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Livro Variáveis Complexas PDF
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RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
PRÓXIMA AULA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 131
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
PRÓXIMA AULA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 149
Aula 10: Séries de Laurent 151
10.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
10.2 Séries de Laurent . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
10.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
PRÓXIMA AULA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
LEITURA COMPLEMENTAR . . . . . . . . . . . 161
1.1 Introdução
14
Variáveis Complexas AULA
x= − −
s
3 q
2
r
q 2
2
+
p 3
3
s
q
+ 3 − +
2
r
q 2
2
+
p 3
3
. Foi Rafael
1
Bombelli, engenheiro hidráulico nascido em Bolonha, Itália, em
1530, quem conseguiu atravessar a barreira e chegar aos novos
números. Bombelli, estudando a equação x3 − 15x − 4 = 0 por in-
speção verificou que x = 4 era solução. Dividindo x3 − 15x − 4 por
x−4 encontrou x2 +4x+1 = 0 cujas soluções são reais porém, sub-
p √
stituindo na fórmula de Tartaglia encontramos x = 3 2 + −121+
p3
√
2 − −121. Por um lado a fórmula de Tartaglia estava correta
√
por outro −121 era, até então, visto com impossível. A idéia de
p √ p √
Bombelli foi a de que 3 2 + −121 e 3 2 − −121 deveriam ser
√ √
números da forma a + −b e a − −b respectivamente. Após, um
bocado de conta (vale a pena refaze-las) encontrou a = 2 e b = 1
e estavam descoberto os números complexos.
15
Álgebra dos Números Complexos
i) z1 + z2 = z2 + z1 simetria da soma
16
Variáveis Complexas AULA
z = x + yıı, que é uma forma mais simples de se manipular desde 1
que ponhamos ı 2 = −1. Nesta forma a soma e a multiplicação
ficam dadas por: se ∀z1 , z2 ∈ C, z1 = x1 + y1ı e z2 = x2 + y2ı então
Re(z) = x e Im(z) = y
def
p
|z| = x2 + y 2 (1.1)
def
z̄ = x − yıı
17
Álgebra dos Números Complexos
z̄
i) z1 | ≥ 0
i) z1 + z2 = z1 + z2
z + z̄
iii) x = Re(z) =
2
z − z̄
iv) y = Im(z) =
2ıı
18
Variáveis Complexas AULA
y
z = r cos(θ) + r sin(θ)ıı
1
r
θ
z = r cos(θ) + r sin(θ)ıı
=r
19
Álgebra dos Números Complexos
= r% cos(θ + φ) + r% sin(θ + φ)
1.4 Conclusão
RESUMO
20
Variáveis Complexas AULA
com soma e produto dados por: ∀z1 , z1 , z1 = (x1 , y1 ) e z2 = 1
(x2 , y2 ).
z1 + z2 def
= (x1 + x2 , y1 + y2 )
z .z def
1 1 = (x1 x2 − y1 y2 , x1 y2 + x2 y1 )
Algumas Propriedades
Os números complexos possuem, entre outras, as seguintes pro-
priedades:
∀z1 , z2 , z3 ∈ C
i) z1 + z2 = z2 + z1 simetria da soma
Definição
Fazendo as seguintes identificações: 1 = (1, 0) e ı = (0, 1) podemos
escrever um número complexo z = (x, y) como z = x + yıı
Seja z = x + yıı ∈ C um número complexo. Definimos as partes
21
Álgebra dos Números Complexos
i) z1 | ≥ 0
i) z1 + z2 = z1 + z2
22
Variáveis Complexas AULA
e y = r sin(θ) a representação: z = r cos(θ) + r sin(θ)ıı é dita 1
representação polar do número z.
Produto na Forma Polar
Se z = r cos(θ) + r sin(θ)ıı e w = % cos(φ) + % sin(φ)ıı. Fazendo o
produto z.w temos:
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
z n = rn cos(nθ) + rn sin(nθ)ıı
23
Álgebra dos Números Complexos
LEITURA COMPLEMENTAR
24
AULA
Limites de Funções
de Variáveis Complexas 2
META:
Introduzir o conceito de limite de funções de variáveis complexas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir limites de funções de variáveis complexas e
determinar o limite de algumas funções de variáveis complexas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula01 de Variáveis Complexas e os conhecimentos básicos, da dis-
ciplina Cálculo II.
Limites de Funções de Variáveis Complexas
2.1 Introdução
26
Variáveis Complexas AULA
y 2
Br (z0 )
z0
r1
27
Limites de Funções de Variáveis Complexas
w = f (z)
28
Variáveis Complexas AULA
Também, com o objetivo de simplificação e a menos que seja indi- 2
cado o contrário, o domínio de D de f será um conjunto aberto.
29
Limites de Funções de Variáveis Complexas
|z 3 + ı | = |z 3 − ı 3 |
|z| < 2
30
Variáveis Complexas AULA
Daí, teremos a seguinte limitação: 2
|z 2 + zıı + ı 2 | < |z 2 + |zıı| + |ıı2 |
<7
|z 3 − ı 3 | < ε
Daí, temos:
31
Limites de Funções de Variáveis Complexas
lim f (z)
f z→z0 f0
iv) lim (z) = = se g0 6= 0
z→z0 g lim g(z) g0
z→z0
32
Variáveis Complexas AULA
Definição 2.10. Sejam D ⊂ C um aberto de C, F : D ⊂ C 7→ C 2
uma função complexa e z0 ∈ D. Dizemos que f (•) é contínua se,
somente se:
lim f (z) = f (z0 )
z→z)
i) (f + g)(z) é contínua em z0
33
Limites de Funções de Variáveis Complexas
2.6 Conclusão
RESUMO
Bola Fechada
Sejam z0 ∈ C um ponto do plano complexo e r > 0 um real
positivo. definimos a bola fechada de centro em z0 e raio r por:
Br (z0 ) = {z ∈ C||z − z0 | ≤ r}
Conjunto Aberto
Seja D ⊂ C um subconjunto do plano complexo. Dizemos que D é
34
Variáveis Complexas AULA
um conjunto aberto se, somente se: Para todo z ∈ D, existe ε > 0 2
tal que Bε (z) ⊂ D.
Conjunto Fechado
Seja D ⊂ C um subconjunto do plano complexo. Dizemos que D
é um conjunto fechado se, somente se se complementar {C (D) em
relação a C for aberto.
Ponto Interior
Sejam D ⊂ C um subconjunto do plano complexo e z ∈ D. Dize-
mos que z é um ponto interior de D se, somente se existe ε > 0 tal
que Bε (z) ⊂ D.
Ponto Exterior
Sejam D ⊂ C um subconjunto do plano complexo e z ∈ C. Dize-
mos que z é um ponto exterior de D se, somente se existe ε > 0
tal que Bε (z) ⊂ {C (D).
Ponto de Fronteira
Sejam D ⊂ C um subconjunto do plano complexo e z ∈ C. Dize-
mos que z é um ponto de fronteira de D se, somente se para todo
ε > 0, Bε (z) ∩ D 6= ∅ e Bε (z) ∩ {C (D) 6= ∅.
Ponto de Acumulação
Sejam D ⊂ C um subconjunto do plano complexo e z ∈ C. Dize-
mos que z é um ponto de acumulação de D se, somente se para
todo ε > 0 tal que Bε (z) ∩ D 6= ∅.
Funções Complexas
Podemos representar funções complexas de diversas formas como:
Para f : D ⊂ C 7→ C podemos escrever:
w = f (z) ou
Se z = x+yıı podemos escrever f (z) = f (x+yıı) = u(x, y)+v(x, y)ıı
onde u(x, y) e v(x, y) são ditas componentes de f (•).
35
Limites de Funções de Variáveis Complexas
lim f (z)
f z→z0 f0
iv) lim (z) = = se g0 6= 0
z→z0 g lim g(z) g0
z→z0
Definição
Sejam D ⊂ C um aberto de C, F : D ⊂ C 7→ C uma função
36
Variáveis Complexas AULA
complexa e z0 ∈ D. Dizemos que f (•) é contínua se, somente se: 2
lim f (z) = f (z0 )
z→z)
lim f (z)
f z→z0 f0
iv) lim (z) = = se g0 6= 0
z→z0 g lim g(z) g0
z→z0
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
z2 , z =
6 ı
ATIV. 2.1. Seja f : C 7→ C dada por: f (z) = .
0 ,z = ı
Mostrar que o limite de f (z) quando z tende a ı é −1.
Comentário: Volte ao texto e reveja com calma e atenção o
exemplo, ele lhe servirá de guia.
37
Limites de Funções de Variáveis Complexas
LEITURA COMPLEMENTAR
38
AULA
Derivação Complexa
3
META:
Introduzir o conceito de derivada de funções de variáveis com-
plexas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir derivada de funções de variáveis complexas e
determinar a derivada de algumas funções de variáveis complexas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula02 de Variáveis Complexas e os conhecimentos básicos, da dis-
ciplina Cálculo II.
Derivação Complexa
3.1 Introdução
40
Variáveis Complexas AULA
Exemplo 3.1. Seja f : C 7→ C dada por f (z) = z 3 . Calculemos 3
sua derivada.
SOLUÇÃO: Seja z0 ∈ C temos:
f 0 (z0 ) = 3z02
41
Derivação Complexa
∆z
Daí, = 1. E passando o limite ∆z → 0 que é equivalente, neste
∆z
caso a ∆x → 0 temos:
f 0 (z0 ) = z̄0 + z0
f 0 (z0 ) = z̄0 − z0
42
Variáveis Complexas AULA
PROVA: Para simplificar trocaremos ∆z por λ. Usando a definição 3
de derivada complexa temos:
f f
0 (z0 + λ) − (z0 )
f g g
(z0 ) = lim
g λ→0 λ
f (z0 + λ) f (z0 )
−
g(z0 + λ) g(z0 )
= lim
λ→0 λ (3.9)
f (z0 + λ)g(z0 ) − f (z0 )g(z0 + λ)
g(z0 + λ)g(z0 )
= lim
λ→0 λ
f (z0 + λ)g(z0 ) − f (z0 )g(z0 + λ)
= lim
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 )λ
0
f f (z0 + λ)g(z0 ) − f (z0 )g(z0 )
(z0 ) = lim
g λ→0 g(z0 + λ)g(z0 )λ
f (z0 )g(z0 + λ) − f (z0 )g(z0 )
− lim
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 )λ
g(z0 ) f (z0 + λ) − f (z0 )
= lim
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 ) λ
(3.10)
f (z0 ) g(z0 + λ) − g(z0 )
− lim
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 ) λ
g(z0 ) f (z0 + λ) − f (z0 )
= lim lim
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 ) λ→0 λ
f (z0 ) g(z0 + λ) − g(z0 )
− lim lim
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 ) λ→0 λ
43
Derivação Complexa
g(z0 ) g(z0 )
lim =
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 ) gr(z0 )
f (z0 ) f (z0 )
lim = 2
λ→0 g(z0 + λ)g(z0 ) g (z0 )
f (z0 + λ) − f (z0 )
f 0 (z0 ) = lim
λ→0 λ
g(z 0 + λ) − g(z0 )
g 0 (z0 ) = lim
λ→0 λ
Logo a última equação eqn 3.10.3 passa a:
0
f g(z0 ) 0 f (z0 ) 0
(z0 ) = 2 f (z0 ) − 2 g (z0 )
g g (z0 ) g (z0 )
g(z0 )f 0 (z0 ) − f (z0 )g 0 (z0 )
=
g 2 (z0 )
∂u ∂v
(x0 , y0 ) = (x0 , y0 )
∂x ∂y (3.11)
∂v ∂u
(x0 , y0 ) = − (x0 , y0 )
∂x ∂y
44
Variáveis Complexas AULA
Podemos tomar dois casos (caminhos): 3
Caso 1 podemos fazer z → z0 seguindo o caminho z = x + y0ı ,
z − z0 = x + y0ı − (x0 + y0ı ) = x − x0 que é equivalente a x → x0
e temos:
f (z) − f (z0 ) u(x, y0 ) + v(x, y0 )ıı − u(x0 +, y0 ) − v(x0 , y0 )ıı
=
z − z0 x − x0
u(x, y0 ) − u(x0 , y0 ) v(x, y0 ) − v(x0 , y0 )
= +ı
x − x0 x − x0
∂u ∂v ∂v ∂u
(x0 , y0 ) + (x0 , y0 )ıı = (x0 , y0 ) − (x0 , y0 )ıı
∂x ∂x ∂y ∂y
45
Derivação Complexa
∂f ∂f
f (x0 + λ, y0 + η) − f (x0 , y0 ) = (x0 , y0 )λ + (x0 , y0 )η + ξλ + ζη
∂x ∂y
onde ξ → 0 e ζ → 0 quando λ → 0 e η → 0.
