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Biologia 10ano
Biologia 10ano
Grupo I
A formação da Lua tem sido alvo de intensa investigação científica, existindo modelos
explicativos que se baseiam na análise dos isótopos presentes nas rochas terrestres e lunares.
Um dos modelos apontava para a ocorrência do impacto de um planeta com a dimensão de
Marte, designado por Theia, contra a Terra. As semelhanças na concentração de isótopos de
oxigénio entre o manto terrestre e a Lua indicavam que esta se tinha formado a partir de material
presente no nosso planeta. Muitos cientistas refutaram este modelo, pois consideravam que a Lua
deveria ter uma composição semelhante à do planeta Theia, o que implicava que tivesse uma
composição isotópica semelhante à própria Terra. Este facto era improvável, tendo em conta a
variação química da composição da nébula primitiva.
O desenvolvimento de técnicas analíticas permitiu aumentar, em 2015, a precisão dos
resultados no que respeita à quantificação dos diferentes isótopos de potássio. Wang e Jacobsen
analisaram sete amostras lunares trazidas para a Terra por diferentes missões lunares e
compararam com oito amostras rochosas representativas do manto terrestre. Constataram que as
rochas lunares possuem menos isótopos leves de potássio, quando comparadas com a Terra e
com os meteoritos condríticos.
Estes dados permitiram concluir que o impacto do planeta contra a Terra foi extremamente
violento, tendo atingido temperaturas suficientemente altas para vaporizar os materiais do manto
terrestre durante o choque. Desta vaporização resultou uma atmosfera 500 vezes maior que a
atmosfera terrestre atual. Ao arrefecer, os materiais vaporizados condensaram, em especial os
mais pesados, e permitiram a formação da Lua. Neste processo, os elementos voláteis foram
perdidos em maior quantidade.
Baseado em https://source.wustl.edu/2016/09/chemistry-says-moon-proto-earths-
mantle-relocated/; Wang & Jacobsen, Potassium isotopic evidence for a high-
energy giant impact origin of the Moon. Nature 538, 487-490, 2016.
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Figura 1. Possível modelo explicativo da formação da Lua.
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Nos itens de 1. a 4., selecione a letra da opção correta.
4. A Lua é formada por _____ de composição anortosítica e que refletem _____ luz que as
restantes litologias lunares.
(A) mares … menos
(B) mares … mais
(C) continentes … menos
(D) continentes … mais
6. Explique em que medida a hipótese nebular refuta a possibilidade de o planeta Theia possuir
uma composição isotópica semelhante à Terra.
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7. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo,
expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
8. Foi recentemente identificado, no corpo celeste mais primitivo conhecido, um novo mineral,
designado por rubinito (pertence ao grupo das granadas). Este mineral está presente em
inclusões de cálcio e alumínio em condritos carbonáceos, tendo-se formado há 4568 M.a.,
junto ao protossol.
8.2. O estudo do rubinito é importante, pois este mineral reteve as propriedades das condições
físico-químicas que existiram aquando da formação do Sistema Solar, nomeadamente,
(A) as elevadas temperaturas.
(B) o elevado teor de gases e de poeiras frias.
(C) o elevado teor de silicatos e de metais no núcleo de planetas, rodeados por gelo.
(D) as baixas temperaturas.
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Grupo II
Figura 2.
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(C) uma vez que a Terra sofreu diferenciação nos seus primórdios.
(D) dado que os primeiros planetesimais tinham uma composição mais rica em ferro e níquel.
4. A presença de um rifte ativo num fundo oceânico tende a
(A) aumentar a área da bacia sedimentar.
(B) originar um relevo menos acidentado.
(C) diminuir a área da bacia sedimentar.
(D) originar dorsais oceânicas no contacto com os continentes.
7. Refira uma vantagem do mapeamento dos fundos oceânicos que possa ser relacionada com o
desenvolvimento sustentável das sociedades modernas.
Grupo III
O dióxido de carbono (CO2) é um dos gases libertados pelos vulcões. A crusta, o manto e o
núcleo contêm cerca de 90% deste composto. Os restantes 10% encontram-se na biosfera,
atmosfera e hidrosfera.
Muitos cientistas consideravam que, nas zonas de subducção, o manto era a fonte principal
do CO2. Neste caso, a placa subductada sofre fusão e mistura-se com os materiais do manto.
