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BAHIA
PROCESSO Nº 0006474-81.2013.8.05.0271
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA
RECORRIDA: NILZEA VIANA DA CRUZ
JUIZ PROLATOR: JÚLIO GONÇALVES DA SILVA JÚNIOR
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA
EMENTA
VOTO
Lembrando que não é a primeira vez que a Recorrente responde por fatos
semelhantes no Sistema de Juizados Especiais da Bahia, o que ressalta os traços de
negligência e realça a necessidade de admoestação compatível com a gravidade de sua
conduta para que não continue desrespeitando os consumidores, entendo que o MM. Juiz a
quo fixou indenização em valor adequado, que não caracteriza enriquecimento sem causa da
Recorrida e não provoca abalo financeiro à Recorrente ante ao seu potencial econômico.
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– RESONSABILIDADE CIVIL – ATO ILÍCITO – DANO MORAL – INDENIZAÇÃO MANTIDA – JUROS MORATÓRIOS –
INCIDÊNCIA DESDE A CITAÇÃO INICIAL – CORREÇÃO MONETÁRIA – DEVIDA DESDE A CONDENAÇÃO –
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – DECISÃO UNÂNIME – 1) Configurada a responsabilidade da apelante pelo dano
moral sofrido pelos autores, justo é o direito a indenização. Valor fixado dentro dos princípios da eqüidade, da proporcionalidade e
razoabilidade, quando então foi sopesada a capacidade econômica do responsável, a culpa do agente e a extensão danosa. 2) Nos
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Assim sendo, ante ao exposto, voto no sentido de CONHECER e NEGAR
PROVIMENTO ao recurso interposto pela Recorrente, COELBA – COMPANHIA DE
ELETRICIDADE DO ESTADO DA BAHIA, confirmando, consequentemente, todos os
termos da sentença hostilizada, condenando-a ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios que arbitro em 20% (vinte por cento) da condenação pecuniária
imposta.
PROCESSO Nº 0006474-81.2013.8.05.0271
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA
RECORRIDA: NILZEA VIANA DA CRUZ
JUIZ PROLATOR: JÚLIO GONÇALVES DA SILVA JÚNIOR
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA
EMENTA
ACÓRDÃO
termos do art. 405 do Código Civil, os juros moratórios devem incidir a partir do momento da citação inicial. 3) O marco inicial da
fluência da correção monetária é a data da decisão condenatória. Jurisprudência do STJ. (TJPE – AC 119429-6 – Rel. Des. Jovaldo
Nunes Gomes – DJPE 19.01.2008)
– CIVIL - INDENIZAÇÃO - PRELIMINAR – RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL – DANOS MORAIS -
QUANTUM - CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA – TERMO INICIAL - Ao fixar o valor da reparação, deve o
julgador cuidar para que não seja tão alto, a ponto de tornar-se instrumento de vingança ou enriquecimento sem causa do
prejudicado, nem tão baixo de maneira a se mostrar indiferente à capacidade de pagamento do ofensor. Em se tratando de
indenização decorrente de responsabilidade civil contratual, a correção monetária deve incidir desde a data da prolação da sentença,
momento em que foi fixado o valor dos danos morais, e os juros de mora a partir da citação, a teor do art. 219 do cpc e art. 405 do código
civil vigente. (TJDFT - APC 20050110485128 - 4ª T.Cív. - Rel. Sérgio Bittencourt - DJU 12.11.2008)
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Salvador-Ba, Sala das Sessões, 07 de abril de 2015.