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Desenho Técnico - Guia Formando PDF
Desenho Técnico - Guia Formando PDF
ISBN 972-732-610-2
Copyright, 2000
Todos os direitos reservados
IEFP
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo
sem o consentimento prévio, por escrito, do IEFP.
Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, co-financiado pelo Estado Português, e
pela União Europeia, através do FSE.
M.T.05
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ
Actividades / Avaliação
Bibliografia
Caso de estudo
ou exemplo
Destaque
Índice
Objectivos
Recurso a diapositivos
ou transparências
Recurso a software
Recurso a videograma
Resumo
M.T.05
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
ÍNDICE GERAL
I - CONCEITOS PRELIMINARES
• Introdução I.3
• Normas I.4
• Divisões de desenho técnico I.4
• Organismos nacionais de normalização I.5
• Organismos internacionais de normalização I.6
• Normas portuguesas de desenho I.6
• Materiais utilizados em desenho I.6
• Dimensões do papel de desenho I.7
• Legendas dos desenhos I.9
• Listas de peças I.11
• Escalas I.13
• Dobragem do papel de desenho I.14
• Tipos de linhas I.15
• Desenho completo com lista de peças I.18
• Resumo I.19
• Actividades / Avaliação I.20
II - CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS
• Segmentação II.3
• Bissectriz de um ângulo II.4
• Perpendiculares II.4
• Paralelas II.6
• Construção de triângulos II.9
• Construção de quadrados II.11
• Construção do pentágono II.13
M.T.05
Desenho Técnico IG . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
III - PERSPECTIVAS
• Projecções III.3
• Perspectivas III.4
• Perspectivas isométricas III.6
• Elipses em perspectiva isométrica III.8
• Curvas isométricas III.10
• Perspectiva cavaleira III.12
• Traçado rigoroso de elipse na perspectiva cavaleira III.13
• Perspectiva dimétrica III.16
• Simplificação em perspectiva III.17
• Leitura de perspectiva III.18
• Tracejados em perspectiva III.20
• Cortes em perspectiva III.21
• Meios cortes em perspectiva III.22
• Desenho em vista explodida III.27
• Resumo III.28
• Actividades / Avaliação III.29
M.T.05
Desenho Técnico IG . 2
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
IV - PROJECÇÕES ORTOGONAIS
Desenho Técnico IG . 3
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
V - COTAGEM
• Cotagem V.2
• Linhas de cota e de chamada V.3
• Cotas V.5
• Cotagem de elementos V.8
• Formas de cotar V.11
• Cotagem em perspectivas V.14
• Resumo V.16
• Actividades / Avaliação V.17
VI - PEÇAS ROSCADAS
BIBLIOGRAFIA B.1
M.T.05
Desenho Técnico IG . 4
Guia do Formando
IEFP · ISQ Conceitos Preliminares
Conceitos Preliminares
M.T.05 UT.01
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Conceitos Preliminares
OBJECTIVOS
TEMAS
• Introdução
• Normas
• Lista de peças
• Escalas
Desenho Técnico I . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Conceitos Preliminares
• Tipos de linhas
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.05 Ut.01
INTRODUÇÃO
O desenho é a linguagem escrita mais antiga; foi através do desenho que se Desenho
esboçaram as primeiras tentativas de comunicação.
As regras diferem consoante a área que o desenho abrange, seja ela artística Desenho artístico
ou técnica.Quando o desenho é artístico, há grande liberdade de figuração e e técnico
muita subjectividade de representação.
NORMAS
São regras de uso comum, tanto nas áreas do desenho técnico, como nos
outros domínios da actividade humana.
• Desenhos de concepção
• Desenhos de execução
• estiradores e pranchetas;
M.T.05 Ut.01
• régua de escalas;
• transferidor;
• cérceas;
Os formatos das folhas que o desenho técnico deve utilizar foram fixados pela
norma (NP-48) e o seu formato base é representado por (A0), cuja área é de 1
m2.
Qualquer dos formatos que esta norma define tem por lado maior a diagonal do
quadrado construído sobre o seu lado menor e o seu lado maior é igual ao lado
menor do formato imediatamente acima.
O formato (A0) tem 0,841 m no lado menor e 1,189 m no lado maior e a sua
relação é de 1 para 2 , tal como em qualquer outro formato.
M.T.05 Ut.01
D imen sõ es d a D imen sõ es d as
F o rm a t o
E sq u ad ria Marg en s d o F o rmato
Cada um dos formatos tem uma área dupla do formato imediatamente inferior.
A figura I.1 representa a divisão de uma folha 4A0 (1682 x 2460) que relaciona,
entre si, os formatos 2A0, A0, A1, A2, A3, A4, A5 e A6.
Assim, os formatos 2A0 e A0 podem alongar 1/4 da sua dimensão menor, uma
ou mais vezes.
A5 A5
A3
A4
A1
A2
2A0
A0
A legenda deve ser elaborada de modo a motivar a recolha dos dados que a
respectiva gestão, eventualmente, possa vir a precisar.