Dados recentes de Emily Mason e seus colaboradores colocaram em causa esta hipótese. Ao
analisarem amostras de vulcões associados a arcos vulcânicos, concluíram que o isótopo de
carbono era mais leve do que o esperado, indicando uma origem biológica. Este resultado
indicava que o CO2 é proveniente, essencialmente, das plataformas carbonatadas, em especial
em Itália, nos Andes e na Indonésia. Pelo contrário, o arco vulcânico das ilhas japonesas emite um
isótopo de carbono mais pesado, indicativo do manto.
Durante a subducção, o aumento da temperatura provoca a fusão de minerais carbonatados,
formando um fluido que se pode misturar com magma ou ascender na crusta.
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(D) que se formam paralelamente às zonas de subducção.
2. Com base nos dados, é expectável que o CO2 permaneça _____ tempo armazenado na
geosfera do que o inicialmente previsto, e o que é emitido no Andes tem origem na fusão
de rochas _____.
(A) menos … da crusta
(B) menos … do manto
(C) mais … da crusta
(D) mais … do manto
4. A análise dos gases libertados pelos vulcões corresponde a um método _____ do estudo
do interior da Terra, fornecendo indicações das camadas mais _____ da Terra.
(A) indireto … superficiais
(B) indireto … profundas
(C) direto … superficiais
(D) direto … profundas
5. O afundamento da placa oceânica pode ser comprovado pela análise das ondas sísmicas,
uma vez que
(A) as ondas se propagam de forma uniforme pelo interior da Terra.
(B) a sua velocidade de propagação varia em função do estado físico das camadas
atravessadas.
(C) as ondas apenas se propagam nas camadas mais superficiais, que incluem a placa
subductada.
(D) as ondas podem ser detetadas diretamente em profundidade.
7. Mencione uma fonte de energia responsável pela existência de atividade tectónica na Terra.
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Grupo IV
A fajã lávica da Ferraria pertence ao Complexo Vulcânico das Sete Cidades, sendo uma das
mais emblemáticas paisagens açorianas.
Há cerca de 800 a 900 anos, o magma foi libertado por uma fratura no Pico das Camarinhas
(figura 3) e permitiu aumentar a área da ilha. Do contacto da lava com a água do mar geraram-se
pequenas explosões de vapor de água que formaram uma pseudocratera (figura 3).
A geologia da região é complexa, podendo identificar-se diferentes rochas resultantes da
consolidação de magmas composicionalmente muito diversos, nomeadamente:
Traquito: rochas vulcânicas, com elevado teor de sílica, possuindo uma cor clara;
Tufos: resultam da consolidação de piroclastos, sendo pouco densos;
pedra-pomes: formada por piroclastos consolidados e com textura vesicular. Possui cores
claras e pode ter grandes quantidades de vidro vulcânico. Forma-se quando o magma rico
em gases sofre arrefecimento rápido. Nestas erupções, os gases separam-se da fração
sólida de forma rápida, deixando espaços vazios (vesículas);
Ignimbritos: piroclasto acumulado a partir de nuvens ardentes, estando frequentemente
associado à pedra-pomes. Possui um elevado teor de sílica.
Atualmente, na fajã lávica da Ferraria existe uma nascente termal com água a 62 °C, que é
explorada e que permite aquecer as piscinas naturais formadas pelo mar nas rochas da costa.
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2. Os xenólitos presentes nas lavas consolidadas junto à costa
(A) são fragmentos arrancados pelo magma quando cristalizou em profundidade.
(B) podem ter uma composição mais ácida que a escoada lávica.
(C) resultaram da consolidação rápida quando em contacto com a água fria do mar.
(D) não fornecem indicações sobre as camadas internas da Terra.
3. A pseudocratera resulta da interação da água com a lava, sendo possível afirmar que
(A) a água aumenta a temperatura do magma ou da lava.
(B) ocorre uma diminuição do teor de voláteis quando interage com a água.
(C) a água reduz a temperatura do magma, aumentando a sua fluidez.
(D) a água aumenta a viscosidade do magma ou da lava.
6. Os ignimbritos das Sete Cidades presentes na Ferraria são rochas vulcânicas que
(A) resultaram de vulcanismo efusivo, com elevadas emissões de basaltos.
(B) se formaram a partir de nuvens ardentes, mais densas que a atmosfera.
(C) possuem uma composição igual aos basaltos.
(D) podem ser classificadas como intrusivas e com textura granular.