Você está na página 1de 4

Universidade Federal da Bahia

Pós-Graduação em estudos Étnicos e Africanos – POSAFRO

Disciplina : Gênero e raça

Professora: Angela Figueiredo

As categorias de raça e de gênero têm ocupado papel fundamental no esforço


empreendido por algumas disciplinas em desnaturalizar algumas das categorias que estruturam
as desigualdades nas sociedades capitalistas. A literatura sobre gênero é unânime em afirmar a
estreita relação entre o movimento político liderado pelas mulheres nos anos 70 e a produção
acadêmica que buscava melhor entender tanto a opressão feminina, quanto à relação entre o
sexo biológico e o gênero, entendido sempre como uma construção social. Do mesmo modo,
parece incontestável o papel desempenhado pelas mulheres afro-americanas em alertar para o
fato de que a categoria mulher não era universal, e que as mulheres negras eram duplamente
oprimidas. O campo definido como estudos de gênero e raça no Brasil começam na década de
80 e tem privilegiado a investigação sobre a experiência das mulheres negras. Dando
continuidade a esta perspectiva, o objetivo do curso é analisar criticamente a literatura
produzida sobre o tema no Brasil cotejando-a com os estudos afro-americanos.

Bibliografia

ALMEIDA, Miguel Vale (2004). Outros destinos: Ensaios da antropologia e cidadania. Porto, Editora
Campo das letras. (109- 151)

Audre Lorde, Excerpts from Sister Outsider, “The Transformation of Silence into Language and Action,”
pp. 40-44; “The Master´s Tools Will Never Dismantle the Master´s House,” pp. 110-113; “Eye to Eye:
Black Women, Hatred and Anger,” pp.145-175.

AZEREDO, Sandra. (1994). Teorizando sobre gênero e relações raciais. Estudos Feministas.

BAIRROS, Luiza (1995). “Nossos feminismos revisitados” in Estudos Feministas vol. 3, n 2, Universidade
Federal do Rio de Janeiro p. 458-463

BENTO, Maria Aparecida Silva. “A mulher negra no mercado de trabalho”. in Estudos Feministas, Rio de
Janeiro, vol. 3, n 2, IFCS/UERJ e PPCIS/UERJ p. 479-489
BURDICK, John (1998). Blessed Anastácia: women, race, and popular Christianity in Brazil. London,
Routledge (119-149)

CALDWELL, Kia Lilly (2000). Fronteiras da diferença. Revista


Estudos Feministas. Vol.8, no. 2

CALDWELL, Kia Lilly (2007). “Activism and Resistance” in: Negras in Brazil: Re-envisioning Black Women,
Citizenship, and the Politics of Identity. New Jersey and London, Rutgers University Press p. 133-177

CALDWELL, Kia Lilly (2007). “The Body and Subjectivity” in Negras in Brazil: Re-envisioning Black
Women, Citizenship, and the Politics of Identity. New Jersey and London, Rutgers University Press p. 81-
130

CARNEIRO, Suely. Gênero, raça e ascensão social. in Estudos Feministas, Rio de Janeiro, vol. 3, n 2,
IFCS/UERJ e PPCIS/UERJ p.544-553

COLLINS, Patricia Hill (1991). “Defining Black Feminist Thought”. In Black Feminist Thought: Knowledge,
Consciousness, and Politic of Empowerment. New York/London: Routledge, p. 19-25

COLLINS, Patricia Hill (2005). Black sexual politics: African- Americans, gender, and the new racism.
Routledge. New York & London. (25- 53)

____________________(1987) Sexual Politics and Black Women’s Relationship. 92-43)

p. 9-51

CÔRREA, Mariza (2003). O mistério dos orixás e das bonecas in Antropólogas e antropologia. Editora da
UFMG, Humanitas, Belo Horizonte. (163-185)

Evelynn Hammonds, “Black (W)holes and the Geometry of Black Female Sexuality.” differences: A Journal
of Feminist Cultural Studies 6, no. 2+3 (1994): pp. 126-145.

FIGUEIREDO, Angela ( 2002). Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada: identidade, consumo e


manipulação da aparência entre os negros no Brasil. Texto apresentado na ANPOCS, mimeo

FIGUEIREDO, ANGELA ( 2008). Dialogando com os estudos de gênero e raça. In: Raça: Novas
perspectivas antropológicas. Salvador, EDUFBA

FILHO, Antônio Jonas Dias ( 2002).O turismo sexual no Brasil e a questão da identidade. Texto
apresentado na ANPOCS, mimeo.

