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COMANDO DA AERONÁUTICA
PLANEJAMENTO
DCA 11-1
2009
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESTADO-MAIOR DA AERONÁUTICA
PLANEJAMENTO
DCA 11-1
2009
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
SUMÁRIO
6 RESPONSABILIDADES................................................................................................... 39
7 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS.................................................................................... 40
7.1 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................................... 40
8 DISPOSIÇÕES FINAIS..................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 42
DCA 11-1/2009
PREFÁCIO
A instituição da arma aérea, como força independente, pode ser rotulada como a
vitória do pensamento de Douhet e de seus seguidores: Trenchard, Seversky, Mitchell e
Doolittle.
No Brasil, a luta pela criação da arma aérea independente teve início com o
artigo do Major Lysias Augusto Rodrigues em “O Jornal”, de 7 de outubro de 1928, intitulado
“Uma Premente Necessidade: O Ministério do Ar”. Entretanto, a campanha pela criação do
Ministério do Ar tomou forma definitiva a partir de abril de 1935, com a ação coordenada de
homens como os Tenentes-Coronéis Ivo Borges e Armando de Souza e Mello Ararigbóia, os
Capitães-de-Corveta Amarílio Cortez, Luiz Leal Netto dos Reys e Álvaro de Araújo e o Capitão
Antônio Alves Cabral. Buscavam esses pioneiros não apenas a criação da arma aérea
independente, mas sim a implementação de um novo poder: o Poder Aéreo.
Sem dúvida, serão necessários vários anos para que o Comando da Aeronáutica
possa usufruir, plenamente, dos resultados da mudança que ora se inicia. Não obstante, a crítica
e o aperfeiçoamento dessa metodologia devem ser companheiros inseparáveis do processo de
implementação. O que mais importa é manter a velocidade de resposta ao ambiente, qualquer
que seja a metodologia empregada, a origem ou a dimensão dos estímulos recebidos.
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 CONCEITUAÇÃO
1.2.1 AÇÃO
1.2.2 AMBIENTE
Tudo aquilo que, não pertencendo à instituição em estudo, com ela interage de
alguma forma.
1.2.3 AMEAÇA
Forças ambientais incontroláveis pela empresa, que criam obstáculos à sua ação
estratégica, mas que poderão ser evitadas, desde que reconhecidas em tempo hábil.
1.2.4 ATORES
Indivíduos e/ou instituições presentes no ambiente que podem, por sua atuação,
influenciar favorável ou desfavoravelmente a instituição.
1.2.8 DIRETRIZ
1.2.10 ESTRATÉGIA
1.2.14 INSPEÇÃO
1.2.15 METAS
Efeito desejado, em nível estratégico, que deve ser alcançado ou visado e que
contribui para a consecução de um objetivo político ou de um outro objetivo estratégico.
1.2.21 OPORTUNIDADE
1.2.22 PLANEJAMENTO
1.2.23 PLANO
1.2.30 PROGRAMA
1.2.32 PROJETO
1.2.33 SISTEMA
1.2.34 SISTEMÁTICA
1.2.35 VALORES
1.3 ÂMBITO
2.1 FUNDAMENTOS
2.1.1 A atuação do estado brasileiro em relação à defesa da Pátria tem como fundamento a
obrigação de garantir a soberania, a integridade territorial e o patrimônio nacional, e
contribuir para a elevação do nível de segurança, tanto em tempo de paz quanto em situação
de conflito.
2.1.2 Inseridas nesse contexto, as Forças Armadas (FA), responsáveis pela construção da
capacidade militar, componente principal do esforço da Defesa Nacional, formulam, por
intermédio do planejamento estratégico militar, as atividades relacionadas com o preparo e o
emprego do poder militar para atender às demandas da defesa da Pátria.
