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ISSN 1984-9354
Resumo
O crescimento, nos últimos anos, do uso de estruturas pré-fabricadas
de concreto é expressivo por apresentar algumas vantagens no
processo construtivo, porém, o processo de fabricação desses artefatos
de cimento envolve procedimentos e mateeriais capazes de causar
danos irreversíveis à saúde e segurança dos trabalhadores, caso as
medidas de segurança não sejam observadas e cumpridas. Este estudo
tem como objetivo analisar os riscos na fabricação de estruturas de
concreto armado na indústria de artefatos de cimento, na região
metropolitana de Curitiba. Para tanto, o método utilizado constituiu-se
na observação no local de trabalho, entrevistas realizadas com os
colaboradores envolvidos no processo, utilizando um check-list para a
coleta de dados e aplicação de uma ferramenta de gerência de riscos
conhecida como Avaliação Preliminar de Risco (APR) da atividade.
Conclui-se que a ferramenta APR teve uma excelente aceitação pela
empresa que resolveu implanta-la em todas as suas linhas de
produção. A ferramenta mostrou que algumas medidas básicas como,
conhecimentos dos riscos, dos danos que estes podem causar e quais
medidas para prevenção são oportunidades para a melhoria da
condição de trabalho. Além de medidas mais específicas como a
proteção das partes móveis de equipamentos, manutenção preventiva,
postura de trabalho, limpeza e organização do ambiente podem
garantir melhores resultados em relação a segurança e saúde do
trabalho.
INTRODUÇÃO
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Revisão de literatura
controle de risco não resulta de cálculos sofisticados, mas da visão holística da segurança,
conhecimento sobre falhas humanas, SOL (Sinalização, Organização e Limpeza) e BPT (Boas
Práticas de Trabalho) (CARDELLA, 1999).
Risco tolerável é aquele que foi sido reduzido a um nível tolerável pela organização
com relação as suas obrigações legais e sua própria política de saúde e segurança (FARIA,
2011).
Segundo Faria (2011) o desfecho de uma avaliação de risco deve ser o inventário de
ações, com prioridades, para elaborar, manter ou melhorar os controles. Um planejamento de
ações para a implementação de mudanças necessárias como consequência de uma avaliação
de riscos.
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irreparáveis a valores
ou lesões em Impacto
equipamentos ou considerados
IV uma ou mais nacional ou M M NT NT NT
instalações acima dos
pessoas intra internacional
(reparação lenta níveis
ou extramuros.
ou impossível) máximos
aceitáveis.
Lesões de Danos devido
gravidade a situações ou
moderada em valores
Danos severos a
Crítica
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DEFINIÇÃO DE PRÉ-FABRICADOS
PRÉ-FABRICADOS NO BRASIL
Método
ESTUDO DE CASO
O estudo foi realizado em uma fábrica de médio porte com um quadro funcional de
100 colaboradores. Sendo que 70 estão diretamente lotados na área produtiva e os demais em
processos administrativos. A empresa referenciada situa-se na região metropolitana de
Curitiba e está enquadrada na CNAE 2330: Fabricação de artefatos de concreto, cimento,
fibrocimento, gesso e materiais semelhantes.
O processo produtivo é realizado dentro de um barracão com 8 metros de altura e 500
m² de área total, coberto com iluminação natural e artificial; ventilação natural e adequada,
piso de concreto adequado e espaço delimitado e de fácil acesso aos trabalhadores.
Conforme a Norma Regulamentadora NR-18, item 4, as áreas de vivência são adequadas e de
fácil acesso. Para o processo produtivo são utilizadas matérias-primas como cimento, areia,
pó de pedra, desmoldante, madeira, ferragens, água e energia elétrica.
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A terceira etapa é a aplicação do desmoldante se faz, nesta etapa, pela aspersão com
um pulverizador em todas as faces que entrarão em contato com o concreto. O desmoldante
não pode ser lançado em excesso, pois poderá manchar a peça. Para uma distribuição mais
uniforme poderá ser utilizado um rolo de espuma fazendo movimentos em uma única direção.
A armadura é colocada na quarta etapa do processo, sendo transportada com cuidado
para que não ocorra torção e comprometa sua qualidade, caso haja necessidade utiliza-se
balancim apropriado.
A quinta etapa é o posicionamento de insert que serve para conexão de peças. Caso
seja solicitado à colocação de consoles utiliza-se sargentos para sua fixação.
Na etapa da concretagem, o concreto é lançado por toda extensão do pilar com um
caminhão-betoneira e em seguida o colaborador utilizando um vibrador pneumático ou
elétrico vai adensando o concreto para completar a forma perfeitamente sem bolhas de ar ou
falhas de concretagem.
O excesso de concreto é retirado com o auxílio de uma colher de pedreiro e
regularizado com uma régua metálica ou de madeira, a qual percorre a superfície da peça,
deixando-a na altura correta.
Para finalizar deve-ser prepara a cura do concreto que pode ser de forma natural com a
cobertura da peça com lona plástica para aumentar a eficiência e agilizar o tempo. Ou realiza-
se a cura a vapor onde são colocados ao longo da pista arcos metálicos antes de cobrir com a
lona para que não encoste no concreto formando um tipo de estufa com a presença de vapor.
Após a secagem total da peça e liberação para desenforma as formas são retiradas ou
afastadas para que a peça seja içada lentamente com a ponte rolante e levada para local
adequado de estocagem.
RESULTADOS
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Com os dados obtidos pelas observações e entrevistas foram elaborados critérios para
a priorização de ações (Tabela 5). O conjunto destas informações e a identificação das normas
que não estavam sendo atendidas serviram de base para a elaboração da APR (Tabela 6).
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Tabela 4 – Análise Preliminar de Risco
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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OLIVEIRA, Cláudio Antônio Dias de. Manual Prático de Saúde e Segurança do Trabalho.
São Caetano do Sul, São Paulo: Yendis Editora, 2010.
SANTOS; José Raimundo; MOREIRA, Hermom Leal. Avaliando a atividade. In: Revista
Proteção. Nov. 2011. p. 64-72
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