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Geologia e Solo

TIPOS DE CIENCIAS RELACIONADAS


AO SOLO
• Geotecnia é a aplicação de métodos científicos e princípios de
engenharia para a aquisição, interpretação e uso do conhecimento
dos materiais da crosta terrestre e materiais terrestres para a solução
de problemas de engenharia. Abrange as áreas de mecânica dos solos
e mecânica das rochas, e muitos dos aspectos de engenharia da
geologia, geofísica, hidrologia e ciências afins.
TIPOS DE CIÊNCIAS RELACIONADAS AO
SOLO
SISTEMA E SUBSISTEMA
• Podemos examinar a Terra do mesmo modo como examinamos um
automóvel – isto é, como um sistema de componentes interligados,
que interagem e afetam uns aos outros de muitas maneiras.
• Os principais subsistemas da Terra são a atmosfera, a biosfera, a
hidrosfera, a litosfera, o manto e o núcleo (Figura 1.1).
• As complexas interações entre esses subsistemas resultam em um
planeta que muda dinamicamente, no qual matéria e energia são
continua‐ mente recicladas em diferentes formas.
Núcleo
• O núcleo tem densidade de 10 a 13
gramas por centímetro cubico
(g/cm3) e ocupa cerca de 16% do
volume total da Terra. Os dados
sísmicos (terremotos) indicam que o
núcleo é constituído por uma região
interna peque‐ na e sólida, e uma
porção exterior maior,
aparentemente líquida. Acredita‐se
que essas regiões consistam, princi‐
palmente, de ferro e níquel,
subordinado.
Manto
• O manto envolve o núcleo e
compreende aproximadamente, 83%
do volume da Terra.
• É menos denso que o núcleo (3,3 a 5,7
g/cm3) e constituído, principalmente,
por peridotito, uma rocha ígnea escura,
densa, que contém ferro e magnésio
em abundância.
Manto
Com base nas características
físicas, o manto é dividido em
três zonas distintas:
inferior,
astenosfera e
superior
• A astenosfera ENVOLVE O MANTO INFERIOR. Ela tem a mesma
composição que o manto inferior, mas é maleável e flui
lentamente.

• A fusão parcial dentro da astenosfera gera o magma (material


fundido) e uma parte dele sobe à superfície, porque é menos
denso do que a rocha da qual foi derivado.

• O manto superior é sólido e envolve a astenosfera.

• O manto superior e a crosta sobrejacente constituem a litosfera,


que é dividida em inúmeras peças individuais chamadas placas.
FALTA A CROSTA
Descontinuidade sísmica de Mohorovičić
• O limite identificado por Mohorovičić
separa a crosta do manto e agora é
chamado de descontinuidade de
Mohorovičić ou simplesmente Moho.
Ele está presente em todos os lugares,
exceto sob dorsais de espalhamento.
No entanto, a sua profundidade varia:
debaixo dos continentes, de 20 km a
90 km, com uma média de 35 km; e
abaixo do fundo do mar, tem de 5 km
a 10 km de profundidade
TIPOS DE ROCHAS  Rochas ígneas ou
magmáticas
• As rochas ígneas surgem quando o magma se cristaliza, ou quando ejeções vulcânicas
(materiais piroclásticos, como cinzas), acumulam e consolidam.

• Conforme o magma esfria, os minerais se cristalizam e a rocha resultante é caracterizada


pelo encaixe dos minerais numa textura que chamamos de ígnea (ou magmática) ou
fragmentária (quando se trata de materiais piroclásticos).

• O magma que resfria lentamente no interior da crosta produz rochas ígneas intrusivas
(Figura 1.15a);

• As rochas ígneas são formadas exclusivamente pela consolidação do magma. Alguns


exemplos de rochas magmáticas são: granito, sienito, basalto, gabro, riolito, diabásio, etc;
TIPOS DE ROCHAS  Rochas ígneas ou
magmáticas
• O magma que resfria na superfície produz rochas ígneas extrusivas
(Figura 1.15b).