+ f (x0 , y0 + η) − f (x0 , y0 )
(3.15)
∂f
f (x0 + λ, y0 + η) − f (x0 , y0 + η) = (x0 + tλ, y0 + η)λ
∂x
∂f
Como é contínua em D a diferença:
∂x
∂f ∂f
ξ(λ, η) = (x0 + tλ, y0 + η) − (x0 , y0 )
∂x ∂x
46
Variáveis Complexas AULA
Do mesmo modo temos:
3
∂f
f (x0 , y0 + η) − f (x0 , y0 ) = (x0 , y0 ) + ζ η (3.17)
∂y
portanto das equações eqn 3.15, eqn 3.16 e eqn 3.17 temos
∂f ∂f
f (x0 + λ, y0 + η) − f (x0 , y0 ) = (x0 , y0 )λ + (x0 , y0 )η + ξλ + ζη
∂x ∂y
∆u = u(x0 + λ, y0 + η) − u(x0 , y0 )
∂u ∂u (3.18)
= (x0 , y0 )λ + (x0 , y0 )η + ξ1 λ + ζ1 η
∂x ∂y
onde ξ1 → 0 e ζ1 → 0 quando λ → 0 e η → 0.
∂v ∂v
Do mesmo modo, Como, da hipótese, e são contínuas,
∂x ∂y
aplicando o lema a v(x, y), temos:
∆v = v(x0 + λ, y0 + η) − v(x0 , y0 )
∂v ∂v (3.19)
= (x0 , y0 )λ + (x0 , y0 )η + ξ2 λ + ζ2 η
∂x ∂y
47
Derivação Complexa
∆w = ∆u + ∆vıı
∂u ∂v
∂u ∂v
(3.20)
= + ı λ+ + ı η + ξλ + ζη
∂x ∂x ∂y ∂y
48
Variáveis Complexas AULA
e portanto lim
ξλ + ζη
∆z→0 λ + ηıı
= 0 e passando o limite ∆z → 0 em eqn
3
3.22 temos:
∆w ∂u ∂v
f 0 (z0 ) = lim = + ı
∆z→0 ∆z ∂x ∂x
Portanto a derivada f 0 (z0 ) existe e é única.
Agora um exemplo de aplicação das equações de Cauchy-Riemann.
Em seção anterior vimos que a função f (z) = z 3 era derivável
usando para isso a definição de derivada complexa. Por outro
lado podemos expressar a função em suas componentes reais e
imaginárias da seguinte forma:
= (x + yıı)2 (x + yıı)
∂u
= 3x2 − 3y 2
∂x
∂u
= −6xy
∂y
∂v
= 6xy
∂x
∂v
= 3x2 − 3y 2
∂y
∂u ∂v
=
∂x ∂y
∂u ∂v
=−
∂y ∂x
49
Derivação Complexa
3.5 Conclusão
RESUMO
Derivação Complexa
Definição da derivação complexa:
DEFINIÇÃO: Sejam D ⊂ C aberto, z0 ∈ D e f : D ⊂ C 7→ C
uma função complexa. Definimos a derivada de f (•) no ponto z0 ,
denotada f 0 (z0 ), por:
Equações de Cauchy-Riemann
Os seguintes teoremas constituem condições necessária e suficiente
(respectivamente) para a derivabilidade de uma função complexa:
50
Variáveis Complexas AULA
TEOREMA: (condição necessária) 3
Seja D ⊂ C aberto e suponhamos que f : D ⊂ C 7→ C, f (z) =
u(x, y) + v(x, y)ıı e f 0 (z) existam na vizinhança de um ponto z0 =
x0 + y0ı ∈ C. Então as derivadas parciais de primeira ordem de u
e v com relação a x e a y existem e satisfazem:
∂u ∂v
(x0 , y0 ) = (x0 , y0 )
∂x ∂y
∂v ∂u
(x0 , y0 ) = − (x0 , y0 )
∂x ∂y
PRÓXIMA AULA
51
Derivação Complexa
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
52
AULA
Mais Alguns Aspectos da
Derivação Complexa 4
META:
Introduzir o conceito de funções holomorfas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir funções holomorfas e
determinar se uma dada função de variáveis complexas é holo-
morfa.
PRÉ-REQUISITOS
Aula03 de Variáveis Complexas e os conhecimentos básicos, da dis-
ciplina Cálculo II.
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
4.1 Introdução
e também,
OBS 4.1. Para que uma função seja holomorfa em um ponto não
é suficiente que seja derivável neste ponto. É necessário que seja
derivável em uma vizinhança do ponto em questão.
54
Variáveis Complexas AULA
por outro lado, derivando as expressões para x e y em função de z 4
e z̄ temos:
∂x
= 1/2
∂z
∂x
= 1/2ıı
∂ z̄ (4.26)
∂y
= 1/2
∂z
∂i
= −1/2ıı
∂ z̄
Derivando a equação 4.25 com relação a z̄, usando a regra da
1
cadeia, as equações 4.26 e levando em conta que = −ıı temos:
ı
∂ ∂u ∂x ∂u ∂y ∂v ∂x ∂v ∂y
f (z) = + + + ı
∂ z̄ ∂x ∂ z̄ ∂y ∂ z̄ ∂x ∂ z̄ ∂y ∂ z̄
1 ∂u 1 ∂u 1 ∂v 1 ∂v
= − + − ı
2 ∂x 2ıı ∂y 2 ∂x 2ıı ∂y
(4.27)
1 ∂u 1 ∂u 1 ∂v 1 ∂v
= + ı+ ı−
2 ∂x 2 ∂y 2 ∂x 2 ∂y
1 ∂u ∂v 1 ∂u ∂v
= − + + ı
2 ∂x ∂y 2 ∂y ∂x
55
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
Dai, temos:
z n − z0n
= z n−1 + z n−2 z0 + · · · + zz0n−2 + z0n−1
z − z0
= nz0n−1
56
Variáveis Complexas AULA
Caminho 1: ao longo do eixo real x. Daí, z = x + 0ıı, z̄ = x − 0ıı 4
e z → 0 equivale a x → 0.
z̄ 2 (x − 0ıı)2 x2
f 0 (0) = lim = lim = lim =1
z→0 z 2 x→0 (x + 0ıı )2 x→0 x2
Vamos encerrar esta seção com um teorema que será usado mais
tarde.
57
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
onde lim η = 0.
z→z0
f (z) − f (z0 )
η= − f 0 (z − 0)
z − z0
temos que:
f (z) − f (z0 )
lim η = lim − f (z − 0) = f 0 (z0 ) − f 0 (z0 ) = 0
0
z→z0 z→z0 z − z0
∂u 1 ∂v
=
∂r r ∂θ (4.28)
∂v 1 ∂u
=−
∂r r ∂θ
58
Variáveis Complexas AULA
temos:
∂r x r cos(θ)
4
=p = = cos(θ)
∂x 2
x +y 2 r
∂r y r sin(θ)
=p = = sin(θ)
∂y 2
x +y 2 r
(4.29)
∂θ x r cos(θ) cos(θ)
= 2 2
= 2
=
∂x x +y r r
∂θ y r sin(θ) sin(θ)
=− 2 2
=− 2
=−
∂y x +y r r
Usando a regra da cadeia para funções de duas variáveis reais e as
equações eqn 4.29 para a função u(•, •) temos:
∂u ∂u ∂r ∂u ∂θ
= +
∂x ∂r ∂x ∂θ ∂x
∂u 1 ∂u
= cos(θ) + sin(θ)
∂r r ∂θ
(4.30)
∂u ∂u ∂r ∂u ∂θ
= +
∂y ∂r ∂y ∂θ ∂y
∂u 1 ∂u
= sin(θ) + cos(θ)
∂r r ∂θ
Do mesmo modo para a função v(•, •) temos:
∂v ∂v ∂r ∂v ∂θ
= +
∂x ∂r ∂x ∂θ ∂x
∂v 1 ∂v
= cos(θ) − sin(θ)
∂r r ∂θ
(4.31)
∂v ∂v ∂r ∂v ∂θ
= +
∂y ∂r ∂y ∂θ ∂y
∂v 1 ∂v
= sin(θ) + cos(θ)
∂r r ∂θ
∂u ∂v
Da equação de Cauchy-Riemann = , usando as equações
∂x ∂y
eqn 4.30.1 e eqn 4.31.2 temos:
∂u 1 ∂v ∂v 1 ∂u
− cos(θ) − + sin(θ) = 0 (4.32)
∂r r ∂θ ∂r r ∂θ
∂u ∂v
Da mesma forma, da equação de Cauchy-Riemann = − ,
∂y ∂x
usando as equações eqn 4.30.2 e eqn 4.31.1 temos:
∂u 1 ∂v ∂v 1 ∂u
− sin(θ) + + cos(θ) = 0 (4.33)
∂r r ∂θ ∂r r ∂θ
59
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
OBS 4.5. Veremos aqui como derivar uma função complexa dada
na forma polar.
Seja f : D ⊂ C 7→ C dada na forma polar:
60
Variáveis Complexas AULA
61
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
∂2u ∂2u
+ 2 =0 (4.42)
∂x2 ∂y
∂2v ∂2v
+ =0 (4.43)
∂x2 ∂y 2
62
Variáveis Complexas AULA
y duas vezes temos:
∂u
4
= 2(1 − y)
∂x
2
∂ u
=0
∂x2 (4.44)
∂u
= −2x
∂y
∂2u
=0
∂y 2
Somando as equações eqn 4.44.2 e eqn 4.44.4 temos:
∂2u ∂2u
+ 2 =0
∂x2 ∂y
∂u ∂v
=
∂x ∂y (4.45)
∂u ∂v
=−
∂y ∂x
∂v
= 2(1 − y)
∂y
Z
v(x, y) = 2(1 − y)dy (4.46)
= 2y − y 2 + h(x)
∂v
= h0 (x) (4.47)
∂x
63
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
e integrando temos:
h0 (x) = 2x
Z
h(x) = 2xdx (4.48)
= x2
v(x, y) = 2y + x2 − y 2 (4.49)
Logo temos:
f (z) = 2z + ı z 2
4.5 Conclusão
RESUMO
64
Variáveis Complexas AULA
Definição de Função Holomorfa em um ponto. 4
DEFINIÇÃO: Sejam D ⊂ C aberto, f : D ⊂ C 7→ C uma função
e z0 ∈ D. Dizemos que f (•) é holomorfa em z0 ∈ D se,somente se
existe δ > 0 tal que f 0 (z) existe para todo z ∈ Bδ (z0 ).
