2016 PDP Hist Uel Rosemeireramos

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO: Produção Didático-pedagógica – Turma 2016
Título: A representação visual do índio no livro didático
Autor: Rosemeire Ramos
Disciplina/Área: História
Escola de Implementação do Colégio Estadual Professora Vani Ruiz Viessi

Projeto e sua localização:
Município da escola: Londrina
Núcleo Regional de Educação: Londrina
Professor Orientador: Profª Dra. Edméia Aparecida Ribeiro
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina
Relação Interdisciplinar: Português, arte, filosofia e sociologia.
Resumo:
Diante da constatação de que o livro didático
contempla imagens idealizadas de indígenas,
sutilmente omitindo situações reais, é proposto
à investigação dessas omissões. Para isso, o
livro didático é fonte de pesquisa, que na maioria
das vezes tem sido o único material impresso
disponibilizado aos alunos. Como objeto de
estudo destacam-se as imagens, estas que tem
se tornado fontes importantes para a produção
do conhecimento histórico. Objetivamos analisar
a representação visual do índio no livro didático,
onde se ressalta a importância do trabalho de
imagens para gerar reflexões dos aspectos da
cultura e vida dos indígenas no Brasil atual, além
de viabilizar a valorização e o reconhecimento
desses povos, dando voz e vez a esses sujeitos,
que muitas vezes foram silenciados pela própria
História.
Palavras-chave: Livro didático; Imagens; Indígenas.
Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos e alunas do 9º do ensino fundamental
APRESENTAÇÃO
O trabalho a ser desenvolvido é sistematizado em forma de uma Unidade

Didático-pedagógica e se pauta na importância da história dos povos indígenas no
âmbito escolar e a constante busca para enfatizar o legado cultural indígena na
sociedade brasileira, destacando a influência étnica, folclórica, linguística,
habitualidades e costumes, portanto, faz-se necessário focar com mais veemência
todo e qualquer tipo de conteúdo pertinente a essa temática. Sendo obrigatória a
partir da lei nº 11.645/2008 (BRASIL, 2008), que estabelece à obrigatoriedade do
ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil no currículo de ensino
público e privado em todo território brasileiro como consta nas Diretrizes Curriculares
do ensino de História da Educação Básica do Estado do Paraná. (PARANÁ, 2008).
Segundo as Diretrizes Curriculares do ensino de História da Educação
Básica do Estado do Paraná, a História tem como objeto de estudo os processos
históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como
a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas
ações (PARANÁ, 2008, p.46), sendo assim as reflexões sobre as ações podem ser
identificadas revendo as formas de pensar, agir, representar, e as possíveis relações
entre os sujeitos.
Observa-se que o livro didático na maioria das vezes é o único material
impresso disponibilizado aos alunos, retratando e apresentando uma visão
idealizada do índio brasileiro, contemplando imagens de índios caracterizados como
se habitassem num espaço propício para realização de seus rituais, com farta
alimentação, longe da contaminação por mercúrio utilizado em garimpos
clandestinos, água potável, e muito mais. Outras imagens de índios com expressões
felizes como se estivessem fora de realidades como perseguições e mortes na
disputa de terras por fazendeiros.
A história necessita estudar de modo mais significativo os sujeitos que
contribuíram para a sua construção. É notório que os índios já estavam aqui quando
os portugueses aportaram suas naus em solo brasileiro, apesar dos embates
culturais e o tratamento desumano do europeu dispensado aos povos indígenas,
seus descendentes estão vivos, atuantes, na busca de vencer a invisibilidade e os
obstáculos enfrentados nas várias esferas da sociedade brasileira, rumando para a
transformação e construção de uma história futura.
Nas últimas décadas as imagens têm-se tornado fontes importantes de
pesquisa historiográfica, além de ser considerado um recurso pedagógico mediador
de saberes e acervos de memória.
Verifica-se o quanto é desafiador o trabalho com imagens, que na maioria
das vezes passam despercebidas pelo docente, que se detém mais aos textos.
As atividades aqui propostas serão desenvolvidas com alunos (as) do 9º
ano do Ensino Fundamental II, do Colégio Estadual Professora Vani Ruiz Viesse –
Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Londrina, Paraná. Essas atividades
foram preparadas pensando instigar reflexões, posturas, conceitos, atitudes de
respeito sobre aspectos da cultura e da vida dos indígenas no Brasil na atualidade.
Sendo assim, esta Unidade Didática tem como objetivo, analisar a representação
visual do indígena no livro didático, tendo como fonte de estudo duas coleções de
História PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) 2017 anos finais do Ensino
Fundamental – História Sociedade e Cidadania de Alfredo Boulos Junior e Projeto
Araribá: História, obra coletiva concebida e produzida pela Editora Moderna.
UNIDADE DIDÁTICA
ROTEIRO DO 1º ENCONTRO
Disciplina/Área PDE: História

