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SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................................................................. ii
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................... iii
LISTA TABELAS ........................................................................................................................................ iv
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 1
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................................... 2
2.1. Objetivo Geral........................................................................................................................................... 2
2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................................................ 2
2. METODOLOGIA .................................................................................................................................... 3
2.1. ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................................................................... 3
2.2. Coleta de dados ........................................................................................................................................ 6
2.3. Análise dos dados ..................................................................................................................................... 8
2.3.1. Diversidade ........................................................................................................................................ 8
2.3.2. Equitabilidade .................................................................................................................................... 8
2.3.3. Riqueza .............................................................................................................................................. 9
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................................... 9
3.1. Riqueza e ocorrências das espécies........................................................................................................ 15
3.2. Índices descritivos da ictiofauna ............................................................................................................ 17
4. CARACTERIZAÇÃO DAS ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA ........................................................ 20
5. DISPERSÃO DA TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS) ............................................................. 25
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................... 26

i
RESUMO

As áreas inundáveis do Estado do Amapá, apesar de serem áreas de proteção ambiental, vêm sendo
intensamente explorada pelo homem causando interferências sobre sua dinâmica aquática. O objetivo deste
trabalho foi caracterizar ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza, no município de Macapá,
identificando e determinando sua diversidade. As coletas foram realizadas no período de novembro de 2009
a outubro de 2010 em seis diferentes locais deste tributário do Rio Amazonas, utilizando-se de vários
métodos de capturas, os peixes foram fixados e identificados. Foram coletados um total de 534 espécimes
distribuídos em 17 famílias, 42 gêneros e 56 espécies, sendo que a maioria dos peixes eram juvenis com
tamanho dos indivíduos de 6,8 cm, em média. As espécies mais abundantes foram da família Characidae do
gênero Hemibrycon, com 138 indivíduos coletados, seguido por Metynnis lippincottianus, com 70 indivíduos.
A riqueza de espécies foi maior no canal principal do Igarapé da Fortaleza, com 26 espécies. O índice de
diversidade revelou que esse canal principal possuiu uma maior diversidade quando comparado as outras
áreas coletadas. Na área conhecida popularmente como Ressaca do Congós foi evidente o efeito de
alterações antrópicas tais como a remoção da mata ciliar, lançamento de efluentes na água, mudança do
canal principal, entre outras.

ii
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Bacia hidrográfica do igarapé da Fortaleza com indicação dos pontos de amostragem de peixes
visitados neste estudo. Fonte: SEMA, 2009. ....................................................................................................... 4
Figura 2. Área de ressaca da Bacia do igarapé da Fortaleza. A) Período seco; B) Período chuvoso. .................. 6
Figura 3. Amostras obtidas por coletas com redes de espera junto às margens dos corpos d’água com as
extremidades amarradas, nas áreas de ressacas do igarapé da Fortaleza, Macapá-AP, durante o período de
novembro de 2009 a outubro de 2010. .............................................................................................................. 7
Figura 4. Amostras obtidas por coletas com A) tarrafa e B) puçá nas áreas de ressacas, Macapá-AP durante o
período de novembro de 2009 a outubro de 2010. ............................................................................................ 7
Figura 5. Exemplo da medição do comprimento padrão (CP) de um espécime de peixe. ................................. 8
Figura 6. Número de espécimes de peixes capturados classificados por família. .............................................. 9
Figura 7. Espécies mais abundantes coletados nas ressacas da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza no
período de novembro de 2009 a outubro de 2010. .......................................................................................... 12
Figura 8. Número de espécies registradas por local de amostragem ............................................................... 16
Figura 9. Índice de Diversidade durante o período de coleta. .......................................................................... 18

iii
LISTA TABELAS

Tabela 1. Família, Espécie, Número de Indivíduos (N) e Abundância de Cada Família (A %). ............................ 9
Tabela 2. Medidas da variável biométrica comprimento padrão (CP) para diferentes locais amostrados. ..... 13
Tabela 3. Espécies ocorrentes por local de amostragem, Igarapé da Fortaleza (IF), Ressaca da Lagoa dos
Índios (LI), Porto da Embrapa (PE), Ressaca do Tacacá (RT), Ressaca do Wagner (RW), Ressaca dos Congos
(RC), Número total de Indivíduos (N). ............................................................................................................... 14
Tabela 4 – Valores de Diversidade (H’), Equitabilidade (J’) e Riqueza (S) calculados para as amostras totais da
Bacia do Igarapé da Fortaleza. .......................................................................................................................... 19

iv
1 INTRODUÇÃO
As áreas inundáveis da região Amazônica são áreas periodicamente inundadas devido ao aumento do nível
de água dos rios e/ou pelo aumento das chuvas, formando uma grande área de forrageamento para a maior
parte dos peixes da região Amazônica, que encontram nos frutos e sementes sua principal fonte de
alimento. Neste bioma é encontrada uma grande diversidade de ambientes terrestres e aquáticos onde as
condições ecológicas são altamente dinâmicas, pois os ambientes oscilam entre condições essencialmente
terrestre e essencialmente aquáticas (JUNK, 1998; SALATI et al., 1998).

Lowe-Macconnell (1964) encontrou para as espécies do Norte do Amazonas um ciclo reprodutivo


sincronizado com a estação sazonal de chuvas, período rico em alimentos, possibilitando boas condições
para o desenvolvimento dos filhotes. Mago (1970) cita as chuvas anuais como controladoras do ciclo de vida
dos peixes, sendo o início das chuvas o gatilho para a estação de desova de muitas espécies, confirmando
Lowe-Macconnell (1964) em relação à abundância de alimentos no inverno e escassez no verão.

As algas filamentosas desempenham papel fundamental na alimentação dos indivíduos que habitam as áreas
alagadas, pois elas se ligam e retêm nutrientes permanecendo ligadas à vegetação vascular e outros
substratos. A biomassa algal no que diz respeito ao curso do ciclo anual, deve ser mais importante para a
teia alimentar que a produtividade indica (BOYCE e HANEY, 1997).

As plantas vasculares fornecem então estrutura, além de cobertura protetora, lugares para ninho e alimento
(BOYCE e HANEY, 1997). Invertebrados são importantes no processo de decomposição e servem como
importante alimento para os vertebrados (BOYCE e HANEY, 1997). Vertebrados são importantes
consumidores e incluem peixes, anfíbios, répteis, pássaros aquáticos e mamíferos.

Embora os peixes, anfíbios e répteis sejam consumidores, são também importantes presas para pássaros e
mamíferos. Os pássaros são os vertebrados mais facilmente observados nos alagados porque muitos têm
corpo grande e a maioria tem hábitos diurnos (BOYCE e HANEY, 1997).

Conforme as águas abaixam, as perdas de peixe são enormes, tanto por sua retenção em poças secando
onde inúmeros pássaros deles se alimentam, e pela predação dos peixes jovens pelos grandes, quanto por
sua saída pelos canais em direção aos rios (LOWE-MCCONNELL, 1999 apud GAMA e HALBOLTH, 2003).

