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Cultura da Banana

Caracterização botânica
• Monocotiledônea;
• Caule subterrâneo tipo rizoma;
• Sistema radicular fasciculado podendo atingir
até 5m horizontalmente;
• Sistema radicular superficial: 30% 0-10cm, 60%:
0-30cm
• 30-70 folhas;
• Folhas novas a cada 7 a 11 dias;
• Nº de pencas: 7 a 15;
• Nº de frutos: 40-220 frutos.
Pseudobaga
Coração: últimas brácteas
Anatomia e Morfologia do fruto
Carac Variedades
teres

Prata Pacova Prata Maçã Ouro Nanica Nanicã Grande Terra D´Ango
n anã o Naine la
Grupo AAB AAB AAB AAB AA AAA AAA AAA AAB AAB
Genômi
co
Tipo Prata Prata Prata - - Cave Cave Cave Terra Terra
ndish ndish ndish

Porte Alto Alto Médio Médio Médio Baixo Médio Médio Alto Médio
-baixo -alto -alto -Baixo -Baixo
Densid 1.111 1.111 1.666 1.666 1.666 2500 1.600 2.000 1.111 1.666
ade(pl.h
a-¹)
Perfilha Bom Bom Bom Ótimo Ótimo Médio Médio Médio Fraco Fraco
meto
Ciclo 400 350 280 300 536 290 290 290 600 400
Vegetati
vo
Peso 14 16 14 15 8 25 30 30 25 12
do
cacho
(kg)
Carac Variedades
teres

Prata Pacova Prata Maçã Ouro Nanica Nanicã Grande Terra D´Angol
n anã o Naine a
Nº 82 85 100 86 100 200 220 200 160 40
frutos/c
acho
Nº 7,5 7,5 7,6 6,5 9 10 11 10 10 7
pencas/
cacho

Compri 13 14 13 13 8 17 23 20 25 25
mento
do fruto
(cm)
Peso 101 122 110 115 45 140 150 150 200 350
do
fruto(g)
Rendim 13 15 15 10 10 25 25 25 20 12
ento
s/irrigaç
ão
Rendim 25 40 35 NA NA NA 75 45 NA NA
ento
c/irrigaç
ão
Cara Variedades
ctere
s

Prata Pacova Prata Maçã Ouro Nanica Nanicã Grande Terra D´Ango
n anã o Naine la

Sigatog S S S MR S S S S R R
a-
amarela

Sigatog S S S S MR S S S S S
a Negra

Mal-do- MS MS MS S R R R R R R
Panam
á

Moko S S S S S S S S S S

Nemató R R R R - S S S S S
ides

Broca MR MR MR MR - S S S S S
do
rizoma
Caract Variedades Novas Comerciais
eres

Caipira Thap Pacovan FHIA-18 Prata Prata Tropical Precios Maravilh


Maeo Ken Baby graúda a a
Grupo AAA AAB AAAB AAAB AAB AAAB AAAB AAAB AAAB
Genômic
o
Tipo - - Prata Prata - Prata Maça Prata Prata

Porte Médio- Médio- Alto Médio- Médio- Médio Médio- Alto Médio
alto alto alto alto Alto
Densida 1.666 1.666 1.111 1.666 1.666 2500 1.333 1.111 1.666
de(pl.ha-
¹)
Perfilha Ótimo Ótimo Bom Bom Bom Médio Bom Bom Bom
meto
Ciclo 344 394 385 383 466 360 400 381 384
Vegetativ
o
Peso do 15 14 23 17 15 25 19 20 25
cacho
(kg)
Caract Variedades Novas Comerciais
eres

Caipira Thap Pacovan FHIA-18 Prata Prata Tropical Preciosa Maravilh


Maeo Ken Baby graúda a
Grupo AAA AAB AAAB AAAB AAB AAAB AAAB AAAB AAAB
Genômic
o
Tipo - - Prata Prata - Prata Maça Prata Prata