Tem a vantagem de arrumar os mesmos dados sempre nos mesmo locais para
facilitar a respectiva consulta.
A norma (NP-204) mostra os tipo de legenda que o desenho técnico deve utilizar
em Portugal.
Figura I.3 - Legenda tipo dois (sem os campos 11, 11a 12 e 12a) e legenda tipo 4
(com os campos 11, 11a, 12 e 12a)
LISTA DE PEÇAS
• Designação da peça
A figura I.4 mostra dois tipos de listas de peças e, embora defina dimensões
para a largura das colunas interiores, podem alterar-se conforme as
conveniências.
ESCALAS
A cotagem que figura nas peças desenhadas são sempre as medidas reais.
• de redução
• de ampliação
1 : 2,5 1:5 1 : 10
1 : 20 1 : 50 1 : 100
1 : 200 1 : 500 1 : 1 000
1 / 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000
1/ 25 000 1 : 50 000 1 : 100 000
2:1 5:1 10 : 1
Segundo a norma portuguesa NP- 48, os dois números que figuram na escala
devem ficar separados por dois pontos e não por um traço em diagonal.
M.T.05 Ut.01
Uma vez que as cotas são reais, parece não ter sentido fazer o desenho à
escala, mas, se pensarmos bem, compreende-se ser vantajoso haver uma certa
proporcionalidade entre as peças desenhadas.
A dobragem para dossier deve prever uma margem para fixação, a qual deve ser
reforçada quando se preveja intensa utilização.
TIPOS DE LINHAS
R e fª T ip o d e L in h a Ap licaçõ es
Aplicações
´ ´
∅
∅ 55
5
5
RESUMO
Pretendeu-se deixar claro nesta Unidade Temática que o desenho técnico não
é uma arte, pelo contrário, é uma técnica que apenas requer o conhecimento
das respectivas regras e de alguma prática.
Foi dada a noção de escala, bem como a forma como o desenho técnico a
utiliza e definiram-se tipos de escala e os valores praticáveis.
Deu-se a conhecer que o desenho técnico pode dar cobertura a vários objectivos
e fases de trabalho, resultando daí outras tantas divisões e designações.
Definiram-se os tipos de linhas que o desenho utiliza, tal como a seu significado
e aplicação em peças desenhadas.
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
Construções Geométricas
M.T.05 UT.02
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Construções Geométricas
OBJECTIVOS
TEMAS
• Segmentação
• Bissectriz de um ângulo
• Perpendiculares
• Paralelas
• Construção de triângulos
• Construção de quadrados
• Construção do pentágono
• Construção do hexágono
• Traçado de circunferências
• Tangentes à circunferência
• Concordâncias
M.T.05 Ut.02
Desenho Técnico II . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Construções Geométricas
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.05 Ut.02
SEGMENTAÇÃO
BISSECTRIZ DE UM ÂNGULO
1 É dado o ângulo BAC que se mostra em (a) da figura II-2 para traçar a
bissectriz;
2 Com centro em A , traçar um arco de raio R até interceptar os lados AB e AC
nos pontos E e F, respectivamente;
3 Com centro em F e E, traçar arcos de raio ( r ) até se cruzarem no ponto D;
4 Une-se A com D;
5 AD é a bissectriz do ângulo BAC.
PERPENDICULARES
Figura II.4 perpendicular a AB, passando por qualquer dos seus pontos.
1 Pelo ponto C, fora do segmento AB, traçamos um arco que corta o segmento
AB nos pontos D e E;
2 Pelos pontos D e E, traçamos arcos de raio R que se cruzam no ponto F;
3 O segmento CF é perpendicular ao segmento AB.
PARALELAS
(a) (b)
R=CD R=CD
R=CD
R=CD
(a) (a3)
(a2)
1 Com centro num ponto E (qualquer) e raio R = CD, traçamos o arco JK;
2 Ajustamos uma régua e o esquadro à recta AB;
3 Sem deslocar a régua, corremos o esquadro até à tangente do arco JK;
4 Traçamos o segmento GH;
5 GH é a paralela a AB tirada à distância CD.
CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS
CONSTRUÇÃO DE QUADRADOS
Definição: São figuras planas limitadas por quatro segmentos de recta (lados)
iguais e formando ângulos rectos entre si. São quadriláteros (figuras de 4 lados).
CONSTRUÇÃO DO PENTÁGONO
CONSTRUÇÃO DO HEXÁGONO
TRAÇADO DA CIRCUNFERÊNCIA
TANGENTES À CIRCUNFERÊNCIA
4 Une-se A com C;
5 AC é a tangente pedida.
8 PT é a tangente às 2 circunferências.
M.T.05 Ut.02
CONCORDÂNCIAS
Caso A)
Caso B)
É uma curva plana, fechada, que define uma área que admite um eixo de simetria
e no qual é possível definir pontos opostos (focos), que gozam da seguinte
particularidade: a soma das distâncias de qualquer ponto da curva aos dois
focos têm um valor constante.