No estado do Amapá são conhecidas apenas duas estações sazonais do ano o inverno (cheia),
correspondendo ao período de maior precipitação, de janeiro a junho, e o verão (estiagem) correspondente

1
ao período menor precipitação que abrange os demais meses do ano. Durante o inverno surgem no estado
várias áreas inundáveis, denominados regionalmente por “ressacas” (GAMA e HALBOTH, 2003).

As ressacas no estado do Amapá são caracterizadas como áreas úmidas periodicamente inundadas, mas que
abrigam canais ou cursos d’água perenes (TAKIYAMA et al., 2003). Essas áreas interligam-se a sistemas de
canais que estão ligados ao curso de água principal do Igarapé da Fortaleza, formando a bacia hidrográfica
do referente Igarapé, além de serem corredores naturais de vento que amenizam o desconforto térmico e
influenciam no micro clima da cidade, se constituem em bacias naturais de acumulação hídrica para onde se
destinam as drenagens pluviais, servindo no controle das inundações e comportam-se como reservatórios
naturais (SANTOS, 2006; MACIEL, 2001). Nas ressacas, durante o inverno, as águas espalham-se sobre a
planície e são enriquecidas com nutrientes devido a camada humífera e a rápida decomposição de
gramíneas, e de restos de animais. O que acarreta em um crescimento na população de microorganismos,
seguido de grande explosão de macroinvertebrados (insetos, crustáceos, moluscos) usados como alimento
pelos peixes (LOWE-MCCONNELL, 1999 apud GAMA e HALBOLTH, 2003). Ainda nesses ambientes, os peixes
se relacionam com outras assembléias formando uma complexa cadeia alimentar que incluem vegetais e
outros animais, além de proporcionarem verdadeiros criadouros (berçários) naturais para muitas espécies
de peixes, crustáceos que migram para as ressacas para se reproduzirem e depois retornarem ao rio, através
dos canais naturais que interligam o rio às ressacas. As áreas de ressacas desempenham papel fundamental
na alimentação e desenvolvimento dos peixes. Destes, as espécies ósseas (Osteichthyes) são os principais
representantes, pois é o grupo mais vasto e diverso, e que podem habitar diferentes tipos de ambientes
aquáticos (GAMA e HALBOTH, 2003; SANTOS, 2006).

2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Caracterizar a fauna de peixes da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza, no estado do Amapá.

2.2. Objetivos Específicos


Determinar a diversidade de peixes entre as áreas de ressacas;
Determinar os índices de diversidade, equitabilidade e abundância;
Determinar as espécies de importância comercial e ornamental;
Verificar padrões temporais (período seco e cheio) de diversidade;
Verificar a dispersão da espécie exótica Oreochromis niloticus (tilápia).

2
2. METODOLOGIA

2.1. ÁREA DE ESTUDO


A Bacia do Igarapé da Fortaleza esta compreendida entre as latitudes 00o05’13’’ N e 00o03’43’’ S, e as
longitudes 51o04’37’’ W e 51o09’57’’ W. O seu canal principal tem a nascente nas proximidades da Lagoa dos
Índios e a foz no canal do Norte, margem esquerda do Rio Amazonas. Sua área de influência se estende
pelos “braços” de pequenas bacias de drenagem, que se tornam alagadas no período de cheia, sofrem
influência de marés e constituindo as regionalmente denominadas “ressacas” (SOUZA, 2003). Considerando
seu curso principal e todos os seus tributários, a rede de drenagem da Bacia do Igarapé da Fortaleza alcança
295 km de extensão (SILVA et al., 2009).

A Bacia do Igarapé Fortaleza abriga a maior parte dos dois principais municípios do estado – Macapá, capital,
e Santana, o segundo maior município em população e importância econômica. O que faz dessa bacia uma
das mais pressionadas quanto aos seus aspectos ambientais, com problemas relacionados principalmente à
ocupação irregular de suas áreas inundáveis, sendo que dos ambientes que compõem a bacia o igarapé da
Fortaleza é o maior e principal curso d’água (SILVA et al., 2009).

As amostragens para a caracterização da ictiologia foram realizadas em seis diferentes locais situados na
Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza, os quais foram: o Igarapé da Fortaleza, onde as coletas foram
realizadas tanto no curso principal do igarapé quanto no “Porto da Embrapa” situado na parte média do
referente igarapé; além também de quatro áreas de “ressacas” situadas próximas ao igarapé, sendo elas:
Ressaca do Congós, Ressaca da Lagoa dos Índios, Ressaca do Tacacá e Ressaca do Wagner (Figura 1).

3
Figura 1. Bacia hidrográfica do igarapé da Fortaleza com indicação dos pontos de amostragem de peixes visitados neste
estudo. Fonte: SEMA, 2009.

Estas ressacas foram mapeadas, por meio do registro das coordenadas geográficas com auxílio de um GPS
(Sistema de Posicionamento Geográfico), em imagens de satélite LANDSAT fornecidas pelo Instituto de
Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA.

O Igarapé da Fortaleza apresenta áreas de inundação com águas escuras e turvas, povoadas com macrófitas
aquáticas enraizadas e flutuantes com sedimentação argilosa rica em matéria orgânica (ESTEVES, 1998;
TORRES, 2003). De acordo com Cunha et al., (2003) nas cabeceiras de braços do Igarapé da Fortaleza
ocorrem pequenos igapós que servem como berçários de peixes. É importante salientar que o ecossistema
do Igarapé da Fortaleza tem sido observado a deterioração das matas ciliares, erosão das margens,
assoreamento intensivo e urbanização desordenada, com reflexos negativos para qualidade da água da
bacia, onde que os níveis coliformes fecais têm ultrapassado o aceitável (CUNHA, 2003).

4
O Porto da Embrapa apresenta uma área mais reservada de floresta de várzea, recebe influência da maré,
suas águas são claras, sedimento argiloso, barrancos marginais, macrófitas flutuantes e raízes bem
desenvolvidas. Assim Santos (2006) define que esses ambientes de ressacas servem como criadouros
(berçários) naturais para muitas espécies de peixes, crustáceos para depois retornarem ao rio através dos
canais naturais.

A Ressaca do Congós e a Ressaca do Tacacá estão situadas em áreas mais impactadas sofrendo maior
interferência antrópica, segundo Aguiar e Silva (2003) que identificaram que o agravamento nas áreas de
ressacas é em virtude do lixo doméstico ser depositado diretamente nesse ambiente alagado e os dejetos
humanos são lançados ao meio ambiente, além das alterações no meio biótico que são caracterizadas pela
supressão da vegetação permanente (mata ciliar) e queimadas. Suas águas são rasas, escuras e turvas, um
importante fator a ser considerado para o estudo da qualidade da água nas ressacas é a influência das
chuvas que contribuem para o aumento de coliformes fecais, através do escoamento das águas
contaminadas para as ressacas, sendo que o pior caso em termos de qualidade de água foi observado na
Ressaca do Congós, devido à alta densidade de ocupação da área de ressaca (TAKIYAMA et al., 2003).

