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30/05/17

Corpos extrusivos Forma, Alojamento,


Derrames basálticos
Depósitos piroclásticos Estruturação e
Corpos intrusivos
Ambiente de
Petrologia Diques e Sills
Diques anelares
Lacólitos Colocação de
Lopólitos
Corpos
Ígnea
Diatremas
Stocks
Batólitos

Modelos para Ascensão e Colocação de Magmas


Forma, Alojamento, Estruturação e Stoping
Diapirismo
Ambiente de Colocação de Corpos Baloneamento (ballooning)
Diques
Fatores que controlam a geometria das intrusões (Castro 1986; Petford et al. 1993;
Rubin 1995; Petford 1996; Paterson
PROF. DAVIS OLIVEIRA & Vernon 1995; Weinber 1996)

INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
• Rocha Ígnea – São rochas formadas pelo resfriamento
e solidificação do magma
• Identificar e reconhecer formas e estruturas magmáticas

• Diferenciar estruturas Intrusivas de Extrusivas


• Rochas ígneas intrusivas – resfriamento e consolidação
• Entender como as formas e estruturas das rochas ígneas são formadas
do magma no interior da crosta terrestre.
Resfriamento com textura fanerítica

• Rochas ígneas extrusivas – resfriadas e consolidadas


na superfície da crosta terrestre. Resfriamento rápido
com textura fina e/ou afanítica

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Andesite
Granite Rhyolite Diorite

1 – Corpos Extrusivos:

1.1 – Derrames basálticos (flood basalts)


= LIPs (Large Igneous Provinces)

• Atingem a superfície através de fissuras profundas

• Tipo mais volumoso de rocha extrusiva.

Exemplos:

• Oeste da Índia = ~ 500.000 km2 (espessura média de 600 m)

• Columbia River basalts (W EUA) = 200.000 km2 (até 1500 m espessura)

• Snake River Plain (SE EUA) = 50.000 km2

• Basaltos Terciários da Província de Thulean = NE da Irlanda, Escócia, Islândia e


Groenlândia

Gabbro Basalt • Basaltos da Bacia do Paraná

• Basaltos de cadeias Meso-Oceânicas (MORB)

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Corpos Extrusivos Corpos Extrusivos


• Derrames Basálticos (flood basalts)
• Depósitos Piroclásticos
Atividade explosiva associadas com
magmas altamente viscosos
üAtingem a superfície através de Expansão de bolhas de gases
fissuras profundas
üTipo mais volumoso de rocha
extrusiva Fluxo piroclásticos
Exemplos: üIgnimbritos (“Igni”- fogo; “imbri” - chuva
magmatismo félsico)– Fluxo com alta
Basaltos da Bacia do Paraná velocidade, percorre grande distâncias
MORB (fragmentos bem selecionados, grande
quantidade de cinzas, material fino)
üBrecha (magmatismo félsico e máfico)–
Fluxo com baixa velocidade, percorre
pequenas distâncias (fragmentos mal
selecionados, grande quantidade de blocos e
bombas angulosas)

Nível Crustal Raso


Corpos Intrusivos Diques (dikes)
üSubverticais
Nível Crustal Raso üCortam as estruturas da rocha encaixante
üDiscordantes
üOcorrem como corpos isolados ou como
enxames de diques provindos de um grande
corpo intrusivo em profundidade.
Nível Crustal Médio a Alto

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Nível Crustal Raso


Mapa de Diques Anelares
Diques Anelares (Ring Dikes) Formação de Diques Anelares
a – subida do pluton
provocando fraturas;
b – blocos cilíndricos caem
dentro do magma menos
denso, resultando em dique
anelares;
c – visão de um dique anelar, Island of Mull, Scotland. After
após erosão do nível X-Y em b. Bailey et al. (1924), Tertiary and
(a), (b), and (d) after Billings (1972), Structural Geology. Prentice- post-tertiary geology of Mull,
Hall, Inc. (c) after Compton (1985), Geology in the Field. © Wiley.
New York. Loch Aline and Oban. Geol.
Surv. Scot. Mull Memoir.
Copyright British Geological
Survey.