Procedimentos:
RESUMO
Foram definidas regras para o traçado rigoroso das figuras geométricas planas
mais correntes, tais como quadrados, triângulos, pentágonos, hexágonos e
elipses.
No que respeita às elipses, foram estudados vários métodos, uns mais simples
e outros mais rigorosos, para proceder ao seu traçado.
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
Perspectivas
M.T.05 UT.03
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Perspectivas
OBJECTIVOS
TEMAS
• Projecções
• Perspectivas
• Perspectiva isométrica
• Curvas isométricas
• Perspectiva cavaleira
• Perspectiva dimétrica
• Simplificação em perspectiva
• Leitura de perspectiva
M.T.05 Ut.03
• Tracejados em perspectiva
• Cortes em perspectiva
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.05 Ut.03
PROJECÇÕES
• Projecções ortogonais
• Perspectivas
• As perspectivas dão uma imagem mais próxima da imagem que nós temos,
mas falha no rigor dos pormenores.
• perspectiva cónica
• perspectiva cavaleira
• perspectiva axonométrica
As figuras que seguem mostram uma mesma peça representada nas três
perspectivas acima referidas; são evidentes as diferenças que entre elas
representam.
Perspectiva axonométrica
Perspectiva cavaleira Perspectiva cónica isométrica
A perspectiva cónica (ou central) representada tem dois ângulos de fuga, isto é,
as dimensões contraem-se segundo dois eixos ( XX e YY).
PERSPECTIVAS
E E F
F F
F A A
A F A F
B H GB B
B
D
D
D C
D G
G
C C
A A
A B Objecto A
B Observador Objecto
D D B
Observador no infinito
no infinito
30º
D
C C 30º
PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS
Estas três linhas que fazem ângulos de 120º entre si constituem o sistema de
eixos em que a representação isométrica é feita.
Desenho da elipse:
CURVAS ISOMÉTRICAS
PERSPECTIVA CAVALEIRA
A figura III.20 apresenta quatro direcções de fuga (a 45º) para perspectiva cavaleira:
As regras que se seguem aplicam-se ao traçado das elipses nos três planos da
perspectiva cavaleira, dado que a face da frente está definida por eixos
perpendiculares.
X/2
a1
X1/2
a
X1
L/2
L
O desenho foi feito por fases para que o formando possa acompanhar a sequência
dos traçados.
PERSPECTIVA DIMÉTRICA
A consequência dos valores dos ângulos a e b reflecte-se no valor dos lados d1,
d2 e d3
d2 é desenhado à escala 1 : 2;
Sem alterar os ângulos referidos, o objecto pode tomar várias posições; a figura
III.24 representa algumas delas:
A figura III.25 mostra que, partindo de uma figura simples, chegamos, por
aproximações sucessivas, à forma complicada do objecto:
SIMPLIFICAÇÃO EM PERSPECTIVA
Os objectos que se desenham nem sempre são bastante simples para que o
trabalho seja fácil.
Outras vezes, partimos de uma peça simples para, pouco a pouco, subtrairmos
os excessos em relação ao objecto final.
LEITURA DE PERSPECTIVA
De igual forma, existe papel dimétrico com linhas paralelas aos eixos dimétricos,
formando losangos, também referenciados à cota de 10 mm.
Vista de cima
Vista de esquerda
Vista de frente
TRACEJADOS EM PERSPECTIVA
CORTES EM PERSPECTIVA
A secção foi desenhada, utilizando apenas dois dos três eixos isométricos
(figura III.32a).
Para desenhar apenas meio corte em perspectiva dimétrica (ou outra), é preferível
começar por desenhar a perspectiva inteira; só depois deve executar as duas
meias secções perpendiculares.
Eixos de perspectiva
axonométrica dimétrica
Operações:
No plano de 42º, as linhas têm metade do afastamento que foi usado no plano
de 7º.
Operações:
Altura do cilindro 50 mm
Diâmetro da base 90 mm
Cada quadrado 10 mm
Solução:
2 Traçar o paralelogramo nos eixos 42º x 90º (no eixo de 42º dimensões =
1 / 2);
As linhas finas que ligam os três grupos indicam o local onde elas vão ligar-se.
Olhando para uma desenho deste tipo, estamos habilitados a proceder a qualquer
montagem, basta seguir as linhas de ligação.
Nestes desenhos, devem sempre figurar as peças todas, por mais pequenas
ou maiores que elas possam ser.
Note-se que neste tipo de desenho as peças são representadas sem atender
às regras praticadas nas projecções ortogonais.
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
Projecções Ortogonais
M.T.05 UT.04
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Projecções Ortogonais
OBJECTIVOS
TEMAS
• Projecções ortogonais
• Projecção de superfícies
• Projecção de sólidos
• Método europeu
• Método americano
Desenho Técnico IV . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Projecções Ortogonais
• Vistas auxiliares
• Rebatimentos convencionais
• Cortes e secções
• Tracejados
• Cortes locais
• Rebatimento de secções
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.05 Ut.04
PROJECÇÕES ORTOGONAIS
Uma projecção deformada, como sucede na figura IV.3, não cumpre os objectivos
do desenho técnico.