Definição de função holomorfa.
DEFINIÇÃO: Sejam D ⊂ C aberto e f : D ⊂ C 7→ C uma
função. Dizemos que f (•) é holomorfa em D se,somente se f 0 (z)
existe para todo z ∈ D.
Definição de função inteira.
DEFINIÇÃO: Seja f : C 7→ C uma função complexa. Dizemos
que f é uma função inteira se holomorfa em todo C.
Forma Polar das Equações de Cauchy-Riemann
As equações de Cauchy-Riemann, em coordenadas polares, são
dadas por:
∂u 1 ∂v
=
∂r r ∂θ (4.51)
∂v 1 ∂u
=−
∂r r ∂θ
Derivação de Funções Complexas na Forma Polar
Derivação com relação a r:
0 ∂u ∂v
f (z) = (cos(−θ) + sin(−θ)ıı). (r, θ) + (r, θ)ıı
∂r ∂r
Derivação com relação a θ:
0 1 ∂u ∂v
f (z) = (cos(−θ) + sin(−θ)ıı). (θ) + (r, θ)ıı
rıı ∂θ ∂θ
PRÓXIMA AULA
65
Mais Alguns Aspectos da Derivação Complexa
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
66
Variáveis Complexas AULA
FERNANDEZ, Cecília S. e BERNARDES Jr, Nilson C. Introdução 4
às Funções de uma Variável Complexa. Editora SBM, 2006.
67
AULA
Funções Elementares
do Cálculo Complexos 1 5
META:
Definir algumas funções elementares no campo dos complexos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir algumas funções elementares no campo dos complexos e
provar algumas de suas propriedades.
PRÉ-REQUISITOS
Aula 01 de Variáveis Complexas.
Funções Elementares do Cálculo Complexos 1
5.1 Introdução
f (x + 0ıı) = ex
def
exp(z) = ex (cos(y) + sin(y)ıı) (5.52)
def
exp(x + 0ıı) = ex (cos(0) + sin(0)ıı) = ex .
u(x, y) = ex cos(y)
(5.53)
v(x, y) = ex sin(y)
70
Variáveis Complexas AULA
relação a y temos:
∂u
5
= ex cos(y)
∂x
∂u
= −ex sin(y)
∂y (5.54)
∂v
= ex sin(y)
∂x
∂v
= ex cos(y)
∂y
Das equações eqn 6.65 podemos verificar facilmente que:
∂u ∂v
=
∂x ∂y (5.55)
∂u ∂v
=−
∂y ∂x
71
Funções Elementares do Cálculo Complexos 1
+π
x
−π
1
• ∀z ∈ C, exp(−z) =
exp(z)
• ∀k ∈ Z, ∀z ∈ C, exp(kz) = (exp(z))k
• ∀z ∈ C, exp(z̄) = exp(z)
72
Variáveis Complexas AULA
Demonstração da Primeira Propriedade: Sejam z1 , z2 ∈ C 5
dados por: z1 = x1 + y1ı e z2 = x2 + y2ı . Daí, temos:
= exp(z1 + z2 )
73
Funções Elementares do Cálculo Complexos 1
∂
exp0 (z) = exp(x + yıı)
∂x
∂ x
= (e cos(θ) + ex sin(θ)ıı)
∂x
= ex cos(θ) + ex sin(θ)ıı (5.56)
= exp(x + yıı)
= exp(z)
def
log(z) = ln(r) + (θ + 2kπ)ıı, k ∈ Z (5.57)
74
Variáveis Complexas AULA
Z corresponde a um ramo da função logaritmo. O ramo principal 5
corresponde a k = 0 i.e.
def
log(z) = ln(r) + θıı (5.58)
• ∀z ∈ C∗ , exp(log(z)) = z
= log(z1 ) + log(z2 )
75
Funções Elementares do Cálculo Complexos 1
= ln(ex ) + (y + 2kπ)ıı, ∀k ∈ Z
= x + yıı + 2kπ, ∀k ∈ Z
= z + 2kπ, ∀k ∈ Z
6= z
∂u 1 ∂v
=
∂r r ∂θ
∂v 1 ∂u
=−
∂r r ∂θ
76
Variáveis Complexas AULA
para as equações de Cauchy-Riemann e
5
0 ∂u ∂v
f (z) = (cos(−θ) + sin(−θ)ıı). (r, θ) + (r, θ)ıı
∂r ∂r
1 ∂u ∂v
= (cos(−θ) + sin(−θ)ıı). (θ) + (r, θ)ıı
rıı ∂θ ∂θ
u(r, θ) = ln(r)
(5.59)
v(r, θ) = θ + 2kπ, ∀k ∈ Z
u(r, θ) = ln(r)
(5.61)
v(r, θ) = θ + 2kπ, ∀k ∈ Z
77
Funções Elementares do Cálculo Complexos 1
5.8 Conclusão
RESUMO
Função Exponencial
Definimos a função exponencial da seguinte forma:
Definição: Para todo z ∈ C a função exponencial calculada no
ponto z = x + yıı, denotada exp(z) é definida por:
def
exp(z) = ex (cos(y) + sin(y)ıı)
78
Variáveis Complexas AULA
Algumas Propriedades da Função Exponencial 5
A função exponencial assim definida tem as seguintes propriedades:
1
• ∀z ∈ C, exp(−z) =
exp(z)
• ∀k ∈ Z, ∀z ∈ C, exp(kz) = (exp(z))k
• ∀z ∈ C, exp(z̄) = exp(z)
Função Logaritmo
Definimos a função logaritmo da seguinte forma:
Definição: Definimos a função logaritmo em um ponto z ∈ C,
z = reθıı , r ∈ [0, ∞) e θ ∈ [−π, +π), por:
def
log(z) = ln(r) + (θ + 2kπ)ıı, k ∈ Z
79
Funções Elementares do Cálculo Complexos 1
• ∀z ∈ C∗ , exp(log(z)) = z
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
∀k ∈ Z, ∀z ∈ C, exp(kz) = (exp(z))k
def
z λ = exp(λ log(z)), ∀z ∈ C
80
Variáveis Complexas AULA
Mostre, que se tomarmos o ramo principal de log(•) a função assim 5
definida é holomorfa e sua derivada é dada por:
d λ
z = λz λ−1
dz
LEITURA COMPLEMENTAR
81
AULA
Funções Elementares
do Cálculo Complexos 2 6
META:
Definir mais algumas funções elementares no campo dos complexos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir mais algumas funções elementares no campo dos complexos
e provar algumas de suas propriedades.
PRÉ-REQUISITOS
Aula 01 de Variáveis Complexas.
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
6.1 Introdução
84
Variáveis Complexas AULA
Definição 6.1. Para todo z ∈ C, definimos a função seno, calcu- 6
lada no ponto z, denotada sin(z) por:
def sin(z)
tan(z) = (6.68)
cos(z)
Para a função cotangente:
def cos(z)
cot(z) = (6.69)
sin(z)
Para a função secante:
def 1
sec(z) = (6.70)
cos(z)
85
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
def 1
csc(z) = (6.71)
sin(z)
ezıı − e−zıı
tan(z) = −ıı
ezıı + e−zıı
ezıı + e−zıı
cot(z) = ı zıı
e − e−zıı (6.72)
2
sec(z) = zıı
e + e−zıı
2ıı
csc(z) = zıı
e − e−zıı
v) ∀z ∈ C, cos(−z) = cos(z)
86
Variáveis Complexas AULA
vii) ∀z, w ∈ C, cos(z + w) = cos(z) cos(w) − sin(z) sin(w) 6
viii) ∀z, w ∈ C, sin(z + w) = sin(z) cos(w) + cos(z) sin(w)
tan(z) + tan(w)
ix) ∀z, w ∈ C, tan(z + w) =
1 + tan(z) tan(w)
1 sin(2z)
x) ∀z ∈ C, cos2 (z) = 1+
2 2
2 1 sin(2z)
xi) ∀z ∈ C, sin (z) = 1−
2 2
e(z+w)ıı + e−(z+w)ıı
cos(z + w) =
2
ezıı + e−zıı
cos(z) =
2
ewıı + e−wıı (6.73)
cos(w) =
2
ezıı − e−zıı
sin(z) = −ıı
2
ewıı − e−wıı
sin(z) = −ıı
2
87
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
2e(z+w)ıı + 2e−(z+w)ıı
cos(z) cos(w) − sin(z) sin(w) =
4 (6.76)
e ı
(z+w)ı + e−(z+w)ıı
=
2
comparando as equações eqn 6.73.1 e eqn 6.76 temos:
1 √
i) sin−1 (z) = log(z + 1 − z 2 )
ı
1 √
ii) cos−1 (z) = log(z + z 2 − 1)
ı
−1 1 1 + zıı
iii) tan (z) = log
2ıı 1 − zıı
−1 1 z +ı
iv) cot (z) = log
2ıı z −ı
√ !
1 z + 1 − z 2
v) sec−1 (z) = log
ı z
88
Variáveis Complexas AULA
1
vi) csc−1 (z) = log
ı
z+
√
z2 − 1
z
!
6
1 √
Demonstraremos aqui que: sin−1 (z) = log(z + 1 − z 2 ).
ı
Demonstração:
Da definição de função inversa temos:
ξ 2 − 1 = 2zııξ
(6.80)
ξ 2 − 2zııξ − 1 = 0
89
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
Vemos então que a função sin−1 (z) tem infinitos valores porém,
escolhendo o ramo principal onde sin−1 (0) = 0 temos k = 0 e da
equação eqn 6.83 podemos escrever:
1 p
sin−1 (z) = log(zıı + 1 − z 2 )
ı
90
Variáveis Complexas AULA
6.6 Funções Hiperbólicas 6
Começaremos pelas definições das funções seno hiperbólico e cosseno
hiperbólico pois, serviram de base para definição das demais funções
hiperbólicas. Como no campo dos números reais as funções seno
hiperbólico e cosseno hiperbólico são definidas à partir da função
exponencial, sua extensão ao campo dos números complexo utiliza
a mesma forma. A saber:
Para a função seno hiperbólico.
def ez − e−z
sinh(z) = (6.85)
2
def ez + e−z
cosh(z) = (6.86)
2
def sinh(z)
tanh(z) = (6.87)
cosh(z)
91
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
def cosh(z)
coth(z) = (6.88)
sinh(z)
def 1
sech (z) = (6.89)
cosh(z)
def 1
csch (z) = (6.90)
sinh(z)
ez − e−z
tan(z) =
ez + e−z
ez + e−z
cot(z) = z
e − e−z (6.91)
2
sec(z) = z
e + e−z
2
csc(z) = z
e − e−z
92
Variáveis Complexas AULA
6.7 Propriedades das Funções Hiperbólicas 6
As propriedades das função hiperbólicas são as mesmas no campo
dos reais quanto no campo dos complexos. A seguir listaremos
algumas e faremos a demonstração de uma delas.
v) ∀z ∈ C, cosh(−z) = cosh(z)
93
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
94
Variáveis Complexas AULA
iii) tanh −1 1
(z) = log
2
1+z
1−z
6
−1 1 z+1
iv) coth (z) = log
2 z−1
√ !
z + 1 − z2
v) sech −1 (z) = log
z
√ !
z+ z2 − 1
vi) csch −1 (z) = log
z
−1 1 1+z
Demonstraremos aqui que: tanh (z) = log .
