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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ISABELLE BRAGA BEZERRA

A PSICOLOGIA SOCIAL E OS DOUTORES DA ALEGRIA NO TRATAMENTO DE


CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Niterói – RJ
2018
ISABELLE BRAGA BEZERRA

A PSICOLOGIA SOCIAL E OS DOUTORES DA ALEGRIA NO TRATAMENTO DE


CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Artigo Científico apresentado à Disciplina Trabalho


de Conclusão de Curso II do curso de Psicologia
da Universidade Salgado de Oliveira–UNIVERSO,
como parte dos requisitos para conclusão do curso.

Orientadora: Professora Maria Lívia de Sá Roriz


Aguiar./ Mestre em Psicologia Social UERJ

Niterói-RJ
2018
ISABELLE BRAGA BEZERRA

A PSICOLOGIA SOCIAL E OS DOUTORES DA ALEGRIA NO TRATAMENTO DE


CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado a Universidade Salgado de


Oliveira como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Psicologia

Aprovado em: ____ de _______de _____.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Nome do professor - instituição

__________________________________________
Nome do professor - instituição

__________________________________________
Maria Lívia de Sá Roriz Aguiar – Mestre em Psicologia Social
Orientadora
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, aos meus pais, meu filho Kauã maravilhoso, que
desde pequenininho me acompanhava nessa trajetória.
Meu esposo Olavo Garrido, que por algumas vezes abriu mão do que era
importante para ele, para sonhar junto comigo o meu sonho.
Por fim, minha orientadora Maria Lívia, que com muita sabedoria, e alguns puxões
de orelha está comigo ate o fim. Essa força, eu encontrei em vocês. Em alguns
momentos parecia que seria impossível continuar nessa caminhada e chegar até aqui.
Obrigada por tudo!
“A felicidade não é algo que sucede e nem depende dos acontecimentos externos,
diferentemente da alegria que está totalmente relacionada aos acontecimentos
externos. Quando esses acontecimentos “param” de acontecer em nossas vidas,
também “para” a nossa alegria em vivê-la”.
(Doutor Fé)
5

PSICOLOGIA SOCIAL E OS DOUTORES DA ALEGRIA NO TRATAMENTO DE


CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

Isabelle Braga Bezerra1

RESUMO

Este estudo teve como objetivo refletir sobre a atuação dos Doutores da Alegria e
Psicólogos sociais no ambiente hospitalar. Artistas voluntários que conquistam um
espaço dentro do âmbito hospitalar se vestem de palhaços e visitam crianças internadas
com o intuito de levar alegria de modo a aliviar o clima tenso e as rotinas cansativas da
instituição. Junto com a equipe, (médicos, psicólogos, enfermeiros...) conseguem
desenvolver um excelente trabalho. Os Psicólogos sociais partem do principio de
humanizar mais os atendimentos que na grande maioria são muito institucionalizados.
Nesta perspectiva partimos de um breve histórico sobre a origem dos Doutores da
Alegria e o trabalho dos psicólogos sociais e sua entrada nos hospitais. Focamos no
benefício para as crianças, como para os familiares, acompanhantes e funcionários.
Sabendo-se que este trabalho não esgota a problemática do tema, a sua importância
pressupõe uma reflexão sobre a atuação dos Doutores da Alegria e Psicólogos sociais
no tratamento de crianças hospitalizadas e uma reflexão sobre os projetos de incentivo
ao trabalho dos mesmos nesta perspectiva de trabalho.
.
PALAVRAS-CHAVE: Doutores da Alegria; Psicologia Social; Bem-estar

INTRODUÇÃO

A Psicologia é a ciência cujo objeto de estudo inclui a análise, predição e a


modificação dos fatores que afetam o comportamento. Visando a promoção e a
manutenção da saúde física e emocional, a prevenção e o tratamento das doenças e a
identificação de correlatos etiológicos e diagnósticos de saúde. Em um sentido mais
amplo podendo promover algumas análise, formação e melhoria do sistema de saúde.