CRATON AMAZÔNICO Nível Crustal Raso

Soleiras (Sills)
GRANITO
REDENÇÃO ü< 50m de espessura
üParalelos às estruturas das rochas
hospedeiras
üConcordantes

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Nível Crustal Raso Nível Crustal Raso Evolução esquemática de uma Caldeira de Subsidência
(Smith & Bailey 1968)
Lacólitos (Laccolith) Lopólitos (Lapolith) Caldeiras de subsidência
Intrusões concordantes (forma de cogumelo) Intrusões concordantes (forma de taça) üQuando o magma é colocado
Profundidade: 2-3 km Formados por magmas basálticos próximo à superfície, como acontece
em muitas regiões vulcânicas,
Soerguimento e dobramento das rochas Bushvelt 66.000 Km2 – Complexos Máfico- grandes blocos crustais com formas
acima da intrusão Ultramáficos Acamadados cilíndricas podem ruir e afundar
dentro da câmara magmática,
produzindo uma caldeira.

a – Formação de erupções e
desenvolvimento de fraturas
anelares.
b – Subsidência, colapso da
caldeira e colocação de diques
anelares.
c - Erosão

Prováveis caldeiras, Província Aurífera do Tapajós


Evolução esquemática de uma caldeira de subsidência

Juliani et al . 2005

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Nível Médio a Alto Nível Médio a Alto

Diatrema (Necks, Pipes) Stock Batólito (Batolith)


Diatrema: Condutos vulcânicos do tipo Corpo plutônico com área < 50 km2 Corpo plutônico com extensão > 100 km2
chaminé preenchida com detritos
vulcanoclásticos. Diatremas são somente Fortemente discordantes Extende-se a grandes profundidades
expostas na superfície por erosão, e portanto, Forma circular e elíptica com contatos Epizonais, Mesozonais, Catazonais
são geralmente somente encontradas em verticais
sucessões vulcânicas antigas. Elas podem ser
muito importantes economicamente.
Plutons
üForma de funil
üKimberlito Corpo plutônico com área 50 - 100 km2
üFragmentos de rocha mantélica e rochas Fortemente discordantes
crustais Forma circular e elíptica com contatos
üRápida ascensão verticais

üTransporte turbulento

Profundidade de Cristalização
Plutons de Epizona (1-6 km) Feições de plutons colocados em epizona (1-6 km)
üDiscordantes com as encaixantes;
Características gerais de plutons na epizona,
üPlutons de composição heterogênea com uma mesozona e catazona (Buddington 1959, Geol. Soc.
série de colocações sucessivas;
Amer. Bull., 70, 671-747).
üPlutons isotrópicos, sem lineação e foliação, com
excessão na borda;
üBordas de resfriamento e cavidades miarolíticas
üEnclaves angulosos sugerindo alto contraste de
temperatura e viscosidade entre o pluton e as suas
encaixantes;
üAuréolas de metamorfismo de contato;

Plutons de Mesazona (6-12 km)


üEstrutura planar, principalmente na zona de borda,
é subvertical, sugerindo um fluxo ascendente de
magma;
üAuréolas de metamorfismo de contato;
üAusência de borda resfriamento;

Plutons de Catazona (>12 km)


üColocação em rochas a T > 450C, facies anfibolito
ou maior;
üFoliação bem desenvolvida;
üSão domos, camadas concordantes e sintectônicos;
üEnclaves discóides sugerindo baixo contraste de
temperatura e viscosidade entre o pluton e as suas
encaixantes;
üOcorrências de migmatização

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Feições de plutons colocados em epizona (1-6 km) Feições de plutons colocados em epizona (1-6 km)

Feições de plutons colocados em Catazona (>12 km)


Feições de plutons colocados em Catazona (>12 km)

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Feições de plutons colocados em Catazona (>12 km) Feições de plutons colocados em Catazona (>12 km)

Pluton
Anfibolito granítico

Feições de plutons colocados em Catazona (>12 km)


Bloco Diagrama Esquemático Com Alguns Corpos Intrusivos

Granulito

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COLOCAÇÃO DE CORPOS GRANITÓIDES

O problema de espaço na colocação de Granitos

• Grandes quantidades de granitos ocupam a crosta da Terra.


• Como esses granitos criaram esse espaço?

Teoria da Granitização ou Transformista:

Modelos para Ascensão e Colocação de Magmas • corpos graníticos seriam formados “in situ”, por transformação
metassomática de rochas crustais preexistentes.
• As rochas encaixantes seriam simplesmente substituídas por granitos.
• Assim o problema do espaço estaria resolvido.

Porém:
• Granitos podem desenvolver auréolas metamórficas na encaixante:
• Estariam, portanto, em desacordo termal com essas rochas.

• Isto é, teriam se deslocado de algum lugar: Alóctones ou Intrusivos

Visão Atual de Granitos:


• Dentre os mecanismos clássicos de colocação de corpos magmáticos,
• Formam-se numa região fonte associada com algum processo de fusão;
Caldeiras de Subsidência e Stoping são bem aceitos. Diapirismo e
• A fusão é segregada do resíduo não fundido (“restito”);
Baloneamento (ballooning) são mais criticados.
• A fusão pode se acumular dentro de uma câmara magmática e ascender

posteriormente através da crosta para um local final de colocação


• Outro mecanismo alternativo é a ascensão através de Diques, como no caso
(cristalização).
de magmas basálticos.
• A grande maioria dos granitos é alóctone, ou seja, colocado em locais

distintos de sua região fonte.


