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1º ano, 2º semestre
Geografia do Turismo - Estudo da expressão espacial do turismo como atividade humana nos
mercados emissores, mercados recetores/de destino e das relações entre elas.
Conceitos base:
Escala espacial
- Global ou Continental
Distribuição das áreas climáticas e de eco sistemas;
Rotas aéreas ou marítimas;
Padrões de mobilidade.
- Nacional
Redes de transportes;
Regiões turísticas;
Distribuição populacional (densidade turística).
- Local
Atrações locais (naturais ou artificiais);
Resorts.
- Mercados Emissores
Características geográficas, sócio económicas e demográficas que explicam a procura turística.
- Mercados de destino
Atrações, setor hoteleiro, entretenimento, indústria turística, etc.
- Rotas de trânsito
Setor dos transportes – decisivo para que o fluxo entre os outros dois elementos exista.
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Interação espacial entre os elementos da rede do turismo
Fluxo turístico – Forma de interação espacial entre a oferta de um mercado recetor e a procura de
um mercado emissor.
Possibilidade de viajar;
Meios urbanos.
- Clima pouco agradável.
- Acessibilidade;
- Atrações (clima, gastronomia, etc.);
- Custo de vida: Facilitam o marketing e a promoção;
- Segurança.
- Atratividade.
- Identificar tendências;
- Identificar o perfil dos turistas através do Instituto Português do Turismo ou Viajante Brasileiro.
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Categorias principais de estatísticas turísticas
Mais conhecidas:
- Reisenanalyse;
- Turismo de Portugal;
- World Mappler.
Exemplos:
- IPdT;
- Viajante Brasileiro
- Estatísticas de despesas
- O turismo começou a ter mais impacto nalgumas regiões do que a própria indústria;
- Nasceram regiões turísticas (algumas completamente artificiais onde a natureza não tinha
qualquer papel).
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Três perspetivas sobre a função da Geografia do Turismo
2ª. Turismo como fenómeno social (área vivida): impacto do espaço no turista;
3ª. Turismo como representação social: imagem e símbolo (ex.: postais). Marketing/promoção
propagandística através das imagens.
1ª Perspetiva
- Necessita de espaço para instalar as infra estruturas que vão ter impacto no espaço turístico.
Categorias do Espaço
- Paisagem (objetos)
- Espaço geográfico
- Território
.Limite e poder
- Configuração territorial
- Formas-conteúdo
.Dinamismo espacial presente nas redes de relações (Oferta, procura, transportes, infra
estruturas, gestão e marketing) dos espaços turísticos, não somente na produção e consumo das
paisagens turísticas, mas também na criação de normas, ordem e legitimação dos elementos que
constituem esse espaço.
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Conceito de rede instrumento de viabilização de turismo
Mobilidade ≠ Circulação
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2ª Perspetiva
Topofilia
- Transforma o espaço em lugar, por meio da perceção e do intelecto, experienciados pela vivência
de um grupo (elo afetivo entre a pessoa e o ambiente).
Função da Geografia
Definir a perceção e a relação corpórea dos grupos sociais locais com o lugar e a sua inserção nos
empreendimentos do turismo:
- Analisar a efetiva possibilidade dos objetos e ações dos espaços turísticos propiciarem o
encontro com o outro, com o diferente, como por exemplo, de permitirem aos turistas o
“estenderem-se ao mundo” vivenciado nas áreas recetoras e experienciá-las com/em todos os
sentidos (e não apenas “vê-las”).
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3ª Perspetiva
Função da Geografia
TURISMO
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O mercado… ou o motivo da visita
- Férias/ lazer
.Estadias longas;
- Turismo de “conveniência”
- Turismo de negócios
- Turismo low-cost
- Turismo académico
- Etc.
- Turismo jovem
.15-25 anos
- Turismo de família
- Turismo sénior
- Pacotes de viagem
- Personalização do serviço (Combinação dos dois e cada vez mais frequente devido aos serviços
online)
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Geografia da procura
.Fatores económicos
.Fatores políticos
Crises políticas (ex.: Médio-oriente) – A insegurança não viabiliza que seja um mercado de destino.
Novas tendências
.Supressão da procura
.Nova procura
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• Turismo alternativo – Itinerários personalizados para turistas experimentados
Top de tours em Lisboa (Trip Advisor)
Top de tours no Porto (Trip Advisor)
.Alterações demográficas
Criar novos produtos
Envelhecimento da população
Agregados mais pequenos e menos tradicionais
Mais individualizados
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Implicações do “novo turista” para o setor
Mercados de destino
Setor
• Como foi dito atrás, na sociedade de informação onde vivemos, cada vez mais se viaja mais, mas
apenas está aproveitada uma parte dos potenciais recursos mundiais para o turismo.