Porte Médio- Médio- Alto Médio- Médio- Médio Médio- Alto Médio
alto alto alto alto Alto
Densida 1.666 1.666 1.111 1.666 1.666 2500 1.333 1.111 1.666
de(pl.ha-
¹)
Perfilha Ótimo Ótimo Bom Bom Bom Médio Bom Bom Bom
meto
Ciclo 344 394 385 383 466 360 400 381 384
Vegetativ
o
Peso do 15 14 23 17 15 25 19-22 20 25
cacho
(kg)
Caract Variedades Novas Comerciais
eres

Caipira Thap Pacovan FHIA-18 Prata Prata Tropical Preciosa Maravilh


Maeo Ken Baby graúda a
Nº 140 166 105 130 107 128 106 115 125
frutos/ca
cho
Nº 7 11 7 9 7 9 7 7 8
pencas/c
acho

Comprim 12,8 11,5 19 16 15 19 15 18 17


ento do
fruto
(cm)
Peso do 91 78 215 113 113 200 121 210 160
fruto(g)

Rendime 20 25 20 20 20 25 15 20 20
nto
s/irrigaçã
o
Rendime 25 35 50 50 NA 50 30 50 50
nto
c/irrigaçã
o
Caract Variedades Novas Comerciais
eres

Caipira Thap Pacovan FHIA-18 Prata Prata Tropical Preciosa Maravilh


Maeo Ken Baby graúda a
Sigatoga R R R MR R MS R R MS
-amarela

Sigatoga R R R MR R MS R R MS
Negra

Mal-do- R R R S R R T R R
Panamá

Moko S S S S S S S S S

Nematói MR MR MR MS NA S MR NA NA
des
Broca do R MR MS MS NA NA NA NA NA
rizoma
Condições edáficas para cultivo
• Evitar declividade >30%;
• Terrenos preferenciais planos;
• Profundidade efetiva >75cm;
• Aeração obrigatória
– Evitar lençol freatico superficial;

Tipos de solo:
Praticamente todos os tipos de solo;
Condições climática
• Temperatura:
• 15 a 35ºC;
• Desenvolvimento:
– 28ºC
– Temperatura <12ºC “Chilling”
– “ Engasgamento do cacho”
• Temperatura >35ºC – Paralização do crescimento
(desidratação)
• Precipitação
• 1900mm.ano-¹
• Necessidade hídrica: 5mm.dia-¹ (LL)

• Luminosidade
• Interferência no crescimento e frutificação;
• Tempo de frutificação: 80-100 dias.
– Faixa otima( 2000-10000 lux)
– Faixa regular( 10000-30000 lux)
• Vento
– Chilling ou friagem;
– Desidratação das plantas;
– Fendilhamento das nervuras secundárias;
– Redução da área foliar;
– Rompimento de raízes;
– Quebra da planta;
– Tombamento;
Umidade Relativa
• 80%

»Contradição?

Umidade Relativa inferior a 60%?


ALTITUDE
• 0-300M CICLO DE 8-10 MESES
• 900M: CICLO DE 18 MESES;
• AUMENTO DE 30-45 DIAS A CADA
100M.
PREPARO DE SOLO
• Subsolagem: 50-70cm;
• Aração: 20-25 cm de profundidade;
Calagem
• Amostragem: 15-20 sub-amostras (10ha);
• SB 70%;
• Mg: 0,8cmolc.dm³

Por quê?
Adubação de plantio
• Adubação Orgânica
• Esterco bovino(10-15 L.cova-¹)
• Esterco de galinha( 3-5 L.cova-¹)
• Torta de mamona(2-3 L.cova-¹)
• Adubação fosfatada
• 40-120kg P2O5.ha-¹
– 180 g SS;
– 450 g ST;
– 450 g DAP;
– 480 g MAP;
• Adubação Potássica
• 40-50g K2O.cova-¹
Adubação do ciclo da cultura
• Nitrogênio - 250 a 450 kg/ha/ano
• Fósforo - 60 kg/ha/ano de P2Os
• Potássio - 200 a 900 kg/ha/ano de K2O
• Mg e Ca - aplicação de calcário dolomítico
500 a 2000 kg/ha/ano
• S - aplicação através do sulfato de amônio
e super simples
Ciclo da cultura