2 1−z
Demonstração:
Da definição de função inversa temos:
ew − e−w
tanh(w) = =z (6.98)
ew + e−w
ξ − ξ −1
=z
ξ + ξ −1 (6.99)
−1 −1
ξ−ξ = (ξ + ξ )z
ξ 2 − 1 = (ξ 2 + 1)z
(6.100)
2
(1 − z)ξ = 1 + z = 0
95
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
r
1+z
Onde sabemos que é uma função multivalorada. Por outro
1−z
lado, como ξ = ew equação eqn 6.101 temos:
r
w 1+z
e = (6.102)
1−z
Vemos então que a função tanh−1 (z) tem infinitos valores porém,
escolhendo o ramo principal onde tanh−1 (0) = 0 temos k = 0 e
usando propriedade da função logaritmo e na equação eqn 6.103
podemos escrever:
−1 1 1+z
tanh (z) = log
2 1−z
96
Variáveis Complexas AULA
vi) csch 0 (z) = −csch (z) coth(z) 6
Faremos a demonstração apenas de um ítem acima. A saber:
Derivada da Função Coseno: cosh0 (z) = sinh(z).
PROVA: Usando a definição da função coseno hiperbólico cosh(•),
a definição da função seno hiperbólico sinh(•), a derivada da função
exponencial exp(•) e a regra da cadeia temos:
d ez + e−z
cosh0 (z) =
dz 2
ez − e−z
=
2 (6.104)
ez − e−z
=
2
= sinh(z)
6.10 Conclusão
97
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
RESUMO
Funções Trigonométricas
As funções trigonométricas são definidas por:
• ∀z ∈ C, sin(−z) = − sin(z)
• ∀z ∈ C, cos(−z) = cos(z)
• ∀z ∈ C, tan(−z) = − tan(z)
98
Variáveis Complexas AULA
• ∀z, w ∈ C, sin(z + w) = sin(z) cos(w) + cos(z) sin(w) 6
tan(z) + tan(w)
• ∀z, w ∈ C, tan(z + w) =
1 + tan(z) tan(w)
2 1 sin(2z)
• ∀z ∈ C, cos (z) = 1+
2 2
2 1 sin(2z)
• ∀z ∈ C, sin (z) = 1−
2 2
Funções Hiperbólicas
As funções hiperbólicas são definidas por:
def ez − e−z
sinh(z) =
z
2 −z
def e + e
cosh(z) =
2
def sinh(z) ez − e−z
tanh(z) = = = z
cosh(z) e + e−z
def cosh(z) e + e−z
z
coth(z) = = z
sinh(z) e − e−z
def 1 2
sech (z) = =
cosh(z) e + e−z
z
def 1 2
csch (z) = = z
sinh(z) e − e−z
Propriedades das Funções Hiperbólicas
Algumas propriedades das funções hiperbólicas:
• ∀z ∈ C, sinh(−z) = − sinh(z)
• ∀z ∈ C, cosh(−z) = cosh(z)
• ∀z ∈ C, tanh(−z) = − tanh(z)
99
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
tanh(z) + tanh(w)
• ∀z, w ∈ C, tanh(z + w) =
1 + tanh(z) tanh(w)
1 √
• sin−1 (z) = log(z + 1 − z 2 )
ı
1 √
• cos−1 (z) = log(z + z 2 − 1)
ı
−1 1 1 + zıı
• tan (z) = log
2ıı 1 − zıı
−1 1 z +ı
• cot (z) = log
2ıı z −ı
√ !
−1 1 z + 1 − z2
• sec (z) = log
ı z
√ !
1 z+ z2 − 1
• csc−1 (z) = log
ı z
√
• sinh−1 (z) = log(z + 1 + z2)
√
• cosh−1 (z) = log(z + z 2 − 1)
−1 1 1+z
• tanh (z) = log
2 1−z
−1 1 z+1
• coth (z) = log
2 z−1
100
Variáveis Complexas AULA
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
101
Funções Elementares do Cálculo Complexos 2
102
AULA
Integração Complexa
7
META:
Introduzir o conceito de integração de funções de variáveis com-
plexas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir a integral de uma função complexa.
Calcular integral de algumas funções de variáveis complexas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula05 e aula06 de Variáveis Complexas.
Integração Complexa
7.1 Introdução
zn
ξn−1
C zn−1
ξ1 ξ1
z2
z0 z1
(7.105)
104
Variáveis Complexas AULA
Fazendo ∆zk = zk −zk−1 podemos reescrever a equação eqn 7.105 7
como:
105
Integração Complexa
OBS 7.2. Para o caso em que C é uma curva lisa por partes
podemos integrar, segundo eqn 7.109, em cada uma das partes
em que a curva é lisa e totalizar os resultados.
A integral de linha complexa dada por eqn 7.107 pode ser ree-
scrita em função das integrais de linha reais da seguinte forma:
Z Z
f (z)dz = (u(x, y) + ı v(x, y)).(dx + ı dy)
C ZC
= (u(x, y)dx − v(x, y)dy) (7.110)
ZC
+ı (v(x, y)dx + u(x, y)dy)
C
106
Variáveis Complexas AULA
y 7
b z0
r
a x
Z
= (u(x, y)dx − v(x, y)dy)
ZC
= (xdx − ydy)
C
Z 2π
= ((a + r cos(t).(−r sin(t) − (b + r sin(t)).r cos(t))dt
0
Z 2π
= (−ar sin(t) − br cos(t) − 2r2 sin(t) cos(t))dt
0
sin2 (t) 2π
= (ar cos(t) − br sin(t) − 2r2 )
2 0
=0
(7.111)
107
Integração Complexa
=0
(7.112)
108
Variáveis Complexas AULA
7.5 Integral Indefinida 7
Vermos agora, que podemos estender o conceito de integral in-
definida para funções complexas.
7.6 Conclusão
Na aula de hoje, vimos que existe uma forte relação entre a in-
tegral de linha complexa e real e que a integral indefinida complexa
segue o mesmo padrão que a real.
RESUMO
Integração Complexa
Sejam D ⊂ C um aberto de C, f : D ⊂ C 7→ C uma função com-
plexa contínua e C ⊂ D uma curva suave contida em D podemos
escrever a integral de linha complexa em função das integrais de
linha reais da seguinte forma:
Z Z
f (z)dz = (u(x, y) + ı v(x, y)).(dx + ı dy)
C ZC
= (u(x, y)dx − v(x, y)dy)
ZC
+ ı (v(x, y)dx + u(x, y)dy)
C
109
Integração Complexa
Integral Indefinida
A integral indefinida complexa é definida do mesmo modo que
integral indefinida real. A saber:
Sejam D ⊂ C um aberto e f, F : D ⊂ C 7→ C duas funções
complexas tais que F 0 (z) = f (z). Dizemos que F (z) é a integral
indefinida de f (z) e denotamos:
Z
F (z) = f (z)dz
PRÓXIMA AULA
110
Variáveis Complexas AULA
y
4
7
2 x
ATIVIDADES
111
Integração Complexa
LEITURA COMPLEMENTAR
112
AULA
Teoremas de Cauchy
8
META:
Introduzir os principais teoremas de Cauchy sobre integração de
funções de variáveis complexas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Enunciar os principais teoremas de Cauchy sobre integração de
funções de variáveis complexas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula07 de Variáveis Complexas.
Teoremas de Cauchy
8.1 Introdução
8.2 Preliminares
3. V − ∂V é um domínio.
114
Variáveis Complexas AULA
Supondo que V e ∂V tem orientação compatível. Se f (x, y) = 8
(u(x, y), v(x, y)) então:
Z Z Z
∂v ∂u
(udx + vdy) = − dxdy
∂V V dx dy
115
Teoremas de Cauchy
116
Variáveis Complexas AULA
A prova do teorema sera dividida em três partes. 8
Prova do Teorema de Cauchy-Goursat para o Caso de um
Triângulo
Tomando un triângulo arbitrário ∆, ligando os pontos A, B e C
ver figura 8.2). Ligando os pontos médios D, E e F dos lados AB,
AC e BC respectivamente. Repartiremos ∆ em quatro triângulos
denotados ∆1 , ∆2 , ∆3 e ∆4 .
Se f (z) é holomorfa em ∆, é em particular, holomorfa em ∆1 , ∆2 ,
∆3 e ∆4 . E, omitindo os integrandos à direita, podemos escrever:
I Z Z Z
f (z)dz = f (z)dz + f (z)dz + f (z)dz (8.116)
DAE EBF F CD
∆1
E D
∆4
∆2 ∆3
B C
F
I Z Z Z Z
f (z)dz = + + +
C DAE ED EBF FE
Z Z Z Z Z
+ + + + + (8.117)
F CD DF DE EF FD
Z Z Z Z
= + + +
DAED EDF E F CDF DEF D
117
Teoremas de Cauchy
118
Variáveis Complexas AULA
existe um ponto z0 que pertence a todos os triângulos da seqüên- 8
cia. Como cada triângulo está contido em D e f (z) é holomorfa
em D é holomorfa em z0 . Logo,
I I I
0
f (z)dz = f (z0 ) (z − z0 )dz + η(z − z0 )dz (8.124)
∆n ∆n ∆n
∆n
z0
Figura 8.3:
119
Teoremas de Cauchy
I
f (z)dz ≤ εL2 (8.127)
C
A B
120
Variáveis Complexas AULA
opostos) temos:
I Z Z
8
f (z)dz = f (z)dz + f (z)dz
Γ Z ABF A ZBCF B
+ f (z)dz + f (z)dz
CDF C DEF D
=0
z2
Γ
z1
z0 = zn
zn−1
Definindo a soma:
n
X
Sn = f (zk )∆zk (8.128)
k=1
121
Teoremas de Cauchy
122
Variáveis Complexas AULA
Por outro lado fazendo:
I I
8
f (z)dz = f (z)dz − Sn + Sn (8.134)
C C
123
Teoremas de Cauchy
A C1
C2
124
Variáveis Complexas AULA
PROVA: 8
C
ε z0
= 2πıı
125
Teoremas de Cauchy
= 2πııf (z0 )
Logo:
I
1 f (z)
f (z0 ) = dz
2πıı C z − z0
A seguir veremos mais um teorema. Diz respeito a derivação de
funções holomorfas.
