ que lhe
que the ccompete
o m p e t e nono âambito
m b i t o ddo
o ddesenvolvimento
e s e n v o l v i m e n t o ddo o movimento
movimento
ta categoria vêem e m geral no m o v i m e n t o de libertação o único
ta categoria veem em geral no movimento de libertacao o unico de libertação,
de libertacao, este este devedeve saber
saber preservar
preservar ooss valores yalores cculturais po­
u l t u r a i s po-
processo válido p a r a , servindo-se d o s sacrifícios das massas po-
processo valido para, servindo­se dos sacrificios das massas po­ sitives de
sitivos de ccada
a d a ggrupo social bbem
r u p o social e m ddefinido, de ccada
e f i n i d o , de categoria,
a d a categoria,
pulares, c o n s e g u i r e m e l i m i n a r a opressão c o l o n i a l sobre a s u a pró-
pulares, conseguirem eliminar a opressao colonial sobre a sua pro­ rrealizando contluencie desses
e a l i z a n d o aa confluência desses valores
valores no no ssentido da luta,
e n t i d o da luta, ddan­an-
pria classe e r e s t a b e l e c e r e m assim o seu d o m í n i o p o l í t i c o e cul-
pria classe e restabelecerem assim o seu dominio politico e cul­
tural a b s o l u t o sobre o p o v o . ddo­lhes
o - l h e s uuma nova ddimensao
m a nova imensão — aimensso
­ aa dimensão nacional. nacional. PerantePerante esta esta
tural absoluto sobre o povo. necessidade,
necessidade, aa luta
luta de
de libertação
llbertacao é,
e, acima
acima de
de tudo,
tudo, uma
uma luta
luta tanto
tanto
No âambito
No m b i t o geral geral Ja �a contestação
contestacao ddo o ddominio
o m í n i o ccolonial impe­
o l o n i a l impe-
pela
pela preservação
preservacao ee sobrevivência
sobrevivencia dosdos valores
valores culturais
culturais do
do povo
povo
rialista e nas condicoes concretas a que nos referimct;, verifica-se
rialista e nas condições c o n c r e t a s a q u e n o s referimçfc, verifica­se como
coma pela
pela harmonização
harrnonlzacao ee desenvolvimento
desenvolvimento desses
desses valores
valores num
num
qque, entre ooss mmais
u e , entre fieis aaliados
a i s fiéis l i a d o s ddo opressor se
o opressor se eencontram alguns
n c o n t r a m alguns
quadro
quadro nacional.
nacional.
altos funcionarios e intelectuais de profissao liberal, aassimilados,
altos f u n c i o n á r i o s e intelectuais d e profissão liberal, ssimilados,
ee uum elevado nnurnero
m elevado ú m e r o de de representantes
representantes da da classe
classe dirigente
dirigente ddos os
AA uunidade o l í t i c a ee m
n i d a d e ppolitica moral
o r a l ddo o m movimento
o v i m e n t o de de libertação
libertacao
mmeios rurais. SSee esse
e i o s rurais. esse ffatoa t o dá da uuma ma m medida
e d i d a da da influência
influencia (negativa (negativa ee ddo o povopovo qque u e eleele representa
representa ee dirige dirige iimplica
m p l i c a aa realização
realizac§o da da uni-
uni­
oou positiva) dda
u positiva) a ccultura
u l t u r a ee ddos o s ppreconceitos
r e c o n c e i t o s cculturais
u l t u r a i s nono pproblema
roblema
dda p ç ã o ppolitica
o l í t i c a fface
a c e aao
dade ccultural
dade u l t u r a l das das categorias
categorias sociais sociais ffundamentais
u n d a m e n t a i s para para aa luta. luta.
a oopcao o m movimento de libertacao, revela igual-
o v i m e n t o d e libertação, revela igual­ EEssa
s s a uunidade
n i d a d e ttraduz­se,
r a d u z - s e , ppor o r uum m lado,lado, por por uuma identificacao ttotal
m a identificação otal
mente o s l i m i t e s dessa influência e a s u p r e m a c i a d o fator classe no
mente os Ii mites dessa inftuencia ea supremacia do fator classe no do mmovimento
do o v i m e n t o ccom o m aa realidade
realidade ddo meio ee ccom
o meio o m oos s pproblemas
r o b l e m a s ee as as
c o m p o r t a m e n t o das diversas categorias sociais. O alto f u n c i o n á r i o
comportamento das diversas categorias sociais. 0 alto funcionario aspiracdes ffundamentais
aspirações u n d a m e n t a i s ddo o ppovoo v o e, e, por
por ooutro,u t r o , ppor o r uuma identi­
m a identi-
ou o intelectual assimilado, caracterizado por uma total alienacao
o u o intelectual a s s i m i l a d o , c a r a c t e r i z a d o por u m a t o t a l alienação
ficacao ccui1:ural
ficação progressiva das
u l t u r a l progressiva das diversas
diversas categorias
categorias sociais sociais qque ue
c u l t u r a l , identifica-se, na o p ç ã o p o l í t i c a , c o m o c h e f e t r a d i c i o n a l
cultural, identifica­se, na opcao politica, com o chefe tradicional pparticipam
a r t i c i p a m na na luta.
luta. O0 pprocesso desta deve
r o c e s s o desta deve hharmonizar
a r m o n i z a r oos interes­
s interes-
oou
religioso, que nao sofreu
u religioso, q u e não sofreu qqualquer intluencia ccultural
u a l q u e r influência signifi­
u l t u r a l signifi-
ses divergentes,
ses divergentes, resolver resolver as as contradições
contradicfies ee ddefinir e f i n i r os os objetivos
objetivos
cativa estrangeira, é q u e essas d u a s categorias c o l o c a m a c i m a de
cativa estrangeira. I: que essas duas categorias colocam acima de
t o d o s o s dados o u solicitações de n a t u r e z a c u l t u r a l — e c o n t r a
ccomuns, r o c u r a n d o aa liberdade
o m u n s , pprocurando liberdade ee oo progresso. progresso. AA ttomada o m a d a de de
todos os dados ou solicitacdes de natureza cultural ­ e contra
as aspirações d o povo — o s seus privilégios e c o n ó m i c o s e sociais,
consciencia desses
consciência desses oobjetivos
b j e t i v o s por por aamplasm p l a s ccamadas
a m a d a s dda a ppopulacso,
opulação,
as aspiracoes do povo ­ os seus privilegios eccnomicos e socials. refletida na
refletida na ddeterminacao
e t e r m i n a ç ã o pperantee r a n t e ttodas
o d a s aas s ddificuldades
i f i c u l d a d e s ee ttodosodos
os seus interesses
os seus
libertação n ã o p o d e ignorar Eis
interesses
de classe. E i s u m a verdade q u e o m o v i m e n t o d e
de classe. s o buma penaverdade
de trair que o s oob jmovimento
e t i v o s econó- de os sacrifícios,
os sacrificios, é uuma e m a grande grande vvitorlai t ó r i a ppolitica
o l í t i c a ee m moral.
o r a l . AAssim, tra­
s s i m , tra-
libertacao nao pode ignorar sob
m i c o s , p o l í t i c o s , sociais e c u l t u r a i s da luta. pena de trair os objetivos econo­ ta­se igualmente
ta-se igualmente dde e uum ma realizai;ao ccultural
a realização u l t u r a l ddecisiva
e c i s i v a parapara oo desen- desen­
rnicos, politicos, sociais e culturais da luta. volvimento ulterior
volvimento ulterior ee oo êexito x i t o ddo o m movimento
o v i m e n t o de de libertação.
libertac;:ao.
62
62 663
3
os seus
os seus êexitos
xitos o ou fracassos eea
u fracassos dura�o dda
a duração sua evolução,
a sua evolu�o. elas elas mar·
mar-
A DDER
A E R RROTA
O T A CCULTURAL DO
ULTURAL D O COLONIALISMO
COLONIALISMO ccam
am o o iinicio de uuma
n í c i o de m a nnova fase ddaa história
o v a fase hist6ria ddo o ccontinente
o n t i n e n t e ee são,
sao,
ttanto
anto n naa fforma
o r m a ccomo
o m o nno o cconteudo,
o n t e ú d o , oo ffatoa t o ccultural mais impor·
u l t u r a l mais impor-
tante ddaa vida
tante vida ddos o v o s aafricanos.
o s ppovos f r i c a n o s . FFruto
r u t o ee prova
prova dde vigor ccultural,
e vigor ultural,
aa luta
luta dede libertação
libertacao ddos povos ddee ÁAfrica
o s povos abre novas
f r i c a abre novas perspectivas
perspectivas
^(ouanto maiores são
Q u a n t o maiores sao asas diferenças
diferen,.as eentre n t r e aa ccultura
ultura d do povo
o povo
ao ddesenvolvimento
ao esenvolvimento d daa ccultura, ao serviço
u l t u r a , ao service ddo progresso.
o progresso.
ddommado
o m i n a d o ee aa d do opt_l!ssgr, mais
o opressor mais possível
possivel se se ttorna essa vitória.
o r n a essa vit6ria.
AA história
hist�ria m mostra
o s t r a que
que é em menos
e n o s ddificil
i f í c i l ddominar
ominar d do o qque preservar
u e preservar RIOUEZA
R CULTURAL
IQUEZA C DA
ULTURAL D A AFRICA
ÁFRICA
oo d dominio sobre uum
o m í n i o sobre m povopovo ddee ccultura
u l t u r a ssemelhante
emelhante o ouu análoga
analoqa à a
ddo conqu1�tado�Talvez
o conquistador^) possa m
�e possa
T a l v e z se mesmo �fir�ar que
esmo afirmar q u e a derrota
� derrota Passou já
Passou ja oo ttempo
e m p o eem m q queu e eera necessario pprocurar
r a necessário rocurar a argumen­
rgumen-
dede NNapoleao,
a p o l e ã o , ffossem quars ffossem
o s s e m quais o s s e m as as motivações economicas ee
motrvacoes económicas ttos o s para provar aa m
para provar maturidade
a t u r i d a d e ccultural
u l t u r a l ddos povos aafricanos.
o s povos fricanos. A A irra-
irra­
politicas das
políticas das suassuas guerras
guerras ddee cconquista, foi não
o n q u i s t a , foi nao terter sabido
sabido ((ou ou ccionalidade
ionalidade d das
a s ""teorias" racistas de
t e o r i a s " racistas de uum m G Gobineau
obineau o ouu de de uum m
podido) limitar
podido) limitar as as suas
suas aarnbicdes
m b i ç õ e s aao o ddominio
omínio d dos povos cuja
o s povos cuja LLevyevy B Bruhl nao interessam nem convencem senao os racis!3s,
r u h l não interessam n e m c o n v e n c e m senão o s racistas.
ccultura era mais
u l t u r a era mais oouu m menos
e n o s ssemelhante
emelhante à d a
daa França.
Franca. O O m mesmo se
e s m o se AApesar
pesar d doo ddominio
o m í n i o ccolonialo l o n i a l (e (e talvez
talvez ppor o r ccausa desse dornfnio],
a u s a desse domínio),
pod:ria dizer
poderia dizer de de ooutros imperios, antigos,
u t r o s impérios, antigos, m modernos
odernos o ouu ccontem­
ontem- aa Á Africa
f r i c a ssoube­
o u b e iimpor
mpor o o respeito
respeito pelos pelos seus seus valores
valores cculturais,
u l t u r a i s . RRe­
e-
poraneos.
porâneos.
velou­se m
velou-se mesmo
e s m o ccomo o m o ssendo endo u umm d dos
o s ccontinentes
o n t i n e n t e s maismais rricos i c o s eemm
. Um dos erros
Um mais graves,
e�ros mais graves, senão
sense mesmo
mesmo o mais mais grave,
grave, come­
come- valores cculturais.
valores ulturais. D Dee CCartageartago o ouu G Guizeh
u i z e h aao o ZZimbabwe,
imbabwe, d dee Meroe
Meroé
tido pelas
tido pelas potências coloniais em AAfrica,
potencras coloniais tera sido
f r i c a , terá sido ignorar ou
ignorar ou aa B Benin
enin e e Ilfe,
fé, d do oS Saara
aara o ouud dee TTombuctu
ombuctu a a KKilwa, atraves ddaa imen-
i l w a , através imen·
subestirnar aa força
subestimar forca cultural
cultural dos dos povos
povos africanos.
africanos. EEsta s t a aatitude
t i t u d e ée sidade ee ddaa diversidade
sidade diversidade das das condições
condiedes naturais naturais ddo o ccontinente,
o n t i n e n t e , aa
pparticularmente evidente no
a r t i c u l a r m e n t e evidente no qque se refere
u e se refere aao o ddominio
o m í n i o cultural
cultural ccultura
ultura d dos o v o s aafricanos
o s ppovos fricanos é e uum m ffato inegavel: ttanto
a t o inegável: a n t o nas nas obras
obras
portuques, qque
português, se não
u e se nao ccontentou
ontentou e em negar aabsolutamente
m negar b s o l u t a m e n t e aa exis-
exis­ dede arte arte ccomo o m o nas nas tradições
tradiedes orais orais ee escritas,
escritas, nas nas concepções
concepcdes ccos· os-
tencia dos
tência dos valores
valores cculturais
ulturais d doo aafricano
fricano e eaa suasua ccondicao
o n d i ç ã o de de serser so-
so· mogonicas ccomo
mogônicas o m o na na música
musica ee nas nas danças,
dancas, nas nas religiões
religiiies ee crencas crenças
cial, ccom<;>
cial, ainda tteimou
o m o _ainda eimou e em proibir­lhe qqualquer
m proibir-lhe especie de
u a l q u e r espécie de ativi­
ativi- ccomoomo n no q u i l í b r i o ddimimico
o eequilfbrio i n â m i c o das das eestruturas econornicas, ppoliti·
s t r u t u r a s económicas, olíti-
dade ppolitica.
dade olítica. O 0 povo
povo de de Portugal,
Portugal, qque u e não nao ggozou
o z o u as as riquezas
riquezas case
cas sociais qque
e sociais ue o o hhomem
o m e m aafricano f r i c a n o ssoube eriar.
o u b e criar.
usurpadas. aos
usurpadas aos povos
povos aafricanos pelo ccolonialismo
f r i c a n o s pelo portuques, mmas
o l o n i a l i s m o português, as SSe
e o o valor
valor universal
universal ddaa ccultura u l t u r a aafricana e,
f r i c a n a é , presentemente,
presentemente,
que aassimilou,
que na sua
s s i m i l o u , na sua mmaioria,
aioria, a ammentalidade imperialista das
e n t a l i d a d e imperialista das clas-
clas­ uum m ffato lncontestavel, não
a t o incontestável, nao ddevemos e v e m o s no no eentanto
n t a n t o eesquecer
squecer q que
ue o o
ses dirigentes
ses diri�entes ddoo seu seu país,
pais, paga paga hoje
hoje m muitou i t o ccaro,
aro, ^ m m trêstres guerras
guerras hhomem
o m e m aafricano,
f r i c a n o , ccujas
ujas m maos,
ã o s , ccomo omo d diziz o o ppoeta,
o e t a , ""colocaram
c o l o c a r a m pe- pe-
ccolonials,
oloniais, o o erro
erro dede ssubestimar
ubestimar a a nossa
nossa realidade
realidade ccultural. ultural. dras nnos
dras o s aalicerces
licerces d do o m mundo",
undo", a a desenvolveu
desenvolveu eem condicdes, se-
m condições, se-
A resistência
A resistencia ppol o l íitica
tica e e aarmada
rmada d dos povos das
o s povos das colónias
colonias por­ por- nao ssempre,
não e m p r e , pelopelo m menos
e n o s ffreqiientemente,
r e q u e n t e m e n t e , hhostis: ostis: d dos desertos às
o s desertos as
tuguesas, tal
tuguesas, tal ccomo
omo d dos
os o outros paises oouu regiões
u t r o s países regiiies de de ÁAfrica,
f r i c a , ffoi es·
o i es- florestas eequatoriais,
florestas q u a t o r i a i s , ddos pantanos ddo
o s pântanos litoral às
o litoral as margens
margens dos dos gran-gr��­
magada pela
magada pela ssuperioridade tecnica ddo
u p e r i o r i d a d e técnica o cconquistador
o n q u i s t a d o r imperialista,
imperialista, des rios
des rios ssujeitos
ujeitos a a ccheias
h e i a s ffreqiientes, atraves ee ccontra
r e q u e n t e s , através todas as
o n t r a todas as difi­
difi-
cc<;>m
om a a ccumplicidade
umplicidade o ou u a a ttrai�ao
r a i ç ã o dede algumas
algumas classes classes dirigentes
dirigentes in- in­ u l d a d e s , iincluindo
cculdades, ncluindo o oss flagelos
flagelos ddestruidores
estruidores n na'<;
ã o> sós6 ddas plantas ee
a s plantas
d1g�nas. A
dígenas. Ass elites
elites fiéis
fieis àa história
hist6ria eeaà ccultura ultura d do o povopovo fforam o r a m des-des­ ddoso s aanimais
n i m a i s ccomoo m o ttambem ambém d do o h homem.
o m e m . Pode Pode dizer-se,
dizer­se, de de acordo
acordo
truidas. FForam
truídas. massacradas populações
o r a m massacradas populacdes inteiras. inteiras. A A eraera ccolonial
olonial ccom
o m Basil Basil Davidson e outros historiadores das sociedades ee ddas
D a v i d s o n e o u t r o s historiadores d a s sociedades as
instalou­se ccom
instalou-se o m ttodos
odos o oss ccrimes
r i m e s da da eexploracao
xploração q queue a a caracteri-
caracteri­ cculturas
u l t u r a s aafricanas,
fricanas, q que
u e as as realizações
realizacoes ddo africano, nnos
genio africano,
o génio pia­
o s pla-
zzam.
a m . Mas Mas aa resistência
resistsncia ccultural ultural d doo povo
povo aafricano
f r i c a n o não nao foifoi destrui­
destruí- nos eaconomlco,
nos c o n ó m i c o , ppolitico, social ee ccultural,
o l í t i c o , social u l t u r a l , fface
a c e aao ca rater ppouco
o caráter ouco
dda.a. R Reprimida, perseguida, ttraida
e p r i m i d a , perseguida, raída p por algumas categorias
o r algumas categorias sociais sociais hospitaleiro do meio, sao uma epopeia cornparavel aos maiores
hospitaleiro d o m e i o , são u m a epopeia comparável a o s m a iores
ccomprometidas
omprometidas c com
omo o ccolonialismo,
olonialismo, a a ccultura
u l t u r a aafricana sobreviveu
f r i c a n a sobreviveu eexemplos hist6ricos da grandeza do homem.
x e m p l o s históricos d a grandeza d o h o m e m .
aa todastodas as as ttempestades refugiada nas
e m p e s t a d e s refugiada nas aldeias,
aldeias nas nas florestas
florestas ee nnoo es- es­
ppirito de gerações
í r i t o de gera�iies vvitimasítimas d do o ccolonialismo.
olonialismo. ' A DDINAMICA
A DA
INÂMICA D CUL
AC U L TURA
TURA
Como
C omo a a ssemente
emente q que espera ddurante
u e espera urante m muito
u i t o ttempo
e m p o as as ccondi­
ondi-
�iies propícias
ções propicias àa germinação
germina�ao para para preservar
preservar aa ccontinuidade
o n t i n u i d a d e da da es­es- Como
C omo é e óobvio esta realidade
b v i o , esta realidade cconstitui
onstitui u um m m motivo
otivo d dee orgu-
orgu­
pecie ee garantir
pécie garantir aa ssua u a eevolu�o.
volução, a a ccultura
ultura d dos
o s povospovos aafricanos
fricanos lho ee uum
lho m eelemento'estimulante para ooss qque
l e m e n t o e s t i m u l a n t e para u e llutam pela liberdade
u t a m pela liberdade
ddesabrocha
e s a b r o c h a hhoje oje d dee nnovo, atraves de
o v o , através de ttodo
odo o o ccontinente
o n t i n e n t e , nas nas lutas
lutas ee o
o progresso
progresso dosdos povos
povos aafricanos. Mas iimporta
f r i c a n o s . Mas nao perder
m p o r t a não perder dede vis-
vis­
de libertação
de libertacso nnacional.acional. S Sejam
e j a m qquaisu a i s fforem
o r e m as as fformas de�sas lutas.
o r m a s dessas lutas,
65
65
664
4
ta qque
ta nenhuma
ue n enhuma c cultura
ultura é u um e
m ttodo perfeito ee aacabado.
o d o perfeito cabado. A A ccultura,
ultura, características de uma raça;
caracteristicas i n a l m e n t e , a apreciacao
raca: ffinalmente, r í t i c a , nao
a p r e c i a ç ã o ccrftica, não
tal como
tal necessariamente um
hist6ria, ée necessariamente
como aa história, um ffen6meno xpan-
em eexpan­
e n ó m e n o em ccient(fica
i e n t í f i c a ouou aa­cientifica, do fen6meno
- c i e n t í f i c a , do f e n ó m e n o ccultural.
ultural.
em desenvolvimento.
sao, em
são, desenvolvimento. Mais Mais iimportante ainda é ter
m p o r t a n t e ainda ter e e
m consi­
em consi- Da
D a m e s m a forma,
mesma forma, o oq queu e iimporta
mporta n naoão é perder ttempo
e perder e m p o em e m dis·
dis-
dera\:a"o oo ffato
deração ato q que
ue a a(caractedstica fundamental de
( c a r a c t e r í s t i c a fundamental de uma cultura
uma cultura cussdes mais
cussões mais oouu m menose n o s bizantinas sobre aa eespecificidade
b i z a n t i n a s sobre specificidade o nao
ouu não
éea a sua í n t i m a lligação,
sua lntima de d e p e n d ê n c i a e reciprocidade,
igacao, de dependencia e reciprocidade, com area· com a rea- eespecificidade
specificidade d dos valores cculturais
o s valores u l t u r a i s aafricanos,
fricanos, m mas s i m encarar
a s sim encarar
lidade eecon6mica
lidade conómica e social do
e social meio, ccom
do meio, om o n rvel de
o nível forcas produti­
de forças produti- esses valores ccomo
asses valores omo u umama c conquista
onquista d dee uuma parte ddaa humanidade
m a parte humanidade
modo de
vasee oo modo
vas r o d u ç ã o da
de pproducao sociedade que
da sociedade cria^
que aa cria) para oo ppatrimonio
para atrimônio c comum
omum a a ttoda
oda a a hhumanidade, realizada numa
u m a n i d a d e , realizada numa
A u l t u r a , ffruto
A ccultura, ruto d daa história, reflete, aa ccada
hist6ria, reflete, ada mmomento,
omento, a rea­
a rea- oouu e em diversas fases
m diversas fases ddaa sua evolução. 0O que
sua evolu\:a"o. e
interessa éproceder
que interessa proceder
àa analise
análise c r í t i c a das culturas africanas face ao movimento
cr(tica movimento de li- Ii ·
lidade espiritual ddaa ssociedade,
material ee espiritual
lidade material ociedade, d doo hhomem­individuo
omem-indivíduo e e
ddoo h o c i a l , fface
o m e m - s e r ssocial,
homem·ser aos cconflitos
a c e aos onflitos q que
u e os p õ e m à natureza
os oopdern natureza a bertacao e às
bertação
hist6ria ddaa ÁAfrica.
história
as exigências
exigencias do progresso proqresso —
Poderemos assim ter cconsclencia
f r i c a . Poderemos
­ fface
ace a esta nova
a esta nova etapa
o n s c i ê n c i a do
etapa da
do seu valor
da
e o s iimperativos
e aaos m p e r a t i v o s da vida eem
da vida m ccomum.
omum. D Da(a í que qualquer cultura
que qualquer cultura
comporte elementos essenciais e secundarios, forcas e fraquezas,
comporte elementos essenciais e secundários, forças e fraquezas, quadro da ccivllizacso
no quadro i v i l i z a ç ã o universal, mas comparar comparar este valor valor com com
defeitos, aspectos
virtudes ee defeitos,
virtudes positivos ee negativos,
aspectos positivos fatores de
negativos, fatores de pro-
pro· os das outras outras culturas, não nao para determinardeterminar a sua superioridade superioridade
estaqnacao ou
gresso ee estagnação
gresso ou regressão.
reqressao. D Dai igualmente qque
a í igualmente cultura
a cultura
ue a ou inferioridade, mas
ou inferioridade, mas para determinar, no m b i t o geral da luta
no âambito
­ criação
— cria\:a"o da sociedade ee síntese
da sociedade dos eequilibrios
sintese dos quilíbrios e solucdes qque
e soluções ue pelo progresso, qual
pelo qual ée a ccontribuicao
o n t r i b u i ç ã o que que deu deu e deve deve dar daree quais
elabora para
elabora resolver ooss cconflitos
para resolver que
onflitos q ue a a ccaracterizam
aracterizam e emm ccada fase
a d a fase sao as contrlbuicoes que pode e deve receber.
são as c o n t r i b u i ç õ e s que pode e deve receber.
dda hist6ria —
a história seja uma
­ seja uma realidade independente da
social independente
realidade social vontade
da vontade OO m movimento
ovimento d libertacso ddeve,
dee libertação e v e , como
c o m o já i s s e m o s , basear
ja ddissemos, basear a a
dos homens, da
dos homens, cor da
da cor pele ou
da pele ou da o r m a dos
da fforma olhos.
dos olhos. sua ação
sua a,;:iio no no cconhecimento
onhecimento p r o f uundo
prof ndo d daa ccuu lltura
tura d doo p povo
ovo e saber
e saber
aapreciar, pelo seu
p r e c i a r , pelo seu jjusto valor, ooss eelementos
u s t o valor, dessa ccultura,
l e m e n t o s dessa u l t u r a , assim
assim
Numa
N analise mais
u m a análise mais pprofunda
r o f u n d a da realidade ccultural,
da realidade nao se
u l t u r a l , não se ccomo
omo o oss ddiversos niveis qque
i v e r s o s níveis atinge eem
u e atinge mc cada categoria ssocial.
a d a categoria o c i a l . Deve
Deve
ppode pretender qque
o d e pretender u l t u r a s ccontinentais
x i s t e m cculturas
u e eexistem ontinentais o raciais. EE
ouu raciais. igualmente ser
igualmente ser ccapaz a p a z de distinguir. nnoo cconjunto
de distinguir» onjunto d dos valores ccultu­
o s valores ultu-
isso o r q u e , ccomo
isso pporque, omo a hist6ria, aa ccultura
a história, u l t u r a se desenvolve nnum
se desenvolve u m proces­
proces-
rais do
rais do ppovo,ovo, o essencial ee oo secundário,
o essencial secundario, oo ppositivo ositivo e e oo negativo,
negativo,
so desigual, aaoo nível
so desigual, nivel de de uum m ccontinente,
o n t i n e n t e , dede uuma m a ""raca"
raça" o ouu m mesmo
esmo o progressista ee oo reacionário,
o progressista reacionario, aass forças forcas ee as r a q u e z a s , ttudo
as ffraquezas, u d o isso
isso
de uma sociedade. As coordenadas da cultura, tal como as de
de u m a s o c i e d a d e . A s c o o r d e n a d a s d a c u l t u r a , tal c o m o as de eemm ffun\:a"o
unção d das exigencias da luta e para poder centrar a sua a\:a"o
a s exigências d a luta e para p o d e r c e n t r a r a sua ação
q u a l q u e r ffen6meno
qualquer enómeno e em v o l u ç ã o , vvariam
m eevolucao. a r i a m no espaco ee no
no espaço no tempo,
tempo, nno essencial ssem
o essencial esquecer oo secundário,
e m esquecer secundario. pprovocar rovocar o desenvolvi·
o desenvolvi-
quer sejam
quer materiais (físicas)
sejam materiais (fisicas) oouu hhumanas (biol6gicas ee sociais).
u m a n a s (biológicas sociais).
mento
m ento d o s eelementos
dos l e m e n t o s positivos progressistas ee ccombater,
positivos ee progressistas o m b a t e r , ccom om
OO fato de reconhecer a existencia de traces comuns e especificos
f a t o de r e c o n h e c e r a existência d e traços c o m u n s e específicos ddiplomacia mas rigorosamente, os elementos negativos e reacio­
i p l o m a c i a m a s r i g o r o s a m e n t e , o s e l e m e n t o s negativos e reacio-
nas cculturas
nas ulturas d doso s povos f r i c a n o s , iindependentementS:da
povos aafricanos, ndependentemente»da c cor da
o r da
narios; e,
nários; e, ffinalmente,
i n a l m e n t e , para para qque possa utilizar
u e possa utilizar eeficazmente
f i c a z m e n t e as as
sua pele, não
sua pele, nao iimplica
mplica n necessariamente
ecessariamente q u e eexista
que xista u uma
m a únicaimica cul- cul· forcas ee eeliminar
forças l i m i n a r as as ffraquezas,
raquezas, o transforms­las eem
ouu transformá-las foreas,
m forças.
ttura
u r a no no ccontinente:
ontinente: d daa m e s m a fforma
mesma orma q que,
ue, d do o pponto
o n t o de vista eco-
de vista eco­
ó m i c o ee ppolitico,
nnomico o l í t i c o , se se verifica a axistencia de varjas Africas,
verifica a existência de várias A f ha
r i c a s , há
A U L TURA
A CCUL TURANNACIONAL. CONDI
ACIONAL. C CAO
ONDIÇ DO
ÃO D O
varias cculturas
a m b é m várias
ttarnbern fricanas.
u l t u r a s aafricanas.
DESENVOLVIMENTO
D ESENVOLVIMENTO D DA LUTA
A L UTA
ÉI: ffora
ora d duvida qque
dee dúvida ue a subestimacao ddos
a subestimação o s valores culturais
valores culturais
dos povos
dos povos aafricanos, baseada nnos
f r i c a n o s , baseada o s ssentimentos
e n t i m e n t o s raciais inten·
raciais ee nnaa inten- Ouanto
Q uanto m a i s ttomamos
mais consciencia de
o m a m o s consciência de qque r i n c i p a l ffinali·
u e aa pprincipal inali-
\:a"o de
ção perpetuar aa ssua
de perpetuar u a eexploracao
x p l o r a ç ã o pelo estrangeiro, ffez
pelo estrangeiro, ez mmuito mal
u i t o mal dade ddo
dade o m movimento
ovimento d dee libertação ultrapassa aa cconquista
liberta\:a"o ultrapassa onquista d inde­
daa inde-
aa Á Africa.
frica. M Mas, necessidade vital
face àa necessidade
a s , face vital ejo progresso, os
do progresso, os seguintes
seguintes pendencia ptM>litica
pendência para se
o l í t i c a para se ssituar
i t u a r no l a n o ssuperior
no ppiano uperior d daa liberta\:a"o
libertação
fatos ou
fatos comportamentos não
ou comportamentos nao são prejudiciais: os
menos prejudiciais:
sao menos elogios
os elogios ttotal
o t a l das r o d u t i v a s ee d
forcas pprodutivas
das forças construeao ddo
daa construção progresso econó-
o progresso econo­
não exaltacao sistemática
seletivos; aa exaltação
nao seletivos; sisternatlca das virtudes sem
das virtudes condenar
sem condenar mico,
m social ee ccultural
i c o , social ultural d do o ppovo,
ovo, m mais evidente se
a i s evidente se ttorna
orna a necessi·
a necessi-
defeitos; aa cega
os defeitos;
os aceitacso dos
cega aceitação valores da
dos valores cultura sem
da cultura sem conside-
conside­ ddade
a d e de r o c e d e r aa u
de pproceder uma
m a análise seletiva ddos
an.Ilise seletiva valores ddaa ccultura
o s valores no
u l t u r a no
rar oo que
rar ela tem
que ela tern ou ou pode pode ter ter de negativo, de
de negativo, reacionario ou
de reacionário ou de
de âambito
m b i t o da luta. O
da luta. Oss valores negativos ddaa cculture
valores negativos sao, eem
u l t u r a são, geral, uum
m geral, m
regressivo; aa cconfusao
regressivo;
histórica
entre oo que
o n f u s ã o entre que éea exoressao de
a expressão uma realidade
de uma realidade obstaeulo aao
obstáculo o ddesenvolvimento
e s e n v o l v i m e n t o da da luta a
construeao desse
luta ee à construção desse pro- pro·
hist6rica objetiva material ee oo que
objetiva ee material parece ser
que parece ser uma crlacao do
uma criação do es-
es· gresso. TTai
gresso. necessidade torna-se
a l necessidade torna­se mais mais agudaaguda nnos casos eem
o s casos m qque,ue,
í r i t o ou
pp(rito o resultado de uma natureza
ou o resultado de uma natureza especifica; a liga\:a"o absur·e s p e c í f i c a ; a ligação absur- para eenfrentar
para violencia ccolonialista,
n f r e n t a r aa violência olonialista, o om movimento
ovimento d liberta\:a"o
dee libertação
da das
da das criações r t í s t i c a s , sejam
criacdes aartisticas, validas ou
sejam válidas ou não, nao, aa pretensas
pretensas ttern
e m de de m mobilizar organizar oo ppovo,
o b i l i z a r ee organizar o v o , ssob dire\:a"o ddee uuma
o b aa direção orga·
m a orga-