1
Aluna do 10° período do Curso de Psicologia da Universidade Salgado de Oliveira (Universo)-Niterói
E-mail: isabellebgarrido@gmail.com
6

A própria inserção do psicólogo na unidade hospitalar é uma delas. Portanto, um


dos objetivos do psicólogo que atua na área hospitalar é tentar minimizar o sofrimento
do paciente e de sua família. O trabalho é focal, centrando-se no sofrimento e nas
repercussões que o paciente sofre com a doença e a hospitalização, associado a outros
fatores como história de vida. Por esse motivo a psicologia social e os doutores da alegria
podem viabilizar um excelente trabalho social (pensando na melhor qualidade de vida
desses pacientes, e não só no contexto que esses pacientes estão inseridos.
De acordo com Sena (2011), os Doutores da Alegria é uma organização da
sociedade civil sem fins lucrativos que tanto realiza visitas as crianças hospitalizadas,
quanto supervisiona grupos. Além das visitas oferecem formação de palhaços para
jovens, fazem palestras, intervenções em empresas e produzem peças teatrais.
Para ser um Doutor da Alegria, o “artista” passa por um processo seletivo. Há
casos em que o “ator” precisa ter uma formação comprovada em teatro Clown. Sobre a
arte do clown, O Palhaço (do italiano pagliaccio,em espanhol payaso) é um personagem
estereótipo, representada por uma indumentária extravagante, maquiagem excessiva e
cabeleira de cor. Associa-se o personagem às artes do circo, onde tem uma função da
fazer rir. Além disso, o “artista” selecionado passa por um treinamento que dura em torno
de um ano para se aperfeiçoar, se preparar e atua como palhaço de hospital.
As visitas às crianças internadas acontecem diariamente, durante seis horas e
além dessa atividade prática, o palhaço se dedica paralelamente ao seu aprimoramento
artístico. Morgana (1988), diz que utilizando a figura do palhaço, os doutores da alegria
passam a fazer parte do dia a dia do ambiente hospitalar, interagindo também, com os
familiares, acompanhantes e profissionais do hospital, de maneira que todos façam parte
da brincadeira. Eles realizam visitas "médicas" nos próprios leitos dos hospitais, onde
fazem brincadeiras como transplantes de narizes vermelhos, transfusões de milk-shake,
mímicas, dentre outras atividades, objetivando melhorar o ânimo e o estado de humor
das crianças internadas.
De acordo com Ramos (2008), em 1986, Michael Christensen- um palhaço
americano, diretor do Big Apple Circus de Nova York, deu início ao treinamento de um
7

grupo de artistas voluntários que passariam a visitar crianças em hospitais. Ao realizar


uma apresentação com o seu circo em um hospital de Nova York, Michael Christensen
solicitou uma visita às crianças que estavam internadas, agindo de forma alegre e
improvisada, surgindo assim, o grupo Clown Care Unit. Posteriormente, no ano de 1988,
o brasileiro Wellington Nogueira, fundador e diretor artístico dos Doutores da Alegria,
começava a integrar o grupo americano.
Segundo Garcia (2009), o projeto brasileiro nomeado como Doutores da Alegria
tinha como objetivo usar a arte do teatro clown para avaliar a necessidade das crianças
internadas e colocar a seu dispor truques, magia e malabarismo. Com isso a criança
desenvolveria um controle sobre seu corpo e sua vida tirado durante a hospitalização e
favoreceria uma atitude mais positiva e ativa em relação a sua recuperação. O humor é
essencial para auxiliar na recuperação dos traumas ligados aos processos de
enfermidade, de internação e na restituição da alegria da vida da criança.
Entretanto Cavalcanti (2009), afirma que o “palhaço-doutor”, realizado por
voluntários, recebe treinamento em habilidades interpessoais e de comunicação com
técnicas de improviso para a promoção de bem-estar físico e mental, qualidade de vida,
diminuição de ansiedade, estresse e agressividade entre as crianças, familiares e a
equipe do hospital. Essas práticas utilizadas buscam tornar-se mais simples e
principalmente, parodiar procedimentos médicos, o que pode resultar em alívio e bem
estar físico psicológico e social da criança internada e dos que os acompanham.
Segundo a psicóloga Morgana Masetti, (Ética da alegria no contexto
hospitalar,1998) apresenta uma visão sobre a qualidade das relações estabelecidas no
ambiente hospitalar, ressaltando questões referentes a técnicas, hierarquização,
distanciamento das relações. A autora aponta caminhos possíveis para o Foi
estabelecimento de relações de qualidade com os pacientes hospitalizados. Toma como fun
referência a cumplicidade estabelecida entre palhaços e crianças dos hospitais onde
dad
a
atuam os Doutores da Alegria, uma organização de artistas profissionais fundada em
em
1991. Ética da alegria no contexto hospitalar, ao falar da arte praticada por palhaços 198
nesses espaços, revela como ela contribui para a quebra de barreiras e preconceitos, 8
ou
em
199
1
8

