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FACULDADE PITÁGORAS

Engenharia Mecânica

CIÊNCIAS DOS MATERIAIS:


GRAFENO

Bruno Drumond
Gustavo Rodrigues Coelho
Natália de Lima Campos
Pámela Gonçalves Silva
Romário Gomes Barbosa Júnior
Contagem
2018

CIÊNCIAS DOS MATERIAIS: GRAFENO

Trabalho apresentado à faculdade Pitágoras


do que se observou durante pesquisas
acadêmicas realizadas sobre o
material: GRAFENO, para apresentação
na disciplina de Ciências dos materiais da
faculdade Pitágoras de Contagem.

Professor orientador: Rangel Caio Quinino Dutra

Contagem
2018

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Disposição de átomos em folha de grafeno.......................................6

Figura 2 – Folha de Grafeno ...............................................................................7

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RESUMO

Este trabalho e/ou pesquisa científica foi desenvolvido para identificar tudo que se observou
durante a pesquisa acadêmica realizada do material GRAFENO para a disciplina cursada de
Ciências dos Materiais da faculdade Pitágoras sobre a orientação do professor orientador
Rangel Caio Quinino Dutra no primeiro semestre de 2018.

Durante a pesquisa acadêmica realizada percebeu-se que devido ao crescente


desenvolvimento da sociedade e a busca por métodos e atividades sustentáveis na obtenção de
energia, tem gerado uma grande demanda por fontes de energia renováveis, e para garantir
esse desenvolvimento de forma sistêmica e eficiente, a pesquisa e o desenvolvimento de
inovações exercem papeis fundamentais. O GRAFENO, um material recente, e que possui
características e propriedades únicas, nos possibilita a utilização na geração e armazenamento
de energia, sendo assim esse trabalho apresenta um estudo prospectivo sobre o material
supracitado, com a finalidade de fornecer informações sobre suas principais características e
propriedades, seu potencial como inovação, suas aplicações e sua adoção inserido no contexto
organizacional, e bem como as dificuldades e limitações para sua obtenção em larga escala
devido a sua sintetização e aplicações.

Palavra-chave: Grafeno. Inovação. Energia. Sustentabilidade.

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1. INTRODUÇÃO

O GRAFENO surpreendeu o mundo e principalmente a “comunidade de materiais”


Espalhadas pelo mundo, por ser o primeiro material bidimensional obtido experimentalmente.
Sua obtenção experimental ocorreu em 2004 por um grupo de físicos da Universidade de
Manchester, liderado por André Gein e Kostya Novoselov, tanto é que ambos os físicos
ganharam o prêmio Nobel de física por seus trabalhos em 2010.

Composto por uma única camada de átomos de carbono alinhados em uma grade com formato
hexagonal (por isso a denominação de material bidimensional), o grafeno tem seu nome
derivado do grafite, por possuírem uma ordenação de forma igual dos seus átomos, porém a
diferença dos materiais supracitados é o fato do grafeno ser composto por um pequeno
número de camadas atômicas, característica ao qual o torna incrivelmente diferente de sua
versão tridimensional por possuir propriedades físicas e eletrônicas.

O Silício e um material utilizado em larga escala na fabricação de componentes eletrônicos,


mas devido as suas limitações com os avanços tecnológicos tendenciosos para as
organizações, existe um crescente esforço na busca de materiais mais baratos que sejam
capazes de substituir o Silício, dentre essas apostas está o grafeno, pois enquanto o silício
suporta no máximo frequências entre 4 a 5 Ghz , esse valor passa dos 500 Ghz caso o material
utilizado seja o grafeno, devido a particularidades do material. Exemplo disso, na pesquisa
acadêmica que desenvolvemos, vimos que no MIT “Massachusetts Institue of ?Technology”
desenvolveu um chip que tem grafeno como base, capaz de multiplicar frequências. Segundo
informações após cruzar o chip, foi possível dobrar a frequência de um sinal eletromagnético,
o que abre a possibilidade de criar componentes eletrônicos muitos mais eficientes.

Um destes produtos derivados que também estão sendo desenvolvidos é um novo tipo de cabo
de transmissão, os cientistas aproveitaram todo o potencial dos elétrons e potencializaram a
velocidade de troca de dados a centenas de vezes acima do que existem atualmente, as
propriedades do material também estão sendo aproveitadas para a criação de baterias.