A Ressaca da Lagoa dos Índios apresenta segundo Lima (2009) como característica predominante as
macrófitas Eichhornia azurea (Sw.) Kunth, Juncus effesus L., Nymhaea caerulea Savigny e Salvinia auriculata
Aubl, além de raízes da vegetação marginal, suas águas são rasas, escuras e turvas, resquícios de mata de
terra firme no entorno da ressaca e altos níveis de poluição por efluentes de esgotos. Segundo (RICKLEFS,
1996) a entrada desses compostos intensifica o processo de fertilização da água, e a consequência desta
fertilização “artificial”, muitas vezes chamada de eutrofização, são as mudanças das condições biológicas e
químicas do corpo d’água, podendo transformar águas oligotróficas e claras em ambientes túrbidos que são
menos atraentes para a recriação; A entrada de direta de rejeitos orgânicos na água, como os esgotos
provocam um problema maior para a qualidade da água, pois essas matérias orgânicas suspensas ou
dissolvidas na água criam o que é conhecido como demanda bioquímica de oxigênio, significando que a
decomposição desses materiais pelas bactérias consomem o oxigênio presente na água, provocando a
desoxigenação da água. Sob estas condições os peixes podem sufocar-se e contribuir ainda mais para a carga
de matéria orgânica da água.

A Ressaca do Wagner na verdade representa a área particular do Sr. Wagner, situado às margens da rodovia
JK próximo à divisa entre Macapá e Santana. A área está situada em uma área mais reservada, presença de
mata ciliar, suas águas são escuras com pouca dominância de macrófitas aquáticas e solo arenoso. De

5
acordo com Gama e Halboth (2003) são ambientes propícios ao abrigo de diversas espécies de peixe,
especialmente nas primeiras fases do desenvolvimento.

2.2. Coleta de dados


As amostragens foram obtidas no período de novembro de 2009 a outubro de 2010 e foram realizadas
durante as duas estações tipicamente Amazônicas; período de estiagem (novembro a dezembro de 2009 e
julho a outubro de 2010) e de cheia (janeiro a maio de 2010) (Figura 2).

Figura 2. Área de ressaca da Bacia do igarapé da Fortaleza. A) Período seco; B) Período chuvoso.

Para a captura dos exemplares, foram utilizadas redes de espera de malhas 15, 20, 30, 40 e 45 mm (entre
nós adjacentes), colocadas em pontos estratégicos as margens dos corpos d’água e amarradas para que não
se desprendessem (Figura 3), e em seguida foram utilizadas a tarrafa e o puçá (Figura 4). Os peixes
capturados foram colocados em sacolas de plástico, devidamente etiquetados, acondicionados em caixas
térmicas e transportados até o laboratório do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá
(IEPA), onde foram fixados em formol à 10%, para posterior identificação, mensuração e pesagem.

6
Figura 3. Amostras obtidas por coletas com redes de espera junto às margens dos corpos d’água com as extremidades
amarradas, nas áreas de ressacas do igarapé da Fortaleza, Macapá-AP, durante o período de novembro de 2009 a
outubro de 2010.

Figura 4. Amostras obtidas por coletas com A) tarrafa e B) puçá nas áreas de ressacas, Macapá-AP durante o período de
novembro de 2009 a outubro de 2010.

Cada espécie foi então identificada através de livros e chaves taxonômicas como por exemplo, Planquette et
al. (1996a), Planquette et al. (1996b), Planquette et al. (1996c), Reis (1997), Reis e Schaefer (1998), Chernoff
e Machado-Allison (1999), Py-Daniel e Oliveira (2001), Chernoff et al. (2002), Pereira e Reis (2002),
Wildekamp et al. (2002), López-Fernández e Winemiller (2003).

Na biometria foram obtidas medidas de comprimento padrão (CP), o qual compreende as medidas desde o
focinho até a última vértebra do peixe (Figura 5). O instrumento utilizado para a tomada destas medidas foi
uma régua métrica (escala fixada com comprimento total de 50 cm, intervalo de 1 cm). E com relação aos
comprimentos obtidos os indivíduos foram classificados conforme a literatura de Castro (1999), o qual adota
o limite de até 15 cm de comprimento padrão para classificar os peixes na categoria de “pequeno porte”.

7
Figura 5. Exemplo da medição do comprimento padrão (CP) de um espécime de peixe.

2.3. Análise dos dados

2.3.1. Diversidade
Para analisar a diversidade das associações ícticas amostradas nas seis áreas foi utilizado o Índice de
Shannon - Wiener (KREBS, 1989), conforme a fórmula expressa abaixo:

H’ = - ∑ pi (log pi),
Onde:
H’ = diversidade;
pi = a proporção de cada espécie;
log pi = logarítmo na base 2 da proporção de cada espécie.

2.3.2. Equitabilidade
A Equitabilidade foi avaliada mediante o Índice de Pielou (KREBS, 1989) para verificar se as diferentes
espécies possuem abundâncias (número de indivíduos) semelhantes ou divergentes entre os locais
amostrados. A fórmula utilizada para calcular a equitabilidade foi a seguinte:

J’ = H’/ log S
Onde:
J’ = equitabilidade
H’ = diversidade observado
log S = logaritmo na base 2 do número total de espécies (S).

8
2.3.3. Riqueza
A Riqueza de Espécies é simplesmente o número total de espécies (S) em uma unidade amostral.
Consequentemente, a riqueza de espécies é muito dependente do tamanho amostral – quanto maior a
amostra, maior o número de espécies que poderão ser coletadas (KREBS, 1989).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O número total de indivíduos coletados neste trabalho foi de 534, distribuídos em 56 espécies, 42 gêneros e
17 famílias (Tabela 1). A família com maior número de indivíduos coletados foi a família Characidae com 203
indivíduos (38,0%) e a família Cichlidade foi a segunda mais representativa, contribuindo com 100
exemplares (18,7%). Em seguida vieram as famílias Serrasalmidae, Anostomidae, Erithrinidae e Loricariidae
representadas por 75 (14,0%), 66 (12,4%), 25 (4,7%) e 23 (4,3%) indivíduos, respectivamente e as demais
famílias somando ficou com 42 (7,9%) indivíduos (Figura 6).

250

203
200
Frequência absoluta

150

100
100
75
66

50
25 23
14 10 6 3 3 1 1 1 1 1 1
0
PE E
AR AE

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AN A E
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Famílias

Figura 6. Número de espécimes de peixes capturados classificados por família.