IES: Universidade Estadual de Londrina
NRE: Londrina
Colégio Estadual Professora Vani Ruiz Viessi – Ensino Fundamental e Médio
Profª: Rosemeire Ramos
Orientadora: Profª. Dra. Edméia Aparecida Ribeiro
Ano de Aplicação: 2017
TÍTULO: A Representação visual do índio no livro didático
TEMA:
Reflexões iniciais sobre a história da cultura indígena no Brasil.
INTRODUÇÃO
Na reavaliação das sociedades indígenas e das políticas

indigenistas, a historiografia tem, e terá um papel fundamental,
decisivo até. Pois cabe aos historiadores, através de uma revisão
séria das abordagens vigentes, que relegam os índios a um papel
fugaz e mal explicado [...], não apenas resgatar esses esquecidos da
história, mas antes redimir a própria historiografia de seu papel
conivente na tentativa, fracassada, de erradicar os índios.
(MONTEIRO, 1994, p.227).
Em 2008 surgiu a Lei n. 11.645/08 (BRASIL, 2008), que inclui no currículo

oficial a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do
Brasil (PARANÁ, 2008, p.45), mais ainda é perceptível à preponderância de uma
história eurocêntrica, um silêncio na prática docente em relação ao estudo da etnia
indígena por parte de muitos educadores. É preciso dar visibilidade a todos os
sujeitos e suas práticas, que por sua vez são construtores da história.
OBJETIVOS
 Apresentar a proposta de trabalho aos alunos e alunas do 9º ano do

Ensino Fundamental.
 Contribuir para o esclarecimento quanto à necessidade de se trabalhar
a questão indígena em detrimento da Lei n. 11.645/08.
 Proporcionar a reflexão sobre a história da cultura indígena no Brasil.
ESTRATÉGIAS
 Apresentação e esclarecimento do projeto com explanação do tema a

ser estudado aos alunos/as do 9º ano do ensino fundamental.
 Nesse encontro será realizada uma atividade que servirá para identificar
os conhecimentos prévios dos/as alunos/as. Esta atividade consiste em
estabelecer um diálogo entre o grupo. O professor fará algumas
perguntas sobre os indígenas para alunos (as), proporcionando um
momento para expressarem o que pensam, conhecem, socializando
suas ideias com os demais colegas. As respostas serão escritas no
quadro pelo professor de acordo com cada posicionamento.
 Leitura e interpretação do texto: O índio na história do Brasil -
GRUPIONI, L. D. B. Livros didáticos e fontes de informações sobre as
sociedades indígenas no Brasil. In: SILVA, A. L. da S.; GRUPIONI, D. B.
(Org.). A questão indígena na sala de aula – novos subsídios para
professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC, 1995. p. 489-490.
 Apresentação do vídeo – Índios no Brasil – filhos da terra, e discussão a
respeito do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=u5sVsnr2d08
ATIVIDADES
 Discussão sobre o tema