126
Variáveis Complexas AULA
Teorema 8.7 (Derivada de funções Holomorfas). Sejam D ⊂ C 8
um aberto f : D ⊂ C 7→ C uma função holomorfa em D, C ⊂ D
uma curva suave e z0 um ponto interior da região limitada por C
então:
I
1 f (z)
f 0 (z0 ) = dz
2πıı C (z − z0 )2
PROVA: Tomando z0 + λ no interior da região limitada por C
podemos usar o teorema 8.6 e escrever:
f (z0 + λ) − f (z0 )
I
1 1 1 1
= − f (z)dz
λ 2πıı C λ z − z0 − λ z − z0
I
1 f (z)
= dz
2πıı C (z − z0 − λ)(z − z0 )
I
1 f (z)
= dz
2πıı C (z − z0 )2
I
1 λf (z)
+ dz
2πıı C (z − z0 − λ)(z − z0 )2
(8.142)
Mais ainda, como f (z) é holomorfa, existe M > 0 tal que |f (z)| <
127
Teoremas de Cauchy
I λf (z)
lim dz =0
λ→0 (z − z0 − λ)(z − z0 )2
Γ
Logo:
I
λf (z)
lim dz = 0 (8.146)
λ→0 Γ (z − z0 − λ)(z − z0 )2
128
Variáveis Complexas AULA
8.5 Conclusão 8
Na aula de hoje, vimos que se uma função complexa é holo-
morfa ela tem derivada de qualquer ordem.
RESUMO
Teorema de Cauchy
Sejam D ⊂ C um aberto de C, f : D ⊂ C 7→ C uma função com-
plexa contínua e C ⊂ D uma curva suave contida em D (ver figura
8.1). Se f (z) é holomorfa em D e tem derivada f 0 (z) contínua em
D então:
I
f (z)dz = 0
C
Teorema de Cauchy-Goursat
Sejam D ⊂ C um aberto de C, f : D ⊂ C 7→ C uma função
complexa contínua e C ⊂ D uma curva suave contida em D (ver
figura 8.1). Se f (z) é holomorfa em D então:
I
f (z)dz = 0
C
129
Teoremas de Cauchy
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
130
Variáveis Complexas AULA
fatores da forma z − z0 do denominador do integrando pertencem 8
ao interior do círculo |z| = 2.
LEITURA COMPLEMENTAR
131
AULA
Convergência de Séries
de Números Complexos 9
META:
Apresentar o conceito de convergência de séries de números com-
plexos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir convergência de séries de números complexos e calcular o
limite de algumas séries de números complexos.
PRÉ-REQUISITOS
Aula01 de Variáveis Complexas e os conhecimentos básicos, da dis-
ciplina Cálculo II.
Convergência de Séries de Números Complexos
9.1 Introdução
√
1. {zn } onde z0 = 2 e zn = 2 + zn−1 , n = 1, 2, 3, . . .
2. {zn } onde zn = n2 + 1, n = 0, 1, 2, . . .
134
Variáveis Complexas AULA
Definição 9.3. Seja {zn } uma seqüência de números complexos. 9
Dizemos que z ∈ C é o limite de {zn }, denotado z = lim zn ,
n→∞
se, somente se para todo ε > 0 existe n0 ∈ N tal que ∀n ≥ n0 ,
zn ∈ Bε (z).
135
Convergência de Séries de Números Complexos
n0 ∈ N tal que:
∀n ≥ n0 , zn ∈ Bε (z), de outra forma: ∀n ≥ n0 , |zn − z| < ε.
p
por outro lado, como |xn − x| ≤ (xn − x)2 + (yn − y)2 = |zn −
z| < ε.
Daí, temos: ∀ε > 0, ∃n0 ∈ N|∀n ≥ n0 , |xn − x| < ε.
logo x = lim xn .
n→∞
Do mesmo modo:
y = lim yn .
n→∞
Parte 2: se x = lim xn e y = lim yn então para todo ε > 0
n→∞ n→∞
existe n1 , n2 ∈ N tal que:
ε ε
∀n ≥ n1 , |xn − x| < e ∀n ≥ n2 , |yn − y| < .
2 2
Tomando n0 = max{n1 , n2 } as desigualdades acima valem simul-
taneamente se n ≥ n0 i.e.
ε ε
∀n ≥ n0 , |xn − x| < ∧ |yn − y| < .
2 2
Daí, temos:
ε ε
|zn − z| ≤ |xn − x| + |yn − y| < + = ε Logo zn ∈ Bε (z).
2 2
Daí, temos:
∀ε > 0, ∃n0 ∈ N|∀n ≥ n0 , zn ∈ Bε (z).
logo z = lim zn .
n→∞
136
Variáveis Complexas AULA
PROVA: Provaremos apenas a iii) o restante ficará à cargo dos 9
alunos.
Para todo ε > 0, existem n1 , n2 , n3 ∈ N e K > 0 tais que, da
definição de limite de seqüências e do teorema 9.1 :
∀n ≥ n1 , zn ∈ Bε/2|w| (z), ∀n ≥ n1 , wn ∈ Bε/2K (z) e ∀n ≥ n1 , zn ∈
BK (z).
De outra forma:
ε ε
∀n ≥ n1 , |zn − z| < , ∀n ≥ n1 , |wn − z| < e ∀n ≥
2|w| 2K
n1 , |zn | < K.
Daí, tomando n0 = max{n1 , n2 , n3 } teremos as três desigualdades
acima simultaneamente satisfeitas e:
Daí, temos:
∀n ≥ n0 , zn wn ∈ Bε (zw). Portanto:
lim (zn wn ) = zw.
n→∞
O próximo teorema constitui-se um importante critério de con-
vergência de seqüências pois, com ele é possível decidir sobre a
convergência de uma seqüência sem a necessidade do conhecimento
prévio de seu limite. É conhecido como “Critério de Cauchy” ou
“Princípio de Cauchy”.
137
Convergência de Séries de Números Complexos
138
Variáveis Complexas AULA
Se r < 1 como lim rn = 0 temos:
n→∞
9
1 − rn+1
lim sn = lim
n→∞ n→∞ 1 − r
1 − lim rn+1
n→∞
=
1−r
1
=
1−r
e a série geométrica é convergente.
Por outro lado se r > 1 como lim rn = ∞ temos:
n→∞
1 − rn+1
lim sn = lim
n→∞ n→∞ 1 − r
1 − lim rn+1
n→∞
=
1−r
=∞
139
Convergência de Séries de Números Complexos
n
X
PROVA: Sejam sn = zk a n-ésima soma parcial de {zn } e
k=0
n
X
s∗n = |zk | a n-ésima soma parcial de {|zn |}. Da desigualdade
k=0
triangular, fazendo m = n + k temos:
|sm − sn | = |sn+k − sn |
≤ |s∗n+k − s∗n |
≤ |s∗m − s∗n |
140
Variáveis Complexas AULA
Como
∞
X
|zn | do critério de Cauchy, para todo ε > 0 existe no ∈ N
9
n=0
tal que ∀m, n ≥ n0 , |s∗m − s∗n | < ε. Da desigualdade acima temos:
X∞
∀m, n ≥ n0 , |sm − sn | < ε. Logo zn satisfaz o critério de
n=0
Cauchy e é convergente.
∞
X ∞
X
Teorema 9.8. Sejam zn e wn duas séries de números com-
n=0 n=0
∞
X ∞
X
plexos convergentes tais que zn = z e wn = w e a ∈ C
n=0 n=0
então:
∞
X
i) (azn ) = az
n=0
∞
X
ii) (zn + wn ) = z + w
n=0
Esta seção será o ponto alto de nossa aula. Nela veremos séries de
potência, culminando com um teorema de representação de funções
holomorfas.
141
Convergência de Séries de Números Complexos
s0 = a0
s1 = a0 + a1 z
s2 = a0 + a1 z + a2 z 2
..
.
sn = a0 + a1 z + a2 z 2 + · · · + an z n
..
.
∞
X
i) Se existe z1 ∈ C, z1 6= 0 tal que an z1n converge então
n=0
∞
X
an z n converge para todo z ∈ C tal que |z| < |z1 |
n=0
∞
X ∞
X
ii) Se existe z2 ∈ C, z2 6= 0 tal que an z2n diverge então an z n
n=0 n=0
diverge para todo z ∈ C tal que |z2 | < |z|
142
Variáveis Complexas AULA
tal que para todo n ∈ N, |an z1n | < K. Daí, como |z| < |z1 | pondo
|z|
9
r= < 1 temos:
|z1 |
< Krn
∞
X K
Como r < 1 a série Krn converge para pelo critério da
1−r
n=0
∞
X
comparação teorema 9.5 a série |an z n | e portanto do teo-
n=0
∞
X
rema 9.7 a série an z n é convergente.
n=0
Parte 2: Suponha, por absurdo, que exista um número z ∈ C
∞
X
tal que |z| > |z2 | e a série an z n seja convergente. repetindo a
n=0
demonstração da Parte 1 trocando z por z2 e z1 por z teríamos
∞
X
que a série an z2n seria convergente o que é um absurdo. Logo,
n=0
∞
X
para todo z ∈ C tal que |z| > |z2 | a série an z n é divergente.
n=0
∞
X
OBS 9.8. O teorema acima nos diz de se uma série an z n é
n=0
convergente em um ponto z1 6= 0 então é convergente em todos
os pontos da bola aberta B|z1 | (0) e portanto podemos definir uma
Xn
função f : B|z1 | (0) 7→ C dada por f (z) = lim an z n .
n→∞
k=0
∞
X
Teorema 9.10. Seja an z n uma série de potências então existe
n=0
uma bola fechada B̄r (0) tal que a série converge absolutamente em
todos os pontos do interior da bola e diverge para todos os pontos
do exterior da bola.
143
Convergência de Séries de Números Complexos
∞
X
Definição 9.8. Seja an z n uma série de potências denomi-
n=0
namos raio de convergência ao raio r da bola definida pelo teorema
acima.
144
Variáveis Complexas AULA
9.6 Conclusão 9
Na aula de hoje, tanto as seqüências de números complexos
quanto as séries de números complexos têm paralelo com seqüên-
cias e séries de números reais exceto por alguns critérios de con-
vergência.
RESUMO
145
Convergência de Séries de Números Complexos
146
Variáveis Complexas AULA
ii)
∞
X
(zn + wn ) = z + w
9
n=0
Séries de Potência
Definição
Seja {an } uma seqüência de números complexos. Definimos a série
∞
X
de potências associada a {an } de centro em 0 por: an z n .
n=0
Teorema 1
∞
X
Seja an z n uma série numérica:
n=0
∞
X
i) Se existe z1 ∈ C, z1 6= 0 tal que an z1n converge então
n=0
∞
X
an z n converge para todo z ∈ C tal que |z| < |z1 |
n=0
∞
X
ii) Se existe z2 ∈ C, z2 6= 0 tal que an z2n diverge então
n=0
∞
X
an z n diverge para todo z ∈ C tal que |z2 | < |z|
n=0
Teorema 2
∞
X
Seja an z n uma série de potências então existe uma bola fechada
n=0
B̄r (0) tal que a série converge absolutamente em todos os pontos
do interior da bola e diverge para todos os pontos do exterior da
bola.
Definição
∞
X
Seja an z n uma série de potências denominamos raio de con-
n=0
vergência ao raio r da bola definida pelo teorema acima.