Tabela 1. Família, Espécie, Número de Indivíduos (N) e Abundância de Cada Família (A %).
FAMILIA ESPÉCIE N A%
AGENEIOSIDAE Ageneiosus brevifilis 1
Ageneiosus sp 2
Total 3 0.56
ANOSTOMIDAE Leporinus friderici 2
Leporinus sp. 60
Schizodon fasciatum 4
Total 66 12.36
AUCHENIPTERIDAE Parauchenipterus galeatus 3
Total 3 0.56
BELONIDAE Potamorrhaphis guianensis 6
Total 6 1.12
9
FAMILIA ESPÉCIE N A%
CALLICHTHYIDAE Hoplosternum littorale 1
Megalechis sp 4
Megalechis thoracata 3
Total 8 1.50
CHARACIDAE Acestrorhynchus altus 10
Astyanax abramis 18
Astyanax sp. 2
Astyanax sp1 1
Bryconops melanurus 2
Hemibricon sp. 138
Hemigrammus sp1 15
Hemigrammus sp2 11
Triportheus curtus 5
Triportheus sp 1
Total 203 38.01
CICHLIDAE Acaronia nassa 13
Aequidens sp 4
Aequidens tetramerus 16
Chaetobranchopsis australis 2
Chaetobranchopsis sp 1
Chaetobranchus flavescens 4
Cichla monoculus 1
Crenicichla sp 3
Heros sp 1
Hypselecara temporalis 1
Laetacara cf curviceps 23
Mesonauta acora 6
Mesonauta sp 3
Oreochromis niloticus 1
Pterophyllum scalare 19
Satanoperca sp. 2
Total 100 18.73
CLUPEIDAE Pellona flavipinnis 1
Total 1 0.19
CURIMATIDAE Curimata incompta 15
Curimata sp 1
Total 14 2.62
DORADIDAE Doradidae 1
Total 1 0.19
ERITHRINIDAE Hoplerythrinus unitaeniatus 12
Hoplias aimara 1
Hoplias malabaricus 12
Total 25 4.68
HYPOPOMIDAE Brachyhypopomus brevirostris 1
Total 1 0.19
LORICARIIDAE Ancistrus sp 6
Hemiancistrus sp 1
Hipostomus sp 1
Loricaria cataphracta 1
Loricariichthys sp 16
Total 25 4.68
10
FAMILIA ESPÉCIE N A%
NANDIDAE Policentrus sp. 1
Total 1 0.19
SCIANIDAE Plagioscion sp 1
Total 1 0.19
SERRASALMIDAE Metynnis lippincottianus 70
Serrasalmus rhombeus 5
Total 75 14.04
STERNOPYGIDAE Sternopygus sp 1
Total 1 0.19
Total geral 534 100

Como frisado anteriormente ocorreu a predominância da família Characidae, detentora de 38% dos
indivíduos capturados, destacando-se a espécie Hemibricon sp. com 138 indivíduos, Astyanax abramis com
18 indivíduos e Hemigrammus sp.1 com 15 indivíduos. Assim como o presente estudo e com base na tabela
1, Corrêa (2007) também verificou a maior abundância da família Characidae com 1.447 indivíduos, além de
outras espécies pertencentes não só a família Characidae, mas também a Cichlidae, que foram encontradas
de maneira similar na Bacia do Igarapé da Fortaleza, tais como: Acaronia nassa e Aequidens sp. (Cichlidae) e
Astyanax sp.1 e Astyanax sp.2 (Characidae). O autor ainda ressaltou que apesar dos estudos terem ocorrido
em diferentes regiões, tais famílias foram as que obtiveram maiores abundâncias.

Observa-se na Figura 7 que a espécie Hemibricon sp., Metynnis lippinconttianus e Leporinus sp. foram as
mais abundantes. Comparando com Brandão (2008) em Levantamento Ictiológico na Área de Ressaca da
Lagoa Índios, as espécies que ocorreram com maior abundância pertencem aos gêneros Hemigrammus sp. e
Hyphessobricon sp., onde se reconheceu apenas uma espécie de Hemigrammus aff. ocellifer, esses
apresentaram-se da seguinte maneira Hemigrammus sp. com 652 indivíduos (56%), Hyphessobricon sp. 193
indivíduos (16%) e Hemigrammus aff. ocellifer com 118 indivíduos (10%).

11
160
138
140

Abundância (nº)
120
100
80 70
60
60
40 23 19 18
20
0

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Espécies

Figura 7. Espécies mais abundantes coletados nas ressacas da Bacia Hidrográfica do Igarapé da Fortaleza no período de
novembro de 2009 a outubro de 2010.

De acordo com Gama e Halboth (2003) em estudo das ressacas das Bacias do Rio Curiaú e do Igarapé da
Fortaleza, a espécie com maior abundância foi Hyphessobricon sp2. No estudo de Oliveira e Bennemann
(2005), que estudaram a ictiofauna em um Riacho Urbano no Sul do Brasil, foram coletadas 15 espécies de
peixes, num total de 5454 exemplares, sendo que as mais abundantes foram Poecilia reticulata e Phalloceros
caudimaculatus. As espécies P. reticulata, P. caudimaculatus, Bryconamericus iheringii, Tilapia rendalli e
Astyanax scabripinnis representaram 86,9% do número total de exemplares coletados. Camargo et al. (2005)
em Levantamento Ecológico Rápido da Fauna Ictica de Tributários do Médio-Baixo Tapajós e Curuá, as
espécies Cyphocharax spilurus e Characidium zebra foram amplamente distribuídas e com maior
abundância.

Nos últimos anos os estudos das áreas de ressacas têm se intensificado, pois suas dimensões reduzidas
tornam estes ambientes mais sensíveis à ação humana. Tais estudos podem demonstrar que as áreas de
ressacas desempenham um papel fundamental na alimentação e desenvolvimento destes peixes. Gama e
Halboth (2003) estudando as ressacas das Bacias do Rio Curiaú e do Igarapé da Fortaleza, localizados no
estado do Amapá, encontraram resultado inferior ao deste estudo. Os autores evidenciaram a presença de
41 espécies, distribuídas em 15 famílias na Bacia do Rio Curiaú e 33 espécies, distribuídas em 13 famílias no
Igarapé da Fortaleza. Das espécies citadas por eles, treze espécies foram encontradas neste presente
trabalho: Leporinus sp., Astyanax abramis, Acestrorhynchus altus, Triportheus curtus, Aequidens sp.1,
Mesonauta acora, Pterophyllum scalare, Curimata incompta, Hoplerythrinus unitaeniatus, Hoplias
malabaricus, Loricariichthys sp., Metynnis lippincottianus, Serrasalmus rhombeus.

12
Foram identificadas seis espécies nas áreas da Bacia do Igarapé da Fortaleza que se assemelham a resultados
encontrados por Araújo (2004) em estudo nos ambientes lacustres da RDS Piranha Manacapuru, Leporinus
friderici, Hoplias malabaricus, Pterophyllum scalare, Aequidens tetramerus, Chaetobranchus flavescens,
Acaronia nassa. Estes resultados segundo Lowe-McConnell (1999) e Hoffmann (2005) concordam com o
descrito para ambientes neotropicais, e a destacada participação da família Characidae é decorrente da
ampla distribuição de suas espécies em água doce, além desta família incluir a maioria das espécies de
peixes de águas interiores do Brasil.