Há também versões de baterias flexíveis e ultrarrápidas em desenvolvimento, que vão de


encontro ao lançamento de gadgets dobráveis, como têm sugerido diversas fabricantes, como
a Samsung. Devido as excelentes propriedades do grafeno, este aparece como substituto em

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potencial do silício na indústria de microeletrônica, fones de ouvidos, filtragem de água
salgada, telas touchscreen e dispositivos biônicos, todos derivados do grafeno.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos desenvolvedores dessa nova tecnologia e


conseguir tornar viável o seu processo de fabricação em larga escala. Como as folhas de
grafeno possuem somente um átomo de espessura, a maioria dos componentes testados até o
momento somente foram possíveis por terem sido desenvolvidos em ambientes de laboratório.
Entretanto, a tendência que nos próximos anos haverá uma substituição gradual do silício pelo
grafeno, como apontam as pesquisas realizadas pelo laboratório Nacional de Física, do Reino
Unido.

Utilizando o mesmo método utilizado para o crescimento de cristais, os pesquisadores foram


capazes de desenvolver amostras de grafeno com 50 mm2 pouco menor do que os
processadores encontrados no mercado, e suficiente para a fabricação de componentes
eletrônicos como transistores.

A partir de estudos ou/e pesquisas acadêmicos realizados pelo grupo foram descobertos
inúmeras utilizações principalmente destacando as tecnológicas para o grafeno, por ser um
material incrivelmente resistente, maleável, transparente e capaz de conduzir eletricidade de
uma forma altamente eficiente, portanto, o material possui um forte potencial inovador para as
organizações, e por ser derivado do grafite pode ser facilmente encontrado na natureza e com
poucos impactos em potencial ao meio ambiente.

No atual contexto organizacional no mundo, a constante busca por inovações tem conduzido
organizações a destinar cada vez mais recursos para áreas de pesquisas e desenvolvimento, a
fim de garantir o desenvolvimento de inovações e obter vantagem competitiva com relação
aos seus concorrentes.

Devido a suas inúmeras possibilidades para aplicação, o grafeno se torna um material


indispensável no desenvolvimento da sociedade, importância alcançada na sua capacidade de
gerar valor as organizações que o adotarem e criando possíveis vantagens competitivas
decorrentes de inovações tecnológicas.

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Com a crescente busca por atividades consideradas sustentáveis em todo o mundo pelas
organizações, as preocupações com as mudanças de como a forma de energia e utilizada
devido a novas tecnologias desenvolvidas pode comprometer a continuidade de certas
atividades, dentro deste contexto, organizações tem investido na desenvolvimento e melhoria
de novos modelos de sistema e tecnologias para administrar a energia, sendo assim garantindo
a sustentabilidade e gerando valor as partes envolvidas.

Sendo o Grafeno um material com características únicas, oferece a possibilidade de ser


utilizado como uma fonte de geração e armazenamento de energia, permitindo a nossa
sociedade um desenvolvimento sustentável e promovendo a inovação tecnológica.

2. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Para realização deste trabalho, a pesquisa realizada foi divida em duas etapas. Uma delas foi à
realização de uma análise de estudos empíricos considerados importantes e bastante
relevantes para a busca e a obtenção de informações sobre as características e propriedades do
material objeto deste estudo.

Em um segundo momentos foram realizados entrevistas com outros professores e


organizações para obter informações adicionais não encontradas nos estudos empíricos que
permitissem a investigação sobre os métodos ou/e de fabricação, comercialização do grafeno
e suas aplicação em produtos e processos.

3. CARACTERÍSTICAS, ESTRTURA, PROPRIEDADES E


MÉTODOS DE PRODUÇÃO/PROCESSAMENTO DO GRAFENO.

Conforme nos informar o autor:

“O Grafeno é o nome dado à quantidade mínima de camada


de átomos de carbono ligados de forma hexagonal,
formando um material bidimensional, que servem como

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base para a criação de cristal de grafite, mas que possuem
propriedades diferentes do cristal “(NOVOSELOV, 2004,
P.12)”.

Falando de uma maneira simplificada a afirmação do autor acima, o grafeno é, portanto,


composto por uma quantidade mínima de camadas de átomos de carbono que formam o
grafite, conforme ilustrado na figura 1 abaixo:

Figura 1 – Disposição de átomos em folha de grafeno. Fonte: wwww.gizmag.com/graphene-solar-cell-record-efficiency/30466/

Conforme ilustrado e informado acima podemos perceber que o material possui propriedades
muito diferentes do grafite, embora sejam estruturamente semelhantes.

Similar à superfície da grafita, o grafeno é adsorvente a vários átomos e moléculas (como por
exemplo NO2, NH3, K e OH).

Adsorbatos fracamente anexados frequentemente agem como doadores os receptores e levam


à mudanças na concentração de carga, assim o grafeno permanece altamente condutor. Isso
pode ser utilizado em aplicações como sensores para outros químicos.