• A textura das primeiras é fanerítica (cristais visíveis a olho nu) e a


texturas das segundas é afanítica (cristais não visíveis a olho nu).
TIPOS DE ROCHAS  Rochas ígneas ou magmáticas

extrusiva
Rochas sedimentares
• Rochas expostas na superfície terrestre são fragmentadas em
partículas e dissolvidas por diferentes processos de intemperismo.

• As partículas e os materiais dissolvidos podem ser transportados


pelo vento, pela água ou gelo e, finalmente, depositados como
sedimento.

• Esse sedimento, compactado e/ou cimentado (litificado) se


transforma em rochas sedimentares.
COMO PODE VIR NA PROVA O CICLO SEDIMENTAR

Rochas sedimentares são formadas através do ciclo sedimentar, a partir


de outras rochas

intemperismo  transporte  deposição (sedimento)  litificação


A CESPE CONSIDEROU:

intemperismo  transporte  EROSÃO SEDIMENTAÇÃO (Não


considerou a litificação (compactação) e considerou o transporte + erosão
Rochas sedimentares

• As rochas sedimentares são formadas através do ciclo sedimentar


(intemperismo, transporte, deposição e litificação), a partir de outras
rochas.

• Exemplos de rochas sedimentares são: conglomerado, brecha,


arenitos, siltitos, argilitos, folhelhos, varvitos, calcários, dolomitos,
evaporitos, carvões, etc.
Rochas sedimentares
Rochas metamórficas

• As rochas metamórficas resultam da transformação de rochas preexistentes, sob o efeito de


calor, pressão e atividade química de fluidos.

• Por exemplo, o mármore – uma rocha bastante utilizada por escultores e construtores – é uma
rocha metamórfica produzida quando os agentes de metamorfismo são aplicados a rochas
sedimentares ‐ calcário ou dolomito.

• As rochas metamórficas são foliadas (Figura 1.15e) ou não foliadas (Figura 1.15f). A foliação
alinhamento paralelo de minerais devido à pressão – configura camadas ou bandas
mineralogicamente distintas à rocha metamórfica. O gnaisse é bom exemplo deste processo
IMPORTANTE  Séries da reação de
Bowen
• Durante a década de 1900, N. L. Bowen já sabia que os minerais se cristalizam em uma
sequência previsível no magma em resfriamento.

• Com base em suas observações e nos experimentos de laboratório, Bowen propôs um


mecanismo, agora chamado de série de reações de Bowen, para explicar a origem dos magmas
intermediários e félsicos, a partir de um magma máfico.

• A série de reações de Bowen consiste em duas ramificações: uma série descontínua e uma série
contínua (Figura 4.3). À medida que a temperatura do magma diminui, os minerais cristalizam
simultaneamente ao longo dos ramos, mas, por conveniência, iremos discuti‐los separadamente
IMPORTANTE  Séries da reação de
Bowen
• Na série descontínua, que contém apenas silicatos ferromagnesianos,
um mineral muda para outro em intervalos de temperatura
específicos (Figura 4.3).

• Série continua  Os plagioclásios (silicatos não ferro‐ magnesianos)


são os únicos minerais na ramificação contínua da série de reações de
Bowen
DEFINIÇÃO DE SOLO
• Os solos são materiais que resultam do intemperismo ou
meteorização das rochas*, por desintegração mecânica ou
decomposição química
FORMAÇÃO DO SOLO
REGOLITO

SAPRÓLITO SOLUM
M.O Atividade
microbiológica
Camada logo acima da Que se subdivide em
rocha, contendo camadas, chamadas
Saprólito
Inserido
material inconsolidado horizontes (em geral, O, na parte
da rocha intemperizada A, E e B). inferior Rocha
do solum mãe
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DO SOLO
ADIÇÃO

TRANSFORMAÇÃO
GERAIS OU BÁSICOS
REMOÇÃO
PROCESSOS DE FORMAÇÃO
DO SOLO (PROCESSO TRANSLOCAÇÃO
PEDOGÊNICOS)

