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TRABALHO DO GRUPO DE PESQUISA

“DIREITO GLOBALIZAÇÃO E CONVIVÊNCIA”

Professor Vanderlei Martins

Jimmi Austin Aragão Martins

2009.1.01522-11

INTRODUÇÃO

A globalização interage com as realidades nacionais e locais, alterando a sua forma de


relacionamento com o mundo externo, mas sem eliminar as suas características
peculiares.

Este livro tenta analisar a globalização, explicando como ela surge, as esferas em que
avança de forma mais rápida e aquelas em que se mostra mais restrita.
A globalização cria uma proximidade entre os países no âmbito econômico, politico e
cultural.

No livro serão apresentados fatos que ilustram a globalização e a torna perceptível a


todos e também são apresentados conceitos que permitem compreender o significado
das transformações que provocam.

O QUE É GLOBALIZAÇÃO?

A particularidade de um país ou acontecimento pode se tornar global. A globalização


aproxima os acontecimentos, tudo isso se torna possível graças à ajuda da tecnologia
avançada. A partir da virada do século XX para XXI, através da televisão e da internet,
é possível que os acontecimentos de um país sejam acompanhados em tempo real por
outro.

Ou seja, isso pode até influenciar na bolsa de valores. Posso citar como exemplo o fato
que aconteceu no dia 23 de abril de 2013. A bolsa de valores entrou em pânico depois
da falsa notícia de atentado contra o presidente dos EUA Barack Obama, o índice Dow
Jones chegou a perder 130 pontos depois de o Twitter da agência de notícias Associated
Press ter sido pirateado e noticiado um atentado na Casa Branca que ferira Obama.

Existem países que são mais “globalizadores” (países desenvolvidos) do que


“globalizados” (países subdesenvolvidos), estes tendem a fazer que em outras partes do
mundo os seus produtos sejam adquiridos ou tornem-se tendências, isso também
acontece com a cultura.

No mundo globalizado, as distâncias geográficas não existem; cada vez mais os países
estão interligados, e as pessoas fazem viagens a negócios ou turismo, ou seja, ficaram
mitigados os conceitos de “longe” e “perto”.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA GLOBALIZAÇÃO

O conceito “globalização” surgiu na década de 1980 nas escolas de administração dos


Estados Unidos, para depois, literalmente, correr o mundo. Sua formulação estava
relacionada às estratégias das empresas que procuravam expandir suas atividades,
ultrapassando as fronteiras nacionais.

A interligação de países vem desde o Século XV, através das grandes Navegações. Com
essa interligação, começaram as trocas de mercadorias, produções em países como o
Brasil, e o comércio destes produtos na Europa – processo esse que se confunde com o
próprio advento do modelo capitalista.
Impulsionada pelas novas tecnologias aplicadas à indústria e pela expansão do
comercio, verifica-se uma nova onda de internacionalização da economia entre o fim do
século XVIII e o início do século XX.

A Revolução Industrial, com a abertura de novos mercados, produção de novas


mercadorias, e consequentemente a interligação de mercados - pois as mercadorias eram
exportadas -, criou-se um mercado mundial.

Também o fluxo de nações. Os Europeus deixaram as suas terras para povoar os


Estados Unidos, a Austrália, a Argentina e o Brasil, ocorrendo assim uma mistura das
nações.

Guardadas as devidas proporções, as caravelas cumpriram, nos séculos XV e XVI, o


mesmo papel que as empresas de internet e os modernos meios de transporte cumprem
nos dias de hoje.

Podemos concluir então que a globalização está em curso há alguns séculos. O fato é
que só não era conhecida por este nome.

AS QUATRO ESFERAS DA GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

Existem barreiras significativas em alguns setores produtivos, regiões e países. Por este
motivo não podemos dizer que exista hoje uma economia inteiramente global.

Na atual globalização, as dimensões internacional e transnacional têm assumido uma


importância maior do que a dimensão nacional.