 Discussão e socialização de conhecimentos prévios, a partir de
perguntas feitas pelo professor.
 Leitura e discussão de texto
 Discussão do vídeo
RECURSOS
 Vídeo
 Texto impresso
 Projetor multimídia ou Tv Pendrive
 Quadro, giz
DURAÇÃO
Tempo previsto: 06 horas/aula
REFERÊNCIAS
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Livros didáticos e fontes de informações sobre as

sociedades indígenas no Brasil. In: SILVA, A. L. da S.; GRUPIONI, D. B., (Org.). A
questão indígena na sala de aula – novos subsídios para professores de 1º e 2º
graus. Brasília: MEC, 1995. p. 481-525.
ÍNDIOS no Brasil 8 Filhos da Terra. 2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=u5sVsnr2d08>. Acesso em: 10 ago. 2016.
MONTEIRO, J. M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São
Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Educação
Fundamental. Diretrizes curriculares da educação básica: história. Curitiba, 2008.
ANEXO
Roteiro de perguntas para investigação de conhecimentos prévios de

alunos (as) sobre os indígenas atuais.
- Quem são eles?

- Onde vivem?
- Como se vestem?
- Do que se alimentam?
- Onde trabalham?
- Como é sua casa?
- Têm acesso à educação?
- Falam a mesma língua?
- Existem diferenças entre as tribos indígenas? Quais?
- Quais os costumes que herdamos dos indígenas?
- Quais as palavras que utilizamos no nosso vocabulário que tem origem
indígena?
- Aponte alguns problemas enfrentados pelos indígenas na atualidade?
- Séries que estudou conteúdos indígenas?
UNIDADE DIDÁTICA
NRE: Londrina
TEMA:
A valorização do indígena.
INTRODUÇÃO
Dos descobridores aos nossos contemporâneos, as sociedades

indígenas foram, quase sempre, projetadas ao lado da natureza por
uma cultura incapaz de acolher a alteridade. Figuras como a de
bárbaros, bons selvagens, primitivos e arcaicos foram elaborados
nesse processo de contato, pacificação e convívio experimentado
pelas populações nativas no Novo Mundo após a chegada e
instalação dos europeus. (GRUPIONI, 1994, p.14-15).
Os povos indígenas foram reduzidos a uma participação pouco

significativa em nossa história e no cotidiano escolar, constituindo-se geralmente
como coadjuvantes, vítimas indefesas, dominados e sem autonomia. Essas
interpretações construíram uma imagem estática dos índios com tendência a afastá-
los cada vez mais da história, e, essa representação pode ser encontrada em muitos
livros didáticos, que são tidos como principal instrumento do processo de ensino
aprendizagem.
OBJETIVOS
 Analisar os estereótipos relacionados aos índios;

 Refletir sobre o valor de outras culturas, estimulando atitudes de
respeito.
 Proporcionar a reflexão sobre a importância da cultura indígena.
ESTRATÉGIAS
 Apresentação do vídeo- Povos indígenas- conhecer para valorizar e

discussão a respeito: https://www.youtube.com/watch?v=MwMEuK-DfEw
 Leitura e discussão do texto: Redução do preconceito :
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Livros didáticos e fontes de
informações sobre as sociedades indígenas no Brasil. In: SILVA, A. L. da
S.; GRUPIONI, D. B. (Org.). A questão indígena na sala de aula –
novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC, 1995.
p. 492.
ATIVIDADES
 Discussão a respeito do vídeo

 Leitura e discussão do texto
RECURSOS
 Vídeo
 Texto impresso
 Quadro, giz
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Org.). Índios no Brasil. Brasília: MEC, 1994. Disponível
em: <https://pt.scribd.com/doc/15085440/INDIOS-NO-BRASIL-GRUPIONI>. Acesso em: 10
ago. 2016.

sociedades indígenas no Brasil. In: SILVA, A. L. da S.; GRUPIONI, D. B. (Org.). A questão
indígena na sala de aula – novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília:
MEC, 1995. p. 481-525.
POVOS Indígenas: Conhecer para valorizar. 2013. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=MwMEuK-DfEw>. Acesso em: 10 ago. 2016.
UNIDADE DIDÁTICA