ESPECÍFICOS São processos que


envolvem
• Há ainda modelos mais específicos em relação aos processos de
formação de solo (pedogênese).
• No total, há 10 diferentes processos específicos que integram alguns
dos processos gerais que você viu anteriormente. Assim, no processo
conhecido por ferralitização, há substituição de sílica por óxidos de
ferro e alumínio, o que é bastante comum em solos intemperizados
nacionais. Esse processo engloba remoção, transformação e
translocação, exemplificando que esses mecanismos atuam em
conjunto e não separadamente (KAMPF; CURI, 2012). O Quadro 1 e a
Figura 2 apresentam diagramas para que você compreenda melhor
esses processos específicos
EXEMPLO
PERFIL DO SOLO
INTEMPERISMO E
EROSÃO DO SOLO
FATORES de AGENTES de
formação formação
Condições de Processos de intemperismos (químico,
formação físico e biológico)

A ação conjunta desses fatores de


formação leva à atuação de PROCESSOS
GERAIS OU BÁSICOS e ESPECÍFICOS DE
FORMAÇÃO
FÍSICO Para o processo de
formação do solo,
grande parte dos
INTEPERISMO autores consideram
o intemperismo
QUÍMICO físico e químico

Intemperismo ou meteorização é a
ALTERAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA das
rochas e dos minerais que as
compõem.
Intemperismo
• O intemperismo, também conhecido como meteorização, é o nome
atribuído ao processo de transformação e desgaste das rochas e dos solos.
Essa transformação pode ocorrer por processos químicos (decomposição),
físicos (desagregação) e biológicos.
• Sua dinâmica  Intemperismo acontece por meio da ação dos chamados
agentes exógenos ou externos de transformação de relevo, como a água, o
vento, a temperatura e os próprios seres vivos.
• O intemperismo é o processo de transformação físico-química das rochas.
Já a erosão se refere ao desgaste e à fragmentação das rochas produzidos
por algum agente externo, feitos principalmente pela água. Logo, os dois
fenômenos ocorrem concomitantemente e estão diretamente relacionados,
contribuindo para a transformação do relevo e das rochas e do meio
ambiente como um todo.
Intemperismo
• Branco (2014) ressalta que a ação do intemperismo dá-se por meio de
modificações nas propriedades físicas e químicas dos minerais e
rochas (as rochas têm maior interferência do intemperismo) e
biológicas (com menor grau de interferência);
• Intemperismo, também conhecido como meteorização, é o conjunto
de fenômenos físicos, químicos e biológicos que levam à degradação
e ao enfraquecimento das rochas. Essa decomposição se dá por
agentes físicos e químicos, denominados agentes de intemperismo.
Intemperismo químico  àgua e CO2

• Químico: no intemperismo, por causa dos agentes químicos, ocorre a


decomposição dos minerais das rochas a partir da ação das reações
químicas. São vários os fatores, e um deles é a ação da água da chuva
carregada de elementos atmosféricos, como CO2, que ataca os minerais
da rocha em sua superfície exposta e em suas fraturas, provocando o
esfacelamento em blocos, pelo aumento de volume da água ao formar o
gelo e os decompõe dando origem a novos minerais.
• Hidratação: incorporação de água à estrutura mineral, formando um novo
mineral.
• Dissolução: mistura até que o mineral seja dissolvido completamente por
ácidos.
• Hidrólise: as rochas, constituídas basicamente por silicatos, quando entram
em contato com a água, sofrem hidrólise, quebra de uma molécula devido à
água, resultando em uma solução alcalina (solução capaz de neutralizar
ácidos).
• Acidólise: semelhante à hidrólise, entretanto um ácido tem a função da
água, ou seja, a quebra de uma molécula devido ao ácido. A reação de
decomposição de minerais que ocorre em ambientes de clima frio, onde a
decomposição da matéria orgânica é incompleta, formando ácidos orgânicos
que diminuem muito o pH das águas, com- plexando e solubilizando o ferro
(Fe) e o alumínio (Al).
É um processo natural e gradativo de É o conjunto de fenômenos físicos,
DESLOCAMENTO DO SOLO ou das químicos e biológicos que provocam a
rochas da superfície. alteração das rochas e seus minerais