A capacidade de participar das cadeias produtivas globais controladas por empresas


multinacionais, de obter empréstimos internacionais ou acesso preferencial a alguns
mercados pode definir o destino de economias locais e nacionais. Isso faz acarretar
incertezas quanto à evolução da economia no futuro próximo.

Existem barreiras na globalização - barreiras criadas para proteger a economia de cada


país. Somos capazes de entender essa realidade em toda sua complexidade através do
conhecimento das esferas da globalização econômica – comercial, produtiva, financeira
e tecnológica.

Comercial: a globalização comercial é a junção dos mercados comerciais nacionais.


Tem como objetivo aumentar a força das empresas de cada país e aumentar seus lucros.

Produtiva: está diretamente vinculada a questões de tecnologia, organização industrial e


investimento internacional.

Financeira: é o processo de integração dos mercados financeiros locais aos mercados


internacionais.

Tecnológica: a tecnologia que é criada em um país especifico pode ser usada por
habitantes de outros países.

Os obstáculos à globalização política

A política é o ramo da vida coletivo menos globalizado. Se existe uma diversidade entre
produtos no mercado na economia nacional, no âmbito da geopolítica essa
complexidade é ainda maior.

Existe, no mundo todo, uma tendência à valorização das estruturas democráticas nos
diversos países, e também uma tendência à imposição a que a democracia se
“universalize” – em detrimento dos regimes autoritários e ditatoriais ainda existentes em
boa parte do globo. No entanto, as tradições e costumes políticos e o próprio conceito de
soberania acabam por manter cada vez mais hígidas as estruturas políticas de cada país,
em detrimento de um ente político global ou, pelo menos, regional.

Vê-se, dessa forma, que o avanço da globalização econômica, em cada um de seus


variados aspectos, não tem o condão de comandar e unificar do ponto de vista político
os países.

A única instituição que se tornou globalizada e é voltada para as questões sócias é a


ONU, e intervêm na política nacional de todos os países, por meio de tratados e acordos
internacionais, defendendo a paz mundial.

AS SOCIEDADES NACIONAIS E A EMERGÊNIA DA SOCIEDADE GLOBAL

Se a globalização propiciou a emergência de uma sociedade global, em que se verificam


manifestações e alianças conjuntas de trabalhadores, empresários, camponeses,
movimentos feministas, ambientalistas e organizações não governamentais de vários
países, por outro lado esses movimentos sociais continuam intervindo no âmbito
nacional, onde são tomadas boa parte das decisões políticas.
A globalização propicia tanto a expansão de alianças sociais internacionais, com
propósitos e ideologias diferenciadas, como a reação de movimentos locais e nacionais
à invasão estrangeira.

CONCLUSÃO

A globalização pode ser louvada ou criticada, tudo depende do grupo social e dos países
(pois cada um tem uma realidade diferente). Surgem assim os “profetas” (economistas
de organizações internacionais, executivos de empresas multinacionais, entre outros) e
os críticos (instituições como a ATTAC – Associação pela Tributação das Transações
Financeiras em Apoio aos Cidadãos) da globalização.

Para os entusiastas da globalização, vivemos em um mundo de oportunidades ilimitadas


para se ganhar dinheiro, trocar informações e ampliar os níveis de conhecimento. Para
eles, ter-se-ia chegado a um modelo definitivo e quase perfeito de sociedade, no qual a
economia de mercado se comina com a democracia política e a liberdade. Como se essa
“equação fundamental” pudesse ser encontrada em todos os países do mundo.

Por outro lado, critica-se o excessivo poder das corporações multinacionais, o conteúdo
das políticas neoliberais e o controle das políticas econômicas dos países mais pobres
pelos países ricos. Há também críticas à desigualdade na liberdade de locomoção entre
os países e tentativas de preservação da diversidade e dos valores culturais próprios
contra a concorrência internacional. Desse modo, a globalização seria apenas o novo
nome de um fenômeno antigo – o imperialismo.

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