Com base nos estudos de Gama e Halboth (2003) e Brandão (2008) foram identificadas para a Bacia do
Igarapé da Fortaleza oito novas espécies sendo elas: Chaetobranchopsis australis, Loricaria cataphracta,
Hypselecara temporalis, Plagioscion sp., Hemibricon sp., Laetacara cf. curviceps, Policentrus sp., Schizodon
fasciatum, Oreochromis niloticus. Constatando-se assim um aumento no número de espécies listadas para as
áreas de ressacas da Bacia do Igarapé da Fortaleza, e indicando também que novas espécies podem ser
encontradas.

Com relação ao tamanho dos indivíduos coletados, a espécie que apresentou menor tamanho foi Hemibricon
sp. com 1,1 cm e a de maior tamanho foi Hipostomus sp. com 39,5 cm de comprimento padrão, sendo que a
média de toda população foi de 6,8 cm. Além disso, a Ressaca do Tacacá e a Ressaca da Lagoa dos Índios
foram as que apresentaram as espécies com os menores comprimentos médios com 3,91 e 5,41 cm,
respectivamente (Tabela 2). Estes comprimentos de acordo com Shibatta e Cheida (2003) estão relacionados
com indivíduos de pequeno porte, pois os autores ao estudarem a ictiofauna da Bacia do Rio Tibagi no
Paraná verificaram que as espécies constantes foram Astyanax eigenmanniorum, Astyanax sp.,
Bryconamericus iheringii, e do total de espécies, 98,3% estiveram nas categorias entre 1,5 e 4,1 cm de
comprimento padrão, onde a espécie que representou o menor tamanho foi Phalloceros caudimaculatus
(1,6 cm).

Tabela 2. Medidas da variável biométrica comprimento padrão (CP) para diferentes locais amostrados.
Locais Média (cm) Máximo (cm) Mínimo (cm)
IG. DA FORTALEZA 10.80 33.7 5.6
LAGOA DOS INDIOS 5.41 20 1.8
PORTO DA EMBRAPA 15.16 20.8 10.3
RESS. DO TACACA 3.91 20.9 1.1
RESS. DO WAGNER 16.80 33.5 4.7
RESS. DOS CONGÓS 9.28 39.5 4.3

As pesquisas têm demonstrado que os igarapés são colonizados principalmente por espécies de pequeno
porte, destacando-se entre elas as piabas ou matupiris (Astyanax spp., Moenkhausia spp., Hemibricon spp.,

13
Bryconops spp., Hemigrammus spp.), acarás (Aequidens spp., Apistogramma spp.) e jacundás (Crenicichla
spp.) (SANTOS e FERREIRA, 1999). A maioria das espécies desses gêneros foram encontradas nos igarapés e
nas áreas de ressacas da Bacia do Igarapé da Fortaleza, em estudos como os de Goulding (1980), Santos
(1987) e Brandão (2008) indicando a ocorrência de juvenis e confirmando a função destas áreas como
ambientes propícios a permanência de indivíduos recrutas.

Com relação aos locais de amostragem, Hemibricon sp., foi a espécie mais abundante em número de
indivíduos na Ressaca do Tacacá, com 138, seguido por Metynnis lippincottianus, no Igarapé da Fortaleza e
Ressaca do Congós com 46 e 19 indivíduos respectivamente, na Lagoa dos Índios a espécie Hemigrammus
sp.1 com 15 indivíduos foi a mais abundante, a espécie Triportheus curtus com 5 exemplares foi a mais
abundante na área de Ressaca do Wagner (Tabela 3).

Tabela 3. Espécies ocorrentes por local de amostragem, Igarapé da Fortaleza (IF), Ressaca da Lagoa dos Índios (LI), Porto
da Embrapa (PE), Ressaca do Tacacá (RT), Ressaca do Wagner (RW), Ressaca dos Congos (RC), Número total de
Indivíduos (N).
ESPÉCIE IF LI PE RT RW RC N
Acaronia cf. nassa 3 3
Acaronia nassa 3 7 10
Acestrorhynchus altus 8 2 10
Aequidens sp.1 4 4
Aequidens tetramerus 16 16
Ageneiosus brevifilis 1 1
Ageneiosus sp.1 2 2
Ancistrus sp. 2 1 3 6
Astyanax abramis 14 2 1 1 18
Astyanax sp.1 2 2
Astyanax sp.2 1 1
Brachyhypopomus brevirostris 1 1
Bryconops melanurus 2 2
Chaetobranchopsis australis 1 1 2
Chaetobranchopsis sp. 1 1
Chaetobranchus flavescens 1 3 4
Cichla monoculus 1 1
Crenicichla sp. 1 1 1 3
Curimata cf. incompta 8 1 9
Curimata incompta 1 3 4
Curimata sp. 1 1
Doradidae sp. 1 1
Hemiancistrus sp. 1 1
Hemibricon sp. 138 138
Hemigrammus sp.1 15 15
Hemigrammus sp.2 11 11
Heros sp. 1 1
Hipostomus sp. 1 1
Hoplerythrinus unitaeniatus 6 2 4 12
Hoplias aimara 1 1
14
ESPÉCIE IF LI PE RT RW RC N
Hoplias malabaricus 7 1 4 12
Hoplosternum littorale 1 1
Hypselecara temporalis 1 1
Laetacara cf. curviceps 23 23
Leporinus friderici 1 1 2
Leporinus sp. 60 60
Loricaria cataphracta 1 1
Loricariichthys sp. 2 2 12 16
Megalechis sp.1 3 1 4
Megalechis thoracata 3 3
Mesonauta acora 2 4 6
Mesonauta sp. 1 2 3
Metynnis lippincottianus 46 3 2 19 70
Oreochromis niloticus 1 1
Parauchenipterus galeatus 3 3
Pellona flavipinnis 1 1
Plagioscion sp. 1 1
Policentrus sp. 1 1
Potamorrhaphis guianensis 6 6
Pterophyllum scalare 2 11 6 19
Satanoperca sp. 2 2
Schizodon fasciatum 4 4
Serrasalmus rhombeus 5 5
Sternopygus sp. 1 1
Triportheus curtus 5 5
Triportheus sp. 1 1
Total 122 40 8 295 25 44 534

3.1. Riqueza e ocorrências das espécies


O Igarapé da Fortaleza foi o local que apresentou a maior riqueza acumulada, com 26 espécies, sendo doze
espécies capturadas apenas neste local: Ageneiosus sp.1, Astyanax sp.2, Bryconops melanurus, Cichla
monoculus, Hemiancistrus sp., Hoplias aimara, Hoplosternum littorale, Loricaria cataphracta,
Parauchenipterus galeatus, Satanoperca sp., Sternopygus sp. e Serrasalmus rhombeus. A Ressaca do Tacacá
apresentou 23 espécies das quais 13 foram encontradas apenas neste ponto: Acaronia cf. nassa, Aequidens
sp.1, Aequidens tetramerus, Astyanax sp.1, Brachyhypopomus brevirostris, Hemibricon sp., Heros sp.,
Laetacara cf. curviceps, Leporinus sp., Megalechis thoracata, Policentrus sp., Triportheus sp., Potamorrhaphis
guianensis (Figura 8).

