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Welvyson Andrade Welvyson Andrade| caio aprigio moreira silveira caio aprigio moreira
silveira| alana thais aguiar pinheiro alana thais aguiar pinheiro| elivelton sabino de farias
INTRODUÇÃO
E os demais escravos que não trabalhavam para a residência dos barões faziam às
atividades ligadas a fazenda.
Com o trabalho livre qualquer pessoa poderia fazer os serviços labutados antes
pelos escravos. Porem isso não aconteceu na pratica, porque a maioria da
população negra continuava fazendo estes serviços, recebendo abaixo do que a
população branca recebia na época.
Só que esta lei não lhe dava total garantia como as de outros profissionais, uma
delas era o tempo para o obreiro ingressar com uma ação trabalhista.
Depois de muita batalha as empregadas domesticas tiveram uma conquista que iria
aumentar alguns desses direitos que inexistiram na Lei de 1972, trata-se da
Emenda Constitucional 72 de 2013.
Diante disto, inexistindo preceito legal sobre o tema, era o caso de se observar o
inciso V, P 10 do art. 178 do código civil, que previa o prazo de prescrição “dos
serviçais, operários e jornaleiros, para o pagamento de seus salários” em cinco
anos. Como o empregado domestico é uma espécie de serviçal, o prazo de
prescrição daquele trabalhador seria previsto no Código Civil, isto é de cinco anos.
Assim, tanto antes como depois da Constituição o prazo de prescrição era contido
no inciso V, do P 10 do art. 178 do CC, e Ra especifico para o domestico. Não há
previsão na Lei 5859/72, na CLT ou Constituição sobre o referido prazo. Logo,
havendo determinação especifica na lei, que é o Código Civil, não se poderiam
observar por analogia outras normas.
O novo código civil não repetiu a regra do inciso V, do P
10 do artigo 178 do Código Civil de 1916. Assim, é de se
empregar a determinação geral de prescrição para
qualquer caso, ou seja, de 10 anos, conforme o art. 205
do Código Civil (Martins, 2014, pag.769).
Porem existiam outros problemas, por que as empregadas domesticas não faziam
jus a alguns tipos de benefícios previdenciários como o salário família entre outros.
Então em 2015 foi criada a lei complementar 150/2015 para dar mais direitos que
lhe foram negados anteriormente.
Eis que surge a lei complementar 150/2015 conhecida como “nova lei da
empregada domestica”.
No que concerne a justiça da LC n.150, percebe-se que ela foi concebida com dois
propósitos principais extraídos da justificativa do PLS ( Projeto de Lei do Senado)
n.224/2013: regulamentar o novel parágrafo único do art.7 da CF, com redação
dada pelo EC 72/2013, e corrigir uma injustiça histórica perpretada pelo Estado e
pela sociedade brasileira contra a categoria dos trabalhadores domésticos. A EC 72
tem como escopo promover a igualdade entre empregados (urbanos e rurais) e
trabalhadores domésticos,
Para Noberto Bobbio, (1999, p.20) o problema da justiça de uma norma jurídica
diz respeito à correspondência (ou não) entre essa norma e os valores supremos ou
finais que inspiram determinado ordenamento jurídico. Desarte, estudar o
problema da justiça de uma norma jurídica requer exame da sua aptidão para o
ideal do bem comum.
Com relação a eficácia da nova Lei Complementar 120/2015 e um problema que diz
respeito a aptidão ou não para produzir todos seus efeitos. Noutro falar, o
problema da eficácia da Lei Complementar em tela tem por objeto revelar se ela
será ou não efetivamente cumprida pelos seus destinatários e caso não seja
cumprida, quais os meios utilizados pelo ordenamento jurídico para que ela o seja.
Com aplicação subsidiária da CLT, naquilo em que não for incompatível com a lei
ou na existência de lacunas; a LC 150/2015 deu margem pela primeira vez à
utilização da consolidação das leis do trabalho para o empregado doméstico
(especificamente em seu art. 19º), uma vez que o art. 7, “a” da consolidação sempre
foi expresso em determinar que a CLT não se enquadra à tais empregados.
Notemos que a lei não apenas regulamentou a jornada laboral, como também
incluiu um adicional de 50% (cinquenta por cento) a ser pago pelo empregador em
caso de horas extras prestadas pelo empregado.
Quanto ao descanso semanal remunerado, explicitou a lei que estes devem ser
preferencialmente aos domingos sob pena de, se não compensados, serem pagos
em dobro; o mesmo ocorrendo nos feriados.
O art. 7, a, da CLT, que excluía do âmbito de sua aplicação, assim dispunha “ aos
empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam
serviços de natureza não econômica a pessoa ou família, no âmbito residencial
destas”.
Em 1972 foi editada a Lei n. 5859, cujo art.1 definiu “o empregado” domestico
como aquele que “presta serviços de natureza continua e de finalidade não
lucrativa a pessoa ou a família no âmbito residual destas”
• Cozinheiro
• Governanta
• Baba
• Lavandeira
• Faxineiro
• Vigia
• Motorista particular
• Jardineiro
• Caseiro
• Acompanhante de idoso, dentre outros.
Por força da Convenção 168 da OIT (aprovada pelo Decreto Legislativo n.178/1999
e promulgada pelo Decreto Presidencial n.3591/2000) bem como Decreto
n.6481/2008, que aprovou a “Lista Das Piores Formas de Trabalho Infantil” (Lista
TIP), o serviço domestico, por ser considerado uma das piores formas de trabalho
infantil, é proibido para os menores de 18 anos de idade (Decreto n.6481/2008,
art.2)
Diante disso, ao longo dos anos houveram várias legislações que tentavam
regulamentar os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, porém, foi a LC
150/15 que começou a tratar com mais efetividade dos direitos trabalhistas dos
empregados domésticos.
A nova Lei dos empregados domésticos veio com o intuito de formalizar as relações
entre empregados e empregadores, retirando aquela ideia de um contrato
amigável. A partir de então, passou a ser obrigatório o recibo com todos os
pagamentos feitos pelo empregador ao seu empregado, bem como as demais
informações relacionadas ao contrato de trabalho doméstico, como algumas das
principais mudanças selecionadas e tratadas no segundo capítulo, tais quais:
turnos ininterruptos, as férias, adicional noturno, banco de horas, pagamento de
horas extras, aviso prévio, registro de pontos, intervalos, repousos, ou seja, veio
com o objetivo de unificar em um só corpo legal tudo aquilo que se diz respeito aos
trabalhadores domésticos.
6-. REFERÊNCIAS
______. Lei Complementar nº. 150, de 1º. de junho de 2015. Dispõe sobre o
contrato de trabalho doméstico; altera as Leis nº. 8.212, de 24 de julho de 1991, nº.
8.213, de 24 de julho de 1991, e nº. 11.196, de 21 de novembro de 2005; revoga o
inciso I do art. 3º. da Lei no 8.009, de 29 de março de 1990, o art. 36 da Lei nº.
8.213, de 24 de julho de 1991, a Lei nº. 5.859, de 11 de dezembro de 1972, e o inciso
VII do art. 12 da Lei nº. 9.250, de 26 de dezembro 1995; e dá outras providências.
Brasília, 02 jun. 2015. Disponível em. Acesso em: 1 agosto. 2017.
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 7º ed. São Paulo: LTr,
2011.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (1943): Senado: 1988. Disponível em:
Acesso em: 01 setembro 2017. BRASIL.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho.- 5ª. ed.- São Paulo:
LTR, 2011.
Autores
Welvyson Welvyson Andrade
Andrade
estudante de direito
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