66
66 67
67
nizac;ao
nização p politica
o l í t i c a solida
sólida e e ddisciplinada,
isciplinada, a a ffim
i m de de recorrer
recorrer à a violên-
violen­
cia
cia libertadora
libertadora ­ —a a luta armada de
luta armada de tibertecso
libertação nacional.
nacional. Oss dirigentes
O dirigentes ddo o m movimento
o v i m e n t o de libertac;ao, originarios
de libertação, originários da da
Nesta pperspectiva,
Nesta erspectiva, o o m movimento
o v i m e n t o de de libertação
libertacao deve deve ser ser ca-ca­ "pequena
"pequena b burguesia"
u r g u e s i a " ((intelectuais,
intelectuais, e empregados)
mpregados) o ouu dos d o s meios
meios
paz,
paz, para para além alern da da analise
análise acima a c i m a exposta,
e x p o s t a , de de efetuar,
efetuar, passo passo a a trabalhadores
t r a b a l h a d o r e s dasdas cidades [operarios, m
c i d a d e s (operários, motoristas, assalariados em
o t o r i s t a s , assalariados em
passo
passo m masas s solidamente,
o l i d a m e n t e , no no d decurso
ecurso d daa evolucao
evolução d daa sua
s u a ac;ao
ação pol p o l íi­- geral),
geral), tendo t e n d o de de viverviver quotidianamente
q u o t i d i a n a m e n t e com c o m as diversas ccamadas
as diversas amadas
tica,
tica, a a confluência
conftuencia ddos niveis de
o s níveis de c cultura das diversas
u l t u r a das categorias
diversas categorias ccamponesas,
a m p o n e s a s , no no seio seio das populacdes rurais,
das populações r u r a i s , acabam
acabam p o r melhor
por melhor
sociais disponíveis a
sociais dispon(veis luta ee transformá-los
à luta transforrna­Ios na na força
fores ccultural nacio­
u l t u r a l nacio- conhecer
conhecer o o ppovo,
ovo, d descobrem,
e s c o b r e m , na na p pr6pria
r ó p r i a fonte
fonte a r i q u e z a dos
a riqueza d o s seus
seus
nal
nal que serve de
q u e serve de basebase ao ao desenvolvimento
d e s e n v o l v i m e n t o da da lluta
uta aarmadarmada e e que
que eé valores
valores culturais c u l t u r a i s [filosoficos,
(filosóficos, politicos, artísticos, sociais
p o l í t i c o s , art(sticos, sociais e e
aa suas u a condicao.
condição. C Convern
o n v é m notar notar q que
ue a a analise
análise da da realidade
realidade cultural cultural morais),
m o r a i s ) , adquirem
a d q u i r e m uma conscisncia mais
u m a consciência mais nftida n í t i d a dasdas realidades
realidades
da
dá ja já uma uma m medida
e d i d a das torcas ee das
das forças das ffraquezas
raquezas d doo povo
povo fface a c e as às exi­
exi- econornicas
económicas do do pais,
país, d dos
o s problemas,
problemas, s sofrimentos
ofrimentos e aspirações das
e aspira<;;oes das
gencias
gências da da lutaluta ee rrepresenta,
e p r e s e n t a , portanto,
p o r t a n t o , uma u m a contribuicao valiosa
c o n t r i b u i ç ã o valiosa massas
massas populares.
populares. C Constatam,
o n s t a t a m , niionão s sem
em u um m c certo
erto e espanto,
spanto, a a rique­
rique-
para
para a estrateqia ee as
a estratégia taticas aa seguir,
as táticas seguir, tanto tanto n noo piano
plano politicopolítico za
z a dede espirito,
espírito, a a capacidade
c a p a c i d a d e de argumentação e
de arqumentacao e ded e exposic;ao
exposição clara clara
como
c o m o militar.militar. Mas Mas s6 só no no ddecurso
e c u r s o da d a lluta,
uta, d desencadeada
esencadeada a a partir
partir das ideias, aa facilidade
das ideias, f a c i l i d a d e de compreensiio ee assimilac;ao
de compreensão assimilação d dos
o s concei­
concei-
de
de uma u m a basebase satisfatória
satisfat6ria de de unidade
unidade p politica
olítica e e moral,
moral, a a complexi­
complexi- tos
tos por por parte parte das das popula<;;oes
populações ainda a i n d a ontem
o n t e m esquecidas
esquecidas e e mesmo
mesmo
dade
d a d e dos d o s problemas
p r o b l e m a s culturais
c u l t u r a i s surge
surge e emm ttodaoda a a sua
sua a amplitude.
m p l i t u d e . Issa Isso desprezadas
desprezadas e e cconsideradas
o n s i d e r a d a s pelo pelo ccolonizador,
olonizador, e e ate
a t é por alguns na-
por alguns na­
obriga ccom
obriga o m ffreqiiencia
requência a adaptaeoes sucessivas
a adaptações sucessivas da estrateqia ee
da estratégia cionais,
c i o n a i s , como
c o m o seres seres incapazes.
incapazes. Os O s dirigentes
dirigentes enriquecem e n r i q u e c e m assimassim aa
das taticas às
das táticas as realidades
realidades qque u e so só a a luta
luta pode pode revelar.
revelar. A A experiencia
experiência sua
sua cultura
cultura — ­ cultivam­se
cultivam-se e e libertam­se
libertam-se de de c complexes,
o m p l e x o s , reforeando
reforçando
da luta demonstra como e ut6pico e absurdo pretender aplicar
d a luta d e m o n s t r a c o m o é u t ó p i c o e a b s u r d o pretender aplicar aa capacidade
c a p a c i d a d e de de servir
servir o o movimento,
m o v i m e n t o , ao serviço do
a o service d o povo.
povo.
esquemas
esquemas u utilizados
t i l i z a d o s por por o outros
u t r o s povos
povos durante durante a a s sua
u a luta
luta de de liber­
liber- Por
Por seu seu lado,
lado, as as massas
massas ttrabalhadoras
rabalhadoras e e,, em
e m especial,
especial, o oss ccam­
am-
tac;ao
tação e e solucdes
soluções por por eles eles e encontradas
n c o n t r a d a s parapara os o s problemas
p r o b l e m a s que q u e tive­
tive- poneses,
poneses, geralmentegeralmente a analfabetos
nalfabetos e e que
q u e nunca u l t r a p a s s a r a m os
n u n c a ultrapassaram o s Ii­
li-
rram
am q que enfrentar, sem considerar a realidade local (e, especial­
u e e n f r e n t a r , sem c o n s i d e r a r a realidade local (e, especial- mites
mites da da aldeia
aldeia ou o u da da regiiio,
região, perdem, p e r d e m , nos nos contatos
c o n t a t o s com c o m outras
outras
mente,
mente, a a realidade
realidade cultural). cultural). categorias,
categorias, os o s complexes
c o m p l e x o s que q u e os os limitavam
l i m i t a v a m nas relações com
nas rela<;;oes com
Pode
P o d e dizer­se
dizer-se que, que, n noo inicio
início d daa luta, seja qual
l u t a , seja for oo seu
q u a l for seu grau grau outros
o u t r o s grupos
g r u p o s etnlcos
étnicos e e ssociais;
o c i a i s ; compreendern
compreendem a a sua
sua c o n d i ç ã o de
condic;ao de
de
d e preparacao,
p r e p a r a ç ã o , nem nem a direc;ao do
a direção do m movimento
o v i m e n t o de de libertacao
libertação nem nem elementos
elementos d determinantes
eterminantes d daa luta;
l u t a ; quebram
q u e b r a m as grilhetas do
as grilhetas d o univer­
univer-
as
as massas
massas m militantes
ilitantes e e populares
p o p u l a r e s tern
t ê m uma u m a consciencia
consciência n nitida
í t i d a dodo se
so da d a aldeia
aldeia para para se se integrarem
integrarem progressivamente
progressivamente no pais ee no
n o país no
peso
peso d daa influência
influencia dos d o s valores
valores culturais na evolucao
c u l t u r a i s na evolução dessa dessa mesma mesma mundo;
m u n d o ; adquirem
a d q u i r e m uma u m a iinfinidade
n f i n i d a d e de de novas c o n h e c i m e n t o s , uteis
n o v o s conhecimentos, úteis
luta:
l u t a : quais
q u a i s asas possibilidades
p o s s i b i l i d a d e s que
q u e cria,
cria, q qua
u a iiss os
o s Ii mites, que
limites que impde impõe àa sua s u a atividade
atividade imediata imediata e e futura
f u t u r a no n o ambito
â m b i t o da d a luta; r e f o r ç a m aa
l u t a ; reforcarn
e,
e, principalmente,
p r i n c i p a l m e n t e , coma como e e q quanta
uanto a c u l t u r a e,
a cultura para lJ
é, para d povo,
p o v o , uma uma consciencia
consciência p politica,
o l í t i c a , assimilando
a s s i m i l a n d o os o s principios
p r i n c í p i o s da d a revoluc;ao
revolução na- na­
fonte
f o n t e inesgotavel
inesgotável de de coragem,
c o r a g e m , de de meios materiais ee morals,
m e i o s materiais m o r a i s , de de cional
cional e e social
social p postulada
o s t u l a d a pelapela luta, luta. Tornam­se
T o r n a m - s e mais mais aptos a p t o s assim
assim
energia
energia ffsica física e e psiquica,
psíquica, que q u e lhe lhe permite
p e r m i t e aceitar
a c e i t a r sacriffcios
sacrifícios ee para
para desempenhar
desempenhar o o papel
papel d decisive
e c i s i v o de de forca p r i n c i p a l do
f o r ç a principal do movi­
movi-
mesmo
m e s m o fazer fazer "milagres";
" m i l a g r e s " ; e, e, igualmente,
igualmente, sob s o b alguns
alguns aspectos,aspectos, mento
m e n t o de de libertac;ao.
libertação.
como
c o m o pode p o d e ser ser uma u m a fontef o n t e dede obstaculos
obstáculos e e dificuldades,
d i f i c u l d a d e s , de de con­con- Como e
_ Como é s sabido,
abido, a a luta
luta armada
a r m a d a de libertac;ao exige
d e libertação exige aa mobili­mobili-
cepcdes
cepções erradas erradas da d a realidade,
realidade, de de desvios
desvios no no cumprimento
c u m p r i m e n t o do do de­de- zac;ao
zação e e aa organizac;ao
organização de d e umau m a maioria
m a i o r i a significativa
significativa da d a populaeao,
população,
ver
ver e e ded e llimitac;ao
i m i t a ç ã o do do ritmo
ritmo e e da
d a eficacia
eficácia da da luta
luta facef a c e as
às exigencias
exigências a^unidade politica
a..._umdade política e e moral
m o r a l das das diversas
diversas categorias categorias sociais, sociais, o o usouso
politicas,
p o l í t i c a s , tecnicas
técnicas e e cientificas
científicas da d a guerra.
guerra. eficaz
eficaz de de armas
a r m a s modernas
modernas e e de de outros
o u t r o s meios
m e i o s de guerra, a
d e guerra, a liquida­
liquida-
c;ao progressiva
ção progressiva dos d o s restos
restos de de mentalidade
m e n t a l i d a d e tribal,
tribal, a a recusa
r e c u s a das
das re­ re-
A
A LUTA
L U T A ARMADA,
A R M A D A , INSTRUMENTO
I N S T R U M E N T O DE
D E UNIFICACAO
UNIFICAÇÃO gras
gras e e dos
d o s tabus
t a b u s sociais
sociais e e religiosos
religiosos contrariescontrários ao ao d desenvolvimen­
esenvolvimen-
EDE
E D E PROGRESSO
P R O G R E S S O CULTURAL
CULTURAL to
to da da luta
luta (gerontocracia,
( g e r o n t o c r a c i a , nepotismo,
n e p o t i s m o , inferioridade
inferioridade social social da d a mu­
mu-
lher, ritos
lher, ritos e e pratieas
práticas incompativeis
incompatíveis c comom o o carater
caráter racionalracional e e na­
na-
A
A luta
luta aarmada
r m a d a de de Iibertacao,
l i b e r t a ç ã o , desencadeada
d e s e n c a d e a d a como resposta aà
c o m o resposta cional
c i o n a l dad a luta,
luta, etc.) etc.) e e opera
o p e r a ainda
a i n d a muitas
m u i t a s outras
o u t r a s modifieaedes
modificações
agressiio
agressão d doo oopressor
p r e s s o r colonialista,
c o l o n i a l i s t a , revela­se
revela-se coma c o m o um
u m instrumento
instrumento profundas
p r o f u n d a s na na vidavida das das popula<;;cies.
populações. A A luta luta armada
a r m a d a de de libertac;ao
libertação
doloroso
d o l o r o s o mas
mas eficaz
e f i c a z para
para o o desenvolvimento
d e s e n v o l v i m e n t o do d o nfvel
nível cultural,
cultural, iimplica,
m p l i c a , portanto,
p o r t a n t o , urnau m a verdadeira
verdadeira marcha m a r c h a foreadaf o r ç a d a no no caminho
caminho
tanto
t a n t o das
das c camadas
a m a d a s dirigentes
dirigentes do d o movimento
m o v i m e n t o de de libertac;ao
libertação como
como do
d o progresso
progresso cultural. cultural.
das
das diversas
diversas categorias
categorias sociaissociais que q u e participam
p a r t i c i p a m da
d a luta.
luta. Se
S e aliarmos
aliarmos a a estes
estes fatos,f a t o s , inerentes
inerentes a a u uma
m a luta luta armada
a r m a d a deli­
d e li-
bertaeao,
b ertação, a a pratica
prática da da democracia,
d e m o c r a c i a , da da critica
crítica e e da da autocrftica,
a u t o c r í t i c a , aa
68
68
69
responsabilidade crescente
responsabilidade c r e s c e n t e das populacdes na
das populações gestão da
na gestao sua vida,
d a sua vida, objetivos e
objetivos e oo povop o v o tera p e r d i d o uma
terá perdido o p o r t u n i d a d e de
u m a oportunidade progresso
d e progresso
criação de
a l f a b e t i z a ç ã o , aa cria�ao
aa alfabetizaeao, escolas ee de
de escolas assistência sanitaria,
de assistencia sanitária, aa no geral da
â m b i t o geral
no ambito da hist6ria.
história.
f o r m a ç ã o de
forma�o de quadros originários dos
q u a d r o s origimirios d o s meios urais e
m e i o s rrurais e operarios
operários — ­ A o celebrar
Ao celebrar c o m esta
com cerimónia a
esta cerimonia m e m ó r i a do
a mem6ria d o Dr.D r . Eduardo
Eduardo
assim como
assim c o m o outras realizações ­
o u t r a s realizacfies —v veremos que a
e r e m o s que a luta a r m a d a de
luta armada li­
de li- Mondlane,
M o n d l a n e , 11restamos h o m e n a g e m ao
p r e s t a m o s homenagem ao homem p o l í t i c o , ao
h o m e m politico, a o com­
com-
bertação e
bertacso é nao a p e n a s um
não apenas u m fato c u l t u r a l mas
f a t o cultural t a m b é m um
m a s tambem fator de
u m fator de batente da
batente liberdade e,
da hberdade e s p e c i a l m e n t e , ao
e, especialmente, h o m e m de
ao homem c u l t u r a . Nao
de cultura. Não
cultura.
cultura. E s s a e,
Essa é, sem dúvida alguma,
sem duvida para o
a l g u m a , para o povo, primeira com­
p o v o , aa primeira com- apenas da
apenas d a cultura a d q u i r i d a no
c u l t u r a adquirida d e c u r s o da
no decurso s u a vida
d a sua pessoal e
vida pessoal e nos
nos
pensa�o
pensação a o s esforeos
aos esforços e e sacrificios
sacrifícios q u e sao
que são oo preco
preço da da guerra.
guerra. Pe-Pe­ b a n c o s da
bancos u n i v e r s i d a d e , mas
d a universidade, p r i n c i p a l m e n t e no
m a s principalmente seio do
n o seio do seu seu povopovo,
rante esta
rante esta perspectiva,
perspectiva, c o m p e t e ao
compete m o v i m e n t o de
ao movimento libertação defi­
de libertacao defi- q u a d r o da
no quadro
no da lutaluta de libertação do
de libertacac d o seu
seu povo.
povo. '
c l a r a m e n t e os
nir claramente
nir objetivos da
o s objetivos resistência cultural,
d a resistsncia parte integran·
c u l t u r a l , parte integran- dizer-se que
P o d e dizer­se
Pode M o n d l a n e foi
E d u a r d o Mondlane
q u e Eduardo foi selvaticamente
selvaticamente as·
as-
d e t e r m i n a n t e da
te e determinante
tee d a luta.
luta. sassinado porque
sassinado p o r q u e foi c a p a z de
foi capaz de se identificar com
se identificar d o seu
c u l t u r a do
c o m aa cultura seu
c o m as
p o v o , com
povo, suas mais
as suas mais profundas aspirações, atraves
p r o f u n d a s aspiraedes, através ee contra c o n t r a to­
to-
das
das as_ tentativas ou
as tentativas tentações de
o u tentacdes alienação da
de aliena�o d a sua
s u a personalidade
personalidade
O S OBJETIVOS
OS R E S I S T Ê N C I A CULTURAL
D A RESISTENCIA
O B J E T I V O S DA CULTURAL africano e
de afncano
de m o ç a m b i c a n o . Por
e mocambicano. ter forjado
P o r ter u m a cultura
f o r j a d o uma nova na
c u l t u r a nova na
luta, caiu
luta, c o m o um
c a i u como combatente. E
u m combatente. e v i d e n t e m e n t e facil
É evidentemente a c u s a r os
fácil acusar os
tudo o
D e tudo
De o que a c a b a m o s de
q u e acabamos dizer pode
de dizer c o n c l u iir­se
p o d e conclu q u e , no
r - s e que, no colonialistas portugueses
colonialistas portugueses e e os agentes do
o s agentes do imperialismo seus alia­
i m p e r i a l i s m o , seus alia-
q u a d r o da
quadro c o n q u i s t a da
da conquista independência nacional
da independencia n a c i o n a l ee na perspectiva
na perspectiva dos, do
dos, do crime c o m e t i d o contra
a b o m i n á v e l cometido
c r i m e aborninavel pessoa d�
c o n t r a aa pessoa de Eduardo
Eduardo
da construção do
d a eonstrucso progresso economlco
d o progresso e c o n ó m i c o ee social social do do povo,p o v o , esses esses Mondlane, contra o
M o n d l a n e , contra povo de
o povo M o ç a m b i q u e ee contra
de Moearnbique c o n t r a aa Africa.
Africa.
objetivos p o d e m ser,
o b j e t i v o s podem ser, pelopelo menos,m e n o s , os seguintes:
o s seguintes: F o r a m eles
Foram eles que covardemente o
que covardemente assassinaram. E
o assassinaram. E no e n t a n t o ne­
no entanto ne-
­ d e s e n v o l v i m e n t o de
— desenvolvimento d e umau m a cultura
cultura popular
popular ee dede todost o d o s os os cessário que
cessario t o d o s os
q u e todos h o m e n s de
o s homens t o d o s os
c u l t u r a , todos
de cultura, os combatentes
combatentes
valores positivos, aut6ctones;
c u l t u r a i s positivos,
valores culturais autóctones; liberdade, todos
d a hberdade,
da t o d o s os espíritos sedentos
o s eiil)irit?s s e d e n t o s de paz ee de
de paz de progresso
progresso — ­
­ d e s e n v o l v i m e n t o de
— desenvolvimento de uma u m a cultura
cultura nacional
nacional baseada na
baseada na his­
his- t o d o s os
todos inimigos do
o s rnrmrqos c o l o n i a l i s m o ee do
do colonialisrno racismo ­
d o racismo t e n h a m aa cora­
— tenham cora-
tória ee nas
t6ria nas conquc o n q u iistas p r ó p r i a luta;
da pr6pria
s t a s da luta; gem de
gem de tomar sobre os
t o m a r sobre os seus o m b r o s aa parte
seus ombros parte de de responsabilidade
responsabilidade
­ elevação constante
— eleva�o c o n s t a n t e da da consciencie
consciência politics
política ee moral
moral do
do que
q u e lhes. c o m p e t e nessa
lhes_ compete nessa mortem o r t e tragica.
trágica. Porque,P o r q u e , sese o o colonialismo
colonialismo
p o v o (de
povo (de todastodas as categorias sociais)
as categorias sociais) ee do do patriotismo,
patriotismo, e s p í r i t o de
espirito de português ee os
portugues o s agentes imperialistas podem
agentes imperialistas a i n d a assassinar
p o d e m ainda assassinar impu­ impu-
sacrifício ee dedica�ao
sacrificio dedicação aà causa c a u s a da i n d e p e n d ê n c i a , da
da independencia, justiça ee do
d a justica do n e m e n t e um
nemente u m homemh o m e m como como o o Dr.D r . Eduardo M o n d l a n e , eé porque
E d u a r d o Mondlane, porque
progresso;
progresso; , algo de
algo p o d r e continua
de podre vegetar no
c o n t i n u a aa vegetar seio da
n o seio humanidade: o
d a humanidade: o dom(-
domí-
d e s e n v o l v i m e n t o de
— desenvolvimento
­ d e uma u m a cultura científica,ica, tecnica
cienttf técnica ee nio imperialista.
nio imperialista. porque os
EÉ porque h o m e n s de
o s homens de boa v o n t a d e , defensores
b o a vontade, defensores
dever aà superfi·
cultura
tecnológica, compativel
tecnol6gica, c o m p a t í v e l com c o m as exigências do
as exigencias progresso;
d o progresso; d a cultura
da d o s povos,
c u l t u r a dos a i n d a nao
p o v o s , ainda realizaram o
não realizaram seu dever
o seu superfí-
­ d e s e n v o l v i m e n t o , com
— desenvolvimento, c o m base base numa assimilação critica
n u m a assirnilacao c r í t i c a das
das cie do
cie do planeta.
planeta.
c o n q u i s t a s da
conquistas h u m a n i d a d e nos
da humanidade d o m í n i o s da
n o s dominios a r t e , da
da arte, ciência, da
da ciencia, da Q u a n t o aa nos,
Ouanto nós, isso isso da dá bemb e m aa medidam e d i d a das das rresponsabilidades
esponsabilidades
literatura, etc.,
literatura, e t c , de de uma u m a cultura
cultura universal
universal tendente t e n d e n t e aa uma u m a progres­
progres- dos q u e nos
d o s que n o s ouvem, t e m p l o da
neste templo
o u v e m , neste c u l t u r a , em
d a cultura, relação ao
e m rela�ao ao movi­
movi-
siva integração no
siva integra�ao no mundom u n d o atual atual ee nas perspectivas da
nas perspectivas da sua sua m e n t o de
mento libertação dos
de libertacao d o s povos
p o v o s oprimidos.
oprimidos.
evolu�o;
evolução;
elevação constante
— eleva�o
­ generalizada dos
c o n s t a n t e ee generalizada s e n t i m e n t o s de
d o s sentimentos de hu­hu-
11.
II. 0 papel da
O papel n a luta
c u l t u r a na
d a cultura luta pela
desinteressada aà
pela independencia*
independência*
m a n i s m o , solidariedade,
manismo, respeito ee dedicacao
s o l i d a r i e d a d e , respeito dedicação desinteressada
pessoa humana.
pessoa humana. Pr61ogo
o b j e t i v o s e,
Prólogo
A realização destes
A realiza�o destes objetivos c o m efeito,
é, com possível, pois
e f e i t o , possivel, pois aa
a r m a d a de
luta armada
luta libertação, nas
de libertacao, condições concretas
nas condiefies c o n c r e t a s da vida dos
d a vida dos . Apenas o desejo
Apenas o c o n s c i e n t e de
desejo consciente c o r r e s p o n d e r ao
de corresponder amável con·
a o amavel con-
povos africanos,
povos enfrentando o
a f r i c a n o s , enfrentando desafio imperialista,
o desafio imperialista, eé um u m ato ato de de vite da
vrte U N E S C O ee uma
d a UNESC(? u m a profunda convicção da
p r o f u n d a convic�o i m p o r t â n c i a do
da importancia do
fecundação da
fecundacao história, aa expressao
d a hist6ria, expressão maxima m á x i m a da nossa cultura
d a nossa c u l t u r a ee da da t e m a que
tema nos foi
q u e nos p r o p o s t o permitiram
foi proposto deste modes·
elaboração deste
p e r m i t i r a m aa elabora�o modes-
a f r i c a n i d a d e . Deve
nossa africanidade.
nossa t r a d u z i r - s e , no
D e v e traduzir­se, m o m e n t o da
n o momerrto v i t ó r i a , por
da vit6ria, por to trabalho,
to a l t u r a em
n u m a altura
t r a b a l h o , numa q u e as
e m que as nossas
nossas obriga�6es, no ambito
obrigações, no âmbito
um salto em
u m salto e m frente significativo da
f r e n t e significativo c u l t u r a do
d a cultura povo que
d o povo q u e se se liberta.
liberta.
S e tal
Se tal naonão se e n t ã o os
v e r i f i c a r , entao
se verificar, esforços ee sacrificios
o s estoreos sacrifícios realiza­ realiza- • texto fol
Este texto
Este lido, na
foi lido, ausência do
na auslncili autor, na
seu autor,
do seu de Peritos
Reunião de
na Reuniio Peritos sobr• noções
sobre n�•
d o s no
dos d e c u r s o da
no decurso da luta luta terao sido vaos.
t e r ã o sido vãos. Esta f a l h a d o os
terá falhado
E s t a tera o s seus
seus de identidade ee dignidaM.
raça, identid.de
de r�a. Paris, 3.7
U N E S C O , Paris,
dignidade. UNESCO, Julhode
de Julho
3-7 de de 1972.
1972.

