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(Texto produzido para circulação exclusiva em cursos de formação e capacitação docente de


Ensino Fundamental.- Prof. Dr. Renilson Menegassi – renilson@wnet.com.br )

Estudos sobre o texto narrativo


Prof. Renilson J. Menegassi

Para se estudar o texto narrativo em sala de aula, toma-se a fábula ―O leão e o


ratinho‖, de La Fontaine, como a narrativa de referência e modelo em todos os
exemplos aqui apresentados.

O leão e o ratinho
O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a ocasião, um
bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar caminho.
- Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando.
Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou e prendeu-o debaixo de sua pata.
- Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho.
- E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso?
- Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho.
O leão deu uma sonora gargalhada:
- Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa!
- Por favor, por favor, por favor não me esmague! – insistiu o ratinho.
Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estômago cheio, deixou
que o ratinho se fosse.
Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns
caçadores. Fez de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Seus urros de raiva fizeram a terra
tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e afiados, roeu
as cordas da rede e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
*
Pequenos amigos podem ser grandes amigos.

(LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de Esopo. Adaptação de Lúcia Tulchinski. São Paulo: Scipione,
1998.)

1. Estudo dos elementos da narrativa


O estudo do texto narrativo deve ser realizado gradativamente com os alunos,
em função de cada um dos anos escolares e dos elementos da narrativa que se pretende
estudar neles, por meio de gêneros textuais diversos.
A narrativa apresenta um tema, que é a ideia principal em torno do qual se
desenvolve a história. Além dele, há os elementos da narrativa que são observados em
função da estrutura do texto.
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Narrativa: Gêneros textuais em livros didáticos de 1º ao 5º anos do EF:

- Narrador - Apólogo - Crônica infantil - Parlenda


- Personagens - Biografia - Descrição - Piada
- Espaço - Cantiga - Diário pessoal - Poema narrativo
- Tempo - Charge - Fábula - Poema visual/Tela
- Ações - Conto - História quadrinhos - Relato de Blog
- Conflito - Conto infantil - HQ uma página - Relato de memória
- Resolução - Conto de mistério - Ilustração de cena - Relato pessoal
- Conto de fada - Imagens sequência - Reportagem
- Conto enigmático - Lenda - Resenha de livro
- Conto por imagem - Letra de música - Tirinha
- Conto com diálogo - Mito - Trava-língua
- Crônica - Notícia

Nos documentos oficiais da Provinha Brasil, Avaliação Nacional de


Alfabetização (ANA) e Prova Brasil, os textos narrativos ocupam lugar de destaque.
Assim, são encontrados os seguintes textos narrativos nessas avaliações, além de outros
textos que não são classificados como narrativos:

Provinha Brasil (2013-2014)


- Biografia - Fábula - Piada
- Cantiga - Imagem - Poema
- Carta - Notícia - Tirinha de quadrinhos
- Cartaz - Parlenda - Trava Língua

ANA (2013-2014)
- Cartaz - Ficha biográfica - Tirinha de quadrinhos
- Conto - Lenda
- Fábula - Poema

Prova Brasil (2011 e 2013)


- Biografia - Fábula - Piada
- Cantiga -História em quadrinhos - Poema
- Cartaz - Lenda - Quadrinhas
- Conto - Letra de música - Tirinha de quadrinhos
- Charge - Notícia

2. Os elementos da narrativa
Para compreender melhor o estudo do texto narrativo, é necessário que se
identifiquem quais os elementos que compõem a narração.

 Narrador (QUEM?) – quem conta a história. Pode ser em primeira pessoa


(eu/nós) ou terceira pessoa (ele). Ele pode ser participante da história, como
personagem, ou não-participante, apenas narra a história, como observador.
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 Personagens (QUEM?) – quem executa as ações na história. As personagens


são descritas de maneiras diversas, podendo ser:
- personagem principal, conhecida também como protagonista, é a mais importante
no desenrolar da história, aquela que resolve o conflito/problema;
- personagem secundária, atua no desenrolar da história, causando o
conflito/problema. É conhecida também como antagonista;
- personagem figurante/coadjuvante, não atua efetivamente no conflito da história,
contudo faz parte do ambiente em que acontece a narrativa, aparecendo nas suas
ações.
 Espaço (ONDE?) – onde se passa a história, normalmente aparece em forma de
descrição do lugar em que as personagens estão. O espaço na narrativa pode ser:
- físico: o lugar onde a ação se realiza: floresta, debaixo de uma árvore, casa, barco,
rua;
- social: meio social a que a personagem pertence ou onde se desloca: espaço
popular, espaço luxuoso;
- psicológico: espaço interior da personagem, estado de espírito: espaço de solidão,
tristeza, alegria, euforia, que são sentimentos internos da personagem.
 Tempo (QUANDO?) – o momento em que se passa a história. Os
acontecimentos são apresentados numa ordem cronológica normalmente. São
caracterizados como:
- tempo histórico: refere-se à época ou momento histórico em que a ação se
desenrola, contado em dias, horas e minutos;
- tempo psicológico: é o tempo subjetivo, que é vivido e sentido pela personagem;
- tempo do discurso: resulta do tratamento ou elaboração do tempo feito pelo
narrador. Ele conduz o tempo da narrativa.
 Ações (POR QUÊ? COMO?) – o que acontece na história. São os
acontecimentos da história lida. Por exemplo, na passagem inicial de ―O leão e o
ratinho‖, há quatro ações, que são marcadas aqui por grifos:

O rei das selvas dormia(1ª) sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a


ocasião(2ª), um bando de ratos resolveu passar por cima(3ª) dele para
encurtar caminho(4ª).

Então, pode-se afirmar que são ações iniciais da história:


1ª - o rei das selvas dormia;
2ª - os ratos aproveitaram que o rei das selvas dormia;
3ª - um bando de ratos resolveu passar por cima do rei das selvas;
4ª - um bando de ratos queria encurtar caminho passando por cima do rei das selvas.

Delimitar as ações de uma narrativa é um exercício de leitura necessário à


constituição da escrita do texto narrativo, pois o alunos aprende a organizar as ações de
seu texto escrito.
Observa-se que, nesse início, alguns elementos da narrativa são apresentados ao
leitor:
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- personagem principal/protagonista: o rei da selva – aquele que está quieto e dará


solução ao conflito;
- personagem secundário/antagonista: o rato/o bando de ratos – aquele que
desencadeará o conflito;
- espaço: sob a sombra de um carvalho;
- tempo: durante o dia, pois há sombra da árvore;
- situação inicial: o rei das selvas dormia tranquilo, os ratos desencadearam o
movimento na narrativa.
É típico das narrativas trabalhadas entre o 1º e o 5º anos do Ensino Fundamental
que essa situação inicial apareça. Assim, ela deve ser ensinada aos alunos, nas suas
produções escritas.

2.1 Exercício:
O lobo e o cordeiro
Estava um cordeiro bebendo água na parte inferior de um rio; chegou um lobo, e cravando nele
torvos olhos, disse-lhe com voz cheia de ameaça: ―Quem te deu o atrevimento de turvar a água
que pretendo beber?‖ ―Senhor, respondeu humilde o cordeiro, repare que a água desce para
mim: assim não a posso turvar.‖ ―Respondes, insolente! tornou o lobo arreganhando os dentes;
já o ano passado falaste mal de mim.‖ ―Como o faria, se não tenho seis meses então ainda não
tinha nascido.‖ ―Pois se não foste tu, foi o teu pai, teu irmão, algum dos teus e por ele pagarás.‖
E atirando-se ao cordeiro, o foi devorando.

MORALIDADE: Foge do mau, com ele não argumentes: as melhores razões te não poderão
livrar da sua fúria. Evita-o fugindo.

ESOPO. Fábulas de Esopo. Porto Alegre: L&PM, 1999.

O LOBO E O CORDEIRO
Ao mesmo rio vieram, compelidos pela sede, o lobo e o cordeiro.
O lobo estava mais acima e o cordeiro bem mais abaixo. Então o predador, incitado por
sua goela maldosa, encontrou motivo de rixa: ―estou a beber e tu poluis a água!‖
O lanoso, tímido, responde:
―Como posso fazer isso de que te queixas, ó lobo? De ti para meus goles é que o líquido
corre.‖
Repelido pela força da verdade, ele replicou:
―Cerca de seis meses atrás, falaste mal de mim.‖
O cordeiro retruca: ―Eu? Então eu sequer era nascido...‖
―Por Hércules, teu pai é que me destratou!‖
Em seguida, dilacera a presa, dando-lhe morte injusta.
Escrevi esta fábula por causa daqueles indivíduos que oprimem os inocentes por razões
fictícias.

FEDRO. Fábulas. 2. Ed. São Paulo: Escala, 2008.

O Lobo e o Cordeiro
A razão do mais forte é sempre a melhor:
Nós a mostraremos em breve.
Um cordeiro se refrescava
Num córrego de água pura.
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Um lobo surgiu; em jejum, procurava por aventura,


E a fome, a léguas, atraiu-o.
―Como atreve-se a turvar a minha bebida?‖
disse o animal cheio de raiva.
―Você será condenado por sua temeridade.‖
- Senhor – respondeu o cordeiro – Que Vossa Majestade
Não fique furioso;
Mas, antes considere que
Eu estava me refrescando
No córrego
Mais de vinte passos abaixo;
E que, por consequência, de maneira alguma
Poderia turvar sua bebida.
- Você a turvou – respondeu o cruel animas –
Eu sei que você falou mal de mim no ano passado.
- Como eu teria feito isso, se nem era nascido? –
Respondeu o cordeiro – Eu ainda mamava na minha mãe.
- Se não era você, era o seu irmão.
- Eu não tenho irmão. – Então era algum dos seus:
Pois não me poupou quase nada
Vocês, seus pastores e seus cães.
Disseram-me: é necessário que se vingue.
Lá embaixo, no fundo da floresta,
O lobo o levou e depois o comeu,
Sem outra forma de proceder.
LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine. São Paulo: Madras, 2004.