como estabelece encontros e parcerias ao introduzir, entre pacientes e profissionais,


uma ética que considera a alegria como poderoso instrumento a ser empregado na
reconquista de uma vida saudável.
O presente estudo tem por objetivo refletir sobre o benefício dos Doutores da
Alegria no tratamento de crianças hospitalizadas que vivem em um ambiente de tensão,
com rotinas cansativas, agitado e estressante. Além disso, existe a existência de
pressões e altas expectativas pelo sucesso do tratamento da criança bem como, o medo
e a angustia decorrente da situação que enfrenta.
A atuação dos doutores da alegria busca saúde e qualidade de vida das crianças
internadas através de brincadeiras e outras atividades recreativas envolvendo muitas
vezes, familiares e profissionais de saúde da instituição.
Segundo Morgana Masetti, (Soluções de Palhaço.1998) Trata da essência do que
ocorre quando os Doutores da Alegria transitam por um hospital e encontram os
personagens que fazem parte dessa realidade. Utilizando histórias baseadas no
cotidiano hospitalar, ilustrações e linguagem científica, o livro se propõe a juntar
elementos da arte e da ciência como recursos para ampliar a percepção sobre o tema.
Essa proposta está alinhada com uma característica marcante do nosso trabalho: colocar
a arte a serviço da medicina. O trabalho realizado pelos Doutores da Alegria valoriza o Da
processo de desenvolvimento infantil, abre espaço para a fantasia, o riso e a alegria.
medi
cina
Estimula o brincar, torna o ambiente em que se vive mais agradável, fazendo com que
ou
por algum momento as crianças se esqueçam da dor e da doença, o que contribui para
da
a sua recuperação. Vale ressaltar que tais recursos não só podem como devem ser psico
utilizados no ambiente hospitalar. logia
?
9

A VISITA DOS DOUTORES DA ALEGRIA ÀS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS E SEUS


BENEFÍCIOS

De acordo com Li (2013), a visita dos Doutores da Alegria na instituição começa


com o olhar e a permissão infantil, pois a criança aceita ou nega a visita. É preciso tato,
sensibilidade e compreender que, nem sempre, ela ri. O importante é estabelecer uma
relação sincera e um jogo saudável com a criança.
Segundo Iwasso (2008), a permanência do palhaço na instituição não é pontual,
havendo uma continuidade no trabalho, pois eles voltam toda semana. Existe, de acordo
com o autor, um pragmatismo e uma hierarquia nas relações do hospital, os palhaços
levam delicadeza, criam situações alegres e agradáveis com a permissão das pessoas,
mexe com o ambiente, sendo possível ver muitas vezes o médico entrando na
brincadeira. Contudo, os médicos afirmam que a presença dos palhaços abre espaço a
discussão da equipe sobre questões delicadas e sensíveis, o que faz com que a equipe
Quais
se torne mais coesa, influenciando também na relação com a família que fica mais
quest
confiante com o tratamento e passa a brincar e a interagir mais com as crianças. ões ?
Freitas (2013), a partir de uma pesquisa com voluntários do município de
Bauru/SP que se reúnem com o objetivo de levar sorrisos e contribuir para a melhora de
pacientes em instituições hospitalares, afirma que os palhaços voluntários transformam
São
os leitos do Hospital Estadual de Bauru em “circo”, animando as crianças, familiares e
do
acompanhantes, em busca da redução do sofrimento de cada um deles por meio de mes
brincadeiras, canções e uma boa conversa. Essas ações possibilitam, segundo o autor, mo
perceber transformações positivas em cada encontro. grupo
Os trabalhos oferecidos pelos Doutores da Alegria oferecem benefícios à saúde, do
pois suas atuações auxiliam no processo de cura de algumas das crianças e podem palha
diminuir também o tempo de internação de algumas delas. Segundo o autor, para os
ços
da
palhaços não importa o estado clinico que a criança se encontre, o foco será sempre
alegri
diverti-la de alguma maneira, mesmo que esta esteja em coma ou nos seus últimos
a?
momentos de vida.

