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ORIENTAÇÕES ✓ Todas as respostas devem ser feitas com caneta azul ou preta
O COVEIRO
(Millôr Fernandes)
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu
que cavara demais. Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém
atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova,
desesperado.
A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano,
embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que vieram uns passos.
Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: O
que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível! Mas, coitado! - condoeu-se o bêbado. Tem
toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!
E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
Disponível em http://acd.ufrj.br/~pead/tema06/emprosa.html. Acesso em 20 jun. 2009
1. Não é considerado personagem da história:
a) ( ) O coveiro
b) ( ) Millôr Fernandes
c) ( ) O bêbado
d) ( ) O morto
2. A história acontece:
a) ( ) Num buraco cavado pelo coveiro
b) ( ) No portão do cemitério
c) ( ) No Cemitério
d) ( ) Na casa do coveiro
4. O momento em que o coveiro começou a cavar e, distraído, percebera que cavara demais e não conseguir sair do buraco é
considerado:
a) ( ) Situação inicial
b) ( ) Conflito
c) ( ) Clímax
d) ( ) desfecho
5. “Em outro momento, o coveiro se desespera por não conseguir sair do buraco, grita, mas não aparece ninguém para tirá-lo dali”.
Esse momento é considerado:
a) ( ) Desfecho
b) ( ) Situação inicial
c) ( ) Clímax
d) ( ) Conflito
6. “Já de madrugada, o coveiro ouve uns passos e, percebendo a presença de alguém (o bêbado), pede-o que o tire da cova”. Que
elemento do enredo é esse?
a) ( ) Conflito
b) ( ) Clímax do conflito
c) ( ) Situação inicial
d) ( ) Desfecho
7. “O bêbado, pensado tratar-se de um morto desenterrado, fica com pena do coveiro e o cobre de terra”. Esse elemento do enredo é
chamado de:
a) ( ) Situação inicial
b) ( ) Conflito
c) ( ) Clímax do conflito
d) ( ) desfecho
8. No trecho: “A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias”, está representado qual tempo?
a) ( ) tempo cronológico
b) ( ) tempo psicológico
c) ( ) tempo passado
d) ( ) tempo histórico
9. No trecho: “Mas, de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais”, está representado qual tempo?
a) ( ) tempo cronológico
b) ( ) tempo psicológico
c) ( ) tempo passado
d) ( ) tempo histórico
12. A afirmativa abaixo que melhor expressa a mesma ideia da moral do texto é:
(a) deve-se pedir ajuda a qualquer pessoa;
(b) não importa a quem se pede ajuda;
(c) nunca se precisa de ajuda;
(d) ao precisar de ajuda, deve-se saber a quem pedir;
(e) ao ajudar, não se deve cobrar;
15. Ao dizer "alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!", o bêbado:
(a) achou que o coveiro estava se divertindo;
(b) sentiu pena do coveiro por estar coberto de terra;
(c) não entendeu a situação;
(d) tratou o coveiro com palavras indelicadas;
(e) humilhou o coveiro;