O lobo e o cordeiro
Estava o cordeiro a beber num córrego, quando apareceu um lobo esfaimado, de
horrendo aspecto.
- Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? – disse o monstro
arreganhando os dentes. – Espere, que vou castigar tamanha má-criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
- Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta. Mas não deu o rabo a torcer.
- Além disso – inventou ele – sei, que você andou falando mal de mim o ano passado.
- Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
- Se não foi você, foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
- Como poderia ser o meu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não vencia o pobrezinho, veio com uma
razão de lobo faminto:
- Pois se não foi seu irmão, foi seu pai ou seu avô!
E – nhoque! – sangrou-o no pescoço.

Contra a força não há argumentos.


LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Globo, 2008.
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3. Colorindo a narrativa
Para auxiliar os alunos no aprendizado do texto narrativo, propõe-se que alguns
elementos da narrativa sejam destacados em cores, diretamente no texto trabalhado.
Essas cores não podem ser alteradas, devendo ser um trabalho homogêneo entre todos
os professores, os alunos e os anos escolares.

Situação inicial (introdução da história) - AZUL CLARO


Situação final (conclusão da história) - AMARELO
Personagem principal - VERMELHO
-Características da personagem principal - LARANJA
Personagem secundária - ROSA
-Características da personagem secundária - AZUL
Espaço e Tempo - VERDE
Conflito e resolução - ROXO

3.1 Exercício:

O leão e o ratinho
O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a ocasião, um
bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar caminho.
- Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando.
Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou e prendeu-o debaixo de sua pata.
- Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho.
- E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso?
- Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho.
O leão deu uma sonora gargalhada:
- Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa!
- Por favor, por favor, por favor não me esmague! – insistiu o ratinho.
Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estômago cheio, deixou
que o ratinho se fosse.
Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns
caçadores. Fez de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Seus urros de raiva fizeram a terra
tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e afiados, roeu
as cordas da rede e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
*
Pequenos amigos podem ser grandes amigos.

3.2 Atividades para colorir a narrativa


a) Identificação das personagens:
- quem causa o conflito/problema na história?
- quem apresenta solução ao conflito na história?
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b) Pinte de vermelho os termos usados no texto para referir-se à personagem


principal/protagonista, aquela que apresenta solução ao conflito.

c) Pinte de rosa os termos usados no texto para referir-se à personagem


secundária/antagonista, aquela que desencadeia o conflito/o problema.

d) Observe o título do texto. Quem aparece em primeiro lugar é a personagem principal


ou a secundária? Por que será que isso acontece?

e) Identifique em quais linhas começa a introdução da história do leão e do ratinho.


Pinte-as em azul claro.

f) Identifique em quais linhas podemos marcar a conclusão da história lida. Pinte-as em


amarelo.

g) Identifique no texto as marcas que determinam os lugares em que a história


aconteceu e pinte-as de verde.

h) Identifique no texto as marcas que determinam o tempo na narrativa e pinte-as de


verde.

i) Agora, vamos encontrar onde está localizado o(s) conflito(s) na narrativa. Pinte a
parte do texto em que o problema é marcado, colorindo-a de roxo.

j) Com a mesma cor roxa, pinte o lugar do texto em que o problema é resolvido.

O leão e o ratinho
O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a ocasião, um
bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar caminho.
- Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando.
Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou e prendeu-o debaixo de sua pata.
- Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho.
- E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso?
- Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho.
O leão deu uma sonora gargalhada:
- Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa!
- Por favor, por favor, por favor não me esmague! – insistiu o ratinho.
Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estômago cheio, deixou
que o ratinho se fosse.
Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns
caçadores. Fez de tudo para se soltar, mas não conseguiu. Seus urros de raiva fizeram a terra
tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e afiados, roeu
as cordas da rede e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
*
Pequenos amigos podem ser grandes amigos.
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3.3. Atividades sobre os elementos da narrativa

Ações:
- Levante e resuma todas as ações que os ratinhos e o ratinho tiveram no decorrer da
narrativa junto ao leão.
- Levante e resuma todas as ações que o leão teve no decorrer da narrativa.