Teorema 3
∞
X
Seja an z n uma série de potências tal que para todo n ∈ N,
n=0
an 6= 0. Então o raio de convergência da série de potências pode
147
Convergência de Séries de Números Complexos
Teorema 4
Sejam D ⊂ C um aberto e f : D ⊂ C 7→ C um função holomorfa
em uma bola aberta Br (z0 ) ⊂ D então para cada z ∈ Br (z0 ) temos:
∞
X f (n) (z0 )
f (z) = (z − z0 )n
n!
n=0
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
lim (zn + wn ) = z + w.
n→∞
148
Variáveis Complexas AULA
LEITURA COMPLEMENTAR
149
AULA
Séries de Laurent 10
META:
Introduzir séries de Laurent.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir séries de Laurent e determinar a série de Laurent para al-
gumas funções de variáveis complexas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula09 de Variáveis Complexas e os conhecimentos básicos, da dis-
ciplina Cálculo II.
Séries de Laurent
10.1 Introdução
Caros alunos essa nossa aula tem como tema “Séries de Lau-
rent”. Como as séries de Taylor servem para representar funções
holomorfas, Séries de Laurent servem para representar certos tipos
de funções não-holomorfas.
1 z n+1
= 1 + z + z2 + · · · + zn + (10.147)
1−z 1−z
152
Variáveis Complexas AULA
y 10
Γ2
%2
Γ1
z
z0 %1
onde:
I
1 f (z)
am = dz m = 0, 1, 2, . . .
2πıı ΓI2 (z − z0 )m+1
1
a−m =
f (z)(z − z0 )m−1 dz m = 1, 2, 3, . . .
2πıı Γ1
I I
1 f (w) f (w)
f (z) = dw − dw (10.148)
2πıı Γ1 w−z Γ2 w−z
1 1
=
w−z w − z0 + z0 − z
1
= (10.149)
(w − z0 )(1 + (z0 − z)/(w − z0 ))
1
=
(w − z0 )(1 − (z − z0 )/(w − z0 ))
153
Séries de Laurent
z − z0
Substituindo z por em eqn 10.147temos:
w − z0
z − z0 n
1 z − z0
=1+ + ··· +
1 − (z − z0 )/(w − z0 ) w − z0 w − z0
n+1
z − z0
w − z0
+
1 − (z − z0 )/(w − z0 )
(10.150)
154
Variáveis Complexas AULA
Fazendo o produto de eqn 10.152 por f (w) e integrando ao longo 10
de Γ2 no sentido positivo temos:
z − z0
I I I
f (w) f (w)
dw = dw + f (w) dw + · · ·
Γ2 w − z Γ2 w − z0 Γ2 (w − z0 )2
z − z0 n f (w)
I
+ dw
Γ2 w − z0 w−z
(10.153)
1
Fazendo o produto de eqn 10.153 por e definindo
2πıı
I
1 f (w)
ak = dw, k = 0, 1, . . .
2πıı Γ2 (w − z0 )k+1
temos:
I
1 f (w)
dw = a0 + a1 (z − z0 ) + · · · + an−1 (z − z0 )n−1
2πıı Γ2 w−z
z − z0 n f (w)
I
1
+ dw
2πıı Γ2 w − z0 w−z
(10.154)
155
Séries de Laurent
156
Variáveis Complexas AULA
temos:
I
1 f (w) a−1 a−2 a−n
dw = + 2
+ ··· +
2πıı Γ1 w−z z − z0 (z − z0 ) (z − z0 )n
I n
1 w − z0 f (w)
+ dw
2πıı Γ1 z − z0 z−w
(10.160)
157
Séries de Laurent
w − z
0
Como w ∈ Γ1 temos: max = γ < 1. Por outro lado
z − z0
como f (•) é holomorfa no anel aberto D = B%2 (z0 ) − B%1 (z0 ) e
sua fronteira |f (w)| < M . E também, |z − w| = |z − z0 + z0 − w| ≥
|z − z0 | − |w − z0 | = |z − z0 | − %1 . Daí, tomando o módulo de eqn
10.163 temos:
1 I w − z n f (w)
0
|vn | = dw
2πıı Γ2 z − z0 z−w
I n
1 z − z0 f (w)
≤ dw
2π Γ2 w − z0 w−z
(10.164)
1 γnM
≤ 2π%1
2π |z − z0 | − %1
γ n M %1
≤
|z − z0 | − %1
De eqn 10.164 temos lim |vn | = 0 de onde lim vn = 0 Portanto,
n→∞ n→∞
passando o limite n → ∞ em eqn 10.154 e eqn 10.160 levando
em conta que as integrais finais de eqn 10.154 e eqn 10.160
tendem a zero e substituindo em eqn 10.148 temos:
∞
X
f (z) = am (z − z0 )m
m=−∞
onde:
I
1 f (z)
am = dz m = 0, 1, 2, . . .
2πıı ΓI2 (z − z0 )m+1
1
a−m =
f (z)(z − z0 )m−1 dz m = 1, 2, 3, . . .
2πıı Γ1
OBS 10.1. As vezes é conveniente reescrever a série de Laurent
na forma:
∞
X bm X
f (z) = + an (z − z0 )n
(z − z0 )m
m=1 n=0
onde:
I
1 f (z)
an = dz n = 0, 1, 2, . . .
2πıı IΓ2 (z − z0 )n+1
1
bm =
f (z)(z − z0 )m−1 dz m = 1, 2, 3, . . .
2πıı Γ1
158
Variáveis Complexas AULA
Vamos a alguns exemplos de aplicação da série de Laurent. 10
Exemplo 10.1. Determine a série de Laurent da função f (z) =
eaz
em torno do ponto z0 = 1.
(z − 1)4
SOLUÇÃO: Primeiramente vamos deslocar o ponto onde f (•) é
descontínua de z0 = 1 para z0 = 0 fazendo a mudança de variável
u = z − 1 e temos:
ea(u+1) ae
au
f (z) = fˆ(u) = f (u + 1) = = e (10.165)
(u + 1 − 1)4 u4
∞
X zn
Como ez = temos:
n!
n=0
∞
au
X (au)n
e =
n!
n=0
∞ (10.166)
X an un
=
n!
n=0
∞
X ak+4 uk
f (z) = fˆ(u) = ea (10.168)
(k + 4)!
k=−4
159
Séries de Laurent
10.3 Conclusão
RESUMO
Série de Laurent
Seja f (•) uma função holomorfa no anel aberto D = B%2 (z0 ) −
B%1 (z0 ) e sua fronteira onde 0 < %1 < %2 seja z ∈ D então:
∞
X
f (z) = am (z − z0 )m
m=−∞
onde:
I
1 f (z)
a = dz m = 0, 1, 2, . . .
m
m+1
2πıı C I2 (z − z0 )
1
a−m =
f (z)(z − z0 )m−1 dz m = 1, 2, 3, . . .
2πıı C1
PRÓXIMA AULA
160
Variáveis Complexas AULA
de Laurent para classificar pontos de singularidades isoladas de 10
funções não-holomorfas..
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
161
Séries de Laurent
162
AULA
Singularidades de Funções
de Variáveis Complexas 11
META:
Introduzir o conceito de singularidades de funções de variáveis com-
plexas.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir singularidades de funções de variáveis complexas e
analisar as singularidades de algumas funções de variáveis com-
plexas.
PRÉ-REQUISITOS
Aula10 de Variáveis Complexas e os conhecimentos básicos, da dis-
ciplina Cálculo II.
Singularidades de Funções de Variáveis Complexas
11.1 Introdução
164
Variáveis Complexas AULA
Laurent da função a ser estudada. 11
Definição 11.3. Sejam D ⊂ C um aberto conexo, f : D ⊂ C 7→ C
uma função complexa representada em série de Laurent por:
∞
X bm X
f (z) = + an (z − z0 )n
(z − z0 )m
m=1 n=0
165
Singularidades de Funções de Variáveis Complexas
sin(z)
Exemplo 11.1. Seja f : C − {0} 7→ C dada por f (z) = .
z
∞
X z 2n+1
Como sin(z) = (−1)n então:
(2n + 1)!
n=0
∞
1X z 2n+1
f (z) = (−1)n
z (2n + 1)!
n=0
∞
X 1 z 2n+1
= (−1)n
z (2n + 1)!
n=0
∞
X z 2n
= (−1)n
(2n + 1)!
n=0
z2 z4 z6
=1− + − + ···
3! 5! 7!
sin(z)
Exemplo 11.2. Seja f : C − {0} 7→ C dada por f (z) = .
z3
∞
X z 2n+1
Como sin(z) = (−1)n então:
(2n + 1)!
n=0
∞ 2n+1
1 X n z
f (z) = (−1)
z3 (2n + 1)!
n=0
∞
X 1 z 2n+1
= (−1)n
z 3 (2n + 1)!
n=0
∞
X z 2n−2
= (−1)n
(2n + 1)!
n=0
∞
1 X
k+1 z 2k
= + (−1)
z2 (2k + 3)!
n=0
1 1 z2 z4
= 2− + − + ···
z 3! 5! 7!
166
Variáveis Complexas AULA
Como sin(z) =
∞
X
(−1)n
z 2n+1
(2n + 1)!
então:
11
n=0
∞
X (1/z)2n+1
f (z) = (−1)n
(2n + 1)!
n=0
∞
X 1/z 2n+1
= (−1)n
(2n + 1)!
n=0
∞
X 1 1
= (−1)n 2n−2
(2n + 1)! z
n=0
∞
X 1 1
=1+ (−1)n 2n−2
(2n + 1)! z
n=1
1 1 1
= ··· − 7
+ 5
− +1
7!z 5!z 3!z 3
Portanto z = 0 é uma singularidade essencial de f (•).
167
Singularidades de Funções de Variáveis Complexas
168
Variáveis Complexas AULA
Passando o limite z → z0 temos: 11
lim (z − z0 )k f (z) = bk 6= 0 e temos nosso candidato L = bk .
z→z0
Parte 2 (Suficiência) Suponhamos que existe o limite lim (z −
z→z0
z0 )k f (z) = L 6= 0. Definindo a função g(z) = (z − z0 )k f (z), temos:
lim g(z) = L 6= 0. Logo da parte ii) do teorema 12.1 g(z) tem
z→z0
uma singularidade removível em z0 e pode ser dada por uma série
de Taylor centrada em z0 em alguma bola aberta Br (z0 ).
X
g(z) = an (z − z0 )n
n=0
L ak−1 X
f (z) = + · · · + + an+k (z − z0 )n
(z − z0 )k z − z0
n=0
11.4 Conclusão
169
Singularidades de Funções de Variáveis Complexas
RESUMO
170
Variáveis Complexas AULA
iii) ∀m ∈ N, ∃k > m|bk 6= 0 dizemos que z0 é uma singularidade 11
essencial.
Teorema 1
Sejam D ⊂ C um aberto conexo, f : D ⊂ C 7→ C uma função
complexa e z0 ∈ D. As seguintes proposições são equivalentes:
Teorema 2
Sejam D ⊂ C um aberto conexo, f : D ⊂ C 7→ C uma função
complexa e z0 ∈ D, então z0 é um polo de ordem k de f (•) se,
somente se existe L 6= 0 tal que L = lim (z − z0 )k f (z).
z→z0
Teorema 3
Sejam D ⊂ C um aberto conexo, f : D ⊂ C 7→ C uma função
complexa e suponhamos que z0 ∈ D é uma singularidade essencial
de f (•) e que f (z) é holomorfa em B% (z0 ) − {z0 } ⊂ D então dados
0 < r ≤ %, ε > 0 e α ∈ C, existe um número complexo β tal que
β ∈ Br (z0 ) − {z0 } e |f (β) − α| < ε.