Filho 6 meses
Neto 6 meses

*Condição Sinop
Relação dos Nutrientes na
Bananeira
Adubação de crescimento e frutificação da
planta mãe

A- Pegamento das mudas;


B- 2 meses após o pegamento das mudas;
C- Floração
Adubação de crescimento e frutificação da
planta filha

A- Período da colheita da planta mãe;


B- 2 meses após a colheita da planta mãe
Adubação baseada na
produtividade
Prod. (40t/ha/ano):
Sulfato de amônio (400 kg)
Superfosfato simples (100 kg) Cloreto de potássio (400 kg)
Prod. (60t/ha/ano):
Sulfato de amônio (600 kg)
Superfosfato simples (151 kg) Cloreto de potássio (600 kg)
Adubo: 30 cm do tronco
Análise foliar . : aparecer coração → 3 folhas anterior
Retirar na ½ tamanho,1/2 apartir da nervura central 10 cm,
pedaço da folha
Diagnose foliar em bananeira

Embrapa Mandioca e Fruticultura


Exportação de Nutriente por hectare

Nutriente Kg.ha-¹
N 47
P 4,6
K 126
Ca 4
Mg 6
S 5
B 87g
Cu 38g
Zn 99g
Plantio
Modo de propagação

Vegetativo (parte aérea, rizoma, pseudocaule)

•Rizoma
não brotado: inteiro ou subdividido (pseudocaule)

Brotado: chifrinho(20 cm) , chifre (50-60 cm), chifrão (1ª. folha


normal) e muda alta (1 m)
Mudas de propagação in vitro
ESPAÇAMENTO

2 x 2 m até 4 x 4 m
Variedades:
Porte alto: prata, terra, maranhão, caru-roxa, caru-verde,
branca-de-santa-catarina (3 x 3, 3 x 4, 4 x 4 m)
Porte médio: são tomé, maçã, ouro, caru-verde (2 x 3, 2,5
x 3, 2,5 x 3,5 m)
Porte baixo: nanica (2 x 2, 2 x 2,5 m)
Tratos culturais:
• Capinas
• Desbaste de filhotes
• Proteção de cachos (insolação e geadas)
• Eliminação de restos florais
• Eliminação do pseudocaule após colheita (lurdinha)
• Corte do coração e embalagem do cacho (↑engorda,
evita insetos, ventos, atritos)
• reforma: 6-7 anos
• Consorciação : leguminosa
• Irrigação: Elevação lenço freático, aspersão, irrigação
superficial (inundação e sulcos), gotejamento.
Eliminação de folhas

Filho, J. A. S (2010) Filho, J. A. S (2010)

•↑ Incidência de Luz;
•Evita atritos;
• Redução de pragas e patógenos;
DESPISTILAGEM
•FRUTOS DE MELHOR QUALIDADE;
•ELIMINAÇÃO DE PRAGAS

Filho, J. A. S (2010)

Filho, J. A. S (2010)

Filho, J. A. S (2010)
ENSACAMENTO

MELHORA DA QUALIDADE;
EVITA ATAQUE DE INSETOS, AVES E ROEDORES;

Filho, J. A. S (2010)
ELIMINAÇÃO DO CORAÇÃO

Filho, J. A. S (2010)
REBAIXAMENTO DO
PSEUDOCAULE
• ↑ ENTRADA DE LUZ E AERAÇÃO;
•CICLAGEM DE NUTRIENTES;
•DECOMPOSIÇÃO RÁPIDA DO MATERIAL