Espaço:
- Onde ficava o carvalho em que o leão dormia?
- Por qual parte do leão os ratinhos passaram por cima?
- Onde estava a rede em que o leão ficou preso?
- Em que posição o leão ficou preso?

Tempo:
- Em que horas o leão dormia?
- Quanto tempo demorou a conversa entre o leão e o ratinho?
- Quanto tempo se passou até o ratinho retribuir o favor ao leão?
- Em que período do dia o ratinho soltou o leão?
- Quanto tempo o ratinho levou para roer as cordas da rede?

Personagem:
- Qual foi o primeiro problema causado na história?
- Quem causou o primeiro problema da história?
- Quem resolveu o primeiro problema da história?
- Quem causou o segundo problema na história?
- Quem resolveu o segundo problema da história?
- Os ratinhos sabiam do risco que corriam ao resolver passar por cima do leão?
- Por que o líder do bando pediu rapidez aos ratos?
- Por que o leão acordou somente ao passar o último rato?
- Por que o ratinho preso na pata do leão o chamou de ―Majestade das Selvas‖?
- Por que o leão soltou uma sonora gargalhada com a resposta do ratinho?
- Por que o leão não comeu o ratinho?
- Por que o leão não conseguia se soltar da rede?
- Por que a terra tremeu com os urros do leão?
- O que o leão poderia ter feito para romper as cordas da rede?
- Em que lugar da rede o ratinho roeu as cordas?
- Como o leão se soltou?

Conflito e resolução:
- Qual é o problema apresentado na primeira parte da narrativa?
- Quem desencadeou o problema, na primeira cena da história?
- Quem resolveu o problema na primeira cena da história?
- Qual foi o problema apresentado na segunda parte do texto?
- Quem causou o problema, na segunda parte do texto?
- Quem resolveu o problema, na segunda parte do texto?
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4. A organização da narrativa
Estrutura do conjunto de ações:
- apresentação - situação inicial, introdução da história: personagens, espaço, tempo,
situações de estabilidade e início da desestabilização;
- expectativa - ações que antecedem o conflito;
- conflito - o problema principal da história, normalmente causado pelo personagem
secundário;
- resolução - a solução para o problema, normalmente conduzido pela personagem
principal;
- desfecho - situação final, conclusão da história: quando se resolve a questão
apresentada na história.
Cada uma dessas partes deve ser trabalhada com o aluno em textos alheios e nos
seus próprios textos.

Início da narrativa:
Cria-se uma expectativa, relatando, ao leitor, uma situação cotidiana, normal,
corriqueira, rotineira para a ou as personagens da história.
A partir dessa situação inicial, cria-se um conflito, trazendo algo inesperado, até
imprevisível para as personagens. O aparecimento do conflito provoca uma quebra na
expectativa inicial e faz a narrativa ganhar novo rumo. Assim, observa-se que, na fábula
analisada, o início da narrativa é:

O rei das selvas dormia sob a sombra de um carvalho. Aproveitando a


ocasião, um bando de ratos resolveu passar por cima dele para encurtar caminho...

Expansão da narrativa:
Com o conflito instaurado na narrativa, a personagem procura solucioná-lo. E é
assim que a narrativa se expande: pelo surgimento de um conflito e pela busca de
soluções para ele. Pode haver vários conflitos, dependendo da história. O importante é
que as ações sejam coerentes com isso.
Dependendo do nível de complexidade do conflito, ele pode ou não ser
solucionado. Por isso diz-se que as personagens resolvem ou, pelo menos, tentam
resolver o conflito que as aflige.

1º conflito e sua resolução:

Aproveitando a ocasião, um bando de ratos resolveu passar por cima dele


para encurtar caminho.
- Vamos, vamos, não há tempo a perder – disse o líder do bando.
Quando faltava apenas um rato passar, o leão acordou e prendeu-o debaixo de sua
pata. (CONFLITO INSTAURADO)
- Por favor, Majestade das selvas, não me esmague! – implorou o ratinho.
- E você tem alguma boa razão para que eu não faça isso?
- Bem... talvez um dia eu possa ajudá-lo! – disse o ratinho.
O leão deu uma sonora gargalhada:
- Você? Minúsculo desse jeito? Essa é boa!
- Por favor, por favor, por favor não me esmague! – insistiu o ratinho.
Diante de tamanha insistência, o leão, que estava mesmo com o estômago cheio,
deixou que o ratinho se fosse. (RESOLUÇÃO)
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2º conflito e sua resolução:

Alguns dias depois, o leão ficou preso numa rede deixada na floresta por alguns
caçadores. (CONFLITO INSTAURADO) Fez de tudo para se soltar, mas não
conseguiu. Seus urros de raiva fizeram a terra tremer. Ao ouvi-los, o ratinho veio
em seu socorro. Com seus dentes pequeninos e afiados, roeu as cordas da rede e
soltou o leão. (RESOLUÇÃO)