TIPOS DE INTEMPERISMO
EROSÃO

Erosão geológica Erosão acelerada

São causados por fenômenos


Ocorre sob condições de
naturais que envolve um
interferências do homem, ocorrendo
processo lento e gradativo
em um curto período de tempo
Mais comuns de acontecer (agentes físicos)

Ventos Os agentes de erosão


fornecem a energia para os
Quanto aos processos de desagregação e
Água
agentes atuantes transporte dos sedimentos
ou erosivos Gelo erodidos, como vimos
anteriormente, os mais
Temperatura importantes
agentes de erosão são: a água
Ação Biológica e o vento.
Quanto a sua
EROSÃO intensidade superficial
CLASSIFICAÇÃO DA
EROSÃO DE
subterrânea
ACORDO COM:
laminar
Quanto a sua sulcos
velocidade voçorocas
Acelerada
Geológica
INTEPERISMO FÍSICO
• Desagregação (desintegração) de rochas ou sedimentos SEM
ALTERAÇÃO QUÍMICA dos componentes (isso resulta em
consequente aumento da superfície de contato dos fragmentos,
possibilitando e acelerando o intemperismo químico posteriormente)
INTEPERISMO QUÍMICO
Classificação dos Solos
Levando em conta a grande variedade de tipos e comportamentos apresentados pelos
solos, e suas diversas aplicações, tornou-se inevitável dividi-los em conjuntos. Esse
agrupamento em conjuntos tem como objetivo, do ponto de vista pratico, separar a partir
de suas características comuns, prevendo um provável comportamento do solo.
Entretanto, não existe um consenso sobre um sistema único de classificação de solos
definitivo, mesmo sendo imprescindível a existência de uma classificação para que
possamos passar o conhecimento e realizar um estudo geotécnico. Assim, as classificações
dos solos mais utilizadas são:
1) Classificação segundo sua formação: são divididos em dois grandes grupos de solos de
acordo com sua formação.
2) Sistema brasileiro de classificação de solos: divide o solo em 13 ordens.
3) Classificação granulométrica: os solos são agrupados em função das frações
preponderantes dos diversos diâmetros de partículas que os compõem.
Classificação dos solos segundo sua
formação

Sedimentares ou
transportadores
Segundo a formação
podem ser
Residuais ou não -
transportadores
Classificação dos solos segundo sua
formação

Os solos sedimentares ou transportados são


aqueles que sofrem o intemperismo em um local e
Sedimentares ou depois sofrem a ação transportadora dos agentes
geológicos como mar, rio, vento, gelo, gravidade,
transportadores depositados em forma de sedimentos em
ou alóctones distâncias variadas. Na composição desse tipo de
solo há grande quantidade de matéria orgânica.
Não possui ligação com a rocha original.
Classificação dos solos segundo sua
formação
Solos de aluvião ou aluviais

Sedimentos depositados por um rio.


Esses solos apresentam baixa
Sedimentares ou capacidade de suporte (resistência),
transportadores ou elevada compressibilidade, e são
alóctones suscetíveis à erosão. São fontes de
materiais de construção, mas péssimos
materiais de fundação.
Classificação dos solos segundo sua
formação

O solo residual é resultado da decomposição da


rocha matriz e permanece no mesmo local. De
Residuais ou não – certa forma, guarda a estrutura da rocha matriz da
transportadores ou qual se originou. Os solos residuais são solos não
autóctones transportados (Figura 5.3). Originados do processo
de intemperismo das rochas mães que lhe deram
origem, se encontram sobre elas.
Classificação dos Solos

• O Brasil apresenta grande diversidade de solos devido ao seu clima


predominantemente tropical e à sua área continental. Dessa forma, foi
necessária a criação de um sistema próprio de classificação de solos: o
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), elaborado pela
Embrapa. Em termos gerais, esse sistema separa todos os solos
brasileiros em 13 grupos, que são chamados de ordens de solo
Classificação dos Solos

