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Direito Comercial I

MATÉRIA: Dos comerciantes (firmas)

DESCRIÇÃO: Casos práticos

Caso 1

Joaquim Alves das Neves, emigrante recém chegado de França, que tem estado a levar a
cabo diligências no sentido de montar uma empresa de catering e de entrega de refeições
ao domicílio no distrito de Coimbra, consulta-a(o) para saber:
(a) Se tem de adoptar uma firma;
Sim se já for comerciante art. 18º - demonstrar, depende da extensão das diligências
(b) Se pode adoptar como firma “Joaquim das Neves”, atendendo a que Joaquim Ferreira
das Neves, dono de um restaurante em Coimbra, já registou como firma o seu nome
próprio abreviado;
Sim 38º 1. E princípio da exclusividade? Art. 38º4 a contrario. Então protecção 72º2 CCiv.
ou 317º 1 a) concorrência desleal
(c) Se tem alguma vantagem em escolher uma firma diferente.
Uso exclusivo se incluir outro tipo de expressões

Caso 2

Deverá o RNPC emitir certificado de admissibilidade de firma ou denominação:


(a) “Associação dos Tecidos e Lanifícios de Braga”, pedido por uma sociedade anónima
cujo objecto consiste na exploração de indústria têxtil;
275º CSC falta aditamento * princípio da verdade 32º1 32º4 a) RNPC e 10º5 CSC
(b) “Fulgor do Acaso, S.A.”, pedido por uma sociedade anónima que tem por objecto a
produção de cabos de aço;
DL 125/2006 e 111/2005 eliminada parte final do art. 10º 3 CSC
(c) “Mescla De Perfumes, Aromoterapia, Lda” pedido por uma sociedade por quotas que
tem por objecto o tratamento de resíduos.
32º1 32º2 RNPC 10º1 200º CSC

Caso 3

Pronuncie-se quanto à susceptibilidade de confusão das seguintes firmas:


(a) "Exclusimóvel-Sociedade de Mediação Imobiliária, Ldª" e "Exclusivo - Sociedade de
Mediação Imobiliária, S. A." (RL 23-10-2001; www.dgsi.pt)
Direito Comercial I

(b) "Altis-Sociedade de Empreendimentos Turísticos e Hoteleiros, SA" e "Altis - Viagens e


Turismo e Ldª" (STJ 10-10-2002; www.dgsi.pt);
(c) “Sitel - Sociedade Instaladora de Tubagens e Equipamentos, Lda” e Sitel Portugal
Teleserviços - Serviços Telefónicos, SA” - (STJ 21-06-2001; www.dgsi.pt).
PRINCÍPIO NOVIDADE – EXCLUSIVIDADE ART. 33º 1 E 2

ATENDER: grafia palavras * efeito fonético expressões * núcleo caracterizador ou coração


* firma oficiosa (abreviada) geralmente sigla
PÚBLICO MÉDIO (ou às vezes mais que isso)
dada a semelhança: OU confunde firmas (toma um comerciante por outro) OU supõe
ligações inexistentes entre eles
TENSÃO COM PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE?

não: peso função de identificação (confusão fornecedores financiadores * descaminhos *


reputação)
sim: peso da função de colector de clientela
diferenciação do princípio da capacidade distintiva 33º 3

Caso 5

Nuno pretende comprar por bom preço a Olavo, dono de um conhecido café, a sua firma
«Olavo Santos, Cafetaria». Olavo, a quem o dinheiro faz falta para remodelar as
instalações, está inclinado a aceitar a proposta. Como o aconselharia?

Natureza do direito sobre a firma


Regime do art. 44º: além dos outros dois requisitos, tem de ser transmitida junto com o
estabelecimento

MATÉRIA: Dos comerciantes (responsabilidade por dívidas)

DESCRIÇÃO: Casos práticos

Caso 6

Luís, proprietário de uma farmácia e casado com Manuela em regime de comunhão de


adquiridos, aceitou uma letra sacada pela sociedade de locação financeira X, para garantir
o pagamento das rendas relativas ao leasing de um automóvel. Poderá a sociedade
responsabilizar também Manuela pelo pagamento da letra?
Direito Comercial I

O credor pretende aplicação art. 1691º1 d CCiv. dívida da responsabilidade de ambos


mesmo contraída só por um
Para aplicar 1695º 1 respondem bens comuns e subsidiariamente bens próprios
Recorrendo ao art. 15º basta provar 2 coisas fáceis (comerciante + acto de comércio)
Que pode fazer Manuela?
- ilidir presunção art. 15º (nada a ver com farmácia)
- demonstrar ausência de proveito comum (difícil)
- quanto regime de bens, nada a fazer...

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