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Pontos riscados

O Ponto Riscado na Umbanda é Poder de Magia e traz toda a força


misteriosa da escrita astral, que tem o poder de fechar, trancar,
abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar e
equilibrar qualquer Energia, o Terreiro ou até os Médiuns, pois atua
em seus campos energéticos e mediúnicos.
Não pode existir um Terreiro sem o testemunho dos Pontos
Riscados, isto é, da Pemba.
Assim pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que a Pemba é o
instrumento mais poderoso da Umbanda, pois sem os pontos
riscados nada se pode fazer com segurança

Fechado - a ação é concentrada, delimitada e limitada,


cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em solicitações
específicas e nos pontos identificatórios.
Aberto – a ação é ampla, vasta, envolve a todos e a todo
o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só é riscado
pelo Pai/Mãe Espiritual.

Pontos riscados podem ser simbólicos, magisticos ou indentificatorios.

Ponto Riscado Identificatório


É uma das grandes provas para confirmar que o médium está
capacitado para conquistar um novo grau, uma vez que se a
Entidade não estiver realmente bem incorporada, e isso se deve
somente à capacidade mediúnica do médium, ele não saberá e
não conseguirá riscar com firmeza e clareza o ponto que identificará
o Guia Espiritual entre os demais, é uma espécie de assinatura
pessoal

Ponto Riscado Magístico


O estudo formalizado desse tipo de ponto riscado não existe,
pois esse conhecimento é de ‘poder do Astral Superior’, no
entanto, é importante seguir algumas bases e livros Sagrados
milenares, assim como algumas bases cabalísticas para tentarmos
compreender esse grandioso Mistério.
Esses pontos têm várias funções: podem ser energizadores,
protetores, irradiadores, desagregadores, transmutadores etc.

Ponto Riscado Simbólico


Tem um grande valor e poder mágico, pois são sinais expressos
em formas que dão a entender uma intenção, uma
ação, um verbo, uma direção.

Estrela de quatro pontas


A estrela de quatro pontas se assemelha
a uma cruz e nos remete à estrela de natal, ao
nascimento de Jesus e principalmente à finalidade
de sua vinda.
Estrela de seis pontas
É um símbolo potente que representa o
macrocosmo (Deus, o Universo ou Energias
mais altas) em equilibrio com o microcosmo
(a raça humana, a Terra ou Energias Evidentes).
O triângulo que aponta para cima é símbolo do elemento Fogo
e representa a aspiração de alcançar ou retornar ao Divino.
O triângulo que aponta para baixo é símbolo do elemento
água e significa o plano terreno. No encontro dos dois triângulos
temos o centro do hexagrama e aí está o ponto onde o
equilíbrio e a beleza são alcançados.

Estrela de cinco pontas


É um símbolo poderoso de proteção e
equilíbrio. Cada uma de suas cinco pontas
representa um dos cinco elementos manifestados
(Fogo, Ar, Água e Terra) mais o
elemento unificador : o Espírito.

Estrela de sete pontas


Símbolo de integração, tão
mistica quanto o número de suas
pontas. Representa inteligência
oculta, é associado aos sete planetas da
astrologia clássica e a outros sistemas
do Sete, tal como os chakras do Hinduísmo.
As matérias acima (Pontos Riscados na U

Estrela de oito pontas


Símbolo de plenitude e regeneração,
está ligado a sistemas de oito
pontas tal como trigramas do I
Ching, a roda pagã do ano e o “Ogdoad”
do Egito antigo.

Um pouco sobre nossos Orisás

ESU:

Tem como função dinamizar, mobilizar, transformar e comunicar.


É o passado, presente e futuro. Nele estão contidos o bem e o mal. É a manifestação
de tudo que existe.
Esu é representado com um porrete de nome OGÓ que o leva em segundos à
quilômetros de distância. Também atrai através de magnetismo, objetos situados à
longas distâncias.
Ele é astuto e sutil.
Como feiticeiro é extraordinário em seu poder. Nada é impossível para Esu. É o ponto
vital, o equilíbrio do mundo, que sem ele seria o caos.
Na maioria dos itãns na África é tido como brincalhão das estradas, o mensageiro, o
encrenqueiro e o porteiro interesseiro.
Cuidar de Esu às segundas-feiras é o mesmo que cuidar de sua segurança, na vida
material e espiritual.
Filho primogênito de Osalá e Iemanjá.
*Cuida-se se Esu as segundas por que consideramos o inicio da nossa semana,
porem todo dia é dia para se cuidar.