• O que vai exigir do setor uma gestão planeada dos recursos para o turismo, que promova os
recursos certos para os diversos tipos de turismo.
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Características dos recursos para o turismo
Usufruto partilhado com outros setores (agricultura, florestas, pescas, etc.) e população
local. Ex.: Se a gestão dos recursos não for bem feita, pode originar conflitos.
Perecíveis
Desde os anos 80 que o mote da gestão do turismo tem sido a sustentabilidade, que no setor se
traduz por:
Número máximo de pessoas que podem visitar determinado local turístico, sem afetar o
meio físico, económico ou sociocultural e sem reduzir de forma inaceitável a qualidade da
experiência dos visitantes (OMT).
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A capacidade de carga pode dividir-se em:
É analisada numa dupla vertente, a dos turistas (ponto de saturação a partir do qual
procuram destinos alternativos) e a dos residentes (tolerância da população local ao turismo sem
gerar tensões relevantes e por forma a que no território também se possam desenvolver outras
atividades).
Ponto até ao qual os visitantes consideram que um maior número de visitantes estragaria
a experiência.
Ex.: A EU estipula uma capacidade de carga para as praias de 0,6 m2/pessoa mas esta
carga psicológica é diferente para os povos mediterrânicos e da Europa do norte, por ex.
Este é um conceito base para a gestão das atividades turísticas e deve estar na base de qualquer
planeamento turístico que deve:
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Seis questões principais do planeamento turístico:
Tipo de turista
Escala do turismo
Locais de futuro desenvolvimento (de suporte ao turismo)
Instrumentos de controlo desse desenvolvimento
Formas de financiamento desse desenvolvimento
Papel das autoridades locais e do governo
Tendo o enfoque da gestão das atividades turísticas mudado da proteção e conservação dos
recursos para a gestão dos visitantes (oferta de experiências), o planeamento traz vantagens e a
sua falha riscos a evitar.
Falha de planeamento
Razões:
.Alterações políticas
.Alterações de procura
.Concorrência imprevista
.Falta de investimento
.Mau planeamento
Consequências/riscos:
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Recursos Turísticos
B) Hemisférios
- Norte e Sul (meridiano: equador-latitude)
- Ocidental e Oriental (meridiano de Greenwich-Longitude)
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• Distribuição da litosfera
.Aproximadamente 40% do hemisfério norte é terra, mas só cerca de 20% do hemisfério sul tem
terra.
.Há o dobro de terra no hemisfério norte do que no sul (mais litosférico no norte).
• Formas da biosfera
Características físicas
• Geotérmicas
Vulcões, lagos em crateras e caldeiras, formações de lava, fontes de água quente, etc.
Ex.: European Geoparks
• Cársicas
Grutas e outras reentrâncias, normalmente calcárias: Mapa mundial do cársico
Lista de zonas cársicas
• Glaciares
Resultam da ação de massas de gelo de deslocação lenta: Cumes de montanhas, morainas de
depósitos de detritos de glaciares em vales, lagos e quedas de água.
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Recursos Turísticos
• Lagos e rios
• Cultura
.Na perspetiva turística, é tudo o que tem a ver com o modus vivendis das sociedades: Religião,
gastronomia, arte, música, dança, entretenimento, hábitos.
• Nacionais
.Tipo de atrações
•Naturais
•Turismo religioso
• Turismo cultural
•Turismo histórico
•Turismo mórbido (dark tourism)
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Hierarquia de atração de um país
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- Características (Mais facilmente alcançáveis)
- Exemplos de atividades
Uma área pode ter potencial turístico, clima favorável, paisagens atraentes, recursos, etc, mas só
se torna um destino turístico viável se:
1. Pelo menos uma atração puder ser promovida como uma Proposta Única de Venda
(USP: Unique Selling Proposal);
2. Houver uma rede de suporte, incluindo alojamento;
3. For acessível a um mercado emissor importante;
4. Tiver condições favoráveis de desenvolvimento (infraestruturas básicas, organização de
turismo, estabilidade política.).
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Marketing de um produto turístico
Locais
.A nível local interessa relevar o papel das várias entidades (pública e privadas) que a nível local
assumem um papel decisivo para que os vários recursos turísticos possam ser geridos.