PRÓXIMA AULA
171
Singularidades de Funções de Variáveis Complexas
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
172
AULA
Cálculo de Resíduos 12
META:
Apresentar cálculo de resíduos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir resíduo de uma função de variáveis complexas em um ponto
dado e
calcular o resíduo de uma função de variáveis complexas em um
ponto dado.
PRÉ-REQUISITOS
Aula11 de Variáveis Complexas.
Cálculo de Resíduos
12.1 Introdução
12.2 Resíduos
ea aea a2 ea a3 e a
f (z) = + + +
(z − 1)4 (z − 1)3 (z − 1)2 z − 1
∞
X ak+4 ea (z − 1)k
+ .
(k + 4)!
k=0
174
Variáveis Complexas AULA
γ2−
Γ 12
a2
γ1− −
γn
a1 an
175
Cálculo de Resíduos
12.171 como:
I n I
X
f (z)dz = f (z)dz (12.172)
Γ k=1 γk
onde:
I
1
bm = f (z)(z − zk )m−1 dz, m = 1, 2, 3, . . .
2πıı γk
Em particular:
I
1
res(f, zk ) = b1 = f (z)dz
2πıı γk
Daí, tiramos:
I
f (z)dz = 2πııres(f, zk ) (12.173)
γk
176
Variáveis Complexas AULA
pólos de f (•) no interior de Γ contado tantas vezes quantas forem 12
sua ordem.
i) f (a) 6= 0
f 0 (z)
Parte 1: no caso i) é holomorfa o resíduo é zero e o ponto
f (z)
nada contribui para a integração em eqn 12.175.
Parte 2 no caso ii) para este caso existe uma bola aberta Br (a)
de raio r e centro em a tal que f (z) = (z − a)m g(z), ∀z ∈ Br (a)
f 0 (z)
onde g(z) é holomorfa em Br (a). Daí, calculando a razão
f (z)
temos:
f 0 (z) m(z − a)m−1 g(z) + (z − a)m g 0 (z) m g 0 (z)
= = +
f (z) (z − a)m g(z) z−a g(z)
(12.176)
g 0 (z)
Como g(z) é holomorfa em Br (a), também é holomorfa e
g(z)
portanto tem representação por série de Taylor en torno do ponto
z = a. Daí, temos:
∞
g 0 (z) X
= cn (z − a)n (12.177)
g(z)
n=0
177
Cálculo de Resíduos
f 0 (z)
Logo eqn 12.178 é a série de Laurent de , z = a é um polo
0 f (z)
f (z)
de primeira ordem cujo resíduo é res , a = m, que é a
f (z)
contribuição do ponto z = a à integral eqn 12.175.
Parte 3: no caso iii) para este caso existe uma bola aberta Br (a)
de raio r e centro em a tal que f (z) = (z − a)−k g(z), ∀z ∈ Br (a)
f 0 (z)
onde g(z) é holomorfa em Br (a). Daí, calculando a razão
f (z)
temos:
f 0 (z)
Logo eqn 12.181 é a série de Laurent de , z = a é um polo
0 f (z)
f (z)
de primeira ordem cujo resíduo é res , a = −k, que é a
f (z)
contribuição do ponto z = a à integral eqn 12.175.
Juntando as contribuições dos casos ii) e iii) temos:
I 0
1 f (z)
dz = Z − P
2πıı Γ f (z)
onde Z é o número de zeros de f (•) no interior de Γ, contado
tantas vezes quantas forem sua multiplicidade e P o número de
178
Variáveis Complexas AULA
pólos de f (•) no interior de Γ contado tantas vezes quantas forem 12
sua ordem.
A seguir, veremos alguns teoremas que auxiliaram na determinação
dos resíduos de uma função não-holomorfa.
179
Cálculo de Resíduos
12.3 Conclusão
RESUMO
180
Variáveis Complexas AULA
Resíduos 12
Definição
Seja D ⊂ C um aberto e f : D ⊂ C 7→ C holomorfa em D − {z0 }.
Definimos o resíduo de f (•) no ponto z0 , denotado res(f, z0 ), como
1
coeficiente do termo da série de Laurent de f (•) centrada
z − z0
em z0 .
Teorema 1
Seja D ⊂ C um aberto e f : D ⊂ C 7→ C holomorfa em D −
{z1 , z2 , . . . , zn }. Suponha Γ ⊂ D−{z1 , z2 , . . . , zn } uma curva suave
por partes , orientada no sentido positivo, tal que em seu interior
contenha todos os pontos z1 , z2 , . . . , zn então:
I n
1 X
f (z)dz = res(f, zk )
2πıı Γ k=1
Teorema 2
Seja D ⊂ C um aberto e f : D ⊂ C 7→ C holomorfa em D −
{z1 , z2 , . . . , zn }. Suponha Γ ⊂ D−{z1 , z2 , . . . , zn } uma curva suave
por partes , orientada no sentido positivo, tal que em seu interior
contenha todos os pontos z1 , z2 , . . . , zn e que esses pontos sejam
pólos de f (•) e que Γ não contenha nenhum zero de f (•)então:
f 0 (z)
I
1
dz = Z − P
2πıı Γ f (z)
181
Cálculo de Resíduos
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
182
AULA
Aplicações do Teorema
dos Resíduos 13
META:
Apresentar algumas aplicações do cálculo de resíduos.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Aplicar o cálculo de resíduos na determinação de algumas inte-
grais.
PRÉ-REQUISITOS
Aula12 de Variáveis Complexas.
Aplicações do Teorema dos Resíduos
13.1 Introdução
−r γ +r x
184
Variáveis Complexas AULA
Analisaremos o seguinte caso: a nossa função f (•) é holomorfa no 13
semi-plano superior e borda exceto em um número finito de pólos
{z1 , z2 , . . . , zn } para os quais Im(zk ) > 0, k = 1, 2, . . . , n.
Para este caso, vamos integrar f (z) ao longo da curva C = Γ ∪ γ
onde γ(t) = t, t ∈ [−r, +r] e Γ(t) = reı t , t ∈ [0, π] onde r é es-
colhido grande o suficiente para que todos os pólos {z1 , z2 , . . . , zn }
estejam contidos no interior de C.
Do teorema de Cauchy temos:
n I
X 1
res(f, zk ) = f (z)dz
2πıı C
k=1
Z Z
1 1 (13.189)
= f (z)dz + f (z)dz
2πıı Γ 2πıı γ
Z π Z r
1 1
= f (reı t )ııreı t dt + f (x)dx
2πıı 0 2πıı r
se:
Z π
lim f (reıt )ııreıt dt = 0 (13.190)
r→∞ 0
185
Aplicações do Teorema dos Resíduos
=0
e portanto:
Z
lim f (z)dz = 0.
r→∞ Γ
y
z2 z1
x
z3 z4
Vejamos um exemplo:
Z ∞
1
Exemplo 13.1. Determine a integral dz, onde a > 0.
−∞ z 4 + a4
1
SOLUÇÃO: Para a função do exemplo f (z) = os pólos
z4 + a4
(ver figura 13.2) são:
186
Variáveis Complexas AULA
em z1 : 13
res(f, z1 ) = lim (z − z1 )f (z)
z→z1
1
= lim (z − z1 )
z→z1 z4 − a4
z − z1
= lim (13.193)
z→z1 z 4 − a4
1
= lim
z→z1 4z 3
1
= 3 3πıı/4
4a e
Resíduo em z2 :
187
Aplicações do Teorema dos Resíduos
y
Γ
188
Variáveis Complexas AULA
>1
189
Aplicações do Teorema dos Resíduos
−2ıı
Usando o teorema dos resíduos em f (z) = e na curva
+ 2az + b bz 2
fechada suave Γ e usando eqn 13.198 e eqn 13.199 temos:
2π
−2ıı
Z I
1
I= dθ = dz
0 a + b cos(θ) Γ bz 2 + 2az + b
= 2πııres(f, z1 )
2π
=√ .
a2 − b2
13.3 Conclusão
RESUMO
190
Variáveis Complexas AULA
Segunda Aplicação
Z 2π
13
Integrais da forma f (cos(θ), sin(θ))dθ. Para este caso usare-
0
mos o contorno da figura 13.3 e fazemos a seguinte mudança
1
de variável: z = eθıı . Logo: dz = ı eθıı dθ, dθ = dz, cos(θ) =
zıı
eθıı + e−θıı z + z −1 eθıı − e−θıı z − z −1
= e sin(θ) = = . E temos:
2 2 2ıı 2ıı
z + z −1 z − z −1 1
Z 2π I
f (cos(θ), sin(θ))dθ = f , dz
0 C 2 2ıı zıı
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
Z ∞
1
ATIV. 13.1. Determine a integral dz, onde a > 0.
−∞ z 6 + a6
191
Aplicações do Teorema dos Resíduos
LEITURA COMPLEMENTAR
192
AULA
Transformações Conformes
14
META:
Introduzir o conceito de transformações conforme.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Definir transformações conformes e exemplificar transformações
conformes.
PRÉ-REQUISITOS
Aula03 de Variáveis Complexas.
Transformações Conformes
14.1 Introdução
y plano xy v plano w
(u0 , v0 )
C2
C1 C20
(x0 , y0 ) C10
x u
194
Variáveis Complexas AULA
Vamos examinar a mudança de direção de curvas no plano com- 14
plexo z, passando pelo ponto z0 sob a transformação w = f (z)
quando a função em questão é holomorfa em z0 e além disso f 0 (z0 ) 6=
0. Para isso enunciamos e provamos o seguinte teorema:
y plano z v plano w
z0 + ∆z w0 + ∆w
C C0
θ0 + a
θ0
z0 w0
x u
dw dw dz
= .
dt dz dt (14.201)
dz
= f 0 (z).
dt
195
Transformações Conformes
Que é equivalente a:
dw 0 dz
= f (z0 ). (14.202)
dt w=w0 dt z=z0
dw
Levando em conta que f (z) é holomorfa em z0 . Escrevendo =
dt w
dz
w0 = f0 eı φ0 , f 0 (z0 ) = R0 eı α e = r0 eı θ0 e substituindo em
dt z=z0
eqn 14.202 temos:
f0 eı φ0 = R0 eı α .r0 eı θ0
(14.203)
= R0 .r0 eı (α+θ0 )
OBS 14.1. Notem que nos pontos críticos (pontos para os quais
f 0 (z0 ) = 0) α é indeterminado.
PROVA: Pelo teorema 14.2 cada curva gira do ângulo arg(f 0 (z0 ))
assim, o ângulo entre as curvas não se altera pela transformação
w = f (z) tanto em módulo quanto em sentido.