Como eles auxiliam na cura ? Não seria auxiliam em amenizar os impactos do


tratamento ? Auxiliaria na cura por o pisi do paciente ser importante no processo ?
Precisa ser melhor desenvolvido
10

Uma criança que experimenta a alegria levada pelos palhaços tem predisposição
maior para o pronto restabelecimento. Além disso, as crianças se mostraram mais
Respo
colaborativas durante os exames e procedimentos médicos e mais abertas ao sta
entendimento do processo saúde-doença.
Para Nogueira (2010), a diminuição do incômodo e do medo, ajuda as crianças a
terem uma postura mais positiva diante do tratamento. Parág
Monici (2002), afirma que a partir de uma pesquisa realizada na enfermaria rafo
pediátrica de um hospital público municipal da região da Grande São Paulo, as crianças, curto
independentemente da patologia ou tempo de internação demonstraram mudanças no
comportamento e aspecto emocional após as intervenções dos doutores da alegria.
Nesse sentido, Leite (2008), diz que as brincadeiras com o palhaço no hospital,
além de facilitar a expressão e elaboração da ansiedade, tem sido um meio de
socialização a interação com outras crianças, podendo propiciar uma saída para o
isolamento que a internação provoca.
Segundo Soares (2012), o brincar é tão importante para a criança quanto à
alimentação. Portanto a aplicação de recursos lúdicos na instituição hospitalar fomenta
o processo de adaptação da criança, diante de transformações que se dão com a
internação. Com isso é possível pensar que o brincar e a alegria passada pelos Doutores
da Alegria estabelecem uma estratégia adequada para o enfrentamento da
hospitalização da criança.
Martins (2002) acrescenta que o bom humor transmitido pelos palhaços possibilita
à criança exploração de fatos que por questões pessoais não pode fazer de forma
consciente, acesso que permite a liberação da energia investida no problema, que então
pode ser utilizada em outros pontos significativos da recuperação.

O palhaço ajuda a refletir sobre alguns fatores cruciais das


relações humanas que se desenvolvem nos hospitais. A possibilidade de
enxergarmos essas questões é proporcional à nossa capacidade de
perceber o quanto participamos da construção da realidade cotidiana.
(Ostrowe 1998, p.23)
11