15
30
26
25 23

Número de espécies
20

15
11
10
10
7 7

0
IF RT RW LI PE RG
Locais de coleta

Figura 8. Número de espécies registradas por local de amostragem

Os outros pontos que contribuíram com pouca riqueza foram: Ressaca do Wagner com 11 espécies das quais
cinco foram capturadas somente neste lugar (Chaetobranchopsis sp., Curimata sp., Pellona flavipinnis,
Schizodon fasciatum e Triportheus curtus); Ressaca Lagoa dos Índios com 10 espécies capturadas, sendo
duas encontradas apenas neste ponto (Hemigrammus sp.1, Hemigrammus sp.2); Ressaca do Congós com
sete espécies capturadas, onde apenas duas foram encontradas neste ambiente (Hipostomus sp.,
Oreochromis niloticus); Porto da Embrapa onde foram coletadas sete espécies sendo três capturadas apenas
neste local de amostragem (Ageneiosus brevifilis, Plagioscion sp., Hypselecara temporalis).

A elevada diferença no número de espécies entre a Ressaca do Tacacá e a Ressaca do Congós,


provavelmente ocorreu devido ao período de estiagem, a Ressaca do Tacacá apesar de ter parte das
características originais de seu leito alteradas pela ação antrópica não seca totalmente. Segundo Oliveira e
Bennemann (2005) entre os recursos alimentares encontrados em áreas de ressacas urbanas o detrito, os
insetos e vegetais foram os itens alimentares mais abundantes utilizados pelos peixes nesse tipo de
ambiente, Além disso, muitas espécies se comportaram como especialistas utilizando um alimento
abundante (detrito) e, não uma variedade de recursos como seria esperado em ressacas menos degradadas.
Na Ressaca do Congós, ficou evidente o efeito de alterações antrópicas, como a remoção da mata ciliar,
lançamento de efluentes na água, mudança do canal, além de ser uma área que apresenta maior acúmulo
de sedimentos, no período de estiagem seus corpos d’água encontravam-se em condições inadequadas para
realização das coletas. De acordo com Barreto e Uieda (1998) as alterações nas características físicas do leito
das ressacas foram as responsáveis pela maior heterogeneidade do hábitat, promovendo um aumento na
disponibilidade de micro-hábitats, que diretamente influencia a distribuição das espécies.

16
A Ressaca do Igarapé da Fortaleza e a Ressaca da Lagoa dos Índios também apresentaram diferenças no
número de espécies, visto que, os dois locais são ambientes que ainda não apresentam problemas graves de
impactos ambientais. É provável que a qualidade da água seja o fator limitante para a ocorrência de poucas
espécies e de poucos itens alimentares, principalmente na Ressaca da Lagoa dos Índios, com a deposição de
resíduos sólidos e rejeitos orgânicos e inorgânicos provenientes de esgotos localizados ao seu redor.

A presença de organismos sensíveis a alterações antropogênicas é uma condição frequentemente observada


em ambientes considerados menos alterados (ARAÚJO, 1998). De acordo com Lyons et al. (1995), as
ressacas com boas condições de integridade possuem espécies de peixes nativas com várias classes de
tamanhos e a estrutura trófica é balanceada. À medida que a influência antrópica aumenta, as espécies mais
sensíveis começam a desaparecer e a estrutura trófica é alterada.

No período de cheia de janeiro a maio de 2010 foi evidente a diminuição da abundância (número de
indivíduos) das espécies, sendo que a espécie Hemigrammus sp. foi a que apresentou maior dominância
(número de indivíduos) no mês de janeiro, sendo que no período de estiagem não foram capturados
exemplares dessa espécie. Nos meses de novembro, dezembro de 2009 e julho e setembro de 2010 que são
períodos de poucas chuvas as espécies com maior dominância foram Hemibricon sp., Leporinus sp. e
Metynnis lippincottianus. Estas áreas no período de cheia ficam inundadas e deixam as espécies mais
dispersas, e mais difíceis de serem capturadas, visto que as mesmas procuram se abrigar em locais de difícil
acesso (SILVA, 2008). A variação sazonal do nível do rio juntamente à estrutura física dos habitats são
considerados alguns dos principais fatores que influenciam os padrões de distribuição, abundância e
diversidade da ictiofauna em ambientes aquáticos, afetando a estrutura dessas comunidades (JUNK et al.,
1989; WOOTTON, 1992; BUNN e ARTHINGTON, 2002; THOMAZ et al., 2007 apud SILVA, 2008), o que pode
justificar os baixos índices de abundância dos indivíduos na estação chuvosa. Pode-se observar ainda a
abundância dos indivíduos de acordo com a ocorrência nos ciclos hidrológicos, onde a estação chuvosa
apresentou apenas 15,9% da abundância de indivíduos capturados, já a estação menos chuvosa apresentou
84,1% do total de peixes capturados.

3.2. Índices descritivos da ictiofauna


A diversidade na Bacia do Igarapé da Fortaleza apresentou diferenças entre as estações sazonais nos pontos
de amostragem em todo o período analisado. Os maiores valores do índice de diversidade foram registrados
no mês de janeiro (H’ = 1,08) no período de cheia e no mês de outubro (H’ = 1,04) no período de estiagem.
Essa diversidade registrada no mês de janeiro provavelmente ocorreu devido ao avanço das águas sobre o
solo, onde os peixes tentam se dispersar no ambiente aquático fazendo com que nas coletas apareça maior

17
número de espécies e pouco número de indivíduos. Brandão (2008) em levantamento ictiológico na Área de
Ressaca da Lagoa dos Índios registrou nos meses de janeiro (H’ = 2,35) e março (H’ = 2,74) os maiores valores
de índice de diversidade (Figura 9). Resultados semelhantes foram encontrados por Marinho (2006) e
segundo Barbieri e Kronemberg (1994) a ocorrência de um maior número de espécies pode estar
relacionada ao maior aporte de matéria orgânica e sedimentos que são derivados do lixiviamento do solo
pelas chuvas, o que pode favorecer maior oferta de alimentos e nutrientes para os peixes. Os menores
índices foram observados nos meses de fevereiro (H’ = 0,24) e maio (H’ = 0,29) durante a estação mais
chuvosa, em que ocorreram as menores capturas. Segundo Lowe-McConnell (1999) e Silva (2008) a água fica
mais turva e os peixes conseguem ocupar locais que antes não estavam acessíveis já que ocorre a expansão
do ambiente aquático pela cheia dos rios, deixando as espécies mais dispersas, fazendo com que nas coletas
apareça pouco número de indivíduos.