PROJECÇÕES DE SUPERFÍCIES
Desta maneira, uma superfície plana projecta-se sempre como nas as figuras
IV.4 e IV.5.
PROJECÇÃO DE SÓLIDOS
• Plano de frente
• Plano horizontal
• Plano de perfil
• O método europeu
• O método americano
Estes dois métodos são identificados por um pequeno símbolo que deve
acompanhar os desenhos. A ausência do mesmo obriga à identificação prévia
do método utilizado no desenho.
No método europeu, para ver a projecção circular da figura IV.10, devo colocar-
-me à direita do tronco de cone. No método americano, para ver a mesma
projecção, devo colocar-me entre elas.
Ambos os métodos utilizam uma caixa para justificar a distribuição das vistas.
Desenham nas faces internas da caixa, como mostra a figura IV.11, usando os
respectivos métodos e, ao abrirem a caixa, fica definida a posição das diferentes
vistas.
MÉTODO EUROPEU
Observando a figura IV.11, conclui-se que as vistas estão sempre do lado oposto
à imagem que o observador recolhe da peça.
Pela figura IV.12, vê-se que as quatro vistas horizontais estão todas ao mesmo
nível e as vistas verticais estão todas no mesmo enfiamento.
Assim:
2 V i sta d e Ci ma e m b a i xo
3 V i sta d e Di re i ta à e sq ue rd a
4 V i sta d e e sq ue rd a à d i re i ta
5 V i sta d e b a i xo e m ci ma
A vista de trás ficou colocada à direita, mas também poderia ter ficado à esquerda
(NP-327).
MÉTODO AMERICANO
Este método é usado apenas em alguns países anglo-saxónicos, por isso surge
aqui apenas com aspecto informativo.
5 Vi sta de ci ma em ci ma
A figura IV.14 mostra um processo prático de obter as vistas de uma peça sem
que o observador seja obrigado a imaginar-se a mudar de posição.
A vista de frente pode ser qualquer, mas é boa regra escolher aquela que traduz
melhor a configuração da peça. O desrespeito por este conceito pode obrigar a
desenhar mais vistas, resultando em mais trabalho e desenhos mais confusos.
Se alguma das faces ficar oblíqua em relação aos planos de projecção, poderá
ser necessário recorrer a plano auxiliar (paralelo à face oblíqua) para obter uma
projecção complementar.
M.T.05 Ut.04
Caso de Estudo IV . 1
5
M.T.05 Ut.04
Soluções:
Escolheu-se para vista de frente aquela que, só por si, dava melhor ideia do
objecto.
A face que a perspectiva vira para nós é a que melhor ideia nos dá da peça e,
por isso, deve ser escolhida para vista nas projecções ortogonais. Mas a vista
de frente das projecções ortogonais mostra que o rebaixo está situado à frente
e do lado oposto ao real.
ra
su
pes
Es
Altura
Largura
(a)
Todavia, contamos sempre com três vistas para representar qualquer peça; a
melhor solução é a que contém a vista de frente (obrigatória), a vista de cima e
a vista de esquerda (ou direita).
Quem faz o desenho deve determinar quantas vistas é necessário fazer-se para
que a(s) peça(s) fique(m) completamente defenida(s).
As peças da figura IV.16a) precisam de duas vistas porque tem vistas de frente
iguais e as peças da figura IV.16b) têm vistas de cima iguais.
a) b)
Secção circular
c) d) e)
Linha de chamada em traço mais fino
VISTAS AUXILIARES
A peça da figura IV.18a) tem todas as faces paralelas aos planos de projecção
ortogonal, mas o mesmo não sucede com a peça da figura IV.18b).
face em
tamanho real
Vista A
plano auxiliar
faces deformadas
Além disso, deve assinalar (seta e letra) o sentido em que a vista foi observada
e sinalizar a vista com a mesma informação (letra).
Desenhar uma vista completa num plano auxiliar não tem interesse.
A vista auxiliar termina por linha de fecho, fina e torsa, como a figura IV.20
mostra.
Figura IV.21 - Forma de obter a projecção auxiliar a partir das projecções ortogonais
Caso de Estudo IV . 2
Fig. IV.22a - Projecções de uma peça com uma face oblíqua total
As vistas com um eixo de simetria, têm duas partes iguais; vistas com dois
eixos de simetria, têm quatro partes iguais, duas a duas ou todas iguais. Se a
peça é de revolução.Se tiver um eixo de simetria, basta desenhar metade da
vista; se tiver dois eixos de simetria, basta desenhar um quarto.
A parte desenhada deve ficar limitada por linhas de eixo (uma ou duas, conforme
os casos). Um sinal (=) desenhado nos extremos da vista e sobre a linha de
eixo, indica que a parte que não foi desenhada é igual à que o desenho mostra.
