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Cândido de Almeida C.-Elementos de Linguística e Semiologia Na Organização Da Informação PDF
Cândido de Almeida C.-Elementos de Linguística e Semiologia Na Organização Da Informação PDF
linguística
e semiologia na
organização
da informação
Carlos Cândido de Almeida
Elementos de
Linguística e
Semiologia
na organização
da informação
Conselho Editorial Acadêmico
Responsável pela publicação desta obra
Elementos de
Linguística e
Semiologia
na organização
da informação
© 2011 Editora UNESP
Cultura Acadêmica
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feu@editora.unesp.br
A444e
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7983-205-5
Prefácio 9
Apresentação 13
Introdução 17
1 Da Linguística 21
2 Linguística na organização da informação e
do conhecimento 89
3 Da Semiologia 137
4 Semiologia na organização da informação e
do conhecimento 169
5 Considerações finais 183
Referências bibliográficas 193
Prefácio
Relação sintagmática
Relação associativa
Matéria de conteúdo
Substância do conteúdo
Plano do conteúdo
Forma de conteúdo Signo
Forma de expressão linguístico
Plano de expressão
Substância de expressão
Matéria de expressão
valor de uma palavra será determinado por seu emprego e este por
um contexto mais amplo, em que ocorrem as execuções do sistema.
Uma unidade se opõe à outra, e é isto que permite identificá-la e
diferenciá-la.
Salienta-se que na visão saussuriana e de semanticistas estrutu
ralistas, “o signo linguístico une não uma coisa e uma palavra, mas
um conceito e uma imagem acústica” (Saussure, 1970, p.80). O
significado não é obtido pela análise e comparação com a realidade
extralinguística. As fronteiras da teoria linguística somente tor
nam-se evidentes quando divididas desse modo.
Em contraposição, em Chomsky, por exemplo, encontra-se
uma preocupação com a origem dos enunciados e com especula
ções sobre o que é inato na mente humana. Tal argumento está
mais próximo de uma filosofia racionalista ou de um idealismo
clássico sobre a origem da linguagem, submetido ao rótulo extra
linguístico.
Na literatura especializada denominam realidade extralinguís
tica genericamente, mesmo sendo constatado que as posições a res
peito dessa questão variam muito. A palavra “extralinguístico”
aceita as possíveis acepções: realidade sensível (ou a realidade feno
mênica), a coisa-em-si kantiana (ou os noúmenos), a realidade no
meada, conhecida culturalmente. Essa realidade nomeada parece
ser admitida na noção de Eco (2000) e grande parte dos teóricos que
contemplam um possível referente. Para Eco, não se trata da coisa,
mas das possibilidades de denominação da coisa recordada pela cul
tura e delimitada pela língua. Sobre esse problema voltar-se-á pos
teriormente, quando se visitar uma das noções mais importantes de
referente em vigor, e que causam muitas dificuldades de entendi
mento entre lógicos e linguistas: a noção de referente de Frege.
O projeto de uma Semântica linguística, com seu fundo estru
tural, recebeu forte impulso de Hjelmslev (1972), que produziu um
texto para tal finalidade. Um fato característico das iniciativas de
Saussure e Hjelmslev é a tentativa de erigir uma Semântica sem in
fluências externas ou que não sejam fundadas nos conceitos lin
guísticos (estruturais). O Cours procura desempenhar essa função
ELEMENTOS DE LINGUÍSTICA E SEMIOLOGIA 65
(1996, p.7, 12) ressalta que as mais recentes produções teóricas dos
pesquisadores brasileiros apontam para a interface entre Termino
logia e análise documental. O pressuposto é que a Terminologia im
prime rigor às práticas de construção de vocabulários para fins docu
mentais. A relação entre Terminologia e organização da informação e
do conhecimento será analisada no capítulo seguinte.
A Terminologia, em cada uma de suas correntes, percebe da Lin
guística um conjunto de contribuições, conforme assume Cabré, as
quais se dão na forma de teorias, conceitos e procedimentos. Al
gumas dessas influências serão examinadas a seguir, sem pretensão
de aprofundar a questão.
O conceito de signo linguístico, por exemplo, preside a expo
sição de Boulanger (1995, p.314), sendo considerado fundamental
para compreender a sequência: termo → denominação → conceito;
o que para o autor é nada mais que a fórmula saussuriana: signo →
significante + significado. Um conceito trata da língua natural e o
outro se refere a línguas de especialidade. Como forma de inserir
conteúdos linguísticos na formação do terminólogo, Boulanger
(1995, p.314) recomenda que se inicie pela Linguística teórica.
Na mesma linha, para Krieger (2001a, p.29-30), o termo con
forma-se ao conceito de signo de Saussure; possui uma condição
sígnica que permite sua análise no plano semântico e pragmático
-comunicacional. As terminologias contam com o sintagma termi
nológico, pois 80% das terminologias são compostas de unidades
complexas. Isso significa que a compreensão da maioria das uni
dades terminológicas subentende a aceitação de conceitos funda
mentais do estruturalismo linguístico. Em resumo, para Krieger
(2001a, p.31), os termos são também signos linguísticos.
Semelhante discussão é retomada por Cabré (1995, p.291), no
contexto da Teoria Comunicativa da Terminologia, porém, dife
rentemente dos anteriores, defende que a Terminologia considera
os termos como unidades sígnicas de três faces (coisa, nome e signi
ficado), aproximando-se mais da concepção de signo da Semântica
lógica que da Linguística. A autora diferencia as perspectivas ado
tadas pela Linguística, Filosofia e áreas de especialidade; cada uma
84 CARLOS CÂNDIDO DE ALMEIDA
Catálogos Índice
Produtos
OPACs Resumo
Classificações
Modelos de
Lista de
recuperação
Formatos cabeçalhos de
Sistemas de
Instrumentos Controle de assunto
recuperação da
autoridades Tesauros
informação
Terminologias
Interfaces
Ontologias
Etapa analítica
Análise Leitura Leitura Análise (leitura técnica e
Extração Extração Análise
documental Segmentação Seleção Condensação identificação de
conceitos)
Etapa sintética
(seleção de conceitos,
Indexação Indexação Indexação Síntese Representação Representação Representação condensação documental
e representação
documental)
1442443
144424443
14444244443
Linguística
Psicologia
social Semiologia
Psicologia
individual
Sistema Sintagma
Signo Expressão
Conotação Conteúdo
secundário (R2)
Expressão 1 Conteúdo
Signo primário Denotação
(R1) 1
Signo Expressão 2
Metalinguagem Conteúdo 2
secundário (R2)
-se dos efeitos diferenciais que a noção de sema é uma defesa explí
cita da tese de Saussure, quando este último sustenta que o
significado de uma palavra está na relação que estabelece com ou
tras palavras, presente no eixo vertical que abriga uma constelação
de outras possibilidades para uma palavra dentro do sistema, isto
é, as relações associativas; ou, no eixo horizontal, as relações suces
sivas ou sintagmáticas.
Processos e
Teorias e Instrumentos e
Disciplinas Correntes atividades
conceitos utilizados produtos resultantes
implicados
Linguística Linguística
corpus, explicitação análise e representação linguagens documentais em geral
distribucionista
(continua)
(continuação)
186
Processos e
Teorias e Instrumentos e
Disciplinas Correntes atividades
conceitos utilizados produtos resultantes
implicados
Processos e
Teorias e Instrumentos e
Disciplinas Correntes atividades
conceitos utilizados produtos resultantes
implicados
EQUIPE DE REALIZAÇÃO
Coordenação Geral
Tulio Kawata
ISBN 978-85-7983-205-5
9 788579 832055