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mutações
elogio à preguiça
Anos 70 (1979)
O nacional e o popular na cultura brasileira – Música, cinema, televisão, teatro,
literatura e seminários (1982)
Um país no ar – Televisão (1986)
Os sentidos da paixão (1987)
O olhar (1988)
O desejo (1990)
Rede imaginária – Televisão e democracia (1991)
Ética (1992)
Tempo e História (1992)
Artepensamento (1994)
Libertinos libertários (1996)
A crise da razão (1996)
A descoberta do homem e do mundo (1998)
A outra margem do Ocidente (1999)
O avesso da liberdade (2002)
O homem-máquina (2003)
A crise do Estado-nação (2003)
Civilização e barbárie (2004)
Muito além do espetáculo (2004)
Poetas que pensaram o mundo (2005)
Anos 70 (segunda edição – 2005)
Oito visões da América Latina (2006)
O silêncio dos intelectuais (2006)
L’autre rive de l’Occident (2006)
Les aventures de la raison politique (2006)
Ensaios sobre o medo (2007)
O esquecimento da política (2007)
Mutações – Ensaios sobre as novas configurações do mundo (2008)
Vida vício virtude (2009)
A condição humana – As aventuras do homem em tempos de mutações (2009)
Mutações – A experiência do pensamento (2010)
Mutações – A invenção das crenças (2011)
9 Apresentação
Um elogio
danilo santos de miranda
11 As aventuras de uma palavra maldita
adauto novaes
29 Apologia grega à preguiça
francis wolff
51 Educação para o ócio: da acídia à “preguiça heroica”
olgária matos
77 Sobre o direito à preguiça
marilena chauí
107 Três ociosos: Sócrates, Montaigne e Machado
josé raimundo maia neto
131 Rousseau e os devaneios de um caminhante solitário
franklin leopoldo e silva
143 Sim ao ócio ou “viva a preguiça”
oswaldo giacoia junior
161 Ociosidade e ócio no pensamento da Ilustração
sergio paulo rouanet
175 Ociosidade, lentidão e construção do sujeito
eugène enriquez
197 Sexo, preguiça, bonheur
jorge coli
10 Um elogio
11
O que fazer?
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No início, tentei dar vazão a tais obras [...]. Acontece que eram como
cornucópias em cascata. Humanamente impossível, mesmo que eu
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Enfim, como se pode, então, pensar essa figura que sempre teve pés-
sima reputação no Ocidente? Talvez uma boa definição seja a do autor
inglês Jerome K. Jerome em seu livro Pensamentos preguiçosos de um pre-
guiçoso: “A preguiça sempre foi o meu forte. Não é nenhuma glória, é
um dom. Um dom raro. É certo que existem muitos farniente, mas um
autêntico preguiçoso é exceção. Isso nada tem a ver com alguém que
anda com as mãos no bolso. Ao contrário, o que melhor caracteriza um
verdadeiro preguiçoso é o fato de ele estar sempre intensamente ocupa-
do. De início, é impossível apreciar a preguiça se não há uma massa de
trabalho diante de si. Não é nada interessante nada fazer quando não se
tem nada a fazer! Em compensação, perder seu tempo é uma verdadeira
ocupação, e uma das mais fatigantes. A preguiça, como um beijo, para
ser agradável, deve ser roubada”. Jerome K. Jerome leva-nos a pensar que
a preguiça não é coisa passiva. Perder o tempo mecânico dá trabalho e
exige enorme atividade do espírito. O farniente submete-se à lógica do
capital; é parte do processo, porque já está nos cálculos da mão de obra
excedente do processo de produção: a existência de excluídos. O ocioso
não é propriamente quem se opõe ao trabalho. É quem sabe usar da
inteligência. Em um pequeno ensaio sobre a preguiça, Bertrand Russell
O prazer e o pecado
Entre amigos
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O melancólico e o vagabundo
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Adauto Novaes 27
Adauto Novaes é jornalista e professor; foi por vinte anos diretor do Centro de
Estudos e Pesquisas da Fundação Nacional de Arte/Ministério da Cultura. Em
2000, fundou a empresa de produção cultural Artepensamento. Os ciclos de con-
ferências que organizou resultaram nos seguintes livros de ensaios: Os sentidos da
paixão; O olhar; O desejo; Ética; Tempo e história (Prêmio Jabuti); Rede imaginária:
televisão e democracia; Artepensamento; A crise da razão; Libertinos/libertários; A
descoberta do homem e do mundo; A outra margem do Ocidente; O avesso da liberdade;
Poetas que pensaram o mundo; O homem-máquina; Civilização e barbárie; O silêncio
dos intelectuais, todos editados pela Companhia das Letras. Publicou, ainda, Muito
além do espetáculo (Senac São Paulo, 2000); A crise do Estado-nação (Record, 2003);
Oito visões da América Latina (Senac São Paulo, 2006); Ensaios sobre o medo (Edições
Sesc sp/Senac São Paulo, 2007); O esquecimento da política (Agir, 2007); Mutações:
ensaios sobre as novas configurações do mundo (Edições Sesc sp/Agir, 2008); Vida,
vício, virtude (Edições Sesc sp/Senac São Paulo, 2009); A condição humana (Edições
Sesc sp/Sesc sp, 2009); Mutações: a experiência do pensamento (Edições Sesc sp, 2010);
Mutações: a invenção da crença (Edições Sesc sp, 2011).