NRE: Londrina
TEMA:
O uso da imagem como fonte historiográfica.
INTRODUÇÃO
Imagens são testemunhas mudas e é difícil traduzir em palavras seu

testemunho. Elas podem ter sido criadas para comunicar uma
mensagem própria, mas historiadores não raramente ignoram essa
mensagem a fim de ler as pinturas nas “entrelinhas” e aprender algo
que os artistas desconheciam estar ensinando. Há perigos evidentes
nesse procedimento. Para utilizar a evidência de imagem de forma
segura, e de modo eficaz, é necessário, como no caso de outros
tipos de fonte, estar consciente das suas fragilidades. (BURKE, 2004,
p. 18)
As imagens constituem uma forma importante de evidência histórica,

registrando atos de testemunho ocular, muitas vezes omitindo situações adversas.
OBJETIVOS
 Usar o livro didático como fonte.

 Trabalhar imagens como fonte histórica.
ESTRATÉGIAS
 Construção junto com alunas e alunos dos critérios para análise das
imagens dos livros didáticos. Serão analisados os seguintes elementos:
vestimenta, trabalho, condição social, moradia, acesso à educação,
alimentação, lazer, adornos, etc.
 Análise das representações visuais dos índios no livro didático.
 Análise das seguintes imagens:
a) Irmãs Kalapalos abrindo pequi, Querência (MT), 2012.
BOULOS JÚNIOR, A. História sociedade e cidadania. 3. ed. São
Paulo: FTD, 2015. p.34.
b) Raoni, líder indígena do povo Kaiapó, Rio Janeiro (RJ), 2012.
Paulo: FTD, 2015. p.42.
c) Indígena yanomami em Santa Isabel do Rio Negro (AM), 2011.
Paulo: FTD, 2015. p. 96.
d) Líder indígena paresi durante a 12ª edição dos Jogos dos Povos
Indígenas (MT), 2013.
Paulo: FTD, 2015. p.96.
e) Indígena idoso conta histórias para crianças guaranis da aldeia Pindo-
Te. Pariquera-Açu (SP), 2010.
Paulo: FTD, 2015. p.98.
f) Crianças yanomamis da comunidade Toototobí(AM) brincando com um
mutum de estimação, 2010.
Paulo: FTD, 2015. p.99.
g) Jovem xavante com seu pássaro de estimação: um colhereiro. General
Carneiro (MT), 2010.
Paulo: FTD, 2015. p.100.
h) Cacique Tafukumã preparado para o ritual do Kuarup. Aldeia indígena
Kalapalo, Parque Indígena Xingu, Querência (MT), 2009.
Paulo: FTD, 2015. p.100.
i) Indígenas do povo Barasano apresentam a dança capiwaya. Aldeia
Rouxinol, Igarapé Tarumã-Açu. Manaus (AM), 2009.
APOLINÁRIO, M. R. (Ed.). Projeto Araribá: história: ensino
fundamental. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2014. p.22.
j) Crianças Yanomami se pintam na aldeia Demini, em Barcelos, no
Amazonas, 2012.
fundamental. 4. ed.São Paulo: Moderna, 2014. p.29.
k) Criança indígena do povo Kaiapó em foto de 2013.
l) Crianças do povo indígena Guarani Mbyá, aldeia Guarani Tenondé
Porã, em Parelheiros, São Paulo (SP), em 2014.
m)Indígenas participam da XII edição dos jogos dos povos indígenas,
aldeia Alkara, Cuiabá (MT), 10 de novembro de 2013.
n) Jovem da etnia Waurá quebrando castanha de pequi para fazer tinta
corporal, em Gaúcha do Norte (MT), 2013.
o) Indígena Yanomami pinta o rosto para comemoração dos 20 anos da
demarcação da Terra Indígena Yanomami, aldeia Demini, Barcelos
(AM), 2012.
ATIVIDADES
 Reflexão, discussão e elaboração de critérios para análise das imagens

dos livros didáticos.
 Os alunos serão organizados em dupla, sendo que cada uma ficará
encarregada de fazer a análise de uma imagem, de acordo com os
critérios elaborados anteriormente.
 Apresentação de análise de imagem para os demais alunos.
RECURSOS
 Livro didático
 Quadro, giz
 Imagens
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS
APOLINÁRIO, M. R. (Ed.). Projeto Araribá: história: ensino fundamental. 4. ed. São