2.1.3 Para tanto, o Ministério da Defesa (MD) elaborou, por intermédio da Sistemática do
Planejamento Estratégico Militar (SPEM), uma metodologia que tem por finalidade
estabelecer a sistematização do planejamento de alto nível para as FA, visando a contribuir
com o atendimento dos objetivos da Defesa Nacional.
2.1.4 O planejamento estratégico militar abrange três níveis: o nacional, formado pelas mais
altas autoridades do País; o setorial, constituído pelo MD e demais órgãos com
responsabilidades diretas com a Defesa Nacional; e o subsetorial, composto pelas FA.
2.1.6 A PND tem por finalidade fixar os Objetivos de Defesa Nacionais e orientar os
planejamentos estratégicos, especialmente os militares, atinentes ao preparo e ao emprego da
capacitação nacional, envolvendo os setores civil e militar em todos os níveis e esferas de
poder.
2.1.7 É no nível nacional que são definidas as orientações políticas gerais para a aplicação do
Poder Militar e é tomada a decisão de emprego das forças militares.
2.1.8 No nível setorial, no âmbito do MD, o planejamento estratégico militar tem por
finalidade construir uma capacidade de defesa, com preponderância de meios militares, para a
garantia da manutenção da condição de segurança definida para o País, frente às ameaças de
ataques militares ou de conflitos armados. O planejamento estratégico militar deste nível
resulta nas formulações da Política Militar de Defesa (PMD), e da Estratégia Militar de
Defesa (EMiD).
2.1.11 Condicionado pela PND, END, PMD e pela EMiD, o planejamento estratégico
militar, no nível subsetorial, é realizado separada e independentemente pelas FA e formaliza-
se em políticas, estratégias e planos estratégicos decorrentes, cujos cumprimentos resultam em
configurações de forças militares aptas para o emprego.
2.2 OBJETIVO
2.3.1 O planejamento é um processo que, uma vez iniciado, demanda continuidade e deve ser
incorporado como prática regular da organização. Entendê-lo como processo é requisito para
se obter eficácia nessa atividade. As revisões, as avaliações periódicas e as reformulações
farão do planejamento uma atividade aberta e flexível, capaz de direcionar com eficácia os
esforços da organização.
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2.3.2 Esse processo, para o COMAER, significa definir um futuro e estabelecer o conjunto de
ações a serem executadas para promover a transformação do estado presente para o desejado.
2.3.3 O planejamento obedece a uma sistemática, devidamente integrada, que expressa uma
série de fases a serem seguidas dentro de determinado prazo, levando em consideração a
missão, a visão de futuro, os recursos disponíveis, as conjunturas nacionais e internacionais e
os objetivos maiores da Aeronáutica.
2.3.6 A viabilização desse planejamento, no entanto, deverá ser obtida pela implementação de
uma Sistemática de Planejamento Institucional da Aeronáutica, que permitirá ao COMAER:
a) estabelecer sua visão de médio e longo prazos, por meio do desenho da
Força desejada, considerando cenários em horizontes temporais variáveis;
b) exercitar um processo de planejamento orientado a resultados, dotando a
Força de ferramentas suficientemente flexíveis, para que as respostas aos
estímulos externos e internos sejam oportunas e consistentes;
c) integrar as funções de planejamento, orçamento e gestão por meio de um
sistema corporativo que permita realizar a programação das ações a serem
desenvolvidas em horizontes temporais compatíveis com as mudanças e as
incertezas que cercam o processo econômico-financeiro; e
d) promover o alinhamento conceitual estabelecido pelos documentos
condicionantes do planejamento no nível subsetorial, de competência do
COMAER.
2.3.8 A importância de considerar a Aeronáutica como um sistema reside, dentre outros, nos
seguintes aspectos:
a) delimitação do universo de interesse da Aeronáutica, permitindo
identificar seu ambiente externo, mediato e imediato;
b) visualização da Aeronáutica como um conjunto articulado de
componentes, cada um deles constituindo um sistema menor (subsistema);
c) visualização da interação da Aeronáutica com outros macrossistemas
públicos e privados;
d) visualização do relacionamento do COMAER com o meio externo; e
e) visualização de sua organização e funcionamento interno.