Antonio Cicero é poeta e ensaísta. Autor de: Guardar (Record, 1996), A cidade e
os livros (Record, 2002), O mundo desde o fim (Francisco Alves, 1995) e Finalidades
sem fim (Companhia das Letras, 2006). Em parceria com o poeta Waly Salomão,
organizou O relativismo enquanto visão do mundo (Francisco Alves, 1994) e, em
parceria com o poeta Eucanaã Ferraz, a Nova antologia poética de Vinícius de Mo-
raes (Companhia das Letras, 2003). É também autor de diversas letras de música,
tendo como parceiros, entre outros, Marina Lima, Adriana Calcanhotto e João
Bosco. Participou das coletâneas Poetas que pensaram o mundo; O silêncio dos in-
telectuais; A condição humana; Mutações: a experiência do pensamento; Mutações: a
invenção da crença (Edições Sesc sp).
Francisco Bosco é ensaísta, autor de E livre seja este infortúnio (Azougue, 2010),
Banalogias (Objetiva, 2007), Dorival Caymmi (Publifolha, 2006), Da amizade (7 Le-
tras, 2003) e Antonio Risério (Org., Azougue, 2008). Mestre e doutor em teoria da
literatura pela ufrj. Foi colunista da revista Cult entre 2006 e 2010. Atualmente, é
coordenador da rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles, e membro da comissão
editorial da revista Serrote. Escreve uma coluna semanal no jornal O Globo.
Olgária Matos é doutora pela École des Hautes Études e pelo Departamento
de Filosofia da fflch-usp, e professora titular dos departamentos de filosofia da
usp e da Unifesp. Escreveu: Rousseau: uma arqueologia da desigualdade (Mg Edi-
tores Associados, 1978); Os arcanos do inteiramente outro – a Escola de Frankfurt, a
melancolia, a revolução (Brasiliense, 1989); A Escola de Frankfurt – sombras e luzes
do Iluminismo (Moderna, 1993) e Discretas esperanças: reflexões filosóficas sobre o
mundo contemporâneo (Nova Alexandria, 2006). Colaborou na edição brasileira
de Passagens de Walter Benjamin e prefaciou Auf klârung na Metrópole – Paris e a
Sergio Paulo Rouanet, doutor em ciência política pela usp, é autor de Édipo e
o anjo (Tempo Brasileiro, 2007); Riso e melancolia (Companhia das Letras, 2007);
Ideias da cultura global e universal (Marco Editora, 2003); Interrogações (Tempo
Brasileiro, 2003); O espectador noturno e Os dez amigos de Freud (Companhia das
Letras, 2003); Mal-estar na modernidade (Companhia das Letras, 1993); A razão
cativa (Brasiliense, 1990); As razões do Iluminismo (Companhia das Letras, 1987).
Publicou ensaios nos livros Os sentidos da paixão; O olhar; A crise da razão; Brasil
500 anos: a outra margem do Ocidente; O avesso da liberdade; O homem-máquina; O
silêncio dos intelectuais; O esquecimento da política; Mutações: ensaios sobre as novas
configurações do mundo; A condição humana; Mutações: a experiência do pensamento;
Mutações: a invenção das crenças.