Paulo: Moderna, 2014.
BOULOS JÚNIOR, A. História sociedade e cidadania. 3. ed. São Paulo: FTD,

2015.
BURKE, P. Testemunha ocular: história e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier

dos Santos. Bauru: EDUSC, 2004.
UNIDADE DIDÁTICA

NRE: Londrina
TEMA:
Contextualizando imagens analisadas.
INTRODUÇÃO
Independentemente da origem da imagem, o problema central que

se apresenta para os professores é o tratamento metodológico que
esse acervo iconográfico exige, para que não se limite a ser usado
apenas como ilustração para um tema ou como recurso para seduzir
um aluno acostumado com a profusão de imagens e sons do mundo
audiovisual. (BITTENCOURT, 2008, p. 360-361).
Desta forma, verifica-se o quanto é desafiador o trabalho com imagens,

que na maioria das vezes passam despercebidas pelo docente que se detém mais
aos textos.
OBJETIVO
 Refletir junto com alunos e alunas do 9º ano aspectos da cultura e da

vida dos indígenas no Brasil na atualidade.
ESTRATÉGIA
 Pesquisa no laboratório de informática a respeito de etnias analisadas

em imagens e índios que executam ou executaram atividades diferentes
na atualidade (na universidade, no mercado de trabalho etc.).
ATIVIDADES
 Cada dupla tendo analisado a imagem irá agora pesquisar sobre os

povos identificados na mesma (localização, número de habitantes,
modos de produção, realidade que cada grupo enfrenta nos dias atuais,
bem como indígenas que executam ou executaram atividades diferentes
na atualidade).
 Apresentação de pesquisa para demais alunos.
 Confecção de história em quadrinhos (de acordo com pesquisa de cada
dupla).
RECURSOS
 Livro didático (imagens)

 Quadro, giz
 Laboratório de informática
 Sulfite, lápis de cor
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de história: fundamentos e métodos. 2. ed. São

Paulo: Cortez, 2008.

2015.
UNIDADE DIDÁTICA

NRE: Londrina
TEMA:
Da perseguição a resistência.
INTODUÇÃO
O destino dos povos e culturas indígenas, tal como o de qualquer

grupo étnico ou mesmo nação, não está escrito previamente em
algum lugar. A sua tendência à extinção não foi jamais um processo
natural, mas apenas o resultado da compulsão das elites coloniais
em instituir a homogeneidade apagando ou abolindo as diferenças.
Buscando excluir a ferro e fogo toda e qualquer outra alternativa, a
integração era descrita como se fosse uma fatalidade, ou até mesmo
a única salvação possível, para a qual os próprios índios deveriam
canalizar suas forças e esperanças. (GRUPIONI, 1995, p. 81).
Do descobrimento aos dias atuais os índios são perseguidos e expulsos

de suas terras, e mesmo diante de tal situação resistem, deixando seus
descendentes para prosseguir na luta, transformação e construção de uma história
futura.
OBJETIVOS
 Debater sobre as consequências da expulsão dos indígenas de suas

terras.
 Refletir sobre o espaço destinado aos indígenas.
 Refletir sobre a importância da demarcação de terras indígenas.
ESTRATÉGIAS
 Leitura e interpretação da reportagem:

BEDINELLI, Talita. Indígenas acusam fazendeiros de morte de guarani-
Kaiowá no Mato Grosso do Sul. El País, São Paulo, 16 jun. 2016.
http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/16/politica/1466030530_754621.html
 Apresentação do Documentário curta-metragem, produzido pelo
WG7BR e discussão a respeito: Xetá,
https://www.youtube.com/watch?v=_aUyib-tAlo
ATIVIDADES
 Leitura, interpretação e discussão de reportagem.