Final da narrativa:
A finalidade de toda fábula, que é uma narrativa, é trazer uma lição de moral,
um exemplo/ensinamento de vida, uma avaliação. Por exemplo, na história de
Chapeuzinho Vermelho, a finalidade é revelar a desobediência; em Os três porquinhos,
o descaso, o desdém; em O lobo e o cordeiro, a opressão; na parábola do Bom
Samaritano (Lucas, 10, 25-37), revela-se a misericórdia. Assim, na fábula analisada, o
final da narrativa é a moral apresentada, mas nem sempre é assim, pode ser outra forma
de final que não seja exatamente a moral da história:

Uma boa ação ganha outra.


*
Pequenos amigos podem ser grandes amigos.

5. Exercícios com narrativas

Para exercitar o estudo realizado até aqui, identifique, a partir das cores
definidas, os elementos presentes nas narrativas a seguir.

Situação inicial (introdução da história) - AZUL CLARO


Situação final (conclusão da história) - AMARELO
Personagem principal - VERMELHO
Características da personagem principal - LARANJA
Demais personagens (secundárias) - ROSA
Características da personagem secundária - AZUL
Espaço e Tempo - VERDE
Conflito e resolução - ROXO
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BIOGRAFIA: Texto que apresenta informações sobre a vida de um autor.

Renato Aragão
Renato Aragão (Didi dos Trapalhões) nasceu em Sobral, interior do Ceará, em 13 de
janeiro de 1935. Eram 7 irmãos. O pai, o poeta Paulo Aragão, e a mãe, a professora
Dinorá, sempre incentivaram a criatividade dos filhos. O jovem tinha um sonho de
trabalhar na televisão e assim que a TV Ceará foi inaugurada ele se inscreveu e foi
aprovado. Em 1975, na TV TUPI, foi lançado ―Os Trapalhões‖, já com os personagens
Didi, Dedé, Mussum e Zacarias. Essa união trouxe frutos imensos, incontáveis, sendo
Renato Aragão um grande humorista. Seus programas sempre deram índices muito
altos. Eles se transformaram nos ídolos das crianças, jovens e adultos. Fizeram muitos
filmes e todos de sucesso. Hoje, Renato Aragão faz o programa ―A Turma do Didi‖, na
Rede Globo de Televisão. Ele é também Embaixador da Unicef no Brasil, um
verdadeiro representante da alegria simples e genuína das crianças brasileiras. O nome
que Renato Aragão criou para seu personagem é Didi Mocó Sonrisépio Colesterol
Novalgino Mufumo, mais conhecido simplesmente por Didi.

http://biografia.netsaber.com.br/ver_biografia_c_4614.html

CARTAZ: É um suporte, normalmente em papel, escrito ou impresso, afixado de forma


que seja visível em locais públicos, com aviso ou anúncio, que se apresenta ao público
para chamar a atenção sobre uma informação ou um produto, promovendo um produto,
um serviço ou um evento.
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CONTO: Narrativa completa e curta, com temática comum à vida das pessoas.

A verdade e a mentira

A verdade marcou um encontro com a mentira. A verdade chegou na hora,


pontual e certa. A mentira chegou atrasada, e se justificou: ―Minhas pernas são curtas e
bambas. Mas não conte a ninguém". A verdade nada disse. Apenas sorriu. A mentira
prosseguiu: ―O que você quer de mim? Eu sou bonita, você é feia, eu sou jovem, você é
velha, eu sou extrovertida, você é tímida, eu sou agradável, você, desagradável, eu sou,
enfim, aquilo que as pessoas querem. Posso ser qualquer coisa, estar em qualquer lugar,
posso fazer tudo o que quero, e, francamente, não vejo o porquê de estar aqui, nesse
momento, perdendo o meu tempo com alguém que não é bem-aceita em todos os
lugares. O que você quer de mim, afinal?‖, disse a mentira com uma voz ligeiramente
esganiçada. A verdade, com voz límpida e cristalina, respondeu apenas: ―Quero lhe
dizer que, apesar da sua beleza e formosura, eles querem a mim. As pessoas buscam a
mim, mesmo quando encontram você‖. Na hora de ir embora, sempre apressada, a
mentira botou o casaco da verdade e saiu correndo. A verdade, para não passar frio,
botou a roupa da mentira. E todo mundo achou que a verdade era a mentira e a mentira
era a verdade. Mas foi só por um tempo: logo o vento forte soprou revelando as pernas
curtas e bambas da mentira disfarçada.

FRATE, Diléa. Histórias para acordar. São Paulo: companhia das Letrinhas, 1996.
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CONTO INFANTIL: Narrativa completa e curta, com temática infantil, explorando


algo fantástico e/ou mágico.