Este procedimento permite:
Figura IV.24 - Vista completa com dois eixos de simetria e vista simplificada à direita
M.T.05 Ut.04
Figura IV.25 - Vista com furação completa à esquerda e vista simplificada à direita
As peças compridas, quando a sua secção for uniforme, podem ser representadas
por um desenho encurtado. Também se aplica quando a variação da secção for
uniforme.
As partes inicial e final são fechadas por uma linha de eixo ou uma linha de
rotura, tal como as figuras IV.26 / 29 representam:
Figura IV.27 - Linhas de eixo separam as partes suprimidas. A peça é de secção uniforme
M.T.05 Ut.04
Figura IV.28 - Peça tronco-cónica representada pelos terminais. A secção tem variação
uniforme
REBATIMENTOS CONVENCIONAIS
Estão nesta situação peças com nervuras ou orelhas assimétricas, bem como
peças cilíndricas ocas e com furos ou saliências transversais.
Figura IV.32 - É uma peça cilíndrica oca com furo transversal; furo cilíndrico (em cima),
furo quadrado (em baixo). A representação da esquerda é rigorosa e a da direita é
convencional
CORTES E SECÇÕES
As peças com pormenores geram vistas com muitas linhas de contorno ocultas.
As vistas da figura IV.34a) estão carregadas de linhas e a sua leitura não é fácil.
Para simplificar a leitura, simulam-se cortes que abrem as peças, por forma a
converter as linhas de contorno ocultas em linhas de contorno visíveis (facilita a
leitura).
Simulado o corte, supõe-se que a parte da frente da peça foi retirada e ficaram
à vista as linhas de contorno internas (figura IV-34b)).
Figura IV.34 - a) Peça desenhada em vistas com invisíveis b) Peça desenhada em corte e
sem invisíveis
Cada corte figura numa única vista (a que o mostra com mais detalhe).
Nas peças em que se faz um único corte, basta uma vista para representá-lo;
as outras vistas ficam inteiras.
As linhas que indicam as áreas cortadas são sempre inclinadas a 45º, para a
esquerda ou para a direita; o seu espaçamento é uniforme dentro do mesmo
corte.
M.T.05 Ut.04
Quando o espaçamento é pequeno, a vista fica com mancha preta; o que não
se usa.
Uma coisa é certa, o plano de corte tem que ser paralelo a um dos planos de
projecção e é nesse plano que a vista vai ficar cortada.
Por outro lado, o plano de corte tem que mostrar o pormenor interior pela sua
maior dimensão; as figuras IV.36a), b) mostram essa situação.
Assim, o corte da figura IV.36a) vai aparecer no plano de frente (na vista de
frente) e o corte da figura IV.36b) vai aparecer no plano da base (na vista de
cima).
M.T.05 Ut.04
Figura IV.36 - a) Corte por um plano de frente b) Corte por um plano horizontal
A peça da figura IV.36a) fica em corte na vista de frente; a vista de cima está
inteira, mas é nela que vai ficar a linha de corte.
A peça da figura IV.36b) fica em corte na vista de cima; a vista de frente fica
inteira e é nesta que figura a linha de corte.
As setas nos extremos da linha de corte estão voltadas para a vista em corte.
Junto de cada seta, figura uma letra; as letras podem ser iguais ou diferentes.
(1 - 2 - 5 - 6 - 10 - 9) e (3 - 4 - 12 - 11 - 7 - 8)
A figura IV.37c) representa apenas as áreas cortadas, mas não o corte da peça;
faltam-lhe várias linhas de contorno visíveis.
Quando a figura IV.37b) é vista na direcção indicada, os arcos (A), (B), (C) e (D)
são linhas de contorno visíveis e não foram representados.
TRACEJADOS
Dizer-se que tem o mesmo tracejado significa possuir linhas com a mesma
inclinação e o mesmo espaçamento.
a) - irregular;
b) - muito apertado;
c) - paralelo aos eixos;
M.T.05 Ut.04
simétricas podem ser desenhadas de uma forma mais simples, com economia
de papel e tempo de desenho.
Figura IV.43 - Meios cortes para mostrar o interior e o exterior na mesma vista
Figura IV.45 - Corte total da peça IV.43 com indicação da linha de corte
A plano principal passa pelo braço inferior; o plano auxiliar passa pelo braço
superior; os furos são rebatidos nos dois planos sobre o plano principal.
CORTES LOCAIS
Por vezes, basta mostrar uma pequena zona do interior do objecto para que o
interior fique esclarecido. Nestes casos, não se faz o corte total, mas, sim, o
corte local.
Os cortes locais podem ficar limitados por uma linha de contorno exterior, mas
nunca por uma aresta visível. Termina antes ou depois.
Figura IV.49 - Influência das linhas de contorno visíveis sobre o limite do corte
As linhas que limitam o corte local nunca terminam numa linha de contorno; ou
acabam antes (figura IV.49a)) ou acabam depois (figura IV.49b)).