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3 IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMÁTICA
3.1.3.1.1 Diretrizes:
a) Tarefas Específicas;
b) Tarefas Atribuídas; e
c) Atividades.
3.2.1 Esta fase constitui a base de todo o planejamento estratégico, uma vez que a Missão e a
Visão de Futuro da Instituição serão definidas e nominadas.
3.2.3 A identificação e levantamento dos aspectos que dão forma e estruturam a instituição
constitui a Primeira Fase da sistemática. São informações fundamentais para que a
organização possa ser individualizada no ambiente em que se encontra inserida. É o momento
de se verificar o que a instituição vem realizando até o presente.
Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das FA.
3.2.4.7.1 Documento de nível nacional, que institui o vínculo entre o conceito e a política de
independência nacional, de um lado, e as FA para resguardar essa independência, de outro.
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Trata de questões políticas e institucionais decisivas para a defesa do País, como os objetivos da
sua “grande estratégia” e os meios para fazer com que a Nação participe da defesa. Aborda,
também, problemas propriamente militares, derivados operacionais das três Forças.
3.2.4.7.2 Estabelece, ainda, ações estratégicas de médio e longo prazos e objetiva modernizar a
estrutura nacional de defesa, atuando em três eixos estruturais: reorganização das FA,
reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e política de composição dos efetivos
das FA.
3.2.4.8.1 Política militar que estabelece o conjunto de objetivos de defesa para a expressão
militar e as diretrizes estratégicas, em determinado cenário conjuntural, de modo a orientar e
conduzir a ação das FA, a fim de capacitá-las para o cumprimento de sua destinação
constitucional, em consonância com a PND.
3.2.4.8.2 Documento de nível setorial, decorrente da PND, no qual são estabelecidos objetivos
e diretrizes que orientam e condicionam o preparo e o emprego das FA para a defesa do País.
3.2.5.1 Missão
3.2.5.1.3 Para organizações governamentais, a Missão pode ser entendida como a função que
ela desempenha de modo a tornar útil sua ação e justificar sua existência, do ponto de vista dos
seus integrantes e da sociedade em que atua. O estabelecimento da Missão tem como ponto de
partida a análise e a interpretação de questões como:
a) qual a razão de ser da organização?
b) qual a natureza do negócio da organização?
c) quais os tipos de atividades em que a organização deve concentrar seus
esforços no futuro?
3.2.5.2.1 A Visão de Futuro pode ser definida como a descrição de um estado futuro ambicioso,
porém passível de ser alcançado, exprimindo uma conquista estratégica de grande valor para a
organização. O maior propósito de se definir a Visão de Futuro é o de criar uma imagem que
desafie e mobilize todas as pessoas envolvidas na construção dessa conquista.
3.2.5.2.2 A Visão de Futuro deve apresentar um quadro descritivo do que a organização deverá
ser em um horizonte temporal determinado.
3.2.5.3.2 São os ideais eternos, servindo de orientação e inspiração para todas as gerações
futuras de pessoas da organização. Os princípios organizacionais referem-se a conceitos dos
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quais não se está disposto a abrir mão. São conjuntos de padrões éticos e que norteiam a vida
cotidiana da instituição.
3.2.5.4.2 Por maior que seja a organização, seus recursos são limitados, portanto é fundamental
que tempo e atenção sejam concentrados sobre os pontos que a tornem mais competitiva ou
mais vulnerável e estes são os Fatores Críticos de Sucesso.
3.2.5.4.3 A identificação clara dos Fatores Críticos de Sucesso é base para o posicionamento
estratégico da instituição a sua abordagem potencializa a organização para resultados
significativos.
u) relacionamento internacional;
v) confiabilidade dos prováveis aliados; e
w) capacidade de articulação política interna.