O patinho realmente feio

Era uma vez uma mamãe pata e um papai pato que tinham sete bebês patinhos.
Seis eram patinhos normais. O sétimo, porém, era um patinho realmente feio.
Todo mundo dizia: ―Mas que bando de patinhos tão bonitinhos... todos, menos
aquele ali. Puxa, mas como ele é feio!‖.
O patinho realmente feio ouvia o que as pessoas diziam, mas nem ligava. Sabia
que um dia iria crescer e provavelmente virar um cisne, muito maior e mais bonito do
que qualquer outra ave do lago.
Bem, só que no fim ele era apenas um patinho realmente feio. E, quando
cresceu, tornou-se apenas um pato grande realmente muito feio. Fim.

SCIESZKA, Jo. O patinho realmente feio e outras histórias malucas. Tradução de Isa Mara
Lando. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997, p. 16.

FÁBULA: Texto que apresenta narrativa completa e curta, com moral marcada, não
necessariamente com personagens animais.

A raposa e as uvas
Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha de lindos cachos
maduros, coisa de fazer vir água à boca. Mas tão altos que nem pulando.
O matreiro bicho torceu o focinho.
- Estão verdes – murmurou. – Uvas verdes, só para cachorro.
E foi-se.
Nisso deu o vento e uma folha caiu.
A raposa, ouvindo o barulhinho, voltou depressa e pôs-se a farejar...

Quem desdenha quer comprar.

(LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Globo, 2008, p. 98.)

A Formiga e a Pomba
Esopo

Uma formiga sedenta chegou à margem do rio, para beber água. Para alcançar a
água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso, escorregou e caiu dentro
da correnteza.
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Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo.


Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, perto da formiga, que
pôde subir nela e flutuar até a margem.
Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se
escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria
perigo, correu até o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede
e a pomba fugiu para um ramo mais alto.
De lá, ela arrulhou para a formiga:
— Obrigada, querida amiga.

Uma boa ação se paga com outra.

(SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: livro de textos do


aluno. Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; seleção
dos textos, Claudia Rosenberg Aratangy. São Paulo : FDE, 2008.)

LENDA: Texto narrativo completo e curto, de tradição oral, combinando fatos reais e
históricos sobre acontecimentos misteriosos e sobrenaturais.

A lenda da vitória
Numa bonita noite uma jovem índia se encantou com o brilho da lua que refletia
no lago. De tão fascinada que ficou com aquela luz mágica, atirou-se nas águas e
desapareceu para sempre.
A lua se comoveu com a admiração da índia e a transformou numa linda flor, a
vitória-régia, que flutua nas superfícies das águas de alguns rios da Amazônia. Essa é
uma flor noturna, abre ao entardecer e se fecha com o raiar do sol.

http://mundinhodacrianca.blogspot.com.br/2009/08/lendas-folcloricas_6496.html

Lobisomem
Diz a lenda que uma família com sete filhos, o mais novo vira lobisomem,
metade homem e metade lobo.
O rapaz, nas noites de lua cheia se transforma em lobo e sai por aí assustando as
pessoas. Quando chega o dia ele volta ser homem novamente.
Para que esta maldição não se concretize é preciso que o filho mais novo seja
batizado pelo irmão mais velho logo quando nascer. Mas se isso não acontecer, somente
uma bala de prata pode acabar com o lobisomem.

http//criancarteira.blogspot.com.br/2011/08/lendas-do-folclore.html
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NOTÍCIA: Texto em que se apresenta qualquer tipo de informação sobre um


acontecimento novo e recente ou que divulgue uma novidade sobre uma situação já
existente, respondendo às perguntas: o quê?, quem?, quando?, onde?, como?, por quê?,
como?

Poodle Lanchinho é encontrado e volta para casa


10 de Março de 2014
Na última sexta-feira (07/03), a Notícia Animal publicou a história do
Lanchinho, um poodle que estava desaparecido desde o dia 28 de fevereiro, na cidade
de Catanduva, interior de São Paulo. Hoje, recebemos a notícia de que ele foi
encontrado no sábado seguinte a publicação da matéria e já está em casa.
Segundo Aline, tutora do filhote, uma pessoa ligou informando ter visto o cão
em uma casa. Aline foi até o local e não teve dúvida, era mesmo Lanchinho. As pessoas
que pegaram o animal informaram que o encontraram próximo ao local de sua fuga e
resolveram levá-lo para sua casa.
Aline levou seu pet imediatamente ao veterinário, já que ele apresentava alguns
ferimentos, mas agora ambos já estão em casa. ―Está tudo bem, estou muito feliz em tê-
lo de volta. Sentia que ia encontrá-lo, já que a procura foi grande. Coloquei os cartazes
por todo o bairro e muitas pessoas me ajudaram através da internet. Agradeço a todos
pela atenção recebida‖, disse Aline.