70
70 71
71
da
da d diffcil luta de
i f í c i l luta libertacao do
de libertação do nosso nosso p povo, e x i g e m uma
o v o , exigem u m a mobili­
mobili- de
de parte h u m a n i d a d e , revela
parte ddaa humanidade, revela q queue o o domfnio imperialista, com
d o m í n i o imperialista, com
zação de
zacao de todo todo O nosso ttempo
o nosso e m p o para para o O e s t u d o ea
estudo solucao d
e a solução dos o s pro­
pro- odo o
ttodo o seu
seu c o r t e j o de
cortejo d e miserias,
misérias, d dee pilhagens,
pilhagens, de rimes e
de ccrimes de des­
e de des-
blemas nnacionais.
blemas acionais. d e valores
r u i ç ã o de
ttruicao valores h humanos
umanos e não foi
u l t u r a i s , nao
e cculturais, senao uuma
foi senão m a realida­
realida-
. Em E m vez vez de de explorar e x a u s t i v a m e n t e os
e x p l o r a r exaustivamente os diversos
diversos p o n t o s pro­
pontos pro- de negativa. A
de negativa. imensa acumulaeao
A imensa acumulação m monopolista
onopolista d do capital numa
o capital numa
postos a
postos discussão, sem
à discussao, sem lhes lhes minimizar
m i n i m i z a r de de forma alguma o
f o r m a alguma interes­
o interes- meia
m d ú z i a de
e i a duzia países do
de paises h e m i s f é r i o norte,
d o hemisferio norte, c como resultado ddaa pira­
o m o resultado pira-
se e
se e a a acuidade, centrar a
p r e f e r i m o s centrar
a c u i d a d e , preferimos a nossa a t e n ç ã o na
nossa atencao na importan­
importân- do saque
a r i a , do
ttaria, saque d dos bens de
o s bens de o u t r o s povos
outros povos e e da
da e x p l o r a ç ã o desen­
exploracao desen-
cia do
cia do papel papel da d a cultura
cultura n m o v i m e n t o de
noo movimento pré-independência ou
de pre-indepsndencia ou r e a d a do
ffreada do trabalho desses ppovos
t r a b a l h o desses provocou o
o v o s provocou o m monopolio das cco­
o n o p ó l i o das o-
libertação. Nao
de libertacao.
de N ã o dispondo, e v i d e n t e m e n t e , de
d i s p o n d o , evidentemente, de tempo
t e m p o para para ma­ ma- lonias, aa partilha
lónias, partilha do do mundo
mundo e o m í n i o imperialista.
e oo ddominio imperialista.
nusear livros
nusear livros e d o c u m e n t o s que
e documentos que nos teriam com
nos teriam c o m certeza
c e r t e z a permiti­
do fundamentar e
d o fundamentar enriquecer o
e enriquecer o conteudo
c o n t e ú d o do do nosso
nosso trabalho,
permiti-
li­
t r a b a l h o , li-
Nos países ricos,
N o s paises ricos, o o capital imperialista, sempre
c a p i t a l imperialista, a p r o c u r a de
s e m p r e à procura de
m i t a m o - n o s praticamente
mitamo­nos transmitir o
p r a t i c a m e n t e aa transmitir resultado da
o resultado da nossa
nossa expe­ expe-
mais­valia, aumentou
mais-valia, a u m e n t o u aa capacidade c r i a d o r a do
c a p a c i d a d e criadora d o homem,
h o m e m , operou operou
riência e
riencia e das das nossas observações, tanto
nossas observacdes, t a n t o no â m b i t o da
no ambito nossa luta
da nossa luta
u m a profunda
uma p r o f u n d a trensformacso
transformação d dos
os m e i o s de
meios (forças pro­
p r o d u ç ã o (torcas
de producao pro-
materiais) qracas
d u t i v a s materiais)
dutivas graças aos progressos acelerados
aos progressos a c e l e r a d o s da da ciencia,
ciência, da da
c o m o no
como no estudoe s t u d o dasdas outras lutas contra
o u t r a s lutas contra o o dominio
d o m í n i o imperialista.
imperialista.
Na parte que
N a parte e s p e c i f i c a m e n t e se
que especificamente refere ao
se refere papel da
ao papel c u l t u r a no
da cultura no
técnica ee da
tecnica d a _tecnologia, socialização do
a c e n t u o u aa socializaceo
t e c n o l o g i a , acentuou trabalho e
do trabalho e
m o v i m e n t o de
movimento libertação, utilizamos
de libertacao, u t i l i z a m o s ee desenvolvemos
d e s e n v o l v e m o s algumas
algumas
p e r m i t i u em
permitiu considerável escala
e m consideravel escala o o a s c e n s o de
ascenso vastas camadas
d e vastas c a m a d a s dada
população. Nos
pooulacao. N o s paises onde a
c o l o n i z a d o s , onde
países colonizados, c o l o n i z a ç ã o bloqueou,
a colonizacao bloqueou,
ideias ee das
das ideias
das considerações contidas
das consideracfies c o n t i d a s nana conferencia
conferência que q u e fize­
fize-
m o s , em
mos, F e v e r e i r o de
e m Fevereiro 1 9 7 0 , na
de 1970, de Siracusa
U n i v e r s i d a d e de
na Universidade S i r a c u s a (EUA),
geral, o
e m geral,
em processo historico
o processo histórico do d e s e n v o l v i m e n t o dos
do desenvolvimento d o s povos
povos
s u b o r d i n a d a ao
subordinada t e m a "libertacao
a o tema n a c i o n a l ee culture".
" l i b e r t a ç ã o nacional cultura".
(EUA),
d o m i n a d o s , quando
dominados, q u a n d o nao a
p r o c e d e u à sua
não procedeu sua elirninacao radical ou
e l i m i n a ç ã o radical ou
progressiva, o
progressiva, o capital imperialista impos
capital imperialista impôs novas t i p o s de
n o v o s tipos de relacdes
relações
i n ú t i l r e c o r d a r q u e as condições e m que
EÉ inutil recordar que as condiefies em q u e este t r a b a l h o foi
este trabalho foi
no seio
no seio da s o c i e d a d e autoetone,
da sociedade a u t ó c t o n e , cuja e s t r u t u r a se
cuja estrutura t o r n o u mais
se tornou mais
escrito, aliadas as
e s c r i t o , aliadas limitações dos
às Iirnitacdes d o s nossos c o n h e c i m e n t o s , fazem
nossos conhecimentos, fazem
c o m p l e x a , suscitou,
complexa, e n v e n e n o u ou
f o m e n t o u , envenenou
s u s c i t o u , fomentou, resolveu contradi­
o u resolveu contradi-
c o m que
com que tenha deficiências que
t e n h a deficiencias generosidade do
q u e aa generosidade leitor sabera,
do leitor saberá,
ções ee conflitos
coes s o c i a i s , in"troduziu
c o n f l i t o s sociais, p a r t i c u l a r m e n t e com
i n t r o d u z i u particularmente com o o ciclo
ciclo
d e s c u l p a r , pelo
senão desculpar,
senao pelo menos c o m p r e e n d e r . No
m e n o s compreender. e n t a n t o , se
No entanto, se con­
con-
m o e d a ee o
da moeda
da d e s e n v o l v i m e n t o do
o desenvolvimento m e r c a d o interno
d o mercado interno e e externo,
externo,
seguirmos convence­lo
seguirmos convencê-lo (ou reforçar as
(ou reforcar as suas convicções) da
suas conviccoes) da impor­
impor-
e l e m e n t o s na
novos elementos
novas e c o n o m i a ; levou,
na economia; influência de
s o b aa influencia
l e v o u , sob de umum
tância decisiva
tancia decisiva da c u l t u r a na
da cultura evolução do
na evolucso m o v i m e n t o de
do movimentci de liberta­
liberta-
cao, novo t i p o de
n o v o tipo d o m i n a ç ã o de
de dominacao d e classe (colonialista ee racistal,
classe (colonialista ao nas­
r a c i s t a ) , ao nas-
ção, este terá sido
t r a b a l h o tera
este trabalho sido util,útil.
c i m e n t o de
cimento novas nacoes
de novas nações aa partir partir de grupos humanos
de grupos humanos e e dede povos
povos
e s p e r a m o s que
P e s s o a l m e n t e , esperamos
Pessoalmente, U N E S C O nao
q u e aa UNESCO não tenhat e n h a cometi­
cometi- q u e se
que e n c o n t r a v a m em
se encontravam estados diversos
e m estados diversos de de desenvolvimento
desenvolvimento
do um
do u m grave grave erro erro confundindo corajosamente o
c o n f u n d i n d o corajosamente C o m b a t e n t e ee oo
o ­4ombatente histerico.
povo eé
histórico.
investigador.
investigador. 0 c o m b a t e pela
O combate libertação ee o
pela libertacao progresso do
o progresso do povo
t a m b é m , ou
tambem, deve ser,
o u deve ser, um u m estudo p e r m a n e n t e nos
e s t u d o permanente c a m p o s da
nos campos da edu­
edu-
EÉ certo q u e oo imperialismo,
c e r t o que c a p i t a l em
c o m o capital
i m p e r i a l i s m o , como ação, nao
e m acao, não cu.n-
cum-
cacao, nos pafses
p r i u , nos
priu, estrangeiros dominados,
países estrangeiros missão historica
d o m i n a d o s , aa missiio histórica que que
cação, da ciência ee da
da ciencia d a cultura.
cultura.
J u n h o de
Junho de 19721972
realizou nos
realizou países ricos.
n o s paises e defender o
N ã o é defender
r i c o s . Nao o dominio
d o m í n i o imperialista
imperialista
r e c o n h e c e r que
reconhecer q u e deu m u n d o s ao
n o v o s mundos
d e u novas m u n d o , cujas
ao mundo, cujas dirnensdes
dimensões
r e d u z i u , que
reduziu, revelou novas
q u e revelou fases de
n o v a s fases d e s e n v o l v i m e n t o das
de desenvolvimento das socieda­
socieda-
des * h u m a n a s e,
des humanas d e s p e i t o ou
e, aa despeito o u por causa dos
por causa d o s preconceitos, das dis­
p r e c o n c e i t o s , das dis-
criminações ee dos
criminacfies c r i m e s aos
d o s crimes q u a i s deu
a o s quais lugar, contribuiu
d e u lugar, para dar
c o n t r i b u i u para dar
INTRODUc;:Ao
INTRODUÇÃO um conhecimento mais profundo da humanidade como um todo
u m c o n h e c i m e n t o m a i s p r o f u n d o d a h u m a n i d a d e c o m o u m t o do
em movimento, eomo uma unidade na diversidade complexa das
e m m o v i m e n t o , c o m o u m a u n i d a d e na diversidade c o m p l e x a das