Por isso é muito importante que todos os envolvidos nesse processo estejam, de
fato, empenhados para que esse trabalho possa acontecer. Tanto da parte dos familiares
Uma
das pessoas hospitalizadas e até mesmo da equipe hospitalar. É um trabalho em
ótim
conjunto para que se consiga atingir essa influência de forma positiva na condição de
a
saúde dessas pessoas. refle
xão
socia
O TRABALHO DA PSICOLOGIA SOCIAL NO CONTEXTO HOSPITALAR l
sobr
As propostas teórico-metodológicas da Psicologia Social e da Psicologia
eo
Hospitalar ajudam a pensar sobre as relações de poder produzidas e cristalizadas na hospi
instituição hospitalar. Angerami-Camon (2003) afirma que o processo de hospitalização tal
não começa ou termina com a chegada ou saída do hospital: a causa da hospitalização enqu
e suas reverberações se encontram na vida social do sujeito, fora da instituição anto
hospitalar. Esse entendimento corrobora com a ideia de Lapassade (2016) e Lourau instit
(2014) que entendem a instituição como um sistema social configurado pelo sistema de
uição
e as
produção capitalista: neste sentido, Lane (2004) afirma que as instituições são marcadas
relaç
por grupos sociais que refletem e produzem a realidade deste sistema de produção, ou ões
seja, as instituições são locais onde se pode perceber e evidenciar a realidade social dos de
sujeitos. O sujeito institucionalizado no hospital, de acordo com Angerami-Camon (2003), pode
se torna um sujeito despersonalizado, desumanizado, desprovido de discurso, reduzido r ali
ao cuidado fisiológico. insta
Para Lane (2004), muitas vezes as instituições negam o caráter histórico do ser urad
as
humano, reduzindo-o a um caráter biológico e funcional, cristalizando e ocultando as
que
relações de poder e de exclusão que sustentam o sistema de produção capitalista.
leva
Segundo a autora, nas relações entre sujeitos, grupos e instituições, a linguagem é ma
marcada por valores e representações sociais que se configuram como relações de uma
poder. desu
Lane (2004) entende as representações sociais como funções da linguagem em mani
reproduzir a realidade social, são redes entre significados e situações que interessam a zaçã
o
dos
sujeit
os
12

sujeitos e grupos sociais específicos. As representações sociais objetificam a posição


dos sujeitos sendo, muitas vezes, marcadas por um significado único sobre os papéis
sociais dos mesmos, ou seja, a partir da linguagem representada socialmente cristaliza-
se a identidade e a realidade. A representação social cristalizada entra em confronto com
as diferentes possibilidades de existência e reduz o sujeito, camuflando-se em frases
como “é assim que deve ser”, mantendo as relações de poder e violência como já estão
postas.
A partir de tais bases teórico-metodológicas foi possível pensar a reprodução de
representações sociais alienantes e excludentes no contexto da institucionalização
hospitalar. Diante das investigações e intervenções realizadas no hospital campo, pôde-
Onde
está
se elencar algumas experiências marcadas por tais representações por parte da equipe
a
de saúde, que, em muitas vezes, atendia aos pacientes com intervenções carregadas de
relaç
valores e representações estigmatizadas. ão
com
CONSIDERAÇÕES FINAIS
os
douto
Partimos de um breve histórico do surgimento dos Doutores da Alegria e a res
interação junto a Psicologia social e verificamos que suas origens foram pautadas em
da
alegri
práticas que objetivavam promover a melhora da condição de saúde, mesmo que esta
a?
não esteja especificamente centrada na cura da doença.
Assim, observamos que esta atividade promove bem-estar não só às crianças,
mas também às suas famílias, seus acompanhantes e funcionários da instituição, que
fazem parte e são afetados pela rotina hospitalar.
Deste modo, observamos que os trabalhos realizados geram resultados positivos
para a criança hospitalizada, principalmente se for levado em conta que o riso e a alegria
ativam partes do cérebro que estão envolvidas com a sensação de recompensa e prazer,
estimulando a produção de substâncias que são benéficas e importantes para a criança,
contribuindo para ajudá-las a superar experiências negativas durante a hospitalização.
13

Por fim, concluímos com esta pesquisa quão importante é a promoção de bem-
estar no ambiente hospitalar tanto para as crianças (que estão internadas em
tratamento), quantos para seus acompanhantes, familiares e profissionais da instituição.
Os médicos estão acostumados com uma rotina intensa de trabalho, sem muito
tempo para dar atenção aos pacientes e os psicólogos e doutores da alegria junto com
as brincadeiras, e tudo que elas propõem levam alegria e descontração ao ambiente.
Essas ações nos hospitais fazem com que os médicos voltem a pensar sobre a
importância do cuidar humanizado.
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