Filho, J. A. S (2010)
TUTORAMENTO E AMARRIO
DOENÇAS

a) Mal-do-Panamá ou fusariose (Fusarium oxysporum)

b) Sigatoka-amarela (Mycosphaerella musicola e Pseudocercospara musae )

c) Sigatoka negra (Mycosphaerella fijiensis e Paracercospora fijiensis)

d) Pinta ou mancha de Johnston (Pyricularia grisea)

e) Podridões do engaço e frutos (Ceratocystis paradoxa, Glomerella


cingulata, Veticillium theobromae e Fusarium sp.)
Mal do panamá
Sigatoga amarela (Mycosphaerella musicola)
Sigatoga Negra (Mycosphaerella fijensis)
Sigatoka amarela X Sigatoka negra
Bactérias:
a) Murcha-bacteriana ou moko (Pseudomonas solanacearum)

Vírus:
a) Mosaico ou clorose infecciosa (mosaico do pepino): vetor
(Aphis gossypii, A. Maidis e Myzus persicae)

b) Bunchy top: vetor pulgão (Pentalonia nigronervosa)


Pragas

a) Broca-do-rizoma ou moleque da bananeira (Cosmopolites


sordidus): psedocaules (biológicos e químicos): carbofuran,
parathion

b) Tripes (Triphactothrips lineatus, Palleucothrips musae, Caliothrips bicinctus,


Frankliniella brevicaulis, Frankliniella pulvipennis, Thripidae)

c) Lagartas desfolhadoras (Opsiphanes invirae e Caligo illioneus Cramer,


Antichloris eriphia)

d) Pulgão-da-bananeira (Pentalonia nigronervosa)

e) Ácaros de teia (Tetranuchus abacae e T. desertorum)

f) Abelha-cachorro (Trigona spinipes)


g) Lagarta do pseudocaule (Leucocastnia licus)

h) Lagarta peluda (Amycles dolosa)

i) Lagarta do fruto (Amorbia catenaria)

j) Lagarta da raíz (Ligyrus cuniculus)

k) Broca do pseudocaule (Castnia icarus, Eupalamides dedalus)

l) Besouro amarelo (Costalimaita ferruginea)

j) Nematóides: (Radopholus similis, Helicotylenchus multicinctus,


Meloiydogyne javanica e M. incognita)
Broca do Pseudocaule

Moleque da bananeira

Dano causado por tripes

Tripes da ferrugem
COLHEITA

Após 12 meses do plantio


Corta-se engaço e elimina-se a planta (lurdinha)

“PONTO”: destinação
Maturidade fisiológica e medição diâmetro (emissão do
coração)

¾ gordo e gordo → mercados próximos e épocas frias


¾ magro e ¾ → lugares distantes
Critérios para colheita:
a) relação polpa/casca;
b) índice de plenitude (peso/comprimento);
c) densidade do fruto;
d) relação sólidos solúveis/acidez;
e) consistência da polpa;
f) resistência da polpa (medida com penetrômetro);
g) coloração da polpa;
h) percentagem de amido;
i) mudança de cor da casca;
j) dessecação das folhas;
k) fragilidade dos restos florais;
l) facilidade de rachamento da casca (picote);
m) dias após o lançamento da inflorescência;
n) desaparecimento da angulosidade dos frutos;
o) diâmetro do fruto central da segunda penca.
Estádio magro (30 mm de diâmetro): banana com
desenvolvimento incompleto e quinas salientes, impróprias
para o consumo.

Estádio ¾ magro (32 mm): bananas com quinas salientes e


superfície estreita e plana.

Estádio ¾ (34 mm); bananas ainda com presença de quinas,


porém os lados são mais largos e ligeiramente arredondados.

Estádio ¾ gordo (36 mm); bananas não apresentam quinas e


as faces são arredondadas.

Estádio gordo (38 mm) bananas cheias e completamente


arredondadas.
Calibradores
CONSERVAÇÃO
Frigoconservação: três semanas, câmaras de maturação,
etileno ou ethephon, 13,9 a 23,9ºC, UR 85-95%.
CLASSIFICAÇÃO:

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