M.T.05 Ut.04
Há muitas peças cujo desenho representa sempre a secção; são disso exemplo:
• peças prismáticas
• perfis metálicos
• nervuras
• braços de tambor e de volantes
A ligação da secção à peça referência o local a que pertence e, por isso, dispensa
as referências que a solução da figura IV.50a) precisa.
A figura IV.51 mostra a sequência de operações para obter uma secção rebatida.
A secção do perfil da figura IV.53a) está correcta (em cima) e incorrecta (em
baixo).
Está incorrecta porque a secção é contínua e não deve ter linha de contorno
interior.
Está incorrecta porque a altura das abas do perfil é igual de ambos os lados e
não deve ter linha de contorno ao meio.
A figura IV.55b) representa um volante cujos braços não foram afectados pelo
corte.
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita;
Nota: Cada quadrado deve ser tomado como uma unidade de medida (cm
ou divisão do papel quadriculado).
M.T.05 Ut.04
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda;
1 2
3 4
5 6
7 8
M.T.05 Ut.04
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita;
9 10
11 12
13 14
15 16
N.T.05 Ut.05
17
18
19 20
21 22
23 24
N.T.05 Ut.05
Nota: 1 quadrado = 5 x 5 mm
M.T.05 Ut.04
• vista de frente
• vista de frente
• vista da direita
7 8 9
M.T.05 Ut.04
Cotagem
M.T.05 UT.05
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Cotagem
OBJECTIVOS
TEMAS
• Cotagem
• Cotas
• Cotagem de elementos
• Formas de cotar
• Cotagem em perspectiva
• Resumo
•
N.T.05 Ut.05
Actividades / Avaliação
Desenho Técnico V . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Cotagem
COTAGEM
• linhas de chamada
• linhas de referência
• linhas de cota
• setas
• cotas
• notas e símbolos
especificação
Metalizado
linha de referência
Intervalo
As cotas são colocadas por cima e paralelas à linha de cota; quando a cota e
a linha de cota não cabem entre linhas de chamada, colocam-se por fora.
Para evitar que o desenho fique confuso devido à aproximação excessiva das
cotas, convencionou-se praticar, como mínimos, os valores que a figura
representa.
N/ 2
N
A figura V.3 recomenda que as setas que terminam a linha de cota devem ter
um comprimento proporcional ao tamanho do desenho e que a sua largura está
compreendida entre metade e 1/3 a do seu comprimento.
8 125
30
8 125 30 30
COTAS
As cotas que interessam a duas vistas adjacentes devem ser colocadas entre
ambas, tal como mostra a figura V.6.
120 70
44
120
45 50 70
50
70
As cotas de menor valor devem sempre ser inscritas na linha de cotas mais
próxima do objecto, conforme mostra a figura V.7.
Linhas de cota paralelas são postas por ordem do respectivo tamanho; as maiores
são as que ficam mais afastadas do objecto.
M.T.05 Ut.05
50
75
100
120
34 50
66
40
Nos desenhos grandes, as cotas podem ficar dentro das vistas desde que
beneficie a respectiva clareza.
A linha de referência termina numa pequena bola negra que se localiza em cima
do elemento a que respeita.
N.T.05 Ut.05
COTAGEM DE ELEMENTOS
A figura V.12 mostra que as cotas de um objecto simétrico, com meia vista
desenhada, podem ficar simplificadas.
As cotas de raios levam sempre a letra (R) antes do seu valor numérico.
As diagonais da figura V.16a) significam que é plana à face em que elas figuram.
A figura V.17 mostra como se inscreve a cota de um arco cujo centro cai fora do
papel;
FORMAS DE COTAR
• cotagem em série
• cotagem em paralelo
• cotagem combinada
• cotagem por coordenadas
• cotagem de elementos equidistantes
As cotas são inscritas numa única linha; este tipo de cotagem só pode utilizar-
-se com cotas não toleranciadas.
A figura V.20 mostra outra forma de cotar em paralelo; todas as cotas dão a
distância em relação a uma superfície de origem e que se identifica com a cota
zero (0).
A variante da figura V.23b) é mais trabalhoso de se ler, mas o desenho não fica
confuso, de resto, funciona como o anterior.
A cota define a existência de seis vãos iguais com 18 mm, cada um e cujo
comprimento total é de 108 mm.
COTAGEM EM PERSPECTIVAS
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
• vista de frente
• vista de cima
• vista da direita
2. Cotar .
Dimensões das vistas estão à escala 1:1:
N.T.05 Ut.05
Nota: (1 quadrado = 5)
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
N.T.05 Ut.05
Cotar em série.
12. Para prática de cotagem. Desenhar, à escala (1:1), pelo método europeu,
as seguintes vistas:
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho;
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho;
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
seguintes vistas:
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
3º - Cotar o desenho.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de esquerda.
Utilizar planos auxiliares para representar as superfícies oblíquas em
verdadeira grandeza;
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
• vista de frente;
• vista de cima;
• vista de direita.
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
Cotar o desenho.
N.T.05 Ut.05
Cotar o desenho.