OGUN:
É aquele que sempre abre as estradas, que vai na vanguarda, que desbrava os
caminhos com o seu facão. Orisá violento e guerreiro, eterno vencedor.
Foi Rei de Ifé e conquistador do reino de Ire.
Veste um saiote chamado mariwó (feito com as franjas das folhas verdes da palmeira).
É tido como filho de Iemanjá, irmão de Oxossi e Esu.
Ao mesmo tempo que caça, inventa as armas e ferramentas. Foi um profundo
conhecedor dos segredos das florestas, onde vivia com Oxossi e Ossain.
Destemido caçador, tornou-se guerreiro e ferreiro.
Conta uma lenda que Ogum não gostava de civilização, vivendo eternamente no fundo
da floresta. Osun, com sua doçura, conseguiu conquista-lo, trazendo-o para a cidade.
Nessa oportunidade, ela necessitava de ajuda pois precisava de proteção.
Foi marido de Iansã, cujo segredo descobriu. Depois viveu com Osun (antes desta
casar com Oxossi e depois com Sangô). Viveu com Oba, após vencê-la em uma luta.
Ogum gostava de beber e comer carne de cachorro (especialmente crua), seus
músculos eram considerados de aço.
Sua ira era terrível. Era conhecido como decepador de cabeças e vingador das
injustiças.
É o protetor das artes marciais, da agricultura, dos policiais e daqueles que lidam com
ferro.

IEMANJÁ:
Sua origem é iorubá, da nação dos Egbá (onde existe um rio com este nome). O nome
Iemanjá significa: mãe dos filhos peixes.
É tida como filha de Olóòkun (o mar).
Suas lendas contam que teve vários casamentos e muitos filhos.
Simboliza a maternidade fecunda e nutritiva.
É vista como uma senhora de seios volumosos, matrona, de ar senhorial, de
movimentos ondulantes, andar cadenciado, com gestos finos e estudados que a torna
envolvente.
Dizem que as estrelas são as folhas que enfeitam o seu manto e que as pedras
preciosas lhes dão o brilho, tornando-a bela e irresistível.
Também recebe o nome de Inaê, Janaina e Olosun.

OSUN:
Nasceu de Iemanjá, ou é a extensão dela.
Muitos a consideram a filha preferida de Osalá.
É a dona do ouro, do coral e do âmbar. Adora o cobre.
Sua origem é iorubá, da nação Ijexá.
Uma de seus Itans a liga ao rio Osun. Os africanos a veem como uma jovem de cor de
cobre, com a boca carnuda, olhos vivos, nariz afilado, corpo exuberante e ágil e
sedutora.
Tem o título de Iyalode (mulher instruída, rainha, senhora, importante).
Considerada dona do amor, do rio e da fertilidade. É a sereia dos rios.
O mel é o seu elemento essencial, assim como a gema do ovo.
Está ligada por mitos e lendas a diversos Orisás (por meio de seus atributos femininos,
conquistou a todos e criou inimizades entre eles).

OSÓSSI:
O rei da mata, divindade da caça. Protetor de todos aqueles que tiram o seu sustento
da floresta. Seu grito de guerra assemelha-se à um latido (por ser caçador). Está
ligado à terra virgem. Vive na floresta, gosta de ar puro e liberdade.
Protetor do acesso às plantas (só penetra no mato aquele que tem a sua autorização e
está verdadeiramente preparado).
Osóssi é considerado do país de Keto, onde foi príncipe. Mantém ligação com Ossain
e Ogun, além de ser considerado marido de Osun.
Ele que torna eficaz as expedições dos caçadores, propiciando caça abundante.
Aprendeu com Ossain o segredo das folhas, usando-as para salvar vidas.
Nas expedições é sempre quem descobre os lugares certos e favoráveis para sua
instalação. Torna-se o primeiro ocupante dos locais onde surgem vilas e roçados.
Por ser o único à possuir armas, é o guardião noturno de sua comunidade.
Filho de Osalá e Iemanjá.