3.2.5.5 Diagnóstico
3.2.5.5.3 Esta análise permite à instituição ampliar o conhecimento sobre seus elementos
constitutivos e identificar as variáveis cuja situação atual represente um ponto forte
(potencialidade) ou um ponto fraco (fragilidade) do sistema, ameaças (vulnerabilidade) ou
oportunidades, no ambiente externo, de forma a permitir a definição das áreas de atuação
prioritárias e a adoção das ações pertinentes na direção de futuros possíveis e previamente
eleitos. A situação geral dessas variáveis representa a capacitação atual da organização.
3.2.5.5.4 Nesta análise, devem ser considerados todos os Fatores Críticos de Sucesso, listados
no tópico anterior, e relevantes para o cumprimento da Missão da organização.
3.2.5.6.2 No entanto, seu acompanhamento e atualização são tarefas que devem ser
permanentemente desempenhadas pela Aeronáutica, com o propósito de identificar variáveis
externas, fatos e atores que possam influenciar positiva ou negativamente no cumprimento da
Missão da organização.
3.2.5.9.3 Com a finalidade de adotar posturas pró-ativas frente aos cenários político-
estratégicos vigentes, a construção de cenários propicia uma visibilidade temporal pré-
estabelecida, a partir da qual criam-se as condições favoráveis para o desenvolvimento dos
projetos e ações para a construção de forças militares atualizadas e preparadas para a defesa da
Pátria.
3.2.5.9.4 A responsabilidade pela construção dos cenários prospectivos é do MD, que conta,
para as suas formulações, com a participação de representantes das FA. A PMD incorpora em
seu texto o cenário prospectivo selecionado.
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3.2.5.9.5 Nesse sentido, cabe ao COMAER, por intermédio do EMAER, a avaliação dos
cenários e a formulação dos conceitos estratégicos de emprego, que resultem em uma ampla
visão do emprego das forças militares em busca ao atendimento dos objetivos estratégicos da
Aeronáutica e da Defesa Nacional.
3.3.3.1.1 A PND, voltada para ameaças externas, tem por finalidade fixar os Objetivos da
Defesa Nacional, bem como orientar o preparo e o emprego da capacitação nacional, em todos
os níveis e esferas de poder, e com o envolvimento dos setores civil e militar.
3.3.3.1.2 As relações internacionais são pautadas por complexo jogo de atores, interesses e
normas que estimulam ou limitam o poder e o prestígio das nações. Nesse contexto de múltiplas
influências e de interdependência, os países buscam realizar seus interesses nacionais, podendo
gerar associações ou conflitos de variadas intensidades.
3.3.3.1.3 Dessa forma, torna-se essencial estruturar a Defesa Nacional de modo compatível
com a estatura político-estratégica para preservar a soberania e os interesses nacionais em
compatibilidade com os interesses da nossa região.
3.3.3.2.3 Nesse sentido, os Objetivos Militares de Defesa devem ser orientadores para as FA, a
fim de capacitá-las para o atendimento das demandas da Defesa Nacional. A ordem de
apresentação não pressupõe prioridade.
3.3.3.3.2 A Força Aérea Brasileira (FAB) tem capacidade de atuar de modo independente, bem
como de modo conjunto ou combinado com as outras forças singulares, de acordo com as
prioridades determinadas pelo contexto operacional.
3.3.3.4.1 Os objetivos podem ser conceituados como “o estado, situação ou resultado futuro
que o administrador pretende atingir”. Na realidade, o termo objetivo relaciona-se a tudo que
implica a obtenção de um fim ou resultado final. A formulação dos objetivos responde à
questão “onde queremos estar (ou chegar)?”.
3.4.1 A EMiAer, inserida nesta sistemática, tem por finalidade orientar o preparo e o emprego
da FAB, estabelecer as bases de seu dimensionamento bem como identificar capacidades
desejadas para a sua efetividade, levando em consideração as HE vigentes na EMiD.