FONTE: http://www.noticiaanimal.com.br/viewpost.php?idpost=2307

Cão vira herói ao salvar dono de incêndio

Animal levou os bombeiros à casa em chamas

Um cão virou herói ao salvar seu dono de um incêndio no estado americano do


Alasca. O homem ficou preso em uma casa em chamas e não conseguia sair.
Quando o pastor alemão de 5 anos percebeu que ele precisava de ajuda,
percorreu mais de 8 km e encontrou um carro policial. O animal mostrou o caminho até
a propriedade.
Os bombeiros chegaram a tempo graças à coragem do cão que não tinha nenhum
treinamento. O pastor ganhou medalha e osso como recompensa. O dono teve
queimaduras no rosto.

http://entretenimento.r7.com/bichos/noticias/cao-vira-heroi-ao-salvar-dono-de-incendio-
200100424.html.
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POEMA: Texto em verso que exprime sentimento, emoção, sensação, com temática do
cotidiano da criança, podendo ser uma narrativa.

O vizinho do lado

Não suporto o meu pedalando assim a esmo, De embrulho sem


vizinho! não quer nem saber dos barbante,
Imagine que o danado, outros, De bocó e de pateta!
com a cara mais lavada, pois só pensa em si Ah, moleque feio e tolo!
passa pela minha frente mesmo. Pensa que é muito
como se eu não fosse importante
nada. Não suporto o meu só porque tem bicicleta.
vizinho!
Não suporto o meu Se eu pudesse, agora Não suporto o meu
vizinho! mesmo vizinho!
Roda pelo bairro todo, me mudava da cidade, E eu só vou mudar de
sem prestar nem atenção, ou melhor: mudava ele idéia
e se esquece que uma vez pra bem longe, na de uma forma bem
lhe emprestei o meu pião. verdade. completa,
se o danado do vizinho
Não suporto o meu Não suporto o meu me emprestar a bicicleta...
vizinho! vizinho!
É um moleque egoísta, Ele tem cara de bolo,

(BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. 3. ed. São Paulo : Moderna, 2002, p. 10-11)

Bola de gude

A maior bola do mundo Certa bola colorida


É de fogo e se chama sol. Jogar bem eu nunca pude

A bola mais conhecida É de vidro essa bandida


É a de jogar futebol. E se chama-se bola de gude.

(RICARDO AZEVEDO, In: http://www.ricardoazevedo.com.br/cancoes)

Ninho no coração

O passarinho a ele.
caiu do ninho. Vou colocar com cuidado no bolso da
Cortaram a árvore, minha blusa.
pisaram seu ninho, Parece que está com frio,
e o passarinho não tem mais lar. pois pulsa na minha mão.
Não tem mais mãe, não tem mais Quem sabe ele não faz um ninho
nada, não tem ninguém. dentro do meu coração.
Agora só tem a mim, e eu agora tenho

(BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. 3. ed. São Paulo : Moderna, 2002, p. 10-11)
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TIRINHA DE QUADRINHOS: Texto narrativo com informações verbo-visuais, em


forma de história em quadrinhos, resumida numa única tira horizontal ou vertical.

6. Elementos da narrativa nos primeiros anos do Ensino Fundamental


A seguir, encontra-se uma proposta de trabalho com os elementos da narrativa,
ao longo dos primeiros anos do Ensino Fundamental, possibilitando o planejamento
escolar de forma sistematizada para o ensino-aprendizagem do texto narrativo.

Ano escolar Elemento da narrativa a ser trabalhado


Ler e contar histórias, a partir de gêneros textuais diversos.
Trabalhar oralmente três perguntas:
 Quem aparece na história? – Trabalho com a personagem;
Educação  Onde acontece a história? – Trabalho com o lugar e o espaço;
Infantil  O que acontece na história? – Trabalho com as ações.
O objetivo é que o aluno perceba esses elementos em uma narrativa ouvida,
identificando, quando possível, nas ilustrações do texto.
Ler e contar histórias, a partir de gêneros textuais diversos.
Trabalhar oralmente três perguntas:
 Quem aparece na história? – Trabalho com a personagem;
 Onde acontece a história? – Trabalho com o lugar e o espaço;
 O que acontece na história? – Trabalho com as ações.
O objetivo é que o aluno perceba esses elementos em uma narrativa ouvida,
1º Ano identificando, quando possível, nas ilustrações do texto. Ao final do 1º ano, os
alunos devem apresentar essas três informações espontaneamente. Também
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pode iniciar-se o processo de identificação desses elementos diretamente no


texto escrito, a partir da definição de cores:

Personagem principal – VERMELHO


Demais personagens – ROSA
Lugar e espaço – VERDE
Ler e contar histórias, a partir de gêneros textuais diversos.
Trabalhar na identificação e construção escrita dos elementos:
 Personagem principal;
 Características físicas dessa personagem;
 Características físicas do espaço da história;
 Sequência das ações – começo, meio e fim da história.
2º Ano O objetivo é que o aluno reconheça esses elementos no texto lido e passe a
empregá-los na escrita de suas narrativas até o final do ano.
Nas narrativas estudadas, inclusive nas suas produções escritas, o aluno deve
identificar os elementos pela definição de cores:

Personagem principal – VERMELHO


Características físicas da personagem principal – LARANJA
Características físicas do espaço – VERDE
Ler e contar histórias, a partir de gêneros textuais diversos.
Trabalhar na identificação e construção escrita dos elementos:
 Narrador;
 Personagem principal/protagonista;
 Personagem secundária/antagonista;
 Características das personagens principal e secundária;
 Espaço – marcas linguísticas;
3º Ano  Tempo – marcas linguísticas;
O objetivo é que o aluno reconheça esses elementos no texto lido, além
daqueles já desenvolvidos nos dois primeiros anos, passando a empregá-los na
escrita de suas narrativas, identificando-os também.
Nas narrativas estudadas, inclusive nas suas produções escritas, o aluno deve
identificar os elementos pela definição de cores:

Personagem principal – VERMELHO


Características da personagem principal – LARANJA
Personagem secundária – ROSA
Características da personagem secundária - AZUL
Marcas linguísticas do tempo – VERDE
Marcas linguísticas do espaço – VERDE
Ler e contar histórias, a partir de gêneros textuais diversos.
Considerando-se o desenvolvimento dos elementos nos anos anteriores,
trabalhar na identificação e construção escrita de:
 Desenvolvimento do conflito;
 Ações principais;
 Desfecho – conclusão da história;
 Introdução de diálogos, com uso de travessão.
O objetivo é que o aluno reconheça esses elementos no texto lido, além
4º Ano daqueles já desenvolvidos nos anos anteriores, e passe a empregá-los na escrita
de suas narrativas.
Nas narrativas estudadas, inclusive nas suas produções escritas, o aluno deve
identificar os elementos pela definição de cores:

Personagem principal – VERMELHO


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Características da personagem principal – LARANJA


Personagem secundária – ROSA
Características da personagem secundária - AZUL
Marcas do tempo e do espaço - VERDE
Conflito e resolução - ROXO
Conclusão da história - AMARELO
Ler e contar histórias, a partir de gêneros textuais diversos.
Trabalhar na identificação e construção escrita dos elementos:
 Desenvolvimento do conflito;
 Resolução do conflito;
 Ações principais;
 Desfecho – conclusão da história;
 Introdução de diálogos, com uso de travessão.
O objetivo é que o aluno reconheça esses elementos no texto lido, além
daqueles já desenvolvidos nos anos anteriores, e passe a empregá-los na escrita
de suas narrativas.
Nas narrativas estudadas, inclusive nas suas produções escritas, o aluno deve
5º Ano identificar os elementos pela definição de cores:

Personagem principal – VERMELHO


Características da personagem principal – LARANJA
Personagem secundária – ROSA
Características da personagem secundária - AZUL
Marcas do tempo e do espaço - VERDE
Conflito e resolução - ROXO
Conclusão da história – AMARELO.

Ao final do 5º ano, o aluno deve conseguir identificar todos os elementos da


narrativa (narrador, personagens, espaço, tempo, ações) em gêneros textuais
diversos que tenham características da narrativa, como aqueles propostos pelos
documentos oficiais brasileiros (item 1.). Além disso, o aluno também deve
construir e identificar esses elementos em suas produções escritas.

Referências
CONDEMARÍN, M.; GALDAMES, V.; MEDINA, A. Oficina de linguagem: módulos para
desenvolve a linguagem oral e escrita. Trad. Marylene Pinto Michael. São Paulo: Moderna,
1997.
GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 1998.
FIORIN, J. L. & SAVIOLI, F. P. Para entender o texto. 13. ed. São Paulo: Ática, 1997.
FLORES, L. L.; OLÍMPIO, L. M. N.; CANCELIER, N. L. Redação: o texto técnico/científico e
o texto literário. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1992.
NASPOLINI, A. T. Didática de português: tijolo por tijolo: leitura e produção escrita. São
Paulo: FTD, 1996.
SERAFINI, M. T. Como escrever textos. 9. ed. Trad. Maria Augusta Bastos de Mattos. São
Paulo: Globo, 1998.
SIQUEIRA, J. S. Organização textual da narrativa. São Paulo: Selinunte, 1992.

(Nota de esclarecimento: A reprodução parcial ou total deste texto é condicionada à aprovação por escrito
do seu autor.)

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