OMULU / OBALUAIÊ:
SAPANÃ (nome dado aos 2). Sapanã velho = Omulu. Sapanã novo = Obaluaiê.
Omulu significa: filho do Senhor. Omulu é manco, sua morada é fora de casa, isolada,
no meio do mato.
Juntamente com Ogun, ele controla as estradas. Identificado com o Sol do meio dia,
por isso chamado de RAIO DE SOL.
Inspira medo e respeito. Seu controle é difícil. Constitui uma ameaça constante.
Rico de significados e de difícil acesso.
Obaluaiê quer dizer senhor da terra. É originário do território de Tapá (também
chamado Nupê). Fixou-se no Daomé (território Mahí).
Tido como filho de Nanã e irmão de Osumaré. Orisá de poderes extraordinários.
Está relacionado com a morte. Relacionados aos cemitérios e aos espíritos dos
mundos.
Traz consigo a morte e o renascimento, varre as impurezas da face da Terra.
À ele pertencem as doenças epidêmicas, como a varíola, a peste bubônica, a sarna,
assim como todas as doenças de pele (lepra por exemplo); enfim todos os males que
começam com febre muito alta.
Tem o poder de criar e acabar com estas doenças.
Para muitos é curandeiro, sendo considerado o " médico dos pobres ".

OYÁ/IANSÃ:
Iansã é o Orixá dos ventos, das tempestades e do rio Niger. De acordo com os seus
itans, está ligada à água, ao fogo e à terra.
Violenta, porém de rara beleza. Sua violência pode ser caracterizada, por sua
importância na natureza. Domina os raios, ventos e tempestades, como exerce
também a renovação da vida e a morte.
Capaz de cuspir fogo e controlar os eguns (espíritos dos mortos).
O nome Iansã significa: "mãe de 9 filhos", pois contam os itans que teve 9 filhos.

Oyá: Nome do rio Odò Oyá que segundo um itan, existia uma cidade chamada Ipô,
ameaçada de ser destruída. Foi salva pelo surgimento deste rio, após ser feita uma
oferenda das roupas dos membros da comunidade à Oyá.
OSALUFÃ:
Uma das variedades de Osalá. Está ligado à senilidade (o oposto de Osaguiã).
Orisá da CRIAÇÃO, simboliza o começo, a realização, a vida e a morte. No branco de
sua cor, estão incluídas as demais cores, por isso ele simboliza o "TODO".
Em seus mitos, é o Orixá que assegura a volta das chuvas, que fecunda os campos.
Está associado à Justiça, à calma, à umidade, ao equilíbrio, ao repouso e ao silêncio
Protetor dos aleijados, corcundas e albinos.
Não come sal e tem o caracol como a sua oferenda preferida (o considera símbolo da
manifestação do poder genitor do homem, que é o esperma).
Carrega uma cajado chamado "Opasorô" que significa cetro do mistério.
Devemos considerá-lo como nosso Pai, pois participou de nossa criação.

OSAGUIÃ:
Osaguiã é uma das 16 qualidades de Osalá. Originário de Ifé (Nigéria). Correu o
mundo e conquistou o seu reinado.Considerado um dos Orisás da CRIAÇÃO!
Valente e jovem guerreiro, considerado filho de Osalufã.
Seu nome significa: "Orixá comedor de inhame pilado".
Está associado ao silêncio, à umidade e ao repouso.

OSUMARÉ:
Orisá da mobilidade e da atividade. É uma grande serpente mítica que sai da terra e
sobe para o céu, cingindo com a sua longa cauda de várias cores (arco-íris), para em
seguida voltar a enfiar-se na terra de onde veio.
Originário do Daomé, onde é chamado de DAN.
Vem do território Mahi, com seu irmão Omulu e sua mãe Nanã.
Representante da riqueza, e alguns itans dizem que serve à Sangô.
Transporta a água da chuva que cai sobre a terra, levando-a de volta às nuvens.
Também é o afugentado da chuva, o vidente do céu e o curador das Divindades. Filho
de Osalá.

SANGÔ:
Originário do território de Tapá. Embora seja considerado originário da Nigéria, outros
povos tiveram conhecimento de sua existência.
Foi Rei de Kossô (cidade que conquistou através da guerra). Apesar de ser ligado à
violência incontrolável, geralmente está também associado a uma profunda Justiça e
amor.
Sangô é a origem do trovão. Carrega um machado de 2 lâminas chamado Osé. Seu
símbolo é a pedra do raio (considerada como o machado lançado por ele).
Ligado ao fogo. Conta um itan que tudo que ele comia saia como fogo ao cuspir.
Também ligado a 3 mulheres: Obá, Iansã e Osun.
Nas lendas Osun o conquistou pela comida, Iansã pela beleza e valentia e Obá pela
dedicação, fidelidade e amor.