• Mas como dividir os solos nesses grupos? Basicamente, o SiBCS leva

• em conta os atributos do solo (que nada mais são do que as suas


carac-terísticas) e os horizontes diagnósticos, ou seja, as porções do
perfil do solo que possuem atributos peculiares e características que
se repetem.
Classificação dos Solos

• O Brasil apresenta grande diversidade de solos devido ao seu clima


predominantemente tropical e à sua área continental. Dessa forma, foi
necessária a criação de um sistema próprio de classificação de solos: o
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), elaborado pela
Embrapa. Em termos gerais, esse sistema separa todos os solos
brasileiros em 13 grupos, que são chamados de ordens de solos.
• As propriedades do solo são características morfológicas que estão
presentes e são observáveis para a diferenciação das ordens. A seguir,
você vai ver as 13 propriedades,
Classificação dos Solos
SOLO

CLASSIFICAÇÃO

Atributos 47

ECARACTERISTICA
DOS SOLOS  

Propriedades 13
Classificação dos Solos São visíveis a olho
nu e perceptíveis
no tato
Propriedades do Solo

As PROPRIEDADES do solo são CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS que


estão presentes e são observáveis para a diferenciação das ordens.

Cor Textura Estrutura Consistência Porosidade 

Nódulos e
Cerosidade Minerais magnéticos Carbonatos 
concreções minerais

Manganês Sulfetos Eflorescências Coesão 


Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

Cor

É de fácil identificação e possibilita fazer inferências a respeito do conteúdo de


matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos de formação, dentre outros.
Para que se tenha um padrão de identificação de cor do solo, utiliza-se a Carta
de Cores de Munsell (Munsell Color Charts), que considera as variações da cor
em escalas de três componentes: matiz, valor e croma.
Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

Textura do solo é uma designação que diz respeito às proporções relativas


das frações de ARGILA, SILTE OU AREIA em um determinado solo.

 A textura tem grande influência no comportamento físico-hídrico e químico do


solo, e por isso, sua avaliação é de grande importância para o uso e manejo dos
solos utilizados para a agricultura. É expressa pela proporção dos componentes
granulométricos da fase mineral do solo, areia, silte e argila. No Brasil, a
classificação de tamanho de partículas utilizada segue o padrão disposto a seguir
(Embrapa, 1979):
TEXTURA

Por meio de uma simples consulta,


qualquer um em pose de dados de
análise de solo pode facilmente
determinar em qual categoria
textural o solo se inclui. Essa
informação é essencial para que
se defina o potencial de uso do
solo, seja ele agronômico, civil ou
outros.

Triângulo de classes texturais


Vai me dá a predominância textural
• As partículas de argila se distinguem pelo seu tamanho pequeno, formato
escamoso e mineralogia que conferem ao solo a importante propriedade da
plasticidade. No entanto, não existe consenso internacional sobre o tamanho
dessas partículas, como mostrado na Figura 2.1. Por isso, o teor de argila
diferirá de acordo com o esquema adotado. Em relação à graduação das areias
e dos cascalhos, talvez menos importante, mas igualmente confusa, também
não existe um consenso. Geralmente, admite-se que as propriedades de um
solo composto que contenha uma grande variedade de tamanhos de partículas
sejam ditadas pelas partículas mais finas. As partículas mais grossas muitas
vezes somente agem como um “enchimento” em uma matriz mais fina.
Algumas granulometrias “estratégicas” são definidas na Figura 2.5, a partir das
quais se determinam os coeficientes de uniformidade, CU, e o coeficiente de
curvatura, CC. Esses parâmetros representam o formato da curva de graduação
e indicam se o solo é bem graduado ou mal graduado. Os valores de CU e CC e
os termos utilizados para indicar o formato de uma curva de graduação são
apresentados na Tabela 2.1
• . Coloides são materiais nos
quais micropartículas sólidas
se dispersam ou espalham
em outro material de
constituição diferente. Assim,
as micropartículas são
chamadas de “dispersos”, e o
outro material, de
dispersante (LEPSCH, 2011
Curva granulométrica

Diâmetro das partículas (mm)


Classificação dos Solos
Para a definição da estrutura do solo, você
deve levar em conta três aspectos:
Propriedades do Solo  tipo (forma);
 tamanho — muito pequena, pequena, média,
grande, muito grande;
 grau de desenvolvimento (força com que as
Estrutura partículas se unem) — solta, fraca, moderada e
forte.