A luta
A povos pela
d o s povos
luta dos pela libertacao pela independen­
n a c i o n a l ee pela
libertação nacional independên-
características do
caracteristicas seu desenvolvimento.
d o seu desenvolvimento.

c i a , contra
cia, d o m í n i o imperialista,
c o n t r a oo dominio u m a forca
t o r n o u - s e uma
imperialista, tornou­se f o r ç a imensa
imensa
de progresso
de progresso para h u m a n i d a d e ee constitui,
para aa humanidade sem duvida,
c o n s t i t u i , sem u m dos
d ú v i d a , um dos OO dominio i m p e r i a l i s t a sabre
d o m í n i o imperialista c o n t i n e n t e s favoreceu
diversos continentes
sobre diversos favoreceu
traces essenciais da
traços essenciais história do
d a historia nosso tempo.
d o nosso tempo. u m a confrontacao
uma progressiva (por
multilateral ee progressiva
c o n f r o n t a ç ã o multilateral vezes abrupta)
(por vezes abrupta)
U m a analise
Uma análise objetiva
objetiva ee sem paixão do
s e m paixao i m p e r i a l i s m o , enquan­
do imperialismo, enquan- não so
nao entre homens
só entre diferentes mas
h o m e n s diferentes m a s tambem entre sociedades
t a m b é m entre sociedades
to fato
to f a t o ouou tenomeno " n a t u r a l " , ou
histórico "natural",
f e n ó m e n o histcrico seja, "necessario"
o u seja, "necessário" d i f e r e n t e s , tanto
diferentes, pelas caracterlsticas
t a n t o pelas somáticas das
características sornaticas das populacdes
populações
no c o n t e x t o do
n o contexto do tipo evolução econ6mico-politica
de evolucao
t i p o de econômico-política d u m a gran­
duma gran- c o m o , principalmente,
como, pelo grau
p r i n c i p a l m e n t e , pelo grau ee tipo d e s e n v o l v i m e n t o his­
de desenvolvimento
t i p o de his-

72
72 73
73
tt6rico, pelo nível
ó r i c o , pelo nivel das das forças
forcas pprodutivas, pelos dados
r o d u t i v a s , pelos dados essenciais
essenciais da da de caráter
de earater ccultural, fez aadmitir
u l t u r a l , fez dmitir q que esses m
u e esses movimentos
o v i m e n t o s são sao prece-
prece­
estrutura social
estrutura social ee pela pela ccultura.
ultura. A A prática
pratica ddo o d dominio imperialis­
o m í n i o imperialis- ddidos
i d o s porpor uum m ""renascimento
r e n a s c i m e n t o ccultural"
ultural" d do povo ddominado.
o povo ominado. V Vai­se
ai-se
ttaa — ­ aa ssua ua a afirmayao
f i r m a ç ã o ou ou aa ssua negayao —
u a negação ­ exigiu
exigiu (e (e exige
exige ainda)
ainda) oo mesmo
m esmo m mais longe, aadmitindo
a i s longe, dmitindo q queu e aa c cultura
u l t u r a ée uum m m mstodo
é t o d o dede mo·
mo-
cconhecimento
o n h e c i m e n t o mais mais oou u m menosenos c correto
o r r e t o do objeto dominado
do objeto dominado ee da da bilizayao de
bilização de grupogrupo ee até ate uurna arma na
m a arma na luta
luta pelapela independencia.
independência.
realidade histórica
realidade hist6rica ((econiimica, social ee ccultural)
e c o n ó m i c a , social u l t u r a l ) nono seioseio ddaa qual
qual A partir
A partir ddaa experiência
experiencia da da nossa
nossa própriapr6pria lluta, u t a , ee poder-se-ia
poder­se­ia
ele se
ele se m move,
o v e , cconbecimento
o n h e c i m e n t o esse esse que que se se eexprime
x p r i m e nnecessariamente
ecessariamente dizer, da
dizer, da de de ttoda oda a a ÁAfrica,
f r i c a , jjulgamos
ulgamos q que u e sese trata
trata de de uuma m a con·
con-
eemm ttermos
e r m o s dede ccornparacao
omparação c com
om o sujeito dominador
o sujeito dominador ee ccom o m aa ssua
ua cepyao ddemasiado
cepção e m a s i a d o llimitada, senao m
i m i t a d a , senão mesmo
e s m o eerronea,
rrónea, d do papel pri-
o papel pri­
pr6pria realidade hist6rica. Um tal conhecimento e uma necessi­
própria realidade histórica. U m tal c o n h e c i m e n t o é u m a necessi- mordial
m o r d i a l dada ccultura
ultura n noo d desenvolvimento
esenvolvimento d doo m movimento
o v i m e n t o de de liberta­
liberta-
dade imperiosa
dade imperiosa ddaa prática pratica ddo o d dominio
o m í n i o iimperialista,
mperialista, q que resulta da
u e resulta da yao. EEssa
ção. s s a llimitayao
i m i t a ç ã o ou ou esseesse eerro rro p provern,
rovêm, p pensamos,
e n s a m o s , de de uuma gene·
m a gene-
cconfrontacao.
onfrontação, e em geral vviolenta,
m geral de dduas
i o l e n t a , de identidades distintas
u a s identidades distintas no no ralizayao iincorreta
ralização n c o r r e t a de de uum m ffeniimeno
e n ó m e n o real real m mas restrito, qque
a s restrito, se si-
u e se si­
seu cconteudo
seu hist6rico ee antagónicas
o n t e ú d o histórico antagiinicas nas nas suas
suas funções.
funyoes. AA pprocura rocura ttua
u a aa u umm d determinado
eterminado n nfvel elites ou
das elites
í v e l das ou dás disspores ccoloniais.
das diásporas oloniais.
de um tal conhecimento, tanto para defender como para contes­
de u m tal c o n h e c i m e n t o , t a n t o para defender c o m o para c ontes- GGeneralizayao
e n e r a l i z a ç ã o essa essa que que ignoraignora oou negligencia oo ddado
u negligencia essencial do
a d o essencial do
tar oo ddominio
tar imperialista, ccontribuiu
o m í n i o imperialista, para uum
o n t r i b u i u para m enriquecimento
enriquecimento p r o b l e m a : oo caráter
problema: carater iindestrutivel
n d e s t r u t í v e l dada resistência
resistencia ccultural u l t u r a l ddo
o povo
povo
geral das
geral das ciências
ciencias hhumanas umanas e e sociais,
sociais, apesar apesar ddo carater unilateral,
o caráter unilateral, ­ das
— das massas
massas ppopulares opulares — ­ fface
a c e aoao ddominio estrangeiro
o m í n i o estrangeiro
subjetivo e muitas vezes imbuido de preconceitos da maior parte
subjetivo e m u i t a s vezes i m b u í d o de p r e c o n c e i t o s da maior parte AA prática
pratica do do ddominio imperialista exige,
o m í n i o imperialista exige, ccomo o m o fator fator de de
das abordagens e dos resultados obtidos nesta procura.
das abordagens e d o s resultados o b t i d o s nesta p r o c u r a . seguranya, aa opressão
segurança, opressao ccultural u l t u r a l ee aa tentativa
tentativa de de liquidação,
liquidacao, direta direta
oou
u iindireta,
n d i r e t a , ddos os d dados essenciais ddaa ccultura
a d o s essenciais ultura d do povo dominado.
o povo dominado.
Na
N realidade, nnunca
a realidade, unca o o hhomemo m e m se se interessou
interessou ttanto a n t o pelo pelo
Mas este
Mas este só s6 ppode criar ee desenvolver
o d e criar desenvolver oo m movimento
o v i m e n t o de de libertayao
libertação
cconhecimento
o n h e c i m e n t o de de ooutros
utros h homens
o m e n s ee dde e ooutras sociedades ccomo
u t r a s sociedades o m o no no
por guardar
por guardar bbem e m viva viva aa ssua u a ccultura, apesar dda
u l t u r a , apesar repressao pperma·
a repressão erma-
ddecurso deste século
e c u r s o deste seculo do do iim mp perialismo
e r i a l i s m o ee ddo o d dominio imperialista.
o m í n i o imperialista.
nente ee oorganizada
nente r g a n i z a d a dda a ssua u a vvida
i d a ccultural; por, aanulada
u l t u r a l ; por, n u l a d a aa ssua resis­
u a resis-
Uma
U m a qquantidade sem precedentes
u a n t i d a d e sem precedentes de de informações,
inforrnacdes, hipóteses hip6teses ee tencia ppolitico­militar,
tência o l í t i c o - m i l i t a r , ccontinuar
o n t i n u a r aa resistir
resistir cculturalmente.
ulturalmente. E E ée aa
teorias aacumulou­se
teorias c u m u l o u - s e aassim,
s s i m , eespecialmente
s p e c i a l m e n t e nos nos ddominios
o m í n i o s da da his-his­ resistencia ccultural
resistência u e , nnum
u l t u r a l qque, um d determinado
eterminado m momento,
o m e n t o , de de aacordo
cordo
tt6ria,
ó r i a , dada eetnologia,
tnologia, d daa eetnografia,
tnografia, d daa ssociologja
o c i o l o g i a ee da da ccultura, re­
u l t u r a , re- ccom
om o oss fatores
fatores iinternos n t e r n o s ee eexternos
x t e r n o s qque u e ccondicionam
o n d i c i o n a m aa evoluyao
evolução
lativas aos
lativas aos povos
povos oou aos ggrupos
u aos r u p o s hhumanos
u m a n o s ssubmetidos
u b m e t i d o s ao ao dominio
domínio dda
a ssociedade
o c i e d a d e eem questao, assim
m questão, assim ccomo o m o as as suas
suas relações
relacdes ccom o m aa po-
po·
imperialista. OOss cconceitos
imperialista. de raça,
o n c e i t o s de raca, ccasta, a s t a , eetnia,
t n i a , ttribe, nayao, cul­
r i b o , nação, cul-
tencia ccolonial,
tência pode aassumir
o l o n i a l , pode s s u m i r nnovas
o v a s fformas (politicas, eeconornicas,
o r m a s (políticas, conómicas,
ttura, identidade, dignidade
u r a , identidade, dignidade ee ttantos a n t o s ooutros u t r o s aainda,
i n d a , tornaram­se
tornaram-se
armadas) para
armadas) para ccontestar
o n t e s t a r oo ddominio estrangeiro.
o m í n i o estrangeiro.
alvo de
alvo de uuma atencao ccrescente
m a atenção r e s c e n t e porpor parte parte ddos os q qu� estudam oo ho-
u e estudam ho· CCom exceeao ddos
o m exceção casos de
o s casos de ggenocidio
e n o c í d i o das das populaefies
populações
mmem e as sociedades ditas "primitivas" ou em '1voluyao".
e m e as sociedades ditas " p r i m i t i v a s " o u e m " e v o l u ç ã o " . Mais
Mais
aaut6ctones
u t ó c t o n e s oou u dda a ssua redueao vviolenta
u a redução i o l e n t a aa uum m m minimo social ee ccul·
í n i m o social ul-
rrecentemente,
e c e n t e m e n t e , ccom o m oo iincremento
n c r e m e n t o da da luta
luta pela pela libertação,
libertacso, qque u e éea a
tturalmente insignificante, oo tempo
u r a l m e n t e insignificante, tempo de de colonização
cotonirscso não nao foi foi sufi-
sufi­
negayao do
negação do ddominio
o m í n i o iimperialista, surgiu aa necessidade
m p e r i a l i s t a , surgiu necessidade dde analisar
e analisar
cciente para ppermitir,
i e n t e para pelo m
e r m i t i r , pelo menos
e n o s eem m Á Africa,
f r i c a , uuma destruicao oouu
m a destruição
ee cconhecer
o n h e c e r as as características
caracteristicas dessas dessas sociedadessociedades eem m ffunyao
u n ç ã o da da luta
luta
ee d
uuma depreciacao significativas dos elementos essenciais da
m a depreciação significativas d o s e l e m e n t o s essenciais da ccultu­
ultu-
determinar os fatores que provocam ou travam essa luta, exer­
e t e r m i n a r o s fatores que p r o v o c a m o u t r a v a m essa luta, e x er-
ra e das tradicdes do povo colonizado. A experisncia coloniall do
ra e das tradições d o p o v o c o l o n i z a d o . A experiência c o l o n i a do
ccendo
e n d o uuma influencia positiva
m a influência positiva oou negativa sobre
u negativa sobre aa ssua evoluyao.
u a evolução.
ddominio imperialista eem
o m í n i o imperialista m Á Africa revela qque
f r i c a revela u e ((excetuando
e x c e t u a n d o oo genocí-
genocf·
O s investigadores c o n c o r d a m e m geral q u e , neste c o n t e x t o , a c u l -
Os investigadores concordam em geral que, neste contexto, a cul·
tura se reveste de u m a i m p o r t â n c i a especial. Pode-se p o r t a n t o
ddio, segregayao racial
i o , aa segregação racial ee oo ""apartheid")
a p a r t h e i d " ) aa única unica soluçãosoluyao pretensa-
pretense­
tura se reveste de urna irnportancia especial. Pode­se portanto
a d m i t i r q u e q u a l q u e r tentativa v i s a n d o o e s c l a r e c i m e n t o d o ver-
mmente positiva encontrada pelo poderio colonial para
e n t e positiva e n c o n t r a d a pelo p o d e r i o c o l o n i a l para negar
negar aa re- re·
admitir
dadeiro que papelqualquer
da c u l t utentativa
r a no d e svisando o eesclarecimento dot o ver· sistsncia ccultural sssimitscso, Mas
sistência u l t u r a l ddoo ppovo o v o ccolonizado
o l o n i z a d o ée aa assimilação. Maso insu­
o insu-
envolvim nto do movimen de
dadeiro papel da cultura no desenvolvimento
libertação (pré-independência) pode ser u m c o n t r i b u t o útil para do movimento de cesso ttotal
cesso o t a l dda a ppolitica
o l í t i c a de de "assimilação
"assimilacso pprogressiva" das popula-
r o g r e s s i v a " das popula­
libertayao [pre­independencia) pode
a luta geral d o s povos c o n t r a o d o m í n i o imperialista. ser um contributo uti] para yoes nativas e a prova evidente tanto da falsidade desta teoria
ções nativas é a p r o v a evidente t a n t o da f a l s i d a d e desta teoria
a luta geral dos povos contra o dominio imperialista. ccomo
o m o da da ccapacidade
a p a c i d a d e dde resistencia ddos
e resistência povos ddominados
o s povos o m i n a d o s aa u uma
ma
tentativa de destruição o u depreciação d o seu p a t r i m ô n i o c u l -
tentativa de destruiyao ou depreciaeao do seu patrimiinio cul·
I tural*
tural "
OO ffato de ooss m
a t o de movimentos
o v i m e n t o s de de independência
independencia serem
serem eem
m geral
geral A percentagem
A mixlm• de
percentagem máxima de assimilados de 0,3
msimil.tdos é de 0,3 por
por cento e
cento da
de população
popul�o total
total da
da
marcados,
m a r c a d o s , logo na sua
logo na sua fase
fase iinicial, por uum
n i c i a l , por surto de
m surto de manifestacdes
manifestações Guinit-Bissau, após
Guiné-Bissau, 500 anos
apbs 500 a nos de
de presença "civiliz.adora" ee 50
presen�a "civilizadora" 50 anos
anos de
de "paz
"paz colonial".
colonial".