NANÃ:
Muito respeitada e poderosa. A raiz de seu nome significa "mã". Tida como a mais
antiga divindade das águas. Não águas dos rios ou mares e sim dos lagos, das águas
paradas e lamacentas dos pântanos, mangues.
A lama, o poço, água e lama de grandes buracos são os símbolos deste Osixá
(representam as primeiras águas).
Originária do Daomé, da nação jeje, diz à lenda que é filha de um grande pássaro
chamado ÀTIORO, da cidade de Ofá. Diz a lenda que é mãe de Osumaré e Omulu.
Não aceita sacrifícios em que sejam usados instrumentos de metal.
Não rende homenagem à Ogun.
Carrega o Ibirí, acalentando-o como à uma criança.
Vive no seio da terra escura (espírito dos mananciais). É a avó, dona da terra e
SENHORA DONA DOS CAURIS (BÚZIOS).
Recolhe, acalenta e protege os mortos. Traz a Justiça.

OSSAIN:
O segredo das folhas pertence ao Orisá Ossain.
Ele é o dono absoluto de seus poderes e segredos, assim como das palavras
apropriadas para provocar sua ação curativa e mágica.
Representado por um pequeno pássaro chamado EYE, pousado sobre uma haste de
ferro rodeada por outras 6, simbolizando uma árvore com 7 ramos.
Ossain está intimamente associado ao poder da adivinhação. Dizem que é escravo de
Orumilá (Divindade da adivinhação). Porém com o tempo passou a ser concorrente,
pois tem a virtude de curar os seres vivos.
Ossain é o "Curador Divino". Seu filho chama-se "REMÉDIO", pois através dele à base
de ervas que este Orisá cura as pessoas.
Portador de um defeito físico, tem apenas um braço, anda com uma só perna, vê com
um olho e ouve com um só ouvido. Apesar disso é caçador e com o seu arco é o
guardião da mata virgem.

OBÁ:
Orixá do rio Obá. Valente e guerreira.
Embora seja velha e desajeitada, assim como sem charme, é vigorosa, corajosa e leal.
Guerreira respeitada pelos Orisás, usa um sabre e o seu maior prazer é lutar.
Foi mulher de Ogun. Também é a terceira mais antiga das mulheres de Sangô.
Rival de Osun e em uma luta perdeu uma orelha.
Também é considerada a "senhora mãe dos mortos" (que domina), pois é tida como
mãe do nono Egun.
Associada à água e à cor vermelha.

EWÁ:
Filha de Osalá e Iemanjá.
Orisá casta, tem o poder de se tornar invisível de penetrar nos mistérios de Ifá
(divindade da adivinhação).
Seus domínios são as ilhas e penínsulas, o céu estrelado, a chuva e a faixa branca do
arco-íris.
É protetora das virgens e pelo contrario do que muitos dizem, os filhos de Ewa não
são virgens, Ewa apenas protege as virgens.

LOGUNEDÉ:
Filho de Osóssi e Osun. Tem atributos da elegância, da beleza e da sedução.
Durante 6 meses do ano, ele caminha pelas matas, domínios de seu pai caçador. Nos
outros 6 meses, ele faz parte das águas doces, que pertencem à sua mãe.
Sempre representado como um adolescente.
OSALÁ:
Pai Supremo que separou o mundo espiritual do material.
Criou os seres vivos e gerou os Orisás. Pai maior.
Tem o poder de reger a vida e a morte.
Ao mesmo tempo em que é bondoso e tolerante, também pode ser firme e severo.
Osalá prefere sempre seguir o caminho do amor.
Suas esposas são Nanã e Iemanjá.
O único que se encontra acima dele é Olorun (DEUS).
Quando representado em sua forma jovem recebe o nome de Osaguiã.
Quando representado em sua forma velha recebe o nome de Osalufã.

IFÁ:
Divindade da adivinhação. Ifá é o dono do jogo de búzios.
Seu principal atributo é o conhecimento.
Ele sabe o que espera cada divindade e cada ser humano, pois é o senhor dos
segredos do destino.

ORUMILÁ:
Grande sacerdote do destino. O testemunho, aquele que sabe do passado, presente e
futuro.
Sempre veste branco.
Senhor da Terra, zelador de tudo que ela contém.
Protetor do destino dos seres vivos.

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