É o arranjo estabelecido pela ligação das partículas primárias do solo entre si por
substâncias diversas encontradas no solo, como matéria orgânica, óxidos de ferro e
alumínio, carbonatos, sílica, etc.
Este arranjo dá origem aos agregados ou peds, que são unidades estruturais
separadas entre si por superfícies de fraqueza. A estrutura tem grande influência no
desenvolvimento de plantas no solo, como sistema radicular, armazenamento e
disponibilidade de água e nutrientes e resistência à erosão.
Classificação dos Solos

Propriedades do Solo

Estrutura
Classificação dos Solos
Seca, Úmida e
Propriedades do Solo Molhada

Consistência

A consistência é a propriedade que diz respeito a como a estrutura está estabelecida


em três diferentes níveis de umidade. Simplificadamente, a consistência estuda com
maior profundidade a estabilidade da estrutura do solo (agregados). Para classificar a
consistência do solo, é selecionado um agregado de algum dos horizontes do perfil e
então essa estrutura é submetida a diferentes níveis de pressão com auxílio das mãos.
O teste é realizado em três níveis de umidade (seca, úmida e molhada).
Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

Porosidade

Diferentemente de uma rocha maciça, o solo apresenta porosidade tal qual uma
esponja de lavar louças. Apesar de todos os solos serem porosos, eles apresentam
diferenças marcantes no que diz respeito à proporção de poros, bem como à
presença de macroporos (drenagem e retenção de gases) e microporos (retenção de
umidade). A porosidade do solo garante o estabelecimento de organismos vivos, a
respiração do sistema radicular e a retenção da umidade, importante para a
sobrevivência de vegetais
Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

cerosidade

A cerosidade pode ser visualizada em campo a olho nu ou com auxílio de lupa na


superfície dos agregados ou em laboratório, por análise micromorfológica. Ocorre nas
superfícies dos agregados ou nos poros. Tem aspecto de brilhante ou lustroso,
resultante da deposição de material inorgânico ou argila. A classificação é feita
conforme dois aspectos:
Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

Nódulos e concreções minerais

São corpos cimentados diferentes da matriz do solo e que podem ser destacados da
mesma. Os nódulos não possuem organização interna. Já as concreções são
desenvolvidas em torno de um ponto, de forma concêntrica. Na descrição de campo,
devem-se considerar diversos aspectos dos nódulos ou concreções, tais como
quantidade, tamanho, dureza, forma, cor e natureza
Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

Minerais magnéticos - É avaliada no campo pelo grau de atração magnética à um ímã de bolso.
Carbonatos - É detectado em campo pelo grau de efervescência da superfície do material quando
em contato com um pequeno volume de ácido clorídrico a 10 %.
Manganês - É detectado em campo pelo grau de efervescência da superfície do material quando
em contato com um pequeno volume de peróxido de hidrogênio de 20 volumes.
Sulfetos - É comum serem observados em áreas de mangue ou com restrição de drenagem. No
campo, os compostos de sulfetos apresentam coloração amarelo-dourada e odor característicos.
Eflorescências - São observadas no campo como crostas de sais nas superfícies das estruturas. São
resultado do acúmulo de sais após evaporação, portanto são encontradas em condições de solo
seco.
Classificação dos Solos
Propriedades do Solo