74
74 75
75
vvimento.
i m e n t o . Eis Eis p porque
orque o o problema
problema d dee um u m ""retorno
r e t o r n o as às fontes"
f o n t e s " ou ou
Por outro
Por lado, m
o u t r o lado, mesmo
e s m o nas nas colónias
colonias de de p povoamento,
ovoamento, o onde
nde aa de uum
de m ""renascimento
renascimento c cultural"
u l t u r a l " não niio se se poe põe nem n e m poderia
poderia por­se pôr-se
grande m
grande maioria
a i o r i a da populacao continua
da população c o n t i n u a composta
c o m p o s t a por por aut6ctones,
autóctones, para
para as massas populares,
as massas p o p u l a r e s , visto
visto que q u e elaselas siiosão portadoras
p o r t a d o r a s dad a sua
sua cul­cul-
aa expansiio
expansão da d a ocupaeao
ocupação colonial
c o l o n i a l e,
e , especialmente,
e s p e c i a l m e n t e , da d a ocupa,;:iio
ocupação ttura
ura p pr6pria,
r ó p r i a , siio
são a a ffonte
o n t e dad a cultura
c u l t u r a e, e, aoa o mesmo
m e s m o tempo,tempo, a a unica
única
cultural,
cultural, esta eem
está geral reduzida
m geral as zzonas
r e d u z i d a às o n a s costeiras
costeiras e eaa algumas
algumas zo­ zo- entidade
entidade verdadeiramente
v e r d a d e i r a m e n t e capazcapaz d dee preservar
preservar ee ddee criar criar aa cultura
cultura
nas restritas
nas restritas ddo o interior.
interior. A A influencia
influência da da c cultura
u l t u r a da
d a potencia
potência c co­
o- ­
— de de fazer
fazer a a hist6ria.
história.
lonial
lonial é e qquase
u a s e nula
nula nana estrutura
estrutura h horizontal
o r i z o n t a l da da sociedade
s o c i e d a d e domina­
domina- Para uma
Para apreciacao correta
u m a apreciação c o r r e t a do do verdadeiro papel da
v e r d a d e i r o papel da cultura
cultura
da,
d a , para
para alem a l é m dosd o s limites
limites da capital ee de
da capital de outros
outros c centros
entros u urbanos.
rbanos. no
no desenvolvimento
d e s e n v o l v i m e n t o do d o movimento
m o v i m e n t o de libertação eé preciso,
de libertacao p r e c i s o , por­
por-
S6
Só e sentida de
é sentida de maneira
maneira significativa
significativa na na vertical
vertical da da piriimide so­
p i r â m i d e so- tanto (pelo menos
t a n t o (pelo m e n o s em e m Africa),
Á f r i c a ) , fazer
fazer aa distinyiio
distinção entre entre aa situacsosituação
cial
cial c colonial
olonial ­ — a a que
que oo pr6prio
p r ó p r i o colonialista
c o l o n i a l i s t a criou
criou ­ — e exerce­se
e exerce-se d_
dasas mas�a. p o p u l a r e s , que
massass populates, q u e prese_
preservam rvam aa sua s u a cultura,
c u l t u r a , eae a das
das catego­
catego-
especialmente
e s p e c i a l m e n t e sobre
sobre o o que
q u e sese pode
pode chamarchamar a a "pequena burguesia
" p e q u e n a burguesia nas
rias socrars
sociais mars mais ou o u menos
m e n o s assimiladas,
a s s i m i l a d a s , desenraizadas
d e s e n r a i z a d a s ee cultural­
cultural-
aut6ctone"
autóctone" e sobre uum
e sobre m nurnero
n ú m e r o muito
m u i t o reduzido
r e d u z i d o de de trabalhadores
trabalhadores mente
mente a l i e n a d a s ou
alienadas ou simplesmente
s i m p l e s m e n t e desprovidas
d e s p r o v i d a s de q u a l q u e r ele­
de qualquer ele-
dos
d o s centros
centros u urbanos.
rbanos. mento
m e n t o nativo nativo no no processo
processo da d a suas u a forrnacao
f o r m a ç ã o cultural.
c u l t u r a l . Ao
A o contra­
contrá-
Constata­se,
C o n s t a t a - s e , portanto,
p o r t a n t o , que q u e as grandes massas
as grandes massas rurais, rurais, assim assim rio
rio do do que q u e se se verifica
v e r i f i c a com
c o m as as massas
massas populares,
p o p u l a r e s , as elites ccoloniais
as elites oloniais
como
como u umam a fra�o
fração importante
i m p o r t a n t e da d a populacao
população urbana, u r b a n a , num n u m total
total de de auf6ctones,
a u t ó c t o n e s , forjadas
forjadas pelo pelo processo
p r o c e s s o de d e colonizacao, apesar de
c o l o n i z a ç ã o , apesar se­
de se-
mais
mais de de 99 9 9 porpor cento
c e n t o dada populacso
população indiqena" p e r m a n e c e m livres,
i n d í g e n a * permanecem livres, rem
rem portadoras
p o r t a d o r a s de de um u m certo
c e r t o numero
n ú m e r o de de elementos
e l e m e n t o s culturais
c u l t u r a i s pr6­
pró-
ou
o u quase,
q u a s e , dede qualquer influência cultural
q u a l q u e r inftuencia c u l t u r a l da da potencia
potência c colonial.
olonial. prios
prios da da sociedade
s o c i e d a d e aut6ctone,
a u t ó c t o n e , vivem
v i v e m material
material e e espiritualmente
espiritualmente
Esta
E s t a situacao
situação e é originada,
originada, por por um u m lado,lado, pelo pelo carater
caráter necessaria­
necessaria- a_
a cultura
c u l t u r a do
d o estrangeiro
estrangeiro colonialista,
c o l o n i a l i s t a , com
c o m oo qual
q u a l p r o c u r a m iden­
procuram iden-
mente
m e n t e obscurantista
o b s c u r a n t i s t a dodo dominio
d o m í n i o imperialista
imperialista que, q u e , desprezando
d e s p r e z a n d o ee t1f1ca�­se. progressivamente, quer
tificar-se progre�siv!'mente, q u e r no n o comportamento
c o m p o r t a m e n t o social, s o c i a l , quer
quer
reprimindo
r e p r i m i n d o aa cultura
c u l t u r a dodo p povo
o v o dominado,
d o m i n a d o , niio não tern qualquer inte­
t e m qualquer inte- na
na propna apreciação dos
própria apreciacao d o s valores
valores culturaisc u l t u r a i s ind(genas.
indígenas.
resse
resse em e m promover
p r o m o v e r aa aculturacao
aculturação das das massasmassas populares,
populares, fonte f o n t e dede Ao
A o longo
longo de d e duasd u a s ou o u trestrês gerayoes
gerações de d e colonizados,
c o l o n i z a d o s , forrna­se
for ma-se
miio­de­obra
mão-de-obra para para os o s trabalhos
t r a b a l h o s forcados
forçados ee principal p r i n c i p a l alvo
alvo da da explo­
explo- uma
u m a carnada
c a m a d a social
social constituida
c o n s t i t u í d a por por funcionarios
f u n c i o n á r i o s do d o Estado
Estado e e porpor
ra�o;
ração; por por outroo u t r o lado,
lado, aa eficacia eficácia da da resistsncia
resistência cultural c u l t u r a l dessas
dessas empregados dos
empregados d o s diversos
diversos ramos r a m o s da da economia
e c o n o m i a (especialmente
( e s p e c i a l m e n t e do do
massas
massas que, q u e , submetidas
s u b m e t i d a s ao ao dominio
d o m í n i o politico
político e e aà exploracso
e x p l o r a ç ã o eco­eco- comercio).
c o m é r c i o ) , assim
assim coma c o m o por por membros
m e m b r o s das das profissdes
profissões liberais liberais e e porpor
nomica,
n ó m i c a , encontram
e n c o n t r a m na na sua sua pr6pria
própria cultura cultura o o unico
único reduto reduto sus­ sus- alguns proprietaries
alguns p r o p r i e t á r i o s urbanos
urbanos e e agricolas.
agrícolas. Esta E s t a nova
n o v a classe
classe ­ — aa pe­pe-
ceptivel
ceptível de de preservar
preservar aa sua s u a identidade.
identidade. Esta E s t a defesa
defesa do do patrimonio
patrimônio quena
q u e n a burguesia
burguesia aut6ctone a u t ó c t o n e ­, —, forjada
forjada pelo pelo dominio
d o m í n i o estrangeiro
estrangeiro ee
cultural
c u l t u r a l eé ainda
a i n d a retorcada,
reforçada, nos nos casoscasos em e m que
q u e aa so<.;edade
sociedade aut6cto­ autócto- indispensavel
indispensável ao ao sistema
sistema de d e exploracao
e x p l o r a ç ã o colonial,
c o l o n i a l , situa­se
situa-se entre e n t r e as
as
ne
ne tern
t e m uma u m a estrutura
e s t r u t u r a vertical,
v e r t i c a l , pelo
pelo interesse
interesse que'II que^a potenciapotência colo­ colo- massas
massas populares
p o p u l a r e s trabalhadoras
t r a b a l h a d o r a s do d o campoc a m p o ee dos d o s centros
c e n t r o s urbanos
urbanos
nial
nial ternt e m em e m proteger
proteger ee reforcar reforçar aa influencia influência cultural c u l t u r a l dasdas classes
classes ee aa minoria
m i n o r i a de d e representantes
representantes locais locais da da classe
classe dominante
d o m i n a n t e estran­
estran-
dominantes,
d o m i n a n t e s , suas aliadas.
suas aliadas. geira.
geira. Ainda A i n d a que q u e possa
possa ter ter relayoes
relações mais m a i s ouo u menos
menos d desenvolvidas
esenvolvidas
O
O que q u e se se disse
disse anteriormente
a n t e r i o r m e n t e implica q u e , niio
i m p l i c a que, não s6 só parapara as as com
c o m as as massas
massas popularesp o p u l a r e s ou o u com c o m os o s chefes
c h e f e s tradicionais,
tradicionais, a aspira,
spira,
massas
massas popularesp o p u l a r e s do do paispaís dominado
dominado ­ — para
para as as classes
classes ou ou c carnadas
amadas em
e m geral,
geral, aa um u m estilo
estilo de d e vida
vida semelhante,
s e m e l h a n t e , senao senão identico,
i d ê n t i c o , ao
ao da da
sociais
sociais trabalhadoras
t r a b a l h a d o r a s do do campoc a m p o ee das das cidades
c i d a d e s =, —, mas mas tambemtambém minoria
m i n o r i a estrangeira;
estrangeira; simultaneamente,
s i m u l t a n e a m e n t e , enquanto e n q u a n t o limita
limita as as suas
suas re­ re-
para
para as as classes
classes dominantes
d o m i n a n t e s aut6ctones
a u t ó c t o n e s (chefes
(chefes tradicionais
t r a d i c i o n a i s , fami­
famí- layoes
lações com c o m as as massas,
massas, tenta integrar-se nessa
tenta integrar­se nessa minoria,
m i n o r i a , ainda
a i n d a queque
lias
lias nobres,
nobres, autoridades
a u t o r i d a d e s religiosas),
religiosas), niio não ha, há, em geral, destruiyao
e m geral, destruição muitas
m u i t a s vezes
vezes em e m detrimento
d e t r i m e n t o dos d o s laces laços familiares
f a m i l i a r e s ouou etnicos
étnicos ee
ou
o u depreciacao
depreciação significativasignificativa da d a cultura
c u l t u r a IIo dasdas tradicdes.
tradições. Reprimi­ Reprimi- sempre
s e m p r e grayas
graças aa esforcos esforços individuais.
i n d i v i d u a i s . Mas Mas niio não chega,c h e g a , quaisquer
quaisquer
da,
d a , perseguida,
perseguida, humilhada, h u m i l h a d a , traida
t r a í d a por
por um u m certocerto nurneron ú m e r o de de cate­
cate- que sejam as exceyoes aparentes, a franquear as barreiras impos­
q u e sejam as exceções a p a r e n t e s , a f r a n q u e a r as barreiras impos-
gorias
gorias sociais sociais comprometidas
c o m p r o m e t i d a s com com o o estrangeiro,
estrangeiro, refugiada refugiada nas nas tas pelo sistema: est;! prisioneira das contradicdes da realidade
tas pelo s i s t e m a : está p r i s i o n e i r a das contradições d a realidade
aldeias,
aldeias, nas nas florestas
florestas ee no n o espirito
e s p í r i t o das
das gerayoes
gerações vitimas v í t i m a s dede domi­
domi- cultural
c u l t u r a l ee social
social em e m que q u e vive,
vive, porquep o r q u e niio não pode fugir, na
p o d e fugir, na paz paz co­ co-
nacao,
nação, aa cultura c u l t u r a sobrevive
sobrevive aa todas todas as as tempestades
t e m p e s t a d e s para para retomar,
retomar, lonial,
lonial, aà sua s u a condi�o
c o n d i ç ã o de d e classe
classe marginal
marginal ou " m a r g i n a l i z a d a " Esta
o u "marginalizada" Esta
grayas
graças as às lutas
lutas de de libertacao,
libertação, toda t o d a aa sua s u a faculdade
f a c u l d a d e de desenvol­
de desenvol- "marginalidade"
" m a r g i n a l i d a d e " constitui,
c o n s t i t u i , tanto
t a n t o localmente
l o c a l m e n t e como c o m o no n o seioseio das das
diásporas i m p l a n t a d a s na m e t r ó p o l e c o l o n i a l i s t a , o d r a m a sócio
disspores implantadas na metr6pole colonialista, o drama socio­
c u l t u r a l das elites c o l o n i a i s o u da p e q u e n a burguesia i n d í g e n a ,
cultural das elites coloniais ou da pequena burguesia indigena,
vivido mais o u m e n o s i n t e n s a m e n t e segundo as circunstâncias
vivido mais ou menos intensamente segundo as circunstiincias
Um
Um mlnimo
mínimo de
de 99,7 por cento
99,7 por cento nas
nas colOnias portuguesas.
colónias portuguesas.
77
77
76
76
matenars ee oo nnivel
materiais de aaculturai;ao,
í v e l de culturação, m a s ssempre
mas no
empre n piano indivi·
o plano indivi- ee/ou racistal ee já
/ o u racista) ja não significa nnecessariamente
nao significa ecessariamente u um retorno às
m retorno as
d u a l , não c o l
dual, niio coletivo.e t i v o . tradições. I:
tradicdes. É aa negação, nega\;iio, pela pela ppequena burguesia iindigena,
e q u e n a burguesia n d í g e n a , da da pre·
pre-
tensa ssupremacia
tensa u p r e m a c i a da u l t u r a dda
da ccultura potencia ddominante
a potência o m i n a n t e sobre sabre aa do do
I: no
É desse drama
o n t e x t o desse
no ccontexto drama q obre o
u o t i d i a n o , ssabre
quotidiano, o p a n o de
pano de povo o m i n a d o , ccom
povo ddominado, o m oo q u a l ttern
qual necessidade dde
e m necessidade e sese identificar
identificar
u n d o dda
ffundo o n f r o n t a ç ã o ggeralmente
a cconfrontacao e r a l m e n t e vviolenta n t r e aas
i o l e n t a eentre s mmassas po·
a s s a s po- para resolver oo cconflito
para resolver socio­cultural eem
o n f l i t o sócio-cultural m q queu e se e b a t e , pprocu­
se ddebate, rocu-
pulares a cclasse
p u l a r e s ee a o m i n a n t e , qque
o l o n i a l ddominante,
l a s s e ccolonial u r g e ee se
u e ssurge se ddesenvolve
esenvolve rrando
ando u uma identidade. O
m a identidade. 0 ""retorno
r e t o r n o às o n t e s " nnao
as ffontes" e
ã o é ppois o i s uma
uma
n a p e q u e n a b u r g u e s i a i n d í g e n a u m s e n t i m e n t o de a m a r g u r a o u
na pequena burguesia ind(gena um sentrrnento de amargura ou d é m a r c h e " vvoluntaria,
""dernarche" oluntária, m masa s aa ú(mica e s p o s t a vviavel
n i c a rresposta a
i á v e l à solicitacao
solicitação
uum
complexo de
m complexo trustrscso ee,, pparalelamente,
de frustração a r a l e l a m e n t e , uuma m a nnecessidade ur-
e c e s s i d a d e ur­ e r i o s a dde
m pperiosa
iim e uuma e c e s s i d a d e cconcreta,
m a nnecessidade i s t ó r i c a , determinada
o n c r e t a , hhistorica, determinada
g e n t e , d e q u e ela t o m a p o u c o a p o u c o c o n s c i ê n c i a , d e c o n t e s t a r
gente, de que ela toma pouco a pouco consciencia, de contestar
a sua marginalidade e de descobrir u m a identidade. Resultante do
ppela e d u t í v e l qque
o n t r a d i ç ã o iirr rredutfvel
e l a ccontradicao o c i e d a d e ccolonizada
p õ e aa ssociedade
u e oopfie olonizada à a
a sua marginalidade e de descobrir uma identidade. Resultante do ppotencia o l o n i a l , aas
o t ê n c i a ccolonial, s m a s s a s ppopulares
massas l a s s e eestran­
x p l o r a d a s àa cclasse
o p u l a r e s eexploradas stran-
fracasso d a tentativa de identificação c o m a classe d o m i n a n t e es-
fracasso da tentativa de identificai;ao com a classe dominante es· geira exploradora, contradicao em relai.ao a. qua I cada camada
geira e x p l o r a d o r a , c o n t r a d i ç ã o e m r e l a ç ã o à q u a l c a d a c a mada
e
trangeira, para a q u a l é i m p u l s i o n a d a t a n t o pelos e l e m e n t o s es-
trangeira, para a qual impulsionada tanto pelos elementos es·
senciais da s u a f o r m a ç ã o c u l t u r a l c o m o pelas suas aspirações so-
o c i a l oou
ssocial l a s s e iin
u cclasse e
í g e n a é oobrigada
n ddfgena e f i n i r uuma
b r i g a d a aa ddefinir ma p posicso.
osição.
senciais da sua tormacao cultural coma pelas suas aspiracdes so· Q u a n d o oo ""retorno
Ouando r e t o r n o às as ffontes" ultrapassa oo caso
o n t e s " ultrapassa caso individual
individual
ciais, esta necessidade de libertação d o c o m p l e x o de frustração e
ciais esta necessidade de libertai;ao do complexo de frustraeao e para se
para se eexprimir
x p r i m i r atravésatraves de de ""grupos"g r u p o s " oou u de m o v i m e n t o s " , oos
de ""movimentos", s
da �arginalidade leva
d a marginalidade e q u e n a burguesia a u t ó c t o n e a voltar-se
leva aa ppequena burguesia autoctone a voltar:se fatores que
fatores o n d i c i o n a m , ttanto
que ccondicionam, interna ccoma
a n t o interna x t e r n a m e n t e , aa
o m o eexternamente,
para o o u t r o pólo d o c o n f l i t o sócio-cultural no seio d o q u a l vive
para o outro polo do conflito socio­cultural no seio do ciual �1ve evolução o l í t i c o - e c o n ô m i c a dda
evolui;ao ppolttico­econorntca o c i e d a d e , aatingiram
a ssociedade, t i n g i r a m já ja oo nnivel
ível
— as massas p o p u l a r e s indígenas —, p r o c u r a n d o u m a identida-
­ as massas populares indigenas =, procurando urna _1dent1d�· eemm que que esta esta ccontradicao
o n t r a d i ç ã o se r a n s f o r m a eem
se ttransforma m cconflito (velado oou
o n f l i t o (velado u
de. C o m o v i m o s , a s o c i e d a d e d o m i n a d a (por estar v e n c i d a , opri-
de. Como vimos, a sociedade dominada (par estar vencida, opn­ b e r t o ) , ppreludio
aaberto). r e l ú d i o do do m o v i m e n t o dde
movimento pre­independencia oou
e pré-independência u da luta
da luta
m i d a e r e p r i m i d a n o s planos e c o n ó m i c o e p o l í t i c o ) preserva, ape-
mida e reprimida nos pianos economico e politico) preserva, ape· pela libertacao do
pela libertação do jugo estrangeiro. AAssim,
jugo estrangeiro. s s i m , oo ""retorno
r e t o r n o às as ffontes"
ontes"
sar de t o d a s as tentativas de destruição d a parte d a potência co-
sar de todas as tentativas de destruicao da parte da potencia co·
lonial, o essencial d a s u a c u l t u r a e c o n t i n u a a s u a resistência cul-
só e
so historicamente consequente se implicar nao apenas um ccom·
é h i s t o r i c a m e n t e c o n s e q u e n t e se i m p l i c a r n ã o a p e n a s u m om-
lonial, o essencial da sua cultura e continua a sua resistsncia cul· r o m e t i m e n t o rreal
ppromefimento e a l nna a lluu ttaa ppela e l a iinnddependencia,
ependência, m mas a m b é m uuma
a s ttarnbern ma
e
t u r a l , q u e é i n d e s t r u t í v e l . Só no d o m í n i o c u l t u r a l a p e q u e n a bur-
tural, que indestrutivel. So no dominio cultural � pequena _bur·
guesia a u t ó c t o n e p o d e tentar satisfazer essa necessidade d e liber-
d e n t i f i c a ç ã o ttotal
iidentificacao e f i n i t i v a ccom
o t a l ee ddefinitiva o m as s p i r a ç õ e s ddas
as aasplracfies as m a s s a s ppo·
massas o-
guesia autoctone pode tentar satisfazer essa necessidade de liber­
tação e de c o n q u i s t a de u m a i d e n t i d a d e .
u l a r e s , qque
ppulares, u e nniio o n t e s t a m ssomente
ã o ccontestam u l t u r a ddo
o m e n t e aa ccultura o eestrangeiro
strangeiro m mass
a
tai.ao e de conquista de uma identidade. . l o b a l m e n t e , oo ddomfnio
i n d a , gglobalmente,
aainda, s t r a n g e i r o . DDoutro
o m í n i o eestrangeiro. outro m modo, o "re·
o d o , o " re-

so
a í oo ""retorno
DDai r e t o r n o às
u a n t o oo iisolamento
so qquanta s o l a m e n t o da
o n t e s " , qque
as ffontes",
da ppequena
parece ttanto
u e parece a n t o mais
burguesia (ou
e q u e n a burguesia (ou das das elites
irnperio­
mais imperio-
nati­
elites nati-
ttorno
o r n o às as ffontes"
o n t e s " não e
niio é mais mais do do qque u e uuma solu\;iio qque
m a solução pretende
u e pretende
oobter vantagens ttemporaries,
b t e r vantagens e m p o r á r i a s , uuma m a fforma, o n s c i e n t e oou
o r m a , cconsciente incons­
u incons-
vas) for grande e q u a n t o o s e u s e n t i m e n t o o u c o m p l e x o de frus-
vas) for grande e quanta o seu 54:.nt�men!o ou CO!Jl_Plexo �e frus· cciente,
i e n t e , de de oportunismo politico da parte da pequena burguesia.
o p o r t u n i s m o p o l í t i c o d a parte da p e q u e n a burguesia.
trai;ao for
tração g u d o , ccomo
for aagudo, o m o eem relacao às
m relação diespores aaw1canas
as diásporas implan­
f r i c a n a s implan-
ÉI: preciso
preciso notar notar qque u e oo ffenomeno do ""retorno as ffontes",
tadas nas
tadas e t r ó p o l e s ccolonialistas
nas mmetropoles ã o ée pois
racistas. NNao
o l o n i a l i s t a s ee racistas. pois porpar aacaso
caso e n ó m e n o do r e t o r n o às ontes",
qquer
u e r sejaseja aparente ou real, niio se produz de maneira global,
a p a r e n t e o u r e a l , não se p r o d u z de maneira global,
que teorias ou "movimentos" tais coma o pan­africanismo ee aa
que teorias o u " m o v i m e n t o s " tais c o m o o pan-africanismo
simultanea ee uuniforme,
simultânea n i f o r m e , no no seio seio ddaa ppequena burguesia aautoctone,
e q u e n a burguesia utóctone.
negritude, dduas
negritude, u a s expressões e r t i n e n t e s do
expressdes ppertinentes "regresso às
do "regresso as ffontes"
ontes" — ­ ÉI: uum r o c e s s o lle
m pprocesso e nto, e s c o n t í n u o ee ddesigual,
n t o , ddescontfnuo u j o ddesenvolvi·
e s i g u a l , ccujo esenvolvi-
baseadas p r i n c i p a l m e n t e n o p o s t u l a d o da i d e n t i d a d e c u l t u r a l de
baseadas principalmente no postulado da identidade cultural de m e n t o , aao
mento, e l dde
o nní vfvel e ccadaa d a i individuo, e p e n d e ddo
n d i v í d u o , ddepende o ggraur a u ddee aacultura·
cultura-
t o d o s o s a f r i c a n o s negros — f o r a m c o n c e b i d a s e m espaços c u l t u -
todos os africanos negros ­ foram concebidas em espaeos cuttu­ ç�ao, a s ccondicoes
ã o , ddas
rais d i s t i n t o s d o s d a A f r i c a negra. Mais r e c e n t e m e n t e , a reivindi-
rais distintos dos da Africa negra. Mais recentemente, a reivindi·
ondições m materials de existencia, dz forrnacao ideeoloqi­
a t e r i a i s d e e x i s t ê n c i a , d a f o r m a ç ã o i d ológi-
cação, feita pelos negros a m e r i c a n o s , de u m a identidade a f r i c a n a , ccaa ee dda i s t ó r i a eenquanto
r ó p r i a hhistoria
a ppropria n q u a n t o ser ser ssocial.
ocial.
cai;ao, feita pelos negros americanos, de uma identidade africana, EEsta desigualdade está base da
na base
esta na da cisão da ppequena
cisiio da burgue·
e outra manifestai;ao, talvez desesperada, de uma tentanva ddee
é outra m a n i f e s t a ç ã o , talvez d e s e s p e r a d a , de u m a tentativa
" r e t o r n o às f o n t e s " , e m b o r a n i t i d a m e n t e i n f l u e n c i a d a por u m a sia
s t a desigualdade
u t ó c t o n e eem
sia aautoctone m três i s t i n t o s , fface
grupos ddistintos,
tres grupos
e q u e n a burgue-
ao mmovimento
a c e ao de li-Ii·
o v i m e n t o de
"retorno as fontes", embora nitidamente influenciada par uma
realidade n o v a — a c o n q u i s t a d a independência p o l í t i c a pela gran- bertacao::
bertação
realidade nova ­ a conquista da independencia politica pela gran·
de maioria d o s povos a f r i c a n o s . C a r a c t e r i z a - s e p r i n c i p a l m e n t e ,
de maioria dos povos africanos. Caracteriza·se principalmente,
nos seus a s p e c t o s visíveis, pela m a n i f e s t a ç ã o , m u i t a s vezes osten- a) uuma
a) prinleira mminoria
m a primeira i n o r i a qque, apesar de
u e , apesar desejar oo ffim
de desejar i m da dado·
do-
nos seus aspectos visiveis, pela manifestai;ao, muitas vezes osten­
t a t ó r i a , de u m desejo mais o u m e n o s c o n s c i e n t e de identificação mina\;iio estrangeira, se prende a classe colonial dominante e se
minação estrangeira, se p r e n d e à classe c o l o n i a l d o m i n a n t e e se
u l t u r a l . de um desejo mais ou menos consciente de identifica\;iio
ctatoria, p õ e aabertamente
oopoe esse mmovimento
b e r t a m e n t e aa esse para ddefender
o v i m e n t o para seguran·
suaseguran-
e f e n d e r aa sua
cultural. ea ssocial;
ça ocial;

Mas oo ""retorno
Mas
r i o , uum
as ffontes"
r e t o r n o às niio é, nnem
o n t e s " não e,
e m ppode ser, eem
o d e ser, si ppro·
m si ró-
b) uuma
b) maioria
ma m e eelementos
a i o r i a dde hesitantes oou
l e m e n t o s hesitantes u iindecisos;
ndecisos;
pprio, ato de
m ato de luta o n t r a oo ddomfnio
/uta ccontra estrangeiro ((colonialista
o m í n i o estrangeiro colonialista

