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Lembranças amargas

Texto bíblico: Gênesis 45.1-8; 14-15; 50.14-21


É comum nos decepcionarmos com pessoas. Uma ou outra vez alguém vai agir de
forma ruim contra a gente, seja intencionalmente ou não. Sentir raiva momentaneamente pela
situação é comum. O problema é que nem sempre isso fica apenas no momento, mas às vezes se
estende por meses, anos ou até décadas depois.
Isso gera destruição de famílias, perda de amizades, divisões nas igrejas, além de
trazer problemas emocionais e até físicos nas pessoas alteração nos sistemas hormonal e
imunológico e aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. A história de José nos ajuda
a refletir sobre como lidar com as lembranças amargas.
Depois de ser odiado pelos irmãos, destes terem uma expectativa de matá-lo e de
venderem-no como escravo, José se vê novamente de frente aos seus irmãos depois de 22 anos.
Desta vez está na posição de governador do Egito, podendo matá-los se quisesse para se vingar.
Porém não o faz. José perdoa seus irmãos e com sua história Deus nos ensina a como lidar com
lembranças amargas.
Vemos que José, em primeiro lugar, prioriza pessoas em vez de viver na amargura.
Nos versículos em destaque vemos que ele pensar em no benefício de seus irmãos (Gn 45.7),
dando mais importância a eles do que ao seu próprio sentimento de amargura. Em Gn 45.15
vemos também que ele abraça e beija seus irmãos, reconciliando-se com eles. Como perdemos
tempo remoendo algo que nos machucou, em vez de vivermos próximo as pessoas. Quem vive na
amargura tende a viver só. Que priorizemos pessoas em vez da amargura.
José, em segundo lugar, percebe a soberania de Deus sobre tudo o que viveu (Gn
45.8). Olhar para Deus no controle nos faz ressignificar o sofrimento para que permita algo de
positivo que Deus pode trabalhar em nossas vidas. Em José, ele salvou pessoas da fome.
Conosco, podemos, por exemplo, aprender a perdoar. Também aprendemos com isso a não
“fazer justiça” com as próprias mãos, mas entregar nas mãos de Deus, pois Ele é justo juiz.
E em terceiro e último lugar aprendemos com José a perceber que o bem vence o mal.
Fazer um mal contra uma pessoa que nos fez mal não vai equilibrar as coisas, mas só vai trazer
mais mal ao mundo. Porém Paulo nos ensina que é o bem que vence o mal. José vê o bem que
Deus faz com Ele e também age em bem para seus irmãos, mesmo que tenham feito mal a Ele.
Que diante das lembranças amargas priorizemos pessoas, olhemos para a soberania
de Deus sobre as nossas vidas e lembremos que é o bem que vence o mal.

Rev. Valter Matheus de Carvalho Silva

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