1.20

1.08
1.04
1.00

0.89
Índice de diversidade (H`)

0.83
0.80

0.71

0.60

0.49
0.44
0.40
0.38
0.29
0.24
0.20

0.00
nov/09 dez/09 jan/10 f ev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10

Meses

Figura 9. Índice de Diversidade durante o período de coleta.

A diversidade de espécies entre os períodos de coleta analisados apresentou-se diferenciada, visto que os
maiores índices foram registrados para os meses de estiagem (agosto a novembro), sendo que o período de
cheia ficou com os menores índices. Pois nos períodos mais secos, apesar da água estar mais clara e de os
peixes poderem avistar os petrechos, não há muitos lugares para que possam escapar, pois o ambiente
aquático foi recuado (SILVA, 2008), isto de forma geral, pode levar à maior capturabilidade de indivíduos.
Quando analisados os componentes da diversidade, riqueza e equitabilidade virificou-se que a diversidade
geral da Bacia do Igarapé da Fortaleza foi H’ = 1,28 e dentre os locais de amostragem o Igarapé de Fortaleza
apresentou uma comunidade de peixes com maior valor de diversidade (H’ = 1,05) e riqueza (S = 26), porém
o valor de equitabilidade (J’ = 0,22) foi baixo devido a espécie Metynnis lippincottianus ter apresentado
maior número de indivíduos entre as espécies nesse ponto (Tabela 4). Quando comparados ao estudo de

18
Gama e Halboth (2003) que apresentaram para o Rio Curiaú (H’ = 0,79 e E’ = 0,49) e para o Igarapé da
Fortaleza (H’ = 0,32 e E’ = 0,21) no Estado do Amapá, baixos valores de diversidade e equitabilidade em
ambas as bacias, refletindo a dominância da espécie Hyphessobrycon sp2, uma espécie de pequeno porte e
muito abundante em todos os ambientes amostrados.

Tabela 4 – Valores de Diversidade (H’), Equitabilidade (J’) e Riqueza (S) calculados para as amostras totais da Bacia do
Igarapé da Fortaleza.
Local H J S
IG. DA FORTALEZA 1.046 0.223 26
LAGOA DOS INDIOS 0.773 0.233 10
PORTO DA EMBRAPA 0.828 0.295 7
RESS. DO TACACA 0.816 0.180 23
RESS. DO WAGNER 0.975 0.282 11
RESS. DO CONGÓS 0.636 0.227 7

Os valores de diversidade (H’), equitabilidade (J’) calculados para as amostras totais da Ressaca do Wagner,
Porto da Embrapa foram altos em ambos os casos. Já a Ressaca do Tacacá o índice de diversidade (H = 0,82)
se manteve em equilíbrio com relação aos valores anteriores, porém o índice equitabilidade (J’ = 0,18) foi o
mais baixo de todos os locais de amostragem devido a abundancia (número de indivíduos) da espécie
Hemibricon sp.. Em comparação com o trabalho de Gama (2006) que caracterizou na Floresta Nacional do
Amapá – Síntese do Conhecimento, A Expedição II - 27 de fevereiro a 17 de março de 2005 no Rio Santo
Antônio, que os valores encontrados de diversidade (H’ = 5,05 e E’ = 0,85) na Coleta 01 e na Coleta 02 (H’ =
4,75 e E’ = 0,72) foram considerados altos refletindo que a fauna de peixes em ambas as coletas e a boa
condição ambiental das áreas estudadas, esta combinação de fatores indica que provavelmente os locais
amostrados encontram-se preservados.

Pode-se salientar que existe uma grande diversidade de espécies nas áreas de Ressacas da Bacia do Igarapé
da Fortaleza, no entanto, a predominância são peixes de pequeno porte e de baixo valor comercial, sendo
que as espécies capturadas em sua forma jovem de valor comercial para o estado são: Hoplias aimara,
Hoplias malabaricus, conhecido como trairão e traira, possui alto valor comercial e grande procura pelos
pescadores, Cichla monoculus, conhecido como tucunaré, possui alto valor comercial e bastante procurado
pela prática da pesca esportiva e também utilizado em aquariofilia, assim como várias espécies de acarás.

19
4. CARACTERIZAÇÃO DAS ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
4.1. Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae
Gênero: Aequidens
Espécie: Aequidens tetramerus (HECKEL, 1840)
Espécie bentopelágica, de água doce, amplamente distribuída na bacia do Rio Amazonas no Peru, Bolívia,
Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, na bacia do rio Orinoco e nos rios Tocantins e
Parnaíba. Ocorre preferencialmente em zonas com pouca correnteza e em substratos com detritos vegetais.
Alimentam-se principalmente de insetos e secundariamente de peixes e plantas, são estritamente
territoriais e possuem cuidado parental. Espécie de importância para a aquariofilia (KEITH, et al. 2000).

4.2. Ordem: Perciformes


Família: Cichlidae
Gênero: Mesonauta
Espécie: Mesonauta acora (CASTELNAU, 1855)
Espécie bentopelágica, de água doce, distribuída na bacia do rio Amazonas e na bacia dos rios Tocantins e
Xingu. Sua dieta é basicamente de insetos. Espécie de importância para a aquariofilia.

20
4.3. Ordem: Perciformes
Família: Cichlidae
Gênero: Pterophyllum
Espécie: Pterophyllum scalare (SCHULTZE, 1823)
Espécie bentopelágica, de água doce, distribuída na bacia do rio Amazonas e na bacia dos rios Tocantins e
Xingu. Habita ambientes onde a vegetação aquática é densa e a água é clara. É a espécie mais popular dos
peixes de aquário.

4.4. Ordem: Perciformes


Família: Cichlidae
Gênero: Cichla
Espécie: Cichla monoculus

21
Espécie de grande porte muito apreciada pela população. Peixe piscívoro vivem em lagos e rios em troncos
de árvores caídos. Formam casais durante a época de reprodução, construindo ninhos onde depositam seus
ovos, e protegem a prole.

4.5. Ordem: Characiformes


Família: Serrasalmidae
Gênero: Metynnis
Espécie: Metynnis lippincottianus (COPE, 1870)
Espécie pelágica de água doce que ocorre em toda bacia amazônica, habita vários tipos de ambientes. Possui
importância na aquariofilia.

4.6. Ordem: Characiformes


Família: Characidae
Gênero: Astyanax
Espécie: Astyanax abramis (JENYNS, 1842)

22
Espécie bentopelágica, de água doce, distribuída na bacia do rio Amazonas. Habita ambientes lênticos onde
a vegetação aquática é densa. Possui importância na aquariofilia.