Além de adsorbatos francamente anexados, o grafeno pode ser funcionalizado por vários
grupos químicos (por exemplo OH- e F-) formando óxido de grafeno fluorado. Também foi

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revelado que uma única camada de grafeno é muito mais reativa do que duas, três ou mais
camadas. Além disso, a aresta do grafeno tem se mostrado mais reativa que sua superfície.

Exceto quando exposto a condições de reação razoavelmente ríspidas, o grafeno é um


material praticamente inerte e não reage prontamente mesmo estando todos os átomos
expostos e vulneráveis aos seus arredores.

O primeiro estudo teórico sobre o grafeno foi publicado em 1947 ao qual foi concluído que a
sua condutividade elétrica de uma camada paralela de grafite é cerca e 100 vezes maior que a
de um cristal do material.

Figura 2. O grafeno é o primeiro material bidimensional (coordenação do Grafeno 12) – tem largura e
comprimento, mas sua espessura é de apenas um átomo – já produzido: uma lâmina de grafeno é uma treliça
formada por átomos de carbono ligados de forma hexagonal, todos num mesmo plano. Mas sua origem é
humilde: ele vem do grafite, uma forma comum de carbono. Fonte: http://theuniversalmatrix.com/pt-
br/artigos/?tag=grafeno

O grafeno também e conhecido como um dos materiais mais finos que existem. Isso deve ser
por o material ser composto por uma quantidade mínima de camadas de átomos, o mesmo
possui a ligação mais forte entre átomos encontrados na natureza, a ligação covalente entre
átomos de carbono, ao qual o proporcionam propriedades mecânicas notáveis, e a sua fama de
ser um dos materiais resistentes, outra característica relevante desse material que podemos
enaltecer e suas propriedades elétricas incrivelmente diferentes por possuir uma estrutura
bidimensional. O modo como os elétrons se comportam no grafeno o tornam muito útil para o

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estudo de algumas propriedades físicas fundamentais. A matriz cristalina do grafeno quase
perfeita significa que é um sistema muito limpo no qual se pode experimentar. Restringindo
os elétrons a apenas duas dimensões, eles passam a exibir algumas propriedades interessantes
tais como o "efeito Hall quântico anomômalo" e "tunelamento Klein".

O grafeno é um condutor térmico perfeito. Sua condutividade térmica foi medida


recentemente em temperatura ambiente e é muito mais alta que o valor observado em todas as
outras estruturas de carbono como nanotubos de carbono, grafite, fulereno e diamante (> 5000
W/m/K).

A condutância termal balística do grafeno é isotrópica, isto é, a mesma em todas as direções.


Similar a todas as outras propriedades deste material, sua estrutura bidimensional o torna
particularmente especial. O grafite (a versão tridimensional do grafeno) mostra uma
condutividade aproximadamente cinco vezes menor. O fenômeno é governado pela presença
de ondas elásticas que se propagam no arranjo de grafeno, chamado de fónons.

O estudo da condutibilidade térmica no grafeno pode ter implicações importantes em


dispositivos eletrônicos baseados em grafeno. Com a contínua miniaturização dos dispositivos
e o aumento na densidade de circuitos, alta condutividade térmica, que é essencial para a
dissipação eficiente do calor de modo a manter eletrônicos frios, ocupa um papel cada vez
maior na confiança em durabilidade desses eletrônicos.

Com o seu aparecimento, muitas pesquisas e estudos são realizados com a tentativa de
desenvolver métodos de produção em larga escala e aplicações diversificadas para que o
material possa ser mais comercializado, entretanto, e necessário e de muita importância que as
empresas buscam adotá-lo tenham pleno conhecimento das suas propriedades e
características, bem como suas possibilidades e limitações.

O surgimento de pesquisas teóricas no material é relevante para a sua aceitação no mercado,


pois com um estudo detalhado de suas características podem auxiliar no desenvolvimento de
prospecções que indicam a possibilidade de aplicação do material em determinado área ou
processo. O grafeno assim como outros cristais com poucas dimensões, não pode surgir
naturalmente no nosso meio ambiente, pois para que um cristal seja formado, é necessária
uma alta temperatura, no qual é prejudicial a estabilidade de objetos macroscópicos com uma

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ou duas dimensões, impossibilitando sua formação como um cristal, mediante isso o grafeno
somente pode ser obtido sinteticamente através de processos realizados sobre o grafite.

Pode destacar uma das vantagens da produção do grafeno a presença abundante na natureza
do carbono, elemento de sua composição que faz com que haja uma maior facilidade de se
obter materiais de carbono, ao qual podemos citar o grafite, e sendo assim de se sintetizar
grafeno, desde que seja utilizado um método viável para sua produção.

