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Série de Mensagens: “Natal, o renascimento da vida”

Estudo 2 – O renascimento da alegria


Texto base: Lucas 2.8-11
Temos vivido em um contexto de grande tristeza. São mais de 300
milhões de pessoas no mundo com depressão (OMS 2018), um aumento de18%
há 10 anos atrás. Esse número corresponde a quase 5% da população mundial.
O Brasil, que é considerado um país alegre e festivo, a média é maior que a
mundial, com quase 6% de pessoas com depressão (maior índice da América
Latina). Nossos jornais só reforçam essa tristeza, pois as notícias são quase que
somente de mortes, caos político e conflitos diversos. Diante de um cenário de
tristeza como esse, precisamos de uma mensagem de alegria, e o natal
proporciona o renascimento da alegria.
O texto lido, possui um contexto bastante triste. Os antepassados
daquele povo já haviam experimentado a tristeza do cativeiro babilônico, que,
sim, havia sido causado pelos próprios pecados. Mas o fato é que não apenas
o povo foi levado escravo, como suas cidades foram saqueadas e destruídas,
gerando um cenário de caos e tristeza.
70 anos depois o povo volta para sua terra e precisa reconstruir tudo
o que foi destruído. Nesse período eles passam por novas invasões como dos
gregos e posteriormente dos romanos, que, ainda que não tenha os levado
como escravos, mas controlam as atividades e exigem impostos do povo.
Como se não bastasse tudo isso, o rei Herodes, rei dos judeus, que
possuía algum controle da região, recebe a mensagem de que havia a
promessa do nascimento de outro rei dos judeus, o que o motiva a querer matá-
lo. Ficando sem saber quem seria o menino, decide que todos os meninos de 2
anos para baixo seriam mortos, trazendo ainda mais tristeza para aquele povo.
Porém, em meio a esta tristeza, surge uma boa notícia e grande
alegria para todo o povo (Lucas 2.10). A alegria de conhecer a Cristo nos
contagia. Quando conhecemos a Jesus é como se tudo fizesse sentido. Somos
tomados por uma satisfação e alegria que não apenas nos contagia, como nos
leva a compartilhar essa boa notícia de grande alegria com as pessoas que nos
cercam.
O problema é com o passar dos anos, parece que essa notícia não
os satisfaz. Queremos algo a mais. O evangelho e... mais alguma coisa.
Precisamos de um culto do jeito que queremos, uma música melhor, uma
estrutura melhor, um pregador que nos faça rir. Além disso, começamos a ser
atraídos por outras coisas, centrando nossa vida no dinheiro, sexualidade, poder
etc.
Essa busca, no entanto, é uma ilusão. Como retrata Bárbara Axt, em
matéria da revista Superinteressante, essa busca pela felicidade é como “uma
Série de Mensagens: “Natal, o renascimento da vida”

cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes,


com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua
lá adiante, apetitosa, nos empurrando para a frente”. Clovis de Barros Filho
também nos fala de uma tendência da expectativa pelo que virá que nos trará
felicidade. Quando o ano acabar, quando o curso acabar, encontrarei
felicidade.
Porém, no texto que lemos, o motivo da felicidade é que “na cidade
de Davi vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lucas 2.11). Aqui Jesus é
descrito de 3 formas. 1º Salvador. Podemos encontrar alegria na salvação. É
como um tesouro que alegra nosso coração (Mateus 13.44) e que causa alegria
no céu (Lucas 15.7). 2º Cristo. Jesus é o Prometido. O povo vivia em tristeza, com
a esperança de que quando chegasse o Messias, as coisas mudariam. Uma das
promessas chama o povo para que se alegre muito pela chegada do Messias
(Zacarias 9.9). Por fim, 3º Jesus é Senhor. Ele tem autoridade sobre toda a terra
(Mateus 28.18), e, também é Senhor das nossas vidas. Se parece que as
condições são parecem não ter mais jeito, precisamos lembrar que Jesus tem o
controle da história em suas mãos.
Assim, em Cristo temos alegria. Não foi a toa que ele disse que nEle, teríamos
alegria completa em nós mesmos (João 17.3) e que essa alegria ninguém
poderia tirar (João 16.22). Autores brasileiros renomados como Mario Sérgio
Cortella e Clovis de Barros Filho destacam que a felicidade é um momento.
Porém essa a felicidade das conquistas e das fontes esgotáveis de alegria.
Porém, como diz Paulo em Filipenses, podemos nos alegria SEMPRE no Senhor
(Filipenses 4.4). Jesus é a fonte inesgotável de alegria. Enquanto continuarmos
procurando essa alegria no dinheiro, sexo, poder, família etc., nunca vamos nos
satisfazer. Na mesma carta, mesmo estando preso e passando por diversas
dificuldades, Paulo diz “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”
(Filipenses 4.11). Não são as circunstâncias que mudam nossa alegria, mas a
presença de Cristo em nós.
Natal é a mensagem de que Jesus veio ao mundo viver como nós.
Ele viveu as tristezas que vivemos. Mateus 26.36-39 descreve uma cena de
grande tristeza de Jesus no Jardim do Getsêmani. Lucas 22.44 mostra que Jesus
suou sangue. Jesus vive a nossa tristeza e morre na cruz, para que nós
tivéssemos a sua alegria.
A boa notícia de grande alegria foi levada por anjos. A palavra anjo
também pode ser traduzida como mensageiro. Nós temos uma grande
mensagem de alegria em nossas mãos, em um cenário de tristeza e depressão.
Que vivamos a alegria nesse natal, não pelos presentes, mas pelo presente de
Jesus em nós. E que sejamos os mensageiros dessas boas notícias nesse natal,
levando o evangelho para aqueles a quem amamos.

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