4.7. Ordem: Characiformes


Família: Acestrorhynchidae
Gênero: Acestrorhynchus
Espécie: Acestrorhynchus altus (MENEZES, 1969)
Espécie bentopelágica, de água doce, distribuída na bacia do rio Amazonas. Alimenta-se preferencialmente
de outros peixes. Espécie de importância comercial, servindo principalmente de alimento para os moradores
da região.

4.8. Ordem: Characiformes


Família: Erythrinidae
Gênero: Hoplias
Espécie: Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794)
Espécie bentopelágica, de água doce, potamódromo, distribuída desde a Costa Rica até a Argentina. Ocorre
em ambientes diversos, água corrente até lagos de águas paradas. Alimenta-se preferencialmente de outros
peixes quando adultos e de crustáceos e pequenos invertebrados quando jovem. Espécie de importância
comercial, servindo principalmente de alimento para os moradores da região.

4.9. Ordem: Siluriformes


Família: Callichthyidae
Gênero: Hoplosternum
Espécie: Hoplosternum littorale (HANCOCK, 1828)
23
Espécie demersal de água doce, distribui-se em toda a América do Sul. Habita áreas úmidas. Alimenta-se de
insetos associados com detritos. Espécie cultivada em Trinidad e na Guiana. Espécie de importância
comercial, servindo principalmente de alimento para os moradores da região.

4.10. Ordem: Perciformes


Família: Sciaenidae
Gênero: Plagioscion
Espécie: Plagioscion sp.
Espécie de grande porte alcança mais de 50 cm de comprimento, pelágica. Sua alimentação depende do
local onde se encontra. Espécie muito apreciada por sua carne branca e delicada, e por isso apresenta
grande importância comercial.

24
5. DISPERSÃO DA TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS)
No Brasil, apesar de não haver estudos sistematizados, acredita-se que a piscicultura é o principal
mecanismo de dispersão de espécies exóticas (organismos provenientes de outro país, continente ou zona
zoogeográfica) para novos ambientes (WELCOMME, 1988; AGOSINHO; JULIO Jr. 1996; ORSI; AGOSTINHO,
1999; BOSCHI, 2000; PATRICK, 2000). Essas espécies com tecnologia de cultivo dominada, associadas a uma
propaganda de sucesso rápido, foram importadas para cultivos experimentais ou projetos com escala
econômica financiados principalmente por órgãos federais estaduais, empresas ou particulares (AGOSINHO;
JULIO Jr. 1996).

A partir da piscicultura intensiva, as espécies exóticas podem alcançar corpos de água naturais contíguos ou
criadouros. Isso acontece quando indivíduos escapam junto com a água efluente dos tanques de criação,
através do rompimento ou do transbordamento, durante seu esvaziamento (ainda com indivíduos
remanescentes) ou durante as atividades normais de manejo nos tanques (GOLANI; MIRES, 2000; PATRICK,
2000). Os pesque-pague, estruturas comerciais que exploram o desejo pela pesca, também são fontes
potenciais de dispersão de espécies alienígenas em cursos de água, uma vez que os escapes são
praticamente inevitáveis e geralmente envolvem indivíduos já desenvolvidos, aptos a colonizar o novo
ambiente. Além disso, existe a possibilidade de algumas espécies se reproduzirem nos tanques e os
indivíduos jovens, devido seu pequeno porte, poderem escapar mais facilmente para o ambiente natural.
Na última década, ocorreu uma representativa expansão no número de pesqueiros em todo o Brasil. No
Estado do Amapá e nas proximidades da cidade de Macapá, a situação não é diferente. Ao longo da bacia do
Igarapé da Fortaleza existe vários empreendimentos de piscicultura, em que a principal espécie criada é o
tambaqui (Colossoma macropomum), mas existe também a criação da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus).
Gama (2008) fez um estudo sobre a criação da tilápia no estado do Amapá e demonstrou que 70% dos
ambientes onde ocorre a criação da tilápia, são áreas de várzea.

Durante o período de estudo, a tilápia foi capturada apenas na Ressaca do Congós, mas existe relatos da
presença da espécie por moradores nas proximidades do canal principal do Igarapé da Fortaleza. De acordo
com Aguiar e Silva (2004), existem sobre área de influência do Igarapé da Fortaleza seis ressacas, são elas:
Ressaca da Lagoa dos Índios, Ressaca Sá Comprido, Ressaca Nova Esperança, Ressaca Chico Dias, Ressaca do
Beirol e Ressaca do Tacacá.

Visitas foram realizadas em outras áreas de ressacas onde existem moradias, como a ressaca Nova
Esperança, Ressaca Chico Dias e a Ressaca do Beirol, apesar de não ter sido realizada nenhuma coleta nessas

25
áreas, foi observado em todas elas, a presença de tilápia em abundância. A espécie é tipicamente de águas
lênticas, sendo as ressacas propícias para que a espécie se estabeleça.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O número de espécies aumentou em relação a outros estudos na mesma área, provavelmente devido ao
esforço amostral, e se novos estudos forem realizados na bacia com coletas periódicas e sistematizadas,
poderemos aumentar ainda mais o número de espécies.

Considerando que a diversidade geral da Bacia do Igarapé da Fortaleza foi H’ = 1,28 e comparando com
outros estudos no Amapá, podemos inferir que a diversidade é baixa e que pode estar sofrendo grandes
impactos antrópicos. Esses impactos também influenciam o crescimento das espécies, pois verificou-se que
mais de 80% dos peixes coletados são espécies de pequeno porte. Nas Ressacas do Tacacá e dos Congós, foi
possível perceber que as diferentes ações antrópicas em ambientes de ressacas são responsáveis por
alterações não só na composição da ictiofauna, como também na dieta dos peixes.

Ficou bem evidente o efeito de três categorias de impactos: remoção da mata ciliar, lançamento de
efluentes na água e alterações físicas no leito das ressacas, nesse caso a tendência é que permaneçam as
espécies mais tolerantes e as exóticas passem a representar a maioria dos indivíduos da ictiofauna. A tilápia
já se encontra estabelecida em todas as áreas de ressacas sob influência do Igarapé da Fortaleza, devido os
principais criadores se encontram ao longo da várzea da área de estudo.

No período de cheia o número de indivíduos capturados foi bastante baixo, no entanto o número de
espécies presente foi relativamente alto, proporcionando uma alta diversidade, o que pode estar
relacionado ao maior aporte de matéria orgânica e sedimentos que são derivados do lixiviamento do solo
pelas chuvas, o que pode favorecer uma maior oferta de alimentos e nutrientes para os peixes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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planície de inundação do alto rio Paraná. Maringá: Eduem – NUPELIA, 1997. p. 179-208.
AGOSTINHO, A.A.; JULIO Jr., H.F. Ameaça ecológica: peixes de outras águas. Ciên. e Cult., São Paulo, v.21,
n.134, p.36-44, 1996.
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