3.4.2 A EMiAer é dividida em: Concepção Estratégica, Concepção Operacional das Hipóteses
de Emprego, Capacidades e Ações Estratégicas. Essa divisão corresponde às etapas do
processo de definição das ações estratégicas que devem ser realizadas pela FAB, com vistas
ao preparo e ao emprego do Poder Militar Aeroespacial.
3.4.4.2 A descrição deve ser realizada de tal forma que se evitem pormenores táticos das
operações, mas com detalhamento suficiente a ponto de ser possível depreender-se o conjunto
de capacidades desejadas pela FAB.
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3.4.5 CAPACIDADES
3.4.5.2 As Capacidades devem ser redigidas de maneira sintética, clara e objetiva. Devem
orientar ações, em tempo de paz, destinadas à capacitação de recursos humanos; à realização
de exercícios singulares, conjuntos ou multinacionais que simulem situações de combate ou
dificuldades a serem enfrentadas pelas atividades operacionais; à criação de projetos de
pesquisa e desenvolvimento científico-tecnológico; e à aquisição ou contratação de recursos
humanos ou materiais.
3.4.6.1 Medidas de natureza estratégica que o COMAER deve adotar com vistas ao preparo e
ao emprego do Poder Militar Aeroespacial, na consecução da EMiAer.
3.5.1.2 Constitui o documento básico para elaboração dos Planos Setoriais e dos Programas
de Trabalho.
3.5.1.5.1 São os efeitos desejados, limitados no tempo, no nível estratégico, que devem ser
alcançados ou visados e que contribuem para a consecução de um (ou mais de um) Objetivo da
Aeronáutica. Determinam marcos fundamentais, conquistas, escolhidos pela alta administração
do COMAER, com vistas ao alcance da Visão de Futuro projetada.
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3.5.1.5.3 As organizações devem planejar o alcance dos Objetivos Estratégicos e eles devem
ser bem especificados para que todas as áreas da organização sejam envolvidas.
3.5.1.5.4 Cada Objetivo Estratégico deve ser acompanhado de um texto resumido, no qual
esteja explícito o sentido e o alcance pretendidos pela Aeronáutica.
3.5.1.7.1 São entendidos como um conjunto de tarefas coordenadas para atender a uma
determinada demanda, e se caracterizam por um conjunto de operações com início definido,
cronograma físico-financeiro de desenvolvimento estabelecido e prazo para término. Devem ser
capazes de gerar resultados únicos para o COMAER. São, portanto, intervenções que geram
produtos (bens ou serviços) impulsionados por níveis de eficiência e eficácia determinados.
3.5.1.7.2 Esse conceito permite que organizações sejam capazes de medir seus esforços na
transformação de estratégias em resultados, ou seja, projetos são instrumentos que buscam
transformar as Medidas Estratégicas em conquistas para a organização (Objetivos Estratégicos).
3.5.1.8.1 São documentos que compõem o PEMAER, dentre os quais destacam-se: as Fichas
de Projetos Estratégicos (FPE), oriundos do Ministério da Defesa e das necessidades do
COMAER, e de Atividades Estratégicas (FATE), que representam os esforços contínuos dos
ODSA, na consecução dos Objetivos Estratégicos.
3.6.1 Esta fase é cumprida por ações de implementação e de coordenação traduzidas na forma
de Planos Setoriais.
3.6.2 O sucesso dos planos concebidos depende, ainda, de aspectos institucionais, como a
capacidade gerencial e executiva. Por sua vez, a coordenação na implementação dos planos
visa a obter a eficiência, a eficácia e a efetividade no emprego da instituição.
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3.6.6 A elaboração de uma estratégia setorial se inicia com a percepção de que a organização
necessita operar de forma coesa. A idéia forte é “fazer o todo maior que a soma das partes”.