O grafeno pode ser sintetizado de diversas maneiras, entretanto, poucos métodos são ou
podem ser considerados eficientes e economicamente viáveis para seus produtores. O método
mais conhecido utilizado por laboratórios é o de CVD, que vem sendo uma forma mais
promissora para sintetização do material.

Estudos vêm sendo desenvolvidos para se chegar a alternativas de produção tecnicamente e


comercialmente viáveis, como é o exemplo do método através do processo de decomposição
termocatalítica de metano, possibilitando, se utilizado da forma adequada, a substituição do
método por CVD como técnica padrão para a obtenção do grafeno.

A forma de obtenção do grafeno não depende apenas de sua eficiência e custo, mas também
dos objetivos que seus fabricantes buscam atingir. Pode citar o exemplo do método tradicional
por CVD, que ainda seja altamente dependente de reações químicas em temperaturas
elevadas, não e um modelo ou método exclusivo para o grafeno, e, sendo assim, alguns
laboratórios que realizam inúmeros experimentos com materiais com características
propriamente ditas de serem finos, dentre eles o grafeno, podem aproveitar recursos existentes
e propriamente alocados para produzir, também, o material, evitando gastos como a criação
de uma nova forma de produção, com o investimentos de novos equipamentos ou com
treinamento e qualificação de pessoas.

A produção de grafeno via exfoliação mecânica ocorre por um processo onde ele é
descascado camada a camada a partir de um maciço de grafite, sempre que a resistência das
forças de Van de Waals existentes entre flocos de grafite adjacentes possa ser quebrada, a
exfoliação ocorre com base em duas forças (a força normal e a força lateral), sendo estas os
pré-requisitos para a produção de grafeno.

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Na fragmentação auxiliar que ocorre durante o processo podemos encontrar aspetos positivos,
como facilitar a exfoliação em si, mas também negativos, podendo reduzir a espessura dos
flocos de grafeno.

Podemos destacar outro aspecto importante do grafeno a sua transparência e maleabilidade, ao


qual o possibilita diversas aplicações, como telas de toque ou lâmpadas de LED. Segundo
estudos, esse material poder ser esticado até 20% a mais que seu tamanho, valor muito
superior a qualquer outro cristal. Também por sua alta mobilidade elétrica, o mesmo pode ter
grande utilização no desenvolvimento de dispositivos de alta eficiência, sejam eles baseados
primariamente no material, ou com apenas em componentes avulsos, ou até mesmo com
apenas o revestimento.

Com relação a sua capacidade de geração de energia, e onde é o foco dos principais estudos,
da sua utilização na área de células solares, com intuito de criar dispositivos baseados em
grafeno, que são capazes de absorver energia solar com maior eficiência que dispositivos
feitos com outros materiais.

O grafeno não nos permite a possibilidade de armazenamento de energia , para que possa
haver armazenamento de energia , o dispositivo deve oferecer espaço para armazenamento de
hidrogênio, pois o grafeno por si só não possui essa capacidade, pois ele não possui espaço
bastante , por se tratar de um material bidimensional, entretanto, pode ser utilizado em
dispositivos com esse intuito , para que os mesmos se tornem mais eficientes.

O Grafeno também pode ser agregado ao aço para aumentar a vida útil estrutural, e utilizado
para reposição de peças, partes de equipamentos e instalações que são deterioradas pela
corrosão.

Estudos recentes mostram que um material moderno, o Grafeno, poderia ser agregado ao aço
para aumentar sua vida útil estrutural de vinte a cinquenta vezes.

O aço exibe desempenho muito satisfatório em termos de resistência, mas sua principal
desvantagem é a susceptibilidade a corrosão. A corrosão do aço pode afetar a sua integridade
estrutural, diminuindo sua resistência às solicitações externas, afetando a vida útil e a
durabilidade da estrutura, peças. Estudos recentes mostram que um material moderno, o

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Grafeno, poderia ser agregado ao aço para aumentar sua vida útil estrutural de vinte a
cinquenta vezes, além de diminuir os custos preventivos com anticorrosivo e manutenções
periódicas.

Em relação ao aço, o grafeno é até seis vezes mais leve, menos denso e duas vezes mais duro.
Quanto à tração, ele é dez vezes mais resistente e a sua rigidez de flexão é treze vezes maior,
tendo assim, uma força cem vezes maior do que uma folha de aço de espessura similar. Os
esforços de tração comprovam que o grafeno pode ser alongado em até 23% de seu
comprimento inicial sem promover rachaduras ou fraturas.