78 79
79
78
_ c )c)u um� sll!lundammin_oria
m a segunda inoria cu cujos
j o s e elementos
l e m e n t o s p participam nacria-
a r t i c i p a m na cria
eao e na d1re,;ao do movrrnanto de libertacao, de que sao Oprin-
ção e na direção d o m o v i m e n t o d e libertação, d e q u e são o
prin e
f i q u e m . D a m e s m a f o r m a , a i d e n t i d a d e de u m ser é s e m p r e u m a
fiquem. Da mesma forma, a identidade de um ser sempre uma
q u a l i d a d e relativa, não e x a t a , m e s m o c i r c u n s t a n c i a l , p o r q u e a s u a
c cipal
i p a l e elemento
l e m e n t o de def efecunda,;:ao.
cundação. qualidade relativa, nao exata, mesmo circunstancial, porque a sua
d e f i n i ç ã o exige u m a seleção mais o u m e n o s rigorosa o u restritiva
defini\;iio exige uma sele\;iio mais ou menos rigorosa ou restritiva
das características biológicas e sociológicas d o ser e m questão.
Mas este
Mas este úultimo
l t i m o ggrupo,
r u p o , qque e s e m p e n h a uum
u e ddesempenha decisivo
papel decisivo
m papel das caracteristicas biol6gicas e sociol6gicas do ser em quest.Io.
É preciso notar q u e , no b i n ó m i o f u n d a m e n t a l d a definição
no no ddesen�olvi�ento
e s e n v o l v i m e n t o do do mmovimento
o v i m e n t o de de pré-independência,
pre·independencia, não nao E preciso notar que, no binornio fundamental da definicao
o sociol6gico e mais determinante do que o bio­
da identidade, o sociológico é mais d e t e r m i n a n t e d o q u e o bio-
consegue identificar-se
consegue identificar­sevverdadeiramentee r d a d e i r a m e n t e c com
o m as asmassas
massasppopulares
opulares da id entidade,
se e certo que o elemento biol6gico (o patri­
( c(com
o m aassua u a ccultura
u l t u r a eeas lógico. C o m e f e i t o , se é c e r t o q u e o e l e m e n t o biológico (o patri-
assuas
suasaspirações)
aspiracdes]senão senaoatravés
atravesdda de·
luta,de-
a luta, 16gico. Com efeito,
ppendendo
e n d e n d o oograu grau dessa dessa identificação
identifica�iiodadaf oforma r m a ouou das
dasf oformas de
r m a s de genetico) e a base material lndispensavel a existencia e a
m ô n i o genético) é a base material indispensável à existência e à
monio
c o n t i n u i d a d e evolutiva da i d e n t i d a d e , não d e i x a de ser u m fato
l uluta,
t a , dodo cconteudo
o n t e ú d o ideológicoideol6gico do do mmovimento
o v i m e n t o eeddo
o nnivel de cons-
í v e l de cons· continuidade evolutiva da identidade, nao i!eixa de ser um fato
cieneiammorale
ciência o r a l e ppolitica
o l í t i c a dde cada i nindividuo.
e cada divíduo. que o elemento socio16gico e o fator que, dando­lhe um conteu­
q u e o e l e m e n t o sociológico é o fator q u e , d a n d o - l h e u m c o n t e ú -
d o è u m a f o r m a , i m p r i m e significado objetivo a essa q u a l i d a d e ,
do e uma forma, imprime significado objetivo a essa qualidade,
p e r m i t i n d o a c o n f r o n t a ç ã o o u a c o m p a r a ç ã o entre i n d i v í d u o s o u
IIII permitindo a confrontacao ou a cornparacao entre indiv(duos ou
entre g r u p o s de i n d i v í d u o s . Para u m a d e f i n i ç ã o integral d a iden-
entre grupos de individuos. Para uma defini�ao integral da iden·
t i d a d e , a caracterização d o e l e m e n t o biológico é indispensável,
. O�­ principal
pri!:lcipal pproblema
r o b l e m a do do mmovimento
o v i m e n t o de de libertação
libertacao —­ oo da da tidade, a caracteriza,;:ao do elemento biol6gico e indispensaval,
mas não i m p l i c a u m a identificação n o p l a n o sociológico, e n q u a n -
identificacao de
identificação de uumam a parteparte da da ppequena burguesia nativa
e q u e n a burguesia nativa ccom o m asas mas nao implica uma identifica,;:ao no piano sociol6gico, enquan·
to q u e dois seres o u m a i s , s o c i o l o g i c a m e n t e idênticos, t ê m ne-
massas populares
massas populares —­ pressupõe pressupfie uuma condi�o eessencial:
m a condição que, con-
s s e n c i a l : que, con- to que dais seres ou mais, sociologicamente identicos, tern ne­
c e s s a r i a m e n t e u m a i d e n t i d a d e s e m e l h a n t e n o plano b i o l ó g i c o .
traaaação
tra at;:aodestrutiva
destruti_vado domtnio imperialista,
do_domínio imperialista,asasmassas messes popularespopulares cessariamente uma identidade semelhante no piano biol6gico.
E s t e f a t o revela, por u m l a d o , a s u p r e m a c i a d a vida social
preser_vem a sue identidsde, diferente e distinta da da potencla
preservem a sua identidade, d i f e r e n t e e distinta da da potência Este fato revela, par um lado, a supremacia da vida social
sobre a v i d a i n d i v i d u a l , p o r q u e a s o c i e d a d e ( h u m a n a , por e x e m -
ccolonial.
o l o n i a l . PPare<:_e,
portanto, interessante ddeterminar
a r e c e , p o r t a n t o , interessante e t e r m i n a r eem m que casos
que casos sabre a vida individual, porque a sociedade (humana, par exem·
plo) é u m a f o r m a s u p e r i o r de v i d a ; sugere, por o u t r o lado, a ne-
esta preservação
esta preserva�o ée possível; poss�vel; par
por qque, u a n d o eea
u e , qquando a qque niveis
u e níveis da
da so·
so- plo) e uma forma superior de vida; sugere, par outro lado, a ne­
cessidade de não c o n f u n d i r , na apreciação d a i d e n t i d a d e , a iden-
c1eda�e dommada se poe o problema da perda ou da ausencia dde
ciedade d o m i n a d a se põe o p r o b l e m a da perda o u da ausência e cessidade de naoe mconfundir,
tidade original,
na apreciaeao da identidade, a iden­
q u e o e l e m e n t o biológico é a d e t e r m i n a n t e
identidads e,e, pportanto,
identidade o r t a n t o , aa necessidade
necessidade de deaafirmar
f i r m a r oouu de de reafirmar,
reafirmar tidade original, em
p r i n c i p a l , c o m a identidade
que o elemento biol6gico e a determinante
atual, na q u a l a d e t e r m i n a n t e princi-
no âambito
no m b i t o ddo o m movimento
o v i m e n t o dde pre­independencia uuma
e pré-independência, identidad�
m a identidade principal, com a identidade atual, na qual a determinante princi­
diferente ee distinta
diferente distinta da da dda potencia ccolonial.
a potência olonial. ' pal e
pal é o e l e m e n t o sociológico. É e v i d e n t e q u e a i d e n t i d a d e q u e é
o elemento sociol6gico. E evidente que a identidade que e
necessário ter e m consideração n u m d e t e r m i n a d o m o m e n t o da
AA identidade
identidade de de uum m i individuo
n d i v í d u o oouu de de uumm ddeterminado grupo
e t e r m i n a d o grupo necessario ter em considera,;:ao num determinado momenta da
evolução d e u m ser (individual o u c o l e t i v o ) é a identidade a t u a l
hhumano
u m a n o ée uum� m a qqualidade bio­socioloqica, i independente
u a l i d a d e bio-sociológica, n d e p e n d e n t e da da vonta-
vonta· evolu,;:ao de um ser (individual ou coletivo) e a identidade atual
e q u a l q u e r apreciação desse ser feita u n i c a m e n t e c o m base na sua
dde desse iindividuo
e desse n d i v í d u o oou desse ggrupo,
u desse rupo, m masque
a s q u e só s6 ttern sig"1ificado ao
e m significado ao e qualquer apreciaeao desse ser feita unicamente com base na sua
identidade original está i n c o m p l e t a , p a r c i a l e i m b u í d a d e p r e c o n -
ser eexpressa cidentidade
e i t o s , t e n d ooriginal esta
t a qincompleta,
u e e s q u e c e oparcial e imbuida de precon·
ser x p r e s s a eem rela,;:ao aa ooutros
m relação u t r o s i individuos
n d i v í d u o s oou u aa ooutros grupos
u t r o s grupos
em con u ignora a influência decisi-
hhumanos.
u m a n o s . AA nnatureza dialetica dda
a t u r e z a dialética identidade reside
a identidade reside nno o ffato de
a t o de
vaceitos, tendo em
d a realidade conta(material
social que esquece ou ignora
e espiritual) a influencia
sobre o c o n t e ú ddecisi·
o e a
fva daa drealidade social (material e espiritual) sabre o conteudo ea
qque ela identifica
identifica ee distingue,
distingue, pporque o r q u e uumm iindividuo (ou uum
u e ela n d i v í d u o (ou m grupo
grupo orm a identidade.
hhu"2ano)
u m a n o ) não nao ée idêntico
identico aa ddeterminados n d i v í d u o s ((ou
e t e r m i n a d o s iindividups grupos)
o u grupos) forma da identidade.
Na f o r m a ç ã o e d e s e n v o l v i m e n t o d a identidade individual ou
senao se
senão se ffor
o r ddistinto
i s t i n t o de de ooutros
u t r o s iindividuos
n d i v í d u o s (ou (ou grupos
grupos hhumanos). umanos). Na forrnacso e desenvolvimento da identidade individual ou
a realidade social e um agente objetivo, resultante dos
c o l e t i v a , a realidade social é u m agente o b j e t i v o , resultante d o s
AA dde_finiciio
e f i n i ç ã o dde
e uuma m a iidentidade, individual oou
d e n t i d a d e , individual o l e t i v a , ée portan-
u ccoletiva, portan­ coletiva,
fatores e c o n ó m i c o s , p o l í t i c o s , sociais e c u l t u r a i s q u e c a r a c t e r i z a m
tto,
o , ssimultanearnente,
i m u l t a n e a m e n t e , aa aafirrnacso
f i r m a ç ã o ee aa negação negaciio de de uum m d determine­
etermina- fatores econornicos, politicos, sociais e culturais que caracterizam
a evolução o u a história d a s o c i e d a d e e m questão. S e c o n s i d e r a r -
dd_oo nnumero
ú m e r o dde caracterfsticas qque
e características u e ddefinem
e f i n e m iin nddividuos
i v í d u o s ou ou _s:oleti·
coleti- a evolucso ou a hist6ria da sociedade em questso. Se considerar·
o econornico e fundamental, pode­
m o s q u e , entre esses f a t o r e s , o e c o n ó m i c o é f u n d a m e n t a l , pode-
v!dades eem
vidades m ffunciio
u n ç ã o dde e ccoordenadas (biol6gicas ee socio-
hist6ricas (biológicas
o o r d e n a d a s históricas socio· mos que, entre esses fatores,
log1cas), em
lógicas), em ddado
ado m momenta
o m e n t o dda a suasua evolução.
evolucao. CCom o m eefeito
f e i t o , aa iden-
iden­ mos afirmar que a identidade e, de certa maneira, a expressso de
m o s a f i r m a r q u e a i d e n t i d a d e é, de certa m a n e i r a , a expressão de
um2í realidade e c o n ó m i c a . E s s a realidade — sejam q u a i s f o r e m o s
tidade não
tidade nao ée uuma m a qqualidade
u a l i d a d e iimutavel, r e c i s a m e n t e ppo�que
m u t á v e l , pprecisamente o r q u e ooss umf realidade economica. Essa realidade ­ sejam quais forem os
m e i o s geográficos e a via de d e s e n v o l v i m e n t o da s o c i e d a d e — é
dados biológicos
dados biol6gicos ee sociológicos
sociol6gicos qque u e aa ddefinem estao eem
e f i n e m estão perrna­
m perma- meios qeoqraficos e a via de desenvolvimento da sociedade ­ e
d e f i n i d a pelo nível das forças p r o d u t i v a s (relação e n t r e o h o m e m
nente evolução.
nente evolu,;:ao. QOuer biol6gica, qquer
u e r biológica, u e r ssociologicamente,
o c i o l o g i c a m e n t e , não nao exis-
exis­ definida pelo n ivel das forcas produtivas (rela,;:ao entre o homem
e a natureza) e pelo m o d o de p r o d u ç ã o (relações entre o s h o m e n s
ttern,
e m , nono ttempo,
e m p o , ddois seres (individuais
o i s seres (individuais oou coletivos) aabsolutamen·
u coletivos) bsolutamen- e a natureza) e pelo modo de producao (rela�es·entre os homens
o u as categorias de h o m e n s n o seio d a m e s m a s o c i e d a d e ) . Mas, se
te idênticos,
te identicos, oou u aabsolutamente
b s o l u t a m e n t e ddistintos, o r q u e ée ssempre
i s t i n t o s , pporque possf­
e m p r e possí- ou as categorias de homens no seio da mesma sociedade). Mas, se
a d m i t i r m o s q u e a c u l t u r a é a síntese d i n â m i c a d a realidade mate-
vel eencontrar
vel caracteristicas qque
n c o n t r a r características u e oos i s t i n g u a m oou
s ddistinguam u qque u e os os identi-
identi­ admitirmos que a cultura e a sintese dinamica da realidade mate­
rial e espiritual d a s o c i e d a d e e e x p r i m e as relações t a n t o e n t r e o
rial e espiritual da sociedade e exprime as rela�oes tanto entre o
80
81
81
homem e a natureza como entre as diferentes categorias de ho- "sobrestimação"
homem e a natureza como entre as diferentes categorias de ho­
mens no seio de uma mesma sociedade, podemos afirmar que a
"sobrestirnacao" da da identidade
identidade porpor parte
parte dos
dos grupos dominados,
grupos domi�ad_os,
mens no seio de uma mesma sociedade, podemos afirmar que a como
como principal
principal efeito
efeito dodo bloqueamento
bloqueamento do do seu
seu processo
processo históri-
histori­
identidade é, a nível individual ou coletivo e para além da reali-
identidade e, a nivel individual ou coletivo e para alern da reali­
dade económica, a expressão de uma c u l t u r a . É por isso que atri-
co
co pelo
pelo domínio
dominio imperialista.
imperialista. .
dade econornica. a expressao de uma cultura. I: por isso que atri­ 0O caráter
carater fundamentalmente
fundamentalmente horizontal da estrutura estrutura social
buir, reconhecer ou afirmar a identidade de um indivíduo ou de dos
buir, reconhecer ou afirmar a identidade de um indivfduo ou de
um grupo humano é, acima de tudo, situar esse indivíduo ou gru- dos povos
povos africanos
africanos — ­ multiplicidade
multiplicidade ou ou profusão
profusao dede grupos
grupos étni-
et�i­
um grupo humano e, acima de tudo, situar esse individuo ou gru­ cos
cos -­ fazfaz ccom
o m que
que aa resistência
resistencia cuitural
cultural ee oo grau
grau de
de preservação
pr_eserva,;:ao
po no âmbito de uma cultura. Ora, como todos sabem, a base da
po no ambito de uma cultura. Ora, como todos sabem, a base
principal da cultura é, em todas as sociedades, a estrutura social. da identidade
identidade não nao sejam
sejam uniformes.
uniformes. DestaDesta forma,
forma, se se ée umum fato
fato
principal da cultura e, em todas as sociedades, a estrutura social. que
que os
os grupos
grupos étnicos
etnicos conseguiram,
conseguiram, de
de uma
uma forma
forma geral,
gerat preser-
preser­
Parece mais lícito concluir que a possibilidade de um determina- var
Parece mais lfcito concluir que a possibilidade de um determina­
do grupo humano preservar (ou perder) a sua identidade face ao var aa sua
sua identidade
identidade e, e, portanto,
portanto, não
nao háha perda
perda dessa
dessa qualidade
quahdade na na
do grupo humano preservar (ou perder) a sua identidade face ao horizontal social, verifica-se que os grupos mais
horizontal social, verifica­se que os grupos mais resistentes sãoresistentes sao
d o m í n i o estrangeiro depende do grau de destruição verificada na os
dominio estrangeiro depende do grau de destruicao verificada na
sua estrutura social por esse mesmo d o m í n i o . os que
que mais
mais violentos
violentos choques
choques tiveram
tiveram comcom aa potência
potencia colonial
colonial nana
sua estrutura social por esse mesmo dominio. fase
fase dada ocupação efetiva*
efetiva� ou
ou então
entao aqueles
aqueles que,
que, devido
devido à sua lo-
Quanto à ação e aos efeitos do domínio imperialista sobre a ocupa,;:ao � s�a lo­
a
Ouanto a,;:ao e aos efeitos do dominio imperialista sobre a
estrutura social do povo dominado, importa considerar aqui o
calização geográfica,
caliza,;:ao geografica, tiveram
tiveram menos
menos contatos
contatos com
com aa potência
potencra es- es­
estrutura social do povo dominado, importa considerar aqui o trangeira**.
caso do colonialismo clássico de que o movimento de pré-inde- tranqeira" •.
caso do colonialismo classico de que o movimento de pre­inde­ Convém
Convern notarnotar queque aa potência
potencia colonial
colonial defronta,
defronta, de de forma
forma
pendência é a contestação. Nesse caso, seja qual for o grau de
pendencia e a contestacao. Nesse caso, seja qual for o grau de insolúvel, uma contradição no seu comportamento
insoluvel uma contradi,;:iio no seu comportamento face aos face aos gru-
gru­
desenvolvimento histórico da sociedade dominada, a estrutura so-
desenvolvimento hist6rico da sociedade dominada, a estrutura so­ pos
pos étnicos:
etni�os: porpor umum lado,
lado, temtern necessidade
necessidade de de dividir
dividir ouou de de man-
man­
cial pode sofrer as seguintes ações e efeitos:
cial pode sofrer as seguintes a9oes e efeitos: ter
ter aa divisão
divisao para
para reinar
reinar e,e, por
por isso,
isso, mantém
mantern ee fomenta
fomenta aa separa-
separa­
ção
,;:ao ee mesmo
mesmo as as querelas
querelas entre
entre os os grupos
grupos étnicos; por outro
etnicos; _por outrn lado,lado,
a)
a) destruição
destruiciio total,
total, com
com aa liquidação
liquida,;:ao imediata
imediata ou
ou progressiva
progressiva para
para tentar
tentar garantir
garantir aa perpetuação
perpetuacso do do seuseu domínio,
dommio, precisaprecisa de de
da população indígena e a sua substituição consequente por uma
da populacao indigena e a sua substituicao conseqiiente por uma destruir
destruir aa estrutura
estrutura social
social desses
desses grupos,
grupos, aa sua sua cultura
cultura e,e, portan-
portan­
população alógena;
populaeao alogena; to,
to aa suasua identidade.
identidade. Além Alern disso,
disso, ée forçada
for,;:ada aa adotar
adotar uma uma política
politica
de proteção da estrutura social e de defesa das
d� prote,;:ao da estrutura social e de defesa das classes dirigentes classes dirigentes
b) destruição parcial, com fixação de uma população alóge- dos
b) destruiciio parcial, com fixa,;:ao de uma popula,;:ao aloge­ dos grupos
grupos queque (como,
(como, por por exemplo,
exemplo, aa etnia etnia ouou aa nação
na,;:ao fula,
f�la, nono
na mais ou menos numerosa; nosso
na mais ou menos numerosa; nosso país) s) apoiarem
paf apoiarem decisivamente
decisivamente as
as suasguerras
suasquerras de conquista
de_ con"!u1sta co- co­
lonial
lonial — ­ política
politica que que favorece
favorece aa preservação
preserva,;:ao da da identidade
identidade do do
grupo.
c)
c) conservação
conserveciio aparente,
aparente, condicionada
condicionada pela
pela reclusão
clusao da
da so-
so­ �upo.
Como
Como jája dissemos,
dissemos, de de umauma maneira
. ­ ..
ciedade autóctone em zonas geográficas ou reservas próprias, ge-
ciedade aut6ctone em zonas geograficas ou reservas pr6prias, ge­ maneir� geral,
geral, não
nao se se verificam
venf1cam
ralmente desprovidas de possibilidades de vida, com implantação modificações
modifica,;:oes importantes
importantes no no referente
referente àa cultura,
cultura, na na vertical
vertical da da
ralmente desprovidas de possibilidades de vida, com irnplantacao pirâmide ou das pirâmides sociais indígenas (grupos ou
maciça de uma população alógena.
macica de uma populaeao al6gena. pirarnide ou das piramides sociais indfgenas (grupos o� socieda-
socieda­
desdes comcom um um Estado).
Estado). CadaCada camada
camada ou ou classe
classe mantém
mantem aa sua sua
identidade, tanto nos centros urbanos como
identidade, tanto nos centros urbanos como em al!!umaszonas em algumas zona� do d�
A experiência do domínio imperialista demonstra que a des
A experiencia do domfnio imperialista demonstra que a de interior
interior dodo país
pais onde
onde aa influência
influencia cultural
cultural da da potência
potencia colonial
colonial ée
truição completa da
trui,;:ao completa da estrutura
estrutura social,
social, que
que implica
implic'a aa perda
perda de
de iden-
iden­ sensível,
senslvel, oo problema
problema da da identidade
identidade ée mais mais complexo.
complexo. Enquanto
Enquan_to
tidade, só é possível com a liquidação total da população indíge-
tidade, s6 e possfvel com a liquida,;:ao total da populaeao indige­ que aa base e o topo da pirâmide social (respectivamente,
que base e o topo da piramide social (respec�iva!flente,aa_maio- m�u�­
na ou pela sua redução a um mínimo social e culturalmente in-
na ou pela sua reducao a um minimo social e culturalmente in­ ria
ria das
das massas
massas populares
populares trabalhadoras,
trabalhadoras, constituída
constituida por por indiví-
indivt­
significante. E m contrapartida, nos dois últimos casos, que são os
significante. Em contrapartida, nos dois uttlmos casos, que sao os duos
duos de de etnias
etnias diferentes,
diferentes, ee aa classe
classe estrangeira
estrangeira dominante)
dorninantel man- man­
que interessa considerar em África, há a possibilidade de preser-
que interessa considerar em Africa, ha a possibilidade de preser­ têm
tern asas suas
suas identidades,
identidades, aa zona zona central
central dessadessa pirâmide
pirarnide (a Ia peque-
peque­
vação da cultura e, portanto, da identidade, mesmo que a estru-
va,;:ao da cultura e, portanto, da identidade, mesmo que a estru­ nana burguesia
burguesia autóctone),
aut6ctone). culturalmente
culturalmentedesenraizada,
desenraizada,alienada
ahenadaou ou
tura social sofra uma importante destruição parcial. Como é na-
tura social sofra uma importante destruieao parcial. Como e na­
tural, esta possibilidade varia com os tipos e os tempos de colo-
tural, esta possibilidade varia com os tipos e os tempos de colo-
nização. Podemos no entanto afirmar que o domínio político, a
nizar;:ao. Podemos no entanto afirmar que o dominio politico, a • NoNo nosso
nosso pafs,
pa(s,é6oocaso
casodos
dosManjacos,
Manjacos,dos
dosPapeis,
Pape11,dos
dosOincas,
Olncas,dos
dosBalantas e dos
Balent••• dos
exploração económica e a repressão cultural praticadas pela po-
explora,;:iio econornica e a repressao cultural praticadas pela po­
tência colonial provocaram uma "cristalização" da cultura e uma
Beafadas.
Seafadas.
tencia colonial provocaram uma "cristalizaeao" da cultura e uma •* É�oocaso
caodos
dosPajadincas
Pajadincaseede
deoutras
outrasminorias
minoriasdo
dointerior.
interior.