 Discussão de documentário.
RECURSOS
 Texto impresso (reportagem)
 Vídeo
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS
BEDINELLI, Talita. Indígenas acusam fazendeiros de morte de guarani-Kaiowá no

Mato Grosso do Sul. El País, São Paulo, 16 jun. 2016. Disponível em:
<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/16/politica/1466030530_754621.html>.
Acesso em: 24 set. 2016.

XETÁ: Documentário Curta-metragem. 2011. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=_aUyib-tAlo>. Acesso em: 24 set. 2016.
UNIDADE DIDÁTICA

NRE: Londrina
TEMA:
O brilho do ouro ofuscando o habitat indígena.
INTODUÇÃO
Ouro, metal tão cobiçado no passado, que proporcionou riqueza para uma
minoria a partir da exploração de mão de obra de uma grande maioria, continua nos
dias atuais sendo motivo de desejo de muitos garimpeiros que passam por cima de
direitos humanos, destruindo reservas indígenas, contaminando água, alimentos e
seres humanos, que passam a ser reféns da impunidade e atores de uma estatística
de extinção.
OBJETIVOS
 Perceber a relação do índio com seu habitat, utilizando recursos de que

dispõe para sua sobrevivência.
 Refletir sobre as várias formas de violência contra os indígenas nos dias
atuais.
 Refletir sobre as consequências da contaminação por mercúrio.
ESTRATÉGIAS
 Estudo da música Índios - Legião Urbana

https://www.youtube.com/watch?v=KeMDH7I8edg
 Apresentação do vídeo – O povo Yanomami está contaminado por
mercúrio de garimpo, em seguida discussão a respeito do vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=HPFlMbX5c9Y
ATIVIDADES
 Formar duplas para realizar estudo da música Índios.

RECURSOS

 Vídeo
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS

LEGIÃO URBANA. Índios. Compositor Renato Russo. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=KeMDH7I8edg>. Acesso em: 19 set. 2016.
O POVO Yanomami está contaminado por mercúrio de garimpo. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=HPFlMbX5c9Y>. Acesso em: 19 set. 2016.
ANEXO
Roteiro para trabalho com música
1- Ouvir a música: Índio – Legião Urbana. Duração 4 min 52 seg.

Fonte: LEGIÃO URBANA. Índios. Compositor: Renato Russo. Disponível em:
2- Semelhança com a realidade indígena do passado e presente.

3- Versos que identificam o alerta sobre a perda do território pelo índio e
necessidade de valorização da cultura indígena no Brasil.
4- Mensagem da música.
UNIDADE DIDÁTICA

NRE: Londrina
TEMA:
População indígena do Paraná
INTODUÇÃO
As populações que aqui viveram entre 12.000 mil a 3.000 anos antes
do presente são denominadas pela arqueologia de Caçadores
coletores pré-históricos. Elas foram substituídas pelas populações
indígenas históricas, Kaingang, Xokleng, Guarani e Xetá, a partir de
suas chegadas na região por volta de 3.000 AP, e continuam a viver
aqui até os dias de hoje. (MOTA, 2009, p.78).
De acordo com Lúcio Tadeu Mota os indígenas que hoje habitam o

Estado do Paraná são descendentes de alguns grupos humanos que aqui viveram
entre 12.000 a 3.000 anos. Este relato registra a força que emana destes povos, que
sofreram tanta perseguição ao longo dos vários períodos da história, resistiram e
hoje estão vivos, presentes na sociedade paranaense, prontos para compreender
seu presente a partir do passado, transformando e construindo um futuro mais justo.
OBJETIVOS
 Conhecer quem são os povos indígenas que habitaram e habitam o

Estado do Paraná.
 Proporcionar a reflexão sobre a história da cultura indígena no Estado do
Paraná.
 Refletir sobre as condições de vida dos povos indígenas do Estado do
Paraná na atualidade.
ESTRATÉGIAS
 Estudo do texto: As primeiras populações no Paraná:

MOTA, Lúcio Tadeu. As guerras dos índios Kaingang: a história
épica dos índios Kaingang no Paraná (1769-1924). Maringá: EDUEM,
2009. p. 77-85.
 Apresentação do vídeo: Indígenas do Estado do Paraná e discussão a

respeito do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_IpLrlltiSQ
ATIVIDADES
 Em dupla realizar a leitura do texto, relacionando as palavras cujos

significados são desconhecidos e procurar no dicionário.
 Redigir no caderno as principais ideias do texto.
 Exposição para os demais alunos e alunas.
 Debater apontamentos apresentado pelas duplas.
RECURSOS
 Texto impresso
 Vídeo
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS
INDÍGENAS do Estado do Paraná. 2014. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=_IpLrlltiSQ>. Acesso em: 27 set. 2016.
MOTA, Lúcio Tadeu. As guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios
Kaingang no Paraná (1769–1924). Maringá: EDUEM, 2009.
UNIDADE DIDÁTICA

NRE: Londrina
Colégio Estadual Professora Vani Ruiz Viessi – Ensino Fundamental e
Médio
TEMA:
Socialização de conhecimentos adquiridos
INTODUÇÃO
As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das

ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem
transformar constantemente as estruturas sócio-históricas. Mesmo
condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para
escolhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para
descoberta das relações humanas busca compreender e interpretar
os sentidos que os sujeitos atribuem às suas ações. (PARANÁ, 2008,
p.46).
Como diz as Diretrizes, as ações humanas podem transformar a

sociedade, e é acreditando na transformação de posturas, visões e posicionamentos
na busca de uma sociedade mais justa que vou encerrar este trabalho com alunos e
alunas.
OBJETIVOS
 Interagir com comunidade escolar conhecimentos adquiridos no

desenvolvimento do tema – A Representação Visual do Índio no Livro
Didático.
 Reconhecer mudanças de atitudes e conceitos quanto a questão
indígena a partir das abordagens realizadas no decorrer da intervenção.
ESTRATÉGIAS
 Confecção de cartazes a respeito do tema trabalhado na intervenção do

projeto.
 Apresentação para a comunidade escolar dos materiais produzidos
(história em quadrinhos, cartazes, textos, relatos).
ATIVIDADES
 Os alunos (as) em dupla deverão elaborar um cartaz sobre como o índio

é representado nas imagens presentes nos livros didáticos selecionados
para esta pesquisa/estudo.
RECURSOS
 Sala de aula, pátio, cartolina, lápis coloridos, revistas, projetor multimídia

ou Tv pen-drive e outros materiais necessários ao desenvolvimento do
trabalho.
DURAÇÃO
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

BEDINELLI, Talita. Indígenas acusam fazendeiros de morte de guarani-Kaiowá no
Mato Grosso do Sul. El País, São Paulo, 16 jun. 2016. Disponível em:
<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/06/16/politica/1466030530_754621.html>.
Acesso em: 24 set. 2016.
BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de história: fundamentos e métodos. 2. ed. São
Paulo: Cortez, 2008.
2015.
BURKE, P. Testemunha ocular: história e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier
dos Santos. Bauru: EDUSC, 2004.
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi (Org.). Índios no Brasil. Brasília: MEC, 1994.
Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/15085440/INDIOS-NO-BRASIL-
GRUPIONI>. Acesso em: 10 ago. 2016.
sociedades indígenas no Brasil. In: SILVA, A. L. da S.; GRUPIONI, D. B. (Org.). A
INDÍGENAS do Estado do Paraná. 2014. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=_IpLrlltiSQ>. Acesso em: 27 set. 2016.
ÍNDIOS no Brasil 8 Filhos da Terra. 2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=u5sVsnr2d08>. Acesso em: 10 ago. 2016.
LEGIÃO URBANA. Índios. Compositor: Renato Russo. Disponível em:
MONTEIRO, J. M. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São
Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
MOTA, Lúcio Tadeu. As guerras dos índios Kaingang: a história épica dos índios
Kaingang no Paraná (1769–1924). Maringá: EDUEM, 2009.
O POVO Yanomami está contaminado por mercúrio de garimpo. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=HPFlMbX5c9Y>. Acesso em: 19 set. 2016.
POVOS Indígenas: Conhecer para valorizar. 2013. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=MwMEuK-DfEw>. Acesso em: 10 ago. 2016.
XETÁ: Documentário Curta-metragem. 2011. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=_aUyib-tAlo>. Acesso em: 24 set. 2016.

