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LITERACIA: PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA EM AMBIENTE
DIGITAL COLABORATIVO
1. Universidade Federal do Acre (Ufac), Colégio de Aplicação, Rio Branco, Acre, Brasil;
2. Universidade Federal do Acre (Ufac), Colégio de Aplicação, Leehap, Rio Branco, Acre, Brasil;
3. Universidade Federal do Acre (Ufac), Pró-Reitoria de Graduação, Rio Branco, Acre, Brasil.
RESUMO
No século XXI, as relações entre educação, comunicação e literacia estreitaram-se como
nunca, desafiando os educadores a pensar novas estratégias para tornar os estudantes
leitores bem-sucedidos na era digital. Considerar como os estudantes acessam as práticas
de leitura no mundo contemporâneo apresenta-se como uma necessidade premente aos
educadores, sendo imprescindível equacionar o cotidiano da sala de aula aos novos
pressupostos que favoreçam a educação para a comunicação. Neste artigo, buscamos
refletir sobre algumas práticas de formação de leitores desenvolvidas no Colégio de
Aplicação da Universidade Federal do Acre, no âmbito do Projeto “Literacia: caminhos da
leitura na Educação Básica”. A pesquisa, realizada no período de 2015 a 2018, foi
desenvolvida com alunos de todo o ciclo do Ensino Fundamental II, sujeitos leitores que
auxiliaram na construção de novos questionamentos sobre a necessidade de reformulação
das práticas de leituras necessárias na sala de aula do contexto contemporâneo. Nesse
panorama, ressaltamos que a proposta aqui não se detém sobre fórmulas ou estratégias
de sucesso para a formação de leitores, mas sobre reflexões que emanaram do contato
com os estudantes, fruto das inquietações compartilhadas não só do ponto de vista
docente, mas também da perspectiva de quem se constrói enquanto leitor em um mundo
mediado pelas novas tecnologias e que nem sempre encontra na escola espaço para
vivenciar essa prática em sua plenitude. Os procedimentos metodológicos envolveram
pesquisa qualitativa, pautada nos pressupostos da pesquisa-ação de Michel Thiolent
(2007). O referencial teórico teve como alicerce o conceito desenvolvido pela OCDE (2012),
que define a literacia como prática de leitura relacionada a uma cidadania responsável,
reconstruída no fazer cotidiano pelos novos acessos à leitura. Dialogamos, ainda, com as
concepções de leitura de Alberto Manguel (2002; 2004; 2006), Roger Chartier (2002),
Ferrarezi Jr e Carvalho (2017). Constatamos que o debate sobre o entrelaçamento entre a
literacia e a tecnologia faz-se necessário, lançando novas luzes sobre o ato de ler e sobre
o modo como os educadores podem contribuir para novas práticas de leitura colaborativa
no contexto contemporâneo.
Palavras-chave: Formação de Leitores, Práticas de Leitura e Escrita Colaborativa.
ABSTRACT
In the 21st century, the relationship among education, communication, and literacy has been
closer like never before, challenging professionals to think of new strategies to make student
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 1. Conto Produzido a partir da Ferramenta Story Bird por alunos do 7.º ano de
Ensino Fundamental (Turma 71-2018) – CAp-Ufac
Fonte: Site Story Bird – Turma 71- 2018. Disponível em: <https://storybird.com/longform-story/private/os-
guardioes-do-tempo>. Acesso em 12 de ago. de 2018.
O acesso ao recurso é livre, sendo necessário para criar o perfil de usuário apenas
que se tenha uma conta de e-mail, recomendando-se que o professor crie uma conta
especificamente para cada turma, a fim de que os estudantes possam acessar o ambiente
virtual colaborativo simultaneamente, no Laboratório de Informática da escola. Além da
versão gratuita do aplicativo, há também a possibilidade de adquirir uma versão paga, mais
completa, na qual os usuários podem fazer download das histórias criadas para, em
seguida, imprimi-las. Neste caso, o recurso oferece possibilidades mais diversificadas para
personalizar a área de trabalho, além de maior número de ícones e ilustrações.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
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