O revestimento a base de grafeno forma uma película hidrofóbica e ligeiramente condutora de


eletricidade, o que evita a corrosão, repelindo a água e retardando as reações eletroquímicas.
Foi descoberto que o grafeno é mais duro que diamante e aproximadamente trezentas vezes
mais duro que o aço. Para contextualizar, seria necessário o peso de um elefante equilibrado
em uma agulha para romper uma folha de grafeno com um átomo de espessura. A resistência
à tração do grafeno excede 1TPa.

Outra aplicabilidade do grafeno que podemos destacar e a nos polímeros. Pois geralmente
possuem alta resistência química, mas exibem propriedades mecânicas pouco atrativas, como
baixo módulo de elasticidade e resistência mecânica reduzida, quando comparados aos metais
e cerâmicas. A adição do grafeno melhora as propriedades do polímero, podendo gerar novos
materiais com alto desempenho e multifuncionalidades. A incorporação de materiais
nanométricos em uma matriz polimérica combina a leveza, a flexibilidade e a transparência
dos polímeros com as propriedades das nanocargas, e essa tecnologia já é aplicada nas
indústrias automobilística, aeronáutica, aeroespacial e de embalagens.

As possíveis aplicações do grafeno se estendem a várias áreas. Dentre elas: baterias de íon de
lítio capazes de recarga mais rápida, ultra capacitores com melhor desempenho que baterias,
células de combustível de baixo custo, células solares de baixo custo, telas de dispositivos de
baixo custo, transistores de alta frequência, sensores para o diagnóstico de doenças, detectores
sensíveis a explosivos, nano-antenas para microeletrônica, membranas para a melhor
separação de gases, dessalinização mais barata e eficiente de água marinha, tanques de gases
mais leves, componente de alta resistência e baixo peso, etc.

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4- ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS / CONCLUSÃO

Desde a descoberta do grafeno, o interesse dos pesquisadores do mundo inteiro tem


aumentado devido a grande quantidade de características únicas concentradas em apenas um
material. De suas diversas aplicações destacamos e realçamos a grande contribuição nas áreas
de inovação e sustentabilidade.

Esta pesquisa de caráter cientifico propiciou um estudo prospectivo sobre o grafeno como
forte aliado nas áreas de inovação e práticas de atividades sustentáveis nas organizações,
através das investigações realizadas das características e propriedades do material, vantagens
e desvantagens decorrentes de sua adoção. O presente estudo teve sua abrangência limitada
principalmente pela dificuldade de acesso a informações sobre sua comercialização.

Conclui-se então que o grafeno pode contribuir direta e indiretamente para o desenvolvimento
das áreas da inovação e práticas empresariais sustentáveis, pois as possibilidades associadas
ao estudo e uso do grafeno e outros materiais bidimensionais podem ocasionar em um quebra
do atual paradigma tecnológico, permitindo a criação de novos produtos e processos que
garanto nosso desenvolvimento como sociedade sustentável, e o grafeno será um grande
aliado, inseridos neste contexto nos sugerimos analisar a viabilidade técnica e comercial de
implementação de novos métodos para produção em escala industrial desse material,
verificando em conjunto os impactos positivos e negativos da adoção do material no contexto
organizacional, ambiental, econômico e social e realizar pesquisas sobre inovações
consequentes do desenvolvimento de suas aplicações.

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5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• HOLZ, Thiago Heinrich Vilas. Síntese de grafenos por HFCVD. 2012


(http://ria.ua.pt/bitstream/10773/9210/1/dissertação.pdf)

FUCHS, Jean-Noël et al. Introduction to the Physical Properties of Graphene. Lecture Notes.
2008 (http://www.lps.u-psud.fr/IMG/pdf_CoursGraphene2008.pdf)

• Sítio: http://canaltech.com.br/materia/produtos/Grafeno-conheca-o-material-que-vai-
revolucionar-a-tecnologia-do-futuro/ acesso dia 9/9/14
Sítio: http://blogs.estadao.com.br/link/dobravel-e-forte-o-grafeno-e-o-material-do-futuro/
acesso dia 8/9/14
Sítio: http://www.tecmundo.com.br/grafeno/53834-grafeno-pode-ser-produzido-com-o-uso-
de-liquidificador-de-cozinha.htm acesso dia 8/9/14 ;

• DomTotal. Escola de Engenharia de Minas Gerais (EMGE)


http://domtotal.com/noticia/grafeno - Acessado em 31/03/2018;

• NOVOSELOV, K. et al. Electric Field Effect in Atomically Thin Carbon Films. Science
Magazine, v. 306, p. 666-669, 2004.

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