196
Variáveis Complexas AULA
Teorema 14.3. Seja C uma curva simples fechada, contorno de 14
uma região simplesmente conexa então existe uma transformação
biunívoca w = f (z) holomorfa em C e seu interior, que mapeia C
na borda do disco unitário no plano w e o interior de C no interior
do disco unitário.
z0
f (z0 )
x 1 u
197
Transformações Conformes
y plano xy
z
|
z0
−
|z
z0
z̄0 |
|z −
x
z̄0
az + b
w = f (z) = (14.204)
cz + d
198
Variáveis Complexas AULA
Uma das propriedades das transformações fracionárias, em par- 14
ticular as transformações de Möbius, é que a composição de duas
transformações fracionária é uma transformação fracionária. sejam
az + b αz + β
f (z) = e g(z) = . Daí, temos:
cz + d γz + δ
αz + β
a +b
γz + δ
(f ◦ g)(z) = f (g(z)) =
αz + β
c +d
γz + δ
aαz + aβ + bγz + bδ
γz + δ
=
cαz + cβ + dγz + dδ
cβ + dδ
(aα + bβ)z + (aβ + bδ)
=
(cα + dγ)z + (cβ + dδ)
Tirando eqn 14.204 da forma de fração temos:
Azw + Bz + Cw + D = 0 (14.205)
199
Transformações Conformes
Vejamos um exemplo:
2z − 5
z = f (z) =
z+4
z 2 + 2z + 5 = 0
200
Variáveis Complexas AULA
14.4 Conclusão 14
Na aula de hoje, vimos que funções holomorfas são transfor-
mações conformes i.e. transformações que preservam o ângulo en-
tre vetores.
RESUMO
Transformações Conformes
Definição:
Seja Ψ : D ⊂ R2 7→ R2 uma transformação de um aberto D de
R2 em R2 tal que Ψ leva o ponto (x0 , y0 ) do plano xy no ponto
(u0 , v0 ) do plano uv. Se dada duas curvas C1 e C2 do plano xy
que se interceptam em z0 são levadas na curvas C10 e C20 que se
interceptam em (u0 , v0 ) (ver figura 14.1) então se Ψ é tal que o
ângulo entre as curvas C1 e C2 em (x0 , y0 ) é igual ao ângulo entre
C10 e C20 em módulo e sentido, dizemos que Ψ é uma transformação
conforme em (x0 , y0 ).
Teorema 1:
Sejam D ⊂ C um aberto, f : D ⊂ C 7→ C, w = f (z) uma transfor-
mação holomorfa em z0 ∈ D tal que f 0 (z0 ) 6= 0 então a tangente a
qualquer curva C passando por z0 é girada de um ângulo igual a
arg(f 0 (z0 )).
Teorema 2:
Sejam D ⊂ C um aberto, f : D ⊂ C 7→ C, w = f (z) uma trans-
formação holomorfa em z0 ∈ D tal que f 0 (z0 ) 6= 0 então, o ângulo
201
Transformações Conformes
az + b
w = f (z) =
cz + d
PRÓXIMA AULA
ATIVIDADES
z − z̄0
ATIV. 14.1. que a transformação w = f (z) onde f (z) = eθ0ı ,
z − z0
z0 é um ponto do semiplano superior e θ0 ∈ R transforma o semi-
plano superior no plano z no exterior do disco unitário no plano w .
202
Variáveis Complexas AULA
LEITURA COMPLEMENTAR
203
AULA
Transformações Conformes:
Aplicações 15
META:
Aplicar transformações conformes.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Aplicar transformações conformes na determinação da distribuição
de velocidade em alguns escoamentos estacionários laminares planos.
PRÉ-REQUISITOS
Aula14 de Variáveis Complexas.
Transformações Conformes: Aplicações
15.1 Introdução
∂u ∂u
+ =0
∂x ∂y
206
Variáveis Complexas AULA
i) Usar uma aplicação conforme que leve a região B no semi- 15
plano superior ou o círculo unitário.
OBS 15.1. Este teorema assegura que tanto f (•) quanto f −1 (•)
são aplicações conformes. Sua demonstração não será feita aqui.
Os interessados poderão busca-la em outras referências ou adaptar
o teorema da função inversa no caso especial de R2 , para o plano
complexo.
207
Transformações Conformes: Aplicações
∂Φ ∂Φ ∂u ∂Φ ∂v ∂Φ ∂Φ ∂u ∂Φ ∂v
= + e = +
∂x ∂u ∂x ∂v ∂x ∂y ∂u ∂y ∂v ∂y
Para a segunda derivada, usando a regra da cadeia a derivada de
um produto, temos:
∂2Φ ∂Φ ∂ 2 u ∂u ∂Φ ∂ 2 v
∂ ∂Φ ∂ ∂Φ ∂v
2
= 2
+ + 2
+
∂x ∂u ∂x ∂x ∂u ∂x ∂v ∂x ∂x ∂v ∂x
∂2Φ ∂Φ ∂ 2 u ∂u ∂ ∂Φ ∂u
∂ ∂Φ ∂v
= + +
∂x2 ∂u ∂x2 ∂x ∂u ∂u ∂x ∂v ∂u ∂x
∂Φ ∂ 2 v
∂u ∂ ∂Φ ∂u ∂ ∂Φ ∂v
+ + +
∂v ∂x2 ∂x ∂u ∂v ∂x ∂v ∂v ∂x
∂Φ ∂ 2 u ∂u ∂ 2 Φ ∂u ∂ 2 Φ ∂v
= + +
∂u ∂x2 ∂x ∂u2 ∂x ∂v∂u ∂x
∂Φ ∂ 2 v ∂u ∂ 2 Φ ∂u ∂ 2 Φ ∂v
+ + +
∂v ∂x2 ∂x ∂u∂v ∂x ∂v 2 ∂x
∂2Φ
Do mesmo modo, calculando temos:
∂y 2
∂2Φ ∂Φ ∂ 2 u ∂u ∂ 2 Φ ∂u ∂ 2 Φ ∂v
= + +
∂x2 ∂u ∂y 2 ∂y ∂u2 ∂y ∂v∂u ∂y
∂Φ ∂ 2 v ∂u ∂ 2 Φ ∂u ∂ 2 Φ ∂v
+ + +
∂v ∂y 2 ∂y ∂u∂v ∂y ∂v 2 ∂y
∂2Φ ∂2Φ
Somando com temos:
∂x2 ∂y 2
208
Variáveis Complexas AULA
15
∂2Φ ∂2Φ ∂2u ∂2u ∂Φ ∂ 2 v ∂2v
∂Φ
+ = + + +
∂x2 ∂y 2 ∂u ∂x2 ∂y 2 ∂v ∂x2 ∂y 2
" # " 2 #
∂2Φ ∂u 2 ∂u 2 ∂2Φ ∂v 2
∂v
+ 2
+ + 2
+
∂u ∂x ∂y ∂v ∂x ∂y
∂ 2 Φ ∂u ∂v
∂u ∂v
+2 +
∂u∂v ∂x ∂x ∂y ∂y
" 2 2 # " 2 2 #
∂2Φ ∂2Φ ∂2Φ ∂2Φ
∂u ∂u ∂v ∂v
2
+ 2
= + + +
∂x ∂y ∂u2 ∂x ∂y ∂v 2 ∂x ∂y
∂u ∂v ∂v ∂u
Usando as equações de Cauchy-Riemann = e =−
∂x ∂y ∂x ∂y
temos:
∂u ∂v ∂u ∂v ∂v ∂v ∂ ∂v
+ = − ∂y = 0. O que elimina a última
∂x ∂x ∂y ∂y ∂y ∂x v ∂x
209
Transformações Conformes: Aplicações
2 2 2 2 2 2
∂u ∂u ∂v ∂v ∂u ∂v
+ = + = + = |f 0 (z)|2
∂x ∂y ∂x ∂y ∂x ∂x
∂Φ
Φ(u, v) = c, ∀(u, v) ∈ Bw ou (u, v) = 0, ∀(u, v) ∈ ∂Bw
∂~~n
Φ ◦ f satisfaz:
∂(Φ ◦ f )
(Φ◦f )(x, y) = c, ∀(x, y) ∈ Bz ou (x, y) = 0, ∀(x, y) ∈ ∂Bz
∂~~n
Vejamos a definição:
onde c ∈ R.
Vejamos a definição:
210
Variáveis Complexas AULA
Definição 15.2. O problema de Neumann consiste em determinar 15
uma função Φ(x, y) contínua com derivadas parciais contínuas que
satisfaçam:
∂Φ ∂Φ
+ = 0 , (x, y) ∈ B
∂x ∂y (15.207)
∂Φ (x, y) = 0 , (x, y) ∈ ∂B
∂~~n
∂Φ
onde ~n é a normal unitária a ∂B orientada para fora de B e a
∂~~n
derivada direcional de Φ na direção da normal.
iii) Fluido não viscoso. O fluido não tem viscosidade, escoa sem
atrito.
211
Transformações Conformes: Aplicações
∂Φ
vx =
∂x (15.208)
∂Φ
vy =
∂y
∂vx ∂vy
+ (15.209)
∂x ∂y
∂2Φ ∂2Φ
+ (15.210)
∂x2 ∂y 2
dΩ
Ω0 (z) =
dz
∂Φ ∂Ψ
= + ı
∂x ∂x (15.211)
∂Φ ∂Φ
= − ı
∂x ∂x
= vx − vyı
212
Variáveis Complexas AULA
15.2.4 Escoamento em Torno de Obstáculos 15
Um problema importante em dinâmica dos fluidos é determinar
como um fluido, inicialmente escoando com velocidade constante
v0 , é perturbado pela introdução de obstáculos. A intenção é obter
um potencial complexo da forma:
y plano z w plano w
a x u
a2
Figura 15.1: Transformação f (z) = z +
z
213
Transformações Conformes: Aplicações
complexo na forma:
Ω(z) = Φ + Ψıı
a2
= v0 reθıı + θıı (15.214)
re
2 a2
a
= v0 r + cos(θ) + v0 r − sin(θ)ıı
r r
De eqn 15.214 temos:
a2
Φ(r, θ) = v0 r + cos(θ)
r
(15.215)
a2
Ψ(r, θ) = v0 r − sin(θ)
r
V = Ω0 (z)
a2
= v0 1 −
z2
a2
(15.216)
= v0 1 −
reθıı
a2 v0 a2
= v0 1 − cos(θ) − sin(θ)ıı
r2 2
214
Variáveis Complexas AULA
distante do semi-círculo, lim V = v0 i.e. o fluido está escoando
r→∞
15
na direção do semi-eixo real positivo com velocidade constante v0 .
15.3 Conclusão
RESUMO
215
Transformações Conformes: Aplicações
∂Φ
Φ(u, v) = c, ∀(u, v) ∈ Bw ou (u, v) = 0, ∀(u, v) ∈ ∂Bw
∂~~n
Φ ◦ f satisfaz:
∂(Φ ◦ f )
(Φ◦f )(x, y) = c, ∀(x, y) ∈ Bz ou (x, y) = 0, ∀(x, y) ∈ ∂Bz
∂~~n
onde c ∈ R.
Definição: Problema de Neumann
O problema de Neumann consiste em determinar uma função Φ(x, y)
contínua com derivadas parciais contínuas que satisfaçam:
∂Φ ∂Φ
+ = 0 , (x, y) ∈ B
∂x ∂y (15.218)
∂Φ (x, y) = 0 , (x, y) ∈ ∂B
∂~~n
∂Φ
onde ~n é a normal unitária a ∂B orientada para fora de B e a
∂~~n
derivada direcional de Φ na direção da normal.
PRÓXIMA AULA
216
Variáveis Complexas AULA
Ele é apenas um introdução ao maravilhoso mundo das “Variáveis 15
Complexas”. A Leitura complementar fornece material adicional
para quem desejar mais informações.
ATIVIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
217
Transformações Conformes: Aplicações
218