82 83
83
82
mais ou
mais ou menos
menos assimilada,
assimilada, debate-se
debate­se num
num conflito
conflito sócio-cultu-
socio­cultu­ populares
populares aa melhormelhor forma
forma de de exprimir
exprimir uma uma identidade
identidade distinta
distinta
ral. procurando
ral, procurando uma identidade. ÉI: preciso
uma identidade. preciso notar
notar ainda
ainda que, em­
que, em- da
da dada potência
potencia colonial.
colonial.
bora solidamente
bora solidamente ligada
ligada por
por uma
uma nova
nova identidade
identidade —­ aa da
da potência
potencia ÉE por
per isso queque aa identificação
identificacao com com as as massas
massas populares
populares e a
colonial —
colonial ­ aa classe
classe dominante
dominante estrangeira
estrangeira não
nao consegue
consegue libertar-se
libertar­se reafirmação
reafirrnacao da da identidade
identidade podem
podem ser ser temporárias
temporaries ou ou definitivas,
definitivas,
das
das contradições
contradicdes ee dos dos limites
limites da
da sua
sua própria
pr6pria sociedade,
sociedade, que
que apenas
apenas aparentes
aparentes ou ou reais,
reais, face
face aos
aos esforços
esforc;;os ee aos
aos sacrifícios
sacrificios quo-
quo­
transfere
transfere para
para aa área
area dede colonização.
colonizaeao. tidianos
tidianos exigidos
exigidos pela
pela própria
pr6pria lutaluta que,que, sendo
sendo uma uma expressão
expressao
Ouando, por por ação
ac;;ao de
de uma
uma minoria
minoria da da pequena
pequena burguesia política
politica organizada
organizada de de cultura,
culture, ée ttarnoern,
a m b é m , ee necessariamente,
necessariamente, uma uma
Quando,
aut6ctone aliada aliada àsas massas
massas populares
populares indígenas,
indigenas, se se desencadeia prova
prova não nae apenas
apenas de de identidade,
identidade, mas mas ainda
ainda de dignidade.
de dignidade.
autóctone
oo movimento
movimento de de pré-independência,
pre­independsncia, essas massas não nao têm
tern qualquer Durante
Durante oo processo
processo de de domínio
dominio colonialista,
colonialista, as as massas
massas popu-
popu­
necessidade de
necessidade de afirmar
afirmar ou ou reafirmar
reafirmar a sua sua identidade,
identidade, que que nunca lares,
lares, sejam
sejam quais
quais forem
forem as as características
caracteristicas da da estrutura
estrutura social
social dodo
confund,ram nem
confundiram nem poderiam
poderiam confundir
confundir com com aa da potência
potencia colo-colo­ grupo
grupo aa que que pertencem,
pertencem, não nae deixam
deixam de de resistir a
resistir à potência
potencia colo-
colo­
nial. Essa
nial. Essa necessidade
necessidade só s6 surge
surge ao ao nível
nivel da da pequena
pequena burguesia nial.
nial. Numa
Numa primeira
primeira fase
fase — ­ aa da
da conquista,
conquista, cinicamente
cinicamente denomi-denomi­
aut6ctone (elites) que,
autóctone que, nesta fase da evolução evoluc;;ao das contradições
contradicdes nada
nada "pacificação"
"pacificacao" — ­ resistem,
resistem, de de armas
armas na na mão,
miio, àa ocupação
ocupac;;iio
do processo
do processo de colonização, e
colonizaeao, é forçadaforc;;ada aa tomar
tomar posição face ao
posic;;ao face estrangeira*.
estrangeira •. Numa Numa segunda
segunda fase fase — ­ aa idade
idade de de ouro
ouro do do colo-
colo­
conflito que
conflito que opõe
opde as massas popularespopulares àa potência
potencia colonial. No nialismo
nialismo triunfante
triunfante — ­ opõem
opdern ao ao domínio
dominio estrangeiro
estrangeiro uma uma resis-
resis­
entanto, como como sucede
sucede nos nos casos
casos de de necessidade
necessidade de de uma identifi-
identifi­ tência
tencia passiva,
passive, quase
quase silenciosa,
silenciosa, mas mas muitas
mu itas vezes
vezes esmaltada
esmaltada de de
cac;;ao cultural,
cação cultural, a reafirmação
reafirmacao de uma identidade identidade distinta
distinta da da da rebeliões,
rebelides, geralmente
geralmente individuais,
individuais, raramente
raramente coletivas,
coletivas, especial-
especial­
potencia colonial
potência colonial não e
niio é um fato fato generalizado
generalizado no seio da pequena mente
mente no
mo
no âmbito
ambito do do trabalho,
trabalho, do do pagamento
pagamento de de impostos,
impostos, mes- mes­
burgesia. Só S6 uma
uma minoria
minoria reafirma
reafirma essa diferença,
diferenea, enquanto
enquanto que mo no no contato
contato social
social comcom os os representantes
representantes estrangeiros
estrangeiros ou ou
outra minoria afirma, quantas quantas vezes de forma forma espalhafatosa, a sua autóctones
aut6ctones da da potência
potencia colonial.
colonial. Numa
Numa terceira
terceira fasefase — ­ aa da
da luta
luta
identificacao com a classe estrangeira dominante, e a maioria,
identificação de
de libertação
libertaeao — sac
­ são asas massas
massas populares
populares que que constituem
constituem aa força forc;;a
silenciosa, se debate na indecisiio.
indecisão. principal
principal para a resistencia politica ou armada que
para a resistência política ou armada que conteste
conteste ee
liquide
liquide oo domínio
dominio estrangeiro.
estrangeiro. Essa Essa resistência,
resistencia, longalonga ee multi-
ÉI: importante observar ainda que, mesmo no seio da parte multi­
da pequena burguesia que reafirma uma identidade identidade distinta da forme,
forme, só
identidade,
e
s6 é possível
possivel porque,
porque, preservando
preservando aa sua sua cultura
cultura ee aa sua sua
da potência
poten_cia colonial
coJonial e, portanto, idênticaidentica àa das massas populares, identidade, as as massas
massas populares
populares mantêmmantern intacto intacto oo sentimento
sentimento
reafirrnaeao nem sempre se realiza da mesma forma. Parte de
de dignidade
dignidade individual
individual ee coletiva,
coletiva, apesar
apesar dos dos vexames,
vexames, das das humi-
humi­
essa reafirmação
dessa
de_s� minoria, integrada no movimento de pre­ind!1$>endencia, pré-independência,
lhações
lhac;;oes ee das
mais
das sevícias
sevicias de de que sac
que são tantas
tantas vezesvezes alvo.
alvo. Isto
lsto ée tanto
tanto
utiliza dados culturais estrangeiros para exprimir, recorrendo mais verdadeiro
verdadeiro quanto
quanta ée certo
certo que
que os os indivíduos
individuos ou ou as categorias
as categorias
sociais
sociais que que sese põem
poem "voluntariamente"
"voluntariamente" ao ao serviço
servic;;o da potência
da potencia
principalmente
principalmente àa literatura e às as artes, mais a descoberta da sua
colonial
colonial oo fazem,
fazem, consciente
consciente ou ou inconscientemente,
inconscientemente, em em bene-
bene­
identidade do que as aspiracoes aspirações e os sofrimentos
sofrimentos das massas
fício
ficio de de interesses
interesses dede grupos
grupos ou ou de
de classes
classes contrários
contraries aos aos dada esma-
esma­
populares que lhe servem de tema. E como come utiliza precisamente
gadora
gadora maioria
maioria dasdas massas populares.
massas populares.
para essa expressão
expressiio a linguagem e a língua lingua da potência
potencia colonial,
só excepcionalmente
s6 excep�ionalmente consegue
consegue influenciar
influenciar as
as massas populares
massas populares A afirmação ou a reafirmação
A afirmac;;ao reafirmac;;ao de uma identidade distinta da
em
eT geral iletradas e
geral iletradas e familiarizadas
familiarizadas com outras formas
com outras formas de de expres-
expres­ da potencia
potência colonial por parte da pequena burguesia aut6ctoneautóctone
são artfstica.
sao artística. EsseEsse fato,
fato, todavia,
todavia, não diminui o
niio diminui valor da
o valor da contri­
contri- contribui, portanto, unicamente para restituir um sentimento de
buição dessa minoria pequeno burguesa
buic;;!i<> dessa minoria �ueno­burguesa no processo de desen­ no processo de desen- dignidade a essa mesma categoria
categoria social. Ainda nesse plano,
piano, é e
volvimento da
volv,mento da luta,
luta, pois
pois consegue
consegue influenciar
influenciar, com com aa sua reafir-
sua reafir­ conveniente
conveniente observar queque o sentimento 4e de dignidade
dignidade nono seio da
mação de
mac;;iio de identidade,
identidade, tanto tanto parte
parte dosdos indeci�s
indecisos ee retardatarios
retardatários pequena burguesia
pequena burguesia depende
depende do do comportamento
comportamento objetivo, moral e
objetivo, moral e
=.
da S!J_a
sua pr?p�ia
opinião
própria categoria.
pública
categoria social
da
social como
metrópole
como um
colonial,
um importante
importantejetor
principalmente
setor dada
intelec-
social,
face
de cada
aos dois
face aos
indivíduo,
dois polos
pólos do
do
do conflito
grau de subjetividade
conflito colonial,
colonial, entre
entre os
da
os quais
sua atitude
social, de cacja individuo, do grau de subjetividade da sua atitude
quais é obrigado
obrigado e
opmiao pubhca da metropole colonial, principalmente intelec­
tuais. aa viver
viver oo drama
drama quotidiano
quotidiano dada colonizac;;ao.
colonização. Esse
Esse drama
drama é tanto
tanto e
. . . A outra parte da pequena burguesia, que se empenha ab ab mais intenso
mais intenso quanta
quanto é um e
um fato
fato que, no ambito
que, no âmbito profissional,
profissional, aa
''!'tlo _ no mo_
initiojno v,mento de pre­independencia,
movimento pré-independência, descobre na parti­
parti-
crpaeao
cipação imediata na luta de libertac;;ao
libertação e na integrac;;ao
integração nas massas Meio s6culo
Melo século de resistlncia
resistência armada no nosso pafs.
país.

84
84 85
85
pequena burguesia, no
pequena burguesia, desempenho das
no desempenho das suas
suas fum;iies,
funções, é e forcada
forçada sariamente a nega,;ao
negação do seu processo cultural. Tambem Também ­ — e
aa uma confrcntacso permanente, tanto com a
uma confrontação permanente, tanto com a classe estrangeiraclasse estrangeira porque uma sociedade que se liberta verdadeiramente do jugo
dominante,
dominante, comocomo comcom as as massas
massas populares.
populares. Esta situação faz
Esta situa�ao faz estrangeiro retoma os caminhos ascendentes da sua propria cul­
própria cul-
com
com que,
que, por
por um
um !ado,
lado, o o elemento pequeno-burguês seja alvo
elemento pequeno­burgues alvo tura
tur a ­— aa luta
luta de
de libertacfo
libertação e,
é, antes mais, um ato
antes de mais, ato de cultura.
cultura.
de
de frequentes
frequentes humilhacfies,
humilhações, quase quase quotidianas,
quotidianas, da parte dos
da parte dos A luta de liberta,;ao
libertação eé um fato essencialmente politico.
político. Por
estrangeiros e que, por outro lado, tome nftida nítida consciencia,
consciência, tanto conseguinte, s6 só podem ser utilizados metodos políticos (in­
métodos polfticos (in-
das injusticas
injustiças a que estao
estão sujeitas as massas populares, como da cluindo o uso da violencia
violência para liquidar a viotencia,
violência, sempre arma­
arma-
sua resistencia
resistência e do seu espfrito
espírito de revolta. Daf Daí deriva este para­
para- da, do domfnio
domínio imperialista) no decurso do seu desenvolvimento.
desenvolvimento.
doxo aparente da contestacao
contestação do domfnio
domínio colonial: eé no seio da
da A cultura naonão e,é, pois,
pois, nem podera
poderá ser, uma arma ou um metodo método
pequena burguesia aut6ctone,
autóctone, categoria social nascida da propria própria de
de mobilizaeao
mobilização de de grupo
grupo contra
contra oo domfnio estrangeiro. Ela
domínio estrangeiro. Ela eé bem
bem
colonizacao,
colonização, que surgem as primeiras iniciativas consequentes consequentes mais do que isso. Com efeito, eé no conhecimento concreto da da
visando aa mobilizacao
mobilização e aa organiza,;ao
organização das massas populares populares realidade local,
local, em especial da realidade cultural,cultural, que sese funda­
funda-
para aa luta contra aa potencia
potência colonial.
colonial. menta a escolha,
escolha, aa estruturacso
estruturação ee o desenvolvimento dos dos meto­
méto-
Essa
Essa luta,
luta, atraves
através de de todas
todas as as vicissitudes
vicissitudes ee sejam
sejam quais
quais dos mais adequados para para aa luta. Daí aa necessidade,
luta. Da( necessidade, para oo movi­
movi-
forem
forem asas formas
formas que
que assume,
assume, reflete
ref lete aa consciencia
consciência ou ou aa tomada
tomada dede mento de libertacao,
libertação, de conceder uma importiincia
importância primordial
primordial
consciencia
consciência de de uma
uma identidade
identidade propria,
própria, generaliza
generaliza ee consolida
consolida oo nao só as
não s6 às caracterfsticas
características gerais da da cultura dada sociedade dominada,
dominada,
sentimento
sentimento de de dignidade,
dignidade, reforcado
reforçado pelo pelo desenvolvimento
desenvolvimento da da mas tambem
também as às de cada
cada categoria social.
social. Embora tenha
tenha um cara­
cará
consciencia
consciência polftica,
política, ee vai
vai beber
beber aà cultura
cultura ouou as
às culturas
culturas das
das mas­
mas- ter de
ter de massa,
massa, aa cultura
cultura nao
não eé uniforme, nao não se
se desenvolve
desenvolve igual­
igual-
sas
sas populares
populares emem revolta
revolta uma
uma das
das suas
suas principais
principais forcas.
forças. mente em em todos
todos osos setores,
setores, horizontais ouou verticais, dada sociedade.
sociedade.