2016 PDP Hist Uel Rosemeireramos

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO: Produção Didático-pedagógica – Turma 2016

Título: A representação visual do índio no livro didático

Autor: Rosemeire Ramos

Escola de Implementação do Colégio Estadual Professora Vani Ruiz Viessi

Município da escola: Londrina

Núcleo Regional de Educação: Londrina

Professor Orientador: Profª Dra. Edméia Aparecida Ribeiro

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina

Relação Interdisciplinar: Português, arte, filosofia e sociologia.

Palavras-chave: Livro didático; Imagens; Indígenas.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

O trabalho a ser desenvolvido é sistematizado em forma de uma Unidade

Disciplina/Área PDE: História

TÍTULO: A Representação visual do índio no livro didático

Na reavaliação das sociedades indígenas e das políticas

Em 2008 surgiu a Lei n. 11.645/08 (BRASIL, 2008), que inclui no currículo

 Apresentar a proposta de trabalho aos alunos e alunas do 9º ano do

 Apresentação e esclarecimento do projeto com explanação do tema a

 Discussão sobre o tema

GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Livros didáticos e fontes de informações sobre as

Roteiro de perguntas para investigação de conhecimentos prévios de

- Quem são eles?

TÍTULO: A Representação visual do índio no livro didático

Dos descobridores aos nossos contemporâneos, as sociedades

Os povos indígenas foram reduzidos a uma participação pouco

 Analisar os estereótipos relacionados aos índios;

 Apresentação do vídeo- Povos indígenas- conhecer para valorizar e

 Discussão a respeito do vídeo

Tempo previsto: 03 horas/aula

GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Livros didáticos e fontes de informações sobre as

POVOS Indígenas: Conhecer para valorizar. 2013. Disponível em:

Disciplina/Área PDE: História

TÍTULO: A Representação visual do índio no livro didático

O uso da imagem como fonte historiográfica.

Imagens são testemunhas mudas e é difícil traduzir em palavras seu

As imagens constituem uma forma importante de evidência histórica,

 Usar o livro didático como fonte.

 Reflexão, discussão e elaboração de critérios para análise das imagens

APOLINÁRIO, M. R. (Ed.). Projeto Araribá: história: ensino fundamental. 4. ed. São

BOULOS JÚNIOR, A. História sociedade e cidadania. 3. ed. São Paulo: FTD,

BURKE, P. Testemunha ocular: história e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier

Disciplina/Área PDE: História

TÍTULO: A Representação visual do índio no livro didático

Contextualizando imagens analisadas.

Independentemente da origem da imagem, o problema central que

Desta forma, verifica-se o quanto é desafiador o trabalho com imagens,

 Refletir junto com alunos e alunas do 9º ano aspectos da cultura e da

 Pesquisa no laboratório de informática a respeito de etnias analisadas

 Cada dupla tendo analisado a imagem irá agora pesquisar sobre os

 Livro didático (imagens)

Tempo previsto: 06 horas/aula

APOLINÁRIO, M. R. (Ed.). Projeto Araribá: história: ensino fundamental. 4. ed. São

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de história: fundamentos e métodos. 2. ed. São

BOULOS JÚNIOR, A. História sociedade e cidadania. 3. ed. São Paulo: FTD,

Disciplina/Área PDE: História

TÍTULO: A Representação visual do índio no livro didático

O destino dos povos e culturas indígenas, tal como o de qualquer

Do descobrimento aos dias atuais os índios são perseguidos e expulsos

 Debater sobre as consequências da expulsão dos indígenas de suas

 Leitura e interpretação da reportagem:

 Leitura, interpretação e discussão de reportagem.

 Texto impresso (reportagem)

 Projetor multimídia ou Tv Pendrive