Rolamento de rolos
Retentor
Peça 1
Casquilho
Veio
Chaveta
N.T.05 Ut.05
Peças Roscadas
M.T.05 UT.06
Desenho Técnico
Guia do Formando
IEFP · ISQ Peças Roscadas
OBJECTIVOS
TEMAS
• Ligações roscadas
• Representações convencionais das roscas
• Leitura de roscas
• Desenho de peças roscadas agrupadas
• Peças com furo cónico roscado
• Dimensionamento
• Formas de execução das roscas
• Simbologia das roscas
• Parafuso / Normas
• Rosca fina/ grossa/ esquerda/ direita / parafusos de várias
entradas
• Diversidade de formas
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.05 Ut.06
Desenho Técnico VI . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Peças Roscadas
LIGAÇÕES ROSCADAS
Os dispositivos de ligação são vitais para a maioria das fases e tipos de indústria.
Fig. VI.1 - Parafusos com vários tipos de cabeça e espiga totalmente roscada
Representação de roscas
Pode dizer-se que existem três formas de representação para peças roscadas:
A forma rigorosa, a forma esquemática e a forma convencional.
Fig. VI.6 - Forma convencional de desenhar peças roscadas (pernos, parafusos e furos)
Roscas macho
Pernos Parafusos
A representação de cima não está cortada por ser uma peça maciça, o que já
não sucede com a representação inferior.
Note-se que a linha do fim da rosca é tirada pelos limites da rosca perfeita. Os
triângulos que ultrapassam a linha do fim da rosca representam a parte deformada
da rosca. A representação destes triângulos é facultativa.
Roscas fémeas
A conclusão de furo passante obtém-se com qualquer das duas vistas, cuja
diferença está nas linhas que representam o perfil do dente: contínuas no corte
e descontínuas na vista.
Note-se, como não poderia deixar de ser, que a linha que simboliza a rosca
está sempre do lado do material.
Na representação (a), o parafuso está montado num furo passante e está roscado
só parcialmente, tal como na representação (b). Nesta última, o parafuso não
chegou ao fim da rosca do furo.
Os furos cegos terminam sempre em bico;é o bico da ponta da broca que foi
utilizada para fazer o furo. O ângulo é de 120º quando o furo for aberto em
materiais ferrosos.
A figura VI.10 - mostra um parafuso (p) roscado num furo cuja rosca (r) não é
passante; O agrupamento está desenhado em 2 vistas ( de frente e de esquerda),
ambas em corte.
Corte BB
Fig. VI.10 - Parafuso roscado num furo com rosca não passante
Quando olhamos a vista de frente pela esquerda, vimos a rosca desse lado e
apenas o furo do lado oposto.
Quando olhamos a vista de frente pela direita, vimos apenas a rosca no diâmetro
menor e nada do lado oposto.
Rosca
Arreigada Rosca Ponta Rosca Arreigada Rosca
Parafusos e pernos, muitas vezes não têm arreigada (a espiga é toda roscada).
A rosca do parafuso (ou perno) com arreigada nunca deve chegar ao fim da
rosca do furo.
M.T.05 Ut.06
Cotagem de roscas
(d) é cota nominal; mede o diâmetro exterior da rosca (ver tabela de roscas);
Nota: Para que duas roscas macho e fêmea possam ajustar-se devem ter a
mesma cota nominal (d), o mesmo perfil e o mesmo passo;
Rosca macho
α P
exterior
Diâmetro
45
Significa peça roscada; linha a 3/4; só uma ponta
corta o eixo
α = 55º Métrica
α = 60º Whitworth
p = passo da rosca
M.T.05 Ut.06
Diâmetro
linha a 3/4; só uma ponta
exterior
corta o eixo
M22
36
Cota-se a rosca com saída (na rosca macho) só quando se pretende usar a
zona deformada da rosca do parafuso (ou perno) para dar o fixar na peça (furo).
M.T.05 Ut.06
Exemplo VI . 1
60 12.5
M20
40
66
Exemplo VI . 2
70
R 28
M20
18
66
M.T.05 Ut.06
Exemplo VI . 3
Porca hexagonal
40
M20
18.7
DIMENSIONAMENTO
Foi cotado com valores genéricos; os valores reais não podem ser definidos
através do diâmetro da rosca, mas sim através das respectivas normas.
A porca não está cotada, mas as suas dimensões são iguais às da cabeça do
parafuso, com a diferença de ter ambos os lados boleados.
M.T.05 Ut.06
45º
e=2d
0,8d
d
d
15
d 0,1d
0,5 60 b=2d+6
º
k l
Linha grossa
5=1,7d
A figura VI.22 representa um perno com duas roscadas e uma arreigada cilíndrica.
Fig. VI.22 - Perno com duas pontas roscadas e uma arreigada cilíndrica
M.T.05 Ut.06
Fig. VI.23 - Processo para obtenção de uma rosca por meio de corte
A espiga a roscar é montada entre pontos, num torno, que lhe dá movimentos
de rotação; montando uma ferramenta de traçagem no carro de torno, esta
recebe movimento de translação.