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O Clima
• À escala global, o clima é um dos principais fatores a influenciar o desenvolvimento turístico e as
viagens de lazer e de férias.
• O clima é determinado pela latitude, altitude, pela hidrosfera (oceanos, mares, rios…) e pelas
inter-relações entre zonas costeiras e montanhosas.
• O clima é influenciado ainda por outros fatores, como a temperatura e humidade, importantes
para o bem-estar do Homem.
• O clima considerado ótimo para o turismo é o mediterrânico, mas este é também um dos mais
vulneráveis ao aquecimento global.
•Os gestores e operadores turísticos procuram cada vez mais locais “exóticos”, com condições
climáticas menos favoráveis.
.Climas quentes: para turismo de praia, cultural e eco-turismo;
.Climas frios (altas latitudes e altitudes): férias de neve, trekking, etc.
• Estando o turismo dependente na maioria dos casos do clima e estando o clima a mudar,
também o turismo terá de mudar.
Por exemplo:
Áreas muito dependentes de turismo de praia, tenderão a baixar os fluxos e a acabar o que terá,
naturalmente, repercussões graves na economia dessas zonas.
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Emissões de CO2 provenientes do Turismo Global em 2005 (mt)
• 17% das viagens de avião são responsáveis por 40% do total de emissões de CO2 do turismo.
•Viagens de longo curso nas 5 regiões de turismo mundial representam apenas 2.7% de todas as
viagens, mas contribuem para 17% das emissões de CO2 relacionadas como turismo.
• Viagens de autocarro e de comboio representam 34% de todas as viagens, mas contribuem para
penas 13% de todas as emissões de CO2.
Políticas de Mitigação
As Políticas de Mitigação são medidas tecnológicas, económicas e sócio culturais com vista
à redução dos gases de efeito de estufa (GEE) –para metade dos níveis de 2000 até meados do
século (ViennaClimateChangeTalks2007).
• Instrumentos:
.Voluntários
.Económicos
.Reguladores
•Atores:
.Turistas
.Operadores turísticos
.Alojamento
.Gestores
.Companhias aéreas
.Indústria automóvel e de aeronáutica
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• Oportunidades e Ameaças
.Novo mercado turístico ambiental e ecológico
.Risco de acabar com mercados recetores clássicos e de criar crises económicas e políticas
graves
•Estratégias
.Redução do consumo de energia
.Aumentara eficiência energética
.Aumentar o consumo de energia renovável
.Sequestro de carbono
- Operadores turísticos:
- Turistas:
.Alteração de destinos
-Todos:
– Prevê-se que a redução de emissões por Km seja da ordem dos 32% entre 2005 e 2035, sendo
que o objetivo é 50%.
.Esta redução contribuiria para 14% de redução das emissões sno sector do turismo.
.No sector de transporte automóvel, o investimento em tecnologia poderia contribuir para
a redução de aprox. 7% das emissões de CO2.
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Aumentar o consumo de energia renovável
Sequestro de CO2
• CO2 pode ser armazenado em biomassa (Ex.: Reflorestação), em oceanos, buracos geológicos
(Ex.: Campos de gás vazios).
Risco:
.Muitas indústrias adotaram este procedimento voluntário para compensar as emissões.
.A responsabilidade de produtor de CO2 passa para o consumidor do produto.
Outras previsões
.A redução de energia através de uma combinação da mudança para transported modais, destinos
de menor curso, e aumento do período de estadia pode reduzir as emissões em 43%.
.Para que se consiga uma redução efetiva das emissões, este sector tem de aplicar a combinação
destas medidas de mitigação, o que contribuiria para a redução das emissões em 68% em 2035,
i.e, 16% menos do que em 2005.
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A Europa
Apesar de ser um continente, é uma região de imensa diversidade cultural, económica, social e
política;
.Pressão da América do Norte e dos países industrializados da Ásia…
.1960: 72% da cota de mercado de turismo internacional
.2005: 55%
.2010: aprox. 50%
Património Cultural
Pré-histórico
Greco-Romano
Medieval
Estilo romanesco
Gótico
A partir do séc. XII - cruzadas (ex. norte de França)
Renascença-Barroco
A partir do Séc. XV (ex. Itália)
Rev. Industrial
A partir do séc. XIX: produção em massa
Pós-Industrial
Séc. XX e XXI: Design individualizado, tecnologia, inovação.
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