Coesão - É uma característica observada em campo pela dureza (duro, muito duro ou extremamente
duro) de horizontes subsuperficiais quando secos e friabilidade (friável a firme) quando úmidos. A
coesão é comumente presente em Latossolos e Argissolos Amarelos da Formação Barreiras, na parte
superior dos horizontes B. Podem ser descritos dois graus de coesão em campo:
- Moderadamente coeso: material resistente à penetração de faca, martelo pedológico e trado.
Consistência dura quando seco e friável a firme quando úmido.
- Fortemente coeso: material resiste fortemente à penetração de faca, martelo pedológico e trado.
Consistência muito dura a extremamente dura quando seco e friável a firme quando úmido.
Bibliografia
• Análise dos solos; João Dalton
SIBCS – SISTEMA
BRASILEIRO DE
CLASSIFICAÇÃO DO
SOLO
LATOSSOLOS
• Os Latossolos são a principal classe de solos do Brasil, representando cerca de 39% da área total do país.
• Ou seja, estão presentes em praticamente todas as regiões agrícolas do país.
• Você provavelmente já viu ou andou por aquelas “terras” vermelhas que facilmente mancham suas roupas
no caso de qualquer descuido, não é mesmo?
• Há uma grande chance de se tratar de um Latossolo.
• Eles são solos típicos de regiões equatoriais e tropicais com relevo plano a suavemente ondulado.
• Os Latossolos indicam solos com elevado grau de intemperismo, muito profundos e com perfil homogêneo.
• Geralmente, dizemos que eles são velhos, porém, na verdade são solos que estiveram sob ação de altas
temperaturas e elevada precipitação com boa drenagem ao longo dos anos.
• Deste modo, o intemperismo é acelerado, resultando nas características que veremos a seguir.
• Os Latossolos são considerados com grande aptidão para a agricultura, sendo possível cultivar culturas
anuais de elevada importância econômica para o Brasil.
• Isso ocorre porque sua principal limitação é de ordem química, ou seja, 
apresentam baixa fertilidade e acidez naturais.
LATOSSOLOS
NEOSSOLOS
• Grupamento de solos pouco evoluídos, ou seja jovens;
• Ausência de horizonte B diagnóstico;
• Em alguns solos os teores de argila são baixo
• solos em via de formação, seja pela reduzida atuação de processos
pedogenéticos ou por características inerentes ao material de origem.

Tipos de Neossolos
NEOSSOLOS
• Os Neossolos Quartzarênicos, muito expressivos no Brasil, são
comuns na região litorânea e em alguns estados do Nordeste,
ocupam também grandes concentrações em alguns estados do
Centro-Oeste e Norte, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Tocantins.
CAMBISSOLOS
QUESTÃO DIFÍCIL

Você vai observar as informações que a questão traz:


1. A questão aborda áreas ribeirinhas;
2. Permanente encharcamento.
Neossolos Organossolos

Vem de orgânico
Restos vegetais
• Regiões serranas ou montanhosas: CAMBISSOLOS

• Planícies à margem de rios e córregos: NEOSSOLOS FLÚVICOS


• Relevos muito acidentados de morrarias e serras NEOSSOLOS LITÓLICOS
Estudo de caso
CONTROLE DA POLUIÇÃO DO SOLO
1. Recuperação de áreas degradadas (Formas)
2. Técnicas de recuperação
3. Legislação aplicável
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS
As medidas de recuperação de áreas podem
variar desde a possibilidade de uma recuperação
natural até o uso de tecnologias mais caras

Retorno as condições existentes


RESTAURAÇÃO
antes da degradação

Associada a ideia de
RECUPERAÇÃO EM
REABILITAÇÃO reaproveitamento da área para
SENTIDO AMPLO PODE SER
outra finalidade

Eliminação ou redução de
REMEDIAÇÃO contaminantes
Técnicas de Remediação (É um tipo de recuperação)

• Consiste na utilização de seres vivos ou seus componentes na


recuperação de áreas contaminadas e geralmente são
Biorremediação
processos que empregam microorganismos ou suas enzimas
para degradar compostos poluentes.

In situ Ex situ

Biorremediação in-situ envolve tratar o material contaminado no próprio


local, enquanto a ex-situ consiste na remoção do material contaminado
para tratamento em local externo ao de sua origem.

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