111
Ill AA atitude
atitude ee oo comportamento
comportamento de de cada categoria ou
cada categoria ou dede cada
cada
indivfduo
indivíduo faceface aà lu ta ee ao
luta ao seu
seu desenvolvimento
desenvolvimento sao, são, certamente,
certamente,
Uma
Uma apreciacao
apreciação correta
correta do do papel
papel dada cultura
cultura nono movimento
movimento ditados
ditados pelos
pelos seus
seus interesses
interesses economicos
económicos ee tarnbern
também profundamen­
profundamen-
da pre­independencia ou da libertacao exige
da pré-independência ou da libertação exige que se faca que se faça umauma hf­
ní- tete influenciados
influenciados pela pela sua
sua cultura.
cultura. Pode­se
Pode-se mesmo
mesmo afirmar
afirmar queque ea
éa
tida distin,;ao entre cultura e manifestacoes culturais.
tida distinção entre cultura e manifestações culturais. Á cultura eé A cultura diferenea
diferença dosdos niveis
níveis de de cultura
cultura que explica os
que explica os diferentes
diferentes compor­
compor-
aa sfntese
síntese dinarnica,
dinâmica, ao ao nfvel
nível da da consciencia
consciência do do in divfduo ou
indivíduo ou dada tamentos
tamentos dos dos indivfduos
indivíduos duma duma mesma categoria social
mesma categoria social face
face ao
ao
coletividade,
coletividade, da da realidade
realidade historica.
histórica, material
material ee espiritual,
espiritual, duma
duma movimento de
movimento libertação. I:É neste
de libertacao, neste piano,
plano, portanto,
portanto, que que aa cultura
cultura
sociedade
sociedade ou ou dum
dum grupo
grupo humane,
humano, das das relacdes existentes entre
relações ex�tentes entre oo atinge
atinge todotodo oo seu
seu significado
significado parapara cada
cada individuo:
indivíduo: cornpreensao
compreensão
homem
homem ea e a natureza,
natureza, coma
como entre
entre osos ho mens ee as
homens categorias socials.
as categorias sociais. ee integra,;ao
integração no no meio
meio social,
social, identificaeao
identificação comcom osos problemas
problemas fun­fun-
As
A s rnanitestacces
manifestações culturais
culturais sao
são asas diferentes
diferentes formas
formas pelas
pelas quais
quais damentais ee as
damentais as aspira�oes
aspirações da da sociedade,
sociedade, aceitaeao
aceitação ou ou nega,;ao
negação da da
esta
esta sfntese
síntese sese exprime.
exprime, in dividual ou
individual coletivamente, em
ou coletivamente, em cada
cada possibilidade duma
possibilidade duma transtormaeso
transformação no no sentido
sentido do do progresso.
progresso.
etapa da evolucao da sociedade ou do grupo humane em questae: EE eviden, te que
evidente que aa multiplicidade
multiplicidade de de categorias sociais, em
categorias sociais, em
etapa da evolução da sociedade ou do grupo humano em questão.
Verificou­se especial
especial de de etnias,
etnias, torna
torna mais
mais complexa
complexa aa defini�iio
definição do do papel
papel
Verif icou-se que
que aa cultura
cultura eaé a verdadeira
verdadeira base
base do
do movimento
movimento
de dada cultura
cultura no no movimento
movimento de de libertacao.
libertação. Mas
Mas esta
esta complexidade
complexidade
de Iibertacao,
libertação, ee que
que as
as (micas
únicas sociedades
sociedades que podem mobilizar­se
que podern mobilizar-se,
nao
não pode
pode nem
nem deve
deve diminuir
diminuir aa importancia
importância decisiva,
decisiva, no no desen­
desen-
organizar­se
organizar-se ee lutar
lutar contra
contra oo domfnio estrangeiro sao
domínio estrangeiro são as que pre'.
as que pre-
servam a sua cultura. Esta, quaisquer que sejam as caracteristicas volvimento
volvimento dessedesse movimento,
movimento, do do csrster
caráter de de classe
classe dada cultura,
cultura,
servam a sua cultura. Esta, quaisquer que sejam as características
ideol6gicas muito
muito maismais sensivel
sensível nas nas categorias
categorias urbanas
urbanas ee nas nas sociedades
sociedades
ideológicas ou ou idealistas
idealistas da
da sua expressão, eé um
sua expressso, um elemento
elemento essen­
essen-
rurais
rurais de
de estrutura
estrutura vertical
vertical (Estado), mas que nao
(Estado), masque não deve
deve deixar
deixar dede
cial
cial do
do processo histórico. I:É nela
processo hist6rico. nela que
que reside
reside aa capacidade
capacidade (ou (ou aa
responsabilidade) ser
ser tomada
tomada em em considera,;ao
consideração mesmo mesmo nosnos casos
casos em que oo feno­
em que fenó-
de elaborar ou de fecundar elementos
responsabilidade) de elaborar ou de fecundar elementos que as­ que as-
segurem meno
meno de de ltlasse
efasse surge
surge ainda
ainda nono estado
estado embrlonario.
embrionário. A A experiencia
experiência
segurem aa continuidade
continuidade da da hist6ria
história ee determinem,
determinem, ao ao mesmo
mesmo
tempo, demonstra
demonstra que, que, perante
perante aa necessidade
necessidade de de uma
uma op,;ao
opção polftica
política
tempo, as as possibilidades
possibilidades de progresso ou
de progresso ou de regressão da
de regressao da socie­
socie-
dade.
dade.
exigida
exigida pelapela eontestaeao
contestação do do dominio
domínio estrangeiro,
estrangeiro, as as categorias
categorias
privilegiadas,
privilegiadas, na na sua
sua maioria,
maioria, colocam
colocam os os seus
seus interesses
interesses imediatos
imediatos
Compreende­se
Compreende-se assim assim que,
que, sendo
sendo oo dominio
domínio imperialista
imperialista dede classe
classe acima
acima dosdos interesses
interesses do do grupo
grupo ouou dada sociedade,
sociedade, contra
contra
aa nega�ao
negação do do processo
processo hist6rico
histórico da da sociedade
sociedade dominada,
dominada, eé neces­
neces- asas aspiraefies
aspirações dasdas massas
massas populares.
populares.
86
86 87
87
aprecia<;ao do papel da cultura no movimento de liber-
Na apreciação liber· rectonsl e nacional do movimento
racional libertacao, e opera ainda
movimento de libertação,
conveniente não
ta<;ao, ée conveniente
tação, esquecer que a cultura, como resultante
nao esquecer profundas na vida das populacdes,
modificacdes profundas
muitas outras modificações populações.
e determinante da hist6ria, história, comporta elementos essenciais e se- se­ lsto é tanto
Isto e autentico quanto
tanto mais autêntico e
quanta é certo dinâmica
certo que a diniimica
cundários, forcas e fraquezas, virtudes e defeitos, aspectos positi-
cundarios, forças positi­ luta exige também
da luta pratica da democracia, da crítica
tarnbern a prática critica e da
vos, fatores de progresso e de estagnação estagnai;;ao ou mesmo de regressãoregressao autocritica, a participação
autocrítica, populacoes na gestão
crescente das populações
participacao crescente gestiio da
— contradicdes e mesmo conflitos. Seja qual for a com-
­ em suma, contradições com· criacao de escolas
alfabetizacso, a criação
sua vida, a alfabetização, services sani-
escolas e de serviços sani­
plexidade desse
plexidade panorama cultural,
desse panorama movimento de
cultural, oo movimento de llibertação
iberracao tários, quadros vindos dos meios
forrnacao de quadros
taries, a formação camponeses e
meios camponeses
tem operarios, e muitas
operários, realizacoes que
muitas outras realizações que implicam uma verda- verda­
necessidade de
tern necessidade nele localizar
de nele definir os
localizar ee definir os dados contraditó-
dados contradito­
rios deira marcha forçada sociedade no caminho
forcada da sociedade caminho do progresso
preservar os
para preservar
rios para os valores positives, efetuar
valores positivos, confluência
efetuar aa contluencis
desses valores no sentido da luta e no ambito de uma nova
desses valores no sentido da luta e no âmbito de uma nova di-di· Demonstra­se assim que a luta de libertação
cultural. Demonstra-se libertacao não e
nao é ape-
ape·
mensão nas um fato tambem um fator
fato cultural, ée também fator de cultura.
de cultura.
mensao — ­ aa dimensão preciso, no
nacional. ÉI: preciso,
dimensso nacional. entanto, notar
no entanto, notar
que No seio da sociedade indígena, influencias da luta refle-
indigena, as influências retie·
que sós6 no decurso da
no decurso luta aa complexidade
da luta importancia dos
complexidade ee aa importância dos
problemas culturais tem-se resultados multilaterais
tem­se nos resultados realizaeoes acima mencio-
multilaterais das realizações rnencio­
prob!emas culturais surgem em toda a sua vastidao, oo que
surgem em toda a sua vastidão, obriga
que obriga
nadas, assim como desenvolvimento e/ou sobre a consolida-
como no desenvolvimento consolida­
frequentemente adaptacdes ee correções
frequentemente aa adaptações sucessivas da
correcdes sucessivas estratégia
da estrateqia
ee das consciencia nacional. A
<;ao da consciência
ção A ação movimento de
confluente do movimento
ai;;ao confluente
taticas em
das táticas fun<;ao de
em função de realidades
realidades queque só luta pode
s6 aa luta revelar.
pode revelar.
Da mesma
Da forma, só
mesma forma, luta revela
s6 aa luta coma ee quanto
revela como cultura ée uma
quanta aa cultura uma libertacao no plano
libertação a
piano cultural leva à criação criai;;ao de uma lenta mas só- s6·
inesqotavel de
fonte inesgotável
fonte coragem, de
de coragem, de recursos morais, de
materiais ee morais,
recursos materiais de lida unidade cultural, de natureza simbiótica,
Iida unidade correspondente à
simbi6tica, correspondente a
energia física
energia psiquica para
fisica ee psíquica para asas massas populares, assim
massas populares, como
assim como unidade moral e política a dinamica da luta. Com
necessaria à dinâmica
politica necessária Com a
também, ruptura hermetismo de grupo, a agressividade
ruptura do hermetismo agressividade de caráter carater ra-
ra­
tambem, sob aspectos, de
determinados aspectos,
sob determinados obstaculos ee dificulda-
de obstáculos dificulda­
des, cial (tribal ou étnico) tende a desaparecer
etnico) tende progressivamente para
desaparecer progressivamente
des, concepcdes erradas da realidade, desvios no
concepções erradas da realidade, desvios cumprimento do
no cumprimento do
lirnitacdes do
dever ee limitações
dever ritmo ee da
do ritmo eficacia da
da eficácia da luta perante as
luta perante as exi-
exi· dar a
lugar à compreensão,
dar lugar a solidariedade ee ao
compreensao. à solidariedade ao respeito mútuo
respeito mutuo
gências entre os diversos setores horizontais da sociedade, unidos e iden-
entre os diversos setores horizontais da sociedade, unidos e
politicas, técnicas
gencias políticas, cientificas que
tecnicas ee científicas que impõe.
impoe. tificados
iden­
Tudo isso implica uma permanente
Tudo permanente confrontação,
confrontacao, tanto tificados na luta ee num
na luta comum face
destine comum
num destino face ao dominio estran-
ao domínio estran­
geiro —
geiro sentimentos esses
­ sentimentos esses de que as
de que populares tomam
massas populares
as massas tomam fa- fa.
elementos da cultura, como entre esta e as exi-
entre os diferentes elementos exi· cilmente consciência se o oportunismo
cilmente consciencia se o oportunismo politico, caracteristicopolítico, característico
gencias da luta.
gências assirn uma ação
Desenvolve­se assim
luta, Desenvolve-se ai;;iio recíproca entre a
reciproca entre
camadas sociais
das camadas
das medias, não
sociais médias, perturbar esse
vier perturbar
nao vier esse processo.
processo.
luta. A
cultura e a luta. A cultura, base e fonte inspiracao da luta,
fonte de inspiração luta, Consta
Constata­se igualmente um
ta-se .igualmente reforco da
um reforço identidade de
da identidade grupo ee um
de grupo um
começa influenciada por
corneca a ser influenciada influencia que se reflete
par esta, influência reflete de
correspondente avivar
correspondente avivar da dignidade. Esses
da dignidade. fatores em
Esses fatores nada pre-
em nada pre·
forma mais ou menos menos evidente, quer evolucao do
quer na evolução db comporta-
comporta­ judicam
categorias sociais e dos
mento das categorias individuos, quer
dos indivíduos, quer no desenrolar judicam aa estruturação movimento do
estruturacao ee oo movimento do conjunto no sen-
social no
conjunto social sen·
tido de um avanço harmonioso e em função
tido de um avaneo harmonioso e em funi;;ao de novas coordena· de novas coordena-
da própria luta. Tanto
pr6pria luta. movimento de libertação,
dirigentes do movimento
Tanto os dirigentes libertai;;ao, das hist6ricas —
das históricas as da
­ as nacional —
dirnensfo nacional
da dimensão ­ de que só
de que uma ação
s6 uma ai;;ao
sua maior
na sua
na oriqinarios dos
parte originários
maior parte centres urbanos
dos centros (pequena bur-
urbanos (pequena bur·
guesia trabalhadores assalariados),
guesia ee trabalhadores coma as
assalariados). como massas populares
as massas populares política elemento essencial da luta,
intensiva e eficaz, elemento
politica intensiva luta, pode defi-
defi·
(cuja esmagadora maioria
(cuja esmagadora composta por
maioria ée composta camponeses), melho-
por camponeses), melho­ trajet6ria e os
nir aa trajetória garantir a continuidade.
limites e garantir
os limites
ram oo seu
ram nivel cultural:
seu nível conhecimento das
maior conhecimento
cultural: maior realidades do
das realidades do representantes do
Entre os representantes
Entre colonial ee na
poder colonial
do poder opiniao me-
na opinião me­
país, liberta<;ao de
pais, libertação preconceitos de
complexes ee preconceitos
de complexos classe, alarga-
de classe, alarga· liberta\;ao —
tropolitana, a luta de libertação ­ prova ativa da da cultura, da iden-
iden·
mento do
mento universo no
do universo qual evoluem,
no qual destruii;;ao das
evoluem, destruição barreiras
das barreiras dignidade do
tidade e da dignidade colonia —
povo da colónia
do povo criou primeiro
­ criou primeiro um
etnicas, reforco da consciencia politica, integra\;ao no pafs ee no
étnicas, reforço da consciência política, integração no país no sentimento geral de espanto, surpresa
sentimento incredulidade. Uma
surpresa e incredulidade. Uma vez
mundo, etc.
mundo, etc. essif' sentimento, que
superado esse*'sentimento,
superado e fruto de
que é fruto preconceitos ou da
de preconceitos
deformação sistematica que
deforma\;a"o sistemática que caracteriza informai;;ao colonialista,
caracteriza a informação
Oualquer que
Qualquer mobilizacso eeaa
que seja a sua forma, a luta exige a mobilização
as reações
as segundo os
rea\;oes variam segundo interesses e as opções
os interesses politicas ee o
oP\:Bes políticas
organiza<;ao de uma maioria significativa
organização populaeao, a unidade
siqnificativa da população, grau
grau de cristalizai;;ao de
de cristalização de uma colonialista ou
mentalidade colonialista
uma mentalidade ou racista
racista
política
polftica e moral das diversas categorias
diversas categorias sociais, liquidai;;ao pro-
áa liquidação pro· das categorias sociais,
diferentes categorias
das diferentes isto é,
sociais, isto individuos. Os
dos indivíduos.
e, dos Os pro-
pro·
gress1va dos vestígios
gressiva mentalidade tribal e feudal, aa recusa das
vestigios da mentalidade gressos
gressos da luta ee os
da luta sacrificios impostos
os sacrifícios necessidade de
pela necessidade
impastos pela de exer-
exer·
dos tabus
regras e dos sociais ee religiosos
tabus sociais incompativeis com o caráter
religiosos incompatíveis carater cer uma repressão
cer uma colonialista, policial
repressao colonialista, e/ou militar,
policial e/ou provocam na
militar, provocam na
88
88 89
89
opiniao metropolitana uma cisão
opinião cisao que se traduz por tomadas de contribuiu para dar a esta hipótese
contribuiu hipotese uma certa audiência. audiencia. Sem pre- pre­
posic;ao diferentes, ou até
posição ate divergentes, e pela emergênica emergenica de novas tender minimizar
tender importancia que tais teorias
minimizar a importância teorias ou "movimentos"
contradições políticas e sociais.
contradi�iies polfticas tiveram ou têm tern enquanto tentativas, bem sucedidas sucedidas ou não, nao, de
A partir do momento em que a luta se imponha como um
A procura de uma identidade, e enquanto meio de contestação contestaeao do
irreversivel, e mesmo que os meios utilizados para a domi-
fato irreversível, domi· dominio estrangeiro, podemos
domínio afirmar que uma análise
podemos afirmar analise objetiva
nar sejam muito grandes, opera-se opera­se uma mudança mudanca qualitativa na realidade cultural conduz
da realidade importancia de culturas
conduz a negar a importância
metropolitana que, na
opiniao metropolitana
opinião na sua maioria, aceita progressiva- progressiva­ raciais ou continentais. EEm primeiro lugar,
m primeiro porque a cultura, tal
lugar, porque
mente possibilidade, ou
mente aa possibilidade, ou mesmo fatalidade, da
mesmo aa fatalidade, independência
da independsncia coma a história,
como e fenorneno em expansão
hist6ria, é um fenómeno expansao e intimamente
colonia. Uma
da colónia.
da Uma tal rnudanca traduz
tal mudança reconhecimento, conscien-
traduz oo reconhecimento, conscien­ a econornica e social do ambiente, ao nível
realidade económica
ligado à realidade n(vel das
te produtivas e ao modo
forcas produtivas
forças producao da sociedade
modo de produção sociedade que que a
te ou nao, do
ou não, fato de
do fato de oo povo colonizado em
povo colonizado em lutaluta ter uma identi-
ter uma identi·
dade criou. EEm m segundo lugar lugar — ­ mas não importante —
menos importante
nao menos ­ porque
dade ee umaurna cultura preprias, EE isto
cultura próprias. apesar do
isto apesar fato de
do fato uma mino-
de uma mino­
ria desenvolvimento da cultura prossegue de maneira desigual,
o desenvolvimento
agarrada aos
ativa, agarrada
r!a ativa, interesses ee aos
seus interesses
aos seus aos seus preconceitos, con-
seus preconceitos, con·
tinuar
cia,
durante todo
tmuar durante conflito aa recusar
todo oo conflito recusar oo direito a independên-
direito à independsn­ n(vel de um continente, de uma ""raca",
ao nível
dade. Com coordenadas da ccultura,
Com efeito, as coordenadas
mesmo de uma
r a ç a " , mesmo uma socie-
socie­
coma as de
u l t u r a , tal como
nao admitir
cia, aa não equivalencia das
admitir aa equivalência culturas que
das culturas que este direito im-
este direito im·
plica. qualquer desenvolvimento, variam no espaço
fenorneno em desenvolvimento,
qualquer fenómeno espaco e no
Equivalencia que,
plica. Equivalência numa etapa
que, numa decisiva do
etapa decisiva conflito, ée impli-
do conflito, impli· tempo, sejam
reconhecida ou
citamente reconhecida
citamente aceita, mesmo
ou aceita, mesmo pela potencia colonial,
pela potência colonial, sejam estes materiais (Hsicos) ou humanos
materiais (físicos) (biol6gicos e
humanos (biológicos
quando, sociol6gicos). Eis
sociológicos). Eis porque a cultura — criac;ao da sociedade e sín-
­ criação sfn­
quando, para desviar aa luta
para desviar luta dosdos seus objetivos, aplica
seus objetivos, aplica uma polí-
uma poll· tese
tica demagogica de
tica . demagógica "promoeao económica
de "promoção eeonomica ee social",social". de de "desen-
"desen­ equilibrios ee das
dos equilíbrios
tese dos solucdes que
das soluções que ela provoca para
ela provoca para resolver
resolver
volvimento os conflitos que
os conflitos caracterizam em
que aa caracterizam em cada fase da
cada fase hist6ria —
da história uma
­ ée uma
baseado na
cultural" baseado
volvirnento cultural" personalidade própria
na personalidade propria do povo
do povo realidade
colonizado, recorrendo, no piano politico, a novas formas de do-
colonizado, recorrendo, no plano político, a novas formas de do­ realidade social independente da vontade dos homens, da car da
social independente da vontade dos homens, da cor da
mínio. pele, da
pele, forma dos
da forma olhos ou
dos olhos limites geográficos.
dos limites
ou dos geograficos.
minio. Com efeito, se
Com efeito, neocolonialismo é,
se oo neocolonialismo acima de
e, acima tudo aa con-
de tudo, con­
tinuac;ao do
tinuação do domínio eeoncmieo imperialista
dominio económico disfareado por
imperialista disfarçado uma
p�r uma A apreciacao correta do papel da cultura no movimento
A apreciação movimento de
direção política autóctone, e
é também
direc;ao politica autoetone, tambem o reconhecimento tacito,
pela
o reconhecimento tácito, libertacao exige que sejam
libertação
relacoes internas
relações fatores que
internas os fatores que a definem; que
globalmente e nas suas
considerados globalmente
sejam considerados
que seja recusada a
colonial, do
poteneia colonial,
pela potência fato do
do fato povo que
do povo que elaela domina explora
domina ee explora
ter sua própria
ter aa sua identidade, aa qual
propria identidade, exige uma
qual exige direc;ao política
uma direção politica aceitacao cega dos valores culturais
aceitação culturais sem ter em consideração consideraeao o
prepria, para
própria, satisfac;ao de
para aa satisfação de uma necessidade cultural.
uma necessidade cultural. que podem ter de negativo, reacionario ou
negative, reacionário regressive; que
ou regressivo; que se evite
Deve-se notar também que, aceitando a existência
aceitando qualquer confusao entre
qualquer confusão entre o que expressao de uma realidade
que ée expressão
. peve­se notar tarnbem ej<istencia de uma histórica
identidade e de uma cultura do
identidade colonizado,1! portanto
do povo colonizado,^ portanto do seu hist6rica e material e o que parece parece ser uma criação criac;ao de de espírito,
espirito,
d!�eito inalienável
direito a a
autodeterrninacso e à independência,
inalien�vel à autodeterminação independencia, a opi- opi­ separada dessa
separada
fica;
realidade, ou
dessa realidade, resultado de
ou oo resultado de umauma natureza especí-­
natureza espec(
metropohtana (ou, pelo menos, uma parte importante
ruao metropolitana
nião importante dessa que não
fica; que nao seja estabelecida uma
seja estabelecida conexao absurda
uma conexão entre as
absurda entre as
opinião) criaefies artísticas,
criações validas ou
artisticas, válidas nao, ee pretensas
ou não, características
pretensas caracter(sticas
reflete um
opiniao) reflete significativo de
progresso significativo
um progresso de ordem cultural ee
ordem cultural
liberta-se somaticas de
ps(quicas ee somáticas
psíquicas urna "raça";
de uma finalmente, que
"raca": finalmente, que sese evite
liberta·se de de umum elemento negativo da
elemento negativo da sua preconceito
cultura: oo preconoeito
sua cultura: qualquer
evite
da supremacia da
da supremacia colonizadora sobre
na�ao colonizadora
da nação na�ao colonizada.
sobre aa nação colonizada. qualquer apreciacao crftica, nao cient(fica ou acientffica do
apreciação crítica, não científica ou acientífica, do
Este fenomeno cultural.
fenómeno
Este progresso pode ter consequencias irnportantes, mesmo
progresso pode ter consequências importantes, mesmo trans-trans­ cultural. '
cendentes, na
cendentes, via ee na
na via na evolução politica da
evolu�iio política da potência imperialista
potencia imperialista Estas eondicdes são
Estas condições sao tanto mais necessárias
tanto mais que a cultu-
para que
necessaries para cultu­
colonial, como
ou colonial,
ou provam alguns
como oo provam fatos da
alguns fatos da história recente ou
historia recente ou convenientemente o papel que
desempenhe convenientemente
ra desempenhe compete no
que lhe compete
mesmo atual da luta dos povos contra
mesmo atual da luta dos povos contra o dom i nio estrangeiro. o domínio estrangeiro. movimento de
movimento de libertação, quanto forem
Iibertacao, quanto claros os objetivos
forem claros
Algumas genetico­somaticas ee culturais
afinidades genético-somáticas
Algumas afinidades culturais entre definidos este na via da conquista
par este
definidos por direito do
conquista do direito povo, que
do povo,
varios grupos
vários humanos de um ou de
grupos humanos diversos continentes, assim
de diversos dirige, a ter
representa ee dirige, ter aa sua pr6pria história
sua própria dispor livre-
hist6ria e aa dispor livre­
como situaedes mais
como situações mais ou ou menos semelhantes em
menos semelhantes relac;ao ao
em relação ao do-
do· mente das suas
mente tendo em vista oo ulterior
forcas produtivas, tendo
suas forças
mínio colonial e/ou
minio colonial racista, levaram
e/ou racista, formular teorias
levaram aa formular teorias ee aa criar
criar d�sen_volvimento de uma cultura
desenvolvimento cultura mais popular, nacional,
mais rica, popular, nacional,
"movimentos" baseados
"movimentos" baseados na hipotese da
na hipótese el<istencia de
da existência culturas
de culturas cientffica ee universal.
científica
raciais ou continentais. A importancia do lpapel da cultura no
raciais ou continentais. A importância do papel da cultura no luta de
. AA luta libertacao, que
de libertação, mais complexa
que ée a mais expressso do
complexa expressão
movimento de
movimento de libertação, reconhecida ou
geralmente reconhecida
libertac;ao, geralmente ou pressentida.
pressentida, vigor cultural do
vigor cultural identidade ee da sua dignidade.
do povo, da sua identidade dignidade,
90
90 91
91
abre­lhe novas perspectivas de desenvolvi-
enriquece a cultura e abre-lhe desenv�lvi­
mento. As manifestações culturais adquirem um novo conteudo
manifestaefies culturais conteúdo
e novas formas de expressiio, tornando­se assim um poderoso
expressão, tornando-se
formac;ao política,
inforrnacao e formação
instrumento de informação politica, não
niio apenas na
independencla como tambem
luta pela independência também na primordial batalha do
progresso.

Bibliografia
Blbllografla

Amílcar
Amllcar Cabral,
Cabral, Obras
Obras Escolhidas.
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Amílcar
Amllcar Cabral,
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Le
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Soleil (jornal)
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Guinea. Amílcar
Amflcar Cabral, Stage Stage One, Londres,
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The
The Liberation
Liberation of of Guinea.
Guinea. Basil Davison, com com prefácio
prefacio de
Amflcar Cabral, Londres,
Amílcar Landres, 1969.

(Os
(Os destaques
destaques em claro são
siio de Carlos Comitini.)
Carlos Comitini.l
992
2 993
3
versário do
versario do assassinato do do Presi-
Presi-
dente
dente da da Frente de de libertacao
Libertação
de
de Moc;ambique
Moçambique (FRELIMO)
(FRELIMO)
Dr.
Dr. Eduardo Mondlane] Arnrlcar
Eduardo MondlaneJ Amílcar
perguntava: "A
perguntava: " A mais
mais brilhante
brilhante
manifestação de
manifestacao de civilizacao
civilização ee cultu­
cultu-
ra nao
ra não sera
será aa dada
dada por
por umum povo
povo que
que
pega em
pega em armas
armas parapara defender
defender aa sua sua
pátria, oo seu
patria, seu direito a
direito à vida,
vida, acfpro­
ao*pro-
gresso, ao
gresso, ao trabalho a
trabalho ee à felicidade?"
felicidade?"
Colonialistas
Colonialistas nada nada entendem
entendem
de liberdade.
de liberdade. Em Em 2020 de janeiro de
de janeiro de
1973, eliminaram
1973, eliminaram oo Homem, Homem, mas mas
no Povo
no Povo permanecera'o
permanecerão gravadas gravadas
eternamente suas
eternamente suas Ultimas
últimas palavras
palavras
proferidas quando·da
proferidas quandoda cornemoracao
comemoração
desse Ano
desse Ano Novo:
Novo:
"Mas
"Mas perdem
perdem oo seu tempo ee
seu tempo
fazem
fazem perder
perder em em vao
vão ee sem
sem glbria
glória
as vidas
as vidas dos
dos jovens
jovens portugueses
portugueses que que
mandam para
mandam para aa guerra.
guerra. Cometerao
Cometerão
ainda mais
ainda mais crimes
crimes ccntra
contra as as nossas
nossas
populações, farao
populscbes, farão ainda
ainda muitas
muitas ten­
ten-
tativas ee manobras
tativas manobras para para tentarem
tentarem
destruir oo nosso
destruir nosso Partido
Partido ee aa luta.
luta.
Farão certamente
Farilo certamente ainda ainda vjrios
vários atos
atos
de agressao
de agressão desavergonhada
desavergonhada contra contra
os pa(ses
os países vizinhos.
vizinhos. Mas Mas tudo
tudo em em
vão. Porque
vao. Porque nenhum
nenhum crime,
crime, nenhu-
nenhu-
ma for�:a.
ma força, nenhuma
nenhuma manobra
manobra ou oude­
de-
magogia dos criminosos
magogia dos criminosos agressores agressores
colonialistas portugueses
colonialistas portugueses serAserá capaz
capaz
de parar a marcha da História, a
de para, a marcha da Histbria, a
marcha irreversível do nosso povo
marcha irrevers(vel do nosso povo
africano da Guiné e Cabo Verde
africano da Guin6 e Cabo Verde
para a Independência, a paz e o
para a I ndepend<lncia, a paz e o
progresso verdadeiro a que tem
progresso
direito."
verdadeiro a que tem
direito."

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