Na figura (a), vê-se que a conjugação dos dois movimentos dá origem a uma
hélice, de avanço uniforme, na periferia da espiga. A distância entre pontos
consecutivos de uma mesma geratriz representa o passo da hélice.
A figura que se segue, mostra três tipos de rosca obtidos pelo processo referido:
Rosca métrica (iso) (M) Rosca whitworth (inglesa) Rosca rectangular (R)
Rosca trapezoidal (Tr) Rosca redonda (Rd) Rosca rdente de serra (S)
Diâmetro da rosca 10 mm 10 mm
Nº de entradas 1 1
PARAFUSOS / NORMAS
Cabeça hexagonal
Hexagonal (H)
3 4 5 6 8 10 12 14 16 20 24 30 36
4014 20 25 25 30 35 40 45 50 55 65 80 90 110
4017 6 8 10 12 16 20 25 30 35 40 40 40 40
5,5 7 8 10 13 16 18 21 24 30 36 46 55
2 2,8 3,5 4 5,3 6,4 7,5 8,8 10 12,5 15 18,7 22,5
Cabeça cilíndrica
a) todo roscado
b) com arreigada
1,6 2 2,5 3 4 5 6 8 10 12 16 20 24 30 36
2,5 3 4 5 6 8 10 12 16 20 25 30 40 45 55
25 30 30 35 40 45 55 65 80 90 110 120
16 20 25 25 25 25 30 35 40 50 60 70 80 100 110
3 3,8 4,5 5,5 7 8,5 10 13 16 18 24 30 36 45 54
Cabeça de embeber
As roscas finas destinguem-se das roscas grossas pelo tamanho dos dentes e
pela proximidade das espiras da rosca.
P 4 P 2
M36 x2
Md m36
Md xP
Cabeças de parafusos
A cabeça do parafuso é a parte através da qual ele recebe o movimento. Existe
uma grande diversidade de tipos para corresponderem a aplicações específicas.
Pontas
Espiga
A espiga é o corpo do parafuso e é constituida por duas partes: uma lisa e outra
roscada.
A parte lisa pode existir ou não, enquanto a parte roscada pode ser executada
por corte ou por laminagem.
D iâm etro nom inal m m Passo m m D iâm etro nom inal m m Passo m m
1ª 2ª 3ª 1ª 2ª
grosso fino 3ª opção grosso fino
opção opção opção opção opção
0,25 0,075 18 17 1,5-1
0,3 0,08 2,5 2-1,5-1
0,35 0,09 20 2,5 2-1,5-1
0,4 0,1 22 2,5 2-1,5-1
0,45 0,1 24 3 2,1,5-1
0,5 0,125 25 2-1,5-1
0,55 0,125 26 1,5
0,6 0,15 27 3 2-1,5-1
0,7 0,175 28 2-1,5-1
0,8 0,2 30 3,5 _2-1,5-1
0,9 0,225 32 2-1,5-1
1 0,25 0,2 33 3,5 _2-1,5
1,1 0,25 0,2 35 1,5
1,2 0,25 0,2
1,4 0,3 0,2 3-2-1,5
36
1,6 0,35 0,2 4 1,5
1,8 0,35 0,2 38
2 0,4 0,25 39 4 3-2-1,5
2,2 0,45 0,25 40 3-2-1,5
2,5 0,45 0,35 42 4,5 4-3-2-1,5
3 0,5 0,35 45 4,5 4-3-2-1,5
3,5 0,6 0,35 48 5 4-3-2-1,5
4 0,7 0,5 50 4-3-2-1,5
4,5 0,75 0,5 52 5 4-3-2-1,5
5 0,8 0,5 55 4-3-2-1,5
5,5 0,5 56 5,5 4-3-2-1,5
6 1 0,75 58 4-3-2-1,5
7 1 0,75 60 5,5 4-3-2-1,5
8 1,25 1-0,75 62 4-3-2-1,5
9 1,25 1-0,75 64 6 4-3-2-1,5
10 1,5 1,25-0,75 65 4-3-2-1,5
11 1,5 1-0,75 68 6 4-3-2-1,5
12 1,75 1,5-1,25-1 70 6-4-3-2-1,5
14 2 1,5-1,25-1 72 6-4-3-2-1,5
15 1,5-1 4-3-2-1,5
16 2 1,5-1 76 75 6-4-3-2-1,5
longamento
Paraf sos Por as rot ra
m nimo
g mm2
46 4 34 30 61
48 4 40 25 64
56 5
50 70 20 10 77
58 5 94
66 6 50 80 16 8
97
88 8 80 100 12
30
10 9 10 100 120 10
36
12 9 12 120 140 8
42
RESUMO
Foi apresentada a forma de obter as roscas e as variantes que elas podem ter
na área tecnológica em que estamos inseridos.
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
5. Sinalize com uma cruz o furo roscado que pode receber um parafuso com
rosca M 8 X 0,75.
M.T.05 Ut.06
BIBLIOGRAFIA
Desenho Técnico B . 1
Guia do Formando