3.6.8 Em linhas gerais, o Plano Setorial, que relaciona as tarefas a serem desempenhadas
pelos ODSA, apresenta a seguinte constituição básica: Projetos Estratégicos, Objetivos
Setoriais, Projetos Setoriais e Atividades Setoriais.
3.7.1 Decorrente do Plano Setorial, os Programas de Trabalho deverão ser elaborados pelas
organizações imediatamente subordinadas ao respectivo ODSA, preferencialmente para um
período de quatro anos.
4.1.2 Dessa forma, o planejamento deve ser concebido e montado de tal forma que todo o
processo possa ser continuamente apreciado, demandando, com isso, uma avaliação e controle
permanentes, com a finalidade de se mensurar, não apenas os resultados obtidos, mas também
de que forma o processo está sendo conduzido pela organização.
4.1.8 Quando se fala em objetivos a serem alcançados, pressupõe-se que eles sejam
conhecidos e previstos. Isso significa que o conceito de controle não pode existir sem o
conceito de planejamento. Aliás, os controles requerem planos. Assim, o controle é a função
administrativa que monitora e avalia as atividades e os resultados alcançados para assegurar
que o planejamento, a organização e a direção sejam bem-sucedidos.
4.2 REALIMENTAÇÃO
4.2.3 De forma mais direta, o controle e a avaliação devem permitir que sejam respondidas as
seguintes perguntas, a fim de propiciar uma realimentação de todo o ciclo de planejamento:
a) o que se pretende fazer (planejado)?
b) o que foi realmente feito (realizado)?
c) por que foi feito de modo diferente (análise do desvio)?
d) os Projetos Estratégicos foram executados?
e) o que foi feito para corrigir os erros (medidas de ajuste adotadas)?
f) quais as medidas e projetos para o próximo período (atualização dos
Planos)?
4.2.5 O resultado desse processo pode ensejar a necessidade de atualização no conteúdo dos
documentos elaborados tanto no nível estratégico (Missão, PMA, EMiAer e PEMAER)
quanto nos níveis Operacional (Planos Setoriais) e Tático (Programas de Trabalho).
4.3.3 Em seu nível mais elevado, o COMAER exerce o controle de suas OM, por meios de
Sistemas de Inspeção, cujo Órgão Central é o Estado-Maior da Aeronáutica.
5.1 OBJETIVOS
5.1.2 Tendo como meta a conquista e o fortalecimento, tanto dos Objetivos Estratégicos
quanto dos Objetivos da Aeronáutica, as OM integrantes dos três níveis de planejamento e
responsáveis deverão conduzir suas atividades de planejamento sinergicamente, posto que os
resultados alcançados em cada uma das fases e das etapas do processo influenciarão todas as
demais.
6 RESPONSABILIDADES
7 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
7.1 CONSIDERAÇÕES
7.1.3 O PEMAER abrangerá um período de dezesseis anos, a partir de 2008 até 2023, com
atualizações anuais e revisão a cada quatro anos.
7.1.4 Os Planos Setoriais devem ser concebidos, inicialmente, para um período de quatro
anos, com atualizações anuais.
7.1.5 A critério dos ODSA e de acordo com a as peculiaridades de cada OM, os Programas de
Trabalho poderão ter seu período de vigência de um até quatro anos.
7.1.6 Os ODSA deverão encaminhar ao EMAER, anualmente, até 31 MAR, cópia dos seus
respectivos Planos Setoriais.
8 DISPOSIÇÕES FINAIS
8.1 Esta Diretriz substitui a DCA 11-1 “Método para o Planejamento Institucional da
Aeronáutica”, aprovada pela Portaria no 82/GC3, de 28 de janeiro de 2002.
8.2 Os casos não previstos nesta Diretriz serão submetidos ao Chefe do Estado-Maior da
Aeronáutica (CEMAER).
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REFERÊNCIAS