• Em termos de modelos, acredita-se que magmas graníticos podem se
• Existe, portanto, um “problema de espaço” a ser resolvido.
colocar de diferentes maneiras. Tal fato reflete a complexidade do processo e

os controles ainda são não totalmente compreendidos.

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STOPING STOPING

ü Invasão do magma ao longo das fraturas da


rocha encaixante (ampliação do stress);
ü Blocos da rocha encaixante envoltos pelo
magma, e posterior subsidência dos mesmos
dentro da câmara magmática;
üAscensão do magma ocupando os espaços
vazios deixados pelos xenólitos;

(Grout 1945, Ramberg 1967, 1970)


DIAPIRISMO: • Diápiro = cortar, penetrar. Processo físico envolvendo a subida de
corpos fluidos de baixa densidade situados num meio fluido de maior
DIÁPIROS:

densidade. ü Corpos fluídos de baixa densidade colocados em um meio fluído de


maior densidade ascendem com formas subesféricas;

Raefsky 1985

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DIÁPIROS: DIÁPIROS:
• Processo concebido inicialmente a partir de domos salinos (Mrazec 1927).
O descrédito:
• O diapirismo passou a ser desacreditado como mecanismo de transporte
• Origem de plutons volumosos com formas elípticas e padrões concêntricos de
porque parece incapaz de conduzir magmas félsicos para níveis crustais rasos
foliação.
(< 10 km).

A crontrovérsia:
• A litosfera é muito fria para permitir que um magma diapírico ascenda a
• A crosta continental é muito viscosa e fria para permitir a subida rápida de
níveis crustais rasos.
diápiros, fazendo-os congelar após curtos deslocamentos (Marsh 1982, Morris
1982, Mahon et al. 1988).
• O diapirismo estaria confinado a litosfera inferior e astenosfera, onde as
• Para ser eficiente, o diapirismo requer uma crosta anomalamente quente ou
rochas estão mais quentes e dúcteis ( Marsch 1982, Castro 1987).
vários diápiros aquecendo o percurso através da crosta.

• Estudos recentes mostram que diques são capazes de transportar magmas


félsicos com eficiência através da crosta (Weinberg 1996).

DIAPIRISMO Diápiro x Stoping


Pluton Ardara (Paterson & Vernon 1995)
üIntrusões de forma circular com
paredes verticais;
üIntrusão forçada que deforma
fortemente as rochas encaixantes;
üNão apresentam foliação em sua
porção central;
üTorna-se mais foliado em direção ao
contato com rocha encaixante;
üA foliação e os enclaves são
paralelos ao contato do corpo;
üA rocha encaixante é extremamente
deformada paralelamente à intrusão.
Bromley and Holl 1986

Típico dos níveis dúcteis da


crosta terrestre

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Baloneamento (Ballooning; expansão


da câmara magmática)
Baloneamento (Ballooning;
Pluton Cannibal Creek (Paterson & Vernon 1995)
expansão da câmara magmática) üExpansão in situ, no local de
colocação;
üIntrusão forçada que deforma
fortemente as rochas encaixantes;
üFoliação distribuída esfericamente,
indicando que o corpo se expandiu em
todas as direções;
üTorna-se mais foliado em direção ao
contato com rocha encaixante;
üA foliação e os enclaves tendem a
serem paralelos ao contato do corpo;
üA rocha encaixante é extremamente
deformada paralelamente à intrusão e
com as estruturas rotacionadas.

Efeitos de intrusões nas rochas encaixantes

Diques Graníticos
Alternativa para ascensão de magma
granítico em uma crosta rígida

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Colocação Associada com Estruturas Tectônicas (Zonas de


falha e cisalhamento)
Fatores Controladores da Geometria das
Zonas de Cisalhamento
Intrusões
Falhas Normais
üViscosidade do Magma
üComportamento da Rocha Encaixante
üContraste de Viscosidade entre a Rocha
Encaixante e o Magma
üConteúdo de H2O e CO2 no Magma

Bromley and Holl 1986


Bromley and Holl 1986

Geological Map of the Rio Maria Granite-Greenstone Terrane


(modified from Almeida (2005)

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Field Relationships q Perspective views of the Redenção and Bannach plutons

Redenção Granite Jamon Granite

Angular xenoliths
high viscosity contrast

Musa Granite Bannach Granite


a

Gr. Musa
GDrm

• Cavidades miarolíticas
Ø Estrutura de vesiculação comum em
rocha ígnea encaixada em níveis rasos da
crosta, principalmente em cúpolas (ricas
em voláteis) de intrusões graníticas

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