FRY, Peter (2005). A Persistência da raça: ensaios antropológicos sobre o Brasil e a África Austral, Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira., (249-271)

GIACOMINI, Sonia (2006). Mulatas profissionais: raça, gênero e ocupação. In Estudos Feministas, vol. 14
número, 1 Florianopólis.
GOLDSTEIN M. Donna (2003). Laughter out of place: Race, class, violence and Sexuality in a Rio
Shantytown. University of California Press, California (58-102)

GOMES, Nilma Limo (2006). Sem Perder a Raiz: Corpo e Canelo como Símbolo da Identidade Negra.
Editora Autêntica, Belo Horizonte (259-307 )

GONZALEZ, Lelia (1983) Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje 2, ANPOCS,
Brasília, p.223-244

HOOKS, Bell (1995) “Intelectuais Negras” in Estudos feministas. Rio de Janeiro, IFCS/UERJ e PPCIS/UERJ,
v.3, n.2, p. 464-469.

KIMBERLE, Crenshaw, “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of
Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics,” The University of Chicago Legal
Forum 139 (1989): pp. 139-140, 152-167.

KOFES, SUELY (2001). Mulheres, mulheres: Identidade, diferença e desigualdade na relação entre patroas
e empregadas. Campinas, SP, Editora da UNICAMP

LIMA, Márcia (1999). Trajetória educacional e realização sócio-econômica das mulheres negras. In Cor e
estratificação social (org) HASENBALG, Carlos, SILVA, Nelson do Valle e LIMA, Macia,
IFCS/UFRJCEAA/PUCRIO, Rio de Janeiro, p.148-159

McCALLUM, Cecília (2007) Women out of place? A micro-historical perspective on the Black Feminist,
movement in Salvador da Bahia, Brazil. Jornal Latin American Studies, 39, Cambrige University Press
( 55-80)

MCCALLUM, Cecília. "Aquisição de gênero e habilidades produtivas: o


caso dos Kaxinauá". Revista Estudos Feministas (Rio de Janeiro). Vol.7.Nos.1
& 2 p.157-175, 1999.

MOUTINHO, Laura. (2004) Raça, sexualidade e gênero na construção da identidade nacional: uma
comparação entre o Brasil e a áfrica do sul in : Cadernos, Pagu (23), pp. 55-89

Paula Giddings, When and Where I Enter, Chapter 15: “Dress Rehearsal for the Sixties,” pp. 261-275,
Chapter 17: “The Women´s Movement and Black Discontent,” pp. 299-324.

GIDDINGS, Paula When and Where I Enter, Chapter 2: “Casting of the Die: Morality, Slavery, and
Resistance,” pp. 33-55.

PINHO, Osmundo (2004). “O efeito do sexo, política de raça e miscigenação”. Cadernos Pagu, no 23,
Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, p. 89-121.

SCHIENBINGER, Londa (2001). O Feminismo mudou a ciência? Bauru-SP, EDUSC


SCOTT, Joan. Gênero: Uma categoria útil para a análise
histórica.http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/generodh/gen_categoria.html

SOARES, Mireya (1991). As categorias “mulher” e “gênero” no pensamento brasileiro. XV Encontro


anual da ANPOCS, Caxambu, mimeo.

STOLKE, Verena. 'La mujer es puro cuento: la cultura del género'. Revista
Estudos Feministas (Rio de Janeiro). Vol.12, no.2 p:77-105, 2004.

STOLKE , Verena (1990). Sexo está para gênero assim como raça para a etnicidade? Estudos-Asiáticos,
20, Rio de Janeiro p. 101- 117

Tracey Reynolds, "Re-Thinking a Black Feminist Standpoint." Ethnic and Racial Studies 25, no. 4 (2002):
pp. 591-606.

Words of Fire Anthology: “Frances Beale,” pp. 145-156; “Linda La Rue,” pp. 163-174.

Words of Fire Anthology: “Maria Miller Stewart,” “Sojourner Truth” pp. 23-38; “Ida B. Wells-Bennett,” pp.
69-76; “Angela Davis” pp. 199-218.

Words of Fire Anthology: “The Combahee River Collective,” pp. “231-240; “bell hooks,” pp. 269-282;
“Patricia Hill Collins,” pp. 337-358.

Você também pode gostar